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CIRCULAÇÃO MONETÁRIA NA LUSITÂNIA DO SÉCULO III - Numismatas

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29811. TORRE DE ARES, TAVIRA, FAROA área ocupada pela actual Quinta da Torre de Ares corresponde, juntamente com asQuintas da Antas, do Arroio e do Pinheiro, à zona onde se ergueu a cidade de Balsa,mencionada na Antiguidade por Pompónio Mela, Plínio e Ptolomeu. Embora o topónimodenuncie uma origem pré-romana, provavelmente semita, no local não se conhecem porenquanto evidências arqueológicas de uma fundação anterior ao século I a.C. Estacircunstância tem levado vários investigadores a sugerir a transferência da povação que sesituou sob a actual Tavira, onde de facto se tem recolhido diversos materiaisorientalizantes, para um local situado à beira-mar. No século I a.C. a cidade cunhoucircunstancialmente moeda em chumbo e bronze com uma iconografia de matrizaparentemente púnica.O conhecimento que temos sobre a Balsa romana é limitado pela ausência de escavaçõessistemáticas significativas, pouco se conhecendo sobre o urbanismo da cidade, elementofundamental para aferir o seu grau de desenvolvimento. Os testemunhos epigráficos, sebem que em pequeno número, são aqui uma fonte preciosa. A inscrição CIL II 4990indica-nos que os balsenses se encontravam adscritos à tribo Quirina (CIL II 4990), dadoque poderá sugerir uma promoção municipal flaviana. Outras transmitem de forma maissimples ou mais eloquente a acção de evergetas que financiam a construção de edifíciosde espectáculos (CIL II 5165 e 5166) ou brindam os seus concidadãos com jogos queincluem combates navais e pugilato (CIL II 13). Esta elite endinheirada extrai os seusrecursos da agricultura, eventualmente da exploração mineira, e, sobretudo, dasactividades associadas ao mar, com particular destaque para o comércio (regional e àdistância), a pesca e a indústria de preparados piscícolas.Os elementos disponíveis para caracterizar a evolução de Balsa no Baixo-Império são, abem dizer, inexistantes. Na sua etapa final, acredita-se hoje que que a desagregação dopoder imperial, talvez associada a importantes alterações na geomorfologia da região, teráprovocado a gradual decadência do centro urbano ao longo dos séculos V e VI até ao seuabandono definitivo em momento não se pode ainda precisar.

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