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CIRCULAÇÃO MONETÁRIA NA LUSITÂNIA DO SÉCULO III - Numismatas

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436IV. ESCAVAÇÕES J. ALARCÃOPara além das moedas das escavações antigas e das escavações luso-francesas, encontraseainda no Museu Monográfico de Conimbriga um conjunto de pelo menos 104 moedasmoedas de escavações realizadas nos anos sessenta do século passado por Jorge deAlarcão e que não foram incluídas na listagem publicada por PEREIRA et alii (1974 175-188).Os trabalhos decorreram na chamada zona B, situada no exterior da muralha baixoimperial,na área das casas ditas dos Esqueletos e da Cruz suástica e nas lojas a sul da viaque ligava Seillium a Conimbriga. Saliente-se que todo o material inventariado é oriundode intervenções realizadas entre 1963 e 1967.Para além deste grupo de numismas foi ainda recolhido, entre o espólio de uma sepultura,um depósito monetário composto por 58 moedas (Nony 1967 112, nº 22), na quasetotalidade do século IV e que será oportunamente objecto de estudo detalhado.Apesar de os resultados destas intervenções não terem sido até ao momento publicados,devemos à gentileza do seu autor a contextualização de várias moedas. Assim, as moedasque figuram no Catálogo com os números 18, 37, 43, 58.2 e 64 são provenientes dasquadrículas 63.I.C e 63.I.D que correspondem a sondagens efectuadas ao lado damuralha, na área de fachada da casa do mosaico das suásticas (na qual se detectaramapenas estratos revolvidos por escavações anteriores).Um numeroso grupo de moedas é proveniente da escavação da área das lojas a sul da via:64.I.I, 64.I.K, 64.I.M, 64.I.P, 64.I.U, 65.I.K, 66.J, 66.L, 66.M, 66.O e 66.U,correspondendo aos entulhos ou aterros dos edifícios que Jorge de Alarcão crê terem sidoderrubados para a construção da muralha. Atendendo a que as unidades mais recentes doséculo <strong>III</strong> aqui recolhidas são de Aureliano e a que os raros exemplares do século IVencontrados nesta zona saíram de estratos superficiais, parece-nos legítimo colocar ahipótese de a construção da muralha datar do último quartel do século <strong>III</strong>.Embora não conheçamos qualquer descrição da estratigrafia desta intervenção, tem o seuinteresse constatar que, em alguns estratos, o numerário do século <strong>III</strong> aparece associado anumerário mais antigo, nomeadamente bronzes da época antonina, o que podedocumentar a circulação tardia destas éspécies. Assim sucede no estrato 8 da quadrícula

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