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CIRCULAÇÃO MONETÁRIA NA LUSITÂNIA DO SÉCULO III - Numismatas

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402II. ESCAVAÇÕES ANTIGASCom a aquisição de algumas parcelas de terreno pela Faculdade de Letras em finais dosanos vinte do século passado iniciaram-se, sob a direcção de Vergílio Correia,importantes trabalhos arqueológicos em Conimbriga. Nas décadas de 40 e 50 asintervenções prosseguiram sob a égide da Direcção-Geral dos Monumentos Nacionais.No decurso desses trabalhos foram postas a descoberto algumas das estruturas maisconhecidas da cidade romana, como as casas dos Esqueletos, da Suástica, dos Repuxos ede Cantaber ou a ínsula e as termas do Aqueduto e recolhido um abundante espólioarqueológico. A este nível, os achados numismáticos ocupam uma posição de relevo com3865 exemplares contabilizados. Esta cifra supera apenas por uma unidade a indicada noAnexo I do volume terceiro de Fouilles de Conimbriga (BOST et alii 1974 177-179),descontados os exemplares de cronologia posterior à época romana e um pequeno tesourode 10 solidi proveniente das escavações de uma ínsula situada no Terreno da Faculdadede Letras. Todavia, do cotejo dos dados por nós obtidos com os fornecidos pelos autoresda publicação tanto no Anexo I (baseado numa contagem de Mário de Castro Hipólito)como no Anexo II (BOST et alii 1974 180-188) verificam-se com muita frequência clarasdiscrepâncias quanto ao número de moedas atribuído a cada governante e a cada sériemotivadas, seguramente, por diferentes critérios de classificação.Infelizmente estes materiais não possuem qualquer indicação estratigráfica e só umapequeníssima quantidade chegou até nós com uma sucinta indicação topográfica relativaà área de achado, concretamente as zonas B (10 unidades) e E (32 unidades) 24 .Acrescente-se que, exceptuando a sucinta listagem constante dos dois anexos suprareferidos, as moedas das escavações antigas nunca antes foram objecto de qualquerdescrição detalhada ou publicação.Passando agora a uma análise muito sucinta do numerário em questão verifica-se, àsemelhança do que sucede com as moedas das escavações luso-francesas, que acunhagem da maior parte teve lugar durante o século IV (cf. Quadro 1), sendo o século<strong>III</strong> responsável pela produção de um quarto das moedas inventariadas. Esta massamonetária é composta na quase totalidade por moeda radiada (antoniniani, aureliani e24 A zona de achado vem indicada na última coluna, a seguir à referência, dentro de parenteses rectos.

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