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CIRCULAÇÃO MONETÁRIA NA LUSITÂNIA DO SÉCULO III - Numismatas

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596. CONVENTO DE S. <strong>DO</strong>MINGOS (?), ÉVORA, ÉVORAEm 1992, na publicação das moedas do naufrágio conhecido como Cabrera <strong>III</strong>, Jean-PierreBost referiu-se sucintamente à presença no Museu de Évora de um lote de 28 sestércios, porele observados seis anos antes, alegadamente encontrados no antigo convento de SãoDomingos daquela cidade. Com base em notas manuscritas do século XIX redigidas nasfolhas de papel utilizadas para embrulhar as moedas, este investigador admitia tratar-se departe de um tesouro. As moedas estavam distribuídas por três rolos contendo,respectivamente, unidades em nome de Severo Alexandre, Júlia Mamea e Gordiano <strong>III</strong>.Contudo, aquele especialista não deixa igualmente de considerar a possibilidade de tratar-seda descoberta de uma colecção, conforme nos sugeriu por correio electrónico em10/5/2006.Porém, nas diligências que efectuámos no Museu de Évora, não lográmos localizar as notasreferidas por Bost, eventualmente perdidas durante a reorganização das colecções, emborauma pequena nota a que tivémos acesso deixe entender que as moedas foram incorporadasna Biblioteca Pública de Évora em 1834, decerto na sequência do decreto de JoaquimAntónio de Aguiar que extinguiu as ordens religiosas em Portugal. Este dado vem adensaras dúvidas acerca da proveniência original das moedas, tomando-se apenas como certo opressuposto de que, em 1834, as moedas se encontravam no convento de S. Domingos, semque se possa descartar totalmente a possibilidade de terem sido trazidas de outro qualquerlugar da região ou até mesmo do país.O exame directo a aspectos externos das moedas, como a conservação e a pátina, não serevelou conclusivo pelo que não podemos deixar de concordar com as possibilidadessugeridas por J.-P. Bost, ficando sob reserva a classificação deste achado como tesouro.De referir ainda que, apesar de dispormos de um inventário sucinto amavelmentedisponibilizado pelo numismata francês, não foi possível identificar com exactidão atotalidade das moedas por ele recenseadas (cf. Cat. 8.2, 9 e 10) uma vez que, nalguns casos,existem nos fundos do Museu de Évora diversas moedas idênticas do mesmo imperador.O conjunto é composto por 15 moedas de Severo Alexandre e por 13 de Gordiano <strong>III</strong>,sendo de salientar a elevada percentagem de moedas destes dois reinados com menção aopoder tribunício e ao consulado o que as torna datáveis com precisão.

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