12.07.2015 Views

As Traduções Brasileiras do Prefácio de Oscar Wilde - Eutomia

As Traduções Brasileiras do Prefácio de Oscar Wilde - Eutomia

As Traduções Brasileiras do Prefácio de Oscar Wilde - Eutomia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

O objetivo <strong>de</strong>ste artigo é estudar o prefácio <strong>de</strong> <strong>Oscar</strong> Wil<strong>de</strong> ao romance ThePicture of Dorian Gray e comparar algumas traduções publicadas no Brasil entre 1923 e2011, seguin<strong>do</strong> o mo<strong>de</strong>lo apresenta<strong>do</strong> por Marie-Hélène Catherine Torres em sua obraTraduzir o Brasil literário: Paratexto e discurso <strong>de</strong> acompanhamento (2011) para análise<strong>do</strong>s aspectos morfológicos e <strong>do</strong>s textos <strong>de</strong> acompanhamento e consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> tambémo conceito <strong>de</strong> paratexto <strong>de</strong> Gérard Genette (2009). Para isso vamos anali sar astraduções <strong>de</strong> João <strong>do</strong> Rio (1923), <strong>Oscar</strong> Men<strong>de</strong>s (1980), José Eduar<strong>do</strong> RibeiroMoretzsohn (1985) e Lígia Junqueira (2011).1. A publicaçãoA figura <strong>de</strong> <strong>Oscar</strong> Wil<strong>de</strong> dispensa qualquer apresentação. Entretanto, o quemuitos <strong>de</strong>sconhecem é que o escritor irlandês, hoje consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>snomes da literatura oci<strong>de</strong>ntal, foi alvo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> polêmica na Europa <strong>do</strong> século XIX.The Picture of Dorian Gray, único romance <strong>de</strong> Wil<strong>de</strong>, apareceu pela primeira vezintegralmente na Lippincott’s Monthly Magazine em junho <strong>de</strong> 1890. Na época, oromance <strong>de</strong> apenas treze capítulos atraiu gran<strong>de</strong> atenção da socieda<strong>de</strong> europeia. Oscríticos acusaram Wil<strong>de</strong> <strong>de</strong> usar a publicação para sua autopromoção e para divulgarsuas chamadas “indiscrições”. Periódicos traziam críticas que caracterizavam oromance como sujo, imoral e enfa<strong>do</strong>nho.Em resposta, Wil<strong>de</strong> escreveu várias cartas 2 em favor <strong>de</strong> seu romance e <strong>de</strong> suaspersonagens, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> que a arte não <strong>de</strong>veria revelar o artista, ou mesmo arealida<strong>de</strong>, e que o <strong>de</strong>ver <strong>do</strong> artista é inventar, reafirman<strong>do</strong> que qualquer personagemcom base real seria artisticamente <strong>de</strong>sinteressante.No entanto, apesar das críticas <strong>de</strong>sfavoráveis, The Picture of Dorian Gray éfinalmente publica<strong>do</strong> em 1891, pela Ward, Lock & Co, a mesma editora responsável2 Algumas <strong>de</strong>ssas cartas po<strong>de</strong>m ser encontradas em uma compilação intitulada Art and Morality,editada por Stuart Mason. Disponível em http://www.gutenberg.org/files/33689/33689-h/33689-h.htm2

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!