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As Traduções Brasileiras do Prefácio de Oscar Wilde - Eutomia

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importância <strong>do</strong> perfume para seus personagens e ambientes. No entanto, segun<strong>do</strong>Faria (1988), o escritor irlandês também está presente no trabalho jornalístico <strong>do</strong>carioca, que utilizava a estética wil<strong>de</strong>ana para <strong>de</strong>screver ambientes reais.A sua admiração por Wil<strong>de</strong> o levou a traduzir duas outras obras <strong>do</strong> autor(Intenções, <strong>de</strong> 1891, e Salomé, <strong>de</strong> 1893), além <strong>de</strong> O Retrato <strong>de</strong> Dorian Gray. No caso <strong>de</strong>Dorian Gray e Salomé, o título sugeri<strong>do</strong> pela tradução <strong>de</strong> João <strong>do</strong> Rio foi manti<strong>do</strong> nasretraduções, já os ensaios compila<strong>do</strong>s em Intenções só foram publica<strong>do</strong>s comoconjunto na tradução <strong>do</strong> escritor carioca.Na primeira edição <strong>do</strong> romance, publicada pela Livraria Garnier em 1923, João<strong>do</strong> Rio <strong>de</strong>ixa clara sua admiração pela obra <strong>do</strong> escritor irlandês em uma notaapresentada após o prefácio <strong>do</strong> autor:O Retrato <strong>de</strong> Dorian Gray é há trinta anos o livro <strong>de</strong> ficção maissensacional da terra. A sua sedução persiste, é cada vez maior. Hojepassou a ser o cre<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma estética nova, na terra inteira.O prefácio <strong>de</strong> Wil<strong>de</strong>, por consistir em frases curtas e expressas em linguagemsimples e direta, como um aforismo <strong>de</strong>ve ser, resulta em traduções muito próximas <strong>do</strong>original em inglês. No entanto, a tradução <strong>de</strong> João <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong>ixa algumaspeculiarida<strong>de</strong>s no texto em português, como se po<strong>de</strong> ver nos exemplos abaixo.Exemplo 1OriginalThe critic is he who can translateinto another manner or a newmaterial his impression ofbeautiful things.João <strong>do</strong> RioCrítico é aquele que po<strong>de</strong> traduzird’outra forma ou com processosnovos a impressão <strong>de</strong>ixada pelasbelas coisas.A tradução <strong>de</strong> “new material” por “processos novos” <strong>de</strong>ixa a frase redundante,pois “traduzir d’outra forma” já implica o uso <strong>de</strong> “processos novos”, e assim a i<strong>de</strong>i a <strong>do</strong>uso <strong>de</strong> “new material” é perdida no texto em português. A tradução <strong>de</strong> “new material”por “em novo material” seria mais a<strong>de</strong>quada, como veremos posteriormente.5

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