13.07.2015 Views

A escrita diária de uma “viagem de instrução” *1 - Fundação Casa ...

A escrita diária de uma “viagem de instrução” *1 - Fundação Casa ...

A escrita diária de uma “viagem de instrução” *1 - Fundação Casa ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A <strong>escrita</strong> <strong>diária</strong> <strong>de</strong> <strong>uma</strong> <strong>“viagem</strong> <strong>de</strong> <strong>instrução”</strong>to the United State of America, cultivated and disposed of by John Bartramand son at their Botanical Gar<strong>de</strong>n. 74Teve também a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer Humphry Marshall,que, como seu primo John Bartram, também adquire autodidaticamenteseus conhecimentos sobre botânica; e, ainda à semelhançadaquele, começa a trocar espécies da flora local com estudiosos <strong>de</strong>história natural <strong>de</strong> outras partes do país e da Inglaterra, recebendoem recompensa equipamento científico, livros, espécies <strong>de</strong> plantasexóticas, ajuda financeira ou mercadoria comercializável – comolinho. Marshall funda em 1772 um jardim botânico que logo se tornaria<strong>de</strong>positário <strong>de</strong> árvores e arbustos e <strong>de</strong> muitas plantas exóticasque havia adquirido <strong>de</strong> outras regiões americanas e da Europa. Emoutubro <strong>de</strong> 1799, quando Hipólito visita Marshall, já encontra “oseu jardim […] muito mal tratado, cheio <strong>de</strong> ervas”, processo iniciadoquando a sua visão começou a ficar prejudicada pela catarata. Acontribuição <strong>de</strong> Marshall no campo das ciências naturais inclui estudossobre tartarugas e agricultura, mas o seu trabalho <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>staqueé Arbustrum Americanum: the American Grove, an AlphabeticalCatalogue of Forest Trees and Shrubs, Natives of the American UnitedStates – um catálogo que, embora seja expresso em termos da utilida<strong>de</strong>das plantas para medicina, agricultura, e disposto em or<strong>de</strong>malfabética visando a tal fim, é <strong>uma</strong> obra científica para especialistas,que utiliza a mais recente nomenclatura taxonômica, <strong>de</strong> Lineu. Ocontato inicial entre Hipólito e Marshall se <strong>de</strong>ra por carta, quandoo brasileiro lhe escreveu solicitando sementes <strong>de</strong> plantas americanasque pu<strong>de</strong>ssem ser cultivadas em Portugal e, ao que indica, a pesquisa<strong>de</strong> Robert C. Smith, a conversa por meio <strong>de</strong> correspondênciaentre ambos se prolongaria ainda por algum tempo. 75É também o interesse pela botânica que leva Hipólito da Costaa entrar em contato com William Hamilton, “um sábio apaixonado<strong>de</strong> botânica”, 76 proprietário <strong>de</strong> um extenso jardim botânico <strong>de</strong>scritopor Thomas Jefferson como o único rival americano à altura doque po<strong>de</strong>ria ser visto na Europa, tamanha a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> plantasali cultivadas vindas <strong>de</strong> toda parte do mundo, inclusive das Índias74Devo essa informação a SMITH,Robert C. A Portuguese naturalistin Phila<strong>de</strong>lphia, 1799.75Ibid., p. 73.76COSTA, Hipólito José da. Diárioda minha viagem para Filadélfia,p. 86.37

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!