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projeto pibid: um relato de experiência no instituto de educação do ...

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13761atribuin<strong>do</strong>-lhe senti<strong>do</strong>. Por outro la<strong>do</strong>, as <strong>experiência</strong>s <strong>do</strong> leitor são levadas em consi<strong>de</strong>raçãopelo autor, <strong>um</strong>a vez que ele espera que, ao reconstruir o senti<strong>do</strong>, o interlocutor ative osconhecimentos pertinentes ao assunto para estabelecer relações com o texto escrito. Assim, oautor po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar informações implícitas a serem completadas, sinalizan<strong>do</strong>, por meio <strong>de</strong>marcas formais, <strong>de</strong> forma que o parceiro da interação sócio-comunicativa reconstrua opropósito pretendi<strong>do</strong> <strong>no</strong> momento da produção <strong>do</strong> discurso.Nesse senti<strong>do</strong>, Kleima (2005) discorre a respeito <strong>do</strong> pacto feito entre o produtor <strong>do</strong>texto e o leitor, pois sen<strong>do</strong> a leitura <strong>um</strong>a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interação, o autor, quan<strong>do</strong> se propõe adizer algo, transparece intenções <strong>no</strong> texto por meio <strong>de</strong> marcas formais e, com isso, julga ointerlocutor capaz <strong>de</strong> aceitar ou rejeitar as proposições feitas, bem como tecer hipóteses arespeito <strong>de</strong>las, verifican<strong>do</strong>-as ao longo da leitura. A autora afirma, ainda, que o processo <strong>de</strong>produção <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> para <strong>um</strong> texto <strong>de</strong>manda três níveis <strong>de</strong> conhecimento, a saber:conhecimento linguístico, conhecimento textual e conhecimento <strong>de</strong> mun<strong>do</strong>. Conforme, aautora esses três níveis <strong>de</strong> conhecimento interagem constantemente <strong>no</strong> ato da leitura.O conhecimento linguístico é implícito, não verbaliza<strong>do</strong> e não verbalizável. Abrangeos saberes sobre pronúncia, vocabulário, regras da língua e uso. Por sua vez, o conhecimentotextual diz respeito à estruturação <strong>de</strong> <strong>um</strong> texto, os tipos textuais que o integram, bem como amaneira com que estes tipos se organizam, as particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada <strong>um</strong> por meio daobservação das marcas temporais, uso <strong>de</strong> conectores, adjetivação, etc. Com isso, torna-sepossível <strong>um</strong>a compreensão mais abrangente <strong>de</strong> <strong>um</strong> texto. O <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong>sse saber leva o leitora ter expectativas diante <strong>de</strong> <strong>um</strong> tipo textual, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> apreen<strong>de</strong>r a intenção <strong>do</strong> autor, pois aoanalisar as marcas formais presentes, tem-se <strong>um</strong> forte indica<strong>do</strong>r <strong>do</strong> objetivo pretendi<strong>do</strong> e daposição ass<strong>um</strong>ida pelo autor. Por fim, o conhecimento <strong>de</strong> mun<strong>do</strong> ou conhecimentoenciclopédico po<strong>de</strong> ser adquiri<strong>do</strong> formalmente (escola) ou informalmente (fruto das<strong>experiência</strong>s <strong>do</strong> indivíduo, e tem caráter social, por ser <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> por valores e i<strong>de</strong>ologiascompartilhadas por membros <strong>de</strong> <strong>um</strong>a socieda<strong>de</strong>). Trata-se <strong>de</strong> <strong>um</strong> saber extralinguístico, masque interfere, sobremaneira, na interpretação <strong>de</strong> <strong>um</strong> texto, pois a familiarida<strong>de</strong> com<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> assunto contribui para melhor assimilação <strong>de</strong> <strong>um</strong> discurso, <strong>um</strong>a vez que o leitorfará as inferências necessárias à produção <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>. Portanto, não se po<strong>de</strong> falar em textosdifíceis, e sim em conhecimentos exigi<strong>do</strong>s a cada produção escrita.

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