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contribuições da memória na formação da identidade docente

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1107o relato de um <strong>na</strong>rrador sobre sua existência através do tempo, tentando reconstruiros acontecimentos que vivenciou e transmitir a experiência que adquiriu “onde” sedelineiam as relações com os membros de seu grupo, de sua profissão, de suacama<strong>da</strong> social, de sua socie<strong>da</strong>de global. (QUEIRÓZ in SIMSON, 1988, p. 20).Nessa perspectiva, ao escrever sobre si e seu trabalho, o professor se apropria de suahistória, percebe-se como atuante e capaz de participar do processo de trans<strong>formação</strong>, sendo,consequentemente, valorizado como sujeito <strong>da</strong> história no cotidiano escolar.De acordo com Prado (1992), o professor pode apresentar seu Memorial ouAutobiografia como se estivesse contando histórias de terceiros. A <strong>na</strong>rrativa desloca-se paraa terceira pessoa do singular que assume o lugar de <strong>na</strong>rrador, fator que propicia, pelodistanciamento, uma análise mais aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> de seus próprios problemas.Em outro encaminhamento, o professor relata ao pesquisador a sua história. A partirdisso, é a<strong>na</strong>lisado seu comportamentocomo <strong>docente</strong>. Kenski (1994) enfatiza que essaabor<strong>da</strong>gem diferencia-se de um relato de história de vi<strong>da</strong>, já que supõe a intervenção direta dopesquisador no acompanhamento feito de avanços e recuos <strong>na</strong> <strong>memória</strong> do professor, com oobjetivo de detectar as origens de sua forma de atuação, lembrando que este procedimentoaproxima-se dos métodos utilizados em clínicas psica<strong>na</strong>líticas.Em relação ao segundo aspecto, estão as biografias socializa<strong>da</strong>s que envolvem a<strong>memória</strong> coletiva. Após um primeiro momento de relato individual, os professores discuteme situam pontos comuns e as especifici<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s diversas formas de ensi<strong>na</strong>r existentes entreeles. Segundo Kenski (1994), a partir <strong>da</strong>í, “os professores tentam identificar a‘perso<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de’ do curso, procurando estabeleceralterações possíveis, tendo em vista a melhoria do ensino ministrado”suas quali<strong>da</strong>des, pontos fracos e asA importância <strong>da</strong> pesquisa sobre <strong>memória</strong> e ensinoNa educação, as autobiografias, as histórias de vi<strong>da</strong> passaram a ser adota<strong>da</strong>s, nãoape<strong>na</strong>s como um instrumento de investigação, mas também, de <strong>formação</strong>.Segundo Bastos (1999, p. 34) “o lembrar não é reviver, mas refazer, reconstruir,repensar, com imagens e ideias de hoje, as experiências do passado.”A análise sobre a influência de vivências anteriores dos professores em suas práticaspe<strong>da</strong>gógicas podem ser considera<strong>da</strong>s como <strong>contribuições</strong> importantes para a compreensão desuas posturas profissio<strong>na</strong>is. Contudo, é imprescindível que o professor tenha consciência <strong>da</strong>origem de sua própria prática, a relação com o ensino e com seus alunos.

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