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Lei de Organização e Processo do Tribunal de Contas - Diário da ...

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4402 DIÁRIO DA REPÚBLICA —ISÉRIE-A N. o 196 —26-8-1997e) As socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s constituí<strong>da</strong>s em conformi<strong>da</strong><strong>de</strong>com a lei comercial em que se associem capitaispúblicos epriva<strong>do</strong>s, nacionais ou estrangeiros,quan<strong>do</strong> a parte pública controle <strong>de</strong> formadirecta a respectiva gestão, nomea<strong>da</strong>mentequan<strong>do</strong> possa <strong>de</strong>signar amaioria <strong>do</strong>s membros<strong>do</strong> órgão <strong>de</strong> administração, <strong>de</strong> direcção ou <strong>de</strong>fiscalização, quan<strong>do</strong> possa nomear um administra<strong>do</strong>rou quan<strong>do</strong> disponha <strong>de</strong> acções privilegia<strong>da</strong>snos termos <strong>do</strong> artigo 15. o <strong>da</strong> <strong>Lei</strong> n. o 11/90,<strong>de</strong>5<strong>de</strong>Abril;f) As empresas concessionárias <strong>da</strong> gestão <strong>de</strong> empresaspúblicas, <strong>de</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> capitais públicosou <strong>de</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> economia mista controla<strong>da</strong>se as empresas concessionárias ou gestoras <strong>de</strong>serviços públicos;g) As fun<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> direito priva<strong>do</strong> que recebamanualmente, com carácter <strong>de</strong> regulari<strong>da</strong><strong>de</strong>, fun<strong>do</strong>sprovenientes <strong>do</strong> Orçamento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> ou<strong>da</strong>s autarquias locais, relativamente àutilização<strong>de</strong>sses fun<strong>do</strong>s.3—Estão também sujeitas ao controlo <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong><strong>de</strong> <strong>Contas</strong> as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> qualquer natureza quetenham participação <strong>de</strong> capitais públicos ou sejam beneficiárias,aqualquertítulo, <strong>de</strong> dinheiros ou outros valorespúblicos, na medi<strong>da</strong> necessária à fiscalização <strong>da</strong> legali<strong>da</strong><strong>de</strong>,regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> ecorrecção económica efinanceira<strong>da</strong> aplicação <strong>do</strong>s mesmos dinheiros evalores públicos.4—Ao controlo financeiro <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s enumera<strong>da</strong>snos <strong>do</strong>is números anteriores aplica-se odispostona <strong>Lei</strong> n. o 14/96, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Abril.Artigo 3. oSe<strong>de</strong>, secções regionaise<strong>de</strong>legações regionais1—O <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> tem se<strong>de</strong> em Lisboa.2—Nas Regiões Autónomas <strong>do</strong>s Açores e <strong>da</strong>Ma<strong>de</strong>ira funcionam secções regionais com se<strong>de</strong>, respectivamente,em Ponta Delga<strong>da</strong>enoFunchal.3—Alei po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconcentrar regionalmente aorganizaçãoefuncionamento <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> no querespeita ao continente.4—O<strong>Tribunal</strong> po<strong>de</strong>, sempre que necessário, <strong>de</strong>terminaralocalização <strong>de</strong> alguns <strong>do</strong>s seus serviços <strong>de</strong> apoioem outros pontos <strong>do</strong> território nacional, constituin<strong>do</strong>para oefeito <strong>de</strong>legações regionais, sem prejuízo <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> jurisdição e <strong>da</strong>s competências <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s porlei.Artigo 4. oCompetência territorial1—O<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> exerce na se<strong>de</strong> a plenitu<strong>de</strong><strong>do</strong>s po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> jurisdição e<strong>de</strong>controlo financeiro, <strong>de</strong>cidin<strong>do</strong>as questões que não sejam expressamente atribuí<strong>da</strong>sàs secções regionais, econhece em recurso <strong>da</strong>srespectivas <strong>de</strong>cisões em matéria <strong>de</strong> visto, <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>financeirae<strong>de</strong>multa.2—Assecções regionais exercem jurisdição epo<strong>de</strong>res<strong>de</strong> controlo financeiro na área <strong>da</strong>s respectivasRegiões Autónomas, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente em relação àsenti<strong>da</strong><strong>de</strong>s referi<strong>da</strong>s no artigo 2. o nelas sedia<strong>da</strong>s, bemcomo aos serviços públicos <strong>da</strong> administração central quenelas exerçam activi<strong>da</strong><strong>de</strong> esejam <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> autonomiaadministrativaefinanceira.Artigo 5. oCompetência material essencial1—Compete, em especial, ao <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>:a) Dar parecer sobre aConta Geral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,incluin<strong>do</strong>a<strong>da</strong>segurança social, bem como sobrea conta <strong>da</strong> Assembleia <strong>da</strong> República;b) Dar parecer sobre as contas <strong>da</strong>s Regiões Autónomas,bem como sobre as contas <strong>da</strong>s respectivasassembleias legislativas regionais;c) Fiscalizar previamente a legali<strong>da</strong><strong>de</strong> e o cabimentoorçamental <strong>do</strong>s actosecontratos <strong>de</strong> qualquernatureza que sejam gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesaou representativos <strong>de</strong> quaisquer encargos eresponsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s,directos ou indirectos, para asenti<strong>da</strong><strong>de</strong>s referi<strong>da</strong>s no n. o 1 <strong>do</strong> artigo 2. o ;d) Verificar as contas <strong>do</strong>s organismos, serviços ouenti<strong>da</strong><strong>de</strong>s sujeitosàsua prestação;e) Julgar aefectivação <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s financeiras<strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s referi<strong>da</strong>s no n. o 1 <strong>do</strong>artigo 2. o , mediante processo <strong>de</strong> julgamento <strong>de</strong>contas ou na sequência <strong>de</strong> auditorias, bem comoa fixação <strong>de</strong> débitos aos responsáveis ou aimpossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> verificação ou julgamento <strong>de</strong>contas, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> con<strong>de</strong>nar os responsáveisfinanceiros na reposição <strong>de</strong> verbaseaplicar multase<strong>de</strong>maissanções previstas na lei;f) Apreciar alegali<strong>da</strong><strong>de</strong>, bem como aeconomia,eficácia eeficiência, segun<strong>do</strong> critérios técnicos,<strong>da</strong> gestão financeira <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s referi<strong>da</strong>s nosn. os 1e2<strong>do</strong>artigo 2. o , incluin<strong>do</strong> aorganização,o funcionamento eafiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s sistemas<strong>de</strong> controlo interno;g) Realizar por iniciativa própria, ou asolicitação<strong>da</strong> Assembleia <strong>da</strong> República ou <strong>do</strong> Governo,auditorias às enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s a que se refere oartigo 2. o ;h) Fiscalizar, no âmbito nacional, acobrança <strong>do</strong>srecursos próprios e a aplicação <strong>do</strong>s recursosfinanceiros oriun<strong>do</strong>s <strong>da</strong> União Europeia, <strong>de</strong>acor<strong>do</strong> com odireito aplicável, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, neste<strong>do</strong>mínio, actuar em cooperação com os órgãoscomunitários competentes;i) Exercer as <strong>de</strong>mais competências que lhe forematribuí<strong>da</strong>s por lei.2—Compete ain<strong>da</strong> ao <strong>Tribunal</strong> aprovar, através <strong>da</strong>comissão permanente, pareceres elabora<strong>do</strong>s asolicitação<strong>da</strong> Assembleia <strong>da</strong> República ou <strong>do</strong> Governo sobreprojectos legislativos em matéria financeira.3—As contas aque se referem as alíneas a) eb)<strong>do</strong>n. o 1 são aprova<strong>da</strong>s pelos Plenários <strong>da</strong> Assembleia<strong>da</strong> República e<strong>da</strong>s assembleias legislativas regionais,respectivamente, caben<strong>do</strong>-lhes <strong>de</strong>liberar remeter aoMinistério Público os correspon<strong>de</strong>ntes pareceres <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong><strong>de</strong> <strong>Contas</strong> para aefectivação <strong>de</strong> eventuais responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>sfinanceiras, nos termos <strong>do</strong>s artigos 57. o ,n. o 1,e58. o , n. o 1, alínea b).

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