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vendas externas. Isto reforçou os esforços relativos à disciplina de custos, o que era coerente com a<br />
prudência financeira, que, como já ressaltado, era a prioridade principal da administração que assumiu<br />
o poder na companhia em 2003.<br />
O acordo de estruturação financeira assinado em 2003 condicionava o pagamento das dívidas em poder<br />
dos acionistas, que somente poderia ocorrer quando a relação dívida líquida/LAJIDA fosse inferior a<br />
2x. Outra condicionalidade era o valor máximo de investimento que a empresa poderia realizar a cada<br />
ano, durante a vigência do acordo (até 2011). Como se observa no Gráfico 3, as inversões foram, em<br />
média, de apenas US$ 27 milhões anuais no período 2004-2007.<br />
Gráfico 3:<br />
Investimentos da Tupy, 1994-2013 (US$ milhões)<br />
Fonte: Tupy<br />
Em agosto de 2006, a Tupy apresentou proposta de término do acordo, com a finalidade de<br />
proporcionar maior flexibilidade operacional à empresa, o que viria a acontecer em 2007. Também em<br />
2007 os acionistas controladores concordaram em promover uma capitalização. Assim, a empresa pode<br />
articular uma nova agenda de crescimento (incluindo a perspectiva de início da internacionalização<br />
produtiva), pois até então toda a geração de caixa era destinada à amortização das dívidas. Os<br />
investimentos médios anuais saltaram para US$ 90 milhões a partir de 2008, após a extinção do acordo<br />
financeiro.<br />
A partir de 2007, a Tupy intensificou seu foco em produtos de maior valor agregado (FARBER &<br />
CASCELLO, 2013). Tal estratégia já era adotada pela companhia desde o início da década como<br />
ferramenta de manutenção da lucratividade e de salvaguarda às oscilações cambiais, uma vez que<br />
mesmo a um câmbio mais apreciado, os produtos mais elaborados mantêm uma margem de lucro