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NBR ISO 9001:2008 – Processo de auditoria de primeira parte: um estudo de caso em uma indústria do ramo militar

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Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Engenharia <strong>de</strong> Produção<br />

2014<br />

Para <strong>de</strong>bater este t<strong>em</strong>a será realiza<strong>do</strong> <strong>um</strong> <strong>estu<strong>do</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> <strong>em</strong> <strong>um</strong>a <strong>indústria</strong> <strong>do</strong> <strong>ramo</strong><br />

<strong>militar</strong>. Este méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa é <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> da seguinte maneira:<br />

O <strong>estu<strong>do</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> é <strong>um</strong> <strong>estu<strong>do</strong></strong> <strong>de</strong> natureza <strong>em</strong>pírica que investiga <strong>um</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> fenômeno,<br />

geralmente cont<strong>em</strong>porâneo, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>um</strong> contexto real <strong>de</strong> vida, quan<strong>do</strong> as fronteiras entre o<br />

fenômeno e o contexto <strong>em</strong> que ele se insere não são claramente <strong>de</strong>finidas. Trata-se <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

análise aprofundada <strong>de</strong> <strong>um</strong> ou mais objetos (<strong>caso</strong>s), para que permita o seu amplo e <strong>de</strong>talha<strong>do</strong><br />

conhecimento (CAUCHICK MIGUEL, 2007, p. 129).<br />

Vale ressaltar que a <strong>auditoria</strong> interna nesta <strong>indústria</strong> <strong>do</strong> <strong>ramo</strong> <strong>militar</strong> ocorre duas vezes<br />

ao ano. Portanto, <strong>primeira</strong>mente serão coleta<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s referentes à última <strong>auditoria</strong> realizada<br />

na <strong>indústria</strong> e após esta coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s será feita a análise <strong>do</strong>s mesmos, on<strong>de</strong> serão<br />

diagnosticadas as principais dificulda<strong>de</strong>s encontradas na elaboração e realização <strong>do</strong> processo<br />

<strong>de</strong> <strong>auditoria</strong> <strong>de</strong> <strong>primeira</strong> <strong>parte</strong>, que é o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho. De acor<strong>do</strong> com os resulta<strong>do</strong>s<br />

apresenta<strong>do</strong>s, serão propostas soluções para que estas dificulda<strong>de</strong>s sejam sanadas, buscan<strong>do</strong><br />

assim a melhoria contínua.<br />

2. Revisão Bibliográfica<br />

Para introduzir este trabalho, é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância obter o conhecimento <strong>do</strong><br />

significa<strong>do</strong> <strong>de</strong> organização, ou seja, <strong>em</strong>presa ou fábrica. Segun<strong>do</strong> Maximiano (1992, p.91):<br />

“Uma organização é <strong>um</strong>a combinação <strong>de</strong> recursos que procura <strong>de</strong>liberadamente realizar<br />

alg<strong>um</strong> tipo <strong>de</strong> objetivo (ou conjunto <strong>de</strong> objetivos)”. No âmbito geral, as organizações segu<strong>em</strong><br />

<strong>um</strong>a mesma linha <strong>de</strong> objetivos essenciais para a sua sobrevivência.<br />

Estes objetivos a ser<strong>em</strong> realiza<strong>do</strong>s pela organização são conceitua<strong>do</strong>s por Delga<strong>do</strong><br />

(1997) como sen<strong>do</strong> a contínua motivação <strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res para que assim realiz<strong>em</strong> suas<br />

ativida<strong>de</strong>s da melhor forma possível, a consequente elevação da produtivida<strong>de</strong> suprin<strong>do</strong> as<br />

não conformida<strong>de</strong>s abordadas ao longo <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> produção, auxiliada pelo primeiro objetivo<br />

cita<strong>do</strong> a cima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> a organização <strong>de</strong>ve ter como foco o cliente, satisfazen<strong>do</strong> as suas<br />

necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos, pois é através <strong>de</strong>le que a mesma irá sobreviver.<br />

Para que <strong>um</strong>a organização sobreviva aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s clientes, é <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> importância que se obtenha qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> seus produtos e serviços. O termo qualida<strong>de</strong><br />

possui inúmeras <strong>de</strong>finições, <strong>de</strong>scrita por diferentes autores. JURAN (1988 apud COSTA,<br />

2013, p.16) consi<strong>de</strong>ra que “Qualida<strong>de</strong> radica nas características <strong>de</strong> cada produto, cujos<br />

atributos permit<strong>em</strong> satisfazer as necessida<strong>de</strong>s e as expectativas <strong>do</strong>s cons<strong>um</strong>i<strong>do</strong>res <strong>–</strong> fitness for<br />

use”. Por outro la<strong>do</strong>, a qualida<strong>de</strong> é conceituada por Costa (2013) como sen<strong>do</strong> a omissão <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>feitos, ou seja, produtos e serviços <strong>de</strong> perfeição significativa que consigam assim saciar as<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s clientes. Daí surge à importância da qualida<strong>de</strong> nos produtos e serviços da<br />

organização, pois manten<strong>do</strong> <strong>um</strong> alto padrão da qualida<strong>de</strong> a organização assegura <strong>de</strong> que além<br />

<strong>do</strong>s seus clientes estar<strong>em</strong> satisfeitos, os colabora<strong>do</strong>res também estarão.<br />

Para que a organização esteja apta a realizar seus produtos e prestar seus serviços, é<br />

necessário que a mesma siga regras e normas. Para isto, nos dias atuais, as maiorias das<br />

organizações possu<strong>em</strong> <strong>um</strong> Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong>.<br />

Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Gestão (sist<strong>em</strong>a para estabelecer política e objetivos, e para atingir estes objetivos)<br />

para dirigir e controlar <strong>um</strong>a organização (grupo <strong>de</strong> instalações e pessoas com <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong>s, autorida<strong>de</strong>s e relações), no que diz respeito à qualida<strong>de</strong> (grau no qual <strong>um</strong><br />

conjunto <strong>de</strong> características inerentes satisfaz a requisitos) (<strong>NBR</strong> <strong>ISO</strong> 9000, 2005, p.9).<br />

Para (KRAVCHYCHYN et al. 2006) a implantação <strong>do</strong> Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Gestão e<br />

consequent<strong>em</strong>ente a sua certificação tornaram-se <strong>um</strong> significativo diferencial para a<br />

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