PDF_128_manual (4)
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13.2.4. MANUTENÇÃO ELÉTRICA<br />
13.2.4.1. Verificação da resistência do<br />
isolamento<br />
O isolamento em um motor elétrico<br />
é a resistência à passagem da corrente<br />
elétrica de uma fase do estator em relação<br />
às demais fases e a carcaça do motor em<br />
relação aos enrolamentos.<br />
Após um certo período de utilização ou<br />
estocagem do motor, o acúmulo de poeira,<br />
o aquecimento das bobinas, as variações<br />
de temperatura ambiente e a absorção de<br />
umidade fazem com que a resistência de<br />
isolamento diminua, dando origem ao que<br />
se denomina “corrente de fuga”. Estas<br />
correntes de fuga vão aumentando até o<br />
ponto em que se forma um curto-circuito<br />
entre o enrolamento e a carcaça ou entre<br />
fases. Esta ocorrência constitui não só<br />
perigo para a máquina, mas também<br />
para seus operadores, razão pela qual a<br />
carcaça de toda a máquina elétrica deve<br />
estar solidamente aterrada.<br />
Uma maneira de se controlar estas<br />
correntes de fuga é realizando verificações<br />
periódicas na resistência de isolamento.<br />
Esta verificação é feita por ohmímetros<br />
13.2.4.2. Conexões<br />
especiais de alta tensão, também<br />
conhecidos por “megohmetro”.<br />
Outro ponto que deve ser verificado<br />
Este aparelho consiste em um<br />
periodicamente nos motores são as<br />
dispositivo, mecânico ou eletrônico, capaz<br />
conexões entre estes e a rede de<br />
de gerar um nível de tensão (em alguns<br />
alimentação. Estas ligações, quer sejam<br />
aparelhos até 5.000 volts) que é aplicada<br />
diretas ou através de dispositivos de<br />
entre o enrolamento e a carcaça. Além de<br />
partida e controle, devem estar bem<br />
gerar esta tensão, o “megohmetro” possui<br />
conectadas. Caso contrário, poderá ocorrer<br />
um indicador da resistência do isolamento Gráfico13.4.<br />
oxidação nos terminais (dificultando ou até<br />
entre as partes sob teste, que deve ser Para que o motor esteja em boas interrompendo a passagem de corrente),<br />
realizado com o motor desconectado condições quanto ao isolamento, o valor da bem como faiscamento, podendo inutilizar<br />
da rede de alimentação para evitar resistência deve ser superior a 10 megohm os cabos de ligação através da elevação<br />
interferências na leitura.<br />
a 40ºC. Caso este valor seja inferior, será de temperatura.<br />
Tabela 13.4.<br />
104 105<br />
Figura 13.3.<br />
necessário realizar uma revisão detectando<br />
o local de baixo isolamento.<br />
Quando o ensaio for realizado em<br />
temperatura diferente de 40ºC, fazse<br />
necessário proceder a correção<br />
aproximada pelo gráfico 13.4.<br />
Obs.: o excesso de umidade costuma ser,<br />
na maioria dos casos, o grande responsável<br />
pela redução da resistência de isolamento.<br />
Para eliminar este excesso pode-se adotar<br />
alguns procedimentos como:<br />
a) alimentar o motor em baixa tensão<br />
ocasionando circulação de corrente<br />
e consequente aquecimento dos<br />
enrolamentos;<br />
b) usar aquecedores (luzes infravermelhas<br />
com incidência direta) desde que a<br />
temperatura ambiente não ultrapasse<br />
105ºC, com o motor desmontado.<br />
c) aquecer em estufa à temperatura mínima<br />
de 80ºC acrescendo 5ºC cada hora até<br />
105ºC, devendo permanecer num período<br />
mínimo de 1 hora. No caso da resistência<br />
permanecer baixa, aconselha-se efetuar<br />
uma nova impregnação do estator.