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JUNHO 2016

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Propriedade e administração:<br />

Centro Lusitano de Zurique<br />

Birmensdorferstrasse 48<br />

8004 Zürich<br />

Directora: Sandra Ferreira CC nº 28 | Ano: XXII | N.º: 218 | Junho <strong>2016</strong> | Mensal | Gratuito<br />

Tel.: 044 241 52 60<br />

Fax: 044 241 53 59<br />

Web: www.cldz.ch<br />

E-mail: info@cldz.ch<br />

Einsiedeln<br />

A festa mais portuguesa da Suíça<br />

Pág. 3<br />

Editorial Actualidade<br />

Acordo Ortográfico<br />

“agora vão ter de contar<br />

os tostões para uma vida<br />

digna.../...”<br />

Pág. 25<br />

Fisco já não pode vender<br />

casas de família...<br />

Pág. 26<br />

Presidente Marcelo<br />

Rebelo de Sousa e o<br />

Acordo Ortográfico...


2 Lusitano de Zurique Publicidade<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

Edição anterior<br />

Centro Lusitano de Zurique<br />

Birmensdorferstr, 48<br />

8004 Zürich<br />

www.cldz.ch - info@cldz.ch<br />

Bufete, reserva de refeições 077 403 72 55<br />

Cursos de alemão 076 332 08 34<br />

Direcção<br />

Futebol<br />

InCentro<br />

Publicidade<br />

Rancho folclórico<br />

044 241 52 60 / info@cldz.ch<br />

————————————————_<br />

incentro@cldz.ch<br />

076 379 67 27 / mribatejo@hotmail.com<br />

076 344 15 40 / rancho@cldz.ch<br />

Vamos contar uma história 079 647 01 46<br />

Consulado Geral de Portugal em Zurique<br />

Zeltweg 13 - 8032 Zurique<br />

Tel. Geral: 044 200 30 40<br />

Serviços de ensino: 044 200 30 55<br />

Serviços sociais: 044 261 33 32<br />

Abertura de segunda a sexta-feira das<br />

08:30 às 14:30 horas<br />

Embaixada de Portugal<br />

Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15<br />

Secção consular: 031 351 17 73<br />

Serviçoa sociais: 031 351 17 42<br />

Serviços de ensino: 031 352 73 49<br />

Serviços municipais de informação para<br />

imigrantes - Zurique (Welcome Desk)<br />

Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique<br />

Tel.: 044 412 37 37<br />

Polícia 117<br />

Bombeiros 118<br />

Ambulância 144<br />

Intoxicações 145<br />

Rega 1414<br />

Pág. 3<br />

Directora: Sandra Ferreira CC nº 28 | Ano: XXII | N.º: 217 | Maio <strong>2016</strong> | Mensal | Gratuito<br />

Editorial<br />

1 de Maio<br />

Dia da Mãe e o Dia do<br />

Trabalhador<br />

Pág. 15<br />

Direito<br />

Informação útil sobre a<br />

rescisão de Contratos de<br />

Trabalho<br />

Pág. 20<br />

Propriedade e administração:<br />

Centro Lusitano de Zurique<br />

Birmensdorferstrasse 48<br />

8004 Zürich<br />

Tel.: 044 241 52 60<br />

Fax: 044 241 53 59<br />

Web: www.cldz.ch<br />

E-mail: info@cldz.ch<br />

O Centro Lusitano de Zurique esteve presente no<br />

Kinderumzug<br />

<strong>2016</strong><br />

Opinião<br />

Novos Tempos, Velhos<br />

Hábitos<br />

Missão Católica de Língua Portuguesa – ZH<br />

Katholische Mission der Portugiesischsprechenden<br />

Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 Zürich<br />

Tel.: 044 242 06 40 7 044 242 06 45 - Email: mclp.zh@gmail.com<br />

Horário de atendimento:<br />

- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h<br />

Ler na página 26 e 27


Junho <strong>2016</strong><br />

Editorial<br />

Lusitano de Zurique<br />

3<br />

Desmoronar das caixas de pensões<br />

Uma das grandes preocupação de todos os emigrantes é chegar à meia idade e saber<br />

que pode gozar da sua reforma de forma digna e despreocupada, depois de uma vida<br />

a trabalhar. E a comunidade portuguesa não se pode ter queixado muitos nas ultimas<br />

décadas, Desmoronar pois das caixas pensões de que pensões levam para o seu repouso merecido, tem sido suficiente<br />

para se fazer vida em Portugal (se tivermos em conta as reformas em Portugal). Mas<br />

como diz um bom ditado português „Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades“.<br />

Uma das grandes preocupação de todos os emigrantes é chegar à meia idade e saber que pode<br />

Os seja, a geração de emigrantes mais recente, para alem de não fazer da reforma a sua<br />

gozar da sua reforma de forma digna e despreocupada, depois de uma vida a trabalhar. E a<br />

principal comunidade preocupação, portuguesa não também se pode ter não queixado pensa muitos um dia nas ultimas gozar décadas, desse tempo pois as em pensões terras lusas,<br />

mas que levam sim ficar para pela o seu Suíça. repouso merecido, tem sido suficiente para se fazer vida em Portugal (se<br />

tivermos em conta as reformas em Portugal). Mas como diz um bom ditado português „Mudam-se<br />

Pois os tempos, bem, para mudam-se estes as a vontades“. preocupação Os seja, devia a geração ser redobrada de emigrantes em mais comparação recente, para aos alem primeiros.<br />

de não fazer da reforma a sua principal preocupação, também não pensa um dia gozar desse<br />

Segundo a União de sindicatos Suíços, as caixas de pensão estão a sofrer um enorme<br />

tempo em terras lusas, mas sim ficar pela Suíça.<br />

desmantelamento Pois bem, para estes a das preocupação pensões devia de reforma. ser redobrada Segundo em comparação os mesmos, aos primeiros. hoje quem tiver 50<br />

anos Segundo tem a de União contar de sindicatos com pensões Suíços, as muito caixas mais de pensão baixas estão do a que sofrer aquilo um enorme que se pensava. Isto<br />

significa desmantelamento que para das aquelas pensões pessoas de reforma. que Segundo trabalharam os mesmos, toda hoje a vida quem e tiver agora 50 anos vão tem ter de contar<br />

os contar tostões com pensões para uma muito vida mais digna, baixas o do que vai aquilo levar que a se que pensava. muitos Isto fiquem significa que socialmente para isolados<br />

digna, pois o que não vai vão levar conseguir a que muitos pagar fiquem o socialmente nível de vida isolados na Suíça. pois não vão conseguir pagar o<br />

aquelas pessoas que trabalharam toda a vida e agora vão ter de contar os tostões para uma vida<br />

nível de vida na Suíça.<br />

A única solução para esta situação é o aumento das pensões de reforma e como tal foi<br />

lançada A única solução uma iniciativa para esta situação nacional é o que aumento irá a das votos pensões em Setembro. de reforma e Trata-se como tal foi da lançada iniciativa AHVuma<br />

iniciativa nacional que irá a votos em Setembro. Trata-se da iniciativa AHV-AVSplus, que tem<br />

-AVSplus, que tem como objectivo aumentar as reformas em 10%. Assim uma pessoa<br />

como objectivo aumentar as reformas em 10%. Assim uma pessoa com a reforma mínima actual<br />

com de 1160 a reforma francos recebia mínima um actual suplemento de 1160 de 116 francos francos. No recebia caso da um reforma suplemento máxima actual de 116 de francos.<br />

No 2320 caso francos, da reforma um suplemento máxima de 232 actual francos de e 2320 348 francos francos, na reforma um suplemento máxima actual de para 232 francos e<br />

348 casais. francos Quanto na ao reforma financiamento máxima da AHV-AVSplus actual para ainda casais. existem Quanto poucas propostas, ao financiamento sendo uma da AHV-<br />

-AVSplus delas a aplicação ainda de existem um imposto poucas nacional propostas, sobre heranças. sendo uma delas a aplicação de um imposto<br />

nacional sobre as heranças.<br />

Aumentos previstos com a Iniciativa AHV-AVSplus:<br />

Exemplo:<br />

Agregado familiar último salário Reforma AHV-AVS Suplemento<br />

(sem 13º mês)<br />

Trabalhador da construção Fr. 4800 Fr. 3480 Fr. 348<br />

e florista (60%) 2 filhos Fr. 2400<br />

Horticultor e empregada Fr. 4000 Fr. 3200 Fr. 320<br />

de mesa (40%) 2 filhos Fr. 1600<br />

Sandra Ferreira - Directora<br />

Cartão de Identidade de Colaborador das Comunidades nº 28<br />

lusitanozurique@gmail.com<br />

“agora vão ter de contar<br />

os tostões para uma vida<br />

digna.../...”<br />

Padeiro Fr. 4500 Fr. 1780 Fr. 178<br />

Enfermeira (80%) Fr. 5000 Fr. 2050 Fr. 205<br />

solteira, 1 filho<br />

Capataz, chegou à Fr. 6300 Fr. 1620 Fr. 162<br />

Suíça há 30 anos<br />

Ficha técnica<br />

Propriedade<br />

Centro Lusitano de Zurique<br />

8004 Zürich<br />

Publicidade<br />

Email: info@cldz.ch<br />

Administração<br />

Centro Lusitano de Zurique<br />

Directora<br />

4 Sandra Ferreira - CC nº28<br />

lusitanozurique@gmail.com<br />

Sub-director<br />

4 Armindo Alves - CC nº31<br />

alves.armindo@kronschnabl.ch<br />

Outras fontes:<br />

Redacção e Colaboração<br />

4 Cristina Fernandes Alves CC nº32<br />

4 Maria José Bernardo CC nº29<br />

4 Pedro Nabais CC nº 30<br />

4 Joana Araújo CC nº27<br />

4 Jorge Rodrigues CC nº33<br />

4 Daniel Bohren<br />

4 Zuila Messmer<br />

4 Domingos Pereira<br />

4 Carmindo de Carvalho<br />

4 Euclides Cavaco<br />

4 Carlos Ademar<br />

4 Jo Soares<br />

Nota: Os textos publicados, são da exclusiva responsabilidade dos seus<br />

autores e não representam necessáriamente as opiniões do Lusitano de Zurique.<br />

Publicidade:<br />

mribatejo@hotmail.com<br />

Tel.: 076 379 67 27<br />

Edição, composição e paginação<br />

Manuel Araújo -Jornalista 4365<br />

Braga – Portugal<br />

araujo@manuelaraujo.pt<br />

Tel.:(+351) 912 410 333<br />

Impressão: DM Braga<br />

Tiragem: 2000 exemplares<br />

Periodicidade: Mensal<br />

Distribuição gratuita<br />

Esta publicação não adopta<br />

Nem respeita o (des)Acordo<br />

Ortográfico


4 Lusitano de Zurique Comunidade<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

O VIII Festival de Folclore dos Amigos de<br />

Locarno realizou-se a 7 Maio <strong>2016</strong>!<br />

Maria dos Santos<br />

O centro Scolastico Lavertezzo,<br />

em Riazzino, vestiu<br />

as cores da bandeira portuguesa<br />

para receber os seus<br />

convidados e amigos, conhecidos<br />

e desconhecidos, para<br />

com eles festejar todo um<br />

acontecimento folclórico!<br />

O Ticino é conhecido como<br />

uma região solarenga, mas<br />

neste dias o sol brilhou só e<br />

apenas, embora intensamente,<br />

no coração daqueles que<br />

assistiram às comemorações<br />

de mais um festival.<br />

Este serão ficou marcado<br />

pela primeira actuação, em<br />

casa, dos Amigos de Locarno,<br />

como membros efectivos da<br />

Federação de Folclore e Etnografia<br />

na Suíça.<br />

Cada um dos elementos respirava<br />

alegria e os sorrisos<br />

foram uma presença plena<br />

de uma mais-valia. Naturalmente,<br />

as danças e os cantares<br />

arrancaram da sala fortes<br />

aplausos.<br />

O presidente Manuel Vicente<br />

fez questão de reconstruir a<br />

cerimónia da entrada do seu<br />

grupo na F.P.F.E.S.. Acompanhado<br />

pelos elementos da<br />

Federação, mostrou a faixa<br />

e o diploma do grupo. Os<br />

aplausos foram muitos e as<br />

emoções também!<br />

Foi um passo gigantesco e de<br />

muita responsabilidade, mas<br />

que não temem, pois são defensores<br />

genuínos da cultura<br />

folclorista, estando abertos<br />

ao diálogo e a novas façanhas,<br />

sempre na tentativa de<br />

melhorar ainda mais o grupo!<br />

Além disto, Lausanne esteve<br />

presente com o Rancho “os<br />

Amigos do Minho” que, para<br />

além de ter inúmeras actuações<br />

dentro e fora da Suíça,<br />

mostrou-se um rancho bem<br />

empenhado em promover a<br />

nossa cultura. Gente jovem e<br />

bem enraizada nas danças e<br />

nos cantares!<br />

Também o rancho de Lugano,<br />

o mais jovem deste serão,<br />

nos deliciou com uma dança<br />

pouco habitual, mas muito<br />

real, em homenagem ao Vinho<br />

do Porto! Tantas foram<br />

as saudades de Portugal!<br />

A substituir o rancho convidado<br />

de Hinwill, esteve o<br />

Rancho da Casa do Benfica de<br />

Genebra que, desde 1994, actua<br />

por toda a Suíça e além-<br />

-fronteiras. Este rancho,<br />

membro efectivo da F.P.F.E.S,<br />

faz uma notória diferença,<br />

pois representa o Ribatejo.<br />

A sala esmerou-se em aplausos,<br />

quando nos deleitaram<br />

com o fandango! Os Amigos<br />

de Locarno agradecem a preciosa<br />

actuação e deslocação<br />

ao festival! O som esteve ao<br />

cuidado de Ases do Ritmo e<br />

foram eles os grandes animadores<br />

desta noite dançante!<br />

Quero agradecer, em nome<br />

dos Amigos de Locarno, a todos<br />

os que, de uma forma directa<br />

e indirecta, prestaram<br />

a sua ajuda. Nada se constrói<br />

apenas com duas mãos, pois<br />

a união e o trabalho colectivo<br />

são a melhor prestação de<br />

cada dia!<br />

Findo com a nossa cultura<br />

que, pela sua grandiosidade<br />

e autenticidade, deve ser<br />

transmitida aos mais jovens.<br />

Nós, como grupos, temos<br />

o dever moral e cultural de<br />

assim o fazer, se desejamos<br />

que a nossa cultura perdure<br />

no tempo.<br />

A nossa vida folclórica é a<br />

nossa glória. Muito obrigada<br />

pela presença, participação e<br />

interesses mútuos. Incluindo<br />

o Senhor Norman Gobiy, conselheiro<br />

do Cantão do Ticino<br />

e chefe do departamento<br />

da Instituição * Rienhante<br />

dell carnavele de la citá de<br />

Locarno*<br />

Foi para todos um prazer<br />

enorme a sua presença<br />

Somos os Amigos de Locar


Junho <strong>2016</strong><br />

Associativismo<br />

Lusitano de Zurique<br />

5<br />

Despedida<br />

Maria José<br />

O membro da Direcção do Centro<br />

Lusitano de Zurique está de regresso<br />

ao país natal, Portugal.<br />

Joaquim Violante vai regressar<br />

a casa este mês e o Centro Lusitano<br />

de Zurique como não podia<br />

deixar de ser, pelo contributo que<br />

sempre nos deu, fez-lhe uma pequena<br />

despedida num jantar com<br />

os colegas da Direcção.<br />

Queremos nesta pequena nota<br />

agradecer ao Sr. Joaquim pela<br />

pessoa imparcial que sempre foi.<br />

Que continue assim.<br />

Muito obrigada também pela<br />

amizade que sempre nos dedicou.<br />

Preciso<br />

COLABORADORA<br />

Bar/Buffet do Centro Lusitano de Zurique<br />

Contacto: Tlm. 077 403 72 55<br />

Contacto: Tl. 077 403 72 55<br />

20<br />

ANOS<br />

NA SUÍÇA<br />

Residentes no Estrangeiro<br />

A CAIXA ESTÁ ONDE<br />

ESTÃO OS PORTUGUESES.<br />

20 anos depois, sentimo-nos em casa na Suíça, graças aos<br />

clientes que confiaram em nós, para os acompanharmos<br />

na vida fora de Portugal. Hoje, passadas duas décadas,<br />

temos ainda mais experiência para receber e apoiar todos<br />

os clientes, oferecendo-lhes o conforto de terem um banco<br />

que os conhece desde sempre.<br />

Saiba mais em residentesnoestrangeiro.cgd.pt, numa agência<br />

ou representação da Caixa, ou ligue (+351) 707 24 24 24,<br />

disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano.<br />

A CAIXA. COM CERTEZA.<br />

A Caixa Geral de Depósitos S.A. é autorizada pelo Banco de Portugal


6 Lusitano de Zurique Comunidades<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

Arminda<br />

Macedo<br />

“o CLZ já teve sem<br />

dúvida muitas<br />

“presidentes””


Junho <strong>2016</strong><br />

Comunidades<br />

Lusitano de Zurique<br />

7<br />

Einsiedeln, foi o nosso ponto de encontro. Arminda Macedo é uma portuguesa,<br />

residente em Zurique e com fortes laços afectivos e profissionais ao C.LZ.<br />

Mulher decidida, com um sorriso rasgado e possuidora, de uma enorme simpatia,<br />

trocou alguns pontos de vista, numa breve cavaqueira comigo.<br />

Vamos então descortinar, a mulher que se esconde por detrás de uma elegância<br />

intuitiva, de quem sabe o seu valor.<br />

Maria dos Santos<br />

C.L. Como te defines, no papel<br />

de mulher e mãe?<br />

Dou o máximo de mim em<br />

cada papel. Acho que sou<br />

uma mulher e mãe dedicada,<br />

compreensiva e carinhosa.<br />

C.L. Do que nunca prescindirias<br />

no teu dia-a-dia?<br />

Da minha família, pois é o pilar<br />

da minha vida.<br />

C.L. A criminalidade tem aumentado,<br />

num gráfico assustador.<br />

Continuas a fazer a<br />

tua vida como antes, ou tomas<br />

precauções no teu dia-<br />

-a-dia?<br />

Não tomo qualquer precaução<br />

adicional de qualquer<br />

maneira hoje em dia todo o<br />

cuidado é pouco.<br />

C.L. Regressar às origens, faz<br />

parte dos teus planos?<br />

Como já passei por essa experiência,<br />

isso já não está<br />

propriamente nos meus planos<br />

a curto prazo. Sinto-me<br />

bem com o estatuto de portuguesa<br />

residente no estrangeiro.<br />

C.L. Einsiedeln é de facto um<br />

lugar especial, para todos.<br />

Que significa para ti desfilar<br />

e dançar a nossa cultura,<br />

nesta cidade de peregrinação?<br />

O Rancho faz muitas saídas<br />

durante o ano, nos mais diversos<br />

lugares e eventos mas<br />

realmente em Einsiedeln é<br />

especial. Para mim tem um<br />

cheirinho à nossa terra natal.<br />

A nossa fé, as grandes<br />

merendas e a alegria que se<br />

sente no ar. Tudo isso faz de<br />

Einsiedeln um evento único.<br />

C.L. Não existe registo de<br />

que o Cento Lusitano tivesse<br />

uma presidente. Gostarias<br />

de ver uma senhora no comando<br />

desta associação?<br />

Adorava. De qualquer forma<br />

como disse a nossa amiga<br />

Susana, por de trás de um<br />

grande homem, há sempre<br />

uma grande mulher... Visto<br />

as coisas dessa maneira, o<br />

CLZ já teve sem dúvida muitas<br />

“presidentes”.<br />

C.L. O Rancho é o teu grande<br />

elo de ligação, ao Centro<br />

Lusitano. Que projecto gostarias<br />

que o vosso grupo realizasse?<br />

Sim, o rancho é o meu elo<br />

de ligação com o CLZ desde<br />

1989, ano em que foi fundado<br />

e ano em que eu comecei a<br />

fazer parte, assim como também<br />

o futebol jovem, onde<br />

o meu filho faz parte desde<br />

da fundação da secção de<br />

juniores. Aí também dou um<br />

ajudinha na administração e<br />

acompanho praticamente todos<br />

os jogos.<br />

Quanto ao projecto que eu<br />

gostaria que se realizasse no<br />

Rancho, acabou de ser concretizado.<br />

Temos um excelente<br />

grupo infantil de que<br />

nos orgulhamos muito.<br />

C.L. O C.L.Z. é um pioneiro<br />

em actividades culturais.<br />

tens na gaveta um projecto<br />

inovador como proposta?<br />

É difícil sugerir algo de novo,<br />

o CLZ já faz mesmo muito,<br />

mas talvez mais actividades<br />

culturais com os sócios, para<br />

manter, ainda mais, os nossos<br />

jovens ligados à nossa<br />

cultura.<br />

C.L. Como consegues conciliar<br />

a vida profissional, familiar<br />

e associativa?<br />

Como diz o ditado, quem<br />

anda por gosto não cansa. É<br />

mesmo assim: adoro a minha<br />

família, gosto muito do meu<br />

trabalho e desfruto dos convívios<br />

que a nossa associação<br />

nos proporciona ao longo do<br />

ano. Claro que isso também<br />

significa trabalho. Mas distribuído<br />

por todos não custa<br />

nada. Por isso, não é assim<br />

tão difícil arranjar tempo<br />

para tudo.<br />

SEGUROS<br />

Doença ( krakenkasse )<br />

210.70 Chf ( adultos / +25 anos )<br />

205.90 Chf ( adultos / 19-25 anos )<br />

47.40 Chf ( menores / 0-18 anos )<br />

VIDA, JURÍDICO<br />

ACIDENTES<br />

AUTOMÓVEL<br />

POUPANÇA REFORMA, etc...<br />

C.L. Como valorizas o empenho<br />

do actual presidente<br />

Armindo Alves em manter a<br />

cultura portuguesa e suíça,<br />

quase em paralelo?<br />

Acho fantástico. É assim que<br />

tem de ser. Somos portugueses<br />

de origem, mas temos<br />

que nos adaptar o mais possível<br />

ao nosso país de residência.<br />

Todo o esforço é necessário<br />

para nos sentirmos mais<br />

integrados e para podermos<br />

evoluir a nível pessoal e profissional.<br />

“Somos portugueses de origem, mas temos que<br />

nos adaptar o mais possível ao nosso país de residência.<br />

Todo o esforço é necessário para nos<br />

sentirmos mais integrados e para podermos<br />

evoluir a nível pessoal e profissional”<br />

CRÉDITOS DESDE 8,9%<br />

*Compra de outros créditos, “Permissos” L, B, C<br />

CONTACTOS<br />

Birmensdorferstrasse, 55 – 8004 Zürich<br />

Junto à Estação de Wiedikon<br />

Frente ao Centro Lusitano de Zurique<br />

Telm.: 079 336 93 71 * Tel.: 043 811 52 80<br />

wwww.andradefinance.ch<br />

info@andradefinance.ch


8 Lusitano de Zurique Comunidade<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

25 ° Peregrinação a Einsiedeln<br />

Maria dos Santos<br />

Como já vem sido habitual,<br />

o C.L.Z. tem a seu<br />

cargo as celebrações da<br />

parte cultural de uma das<br />

mais emblemáticas festas<br />

portuguesas.<br />

O céu ameaçou alguma chuva,<br />

mas foram poucas as gotas<br />

que caíram e os festejos,<br />

decorreram sobre uma abóbada<br />

celeste algo cinzenta.<br />

A concentração realizou-se<br />

no passado dia quinze de<br />

Maio em Einsiedeln. A Missa<br />

toda ela em língua portuguesa,<br />

foi presenciada por inúmeros<br />

portugueses.<br />

O Rancho Folclórico de Luzerna,<br />

teve a seu cargo a guarda<br />

do andor de Nossa Senhora<br />

de Fátima, sob o olhar atento<br />

de todos os que são fiéis a<br />

esta concentração religiosa.<br />

O Rancho Folclórico do Centro<br />

Lusitano Zurique, também<br />

desfilou após a missa ter terminado,<br />

desde o Santuário,<br />

até a sala do teatro cultural<br />

desta primorosa cidade.<br />

Aqui o presidente Armindo<br />

Alves com a sua equipa, esperava<br />

todos os convidados<br />

e interessados a assistir a


Junho <strong>2016</strong><br />

Comunidade<br />

Lusitano de Zurique<br />

9<br />

uma tarde cultural, onde<br />

a dança e a música tomaram<br />

relevância.<br />

O Rancho do C.L.Z. foi o primeiro<br />

em actuar, com o beneficio<br />

de arrancar aplausos e<br />

cânticos, mas foram os mais<br />

pequeninos que conseguiram<br />

enfeitiçar os presentes.<br />

No entanto o grupo de adultos,<br />

soube e muito bem enlevar<br />

o colectivo a uma ovação<br />

merecida.<br />

Para quebrar o ritmo folclórico,<br />

tivemos em palco, Luís<br />

Carlos, que com as suas baladas<br />

e juventude fez o encanto<br />

da platéia.<br />

O Rancho Folclórico de Lucerna<br />

subiu ao palco para expor,<br />

as suas danças de Norte a Sul<br />

de Portugal.<br />

Fantástico com sempre os<br />

seus elementos adultos e<br />

infantis, fizeram um retrato<br />

das nossas raízes folclóricas.<br />

A tarde cultural prosseguiu, e<br />

foi a voz profunda de Carlos<br />

Santos e as suas bailarinas,<br />

que pôs toda a sala em pé-<br />

-de-dança.<br />

Muito divertido, pode este<br />

artista da Comunidade vangloriar-se<br />

pelo conseguido<br />

em palco! Teve como "bailarinas"<br />

especiais, Armindo Alves<br />

e Jorge Martins, que catalogaram<br />

a tarde de quinze de<br />

Maio, como inesquecível.<br />

Ases do Ritmo tiveram o privilégio<br />

de encerar esta edição<br />

do vigésimo quinto aniversário,<br />

com as suas músicas<br />

sempre arrebatadoras de um<br />

pé-de-dança.<br />

Parabéns a quem pôs todo<br />

este espectáculo ao dispor<br />

da comunidade portuguesa e<br />

a quem se deslocou ao município,<br />

para aplaudir mais um<br />

evento do Centro Lusitano de<br />

Zurique.


10 Lusitano de Zurique Comunidade<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

Festa intercultural de Arbon<br />

Sandra Ferreira<br />

Pelo quinto ano<br />

consecutivo as<br />

cores portuguesas<br />

fizeram parte<br />

da septuagésima<br />

festa das Cultuas<br />

em Arbon.<br />

Foi no passado dia 24 de<br />

Maio, que as margens<br />

do lago “Bodensee“ se<br />

encheram de cores e sabores<br />

das varias nacionalidades<br />

existentes na região.<br />

Entre os cerca de 20<br />

países que aqui se fizeram<br />

representar esteve<br />

também Portugal, representado<br />

pela Comissão<br />

de pais de Arbon.<br />

Carlos Almeida, presidente<br />

da comissão de<br />

pais, fala com orgulho<br />

que o leva a participar<br />

nesta festa há já cinco<br />

anos. “Nós inscreve-mo-<br />

-nos pois é uma alegria<br />

divulgar a nossa cultura e<br />

gastronomia“. Apesar da<br />

comunidade portuguesa<br />

não ser muito grande<br />

nesta região, com cerca<br />

de 300 portugueses, foram<br />

muitos aqueles que<br />

aproveitaram a ocasião<br />

para comer uma típica<br />

feijoada e apreciar um<br />

bom bolinho de bacalhau.<br />

“Nos últimos três<br />

anos já passaram por cá<br />

mais de 2500 pessoas“,<br />

afirma Carlos Almeida.<br />

Apesar de todos os anos<br />

a Comissão de pais de<br />

Arbon ter uma especialidade<br />

gastronomia para<br />

apresentar, são os aperitivos<br />

com os pastéis e<br />

os bolinhos de bacalhau<br />

ou os pastéis de nata os<br />

mais procurados e apreciados.<br />

Para representar um<br />

pouco da nossa cultura<br />

estiveram presentes os<br />

bombos „Os Lusitanos“<br />

de Liechtenstein, e mais<br />

tarde o Rancho folclórico<br />

da mesma região.


AFm_NB_EuroREs<strong>2016</strong>_GazLusofona_260x370.ai 1 24/05/16 17:35<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

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Lusitano de Zurique<br />

11<br />

Temos seleção<br />

para ter<br />

ambição.<br />

Temos a equipa que muitos gostariam de ter,<br />

temos o talento que poucos têm, temos os<br />

melhores do mundo dentro e fora do campo,<br />

temos os que estão cá e os que estão lá, temos<br />

história, temos vontade de fazer história, temos<br />

competência, temos experiência e temos tudo<br />

isto onde quer que estejamos. Onde houver<br />

um coração português a bater, há ambição.<br />

Lausanne: Avenue de Montchoisi 15, 1006 Lausanne<br />

0041 21 614 0014: 2ª a 6ª, das 9h às 13h e das 14h às 18h<br />

Neuchâtel: Avenue du Premier - Mars 6, 2000 Neuchâtel<br />

0041 32 723 59 60: de 2ª a 6ª, das 9h às 13h e das 14h às 18h<br />

e sábados, das 9h às 13h<br />

Sion: Avenue Tourbillon, 40, 1950 Sion<br />

0041 27 327 28 90: 2ª a 6ª, das 9h às 13h e das 14h às 18h<br />

e sábados, das 9h às 13h<br />

Zürich: Seebahnstrasse 143, 8003 Zürich<br />

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12 Lusitano de Zurique Comunidade<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

匀 愀 渀 琀 漀 猀<br />

倀 漀 倀 甀 氀 愀 爀 攀 猀<br />

渀 漀 䌀 攀 渀 琀 爀 漀 䰀 甀 猀 椀 琀 愀 渀 漀<br />

匀 섀 䈀 䄀 䐀 伀 Ⰰ ㈀ 㔀 䨀 唀 一 䠀 伀<br />

㘀<br />

䠀 伀 刀 䄀 匀<br />

䴀 䄀 刀 䌀 䠀 䄀 䐀 伀 匀 匀 䄀 一 吀 伀 匀 倀 伀 倀 唀 䰀 䄀 刀 䔀 匀<br />

㠀<br />

䠀 伀 刀 䄀 匀<br />

䘀 䔀 匀 吀 䄀 䐀 䄀 匀 䄀 刀 䐀 䤀 一 䠀 䄀 䄀 匀 匀 䄀 䐀 䄀<br />

吀 爀 猀 猀 愀 爀 搀 椀 渀 栀 愀 猀 Ⰰ 瀀 漀 Ⰰ 戀 愀 琀 愀 琀 愀 猀 攀 挀 愀 氀 搀 漀 瘀 攀 爀 搀 攀<br />

最 爀 愀 琀 甀 椀 琀 漀 瀀 愀 爀 愀 漀 猀 猀 挀 椀 漀 猀 ⸀ 一 漀 猀 挀 椀 漀 猀 Ⰰ 瀀 愀 最 愀 洀<br />

搀 漀 椀 猀 䘀 爀 ⸀ 瀀 漀 爀 猀 愀 爀 搀 椀 渀 栀 愀 ⸀ 伀 挀 愀 氀 搀 漀 瘀 攀 爀 搀 攀 最 爀 琀 椀 猀<br />

一 漀 ǻ 渀 愀 氀 栀 愀 瘀 攀 爀 氀 攀 椀 氀 漀 搀 漀 猀 洀 愀 渀 樀 攀 爀 椀 挀 漀 猀<br />

圀 圀 圀 ⸀ 䌀 䰀 䐀 娀 ⸀ 䌀 䠀


Junho <strong>2016</strong><br />

Cultura<br />

Lusitano de Zurique<br />

13<br />

Teatro AtrapalhArte de Coimbra<br />

na Suíça<br />

A AtrapalhArte partilha desde 2012 a<br />

nobre arte do teatro com instituições<br />

que vão desde escolas a municípios,<br />

de freguesias a festas populares. Desenvolve<br />

actividades teatrais com carácter<br />

lúdico e cultural, fazendo pela<br />

comédia, a abordagem de textos apresentados<br />

como referência no universo<br />

literário actual e destinadas a públicos<br />

de todas as idades.<br />

Todos os seus espectáculos, para além<br />

da sua interactividade e a comédia, têm<br />

como público-alvo os mais novos e as<br />

famílias em geral.<br />

Um pouco de norte a sul de Portugal,<br />

chegamos a perto de 120 000 alunos<br />

por ano lectivo, professores e auxiliares<br />

educativos, o que nos últimos quatro<br />

anos equivale a um universo de 500<br />

000 pessoas. Todas as suas produções<br />

assentam em obras que fazem parte do<br />

Plano Nacional de Leitura (PNL) e que<br />

integram o currículo lectivo dos alunos.<br />

A cada ano que passa veem-se enraizando<br />

cada vez mais no meio escolar,<br />

pois a qualidade tem vindo a aumentar,<br />

uma vez que a exigência a que estão sujeitos<br />

também vai sendo superior. Um<br />

trabalho sério que tem vindo a dar bons<br />

frutos.<br />

Neste momento, e volvidos quatro anos<br />

de existência, querem dar um passo em<br />

frente e evoluir, como é natural!<br />

O desafio a que se propõem, passa pela<br />

apresentação de um espetáculo de teatro,<br />

desta vez, dirigido ao público geral.<br />

Querem ainda, nesta nova fase e etapa<br />

da companhia, contar com um nome<br />

forte do teatro nacional.<br />

Trata-se da peça: " Do céu caiu um Anjinho"<br />

de Fernando Gomes. Uma comédia<br />

musical de enganos, romântica e muito<br />

divertida. Uma paródia à tradicional comédia<br />

à portuguesa.<br />

Com o sentido de se divulgar ainda<br />

mais, a AtrapalhArte trás os seus espectáculos<br />

ate à Suíça, nas duas primeiras<br />

semanas de Setembro. O seu programa<br />

será divulgado na edição do próximo<br />

mês.


14 Lusitano de Zurique Opinião<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

Escravos, do deixa andar quem se<br />

anda a governar…<br />

Sempre que acontece uma desgraça de grandes proporções, verifico que ficamos sempre perplexos,<br />

ou indignados. No caso da perplexidade é um estado de dúvida, de ausência de reacção perante este<br />

impacto com a novidade da tragédia, um sentimento. No caso da indignação é uma forma de acção<br />

à tragédia ou, como acontece muitas vezes, uma forma de manifestação, de revolta, contra os<br />

intervenientes nessa mesma desgraça.<br />

Recordo-me quando foi divulgada a tragédia que aconteceu em França no final de mês de Março, e<br />

depois de conhecer-se os factos, aqui no seio da comunidade, a indignação manifestou-se de forma<br />

Domingos Pereira revoltosa, a qual mereceu a minha atenção. A perplexão de alguns manifestantes de opinião, e a sua<br />

posição de revolta nos meios de comunicação social contra os envolvidos na desgraça posso dizer que<br />

foi tiro no próprio pé.<br />

Foi o caso de proprietários de empresas do ramo de transportes (passageiros e mercadorias) que vieram apelidar os prestadores<br />

de serviços (transportes em carrinhas) “de piratas da estrada, e muitas outras coisas que advém desta actividade. Porem, estes<br />

senhores se esqueceram de referir que a sua actividade, hoje legal, teve as suas origens neste sistema de economia paralela, as<br />

carrinhas.<br />

Portanto, este não é um fenómeno novo, já tem décadas e não só na Suíça. Quem é que nunca os/as viu á porta de casa, nas<br />

estradas, junto ás associações, estações de serviço? E mesmo a concorrência legalizada, nunca as/os viram em serviço? Claro<br />

que sim! Porquê não intervieram, porquê não os denunciam? Porquê tanta demagogia?<br />

Bem, no fundo somos todos culpados que estas e outras coisas aconteçam, porque somo escravos, do deixa andar quem se anda<br />

a governar…<br />

A necessidade<br />

Sabemos que a oferta de transportes adequados, não satisfaz a necessidade dos portugueses na diáspora, seja no local de<br />

onde são provenientes, (aqui não existem) seja onde trabalham, em que muitas vezes são zonas remotas com uma rede de<br />

transportes reduzida. Depois existe o factor comodismo, e o mais importante de todos, o financeiro.<br />

E a TAP (Transportadora Aérea Portuguesa) não é opção para muitas famílias a residir e trabalhar na Suíça. Os preços das passagens<br />

são muitas vezes exorbitantes, para quem deseja visitar até á terra natal. A TAP e seus parceiros, praticam uma política<br />

de especulação de preços das passagens entre a suíça e Portugal, duplicam e muitas vezes triplicam os preços em períodos de<br />

férias escolares e períodos festivos. Porquê?<br />

Porquê a TAP vai laçar a partir do 11 de Junho voos dos Estados Unidos (Boston e Nova Iorque) directos, ao preço de 700 Euros,<br />

e pratica preços elevados dentro da Europa?<br />

Será que não somos todos portugueses? Isto não é novo e, como foi referido em cima, esta necessidade de alguns, se tornou<br />

uma actividade lucrativa para muitos. Como diz o povo, a necessidade aguça o engenho. E quem se lixa é o mexilhão.<br />

Pedido de desculpas<br />

Na edição de Fevereiro da revista Lusitano, no texto - estado das coisas - referi que o Sr. Deputado Carlos Gonçalves tinha<br />

vindo à suíça “(…) para mobilizar a comunidade portuguesa de Genebra a apoiar os seus conterrâneos escritos nas listas do<br />

partido de extrema-direita Suíça deste Cantão. (…).<br />

Desejo aqui e desta forma, repor a verdade assim como, publicamente pedir desculpa aos leitores, ao Senhor deputado<br />

Carlos Gonçalves por esta falsa afirmação. O Sr. Deputado esteve em Genebra, mas não com a pessoa referida. Veio sim,<br />

apoiar e candidatos de um outro partido totalmente distinto ao referido e na região de Lausanne.


Junho <strong>2016</strong><br />

Comunidade<br />

Lusitano de Zurique<br />

15<br />

XVII festival da A.C.R.P. Wetzikon<br />

Maria dos Santos<br />

Trinta Abril <strong>2016</strong>, foi a data<br />

escolhida para as celebrações<br />

do XVII festival da A.C.R.P.<br />

Wetzikon.<br />

A sala, decorada com um<br />

extraordinário requinte primaveril,<br />

acolheu convidados,<br />

amigos, sócios e familiares,<br />

surpresos por tamanha alegria<br />

folclórica.<br />

Foi por volta das 21 horas que<br />

se deu início ao desfile, com<br />

o rancho vindo de Portugal,<br />

Cantares do Minho. Seguiu-<br />

-se o rancho de Sierre e os<br />

amigos de Locarno. O desfile<br />

terminou com o rancho da<br />

casa.<br />

Os folcloristas de Wetzikon<br />

foram, sem dúvida, os protagonistas<br />

do serão, com<br />

um festival que primou pela<br />

organização e qualidade cultural!<br />

O rancho de Sierre subiu ao<br />

palco com confiança e convictos<br />

da sua prestação, pese<br />

o facto de que, por motivos<br />

diversos, muitos dos seus<br />

elementos não puderam estar<br />

presentes. Brilharam e<br />

encantaram o público, sob o<br />

olhar atento do seu presidente,<br />

Luis Martins!<br />

Por fim, os Amigos de Locarno<br />

preparavam-se para invadir o<br />

palco. Seria um serão marcante<br />

na sua história pois,<br />

após dois anos como aderentes<br />

da F.P.F.E.S, tornar-se-iam<br />

enfim membros efectivos,<br />

numa cerimónia presenciada<br />

pelo presidente da Federação,<br />

Florêncio Carneiro!<br />

As emoções foram muitas<br />

e bem transparentes, para<br />

quem de folclore entende!<br />

Os padrinhos, Rancho de<br />

Wetzikon, tiveram um papel<br />

determinante, bem como a<br />

Federação e o rancho de Sierre,<br />

pois a troca de ideias e<br />

conselhos mútuos definiu o<br />

que é hoje o rancho dos Amigos<br />

de Locarno!<br />

Terminada esta cerimónia,<br />

gratificante em gestos e palavras,<br />

os Amigos de Locarno<br />

recomeçaram a dança com<br />

uma Chula, que os imortalizou<br />

como membros efetivos<br />

da Federação.<br />

Este grupo reluziu alegria,<br />

jóia de viver e de dançar, estando<br />

apto dar continuidade<br />

à nossa cultura popular!<br />

Por último, seria a vez do<br />

grupo Etnográfico de Danças<br />

e Cantares do Minho entrar<br />

em palco. Um aplauso que<br />

encheu a sala, para um grupo<br />

que tem viajado por quase<br />

todo o mundo. Eles que<br />

estiveram presentes nas comemorações<br />

dos 450 anos<br />

da chegada dos Portuguesas<br />

ao Brasil! Este mesmo rancho<br />

está filiado na Federação do<br />

Folclore Português, no Inatel<br />

e na Federação Portuguesa<br />

das Colectividades de Cultura<br />

e Recreio. Os seus trajes, danças<br />

e cantares, iluminaram a<br />

noite e foram, para todos os<br />

presentes, uma honra poderem<br />

dançar o famoso vira<br />

geral, com estes genuínos<br />

dançarinos!<br />

O Palco estava ao completo,<br />

com a presença de quem dá<br />

a cara à cultura portuguesa<br />

e destacamos a pessoa do Sr.<br />

Pinto, bem como o extraordinário<br />

folclorista Engenheiro<br />

Camilo, que transbordava de<br />

alegria!<br />

Os estandartes puseram o<br />

colorido ao enceramento do<br />

festival, para receberem as<br />

lembranças e respectivas fitas.<br />

Eduardo Miranda, num<br />

gesto de gratidão, ofereceu<br />

os Espigueiros. O nosso sincero<br />

obrigado.<br />

Os Mega Show actuaram até<br />

às 2 horas da madrugada,<br />

eles que são o grupo mais<br />

recente da moda, com uma<br />

carreira de apenas alguns<br />

meses. No entanto, arrasam<br />

sempre que actuam, não tendo<br />

sido esta noite diferente!<br />

A simpatia, a postura humilde<br />

e o poder de comunicação<br />

musical fazem deles uns perfeitos<br />

mestres!<br />

Queremos também agradecer<br />

ao Sr. Sergio da Fonseca a<br />

sua presença e apoio, com a<br />

rádio Folclore.<br />

Ao Talho Ramos, na pessoa<br />

do Sr. Manuel Azevedo Ramos,<br />

que tem sido incansável<br />

para com o Rancho de<br />

Wetzikon.<br />

A todos os que tomaram conta<br />

da cozinha: os pratos servidos<br />

estavam um delícia e o<br />

caldo verde a terminar a refeição,<br />

aqueceu a alma de todos,<br />

principalmente dos que<br />

tiveram preguiça em dançar!<br />

Sem excepção, um grande<br />

bem haja a todos, pois sem<br />

vocês nada disto seria realizável!<br />

Em nome do presidente<br />

Paulo Barros, quero agradecer<br />

a todos que foram incansáveis<br />

e me deram apoio.<br />

Em Especial ao Sr. Ramos que<br />

tem sido incansável, para<br />

com o rancho de Wetzikon!<br />

Enfim a Turnhalle da Berufsschule<br />

tem mais uma gratificante<br />

história para contar! A<br />

história que é de todos nós!


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Junho <strong>2016</strong><br />

Saúde<br />

Lusitano de Zurique<br />

17<br />

A criança e seus medos<br />

Zuila Messmer (*)<br />

O medo é um estado emocional<br />

que ativa sinais de alerta<br />

do corpo diante dos perigos.<br />

O medo faz parte da natureza<br />

humana e está presente em<br />

qualquer criança saudável, influenciando<br />

em seu amadurecimento<br />

afetivo.<br />

As figuras como, monstros,<br />

bruxas, fantasmas fazem parte<br />

do imaginário infantil e<br />

são elementos presentes nas<br />

histórias que eles escutam,<br />

nos filmes que assistem e nas<br />

brincadeiras infantis. Esse universo<br />

infantil é fundamental<br />

para estimular sua criatividade,<br />

suas estruturas cognitivas<br />

e ensiná- las a ter medo, a ter<br />

precauções.<br />

As crianças precisam entender<br />

que, ao subir na janela, podem<br />

cair, se pulam na piscina, no<br />

rio, sem saber nadar, correm<br />

riscos, e coisas desse tipo. Esses<br />

são os medos verdadeiros<br />

que precisam até ser ensinados,<br />

pois estão presentes no<br />

cotidiano da criança. Nesse<br />

contexto, o medo é uma atitude<br />

de auto-proteção.<br />

O medo é uma emoção que<br />

apresenta formas diferente<br />

em cada fase da vida infantil.<br />

Até os 18 meses de vida é comum<br />

a criança ter receio de<br />

barulho intenso, luz forte, pessoas<br />

estranhas e de ambientes<br />

novos.<br />

A partir daí, até os 3 anos e<br />

meio surge os pensamentos<br />

assustadores que envolvem<br />

monstros e fantasmas, sentem<br />

medo de mascarados (Papai<br />

noel por exemplo). A imaginação<br />

fértil da criança acaba por<br />

criar o medo de ficarem sozinhas,<br />

passam a querer dormir<br />

com os pais ou com alguém<br />

com quem sintam-se seguros.<br />

Temem ficar na escola e coisa<br />

que estão fora de sua rotina.<br />

Depois dos 6 anos a criança<br />

sente medo de coisas reais - de<br />

ladrão, de violência, de médicos,<br />

dentistas, de acidentes<br />

consigo mesma ou com as pessoas<br />

que ama. Inicia o receio<br />

da morte e os questionamentos<br />

sobre esse tema.<br />

Algumas vezes o medo que<br />

surge nas crianças provém de<br />

receios que existem nos adultos<br />

que dela cuidam (pais,<br />

avós, familiares...), outros se<br />

instalam a partir da falta de<br />

proteção adequada (especialmente<br />

nos primeiros anos<br />

de vida), dos sentimentos de<br />

baixa auto-estima, de desvalorização,<br />

de insegurança e de<br />

rejeição. Nesse último contexto<br />

o tema torna-se bastante<br />

complexo.<br />

Determinadas patologias que<br />

surgem na adolescência e na<br />

vida adulta originam-se da<br />

forma não saudável de lidar<br />

com o medo na infância. Como<br />

exemplo temos: o transtorno<br />

de ansiedade, depressão, fobias<br />

específicas, fobia social,<br />

transtorno de personalidade<br />

e outras mais preocupantes e<br />

complexas.<br />

No decorrer de cada fase, o<br />

que se espera é que a criança<br />

aprenda a dominar seus medos<br />

e não se deixe dominar<br />

por eles. Ajudá-la nessa difícil<br />

tarefa é o papel dos adultos<br />

que as cercam.<br />

Como reagir e ajudar a criança<br />

diante o medo<br />

Nos primeiros anos de vida,<br />

ajude a criança a sentir-se segura.<br />

A presença da mãe, do<br />

pai ou de quem cuida dela é imprescindível.<br />

Quando a criança,<br />

mesmo pequenina, surge com<br />

um medo, procure saber a origem<br />

dessa emoção, jamais ignore.<br />

Ela deve ser ouvida!<br />

A compreensão demonstrada<br />

por alguém que é importante<br />

na vida dela, à ajudará a aprender<br />

a lidar com seus temores. A<br />

criança incompreendida, pode<br />

surgir nela um sentimento que<br />

vai dificultar suas atividades<br />

no seu dia-a-dia, e ai se transformar<br />

em um medo patológico.<br />

Converse com ela para entendê-la.<br />

Ajude a criança a lidar<br />

com o sentimento. Questione<br />

e a estimule a enfrentar o<br />

medo irreal (fantasma...), mas<br />

não gaste tempo demais falando<br />

sobre o assunto para evitar<br />

que fique ansiosa. Fale a verdade<br />

sobre os medos reais (os<br />

medos amigos), a fim de que<br />

ela construa noções de perigo<br />

e saiba que, escadas, piscinas...<br />

representam riscos.<br />

Faça a apresentação formal<br />

das pessoas desconhecidas<br />

para que a criança tenha consciência<br />

que, aquele estranho<br />

tem autorização para se aproximar.<br />

É verdade que nem sempre<br />

isso funciona de imediato,<br />

é preciso ter paciência, dar<br />

tempo a criança para aceitar e<br />

adaptar-se com ela.<br />

Ofereça objetos transicionais<br />

(ursos, bonecas...), eles reduzem<br />

a ansiedade e fazem com<br />

que as crianças se sintam mais<br />

seguras, principalmente quando<br />

estão sozinhas. Na hora de<br />

dormir é importante que os tenham<br />

consigo, ter algo familiar<br />

nesse momento os ajudarão a<br />

enfrentar os temores.<br />

Atenção: Avalie a intensidade<br />

do medo e fique atenta para o<br />

limite da normalidade. Jamais<br />

use o medo da criança como<br />

meio de poder sobre ela ou na<br />

tentativa de mantê-lo comportado.<br />

Os primeiros anos de escola<br />

podem ser difíceis. Se surgir<br />

algum comportamento estranho<br />

ou um medo aparentemente<br />

inexplicável, verifique<br />

o que está acontecendo, converse<br />

com a criança e a professora.<br />

Em tempos de “bulling” é<br />

imprescindível estar presente<br />

na vida escolar de seu filho.<br />

Se à ajuda dos pais, não resolver<br />

o problema do medo na<br />

criança, procure ajuda profissional.<br />

Um psicológico certamente<br />

mostrará o caminho.<br />

(*) Autora escreve em português do Brasil


18 Lusitano de Zurique Comunidade<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

inauguração<br />

Maria José<br />

Lucy Gonçalves tem novo espaço<br />

aberto onde recebe e embeleza as<br />

suas clientes. Fomos visitá-la e falar<br />

com ela no dia da inauguração.<br />

Lusitano de Zurique - Como te sentes<br />

neste espaço tão agradável que<br />

hoje inauguras?<br />

Lucy Gonçalves - Sinto me muito feliz<br />

, sinto que as clientes se sentem<br />

bem quando aqui estão pois este<br />

local é espaçoso e agradável. Senti<br />

necessidade de fazer assim uma<br />

inauguração e mostrar ao público<br />

que realmente eu segui em frente e<br />

que não vou parar. Senti que vai ser<br />

aqui que vou evoluir que vou crescer<br />

neste ramo e o mais importante<br />

é sentir que as pessoas que me<br />

acompanharam e que fazem parte<br />

da minha vida confiam em mim e<br />

no meu trabalho. Estou super-feliz<br />

e vou agarrar este trabalho a 100%.<br />

LZ - Fizeste novas Formações e especializaste-te<br />

em Unhas de Gel,<br />

sentiste essa necessidade?<br />

- Sim senti que tinha que fazer algo<br />

mais e então comecei pelas Unhas<br />

de Gel, obtive o Diploma e isso é<br />

claro, é uma mais-valia para dar a<br />

conhecer o meu trabalho, mas não<br />

paro por aqui, com o tempo quero<br />

fazer mais formações pois o mundo<br />

da estética engloba muita coisa.<br />

LZ - As tuas clientes continuam fies<br />

aos teus serviços?<br />

- Sim fico muito feliz em sentir que<br />

tenho a fidelidade das minhas clientes<br />

desde que comecei a trabalhar<br />

como esteticista, portanto desde<br />

2009. E o meu objectivo é conquistar<br />

ainda mais clientes e dar a conhecer<br />

o meu trabalho.<br />

Venham visitar-me aguardo a vossa<br />

visita.<br />

LZ - Obrigada Lucy o Lusitano deseja–te<br />

as maiores felicidades.


Junho <strong>2016</strong><br />

Comunidade<br />

Lusitano de Zurique<br />

19<br />

Festa<br />

Solidária<br />

Maria José<br />

Como já nos habituaram<br />

estas Senhoras continuam<br />

a fazer solidariedade gratuita<br />

com o evento organizado<br />

no dia 7 de Maio, que<br />

tem por lema e “Quando<br />

Deus quer e Maria, passa<br />

na frente tudo é possível”.<br />

A nossa fé e maior que<br />

qualquer montanha. É com<br />

muito orgulho que me dirijo<br />

a vocês comunidade<br />

para vos dizer que o objectivo<br />

foi concretizado mais<br />

uma vez com a vossa preciosa<br />

ajuda.<br />

Obrigada ao Grupo Coral<br />

Drei Konig, Vozes do Alentejo,<br />

Rancho do Centro<br />

Lusitano de Zurique, Agrupamento<br />

de Escuteiros de<br />

Zurique, Marco & Bruno<br />

Karaok de Luzerna, Lúcia<br />

Palpita, Ricardo, Joel, Sr.<br />

Saraiva, Sr. Constantino e<br />

a todos os voluntários que<br />

arregaçaram as mangas<br />

e estiveram com as Caminheiras<br />

de Maria em mais<br />

esta acção solidária. O Ruizito<br />

tem mais um mês de<br />

Terapia graças a todos.<br />

Queremos agradecer a todos<br />

os locais onde estiveram<br />

as caixas de recolha<br />

e a quem nos comprou as<br />

rifas e a quem nos ajudou<br />

a vendê-las.<br />

Em nome do Rui e das Caminheiras<br />

de Maria um<br />

muito Obrigada e contamos<br />

com vocês.<br />

Em Outubro regressaremos<br />

com mais uma Acção<br />

Solidária para dar pernas a<br />

quem não as tem. Uma senhora<br />

de 46 anos que ficou<br />

viúva há um ano com três<br />

filhos.<br />

Contamos com a vossa colaboração.<br />

Festa Nacional dos<br />

amigos e militantes<br />

do PCP na Suíça<br />

A 15 de Maio, e pela trigésima<br />

quarta vez, que os comunistas<br />

realizaram este convívio, nas<br />

magnificas paisagens Valeres-<br />

-sous-Rances, onde compareceram<br />

duas centenas de militantes<br />

e amigos do PCP na<br />

Suíça. João Frazão, membro<br />

da comissão política do comité<br />

central veio propositadamente<br />

de Portugal para estar presente<br />

neste dia de confraternização,<br />

onde não pode faltar a musica<br />

e cozinha portuguesa, jogos,<br />

debates.<br />

Sidónio Candeias, membro do<br />

Organismo de Direcção Nacional,<br />

na sua intervenção, referiu<br />

um conjunto de questões,<br />

como, a tributação aplicada<br />

aos pensionistas quando regressam<br />

a Portugal, a perda de<br />

identidade das novas gerações,<br />

o desmantelamento do Ensino<br />

da Língua Portuguesa, as dificuldades<br />

e deficiência nas repartições<br />

públicas na Suíça.<br />

A situação política, social, financeira<br />

em Portugal e na<br />

Europa, foram abordadas por<br />

João Frazão. Salientado que,<br />

“este governo – não é um governo<br />

com três pilares, - é sim,<br />

formado por um só, pelo Partido<br />

Socialista, com um programa,<br />

com um orçamento desse<br />

mesmo partido.” Acrescentando<br />

ainda, “que já foi possível<br />

alcançar um aumento para os<br />

pensionistas e será possível fazer<br />

melhor, o PCP saberá honrar<br />

a confiança que o povo e os<br />

trabalhadores nele depositaram.”<br />

João Frazão apelou ainda<br />

á participação na festa do<br />

Avante (que se realiza a 2,3,4<br />

de Setembro), á participação<br />

no trabalho unitário realizado<br />

nas associações, á participação<br />

cívica e á militância no PCP.<br />

Durante a tarde, o membro do<br />

Comité Central do PCP, reuniu-<br />

-se com os membros do Conselho<br />

das Comunidades Portuguesas<br />

(CCP). Tendo ainda no<br />

dia anterior passado por Zurique,<br />

nas instalações da Radio<br />

Lora (Espaço Português), visitou<br />

a Associação Portuguesa<br />

de Zurique, Centro Lusitano de<br />

Zurique, nos quais teve um contacto<br />

próximo com os trabalhadores<br />

portugueses.


20 Lusitano de Zurique Actualidade<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

Em Tempos de Poder Difuso<br />

Carlos Ademar (*)<br />

mcademar@gmail.com<br />

Talvez não valha a pena perder muito<br />

tempo com o passado. Digo sempre isto,<br />

mas regresso sempre à História. Na verdade,<br />

eu acredito que ela só tem préstimo<br />

para melhor percebermos o presente<br />

e acautelarmos o futuro. Não é pouco,<br />

mas nada de novo. Sabemos, de saber<br />

feito, que o passado não pode ser removido.<br />

O que está feito, feito está. Se mal<br />

ou bem, colhemos as consequências em<br />

conformidade. Resta-nos conhecê-lo o<br />

melhor possível e ter a inteligência para<br />

aprender com ele. Certo das vantagens<br />

desta serventia, permito-me abordar<br />

brevemente, à luz da História, a preocupação<br />

crescente com os dias de indefinição<br />

que correm e o futuro imediato, que<br />

ameaça ser aziago.<br />

Tudo pesado, comparando essa realidade<br />

com a actual, com algum exagero e não<br />

isento de salpicos de ironia, podemos até<br />

dizer que éramos felizes e não sabíamos.<br />

Hoje o poder no mundo é difuso. Ninguém<br />

pode dizer que sabe quem manda verdadeiramente.<br />

Hoje os maiores países bem<br />

podem tentar dar ordens a certos grupos<br />

violentíssimos, que semeiam o ódio e a<br />

morte por esse mundo e nada acontece<br />

a não ser o alargar do espectro do ódio e<br />

da morte, por vezes mesmo nesses países<br />

que tinham a aura de intocáveis, de imperadores<br />

venerados.<br />

da no charco, turvando de tal forma as<br />

águas até aí claras do capital, que nunca<br />

mais este se recompôs a não ser quando<br />

se deu a queda do Muro de Berlim e o desmoronamento<br />

da URSS. Com a esquerda<br />

a organizar-se em torno dos sindicatos,<br />

que cresciam, e dos partidos que se multiplicavam<br />

- primeiro comunistas, depois<br />

socialistas de cariz pluralista e social-democratas<br />

-, a exploração capitalista continuou,<br />

claro, mas gradualmente foram<br />

introduzidas regras que em muito beneficiaram<br />

os trabalhadores do Ocidente. Esta<br />

tendência teve evidente crescimento no<br />

pós-2ª Guerra Mundial, quando o comunismo<br />

saiu reforçado, principalmente nos<br />

países que haviam sido ocupados pelos<br />

nazis. Por parte do patronato e do poder<br />

político tradicional havia o receio de que,<br />

ao não cederem nos direitos e nos salários,<br />

os partidos comunistas do Ocidente<br />

crescessem ao ponto de poderem vir a<br />

integrar governos, em países onde o domínio<br />

dos EUA era forte, em muitos casos<br />

incontestado. Com isso ganhou o operariado,<br />

que, podemos dizer, nos anos 70 ou<br />

80, em países avançados como a França<br />

e a Alemanha Federal, eram já considerados<br />

pequeno-burgueses, integrantes de<br />

uma classe média baixa, estatuto social a<br />

que nunca puderam almejar – não sendo<br />

sequer expectável umas décadas antes.<br />

Há uns anos sentíamos um certo equilíbrio<br />

no mundo. Sabíamos ou antevíamos<br />

de onde vinha o poder. De onde emanavam<br />

as grandes directrizes orientadoras<br />

do concerto ou desconcerto das nações.<br />

Havia a confrontação de blocos que se<br />

reflectia pelos vários continentes de<br />

forma quase sempre sangrenta, muitas<br />

vezes bárbara, mas entre os dois líderes<br />

dos dois blocos, além dos períodos<br />

de maior agressividade verbal, arrufos<br />

de quem sabia que jamais poderia partir<br />

para o confronto directo, imperava a<br />

era da «coexistência pacífica.» Os EUA ou<br />

a URSS falavam e algo se alterava num<br />

qualquer ponto do mundo. Podíamos não<br />

gostar, porque nos sentíamos menorizados,<br />

mas se algum destes países impunha<br />

uma acção ou omissão na sua esfera de<br />

influência, a ordem era invariavelmente<br />

cumprida.<br />

Na verdade, com o desenvolvimento da<br />

Revolução Industrial e a inerente exploração<br />

desenfreada da mão-de-obra<br />

operária, não tardou que surgisse quem<br />

com isso se preocupasse. Em meados do<br />

século XIX, surgiu o Manifesto do Partido<br />

Comunista que representou uma pedra-<br />

Quando o muro de Berlim foi derrubado<br />

e se desintegrou o bloco de Leste, a ideia<br />

de esquerda abanou e ressentiu-se. Mesmo<br />

a esquerda que não se identificava<br />

com a URSS se retraiu. A direita, finalmente,<br />

via as águas clarear e não perdeu<br />

tempo, ocupando o espaço deixado livre.<br />

Daí ao retrocesso civilizacional foi um<br />

salto curto. A esquerda europeia que ao<br />

longo dos anos foi alternando no poder<br />

com uma direita democrata-cristã, parece<br />

ter perdido o rumo. Mesmo esta direita<br />

tradicional perdeu o pendor humanista<br />

que a caracterizava, mostrando as garras<br />

que até ali, por estratégia, se mantiveram<br />

quase sempre recolhidas. Os cuidados<br />

necessários para evitar o engrossar das<br />

fileiras comunistas haviam perdido o significado.<br />

O adversário de sempre parecia<br />

ter desaparecido.<br />

As grandes empresas e as multinacionais,<br />

que sempre alinharam nesta estratégia,<br />

sentiram que era tempo de recuperarem<br />

o investimento feito ao longo de décadas,<br />

daí terem tomado conta da regulação do<br />

comércio mundial, que levou à globalização<br />

selvagem em que vivemos. Em poucos<br />

anos puseram em concorrência directa<br />

o operariado do Ocidente, cuja luta de<br />

séculos o levou a atingir um patamar de<br />

dignidade no trabalho, com o operariado<br />

asiático, por exemplo, que de uma forma<br />

geral continua a desconhecer conceitos


Junho <strong>2016</strong><br />

Actualidade<br />

Lusitano de Zurique<br />

21<br />

como horários, segurança social e no trabalho,<br />

férias, salários condignos, etc.. O<br />

resultado é conhecido: a deslocalização<br />

maciça das unidades fabris para esses<br />

paraísos do capitalismo selvagem, onde<br />

as multinacionais, com um sorriso rasgado,<br />

foram encontrar as condições que<br />

existiam na Europa nos alvores da Revolução<br />

Industrial. Acresce a vantagem de<br />

poderem colocar, sem grandes entraves,<br />

os produtos no Ocidente, onde se encontram<br />

os maiores índices de poder de compra,<br />

a preços quase iguais aos praticados<br />

quando os custos de produção eram os<br />

impostos por um quadro laboral de dignidade<br />

para os trabalhadores e para a sociedade<br />

que os alberga.<br />

E tudo isto é permitido porque o poder<br />

político está perfeitamente conluiado<br />

com o poder económico e financeiro. Sim,<br />

medi a palavra conluiado. É disso que se<br />

trata, porque não acredito em almoços<br />

grátis. O poder político cedeu às exigências<br />

do poder económico e este compensa,<br />

não os povos, não os trabalhadores<br />

que ficaram no desemprego, não os países<br />

que viram as suas economias ruírem,<br />

mas, claro, a classe política que tudo permitiu<br />

à troca de apoios para se tentarem<br />

perpetuar no poder, regalias pessoais ou<br />

para os grupos/partidos a que pertencem,<br />

num desprezo total e absoluto pelos<br />

seus povos, que, cegos por uma comunicação<br />

social que embriaga ao cumprir os<br />

ditames dos grupos económicos a que<br />

pertence, continuam cantando e rindo e<br />

votando em quem tanto os prejudicou e<br />

prejudica.<br />

Afinal quem manda? Poucos saberão responder<br />

com propriedade. Os povos não<br />

são senhores dos seus destinos porque<br />

entre Estrasburgo, Bruxelas, Berlim, Davos<br />

ou, talvez Genebra, onde se situa a<br />

sede da Organização Mundial do Comércio,<br />

alguém há-de estar a tratar do nosso<br />

futuro. E nós deixamos, pelo que o nosso<br />

futuro, no mínimo, será algo frio e sem<br />

graça, enquanto o deles, se tudo continuar<br />

como até aqui, será risonho, com o<br />

sol ameno e a aragem da ventura de feição.<br />

É curioso verificar uma polarização do<br />

espectro partidário, com o evidente apagamento<br />

dos partidos colocados mais ao<br />

centro, aqueles que mantiveram o equilíbrio<br />

e foram capazes de criar riqueza<br />

sem deixar de olhar pelos direitos dos<br />

trabalhadores. Foi este «centrão», mais<br />

à esquerda ou mais à direita, que criou a<br />

CEE, uma verdadeira revolução social na<br />

Europa, capaz de estacar uma torrente<br />

secular de guerras no continente e elevar<br />

os padrões de vida dos seus cidadãos.<br />

Hoje chama-se União Europeia, mas também<br />

ela está em crise, talvez mesmo e<br />

não por acaso, em vias de extinção. Enquanto<br />

isto, emergem as tais franjas<br />

mais extremistas de um e do outro lado,<br />

com mais evidência para os movimentos<br />

da extrema-direita, dadas as posturas e<br />

discursos ameaçadores que exibem, que<br />

julgávamos perdidos num qualquer fio da<br />

malha da História.<br />

Recuando a esses fios, a essa malha, a esses<br />

tempos e esses discursos, bem como<br />

ao que os sustentavam, conclui-se que<br />

nos trouxeram a miséria, a ignomínia face<br />

ao que homens foram capazes de fazer a<br />

outros homens, além dos muitos milhões<br />

de mortos entre militares e civis. Um traço<br />

grosso e bem negro na História da Humanidade.<br />

O que então aconteceu foi um<br />

verdadeiro trauma para todos os homens<br />

de bem, trauma que devia ainda estar<br />

bem dentro do prazo de validade, face ao<br />

impacto que causou. Lamentavelmente,<br />

pelo alarido com que se fazem ouvir<br />

certas vozes e tão poucas a denunciá-las,<br />

parece que esse prazo se finou. Parece<br />

que esse trauma foi varrido dos espíritos;<br />

parece faltar capacidade para espicaçar<br />

as consciências. Talvez falte História a<br />

muita dessa gente, de um lado e do outro,<br />

para que a notícia se espalhe, para<br />

que o despertar das consciências se dê<br />

e se multiplique. Para que esses tempos<br />

não possam voltar; para que os homens e<br />

as mulheres de hoje possam dizer a quem<br />

faz esses discursos que este não é o seu<br />

tempo, que eles pertencem ao passado, a<br />

um passado a que não queremos regressar.<br />

Porém, não podemos assobiar para o<br />

lado quando os ouvimos, porque nenhum<br />

homem de bem pode dizer: «Não sou judeu,<br />

comunista, preto, cigano, mexicano,<br />

sírio, isto não é comigo.» Qualquer discurso<br />

xenófobo ou racista tem de provocar<br />

algum tipo de desconforto a um homem<br />

de bem. Eles, os que os fazem e os<br />

que os sofrem, por razões diferentes têm<br />

de sentir que não estão sozinhos.<br />

Em termos da política que procura resolver<br />

os problemas, é tempo de as esquerdas<br />

se unirem. Ainda que não pensem o<br />

mesmo em todos os aspectos, é preciso<br />

que procurem o que as une e apostem<br />

nisso. Só assim parece possível inverter<br />

esta cavalgada desenfreada do capitalismo<br />

selvagem, que jamais parará se não<br />

for obrigado a fazê-lo. Por isso desejo<br />

que a experiência que está a dar frutos<br />

em Portugal continue, se cimente, progrida;<br />

que os líderes dos vários partidos<br />

que integram a coligação tenham a inteligência<br />

para vencer as dificuldades que<br />

serão inúmeras, pensando apenas no que<br />

tem de os manter unidos: o afastamento<br />

do poder da extrema-direita que nos<br />

governou durante quatro anos, com os<br />

custos de todos conhecidos. Que a experiência<br />

portuguesa possa servir de exemplo<br />

a outros países que se debatem com<br />

dificuldades semelhantes e que alastre.<br />

Pode passar por aqui a solução. Unir as<br />

esquerdas tradicionalmente desavindas<br />

em nome de um bem maior: a defesa das<br />

conquistas civilizacionais que tanto sofrimento<br />

e morte causaram - se tivermos<br />

em linha de conta tudo quanto foi feito<br />

desde as primeiras reacções operárias à<br />

exploração desumana introduzida pela<br />

Revolução Industrial.<br />

(*) Mestre em História Contemporânea,<br />

escritor e professor na Escola<br />

da Polícia Judiciária


22 Lusitano de Zurique Publicidade<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

https://www.facebook.com/transportes.fernandes<br />

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Junho <strong>2016</strong><br />

Desporto<br />

Lusitano de Zurique<br />

23<br />

Texto e imagem de<br />

JO SOARES<br />

Os Quinas de Zurique<br />

Paulo Ferreira<br />

Lusitano de Zurique - Apresente-se!<br />

Paulo Ferreira - Sou Paulo Ferreira, o presidente<br />

do Grupo desportivo Quinas ZH<br />

LZ - Paulo, como nasceu o Quinas?<br />

- O Quinas nasceu com uma iniciativa de<br />

um grupo de amigos que se juntavam ao<br />

domingo de manhã para jogar à bola e conviver,<br />

mas o grupo quis mais e assim a 15<br />

de Março de 2010 formamos o GD Quinas.<br />

LZ - Fale-nos um pouco do GD Quinas actualmente…<br />

- O Quinas actualmente entra em torneios<br />

de futsal e futebol de 7 desde há cinco<br />

anos. Temos conseguido bons lugares<br />

mas ainda não conseguimos ganhar, mas<br />

estámos a trabalhar para isso e fazemos<br />

convívio entre o grupo porque é constituído<br />

por família e amigos.<br />

LZ - Como surgiu esta iniciativa de festejar<br />

o dia da mãe?<br />

- A iniciativa surgiu há pouco tempo e ainda<br />

bem, porque é uma maneira de agradecer<br />

às mães por todo o trabalho e ajuda em<br />

todas as iniciativas que nos têm dado.<br />

LZ - O Quinas comemoram estas datas especiais?<br />

- Comemoramos o dia da mãe e fazemos<br />

um churrasco entre o grupo no final de<br />

Junho, início de Julho. Iremos começar a<br />

comemorar de maneira especial o nosso<br />

aniversário de fundação.<br />

LZ - Que mensagem deixa a quem apelidou<br />

ser da “família” Quinas?<br />

- A mensagem que deixo é que o grupo<br />

tem crescido cada vez mais e espero que<br />

assim continue a crescer ainda mais, mas<br />

sempre com os pés bem assentes no chão<br />

e com cabeça. Além de crescer, o objectivo<br />

prioritário do grupo são os torneios.<br />

Miguel Pereira “Bispo”<br />

Lusitano Zurique - Miguel, como surgiu a<br />

sua ligação ao Quinas?<br />

- A minha ligação surgiu com um convite do<br />

presidente Paulo Ferreira para me juntar à<br />

equipa técnica como treinador-adjunto.<br />

LZ- Como começou a sua função de treinador<br />

principal no Quinas?<br />

Passado uns tempos o treinador desistiu<br />

por motivos profissionais, aí assumiu<br />

o comando técnico juntamente<br />

com o outro treinador-adjunto.<br />

LZ - Há quanto tempo assumiu o cargo?<br />

- Estámos em Maio... assumi mais ou menos<br />

há sete a oito meses.<br />

LZ - Que avaliação faz do Quinas?<br />

- O Quinas apesar de ser um grupo pequeno<br />

tem uma boa estrutura, aplicada e trabalhadora<br />

para que tudo corra pelo melhor<br />

no dia-a-dia.<br />

LZ - Que avaliação desportiva faz?<br />

- A nível desportivo para ser um clube que<br />

poucos jogadores têm formação e poucos<br />

jogaram federados, é um bom clube com<br />

jogadores empenhados e esforçados, com<br />

treino à Quarta e Domingo fazem sempre<br />

questão de estar presentes.<br />

LZ - Que mensagem deixa aos seus jogadores<br />

e à família Quinas?<br />

- Aos meus jogadores espero que este ano<br />

corra melhor que o ano passado, fomos<br />

às finais mas não conseguimos ganhar,<br />

mas os troféus futuramente irão aparecer.<br />

Já a família Quinas espero que o grupo continue<br />

unido e a ser nos próprios trabalhando<br />

para o grupo crescer, pois somos uma família<br />

unida a remar todos para o mesmo lado.<br />

CALENDÁRIO<br />

DESPORTIVO<br />

Quinta 17.06.<strong>2016</strong><br />

20:15 FC Volketswil - Centro<br />

Lusitano Zurich (Veteranos)<br />

Sábado 18.06.<strong>2016</strong><br />

13:00 Centro Lusitano Zurich a -<br />

FC Altstetten ZH A (Juniores C1)<br />

13:30 Centro Lusitano Zurich A -<br />

FC Adliswil C (Juniores E1)<br />

14:30 Centro Lusitano Zurich B -<br />

FC Schlieren D (Juniores E2)<br />

16:00 Centro Lusitano Zurich - FC<br />

Einsiedeln B (Juniores B Masculino)<br />

Domingo 19.05.<strong>2016</strong><br />

12:00 FC Mezopotamya 1 - Centro<br />

Lusitano Zurich 1 (Seniores)<br />

14:00 Centro Lusitano Zurich -<br />

FFC Südost Zürich (Juniores A<br />

Feminino)<br />

16:00 Centro Lusitano Zurich - FC<br />

Galatasaray (Juniores A Masculino)


24 Lusitano de Zurique Recantos helvéticos<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

Lago subterrâneo<br />

de St. Leonard<br />

Maria dos Santos<br />

O destino, desta vez,<br />

levou-me até ao Valais!<br />

A paisagem ainda meia<br />

invernal, com alguma<br />

neve que encobria as<br />

belas montanhas que<br />

avistava, não me intimidaram!<br />

A temperatura e o sol<br />

prometiam um dia perfeito,<br />

para as visitas<br />

que se tinha delineado.<br />

Em primeiro lugar,<br />

deliciei-me com o Lago<br />

de St. Leonard. Parei<br />

no parque, ainda vazio<br />

e dirigi-me ao maior<br />

lago subterrâneo da<br />

europa, onde me deleitei<br />

com uma atmosfera<br />

romântica e de impressionantes<br />

detalhes, um<br />

recanto escondido pela<br />

água durante biliões de<br />

anos!<br />

O guia que nos acompanhava<br />

no barco teve<br />

a delicadeza e a amabilidade<br />

de nos deixar<br />

ouvir o cântico do silêncio,<br />

nos 300 metros que<br />

percorremos, na visita<br />

ao lago!<br />

Na água límpida avistava-se<br />

alguns peixes<br />

que, sem medo, se<br />

aproximavam, nadando<br />

elegantemente! O reflexo<br />

das luzes empregadas<br />

nas rochas sobre<br />

o lago, levaram os<br />

visitantes a um inspiro<br />

profundo.<br />

Faltam as palavras para<br />

descrever a imensidão<br />

desta beleza natural.<br />

A acústica deste<br />

lago subterrâneo é tão<br />

especial, que fazem regularmente<br />

concertos,<br />

onde os barcos levam<br />

os artistas e o público<br />

a uma sintonia perfeita<br />

entre o Homem e a Natureza.<br />

Fantástico, único<br />

e indescriível!<br />

De regresso à * terra*,<br />

trocam-se as botas,<br />

sendo próximo destino<br />

Botyre. Encontro um<br />

estacionamento mesmo<br />

em frente a um museu!<br />

Se eu lhes disser<br />

que existe um museu<br />

que conta a história dos<br />

vários canais de água,<br />

vocês acreditam?<br />

Como esta região da<br />

Suiça é a mais quente,<br />

os nossos antepassado<br />

tiveram a necessidade<br />

de construir muitos canais<br />

que serviam e servem<br />

ainda, não só para<br />

a regas, mas também<br />

para fornecer água aos<br />

seus habitantes!<br />

Depois de atravessar<br />

uma gruta, eis uma vista<br />

extraordinária sobre<br />

o Rhône e a cidade de<br />

Sion, majestosa nos<br />

confins dos Alpes, com<br />

as suas imensas vinhas,<br />

que resplandeciam sob<br />

um céu azul e um intenso<br />

sol!<br />

Absorta em toda esta<br />

beleza mas não querendo<br />

que o tempo voe<br />

depressa demais, dirijo-me<br />

com o Post- Auto<br />

à conquista do segundo<br />

canal de água, Lentine!<br />

Encontro-me a 776<br />

metros e as águas deslizam<br />

sobre as pedras,<br />

o alumínio ou a terra,<br />

num percurso de 4 Km.<br />

Este canal foi construido<br />

em 1862 pela comuna<br />

de Sion e o percurso<br />

convida a uma paragem<br />

para uma boa merenda.<br />

O cheiro da mãe<br />

natureza, as vinhas e a<br />

água a correr são o quadro<br />

perfeito para repôr<br />

energias. Surge-me o<br />

pensamento que não<br />

existe nada mais belo<br />

do que a possibilidade<br />

do que, simplesmente,<br />

viver. Saboreando<br />

a vida de uma forma<br />

saudável, com amor<br />

próprio e gratidão pela<br />

possibilidade de cada<br />

dia.<br />

Se gosta de passeios ao<br />

ar livre, reserve 3 horas<br />

para o canal de Clavau e<br />

2 horas para o de Lentine.<br />

Acredite que merece<br />

todos os minutos.<br />

Regresso ao ponto de<br />

partida, para poder finalizar<br />

o meu dia com<br />

a visita ao museu, para<br />

saber um pouco mais<br />

sobre os canais! Ali,<br />

encontro-me com o<br />

árduo trabalho que foi<br />

feito, sem a tecnologia<br />

atual. Um trabalho<br />

bem feito, que perdura<br />

até aos dias de hoje. É<br />

interessante verificar<br />

que somos muitos os<br />

que por ali se passeiam,<br />

num hino de respeito a<br />

quem construiu estes<br />

canais, característicos<br />

da história do Valais.


Junho <strong>2016</strong><br />

Actualidade<br />

Lusitano de Zurique<br />

25<br />

D.R.<br />

Fisco já não pode vender casas de família<br />

A nova lei que protege a casa de morada de família de processos de execução fiscal entrou<br />

em vigor na última semana de Maio, evitando ainda despejos de imóveis cuja execução<br />

está já em curso.<br />

Lusa<br />

“As alterações introduzidas pela presente lei têm aplicação<br />

imediata em todos os processos de execução fiscal que se<br />

encontrem pendentes à data da sua entrada em vigor”, lê-se<br />

na Lei publicada ontem em Diário da república e que altera o<br />

Código de Procedimento e de Processo Tributário e a Lei Geral<br />

Tributária.<br />

O diploma – que não trava a execução da habitação por parte<br />

dos bancos – permite à Autoridade Tributária e Aduaneira<br />

(AT) penhorar uma habitação própria a permanente do devedor,<br />

mas o Estado fica impedido de proceder à sua venda,<br />

podendo os devedores permanecer na habitação enquanto a<br />

dívida permanecer.<br />

A partir de 24 de Maio, vai ser protegida a habitação própria<br />

e permanente até 574 mil euros de valor patrimonial, ficando<br />

apenas de fora os imóveis aos quais se aplica a taxa máxima<br />

do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de<br />

Imóveis (IMT).<br />

“Não há lugar à realização da venda de imóvel destinado exclusivamente<br />

a habitação própria e permanente do devedor<br />

ou do seu agregado familiar, quando o mesmo esteja efectivamente<br />

afecto a esse fim”, determina o diploma, ressalvando<br />

que esta proibição não se aplica “aos imóveis cujo valor tributável<br />

se enquadre, no momento da penhora, na taxa máxima<br />

(…) em sede de imposto sobre as transmissões onerosas de<br />

imóveis”.<br />

Estando protegida a habitação própria e permanente, o Fisco<br />

só pode executar a dívida do contribuinte através de outros<br />

bens do devedor, seguindo uma ordem estabelecida na própria<br />

lei para o pagamento da divida fiscal e que, quando chega<br />

aos imóveis, já passou pela penhora de salários, depósitos<br />

bancários, créditos e penhora de outros bens.<br />

O PS, Bloco de Esquerda, PCP, PEV e PAN aprovaram no início<br />

de Janeiro vários diplomas sobre processos de execução fiscal<br />

apresentados pelas bancadas socialista, do Bloco de Esquerda<br />

e do PCP, que tiveram os votos contra do PSD e do CDS-PP.<br />

A protecção da casa de família no âmbito de processos de execução<br />

fiscal foi um dos temas abordados nos programas eleitorais<br />

do PS, Bloco de Esquerda e do PCP.


26 Lusitano de Zurique Língua Portuguesa<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

Marcelo Rebelo de Sousa e o Acordo<br />

Ortográfico de 1990<br />

Francisco Miguel Valada (*)<br />

Há algumas semanas, soube<br />

que Marcelo Rebelo de Sousa,<br />

pouco depois de ter tomado<br />

posse como Presidente da<br />

República, decidira reabrir o<br />

debate sobre o Acordo Ortográfico<br />

de 1990 (doravante,<br />

AO90). De facto, a confirmar-<br />

-se tal informação, tratar-se-<br />

-ia de atitude, além de merecedora<br />

de várias ovações de<br />

pé, em absoluta harmonia<br />

com um episódio que não<br />

passara despercebido a quem<br />

sobre esta matéria se tem<br />

debruçado e pronunciado durante<br />

os últimos anos: dias<br />

antes da tomada de posse,<br />

em artigo publicado no Expresso,<br />

Rebelo de Sousa não<br />

adoptara o AO90. Entretanto,<br />

durante os últimos dias, notícias<br />

na comunicação social<br />

têm confirmado essa vontade<br />

de o Presidente da República<br />

reavaliar o ponto da situação<br />

ortográfica.<br />

Contudo, neste contexto,<br />

“reabrir o debate” não será a<br />

opção mais feliz, pois existe<br />

um prefixo a mais. Salvo<br />

iniciativas pontuais (uns colóquios<br />

aqui, umas audições<br />

ali, umas audiências acolá), o<br />

debate sobre o AO90 nunca<br />

foi aberto, por isso, é um erro<br />

mencionar-se uma reabertura.<br />

Aquilo que houve foi uma imposição.<br />

Aliás, a consequência<br />

imediata da escassez de<br />

sessões de esclarecimento e<br />

da abundância de propaganda<br />

é uma maior permeabilidade<br />

de leitores de português<br />

europeu em relação a<br />

opiniões, digamos, peculiares.<br />

Por exemplo, há quem<br />

afirme publicamente que «se<br />

disser Egito escreve sem ‘p’,<br />

mas se disser Egipto escreve<br />

com ‘p’» ([i])»; há quem divulgue<br />

a ideia de a “dupla grafia”<br />

ser “recorrente na história da<br />

língua portuguesa” e apresente<br />

exemplos tão sui generis<br />

como “regime”/“regímen”,<br />

“areia”/“arena”,<br />

“imprimido”/“impresso” ou<br />

“olho”/“óculo” ([ii]); há igualmente<br />

quem escreva “agora<br />

‘facto’ é igual a fato (de<br />

roupa)” ([iii]). Convém ter<br />

bastante cautela com estas<br />

opiniões e só um debate esclarecedor<br />

dará a possibilidade<br />

de explicar o que está em<br />

causa — além de permitir aos<br />

autores destas opiniões virem<br />

a terreiro defender-se ou<br />

retractar-se.<br />

Convém igualmente que haja,<br />

por fim, um órgão de soberania<br />

a pôr os pontos nos ii<br />

em relação a esta matéria<br />

e a tomar uma atitude responsável,<br />

sendo muito provavelmente<br />

o Presidente da<br />

República o mais indicado,<br />

porque se sente obrigado a<br />

praticar algo que não prega,<br />

isto é, adopta uma grafia para<br />

inglês ver. Depois da confidência<br />

de Cavaco Silva (com<br />

a agravante de ter culpas no<br />

cartório) – «Todos os meus<br />

discursos saem com o acordo<br />

ortográfico mas eu, quando<br />

estou a escrever em casa,<br />

tenho alguma dificuldade e<br />

mantenho aquilo que aprendi<br />

na escola» ([iv]) temos agora<br />

Rebelo de Sousa a afirmar: “o<br />

Presidente da República, nos<br />

documentos oficiais, tem de<br />

seguir o Acordo Ortográfico.<br />

Mas o cidadão Marcelo Rebelo<br />

de Sousa escrevia tal como<br />

escrevem os moçambicanos,<br />

que não é de acordo com o<br />

Acordo Ortográfico” ([v]).<br />

Na peça da RTP ([vi]), é perceptível<br />

que esta afirmação<br />

de Rebelo de Sousa provocou<br />

o riso de um dos interlocutores.<br />

Não percebi a piada. Isto<br />

é, o riso foi perceptível, mas a<br />

piada não foi: porque existe<br />

uma relação entre perceptível<br />

e perceber, porque perceptível<br />

é aquilo que pode ser percebido<br />

e percebido é o que se<br />

percebeu e perceber é ter a<br />

percepção (de algo). O mesmo<br />

acontece com o que pode ser<br />

recebido, pois pode receber-<br />

-se e receber é dar recepção.<br />

O mesmo acontece com concebido,<br />

conceber e concepção.<br />

Por isso existe aquele ‘p’,<br />

de -pç-, em concepção, per-


Junho <strong>2016</strong><br />

Actualidade<br />

Lusitano de Zurique<br />

27<br />

cepção e recepção ([vii]). Por<br />

isso e não só: também permite<br />

que se evite a vulgarização<br />

de desastres, como a recente<br />

tradução portuguesa «a recessão<br />

de luz sobre os painéis<br />

solares» do original francês<br />

«la réception de la lumière sur<br />

les panneaux solaires» ([viii]).<br />

Vindo ‘perceptível’ a talhe de<br />

foice, recorde-se que, com<br />

o AO90, no Brasil, a grafia<br />

de ‘perceptível’ mantém-se<br />

‘perceptível’. Contudo, com o<br />

AO90, em Portugal, a grafia<br />

de ‘perceptível’ passa a ‘percetível’.<br />

Há quem lhe chame<br />

“unificação ortográfica” ([ix])<br />

ou “ortografia comum” ([x]).<br />

Como é sabido, a Assembleia<br />

da República não tem percebido<br />

– ou não tem querido perceber:<br />

nesta matéria, como<br />

noutras, a doutrina diverge –<br />

nem as provas apresentadas<br />

sobre quer a supremacia dos<br />

defeitos do AO90 em relação<br />

às suas hipotéticas virtudes,<br />

quer as gritantes diferenças<br />

entre a quimera de um acordo<br />

ortográfico em abstracto<br />

______________________________<br />

([i]) Público, 17/11/2011<br />

(http://bit.ly/1SVsgAi).<br />

([ii]) Público, 7/1/2010<br />

(http://bit.ly/1Nn88GU) e 15/7/2005<br />

(http://bit.ly/1WfTep8).<br />

([iii]) Sol, 10/2/2012<br />

(http://bit.ly/1WhnNLg).<br />

([iv]) Agência Lusa, 22/6/<strong>2016</strong><br />

(http://bit.ly/1NmtyUs).<br />

([v]) Agência Lusa, 4/5/<strong>2016</strong><br />

(http://bit.ly/23wDnBl).<br />

([vi]) RTP, 3/5/<strong>2016</strong><br />

(http://bit.ly/1OhEz4x)<br />

([vii]) Verifique-se o quadro<br />

e o desastre AO90 em concreto,<br />

nem que os seus actos<br />

e omissões em relação a esta<br />

matéria podem ser apresentados<br />

como um excelente<br />

exemplo de assimetria entre<br />

a vontade do eleitor e a atitude<br />

do eleito.<br />

O Governo, pela voz do primeiro-ministro,<br />

não toma<br />

“a iniciativa de desfazer o<br />

acordo ortográfico” ([xi]) e,<br />

garante o ministro dos Negócios<br />

Estrangeiros, “aguarda<br />

serenamente” a ratificação<br />

do acordo ortográfico pelos<br />

restantes membros da CPLP.<br />

Isto é, “aguarda serenamente”<br />

que outros tomem iniciativas,<br />

em vez de se preocupar<br />

com as vítimas portuguesas<br />

que o desastre vai produzindo.<br />

Como, por exemplo, no<br />

Diário da República da passada<br />

quarta-feira, com o Instituto<br />

Superior de Ciências Sociais<br />

e Políticas, da Universidade<br />

de Lisboa, a determinar<br />

o seguinte, nos “parâmetros<br />

preferenciais” para a contratação<br />

de um professor associado:<br />

«Ser titular do grau<br />

apresentado entre 11:19 e 11:44:<br />

http://bit.ly/1TtWar3.<br />

([viii]) Agência Lusa, 15/11/2014<br />

(apud Aventar, 19/11/2014:<br />

http://bit.ly/1STLgyW).<br />

([ix]) Aventar, 24/10/2014<br />

(http://bit.ly/1rBnAox).<br />

([x]) Público, 15/3/2015<br />

(http://bit.ly/1WfTep8).<br />

([xi]) Público, 28/1/<strong>2016</strong><br />

(http://bit.ly/1rBnLQL).<br />

([xii]) Diário da República, 2.ª série<br />

— N.º 86 — 4 de Maio de <strong>2016</strong>,<br />

p. 14203.<br />

de Doutor em Estratégia ou<br />

História dos Fatos Sociais»<br />

([xii]). Exactamente: História<br />

dos Fatos.<br />

Aguardando serenamente<br />

que outros ratifiquem aquilo<br />

que, atempadamente, membros<br />

da comunidade científica<br />

portuguesa recomendaram<br />

que não fosse ratificado por<br />

Portugal ([xiii]), o ministro<br />

dos Negócios Estrangeiros<br />

vai permitindo que, no Diário<br />

da República, além de continuarem<br />

a adoptar grafias<br />

inadmissíveis em português<br />

europeu, também deturpem<br />

a língua inglesa, com «questões<br />

relacionadas com fatores<br />

[sic] humanos» recentemente<br />

traduzido da seguinte<br />

forma: «human fator issues»<br />

([xiv]). Fator issues? Efectivamente:<br />

fator issues. Esperemos<br />

que nenhum inglês veja.<br />

([xiii] ) Convém ler (aliás, convinha<br />

que tivessem sido lidos há<br />

muito tempo) os pareceres da<br />

Associação Portuguesa de Linguística<br />

e do Departamento de<br />

Linguística Geral e Românica da<br />

Faculdade de Letras da Universidade<br />

de Lisboa, incluídos na<br />

documentação compilada por<br />

António Emiliano, com as consultas<br />

realizadas em 2005 pelo<br />

Instituto Camões sobre o Acordo<br />

Ortográfico da Língua Portuguesa<br />

de 1990 [dossier que contém<br />

Seria extremamente importante<br />

que a louvável iniciativa<br />

do Presidente da República<br />

produzisse resultados palpáveis,<br />

ou seja, que a Assembleia<br />

da República e o Governo<br />

abandonassem a gestão<br />

desta matéria nos termos<br />

actuais, prestando atenção<br />

aos pareceres emitidos pela<br />

comunidade científica e à<br />

vontade manifestada por diversos<br />

sectores da sociedade.<br />

Caso contrário, existe sempre<br />

aquela alternativa que não<br />

nos agrada, mas da qual não<br />

devemos abrir mão, em caso<br />

de urgência: os representantes<br />

devolverem a palavra aos<br />

representados, através de um<br />

referendo ([xv]). Esperemos<br />

que não seja necessário. Esperemos<br />

que Rebelo de Sousa<br />

resolva.<br />

in | LusoProductions/Público<br />

(*) Francisco Miguel Valada (Porto,<br />

1972), intérprete de conferência junto<br />

das instituições da União Europeia, é<br />

licenciado em Tradução (I. P. Leiria) e<br />

pós-graduado em Interpretação de<br />

Conferência (U. Minho). Foi professor<br />

assistente no I. P. Leiria e intérprete<br />

residente no Tribunal de Justiça<br />

da União Europeia. É autor do livro<br />

Demanda, Deriva, Desastre – Os três<br />

dês do Acordo Ortográfico (Textiverso,<br />

2009) e de artigos em publicações<br />

científicas e na imprensa.<br />

todos os pedidos de parecer enviados<br />

a diversas instituições e<br />

todas as respostas recebidas] e<br />

alojada quer na página de António<br />

Emiliano (http://bit.ly/1O5dwyp),<br />

quer na Biblioteca do Desacordo<br />

Ortográfico, organizada por João<br />

Roque Dias (http://bit.ly/1YeeYim).<br />

([xiv]) Diário da República, 2.ª série<br />

— N.º 88 — 6 de Maio de <strong>2016</strong>,<br />

p. 14439.<br />

([xv]) https://referendoao90.wordpress.<br />

com/documentos-para-recolha-de-assinaturas/<br />

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28 Lusitano de Zurique Vamos contar uma história<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

Vamos contar uma história<br />

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Cantar e brincar...<br />

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Junho <strong>2016</strong><br />

Opinião<br />

Lusitano de Zurique<br />

29<br />

OS MALEFÍCIOS DO TABACO<br />

Carlos Matos Gomes (*)<br />

As imagens chocantes nos<br />

maços de tabaco são a nova<br />

moda contra os malefícios<br />

do tabaco. Na realidade, os<br />

pulmões negros, os rostos<br />

cadavéricos, os esgares moribundos<br />

deviam alertar-nos<br />

para o sistema, esse sim<br />

chocante que produz aquelas<br />

imagens. Aquelas são as<br />

imagens da lei do lucro que<br />

rege a sociedade que as estampa<br />

nos maços do tabaco.<br />

Em vez de pulmões a desfazerem-se<br />

como esfregões,<br />

de cadáveres adiados, o sistema<br />

devia, mas não pode,<br />

claro, publicar fotografias de<br />

Wall Street, da City, dos arranha-céus<br />

de Pequim. Isto<br />

porque todas as grandes<br />

tabaqueiras oficiais estão<br />

cotadas nas grandes bolsas<br />

e todas as que promovem o<br />

tabaco contrafeito e de contrabando<br />

estão associadas a<br />

grandes fortunas na China,<br />

por exemplo.<br />

As fotografias chocantes fazem<br />

parte da luta pela hegemonia<br />

entre o império instalado,<br />

os Estados Unidos e satélites<br />

europeus, e os impérios<br />

emergentes dos BRICS.<br />

As fotografias chocantes são<br />

parte do processo de globalização,<br />

que é um heterónimo<br />

para referir a fase actual do<br />

capitalismo.<br />

É evidente que o tabaco é<br />

causa de elevado número de<br />

mortes, muitas vezes acompanhadas<br />

de sofrimento<br />

atroz, mas nunca o sistema,<br />

isto é, os impérios, estiveram<br />

preocupados com as mortes<br />

que as suas acções provocavam,<br />

quando estava em causa<br />

o domínio de uma região,<br />

ou o lucro das empresas. Os<br />

impérios ibéricos nunca se<br />

preocuparam com as mortes<br />

que as suas doenças provocaram<br />

nas populações índias da<br />

América do Sul, o sarampo,<br />

entre outros, que dizimaram<br />

povos inteiros, nunca estiveram<br />

preocupados com os<br />

sofrimentos da escravatura.<br />

O império britânico até desencadeou<br />

uma guerra para<br />

impor o consumo do ópio na<br />

China. O império americano<br />

nunca se preocupou com as<br />

mortes causadas pelo lançamento<br />

de desfolhantes sobre<br />

as florestas do Vietname.<br />

As imagens chocantes que<br />

uma parte do mundo está a<br />

colocar nos maços de tabaco<br />

vendidos aos seus cidadãos<br />

não têm a ver com a moral.<br />

Têm a ver com a recomposição<br />

de “áreas de negócio” nos<br />

países economicamente desenvolvidos<br />

do Ocidente. Na<br />

Rússia, China, ou na Índia, na<br />

América Latina ou em África<br />

as populações podem continuar<br />

a fumar à vontade sem<br />

imagens chocantes a perturbá-los.<br />

Ainda não atingiram a<br />

fase em que os “malefícios do<br />

tabaco”, um magnífico monólogo<br />

de Tchekhov, impõem a<br />

transferência do seu comércio<br />

para outros ramos do negócio.<br />

A sua morte ainda não<br />

interfere com a economia<br />

dos seus países.<br />

As imagens chocantes querem<br />

dizer que, no Ocidente, a<br />

morte pelo tabaco deixou de<br />

ser lucrativa, que perdeu (em<br />

economês) competitividade<br />

e atractividade, relativamente<br />

a outros sectores. A aliança<br />

dos governos e dos sectores<br />

privados que deu origem<br />

a esta campanha de choque<br />

surge porque a morte pelo<br />

tabaco se tornou demasiado<br />

cara quer para as companhias<br />

privadas de seguros de saúde<br />

quer para os sistemas públicos.<br />

Os doentes de cancro<br />

causado pelo tabaco são dos<br />

mais caros e como o cancro<br />

do pulmão é hoje em dia praticamente<br />

incurável, não promove<br />

o lucro das farmacêuticas.<br />

Só prejuízo! Estamos perante<br />

o mesmo problema que<br />

a massificação do uso do automóvel<br />

causou, com as mortes<br />

e os feridos a diminuírem<br />

os lucros das companhias de<br />

seguros, e que conduziram à<br />

obrigatoriedade do cinto de<br />

segurança, dos airbags e de<br />

outros sistemas de segurança<br />

passiva nos automóveis,<br />

com os quais os fabricantes<br />

jamais se haviam preocupado.<br />

Estamos perante o mesmo<br />

problema do HIV até ser<br />

encontrado o sistema de<br />

equilíbrio de divisão do lucro<br />

entre farmacêuticas, seguradores<br />

e sistemas públicos de<br />

segurança social.<br />

As imagens chocantes foram,<br />

para já, a resposta encontrada<br />

para os problemas de<br />

ainda não ter sido viabilizado<br />

um tratamento para as doenças<br />

causadas pelo tabaco que<br />

satisfaça simultaneamente<br />

os interesses das farmacêuticas<br />

e dos seguros. Um sistema<br />

que faça repicar os sinos<br />

das grandes Bolsas. Logo que<br />

seja encontrada a mezinha<br />

que dê lucro às tabaqueiras<br />

e às seguradoras as imagens<br />

chocantes desaparecerão,<br />

como desapareceram as imagens<br />

dos doentes com SIDA.<br />

Como antigo grande fumador,<br />

entendo que todas as<br />

campanhas valem a pena,<br />

mesmo que libertem uma<br />

só pessoa, mas não acredito<br />

que esta consiga êxitos significativos.<br />

Já agora, podiam<br />

construir maços de tabaco<br />

com sistema de segredo e<br />

segurança, ou de abertura<br />

retardada… mas era mais<br />

cara que imprimir umas fotos,<br />

claro. Penso que a limitação<br />

dos locais de fumo, as<br />

restrições à sua venda, a carga<br />

fiscal, a censura social, o<br />

controlo dos capitais provenientes<br />

do tráfico de tabaco<br />

e outras drogas são medidas<br />

paliativas mais eficazes que<br />

as fotos a que nos habituaremos<br />

rapidamente, como nos<br />

habitámos e já esquecemos<br />

do menino morto numa praia<br />

da Grécia, ou o outro a arder<br />

com napalm no Vietname.<br />

(*) Coronel de Cavalaria. Condecorado<br />

com as medalhas de Cruz de<br />

Guerra de 1ª e de 2ª Classe. Pertenceu<br />

à primeira Comissão Coordenadora<br />

do Movimento dos Capitães na<br />

Guiné. Foi membro da Assembleia<br />

do MFA. É escritor.


30 Lusitano de Zurique Culinária<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

Bacalhau à Gomes de Sá<br />

Ingredientes:<br />

para 4 pessoas)<br />

Chefe Manuel Pereira (*)<br />

Boas<br />

Férias!<br />

500 gr de bacalhau;<br />

500 gr de batatas ;<br />

2 cebolas ;<br />

1 dente de alho ;<br />

1 folha de louro ;<br />

2 ovos cozidos ;<br />

1,5 dl de azeite ;<br />

azeitonas pretas ;<br />

Salsa, sal e pimenta q.b.<br />

Confecção:<br />

Demolhe o bacalhau, coloque-o num tacho e escalde-o com água a ferver. Tape e abafe o recipiente<br />

com um cobertor e deixe ficar assim durante 20 minutos. Escorra o bacalhau, retire-lhe<br />

as peles e as espinhas e desfaça-o em lascas. Ponha estas num recipiente fundo, cubra-as com<br />

leite bem quente e deixe ficar de infusão durante 1.30 a 3 horas.<br />

Entretanto, corte as cebolas e o dente de alho ás rodelas e leve a alourar ligeiramente com um<br />

pouco de azeite. Junte as batatas, que foram cozidas com a pele, e depois peladas e cortadas às<br />

rodelas. Junte o bacalhau escorrido. Mexa tudo ligeiramente, mas sem deixar refogar.<br />

Tempere com sal e pimenta. Deite imediatamente num tabuleiro de barro e leve a forno bem<br />

quente durante 10 minutos. Sirva no prato em que foi ao forno, polvilhado com salsa picada e<br />

enfeitado com rodelas de ovo cozido e azeitonas pretas.<br />

Borrego à Camponês<br />

Ingredientes<br />

1,5 Kg de borrego;<br />

Um limão;<br />

Meia dúzia de dentes de alho;<br />

1 folha de louro;<br />

1 colher (chá) de colorau;<br />

Coentros;<br />

Sal;<br />

Pimenta e piripíri;<br />

Azeite.<br />

Confecção:<br />

Corte a carne e tempere com o sal pisado, os dentes de alho e a folha de louro. Ponha num tacho azeite suficiente para a fritura<br />

e quando estiver bem quente aloure a carne de ambos os lados. Adicione depois um pouco de água e deixe cozer com o tacho<br />

tapado. Tempere no fim da cozedura com a pimenta, o colorau e o piripíri. Antes de servir misture os coentros picados e sumo<br />

do limão. Serve-se com esparregado.<br />

(*) — “Restaurante Churrasqueira” das Termas de Caldelas - Amares


Junho <strong>2016</strong><br />

Plantas medicinais<br />

Lusitano de Zurique<br />

31<br />

PLANTAS MEDICINAIS<br />

in http://goo.gl/RTgOnh<br />

ARRUDA (Ruta graveoleons): Usada<br />

popularmente contra gases, nelvralgias<br />

e como vermífugo; além de combater<br />

piolhos e coceiras. Seu princípio, a rutina,<br />

ajuda a aumentar a resistência de vasos<br />

capilares sanguíneos. Indicada especialmente<br />

nos reumatismos, nevralgias,<br />

verminoses e problemas respiratórios,<br />

sua inalação abre os brônquios. É emenagoga,<br />

antiespasmódica e estimulante.<br />

Deve ser usada com muita cautela.<br />

ARTEMISIA (Artemísia vulgaris):<br />

Também conhecida como losna-brava.<br />

Suas folhas são usadas como repelentes<br />

de insetos. Planta com ação estimulante<br />

sobre o útero, deve ser evitada por mulheres<br />

grávidas, por ser emenagoga. O<br />

chá ajuda a combater problemas de ovários,<br />

ciclo menstrual irregular, lombrigas<br />

e anemia. Não deve ser consumida em<br />

excesso.<br />

ASSA PEIXE (Vernonia polyanthes<br />

Less, Bohemeria caudata): A infusão das<br />

folhas é usada em casos de gripes, tosse<br />

persistente e bronquite, aliviando dores<br />

no peito e nas costas. A infusão das folhas<br />

e das raízes tem efeito diurético e<br />

ajuda a eliminar cálculos renais.<br />

AVEIA (Avena sativa): Combate a astenia<br />

e hemorróidas, acalma dores reumáticas,<br />

dá brilho aos cabelos, estimula a<br />

energia física e aumenta a capacidade<br />

de concentração. Auxilia em casos de<br />

arterioscleroses atuando contra o ácido<br />

úrico. Constitui um excelente alimento<br />

para diabéticos e hipertensos.<br />

AVENCA (Adiantum capillus veneris):<br />

Tem ação protetora sobre peles<br />

sensíveis e age contra queda de cabelos.<br />

Combate males respiratórios como<br />

bronquite e tosse com catarro.<br />

Bardana (Arctium lappa) B<br />

BABOSA (Aloe vera): Tem propriedades<br />

laxantes. A polpa é poderoso tônico para<br />

os cabelos, cicatrizante, repelente, tônico<br />

estomacal, ajuda a liviar queimaduras<br />

erisipelas e inflamações.<br />

BARBATIMÃO (Stryphnodendron<br />

barbatiman): Rica em tanino. Usa-se externamente<br />

reduzida a pó e aplicado sobre<br />

úlceras, impingens e hérnias. Como<br />

tônica, a planta é usada em cozinhando-<br />

-se a casca para combater hemorragias<br />

uterinas, catarro vaginal e diarréias.<br />

BARDANA (Arctium lappa): Suas folhas<br />

são indicadas principalmente para a<br />

pele e como antibiótico, é ainda diurética,<br />

combate a diabetes, tem propriedades<br />

antiinflamatórias, bactericidas,<br />

depurativas e cicatrizantes, além de agir<br />

no couro cabeludo tratando as dermatites<br />

descamantes.Popularmente é usada<br />

também contra reumatismo, furúnculos,<br />

cálculos da bexiga e biliar, prisão de ventre,<br />

anemia, artrite, gastrite e hemorróidas.<br />

BERINJELA (Solanum melongena):<br />

Estudos estão mostrando que o consumo<br />

da berinjela contribui para a redução<br />

dos altos níveis de colesterol e triglicérides<br />

no sangue, auxilia na redução da<br />

glicose (beneficiando diabéticos) e no<br />

bom funcionamento do intestino. Recentemente,<br />

o Instituto de Nutrição da<br />

Universidade Federal do Rio de Janeiro,<br />

após estudo com um grupo de voluntários,<br />

concluiu que a farinha de berinjela<br />

(berinjela em pó) ajuda a emagrecer, favorecendo<br />

a queima de gorduras, auxilia<br />

na redução dos níveis de colesterol LDL,<br />

melhora o trânsito intestinal, tem ação<br />

diurética e diminui a fome, mostrando-<br />

-se excelente coadjuvante nas dietas de<br />

emagrecimento. Colabora ainda na redução<br />

do ácido úrico no organismo que, em<br />

excesso, pode provocar dores nas articulações<br />

(artrite e reumatismo).<br />

BOLDO (Coleus barbatus): Poderoso<br />

digestivo e estimulante das funções<br />

hepáticas, com propriedades tônicas e<br />

estimulantes, ativa a secreção salivar,<br />

biliar e gástrica em casos de dispepsias.<br />

Muito utilizado em hepatite crônica e<br />

aguda. Atua como antiespasmódico (diminui<br />

a cólica), além de aumentar e favorecer<br />

o fluxo biliar, sendo indicado em<br />

casos de distúrbios da função digestiva<br />

e em queixas suaves do trato gastrintestinal<br />

(má digestão, gases, intolerância à<br />

gordura).<br />

BORRAGEM (Borago officinalis):<br />

Planta medicinal e alimentícia que tem o<br />

aroma do pepino, por isso se torna uma<br />

salada muito nutritiva. Possui vitamina<br />

C e alcalóides. Considerada antiinflamatória,<br />

expectorante, adstringente e<br />

altamente diurética. Na medicina popular<br />

é indicada em casos de inflamações<br />

de bexiga e pedras nos rins ou bexiga,<br />

para auxiliar na eliminação de toxinas e<br />

melhoria da pele. Flores, folhas e caules<br />

apresentam as mesmas propriedades. A<br />

Borragem pertence à Família das Boragináceas,<br />

é uma planta originária da zona<br />

Mediterrânea da Europa e da Ásia menor.<br />

O óleo de borragem é um óleo vegetal<br />

extraído desta planta e assim como<br />

o óleo de Prímula (Oenothera Biennis)<br />

constitui-se numa ótima fonte de Ácido<br />

Gamalinolênico (GLA) pois possui na sua<br />

composição ácidos graxos poliinsaturados.<br />

Por ser um ácido graxo essencial,<br />

o GLA deve ser necessariamente obtido<br />

da alimentação, pois o organismo não é<br />

capaz de produzi-lo. A deficiência de ácidos<br />

graxos essenciais, nos seres humanos,<br />

resulta em condições anormais da<br />

pele, tais como dermatites, escamações<br />

e ressecamentos; redução na regeneração<br />

dos tecidos e aumento da suscetibilidade<br />

a infecções. O óleo das sementes<br />

da Borragem, rico em Ácido Gamalinolênico<br />

(GLA), vem sendo usado com sucesso<br />

por mulheres que sofrem de tensão<br />

pré-menstrual (TPM) e com os sintomas<br />

da menopausa.<br />

ATENÇÃO: Estas informações apresentam apenas<br />

finalidades informativas e não devem ser<br />

usadas para diagnosticar, tratar, curar ou prevenir<br />

qualquer doença e muito menos substituir cuidados<br />

médicos adequados.


32 Lusitano de Zurique Tecnologia<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

O inventor do telemóvel<br />

revela a próxima tecnologia<br />

Dispositivos eletrónicos do futuro vão alimentar o nosso corpo<br />

Joana Araújo (*)<br />

Energous apenas recebeu a aprovação<br />

da Comissão Federal de Comunicações<br />

dos EUA WattUp miniatura para o<br />

transmissor em miniatura, que é capaz<br />

de alimentar aparelhos auditivos, dispositivos<br />

médicos e outros dispositivos<br />

sem fio minúsculo, mas até agora<br />

tem que estar em contato direto com<br />

eles.<br />

Mas Energous CEO, Steve Rizzone, disse<br />

que a aprovação da autoridade é apenas<br />

a primeira fase de desenvolvimento,<br />

o que permitirá uma tecnologia que<br />

cobram pequenos dispositivos dentro<br />

de poucos centímetros de distância.<br />

Embora não se sabe quando ele vai lançar o segundo produto Energous fase, é muito provável que a<br />

empresa procurar parceiros potenciais para começar a incorporar a tecnologia em seus dispositivos<br />

Energous. Isto significaria que a carga remota está no horizonte.<br />

Para isso, os esforços de outras empresas que estão desenvolvendo suas próprias soluções para<br />

energia sem fio, como Wi-Charge, que estuda os dispositivos que utilizam lasers de recarga, e U-<br />

-Beam, que investiga o campo de ondas sonoras somar.<br />

aplicação preferida em<br />

quase todos os países...<br />

Excepto em Portugal<br />

O Whatsapp é a app Android de mensagens instantâneas<br />

mais utilizada em 109 países, mas não está no topo das<br />

preferências em Portugal.<br />

Em Portugal a app “vencedora” é… o Messenger. O sistema<br />

de chat do Facebook domina as preferências dos<br />

utilizadores de Android em Portugal no que diz respeito a<br />

mensagens em movimento.<br />

O Facebook Messenger é o aplicativo do género mais utilizado<br />

em 49 países (EUA, Canadá e Austrália, além de Portugal…),<br />

mas o estudo que serve de base a este ranking<br />

mostra que é o Whatsapp que reúne mais preferências nos<br />

tops de downloads Android em 109 territórios, correspondendo<br />

a mais de 55% do mercado global.<br />

A app adquirida pelo Facebook em 2014 é assim apresentada<br />

como a líder mundial neste mercado e, além de superar<br />

largamente o Messenger, arrasa por completo outras<br />

opções com o WeChat, o Telegram e o Viber, por exemplo.<br />

Esta última surge em 3º lugar, sendo a mais popular em<br />

15 países.<br />

https://www.whatsapp.com/download/<br />

“Cookies”<br />

para todos<br />

Mesmo sem conta, o Facebook vai segui-lo<br />

por toda a Internet<br />

O Facebook anunciou que vai passar a<br />

usar cookies, mesmo com utilizadores<br />

de internet que não têm uma conta na<br />

rede social.<br />

Os cookies são programas de software<br />

instalados no browser do utilizador.<br />

Servem para registar a sua actividade<br />

online e permitem às marcas compilar<br />

informação sobre hábitos e preferências,<br />

com o objectivo de direccionar a<br />

publicidade que mostram a cada internauta<br />

em função dessa actividade.<br />

Convém recordar que no ano passado a<br />

rede social de Mark Zuckerberg alegadamente<br />

já estava a usar cookies para<br />

monitorizar a actividade de quem não<br />

tinha uma conta activa no serviço, mas<br />

na altura o Facebook reagiu à notícia<br />

dizendo que era falso.<br />

(*) c/ tek sapo


Junho <strong>2016</strong><br />

Carneiro<br />

Este mês pede ao signo Carneiro<br />

a reflexão sobre os seus valores<br />

e prioridades, sobre o que é considerado<br />

essencial e também<br />

sobre como estão lidando com o<br />

dinheiro e os seus recursos pessoais.<br />

Afectivamente, é um mês em<br />

que se destaca a necessidade de<br />

haver uma maior sintonia de valores,<br />

pode ocorrer de situações<br />

financeiras acabarem influenciando<br />

na vida amorosa.<br />

Touro<br />

Neste mês, vários planetas estão<br />

transitando no seu signo,<br />

indicando um período muito importante<br />

de novas iniciativas e<br />

empreendimentos. Entretanto,<br />

teremos a movimentação retrógrada<br />

no planeta Mercúrio no<br />

seu signo, o que indica a necessidade<br />

de paciência, de reflexão<br />

e de reavaliação de várias situações.<br />

Afectivamente, é um período<br />

de boas novas, já que temos o<br />

movimento do planeta do amor<br />

e do relacionamento, Vénus, no<br />

seu signo, onde se sente naturalmente<br />

à vontade. Teremos<br />

também a finalização do movimento<br />

retrógrado de Júpiter no<br />

sector amoroso, o que, sem dúvida,<br />

indica crescimento e uma<br />

maior maturidade emocional.<br />

Gémeos<br />

Um dos meses mais desafiadores<br />

de <strong>2016</strong> para o signo Gémeos,<br />

assim pode ser definido<br />

este mês, em que teremos vários<br />

planetas transitando o signo<br />

anterior ao seu e também o<br />

movimento retrógrado do seu<br />

planeta regente, Mercúrio. É um<br />

tempo de interiorização, reflexão,<br />

autoconhecimento e valorização<br />

da espiritualidade.<br />

Afectivamente, o mês contém<br />

fortes lições de auto-estima,<br />

amor-próprio, e da necessária<br />

superação de antigas mágoas<br />

e ressentimentos emocionais,<br />

que tanto têm-lhe feito mal.<br />

Caranguejo<br />

Amizades, vida social, projectos<br />

em equipa são alguns dos temas<br />

enfatizados ao longo deste<br />

mês para o signo Caranguejo. É<br />

um mês em que poderá haver<br />

a colheita do que foi empreendido<br />

nos últimos meses e você<br />

poderá se sentir mais apoiado<br />

nos seus intentos e objectivos.<br />

Horóscopo<br />

É um período também significativo<br />

para você reavaliar as suas<br />

prioridades e projectos para o<br />

futuro.<br />

Afectivamente, o mês valoriza o<br />

companheirismo, a amizade e o<br />

fortalecimento da auto-estima<br />

e da sensibilidade. É um período<br />

em que tende a sentir mais<br />

empatia pelas pessoas e isso<br />

pode aproximá-lo mais emocionalmente<br />

de quem você ama e<br />

admira.<br />

Leão<br />

Este mês pede que você reflicta<br />

sobre a carreira, sobre os seus<br />

propósitos mais significativos,<br />

sobre a importância do trabalho<br />

na sua vida e também de como<br />

tem lidado com as questões financeiras.<br />

É um mês significativo<br />

para se sentir mais valorizado<br />

e para aprimorar contactos e<br />

conhecimentos.<br />

Afectivamente, deve haver cuidado<br />

com o apego, o ciúme e o<br />

autoritarismo. É um mês importante<br />

para reflectir se há uma<br />

sintonia de propósitos de vida<br />

com quem você ama.<br />

Virgem<br />

Uma boa nova marca este mês.<br />

Teremos a finalização do movimento<br />

retrógrado do planeta<br />

Júpiter no seu signo, o que traz<br />

uma energia mais expansiva e<br />

uma confiança maior nas suas<br />

atitudes. É um período que pode<br />

acentuar a necessidade de ampliar<br />

horizontes por meio de<br />

conhecimentos, viagens e trabalho,<br />

mas este mês é também<br />

o mês em que teremos o movimento<br />

retrógrado do seu regente<br />

Mercúrio, pedindo reflexão,<br />

reavaliação e paciência.<br />

Afectivamente, é um mês importante<br />

para você reflectir sobre<br />

a filosofia de vida que tem<br />

regido as suas atitudes emocionais,<br />

sobre o significado de um<br />

relacionamento amoroso em<br />

sua vida e, também, se há identidade<br />

e sintonia espiritual com<br />

quem você ama.<br />

Balança<br />

Este mês traz grandes desafios<br />

ao signo Balança, já que teremos<br />

vários planetas transitando<br />

o sector de transformações<br />

emocionais. É, sem dúvida, um<br />

período de eliminações, de finalização<br />

de situações e de uma<br />

intensa metamorfose, sentida<br />

principalmente no âmbito emocional,<br />

mas que pode também<br />

ter um impacto sobre as questões<br />

financeiras e espirituais.<br />

Afectivamente, há uma intensificação<br />

dos sentimentos e emoções,<br />

da necessidade de intimidade<br />

e de questões importantes<br />

relacionadas à sexualidade.<br />

Você deve ter muito cuidado<br />

com atitudes ciumentas, possessivas<br />

e apegadas.<br />

Escorpião<br />

Relacionamento é o tema mais<br />

importante deste mês para o<br />

signo Escorpião, já que teremos<br />

vários planetas transitando o<br />

sector de relação e parceira. Há<br />

um foco na relação afectiva e<br />

todo tipo de contacto e parceria<br />

que você pode estabelecer<br />

com as pessoas. É um momento<br />

também muito significativo<br />

para reavaliar o modo com que<br />

você lida com seus talentos e finanças.<br />

Afectivamente, poderá haver<br />

uma maior necessidade de estabilidade,<br />

de continuidade num<br />

relacionamento amoroso. Mas<br />

é necessário superar apegos,<br />

ressentimentos e possessividade,<br />

algo que pode atrapalhar a<br />

naturalidade de expressão dos<br />

sentimentos e a confiança de<br />

uma relação amorosa.<br />

Sagitário<br />

Saúde e trabalho são alguns<br />

dos temas mais significativos<br />

ao longo deste mês para o signo<br />

Sagitário. É um momento de<br />

investir em uma mudança de<br />

hábitos que traga mais bem-estar<br />

e qualidade de vida. É também<br />

uma fase importante para<br />

aprimorar o modo como você<br />

trabalha e organizar melhor o<br />

seu quotidiano. Lembrando que<br />

Saturno e Marte estão actuando<br />

retrógrados no seu signo, o que<br />

pede mais paciência e foco para<br />

o signo Sagitário, e a percepção<br />

que não devem ter pressa e impaciência,<br />

pois estão lutando<br />

consigo mesmos na superação<br />

as suas dificuldades.<br />

Afectivamente, você vem passando<br />

por uma série de aprimoramento<br />

e de ajustes, e o foco<br />

está no amor-próprio e numa<br />

atitude mais serena no seu relacionamento<br />

e também na expressão<br />

de sentimentos.<br />

Capricórnio<br />

Questões afectivas que envolvem<br />

crianças e expressão da<br />

sensibilidade e criatividade ganham<br />

força ao longo deste mês<br />

Lusitano de Zurique<br />

33<br />

para o signo Capricórnio. É um<br />

mês importante para você reflectir<br />

se está tendo prazer nas<br />

actividades do dia-a-dia e é hora<br />

de colocar mais o afecto e o coração<br />

naquilo que você faz.<br />

Amorosamente, é um período<br />

de grande destaque, já que teremos<br />

a movimentação do planeta<br />

do amor e do relacionamento,<br />

Vénus, exactamente no sector<br />

afectivo do signo Capricórnio,<br />

mas deve haver cuidado com<br />

ressentimentos, com o apego<br />

e com os ciúmes. A intimidade<br />

emocional e sexual é um factor<br />

importante para a sintonia com<br />

quem você ama.<br />

Aquário<br />

Família, privacidade e emoções<br />

são características essenciais<br />

deste mês ao signo Aquário. É<br />

um momento de se interiorizar,<br />

de reflectir e de perceber o que<br />

deve ser finalizado. É um mês<br />

muito significativo para questões<br />

domésticas, familiares e<br />

imobiliárias. Entretanto, como<br />

teremos o movimento retrógrado<br />

do planeta Mercúrio, é um<br />

mês em que você não deverá<br />

assinar contractos ou tomar iniciativas<br />

relacionadas a imóveis,<br />

é melhor deixar isso para outro<br />

momento e investir no aprimoramento<br />

dos vínculos familiares.<br />

Afectivamente, há fortes lições<br />

de amor-próprio e de centralmente<br />

emocional. É um mês<br />

que pede reflexão sobre o que<br />

é, de facto, valioso para você no<br />

amor. É uma fase muito significativa<br />

para se amar mais e para,<br />

a partir dessa atitude, atrair<br />

mais sintonia com quem você<br />

ama.<br />

Peixes<br />

Observe mais a beleza que está<br />

ao seu redor. Estabeleça um<br />

maior contacto com a natureza<br />

e com actividades prazerosas e<br />

criativas. Este mês traz a oportunidade<br />

de novos aprendizados,<br />

contactos e do desenvolvimento<br />

de valores mais sintonizados<br />

com a alma.<br />

Afectivamente, é um mês que<br />

pede mais diálogo e compreensão.<br />

Poderá haver algumas dificuldades<br />

e mal-entendidos na<br />

comunicação, e você precisa ser<br />

paciente e empático para que<br />

haja uma maior sintonia emocional<br />

no relacionamento.<br />

Coordenação: Joana Araújo


34 Lusitano de Zurique Humor/Passatempo (*)<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

“Quem não sabe rir, não sabe viver...”<br />

BREVES<br />

O professor para o aluno :<br />

- Menino, eu vou, tu vais, ele vai à praia...<br />

; Que tempo é ?<br />

- Verão com certeza, senhor professor.<br />

————<br />

- A minha mulher é muito poupada, faz<br />

economia em tudo.<br />

- A minha também, sempre que faz anos<br />

põe dez velas a menos no bolo. ————<br />

Debaixo de uma árvore de natal, toda iluminada,<br />

diz um cão ao outro:<br />

- Finalmente, puseram luz na casa de banho<br />

!!<br />

————<br />

A mulher diz ao marido : -É inútil ires<br />

pescar, hoje é 6ª feira . Não sabes que é<br />

dia de azar ?<br />

- Precisamente por isso, espero que seja<br />

um dia de azar para os peixes.<br />

————<br />

Entre amigos :<br />

- Então Manuel, andas a lavar o chão ?<br />

Será que despediste a mulher a dias?<br />

- Não, casei-me com ela.<br />

————<br />

Mãe, amanhã é a festa do meu namorado,<br />

aconselha-me uma surpresa...<br />

- Experimenta dizer-lhe a tua verdadeira<br />

idade.<br />

————<br />

Pergunta: Qual é a diferença entre um<br />

psicótico e um neurótico?<br />

Resposta: Um psicótico pensa que 2+2<br />

são 5.<br />

Um neurótico sabe que 2+2 são 4 mas<br />

isso perturba-o<br />

————<br />

Um casal interrompeu as férias para ir ao<br />

dentista.<br />

-Quero que arranque um dente e não<br />

quero anestesia, porque estou com muita<br />

pressa.<br />

Tire só o dente o mais depressa possível<br />

para irmos embora - disse a Mulher<br />

O dentista estava bastante impressionado.<br />

- A senhora é muito corajosa - disse ele. -<br />

Qual é o dente?<br />

A mulher virou-se para o marido e disse<br />

- Mostra-lhe o dente, querido.<br />

————<br />

- Admite que é culpado ? - pergunta o<br />

juiz?<br />

- Não Sr. Dr. Juiz.<br />

- Tem um álibi ?<br />

- O que é um álibi?<br />

- Bem, alguém que o viu cometer o acto ?<br />

-Ninguém, graças a deus.<br />

————<br />

Um dia, estava com tanta fome que comi<br />

o meu papagaio<br />

- Contou o explorador ao amigo.<br />

- E a que sabia ?<br />

- Peru, Ganso, Tordo ... aquele papagaio<br />

era capaz de imitar tudo. ————<br />

- Podia-me dizer quanto demora um voo<br />

para Nova Iorque?<br />

-Um momento.<br />

- Muito obrigado. (E foi-se embora)<br />

————<br />

- A tua namorada está apaixonada pelo<br />

teu maior amigo<br />

- Pelo meu cão ??<br />

————<br />

- O senhor ainda é parente do Sr. Francisco?<br />

- Sou, mas um parente um pouco afastado:<br />

- Então o que é ele ao senhor?<br />

- É meu irmão.<br />

- E chama a isso parente afastado?<br />

- É que, entre nós, há mais 13 irmãos.<br />

————<br />

- Num cruzeiro, o imediato examina o bilhete<br />

do passageiro e diz-lhe:<br />

- O senhor vai pagar duas multas!<br />

- Porquê?<br />

- Porque o seu bilhete é para viajar em 3ª<br />

classe, porém, vai instalado em 2ª classe<br />

e está abraçado a uma miúda de primeira.<br />

O Professor:<br />

- Quantos corações temos nós?<br />

O aluno:<br />

- Dois, senhor professor.<br />

- Dois!?<br />

- Sim, o meu e o seu!<br />

————<br />

- Doutor, a minha vaca não gosta de touros.<br />

- Então leve-a ao futebol.<br />

————<br />

Dois micróbios encontram-se e conversam<br />

um com o outro:<br />

- Encontro-me um pouco abatido.<br />

- É que estou doente.<br />

- O que é que tens ?<br />

- Apanhei ... penicilina.<br />

————<br />

- Sabe onde mora o sr. Fonseca, que é<br />

electricista?<br />

- Sim, senhor. Vá em frente por essa rua,<br />

volte à esquerda e depois à direita, e é<br />

logo na primeira travessa.<br />

- E não sabe o número?<br />

- Não, mas está por cima da porta.<br />

————<br />

Dois amigos encontram-se e diz um:<br />

- Hoje tive uma sorte dos diabos:<br />

- Então porquê?<br />

- Ia a passar por debaixo de uma obra<br />

e caiu-me um saco de cimento em cima.<br />

- E não te magoaste?<br />

- Não: é que o saco vinha vazio.<br />

————<br />

Conversa entre dois homens:<br />

- Amigo, você tem carro?<br />

- Sim, não ... mais ou menos ...<br />

- Mas homem, o que é isso?<br />

- Olhe, é da minha mulher quando vai às<br />

compras, é do meu filho quando vai ter<br />

com a namorada, é da minha filha quando<br />

vai à discoteca e é meu quando não<br />

tem gasolina !!<br />

(*) O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de cada indivíduo a cada momento.


Junho <strong>2016</strong><br />

Júnior<br />

Lusitano de Zurique<br />

35<br />

Coordenação: Joana Araújo


36 Lusitano de Zurique Literatura<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

O cúmulo da pouca-vergonha!<br />

Que o suicídio seja a causa de muitas mortes em Portugal, penso que certamente<br />

incomoda as mentes livres e sãs.<br />

Mas duvido que alguma vez, uma vez que seja, perturbe o silêncio nos sonhos das<br />

mentes comprometidas, corrompidas e vendidas.<br />

Em 2010 foi calculado uma média de duas mortes por dia. Nos últimos tempos<br />

ouve-se falar em seis.<br />

Carmindo de<br />

Carvalho<br />

Algumas causas são conhecidas. A crise e seus efeitos. E também devido à gula<br />

desenfreada de alguns caçadores de lucros, à base do despojamento e esvaziamento<br />

dos bolsos de muitos desgraçados. Tudo isto se passa sob o olhar cúmplice<br />

da pouca-vergonha!<br />

Mas os escribas da imprensa e da comunicação em geral, fielmente, cegamente<br />

obedecem às regras ditadas pelos manda-chuva dos grupos, e isso leva a que<br />

servilmente imitem os casos mais sonantes e omitem muitos outros, e omitindo<br />

automaticamente tornam-se cúmplices da farsa.<br />

Numa descarada defesa dos governantes, dos decisores, eles que têm poderes<br />

para algo fazer no sentido de reduzir estes números.<br />

E todos cospem pró lado. E todos fingem nada ver, nada saber. E todos adormecem.<br />

E quando adormecem, aí sim, é verdade, nada vêem! Nada podem ver.<br />

13 de Fevereiro 2013<br />

Gastos e “Likes”<br />

Se tens uma mãe a quem amas muito.<br />

Se gostas do lacinho do cão. Se gostas<br />

de passarinhos. Se vês animais a<br />

serem esfolados vivos. Se vês focas a<br />

serem mortas à dúzia, à cachaporra a<br />

tingirem a água do mar e só por tradição<br />

para a canalhada marcar posição<br />

na passagem do estado ou condição<br />

de adolescentes para adultos. Um atleta<br />

deficiente heroicamente a correr só<br />

com uma perna sã. Um cão aos saltos<br />

com uma pata empanada, etc.<br />

Nisto e mais naquilo, alguns até são lógicos<br />

com muita utilidade em recados<br />

e em mensagens. Mas outros são desprovidos<br />

de lógica, sem pés nem cabeça,<br />

horrendos ou cómicos.<br />

Coisas e mais coisas em pedidos para<br />

colares no teu mural. Para quê?<br />

Vejo gostos a rodos! Mas afinal gostam<br />

de quê? Da coragem, da luta pela<br />

sobrevivência, da miséria que as fotos<br />

mostram, ou da denúncia dos actos?<br />

Usem as palavras, elas não mordem.<br />

Comentem, exponham o que sentem.<br />

Mas explicitem do que realmente gostam.<br />

Por favor expliquem-me como se<br />

eu fosse muito burro. Ou talvez seja<br />

mesmo...<br />

Esta coisa do Facebook a cada dia que<br />

passa, com tanta porcaria, tanta palavra<br />

escrita com pontuação errada!<br />

Tanta coisa adulterada! Repito: A cada<br />

dia que passa, sinto-me um pouco mais<br />

aparvalhado.<br />

Já cheguei a pensar:<br />

Afinal o outro tinha muita razão quando<br />

disse:<br />

“Quanto mais sei que sei, mais sei que<br />

pouco sei.”<br />

Mas por aqui não me safo, penso.<br />

E por vezes fecho a loja e vou dar banho<br />

ao, cão e lustro ao cágado. Lustro sem<br />

usar graxa, não vá eu começar a gostar<br />

do cheiro e passar a engraxar os meus<br />

chefes! Aldra! Antes que seja gago,<br />

marreco e perneta!…<br />

Do livro, “Crematório de consciências”


Junho <strong>2016</strong><br />

Poesia<br />

Lusitano de Zurique<br />

37<br />

Cadência da Vida<br />

Os dias são simplesmente a contagem<br />

Do tempo que nos falta p’ra viver<br />

Na terra, nesta tão curta passagem<br />

Onde o tempo está sempre a decrescer.<br />

Compreende esta fórmula tão prática<br />

Apenas uma breve operação<br />

Não carece ser mestre em matemática<br />

Ou nutrir doutras artes propensão.<br />

Euclides Cavaco<br />

www.euclidescavaco.com<br />

Cada hoje é sempre o primeiro dia<br />

Do resto que nos faltam p’rà partida<br />

Que avançam em constante correria.<br />

E cada dia é fracção subtraída<br />

Deixando sempre menor a quantia<br />

Do resto dos dias da nossa vida !...<br />

Este Povo Que Nós Somos<br />

Nós somos de Viriato, o Lusitano<br />

Descendentes de heróis e heroínas.<br />

Nós somos de Afonso, o soberano<br />

Herdeiros da Pátria das cinco quinas.<br />

Nós somos dinastias duma história<br />

Que encerra oito séculos de epopeias.<br />

Nós somos das batalhas, a glória<br />

E Homeros de outras tantas Odisseias.<br />

Nós somos oceanos e as marés<br />

Onde ousado navegou o nosso Gama.<br />

Nós somos marinheiros e as galés<br />

Que deram ao Império a grande fama.<br />

Nós somos a aventura e a coragem<br />

Sem medo de qualquer Adamastor.<br />

Nós somos o padrão dessa viagem<br />

Que passou para além do Bojador.<br />

Nós somos os heróis de mil facetas<br />

Descobridores do mar sem fim, a majestade.<br />

Nós somos a voz desses poetas<br />

Que rimaram génio Luso com saudade !…<br />

Nós somos as estrofes de Camões<br />

Orgulhosos do presente e do passado.<br />

Nós somos o eco das gerações<br />

Que com alma deram vida e berço ao fado.<br />

Nós somos as memórias do Infante<br />

De Eanes, Magalhães e de Cabral.<br />

Nós somos Este Povo Fascinante…<br />

Desta Pátria que se chama Portugal !…<br />

Rádio Voz da Poesia<br />

http://goo.gl/NAwpZD<br />

Euclides Cavaco


38 Lusitano de Zurique Últimas<br />

Junho <strong>2016</strong><br />

“Não se pode servir a Deus e às riquezas”<br />

Na Missa que celebrou na Capela da Casa<br />

Santa Marta, o Papa Francisco meditou<br />

sobre a Carta de São Tiago e advertiu que<br />

quem acumula riquezas por causa da exploração<br />

das pessoas comete um pecado<br />

mortal e são como sanguessugas.<br />

O Papa disse que erra quem segue a chamada<br />

“teologia da prosperidade”, segundo<br />

a qual “Deus mostra que você é justo<br />

se lhe dá tantas riquezas”. “Não se pode<br />

servir a Deus e às riquezas”, disse o Pontífice,<br />

pois estas podem se tornar “correntes”<br />

que tiram “a liberdade de seguir<br />

Jesus”.<br />

“Quando as riquezas são feitas explorando<br />

as pessoas... aquela pobre gente<br />

torna-se escrava”. O Papa explicou que<br />

no mundo actual sempre acontece de<br />

pessoas que chegam e dizem “quero trabalhar”,<br />

então são contratadas de Setembro<br />

a Junho e, depois, em “Julho e Agosto<br />

deve se alimentar de ar”. “Quem faz isso<br />

são verdadeiras sanguessugas”, pois vivem<br />

da exploração das pessoas, de escravizá-los.<br />

O Papa Francisco recordou o que lhe disse<br />

uma jovem que encontrou um emprego<br />

em que pagavam 650 euros por 11 horas<br />

diárias de trabalho. E disseram-lhe: “Se<br />

quiser, o emprego é seu, caso contrário,<br />

pode ir embora. Há quem queira, há uma<br />

fila atrás de você!”.<br />

O Pontífice criticou essa situação trabalhista<br />

e denunciou que hoje existe “uma<br />

verdadeira escravidão”. Não é algo do<br />

passado, que ocorre em lugares afastados.<br />

“As pessoas não vão mais buscá-los<br />

na África para vendê-los na América: não.<br />

Mas estão em nossas cidades. E existem<br />

esses traficantes, estes que tratam as<br />

pessoas com trabalho sem justiça”.<br />

“Isto é pior”, “é pecado mortal”, enfatizou<br />

Francisco. “É mais importante um copo de<br />

água em nome de Cristo que todas as riquezas<br />

acumuladas com a exploração das<br />

pessoas”.<br />

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Junho <strong>2016</strong><br />

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