JUNHO 2016
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Propriedade e administração:<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstrasse 48<br />
8004 Zürich<br />
Directora: Sandra Ferreira CC nº 28 | Ano: XXII | N.º: 218 | Junho <strong>2016</strong> | Mensal | Gratuito<br />
Tel.: 044 241 52 60<br />
Fax: 044 241 53 59<br />
Web: www.cldz.ch<br />
E-mail: info@cldz.ch<br />
Einsiedeln<br />
A festa mais portuguesa da Suíça<br />
Pág. 3<br />
Editorial Actualidade<br />
Acordo Ortográfico<br />
“agora vão ter de contar<br />
os tostões para uma vida<br />
digna.../...”<br />
Pág. 25<br />
Fisco já não pode vender<br />
casas de família...<br />
Pág. 26<br />
Presidente Marcelo<br />
Rebelo de Sousa e o<br />
Acordo Ortográfico...
2 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
Edição anterior<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
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Cursos de alemão 076 332 08 34<br />
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InCentro<br />
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Rancho folclórico<br />
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Vamos contar uma história 079 647 01 46<br />
Consulado Geral de Portugal em Zurique<br />
Zeltweg 13 - 8032 Zurique<br />
Tel. Geral: 044 200 30 40<br />
Serviços de ensino: 044 200 30 55<br />
Serviços sociais: 044 261 33 32<br />
Abertura de segunda a sexta-feira das<br />
08:30 às 14:30 horas<br />
Embaixada de Portugal<br />
Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15<br />
Secção consular: 031 351 17 73<br />
Serviçoa sociais: 031 351 17 42<br />
Serviços de ensino: 031 352 73 49<br />
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imigrantes - Zurique (Welcome Desk)<br />
Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique<br />
Tel.: 044 412 37 37<br />
Polícia 117<br />
Bombeiros 118<br />
Ambulância 144<br />
Intoxicações 145<br />
Rega 1414<br />
Pág. 3<br />
Directora: Sandra Ferreira CC nº 28 | Ano: XXII | N.º: 217 | Maio <strong>2016</strong> | Mensal | Gratuito<br />
Editorial<br />
1 de Maio<br />
Dia da Mãe e o Dia do<br />
Trabalhador<br />
Pág. 15<br />
Direito<br />
Informação útil sobre a<br />
rescisão de Contratos de<br />
Trabalho<br />
Pág. 20<br />
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O Centro Lusitano de Zurique esteve presente no<br />
Kinderumzug<br />
<strong>2016</strong><br />
Opinião<br />
Novos Tempos, Velhos<br />
Hábitos<br />
Missão Católica de Língua Portuguesa – ZH<br />
Katholische Mission der Portugiesischsprechenden<br />
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- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h<br />
Ler na página 26 e 27
Junho <strong>2016</strong><br />
Editorial<br />
Lusitano de Zurique<br />
3<br />
Desmoronar das caixas de pensões<br />
Uma das grandes preocupação de todos os emigrantes é chegar à meia idade e saber<br />
que pode gozar da sua reforma de forma digna e despreocupada, depois de uma vida<br />
a trabalhar. E a comunidade portuguesa não se pode ter queixado muitos nas ultimas<br />
décadas, Desmoronar pois das caixas pensões de que pensões levam para o seu repouso merecido, tem sido suficiente<br />
para se fazer vida em Portugal (se tivermos em conta as reformas em Portugal). Mas<br />
como diz um bom ditado português „Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades“.<br />
Uma das grandes preocupação de todos os emigrantes é chegar à meia idade e saber que pode<br />
Os seja, a geração de emigrantes mais recente, para alem de não fazer da reforma a sua<br />
gozar da sua reforma de forma digna e despreocupada, depois de uma vida a trabalhar. E a<br />
principal comunidade preocupação, portuguesa não também se pode ter não queixado pensa muitos um dia nas ultimas gozar décadas, desse tempo pois as em pensões terras lusas,<br />
mas que levam sim ficar para pela o seu Suíça. repouso merecido, tem sido suficiente para se fazer vida em Portugal (se<br />
tivermos em conta as reformas em Portugal). Mas como diz um bom ditado português „Mudam-se<br />
Pois os tempos, bem, para mudam-se estes as a vontades“. preocupação Os seja, devia a geração ser redobrada de emigrantes em mais comparação recente, para aos alem primeiros.<br />
de não fazer da reforma a sua principal preocupação, também não pensa um dia gozar desse<br />
Segundo a União de sindicatos Suíços, as caixas de pensão estão a sofrer um enorme<br />
tempo em terras lusas, mas sim ficar pela Suíça.<br />
desmantelamento Pois bem, para estes a das preocupação pensões devia de reforma. ser redobrada Segundo em comparação os mesmos, aos primeiros. hoje quem tiver 50<br />
anos Segundo tem a de União contar de sindicatos com pensões Suíços, as muito caixas mais de pensão baixas estão do a que sofrer aquilo um enorme que se pensava. Isto<br />
significa desmantelamento que para das aquelas pensões pessoas de reforma. que Segundo trabalharam os mesmos, toda hoje a vida quem e tiver agora 50 anos vão tem ter de contar<br />
os contar tostões com pensões para uma muito vida mais digna, baixas o do que vai aquilo levar que a se que pensava. muitos Isto fiquem significa que socialmente para isolados<br />
digna, pois o que não vai vão levar conseguir a que muitos pagar fiquem o socialmente nível de vida isolados na Suíça. pois não vão conseguir pagar o<br />
aquelas pessoas que trabalharam toda a vida e agora vão ter de contar os tostões para uma vida<br />
nível de vida na Suíça.<br />
A única solução para esta situação é o aumento das pensões de reforma e como tal foi<br />
lançada A única solução uma iniciativa para esta situação nacional é o que aumento irá a das votos pensões em Setembro. de reforma e Trata-se como tal foi da lançada iniciativa AHVuma<br />
iniciativa nacional que irá a votos em Setembro. Trata-se da iniciativa AHV-AVSplus, que tem<br />
-AVSplus, que tem como objectivo aumentar as reformas em 10%. Assim uma pessoa<br />
como objectivo aumentar as reformas em 10%. Assim uma pessoa com a reforma mínima actual<br />
com de 1160 a reforma francos recebia mínima um actual suplemento de 1160 de 116 francos francos. No recebia caso da um reforma suplemento máxima actual de 116 de francos.<br />
No 2320 caso francos, da reforma um suplemento máxima de 232 actual francos de e 2320 348 francos francos, na reforma um suplemento máxima actual de para 232 francos e<br />
348 casais. francos Quanto na ao reforma financiamento máxima da AHV-AVSplus actual para ainda casais. existem Quanto poucas propostas, ao financiamento sendo uma da AHV-<br />
-AVSplus delas a aplicação ainda de existem um imposto poucas nacional propostas, sobre heranças. sendo uma delas a aplicação de um imposto<br />
nacional sobre as heranças.<br />
Aumentos previstos com a Iniciativa AHV-AVSplus:<br />
Exemplo:<br />
Agregado familiar último salário Reforma AHV-AVS Suplemento<br />
(sem 13º mês)<br />
Trabalhador da construção Fr. 4800 Fr. 3480 Fr. 348<br />
e florista (60%) 2 filhos Fr. 2400<br />
Horticultor e empregada Fr. 4000 Fr. 3200 Fr. 320<br />
de mesa (40%) 2 filhos Fr. 1600<br />
Sandra Ferreira - Directora<br />
Cartão de Identidade de Colaborador das Comunidades nº 28<br />
lusitanozurique@gmail.com<br />
“agora vão ter de contar<br />
os tostões para uma vida<br />
digna.../...”<br />
Padeiro Fr. 4500 Fr. 1780 Fr. 178<br />
Enfermeira (80%) Fr. 5000 Fr. 2050 Fr. 205<br />
solteira, 1 filho<br />
Capataz, chegou à Fr. 6300 Fr. 1620 Fr. 162<br />
Suíça há 30 anos<br />
Ficha técnica<br />
Propriedade<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
8004 Zürich<br />
Publicidade<br />
Email: info@cldz.ch<br />
Administração<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Directora<br />
4 Sandra Ferreira - CC nº28<br />
lusitanozurique@gmail.com<br />
Sub-director<br />
4 Armindo Alves - CC nº31<br />
alves.armindo@kronschnabl.ch<br />
Outras fontes:<br />
Redacção e Colaboração<br />
4 Cristina Fernandes Alves CC nº32<br />
4 Maria José Bernardo CC nº29<br />
4 Pedro Nabais CC nº 30<br />
4 Joana Araújo CC nº27<br />
4 Jorge Rodrigues CC nº33<br />
4 Daniel Bohren<br />
4 Zuila Messmer<br />
4 Domingos Pereira<br />
4 Carmindo de Carvalho<br />
4 Euclides Cavaco<br />
4 Carlos Ademar<br />
4 Jo Soares<br />
Nota: Os textos publicados, são da exclusiva responsabilidade dos seus<br />
autores e não representam necessáriamente as opiniões do Lusitano de Zurique.<br />
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Edição, composição e paginação<br />
Manuel Araújo -Jornalista 4365<br />
Braga – Portugal<br />
araujo@manuelaraujo.pt<br />
Tel.:(+351) 912 410 333<br />
Impressão: DM Braga<br />
Tiragem: 2000 exemplares<br />
Periodicidade: Mensal<br />
Distribuição gratuita<br />
Esta publicação não adopta<br />
Nem respeita o (des)Acordo<br />
Ortográfico
4 Lusitano de Zurique Comunidade<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
O VIII Festival de Folclore dos Amigos de<br />
Locarno realizou-se a 7 Maio <strong>2016</strong>!<br />
Maria dos Santos<br />
O centro Scolastico Lavertezzo,<br />
em Riazzino, vestiu<br />
as cores da bandeira portuguesa<br />
para receber os seus<br />
convidados e amigos, conhecidos<br />
e desconhecidos, para<br />
com eles festejar todo um<br />
acontecimento folclórico!<br />
O Ticino é conhecido como<br />
uma região solarenga, mas<br />
neste dias o sol brilhou só e<br />
apenas, embora intensamente,<br />
no coração daqueles que<br />
assistiram às comemorações<br />
de mais um festival.<br />
Este serão ficou marcado<br />
pela primeira actuação, em<br />
casa, dos Amigos de Locarno,<br />
como membros efectivos da<br />
Federação de Folclore e Etnografia<br />
na Suíça.<br />
Cada um dos elementos respirava<br />
alegria e os sorrisos<br />
foram uma presença plena<br />
de uma mais-valia. Naturalmente,<br />
as danças e os cantares<br />
arrancaram da sala fortes<br />
aplausos.<br />
O presidente Manuel Vicente<br />
fez questão de reconstruir a<br />
cerimónia da entrada do seu<br />
grupo na F.P.F.E.S.. Acompanhado<br />
pelos elementos da<br />
Federação, mostrou a faixa<br />
e o diploma do grupo. Os<br />
aplausos foram muitos e as<br />
emoções também!<br />
Foi um passo gigantesco e de<br />
muita responsabilidade, mas<br />
que não temem, pois são defensores<br />
genuínos da cultura<br />
folclorista, estando abertos<br />
ao diálogo e a novas façanhas,<br />
sempre na tentativa de<br />
melhorar ainda mais o grupo!<br />
Além disto, Lausanne esteve<br />
presente com o Rancho “os<br />
Amigos do Minho” que, para<br />
além de ter inúmeras actuações<br />
dentro e fora da Suíça,<br />
mostrou-se um rancho bem<br />
empenhado em promover a<br />
nossa cultura. Gente jovem e<br />
bem enraizada nas danças e<br />
nos cantares!<br />
Também o rancho de Lugano,<br />
o mais jovem deste serão,<br />
nos deliciou com uma dança<br />
pouco habitual, mas muito<br />
real, em homenagem ao Vinho<br />
do Porto! Tantas foram<br />
as saudades de Portugal!<br />
A substituir o rancho convidado<br />
de Hinwill, esteve o<br />
Rancho da Casa do Benfica de<br />
Genebra que, desde 1994, actua<br />
por toda a Suíça e além-<br />
-fronteiras. Este rancho,<br />
membro efectivo da F.P.F.E.S,<br />
faz uma notória diferença,<br />
pois representa o Ribatejo.<br />
A sala esmerou-se em aplausos,<br />
quando nos deleitaram<br />
com o fandango! Os Amigos<br />
de Locarno agradecem a preciosa<br />
actuação e deslocação<br />
ao festival! O som esteve ao<br />
cuidado de Ases do Ritmo e<br />
foram eles os grandes animadores<br />
desta noite dançante!<br />
Quero agradecer, em nome<br />
dos Amigos de Locarno, a todos<br />
os que, de uma forma directa<br />
e indirecta, prestaram<br />
a sua ajuda. Nada se constrói<br />
apenas com duas mãos, pois<br />
a união e o trabalho colectivo<br />
são a melhor prestação de<br />
cada dia!<br />
Findo com a nossa cultura<br />
que, pela sua grandiosidade<br />
e autenticidade, deve ser<br />
transmitida aos mais jovens.<br />
Nós, como grupos, temos<br />
o dever moral e cultural de<br />
assim o fazer, se desejamos<br />
que a nossa cultura perdure<br />
no tempo.<br />
A nossa vida folclórica é a<br />
nossa glória. Muito obrigada<br />
pela presença, participação e<br />
interesses mútuos. Incluindo<br />
o Senhor Norman Gobiy, conselheiro<br />
do Cantão do Ticino<br />
e chefe do departamento<br />
da Instituição * Rienhante<br />
dell carnavele de la citá de<br />
Locarno*<br />
Foi para todos um prazer<br />
enorme a sua presença<br />
Somos os Amigos de Locar
Junho <strong>2016</strong><br />
Associativismo<br />
Lusitano de Zurique<br />
5<br />
Despedida<br />
Maria José<br />
O membro da Direcção do Centro<br />
Lusitano de Zurique está de regresso<br />
ao país natal, Portugal.<br />
Joaquim Violante vai regressar<br />
a casa este mês e o Centro Lusitano<br />
de Zurique como não podia<br />
deixar de ser, pelo contributo que<br />
sempre nos deu, fez-lhe uma pequena<br />
despedida num jantar com<br />
os colegas da Direcção.<br />
Queremos nesta pequena nota<br />
agradecer ao Sr. Joaquim pela<br />
pessoa imparcial que sempre foi.<br />
Que continue assim.<br />
Muito obrigada também pela<br />
amizade que sempre nos dedicou.<br />
Preciso<br />
COLABORADORA<br />
Bar/Buffet do Centro Lusitano de Zurique<br />
Contacto: Tlm. 077 403 72 55<br />
Contacto: Tl. 077 403 72 55<br />
20<br />
ANOS<br />
NA SUÍÇA<br />
Residentes no Estrangeiro<br />
A CAIXA ESTÁ ONDE<br />
ESTÃO OS PORTUGUESES.<br />
20 anos depois, sentimo-nos em casa na Suíça, graças aos<br />
clientes que confiaram em nós, para os acompanharmos<br />
na vida fora de Portugal. Hoje, passadas duas décadas,<br />
temos ainda mais experiência para receber e apoiar todos<br />
os clientes, oferecendo-lhes o conforto de terem um banco<br />
que os conhece desde sempre.<br />
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6 Lusitano de Zurique Comunidades<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
Arminda<br />
Macedo<br />
“o CLZ já teve sem<br />
dúvida muitas<br />
“presidentes””
Junho <strong>2016</strong><br />
Comunidades<br />
Lusitano de Zurique<br />
7<br />
Einsiedeln, foi o nosso ponto de encontro. Arminda Macedo é uma portuguesa,<br />
residente em Zurique e com fortes laços afectivos e profissionais ao C.LZ.<br />
Mulher decidida, com um sorriso rasgado e possuidora, de uma enorme simpatia,<br />
trocou alguns pontos de vista, numa breve cavaqueira comigo.<br />
Vamos então descortinar, a mulher que se esconde por detrás de uma elegância<br />
intuitiva, de quem sabe o seu valor.<br />
Maria dos Santos<br />
C.L. Como te defines, no papel<br />
de mulher e mãe?<br />
Dou o máximo de mim em<br />
cada papel. Acho que sou<br />
uma mulher e mãe dedicada,<br />
compreensiva e carinhosa.<br />
C.L. Do que nunca prescindirias<br />
no teu dia-a-dia?<br />
Da minha família, pois é o pilar<br />
da minha vida.<br />
C.L. A criminalidade tem aumentado,<br />
num gráfico assustador.<br />
Continuas a fazer a<br />
tua vida como antes, ou tomas<br />
precauções no teu dia-<br />
-a-dia?<br />
Não tomo qualquer precaução<br />
adicional de qualquer<br />
maneira hoje em dia todo o<br />
cuidado é pouco.<br />
C.L. Regressar às origens, faz<br />
parte dos teus planos?<br />
Como já passei por essa experiência,<br />
isso já não está<br />
propriamente nos meus planos<br />
a curto prazo. Sinto-me<br />
bem com o estatuto de portuguesa<br />
residente no estrangeiro.<br />
C.L. Einsiedeln é de facto um<br />
lugar especial, para todos.<br />
Que significa para ti desfilar<br />
e dançar a nossa cultura,<br />
nesta cidade de peregrinação?<br />
O Rancho faz muitas saídas<br />
durante o ano, nos mais diversos<br />
lugares e eventos mas<br />
realmente em Einsiedeln é<br />
especial. Para mim tem um<br />
cheirinho à nossa terra natal.<br />
A nossa fé, as grandes<br />
merendas e a alegria que se<br />
sente no ar. Tudo isso faz de<br />
Einsiedeln um evento único.<br />
C.L. Não existe registo de<br />
que o Cento Lusitano tivesse<br />
uma presidente. Gostarias<br />
de ver uma senhora no comando<br />
desta associação?<br />
Adorava. De qualquer forma<br />
como disse a nossa amiga<br />
Susana, por de trás de um<br />
grande homem, há sempre<br />
uma grande mulher... Visto<br />
as coisas dessa maneira, o<br />
CLZ já teve sem dúvida muitas<br />
“presidentes”.<br />
C.L. O Rancho é o teu grande<br />
elo de ligação, ao Centro<br />
Lusitano. Que projecto gostarias<br />
que o vosso grupo realizasse?<br />
Sim, o rancho é o meu elo<br />
de ligação com o CLZ desde<br />
1989, ano em que foi fundado<br />
e ano em que eu comecei a<br />
fazer parte, assim como também<br />
o futebol jovem, onde<br />
o meu filho faz parte desde<br />
da fundação da secção de<br />
juniores. Aí também dou um<br />
ajudinha na administração e<br />
acompanho praticamente todos<br />
os jogos.<br />
Quanto ao projecto que eu<br />
gostaria que se realizasse no<br />
Rancho, acabou de ser concretizado.<br />
Temos um excelente<br />
grupo infantil de que<br />
nos orgulhamos muito.<br />
C.L. O C.L.Z. é um pioneiro<br />
em actividades culturais.<br />
tens na gaveta um projecto<br />
inovador como proposta?<br />
É difícil sugerir algo de novo,<br />
o CLZ já faz mesmo muito,<br />
mas talvez mais actividades<br />
culturais com os sócios, para<br />
manter, ainda mais, os nossos<br />
jovens ligados à nossa<br />
cultura.<br />
C.L. Como consegues conciliar<br />
a vida profissional, familiar<br />
e associativa?<br />
Como diz o ditado, quem<br />
anda por gosto não cansa. É<br />
mesmo assim: adoro a minha<br />
família, gosto muito do meu<br />
trabalho e desfruto dos convívios<br />
que a nossa associação<br />
nos proporciona ao longo do<br />
ano. Claro que isso também<br />
significa trabalho. Mas distribuído<br />
por todos não custa<br />
nada. Por isso, não é assim<br />
tão difícil arranjar tempo<br />
para tudo.<br />
SEGUROS<br />
Doença ( krakenkasse )<br />
210.70 Chf ( adultos / +25 anos )<br />
205.90 Chf ( adultos / 19-25 anos )<br />
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VIDA, JURÍDICO<br />
ACIDENTES<br />
AUTOMÓVEL<br />
POUPANÇA REFORMA, etc...<br />
C.L. Como valorizas o empenho<br />
do actual presidente<br />
Armindo Alves em manter a<br />
cultura portuguesa e suíça,<br />
quase em paralelo?<br />
Acho fantástico. É assim que<br />
tem de ser. Somos portugueses<br />
de origem, mas temos<br />
que nos adaptar o mais possível<br />
ao nosso país de residência.<br />
Todo o esforço é necessário<br />
para nos sentirmos mais<br />
integrados e para podermos<br />
evoluir a nível pessoal e profissional.<br />
“Somos portugueses de origem, mas temos que<br />
nos adaptar o mais possível ao nosso país de residência.<br />
Todo o esforço é necessário para nos<br />
sentirmos mais integrados e para podermos<br />
evoluir a nível pessoal e profissional”<br />
CRÉDITOS DESDE 8,9%<br />
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info@andradefinance.ch
8 Lusitano de Zurique Comunidade<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
25 ° Peregrinação a Einsiedeln<br />
Maria dos Santos<br />
Como já vem sido habitual,<br />
o C.L.Z. tem a seu<br />
cargo as celebrações da<br />
parte cultural de uma das<br />
mais emblemáticas festas<br />
portuguesas.<br />
O céu ameaçou alguma chuva,<br />
mas foram poucas as gotas<br />
que caíram e os festejos,<br />
decorreram sobre uma abóbada<br />
celeste algo cinzenta.<br />
A concentração realizou-se<br />
no passado dia quinze de<br />
Maio em Einsiedeln. A Missa<br />
toda ela em língua portuguesa,<br />
foi presenciada por inúmeros<br />
portugueses.<br />
O Rancho Folclórico de Luzerna,<br />
teve a seu cargo a guarda<br />
do andor de Nossa Senhora<br />
de Fátima, sob o olhar atento<br />
de todos os que são fiéis a<br />
esta concentração religiosa.<br />
O Rancho Folclórico do Centro<br />
Lusitano Zurique, também<br />
desfilou após a missa ter terminado,<br />
desde o Santuário,<br />
até a sala do teatro cultural<br />
desta primorosa cidade.<br />
Aqui o presidente Armindo<br />
Alves com a sua equipa, esperava<br />
todos os convidados<br />
e interessados a assistir a
Junho <strong>2016</strong><br />
Comunidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
9<br />
uma tarde cultural, onde<br />
a dança e a música tomaram<br />
relevância.<br />
O Rancho do C.L.Z. foi o primeiro<br />
em actuar, com o beneficio<br />
de arrancar aplausos e<br />
cânticos, mas foram os mais<br />
pequeninos que conseguiram<br />
enfeitiçar os presentes.<br />
No entanto o grupo de adultos,<br />
soube e muito bem enlevar<br />
o colectivo a uma ovação<br />
merecida.<br />
Para quebrar o ritmo folclórico,<br />
tivemos em palco, Luís<br />
Carlos, que com as suas baladas<br />
e juventude fez o encanto<br />
da platéia.<br />
O Rancho Folclórico de Lucerna<br />
subiu ao palco para expor,<br />
as suas danças de Norte a Sul<br />
de Portugal.<br />
Fantástico com sempre os<br />
seus elementos adultos e<br />
infantis, fizeram um retrato<br />
das nossas raízes folclóricas.<br />
A tarde cultural prosseguiu, e<br />
foi a voz profunda de Carlos<br />
Santos e as suas bailarinas,<br />
que pôs toda a sala em pé-<br />
-de-dança.<br />
Muito divertido, pode este<br />
artista da Comunidade vangloriar-se<br />
pelo conseguido<br />
em palco! Teve como "bailarinas"<br />
especiais, Armindo Alves<br />
e Jorge Martins, que catalogaram<br />
a tarde de quinze de<br />
Maio, como inesquecível.<br />
Ases do Ritmo tiveram o privilégio<br />
de encerar esta edição<br />
do vigésimo quinto aniversário,<br />
com as suas músicas<br />
sempre arrebatadoras de um<br />
pé-de-dança.<br />
Parabéns a quem pôs todo<br />
este espectáculo ao dispor<br />
da comunidade portuguesa e<br />
a quem se deslocou ao município,<br />
para aplaudir mais um<br />
evento do Centro Lusitano de<br />
Zurique.
10 Lusitano de Zurique Comunidade<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
Festa intercultural de Arbon<br />
Sandra Ferreira<br />
Pelo quinto ano<br />
consecutivo as<br />
cores portuguesas<br />
fizeram parte<br />
da septuagésima<br />
festa das Cultuas<br />
em Arbon.<br />
Foi no passado dia 24 de<br />
Maio, que as margens<br />
do lago “Bodensee“ se<br />
encheram de cores e sabores<br />
das varias nacionalidades<br />
existentes na região.<br />
Entre os cerca de 20<br />
países que aqui se fizeram<br />
representar esteve<br />
também Portugal, representado<br />
pela Comissão<br />
de pais de Arbon.<br />
Carlos Almeida, presidente<br />
da comissão de<br />
pais, fala com orgulho<br />
que o leva a participar<br />
nesta festa há já cinco<br />
anos. “Nós inscreve-mo-<br />
-nos pois é uma alegria<br />
divulgar a nossa cultura e<br />
gastronomia“. Apesar da<br />
comunidade portuguesa<br />
não ser muito grande<br />
nesta região, com cerca<br />
de 300 portugueses, foram<br />
muitos aqueles que<br />
aproveitaram a ocasião<br />
para comer uma típica<br />
feijoada e apreciar um<br />
bom bolinho de bacalhau.<br />
“Nos últimos três<br />
anos já passaram por cá<br />
mais de 2500 pessoas“,<br />
afirma Carlos Almeida.<br />
Apesar de todos os anos<br />
a Comissão de pais de<br />
Arbon ter uma especialidade<br />
gastronomia para<br />
apresentar, são os aperitivos<br />
com os pastéis e<br />
os bolinhos de bacalhau<br />
ou os pastéis de nata os<br />
mais procurados e apreciados.<br />
Para representar um<br />
pouco da nossa cultura<br />
estiveram presentes os<br />
bombos „Os Lusitanos“<br />
de Liechtenstein, e mais<br />
tarde o Rancho folclórico<br />
da mesma região.
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Junho <strong>2016</strong><br />
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12 Lusitano de Zurique Comunidade<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
匀 愀 渀 琀 漀 猀<br />
倀 漀 倀 甀 氀 愀 爀 攀 猀<br />
渀 漀 䌀 攀 渀 琀 爀 漀 䰀 甀 猀 椀 琀 愀 渀 漀<br />
匀 섀 䈀 䄀 䐀 伀 Ⰰ ㈀ 㔀 䨀 唀 一 䠀 伀<br />
㘀<br />
䠀 伀 刀 䄀 匀<br />
䴀 䄀 刀 䌀 䠀 䄀 䐀 伀 匀 匀 䄀 一 吀 伀 匀 倀 伀 倀 唀 䰀 䄀 刀 䔀 匀<br />
㠀<br />
䠀 伀 刀 䄀 匀<br />
䘀 䔀 匀 吀 䄀 䐀 䄀 匀 䄀 刀 䐀 䤀 一 䠀 䄀 䄀 匀 匀 䄀 䐀 䄀<br />
吀 爀 猀 猀 愀 爀 搀 椀 渀 栀 愀 猀 Ⰰ 瀀 漀 Ⰰ 戀 愀 琀 愀 琀 愀 猀 攀 挀 愀 氀 搀 漀 瘀 攀 爀 搀 攀<br />
最 爀 愀 琀 甀 椀 琀 漀 瀀 愀 爀 愀 漀 猀 猀 挀 椀 漀 猀 ⸀ 一 漀 猀 挀 椀 漀 猀 Ⰰ 瀀 愀 最 愀 洀<br />
搀 漀 椀 猀 䘀 爀 ⸀ 瀀 漀 爀 猀 愀 爀 搀 椀 渀 栀 愀 ⸀ 伀 挀 愀 氀 搀 漀 瘀 攀 爀 搀 攀 最 爀 琀 椀 猀<br />
一 漀 ǻ 渀 愀 氀 栀 愀 瘀 攀 爀 氀 攀 椀 氀 漀 搀 漀 猀 洀 愀 渀 樀 攀 爀 椀 挀 漀 猀<br />
圀 圀 圀 ⸀ 䌀 䰀 䐀 娀 ⸀ 䌀 䠀
Junho <strong>2016</strong><br />
Cultura<br />
Lusitano de Zurique<br />
13<br />
Teatro AtrapalhArte de Coimbra<br />
na Suíça<br />
A AtrapalhArte partilha desde 2012 a<br />
nobre arte do teatro com instituições<br />
que vão desde escolas a municípios,<br />
de freguesias a festas populares. Desenvolve<br />
actividades teatrais com carácter<br />
lúdico e cultural, fazendo pela<br />
comédia, a abordagem de textos apresentados<br />
como referência no universo<br />
literário actual e destinadas a públicos<br />
de todas as idades.<br />
Todos os seus espectáculos, para além<br />
da sua interactividade e a comédia, têm<br />
como público-alvo os mais novos e as<br />
famílias em geral.<br />
Um pouco de norte a sul de Portugal,<br />
chegamos a perto de 120 000 alunos<br />
por ano lectivo, professores e auxiliares<br />
educativos, o que nos últimos quatro<br />
anos equivale a um universo de 500<br />
000 pessoas. Todas as suas produções<br />
assentam em obras que fazem parte do<br />
Plano Nacional de Leitura (PNL) e que<br />
integram o currículo lectivo dos alunos.<br />
A cada ano que passa veem-se enraizando<br />
cada vez mais no meio escolar,<br />
pois a qualidade tem vindo a aumentar,<br />
uma vez que a exigência a que estão sujeitos<br />
também vai sendo superior. Um<br />
trabalho sério que tem vindo a dar bons<br />
frutos.<br />
Neste momento, e volvidos quatro anos<br />
de existência, querem dar um passo em<br />
frente e evoluir, como é natural!<br />
O desafio a que se propõem, passa pela<br />
apresentação de um espetáculo de teatro,<br />
desta vez, dirigido ao público geral.<br />
Querem ainda, nesta nova fase e etapa<br />
da companhia, contar com um nome<br />
forte do teatro nacional.<br />
Trata-se da peça: " Do céu caiu um Anjinho"<br />
de Fernando Gomes. Uma comédia<br />
musical de enganos, romântica e muito<br />
divertida. Uma paródia à tradicional comédia<br />
à portuguesa.<br />
Com o sentido de se divulgar ainda<br />
mais, a AtrapalhArte trás os seus espectáculos<br />
ate à Suíça, nas duas primeiras<br />
semanas de Setembro. O seu programa<br />
será divulgado na edição do próximo<br />
mês.
14 Lusitano de Zurique Opinião<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
Escravos, do deixa andar quem se<br />
anda a governar…<br />
Sempre que acontece uma desgraça de grandes proporções, verifico que ficamos sempre perplexos,<br />
ou indignados. No caso da perplexidade é um estado de dúvida, de ausência de reacção perante este<br />
impacto com a novidade da tragédia, um sentimento. No caso da indignação é uma forma de acção<br />
à tragédia ou, como acontece muitas vezes, uma forma de manifestação, de revolta, contra os<br />
intervenientes nessa mesma desgraça.<br />
Recordo-me quando foi divulgada a tragédia que aconteceu em França no final de mês de Março, e<br />
depois de conhecer-se os factos, aqui no seio da comunidade, a indignação manifestou-se de forma<br />
Domingos Pereira revoltosa, a qual mereceu a minha atenção. A perplexão de alguns manifestantes de opinião, e a sua<br />
posição de revolta nos meios de comunicação social contra os envolvidos na desgraça posso dizer que<br />
foi tiro no próprio pé.<br />
Foi o caso de proprietários de empresas do ramo de transportes (passageiros e mercadorias) que vieram apelidar os prestadores<br />
de serviços (transportes em carrinhas) “de piratas da estrada, e muitas outras coisas que advém desta actividade. Porem, estes<br />
senhores se esqueceram de referir que a sua actividade, hoje legal, teve as suas origens neste sistema de economia paralela, as<br />
carrinhas.<br />
Portanto, este não é um fenómeno novo, já tem décadas e não só na Suíça. Quem é que nunca os/as viu á porta de casa, nas<br />
estradas, junto ás associações, estações de serviço? E mesmo a concorrência legalizada, nunca as/os viram em serviço? Claro<br />
que sim! Porquê não intervieram, porquê não os denunciam? Porquê tanta demagogia?<br />
Bem, no fundo somos todos culpados que estas e outras coisas aconteçam, porque somo escravos, do deixa andar quem se anda<br />
a governar…<br />
A necessidade<br />
Sabemos que a oferta de transportes adequados, não satisfaz a necessidade dos portugueses na diáspora, seja no local de<br />
onde são provenientes, (aqui não existem) seja onde trabalham, em que muitas vezes são zonas remotas com uma rede de<br />
transportes reduzida. Depois existe o factor comodismo, e o mais importante de todos, o financeiro.<br />
E a TAP (Transportadora Aérea Portuguesa) não é opção para muitas famílias a residir e trabalhar na Suíça. Os preços das passagens<br />
são muitas vezes exorbitantes, para quem deseja visitar até á terra natal. A TAP e seus parceiros, praticam uma política<br />
de especulação de preços das passagens entre a suíça e Portugal, duplicam e muitas vezes triplicam os preços em períodos de<br />
férias escolares e períodos festivos. Porquê?<br />
Porquê a TAP vai laçar a partir do 11 de Junho voos dos Estados Unidos (Boston e Nova Iorque) directos, ao preço de 700 Euros,<br />
e pratica preços elevados dentro da Europa?<br />
Será que não somos todos portugueses? Isto não é novo e, como foi referido em cima, esta necessidade de alguns, se tornou<br />
uma actividade lucrativa para muitos. Como diz o povo, a necessidade aguça o engenho. E quem se lixa é o mexilhão.<br />
Pedido de desculpas<br />
Na edição de Fevereiro da revista Lusitano, no texto - estado das coisas - referi que o Sr. Deputado Carlos Gonçalves tinha<br />
vindo à suíça “(…) para mobilizar a comunidade portuguesa de Genebra a apoiar os seus conterrâneos escritos nas listas do<br />
partido de extrema-direita Suíça deste Cantão. (…).<br />
Desejo aqui e desta forma, repor a verdade assim como, publicamente pedir desculpa aos leitores, ao Senhor deputado<br />
Carlos Gonçalves por esta falsa afirmação. O Sr. Deputado esteve em Genebra, mas não com a pessoa referida. Veio sim,<br />
apoiar e candidatos de um outro partido totalmente distinto ao referido e na região de Lausanne.
Junho <strong>2016</strong><br />
Comunidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
15<br />
XVII festival da A.C.R.P. Wetzikon<br />
Maria dos Santos<br />
Trinta Abril <strong>2016</strong>, foi a data<br />
escolhida para as celebrações<br />
do XVII festival da A.C.R.P.<br />
Wetzikon.<br />
A sala, decorada com um<br />
extraordinário requinte primaveril,<br />
acolheu convidados,<br />
amigos, sócios e familiares,<br />
surpresos por tamanha alegria<br />
folclórica.<br />
Foi por volta das 21 horas que<br />
se deu início ao desfile, com<br />
o rancho vindo de Portugal,<br />
Cantares do Minho. Seguiu-<br />
-se o rancho de Sierre e os<br />
amigos de Locarno. O desfile<br />
terminou com o rancho da<br />
casa.<br />
Os folcloristas de Wetzikon<br />
foram, sem dúvida, os protagonistas<br />
do serão, com<br />
um festival que primou pela<br />
organização e qualidade cultural!<br />
O rancho de Sierre subiu ao<br />
palco com confiança e convictos<br />
da sua prestação, pese<br />
o facto de que, por motivos<br />
diversos, muitos dos seus<br />
elementos não puderam estar<br />
presentes. Brilharam e<br />
encantaram o público, sob o<br />
olhar atento do seu presidente,<br />
Luis Martins!<br />
Por fim, os Amigos de Locarno<br />
preparavam-se para invadir o<br />
palco. Seria um serão marcante<br />
na sua história pois,<br />
após dois anos como aderentes<br />
da F.P.F.E.S, tornar-se-iam<br />
enfim membros efectivos,<br />
numa cerimónia presenciada<br />
pelo presidente da Federação,<br />
Florêncio Carneiro!<br />
As emoções foram muitas<br />
e bem transparentes, para<br />
quem de folclore entende!<br />
Os padrinhos, Rancho de<br />
Wetzikon, tiveram um papel<br />
determinante, bem como a<br />
Federação e o rancho de Sierre,<br />
pois a troca de ideias e<br />
conselhos mútuos definiu o<br />
que é hoje o rancho dos Amigos<br />
de Locarno!<br />
Terminada esta cerimónia,<br />
gratificante em gestos e palavras,<br />
os Amigos de Locarno<br />
recomeçaram a dança com<br />
uma Chula, que os imortalizou<br />
como membros efetivos<br />
da Federação.<br />
Este grupo reluziu alegria,<br />
jóia de viver e de dançar, estando<br />
apto dar continuidade<br />
à nossa cultura popular!<br />
Por último, seria a vez do<br />
grupo Etnográfico de Danças<br />
e Cantares do Minho entrar<br />
em palco. Um aplauso que<br />
encheu a sala, para um grupo<br />
que tem viajado por quase<br />
todo o mundo. Eles que<br />
estiveram presentes nas comemorações<br />
dos 450 anos<br />
da chegada dos Portuguesas<br />
ao Brasil! Este mesmo rancho<br />
está filiado na Federação do<br />
Folclore Português, no Inatel<br />
e na Federação Portuguesa<br />
das Colectividades de Cultura<br />
e Recreio. Os seus trajes, danças<br />
e cantares, iluminaram a<br />
noite e foram, para todos os<br />
presentes, uma honra poderem<br />
dançar o famoso vira<br />
geral, com estes genuínos<br />
dançarinos!<br />
O Palco estava ao completo,<br />
com a presença de quem dá<br />
a cara à cultura portuguesa<br />
e destacamos a pessoa do Sr.<br />
Pinto, bem como o extraordinário<br />
folclorista Engenheiro<br />
Camilo, que transbordava de<br />
alegria!<br />
Os estandartes puseram o<br />
colorido ao enceramento do<br />
festival, para receberem as<br />
lembranças e respectivas fitas.<br />
Eduardo Miranda, num<br />
gesto de gratidão, ofereceu<br />
os Espigueiros. O nosso sincero<br />
obrigado.<br />
Os Mega Show actuaram até<br />
às 2 horas da madrugada,<br />
eles que são o grupo mais<br />
recente da moda, com uma<br />
carreira de apenas alguns<br />
meses. No entanto, arrasam<br />
sempre que actuam, não tendo<br />
sido esta noite diferente!<br />
A simpatia, a postura humilde<br />
e o poder de comunicação<br />
musical fazem deles uns perfeitos<br />
mestres!<br />
Queremos também agradecer<br />
ao Sr. Sergio da Fonseca a<br />
sua presença e apoio, com a<br />
rádio Folclore.<br />
Ao Talho Ramos, na pessoa<br />
do Sr. Manuel Azevedo Ramos,<br />
que tem sido incansável<br />
para com o Rancho de<br />
Wetzikon.<br />
A todos os que tomaram conta<br />
da cozinha: os pratos servidos<br />
estavam um delícia e o<br />
caldo verde a terminar a refeição,<br />
aqueceu a alma de todos,<br />
principalmente dos que<br />
tiveram preguiça em dançar!<br />
Sem excepção, um grande<br />
bem haja a todos, pois sem<br />
vocês nada disto seria realizável!<br />
Em nome do presidente<br />
Paulo Barros, quero agradecer<br />
a todos que foram incansáveis<br />
e me deram apoio.<br />
Em Especial ao Sr. Ramos que<br />
tem sido incansável, para<br />
com o rancho de Wetzikon!<br />
Enfim a Turnhalle da Berufsschule<br />
tem mais uma gratificante<br />
história para contar! A<br />
história que é de todos nós!
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Junho <strong>2016</strong><br />
Saúde<br />
Lusitano de Zurique<br />
17<br />
A criança e seus medos<br />
Zuila Messmer (*)<br />
O medo é um estado emocional<br />
que ativa sinais de alerta<br />
do corpo diante dos perigos.<br />
O medo faz parte da natureza<br />
humana e está presente em<br />
qualquer criança saudável, influenciando<br />
em seu amadurecimento<br />
afetivo.<br />
As figuras como, monstros,<br />
bruxas, fantasmas fazem parte<br />
do imaginário infantil e<br />
são elementos presentes nas<br />
histórias que eles escutam,<br />
nos filmes que assistem e nas<br />
brincadeiras infantis. Esse universo<br />
infantil é fundamental<br />
para estimular sua criatividade,<br />
suas estruturas cognitivas<br />
e ensiná- las a ter medo, a ter<br />
precauções.<br />
As crianças precisam entender<br />
que, ao subir na janela, podem<br />
cair, se pulam na piscina, no<br />
rio, sem saber nadar, correm<br />
riscos, e coisas desse tipo. Esses<br />
são os medos verdadeiros<br />
que precisam até ser ensinados,<br />
pois estão presentes no<br />
cotidiano da criança. Nesse<br />
contexto, o medo é uma atitude<br />
de auto-proteção.<br />
O medo é uma emoção que<br />
apresenta formas diferente<br />
em cada fase da vida infantil.<br />
Até os 18 meses de vida é comum<br />
a criança ter receio de<br />
barulho intenso, luz forte, pessoas<br />
estranhas e de ambientes<br />
novos.<br />
A partir daí, até os 3 anos e<br />
meio surge os pensamentos<br />
assustadores que envolvem<br />
monstros e fantasmas, sentem<br />
medo de mascarados (Papai<br />
noel por exemplo). A imaginação<br />
fértil da criança acaba por<br />
criar o medo de ficarem sozinhas,<br />
passam a querer dormir<br />
com os pais ou com alguém<br />
com quem sintam-se seguros.<br />
Temem ficar na escola e coisa<br />
que estão fora de sua rotina.<br />
Depois dos 6 anos a criança<br />
sente medo de coisas reais - de<br />
ladrão, de violência, de médicos,<br />
dentistas, de acidentes<br />
consigo mesma ou com as pessoas<br />
que ama. Inicia o receio<br />
da morte e os questionamentos<br />
sobre esse tema.<br />
Algumas vezes o medo que<br />
surge nas crianças provém de<br />
receios que existem nos adultos<br />
que dela cuidam (pais,<br />
avós, familiares...), outros se<br />
instalam a partir da falta de<br />
proteção adequada (especialmente<br />
nos primeiros anos<br />
de vida), dos sentimentos de<br />
baixa auto-estima, de desvalorização,<br />
de insegurança e de<br />
rejeição. Nesse último contexto<br />
o tema torna-se bastante<br />
complexo.<br />
Determinadas patologias que<br />
surgem na adolescência e na<br />
vida adulta originam-se da<br />
forma não saudável de lidar<br />
com o medo na infância. Como<br />
exemplo temos: o transtorno<br />
de ansiedade, depressão, fobias<br />
específicas, fobia social,<br />
transtorno de personalidade<br />
e outras mais preocupantes e<br />
complexas.<br />
No decorrer de cada fase, o<br />
que se espera é que a criança<br />
aprenda a dominar seus medos<br />
e não se deixe dominar<br />
por eles. Ajudá-la nessa difícil<br />
tarefa é o papel dos adultos<br />
que as cercam.<br />
Como reagir e ajudar a criança<br />
diante o medo<br />
Nos primeiros anos de vida,<br />
ajude a criança a sentir-se segura.<br />
A presença da mãe, do<br />
pai ou de quem cuida dela é imprescindível.<br />
Quando a criança,<br />
mesmo pequenina, surge com<br />
um medo, procure saber a origem<br />
dessa emoção, jamais ignore.<br />
Ela deve ser ouvida!<br />
A compreensão demonstrada<br />
por alguém que é importante<br />
na vida dela, à ajudará a aprender<br />
a lidar com seus temores. A<br />
criança incompreendida, pode<br />
surgir nela um sentimento que<br />
vai dificultar suas atividades<br />
no seu dia-a-dia, e ai se transformar<br />
em um medo patológico.<br />
Converse com ela para entendê-la.<br />
Ajude a criança a lidar<br />
com o sentimento. Questione<br />
e a estimule a enfrentar o<br />
medo irreal (fantasma...), mas<br />
não gaste tempo demais falando<br />
sobre o assunto para evitar<br />
que fique ansiosa. Fale a verdade<br />
sobre os medos reais (os<br />
medos amigos), a fim de que<br />
ela construa noções de perigo<br />
e saiba que, escadas, piscinas...<br />
representam riscos.<br />
Faça a apresentação formal<br />
das pessoas desconhecidas<br />
para que a criança tenha consciência<br />
que, aquele estranho<br />
tem autorização para se aproximar.<br />
É verdade que nem sempre<br />
isso funciona de imediato,<br />
é preciso ter paciência, dar<br />
tempo a criança para aceitar e<br />
adaptar-se com ela.<br />
Ofereça objetos transicionais<br />
(ursos, bonecas...), eles reduzem<br />
a ansiedade e fazem com<br />
que as crianças se sintam mais<br />
seguras, principalmente quando<br />
estão sozinhas. Na hora de<br />
dormir é importante que os tenham<br />
consigo, ter algo familiar<br />
nesse momento os ajudarão a<br />
enfrentar os temores.<br />
Atenção: Avalie a intensidade<br />
do medo e fique atenta para o<br />
limite da normalidade. Jamais<br />
use o medo da criança como<br />
meio de poder sobre ela ou na<br />
tentativa de mantê-lo comportado.<br />
Os primeiros anos de escola<br />
podem ser difíceis. Se surgir<br />
algum comportamento estranho<br />
ou um medo aparentemente<br />
inexplicável, verifique<br />
o que está acontecendo, converse<br />
com a criança e a professora.<br />
Em tempos de “bulling” é<br />
imprescindível estar presente<br />
na vida escolar de seu filho.<br />
Se à ajuda dos pais, não resolver<br />
o problema do medo na<br />
criança, procure ajuda profissional.<br />
Um psicológico certamente<br />
mostrará o caminho.<br />
(*) Autora escreve em português do Brasil
18 Lusitano de Zurique Comunidade<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
inauguração<br />
Maria José<br />
Lucy Gonçalves tem novo espaço<br />
aberto onde recebe e embeleza as<br />
suas clientes. Fomos visitá-la e falar<br />
com ela no dia da inauguração.<br />
Lusitano de Zurique - Como te sentes<br />
neste espaço tão agradável que<br />
hoje inauguras?<br />
Lucy Gonçalves - Sinto me muito feliz<br />
, sinto que as clientes se sentem<br />
bem quando aqui estão pois este<br />
local é espaçoso e agradável. Senti<br />
necessidade de fazer assim uma<br />
inauguração e mostrar ao público<br />
que realmente eu segui em frente e<br />
que não vou parar. Senti que vai ser<br />
aqui que vou evoluir que vou crescer<br />
neste ramo e o mais importante<br />
é sentir que as pessoas que me<br />
acompanharam e que fazem parte<br />
da minha vida confiam em mim e<br />
no meu trabalho. Estou super-feliz<br />
e vou agarrar este trabalho a 100%.<br />
LZ - Fizeste novas Formações e especializaste-te<br />
em Unhas de Gel,<br />
sentiste essa necessidade?<br />
- Sim senti que tinha que fazer algo<br />
mais e então comecei pelas Unhas<br />
de Gel, obtive o Diploma e isso é<br />
claro, é uma mais-valia para dar a<br />
conhecer o meu trabalho, mas não<br />
paro por aqui, com o tempo quero<br />
fazer mais formações pois o mundo<br />
da estética engloba muita coisa.<br />
LZ - As tuas clientes continuam fies<br />
aos teus serviços?<br />
- Sim fico muito feliz em sentir que<br />
tenho a fidelidade das minhas clientes<br />
desde que comecei a trabalhar<br />
como esteticista, portanto desde<br />
2009. E o meu objectivo é conquistar<br />
ainda mais clientes e dar a conhecer<br />
o meu trabalho.<br />
Venham visitar-me aguardo a vossa<br />
visita.<br />
LZ - Obrigada Lucy o Lusitano deseja–te<br />
as maiores felicidades.
Junho <strong>2016</strong><br />
Comunidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
19<br />
Festa<br />
Solidária<br />
Maria José<br />
Como já nos habituaram<br />
estas Senhoras continuam<br />
a fazer solidariedade gratuita<br />
com o evento organizado<br />
no dia 7 de Maio, que<br />
tem por lema e “Quando<br />
Deus quer e Maria, passa<br />
na frente tudo é possível”.<br />
A nossa fé e maior que<br />
qualquer montanha. É com<br />
muito orgulho que me dirijo<br />
a vocês comunidade<br />
para vos dizer que o objectivo<br />
foi concretizado mais<br />
uma vez com a vossa preciosa<br />
ajuda.<br />
Obrigada ao Grupo Coral<br />
Drei Konig, Vozes do Alentejo,<br />
Rancho do Centro<br />
Lusitano de Zurique, Agrupamento<br />
de Escuteiros de<br />
Zurique, Marco & Bruno<br />
Karaok de Luzerna, Lúcia<br />
Palpita, Ricardo, Joel, Sr.<br />
Saraiva, Sr. Constantino e<br />
a todos os voluntários que<br />
arregaçaram as mangas<br />
e estiveram com as Caminheiras<br />
de Maria em mais<br />
esta acção solidária. O Ruizito<br />
tem mais um mês de<br />
Terapia graças a todos.<br />
Queremos agradecer a todos<br />
os locais onde estiveram<br />
as caixas de recolha<br />
e a quem nos comprou as<br />
rifas e a quem nos ajudou<br />
a vendê-las.<br />
Em nome do Rui e das Caminheiras<br />
de Maria um<br />
muito Obrigada e contamos<br />
com vocês.<br />
Em Outubro regressaremos<br />
com mais uma Acção<br />
Solidária para dar pernas a<br />
quem não as tem. Uma senhora<br />
de 46 anos que ficou<br />
viúva há um ano com três<br />
filhos.<br />
Contamos com a vossa colaboração.<br />
Festa Nacional dos<br />
amigos e militantes<br />
do PCP na Suíça<br />
A 15 de Maio, e pela trigésima<br />
quarta vez, que os comunistas<br />
realizaram este convívio, nas<br />
magnificas paisagens Valeres-<br />
-sous-Rances, onde compareceram<br />
duas centenas de militantes<br />
e amigos do PCP na<br />
Suíça. João Frazão, membro<br />
da comissão política do comité<br />
central veio propositadamente<br />
de Portugal para estar presente<br />
neste dia de confraternização,<br />
onde não pode faltar a musica<br />
e cozinha portuguesa, jogos,<br />
debates.<br />
Sidónio Candeias, membro do<br />
Organismo de Direcção Nacional,<br />
na sua intervenção, referiu<br />
um conjunto de questões,<br />
como, a tributação aplicada<br />
aos pensionistas quando regressam<br />
a Portugal, a perda de<br />
identidade das novas gerações,<br />
o desmantelamento do Ensino<br />
da Língua Portuguesa, as dificuldades<br />
e deficiência nas repartições<br />
públicas na Suíça.<br />
A situação política, social, financeira<br />
em Portugal e na<br />
Europa, foram abordadas por<br />
João Frazão. Salientado que,<br />
“este governo – não é um governo<br />
com três pilares, - é sim,<br />
formado por um só, pelo Partido<br />
Socialista, com um programa,<br />
com um orçamento desse<br />
mesmo partido.” Acrescentando<br />
ainda, “que já foi possível<br />
alcançar um aumento para os<br />
pensionistas e será possível fazer<br />
melhor, o PCP saberá honrar<br />
a confiança que o povo e os<br />
trabalhadores nele depositaram.”<br />
João Frazão apelou ainda<br />
á participação na festa do<br />
Avante (que se realiza a 2,3,4<br />
de Setembro), á participação<br />
no trabalho unitário realizado<br />
nas associações, á participação<br />
cívica e á militância no PCP.<br />
Durante a tarde, o membro do<br />
Comité Central do PCP, reuniu-<br />
-se com os membros do Conselho<br />
das Comunidades Portuguesas<br />
(CCP). Tendo ainda no<br />
dia anterior passado por Zurique,<br />
nas instalações da Radio<br />
Lora (Espaço Português), visitou<br />
a Associação Portuguesa<br />
de Zurique, Centro Lusitano de<br />
Zurique, nos quais teve um contacto<br />
próximo com os trabalhadores<br />
portugueses.
20 Lusitano de Zurique Actualidade<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
Em Tempos de Poder Difuso<br />
Carlos Ademar (*)<br />
mcademar@gmail.com<br />
Talvez não valha a pena perder muito<br />
tempo com o passado. Digo sempre isto,<br />
mas regresso sempre à História. Na verdade,<br />
eu acredito que ela só tem préstimo<br />
para melhor percebermos o presente<br />
e acautelarmos o futuro. Não é pouco,<br />
mas nada de novo. Sabemos, de saber<br />
feito, que o passado não pode ser removido.<br />
O que está feito, feito está. Se mal<br />
ou bem, colhemos as consequências em<br />
conformidade. Resta-nos conhecê-lo o<br />
melhor possível e ter a inteligência para<br />
aprender com ele. Certo das vantagens<br />
desta serventia, permito-me abordar<br />
brevemente, à luz da História, a preocupação<br />
crescente com os dias de indefinição<br />
que correm e o futuro imediato, que<br />
ameaça ser aziago.<br />
Tudo pesado, comparando essa realidade<br />
com a actual, com algum exagero e não<br />
isento de salpicos de ironia, podemos até<br />
dizer que éramos felizes e não sabíamos.<br />
Hoje o poder no mundo é difuso. Ninguém<br />
pode dizer que sabe quem manda verdadeiramente.<br />
Hoje os maiores países bem<br />
podem tentar dar ordens a certos grupos<br />
violentíssimos, que semeiam o ódio e a<br />
morte por esse mundo e nada acontece<br />
a não ser o alargar do espectro do ódio e<br />
da morte, por vezes mesmo nesses países<br />
que tinham a aura de intocáveis, de imperadores<br />
venerados.<br />
da no charco, turvando de tal forma as<br />
águas até aí claras do capital, que nunca<br />
mais este se recompôs a não ser quando<br />
se deu a queda do Muro de Berlim e o desmoronamento<br />
da URSS. Com a esquerda<br />
a organizar-se em torno dos sindicatos,<br />
que cresciam, e dos partidos que se multiplicavam<br />
- primeiro comunistas, depois<br />
socialistas de cariz pluralista e social-democratas<br />
-, a exploração capitalista continuou,<br />
claro, mas gradualmente foram<br />
introduzidas regras que em muito beneficiaram<br />
os trabalhadores do Ocidente. Esta<br />
tendência teve evidente crescimento no<br />
pós-2ª Guerra Mundial, quando o comunismo<br />
saiu reforçado, principalmente nos<br />
países que haviam sido ocupados pelos<br />
nazis. Por parte do patronato e do poder<br />
político tradicional havia o receio de que,<br />
ao não cederem nos direitos e nos salários,<br />
os partidos comunistas do Ocidente<br />
crescessem ao ponto de poderem vir a<br />
integrar governos, em países onde o domínio<br />
dos EUA era forte, em muitos casos<br />
incontestado. Com isso ganhou o operariado,<br />
que, podemos dizer, nos anos 70 ou<br />
80, em países avançados como a França<br />
e a Alemanha Federal, eram já considerados<br />
pequeno-burgueses, integrantes de<br />
uma classe média baixa, estatuto social a<br />
que nunca puderam almejar – não sendo<br />
sequer expectável umas décadas antes.<br />
Há uns anos sentíamos um certo equilíbrio<br />
no mundo. Sabíamos ou antevíamos<br />
de onde vinha o poder. De onde emanavam<br />
as grandes directrizes orientadoras<br />
do concerto ou desconcerto das nações.<br />
Havia a confrontação de blocos que se<br />
reflectia pelos vários continentes de<br />
forma quase sempre sangrenta, muitas<br />
vezes bárbara, mas entre os dois líderes<br />
dos dois blocos, além dos períodos<br />
de maior agressividade verbal, arrufos<br />
de quem sabia que jamais poderia partir<br />
para o confronto directo, imperava a<br />
era da «coexistência pacífica.» Os EUA ou<br />
a URSS falavam e algo se alterava num<br />
qualquer ponto do mundo. Podíamos não<br />
gostar, porque nos sentíamos menorizados,<br />
mas se algum destes países impunha<br />
uma acção ou omissão na sua esfera de<br />
influência, a ordem era invariavelmente<br />
cumprida.<br />
Na verdade, com o desenvolvimento da<br />
Revolução Industrial e a inerente exploração<br />
desenfreada da mão-de-obra<br />
operária, não tardou que surgisse quem<br />
com isso se preocupasse. Em meados do<br />
século XIX, surgiu o Manifesto do Partido<br />
Comunista que representou uma pedra-<br />
Quando o muro de Berlim foi derrubado<br />
e se desintegrou o bloco de Leste, a ideia<br />
de esquerda abanou e ressentiu-se. Mesmo<br />
a esquerda que não se identificava<br />
com a URSS se retraiu. A direita, finalmente,<br />
via as águas clarear e não perdeu<br />
tempo, ocupando o espaço deixado livre.<br />
Daí ao retrocesso civilizacional foi um<br />
salto curto. A esquerda europeia que ao<br />
longo dos anos foi alternando no poder<br />
com uma direita democrata-cristã, parece<br />
ter perdido o rumo. Mesmo esta direita<br />
tradicional perdeu o pendor humanista<br />
que a caracterizava, mostrando as garras<br />
que até ali, por estratégia, se mantiveram<br />
quase sempre recolhidas. Os cuidados<br />
necessários para evitar o engrossar das<br />
fileiras comunistas haviam perdido o significado.<br />
O adversário de sempre parecia<br />
ter desaparecido.<br />
As grandes empresas e as multinacionais,<br />
que sempre alinharam nesta estratégia,<br />
sentiram que era tempo de recuperarem<br />
o investimento feito ao longo de décadas,<br />
daí terem tomado conta da regulação do<br />
comércio mundial, que levou à globalização<br />
selvagem em que vivemos. Em poucos<br />
anos puseram em concorrência directa<br />
o operariado do Ocidente, cuja luta de<br />
séculos o levou a atingir um patamar de<br />
dignidade no trabalho, com o operariado<br />
asiático, por exemplo, que de uma forma<br />
geral continua a desconhecer conceitos
Junho <strong>2016</strong><br />
Actualidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
21<br />
como horários, segurança social e no trabalho,<br />
férias, salários condignos, etc.. O<br />
resultado é conhecido: a deslocalização<br />
maciça das unidades fabris para esses<br />
paraísos do capitalismo selvagem, onde<br />
as multinacionais, com um sorriso rasgado,<br />
foram encontrar as condições que<br />
existiam na Europa nos alvores da Revolução<br />
Industrial. Acresce a vantagem de<br />
poderem colocar, sem grandes entraves,<br />
os produtos no Ocidente, onde se encontram<br />
os maiores índices de poder de compra,<br />
a preços quase iguais aos praticados<br />
quando os custos de produção eram os<br />
impostos por um quadro laboral de dignidade<br />
para os trabalhadores e para a sociedade<br />
que os alberga.<br />
E tudo isto é permitido porque o poder<br />
político está perfeitamente conluiado<br />
com o poder económico e financeiro. Sim,<br />
medi a palavra conluiado. É disso que se<br />
trata, porque não acredito em almoços<br />
grátis. O poder político cedeu às exigências<br />
do poder económico e este compensa,<br />
não os povos, não os trabalhadores<br />
que ficaram no desemprego, não os países<br />
que viram as suas economias ruírem,<br />
mas, claro, a classe política que tudo permitiu<br />
à troca de apoios para se tentarem<br />
perpetuar no poder, regalias pessoais ou<br />
para os grupos/partidos a que pertencem,<br />
num desprezo total e absoluto pelos<br />
seus povos, que, cegos por uma comunicação<br />
social que embriaga ao cumprir os<br />
ditames dos grupos económicos a que<br />
pertence, continuam cantando e rindo e<br />
votando em quem tanto os prejudicou e<br />
prejudica.<br />
Afinal quem manda? Poucos saberão responder<br />
com propriedade. Os povos não<br />
são senhores dos seus destinos porque<br />
entre Estrasburgo, Bruxelas, Berlim, Davos<br />
ou, talvez Genebra, onde se situa a<br />
sede da Organização Mundial do Comércio,<br />
alguém há-de estar a tratar do nosso<br />
futuro. E nós deixamos, pelo que o nosso<br />
futuro, no mínimo, será algo frio e sem<br />
graça, enquanto o deles, se tudo continuar<br />
como até aqui, será risonho, com o<br />
sol ameno e a aragem da ventura de feição.<br />
É curioso verificar uma polarização do<br />
espectro partidário, com o evidente apagamento<br />
dos partidos colocados mais ao<br />
centro, aqueles que mantiveram o equilíbrio<br />
e foram capazes de criar riqueza<br />
sem deixar de olhar pelos direitos dos<br />
trabalhadores. Foi este «centrão», mais<br />
à esquerda ou mais à direita, que criou a<br />
CEE, uma verdadeira revolução social na<br />
Europa, capaz de estacar uma torrente<br />
secular de guerras no continente e elevar<br />
os padrões de vida dos seus cidadãos.<br />
Hoje chama-se União Europeia, mas também<br />
ela está em crise, talvez mesmo e<br />
não por acaso, em vias de extinção. Enquanto<br />
isto, emergem as tais franjas<br />
mais extremistas de um e do outro lado,<br />
com mais evidência para os movimentos<br />
da extrema-direita, dadas as posturas e<br />
discursos ameaçadores que exibem, que<br />
julgávamos perdidos num qualquer fio da<br />
malha da História.<br />
Recuando a esses fios, a essa malha, a esses<br />
tempos e esses discursos, bem como<br />
ao que os sustentavam, conclui-se que<br />
nos trouxeram a miséria, a ignomínia face<br />
ao que homens foram capazes de fazer a<br />
outros homens, além dos muitos milhões<br />
de mortos entre militares e civis. Um traço<br />
grosso e bem negro na História da Humanidade.<br />
O que então aconteceu foi um<br />
verdadeiro trauma para todos os homens<br />
de bem, trauma que devia ainda estar<br />
bem dentro do prazo de validade, face ao<br />
impacto que causou. Lamentavelmente,<br />
pelo alarido com que se fazem ouvir<br />
certas vozes e tão poucas a denunciá-las,<br />
parece que esse prazo se finou. Parece<br />
que esse trauma foi varrido dos espíritos;<br />
parece faltar capacidade para espicaçar<br />
as consciências. Talvez falte História a<br />
muita dessa gente, de um lado e do outro,<br />
para que a notícia se espalhe, para<br />
que o despertar das consciências se dê<br />
e se multiplique. Para que esses tempos<br />
não possam voltar; para que os homens e<br />
as mulheres de hoje possam dizer a quem<br />
faz esses discursos que este não é o seu<br />
tempo, que eles pertencem ao passado, a<br />
um passado a que não queremos regressar.<br />
Porém, não podemos assobiar para o<br />
lado quando os ouvimos, porque nenhum<br />
homem de bem pode dizer: «Não sou judeu,<br />
comunista, preto, cigano, mexicano,<br />
sírio, isto não é comigo.» Qualquer discurso<br />
xenófobo ou racista tem de provocar<br />
algum tipo de desconforto a um homem<br />
de bem. Eles, os que os fazem e os<br />
que os sofrem, por razões diferentes têm<br />
de sentir que não estão sozinhos.<br />
Em termos da política que procura resolver<br />
os problemas, é tempo de as esquerdas<br />
se unirem. Ainda que não pensem o<br />
mesmo em todos os aspectos, é preciso<br />
que procurem o que as une e apostem<br />
nisso. Só assim parece possível inverter<br />
esta cavalgada desenfreada do capitalismo<br />
selvagem, que jamais parará se não<br />
for obrigado a fazê-lo. Por isso desejo<br />
que a experiência que está a dar frutos<br />
em Portugal continue, se cimente, progrida;<br />
que os líderes dos vários partidos<br />
que integram a coligação tenham a inteligência<br />
para vencer as dificuldades que<br />
serão inúmeras, pensando apenas no que<br />
tem de os manter unidos: o afastamento<br />
do poder da extrema-direita que nos<br />
governou durante quatro anos, com os<br />
custos de todos conhecidos. Que a experiência<br />
portuguesa possa servir de exemplo<br />
a outros países que se debatem com<br />
dificuldades semelhantes e que alastre.<br />
Pode passar por aqui a solução. Unir as<br />
esquerdas tradicionalmente desavindas<br />
em nome de um bem maior: a defesa das<br />
conquistas civilizacionais que tanto sofrimento<br />
e morte causaram - se tivermos<br />
em linha de conta tudo quanto foi feito<br />
desde as primeiras reacções operárias à<br />
exploração desumana introduzida pela<br />
Revolução Industrial.<br />
(*) Mestre em História Contemporânea,<br />
escritor e professor na Escola<br />
da Polícia Judiciária
22 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
https://www.facebook.com/transportes.fernandes<br />
https://www.facebook.com/transportes.fernandes
Junho <strong>2016</strong><br />
Desporto<br />
Lusitano de Zurique<br />
23<br />
Texto e imagem de<br />
JO SOARES<br />
Os Quinas de Zurique<br />
Paulo Ferreira<br />
Lusitano de Zurique - Apresente-se!<br />
Paulo Ferreira - Sou Paulo Ferreira, o presidente<br />
do Grupo desportivo Quinas ZH<br />
LZ - Paulo, como nasceu o Quinas?<br />
- O Quinas nasceu com uma iniciativa de<br />
um grupo de amigos que se juntavam ao<br />
domingo de manhã para jogar à bola e conviver,<br />
mas o grupo quis mais e assim a 15<br />
de Março de 2010 formamos o GD Quinas.<br />
LZ - Fale-nos um pouco do GD Quinas actualmente…<br />
- O Quinas actualmente entra em torneios<br />
de futsal e futebol de 7 desde há cinco<br />
anos. Temos conseguido bons lugares<br />
mas ainda não conseguimos ganhar, mas<br />
estámos a trabalhar para isso e fazemos<br />
convívio entre o grupo porque é constituído<br />
por família e amigos.<br />
LZ - Como surgiu esta iniciativa de festejar<br />
o dia da mãe?<br />
- A iniciativa surgiu há pouco tempo e ainda<br />
bem, porque é uma maneira de agradecer<br />
às mães por todo o trabalho e ajuda em<br />
todas as iniciativas que nos têm dado.<br />
LZ - O Quinas comemoram estas datas especiais?<br />
- Comemoramos o dia da mãe e fazemos<br />
um churrasco entre o grupo no final de<br />
Junho, início de Julho. Iremos começar a<br />
comemorar de maneira especial o nosso<br />
aniversário de fundação.<br />
LZ - Que mensagem deixa a quem apelidou<br />
ser da “família” Quinas?<br />
- A mensagem que deixo é que o grupo<br />
tem crescido cada vez mais e espero que<br />
assim continue a crescer ainda mais, mas<br />
sempre com os pés bem assentes no chão<br />
e com cabeça. Além de crescer, o objectivo<br />
prioritário do grupo são os torneios.<br />
Miguel Pereira “Bispo”<br />
Lusitano Zurique - Miguel, como surgiu a<br />
sua ligação ao Quinas?<br />
- A minha ligação surgiu com um convite do<br />
presidente Paulo Ferreira para me juntar à<br />
equipa técnica como treinador-adjunto.<br />
LZ- Como começou a sua função de treinador<br />
principal no Quinas?<br />
Passado uns tempos o treinador desistiu<br />
por motivos profissionais, aí assumiu<br />
o comando técnico juntamente<br />
com o outro treinador-adjunto.<br />
LZ - Há quanto tempo assumiu o cargo?<br />
- Estámos em Maio... assumi mais ou menos<br />
há sete a oito meses.<br />
LZ - Que avaliação faz do Quinas?<br />
- O Quinas apesar de ser um grupo pequeno<br />
tem uma boa estrutura, aplicada e trabalhadora<br />
para que tudo corra pelo melhor<br />
no dia-a-dia.<br />
LZ - Que avaliação desportiva faz?<br />
- A nível desportivo para ser um clube que<br />
poucos jogadores têm formação e poucos<br />
jogaram federados, é um bom clube com<br />
jogadores empenhados e esforçados, com<br />
treino à Quarta e Domingo fazem sempre<br />
questão de estar presentes.<br />
LZ - Que mensagem deixa aos seus jogadores<br />
e à família Quinas?<br />
- Aos meus jogadores espero que este ano<br />
corra melhor que o ano passado, fomos<br />
às finais mas não conseguimos ganhar,<br />
mas os troféus futuramente irão aparecer.<br />
Já a família Quinas espero que o grupo continue<br />
unido e a ser nos próprios trabalhando<br />
para o grupo crescer, pois somos uma família<br />
unida a remar todos para o mesmo lado.<br />
CALENDÁRIO<br />
DESPORTIVO<br />
Quinta 17.06.<strong>2016</strong><br />
20:15 FC Volketswil - Centro<br />
Lusitano Zurich (Veteranos)<br />
Sábado 18.06.<strong>2016</strong><br />
13:00 Centro Lusitano Zurich a -<br />
FC Altstetten ZH A (Juniores C1)<br />
13:30 Centro Lusitano Zurich A -<br />
FC Adliswil C (Juniores E1)<br />
14:30 Centro Lusitano Zurich B -<br />
FC Schlieren D (Juniores E2)<br />
16:00 Centro Lusitano Zurich - FC<br />
Einsiedeln B (Juniores B Masculino)<br />
Domingo 19.05.<strong>2016</strong><br />
12:00 FC Mezopotamya 1 - Centro<br />
Lusitano Zurich 1 (Seniores)<br />
14:00 Centro Lusitano Zurich -<br />
FFC Südost Zürich (Juniores A<br />
Feminino)<br />
16:00 Centro Lusitano Zurich - FC<br />
Galatasaray (Juniores A Masculino)
24 Lusitano de Zurique Recantos helvéticos<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
Lago subterrâneo<br />
de St. Leonard<br />
Maria dos Santos<br />
O destino, desta vez,<br />
levou-me até ao Valais!<br />
A paisagem ainda meia<br />
invernal, com alguma<br />
neve que encobria as<br />
belas montanhas que<br />
avistava, não me intimidaram!<br />
A temperatura e o sol<br />
prometiam um dia perfeito,<br />
para as visitas<br />
que se tinha delineado.<br />
Em primeiro lugar,<br />
deliciei-me com o Lago<br />
de St. Leonard. Parei<br />
no parque, ainda vazio<br />
e dirigi-me ao maior<br />
lago subterrâneo da<br />
europa, onde me deleitei<br />
com uma atmosfera<br />
romântica e de impressionantes<br />
detalhes, um<br />
recanto escondido pela<br />
água durante biliões de<br />
anos!<br />
O guia que nos acompanhava<br />
no barco teve<br />
a delicadeza e a amabilidade<br />
de nos deixar<br />
ouvir o cântico do silêncio,<br />
nos 300 metros que<br />
percorremos, na visita<br />
ao lago!<br />
Na água límpida avistava-se<br />
alguns peixes<br />
que, sem medo, se<br />
aproximavam, nadando<br />
elegantemente! O reflexo<br />
das luzes empregadas<br />
nas rochas sobre<br />
o lago, levaram os<br />
visitantes a um inspiro<br />
profundo.<br />
Faltam as palavras para<br />
descrever a imensidão<br />
desta beleza natural.<br />
A acústica deste<br />
lago subterrâneo é tão<br />
especial, que fazem regularmente<br />
concertos,<br />
onde os barcos levam<br />
os artistas e o público<br />
a uma sintonia perfeita<br />
entre o Homem e a Natureza.<br />
Fantástico, único<br />
e indescriível!<br />
De regresso à * terra*,<br />
trocam-se as botas,<br />
sendo próximo destino<br />
Botyre. Encontro um<br />
estacionamento mesmo<br />
em frente a um museu!<br />
Se eu lhes disser<br />
que existe um museu<br />
que conta a história dos<br />
vários canais de água,<br />
vocês acreditam?<br />
Como esta região da<br />
Suiça é a mais quente,<br />
os nossos antepassado<br />
tiveram a necessidade<br />
de construir muitos canais<br />
que serviam e servem<br />
ainda, não só para<br />
a regas, mas também<br />
para fornecer água aos<br />
seus habitantes!<br />
Depois de atravessar<br />
uma gruta, eis uma vista<br />
extraordinária sobre<br />
o Rhône e a cidade de<br />
Sion, majestosa nos<br />
confins dos Alpes, com<br />
as suas imensas vinhas,<br />
que resplandeciam sob<br />
um céu azul e um intenso<br />
sol!<br />
Absorta em toda esta<br />
beleza mas não querendo<br />
que o tempo voe<br />
depressa demais, dirijo-me<br />
com o Post- Auto<br />
à conquista do segundo<br />
canal de água, Lentine!<br />
Encontro-me a 776<br />
metros e as águas deslizam<br />
sobre as pedras,<br />
o alumínio ou a terra,<br />
num percurso de 4 Km.<br />
Este canal foi construido<br />
em 1862 pela comuna<br />
de Sion e o percurso<br />
convida a uma paragem<br />
para uma boa merenda.<br />
O cheiro da mãe<br />
natureza, as vinhas e a<br />
água a correr são o quadro<br />
perfeito para repôr<br />
energias. Surge-me o<br />
pensamento que não<br />
existe nada mais belo<br />
do que a possibilidade<br />
do que, simplesmente,<br />
viver. Saboreando<br />
a vida de uma forma<br />
saudável, com amor<br />
próprio e gratidão pela<br />
possibilidade de cada<br />
dia.<br />
Se gosta de passeios ao<br />
ar livre, reserve 3 horas<br />
para o canal de Clavau e<br />
2 horas para o de Lentine.<br />
Acredite que merece<br />
todos os minutos.<br />
Regresso ao ponto de<br />
partida, para poder finalizar<br />
o meu dia com<br />
a visita ao museu, para<br />
saber um pouco mais<br />
sobre os canais! Ali,<br />
encontro-me com o<br />
árduo trabalho que foi<br />
feito, sem a tecnologia<br />
atual. Um trabalho<br />
bem feito, que perdura<br />
até aos dias de hoje. É<br />
interessante verificar<br />
que somos muitos os<br />
que por ali se passeiam,<br />
num hino de respeito a<br />
quem construiu estes<br />
canais, característicos<br />
da história do Valais.
Junho <strong>2016</strong><br />
Actualidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
25<br />
D.R.<br />
Fisco já não pode vender casas de família<br />
A nova lei que protege a casa de morada de família de processos de execução fiscal entrou<br />
em vigor na última semana de Maio, evitando ainda despejos de imóveis cuja execução<br />
está já em curso.<br />
Lusa<br />
“As alterações introduzidas pela presente lei têm aplicação<br />
imediata em todos os processos de execução fiscal que se<br />
encontrem pendentes à data da sua entrada em vigor”, lê-se<br />
na Lei publicada ontem em Diário da república e que altera o<br />
Código de Procedimento e de Processo Tributário e a Lei Geral<br />
Tributária.<br />
O diploma – que não trava a execução da habitação por parte<br />
dos bancos – permite à Autoridade Tributária e Aduaneira<br />
(AT) penhorar uma habitação própria a permanente do devedor,<br />
mas o Estado fica impedido de proceder à sua venda,<br />
podendo os devedores permanecer na habitação enquanto a<br />
dívida permanecer.<br />
A partir de 24 de Maio, vai ser protegida a habitação própria<br />
e permanente até 574 mil euros de valor patrimonial, ficando<br />
apenas de fora os imóveis aos quais se aplica a taxa máxima<br />
do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de<br />
Imóveis (IMT).<br />
“Não há lugar à realização da venda de imóvel destinado exclusivamente<br />
a habitação própria e permanente do devedor<br />
ou do seu agregado familiar, quando o mesmo esteja efectivamente<br />
afecto a esse fim”, determina o diploma, ressalvando<br />
que esta proibição não se aplica “aos imóveis cujo valor tributável<br />
se enquadre, no momento da penhora, na taxa máxima<br />
(…) em sede de imposto sobre as transmissões onerosas de<br />
imóveis”.<br />
Estando protegida a habitação própria e permanente, o Fisco<br />
só pode executar a dívida do contribuinte através de outros<br />
bens do devedor, seguindo uma ordem estabelecida na própria<br />
lei para o pagamento da divida fiscal e que, quando chega<br />
aos imóveis, já passou pela penhora de salários, depósitos<br />
bancários, créditos e penhora de outros bens.<br />
O PS, Bloco de Esquerda, PCP, PEV e PAN aprovaram no início<br />
de Janeiro vários diplomas sobre processos de execução fiscal<br />
apresentados pelas bancadas socialista, do Bloco de Esquerda<br />
e do PCP, que tiveram os votos contra do PSD e do CDS-PP.<br />
A protecção da casa de família no âmbito de processos de execução<br />
fiscal foi um dos temas abordados nos programas eleitorais<br />
do PS, Bloco de Esquerda e do PCP.
26 Lusitano de Zurique Língua Portuguesa<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
Marcelo Rebelo de Sousa e o Acordo<br />
Ortográfico de 1990<br />
Francisco Miguel Valada (*)<br />
Há algumas semanas, soube<br />
que Marcelo Rebelo de Sousa,<br />
pouco depois de ter tomado<br />
posse como Presidente da<br />
República, decidira reabrir o<br />
debate sobre o Acordo Ortográfico<br />
de 1990 (doravante,<br />
AO90). De facto, a confirmar-<br />
-se tal informação, tratar-se-<br />
-ia de atitude, além de merecedora<br />
de várias ovações de<br />
pé, em absoluta harmonia<br />
com um episódio que não<br />
passara despercebido a quem<br />
sobre esta matéria se tem<br />
debruçado e pronunciado durante<br />
os últimos anos: dias<br />
antes da tomada de posse,<br />
em artigo publicado no Expresso,<br />
Rebelo de Sousa não<br />
adoptara o AO90. Entretanto,<br />
durante os últimos dias, notícias<br />
na comunicação social<br />
têm confirmado essa vontade<br />
de o Presidente da República<br />
reavaliar o ponto da situação<br />
ortográfica.<br />
Contudo, neste contexto,<br />
“reabrir o debate” não será a<br />
opção mais feliz, pois existe<br />
um prefixo a mais. Salvo<br />
iniciativas pontuais (uns colóquios<br />
aqui, umas audições<br />
ali, umas audiências acolá), o<br />
debate sobre o AO90 nunca<br />
foi aberto, por isso, é um erro<br />
mencionar-se uma reabertura.<br />
Aquilo que houve foi uma imposição.<br />
Aliás, a consequência<br />
imediata da escassez de<br />
sessões de esclarecimento e<br />
da abundância de propaganda<br />
é uma maior permeabilidade<br />
de leitores de português<br />
europeu em relação a<br />
opiniões, digamos, peculiares.<br />
Por exemplo, há quem<br />
afirme publicamente que «se<br />
disser Egito escreve sem ‘p’,<br />
mas se disser Egipto escreve<br />
com ‘p’» ([i])»; há quem divulgue<br />
a ideia de a “dupla grafia”<br />
ser “recorrente na história da<br />
língua portuguesa” e apresente<br />
exemplos tão sui generis<br />
como “regime”/“regímen”,<br />
“areia”/“arena”,<br />
“imprimido”/“impresso” ou<br />
“olho”/“óculo” ([ii]); há igualmente<br />
quem escreva “agora<br />
‘facto’ é igual a fato (de<br />
roupa)” ([iii]). Convém ter<br />
bastante cautela com estas<br />
opiniões e só um debate esclarecedor<br />
dará a possibilidade<br />
de explicar o que está em<br />
causa — além de permitir aos<br />
autores destas opiniões virem<br />
a terreiro defender-se ou<br />
retractar-se.<br />
Convém igualmente que haja,<br />
por fim, um órgão de soberania<br />
a pôr os pontos nos ii<br />
em relação a esta matéria<br />
e a tomar uma atitude responsável,<br />
sendo muito provavelmente<br />
o Presidente da<br />
República o mais indicado,<br />
porque se sente obrigado a<br />
praticar algo que não prega,<br />
isto é, adopta uma grafia para<br />
inglês ver. Depois da confidência<br />
de Cavaco Silva (com<br />
a agravante de ter culpas no<br />
cartório) – «Todos os meus<br />
discursos saem com o acordo<br />
ortográfico mas eu, quando<br />
estou a escrever em casa,<br />
tenho alguma dificuldade e<br />
mantenho aquilo que aprendi<br />
na escola» ([iv]) temos agora<br />
Rebelo de Sousa a afirmar: “o<br />
Presidente da República, nos<br />
documentos oficiais, tem de<br />
seguir o Acordo Ortográfico.<br />
Mas o cidadão Marcelo Rebelo<br />
de Sousa escrevia tal como<br />
escrevem os moçambicanos,<br />
que não é de acordo com o<br />
Acordo Ortográfico” ([v]).<br />
Na peça da RTP ([vi]), é perceptível<br />
que esta afirmação<br />
de Rebelo de Sousa provocou<br />
o riso de um dos interlocutores.<br />
Não percebi a piada. Isto<br />
é, o riso foi perceptível, mas a<br />
piada não foi: porque existe<br />
uma relação entre perceptível<br />
e perceber, porque perceptível<br />
é aquilo que pode ser percebido<br />
e percebido é o que se<br />
percebeu e perceber é ter a<br />
percepção (de algo). O mesmo<br />
acontece com o que pode ser<br />
recebido, pois pode receber-<br />
-se e receber é dar recepção.<br />
O mesmo acontece com concebido,<br />
conceber e concepção.<br />
Por isso existe aquele ‘p’,<br />
de -pç-, em concepção, per-
Junho <strong>2016</strong><br />
Actualidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
27<br />
cepção e recepção ([vii]). Por<br />
isso e não só: também permite<br />
que se evite a vulgarização<br />
de desastres, como a recente<br />
tradução portuguesa «a recessão<br />
de luz sobre os painéis<br />
solares» do original francês<br />
«la réception de la lumière sur<br />
les panneaux solaires» ([viii]).<br />
Vindo ‘perceptível’ a talhe de<br />
foice, recorde-se que, com<br />
o AO90, no Brasil, a grafia<br />
de ‘perceptível’ mantém-se<br />
‘perceptível’. Contudo, com o<br />
AO90, em Portugal, a grafia<br />
de ‘perceptível’ passa a ‘percetível’.<br />
Há quem lhe chame<br />
“unificação ortográfica” ([ix])<br />
ou “ortografia comum” ([x]).<br />
Como é sabido, a Assembleia<br />
da República não tem percebido<br />
– ou não tem querido perceber:<br />
nesta matéria, como<br />
noutras, a doutrina diverge –<br />
nem as provas apresentadas<br />
sobre quer a supremacia dos<br />
defeitos do AO90 em relação<br />
às suas hipotéticas virtudes,<br />
quer as gritantes diferenças<br />
entre a quimera de um acordo<br />
ortográfico em abstracto<br />
______________________________<br />
([i]) Público, 17/11/2011<br />
(http://bit.ly/1SVsgAi).<br />
([ii]) Público, 7/1/2010<br />
(http://bit.ly/1Nn88GU) e 15/7/2005<br />
(http://bit.ly/1WfTep8).<br />
([iii]) Sol, 10/2/2012<br />
(http://bit.ly/1WhnNLg).<br />
([iv]) Agência Lusa, 22/6/<strong>2016</strong><br />
(http://bit.ly/1NmtyUs).<br />
([v]) Agência Lusa, 4/5/<strong>2016</strong><br />
(http://bit.ly/23wDnBl).<br />
([vi]) RTP, 3/5/<strong>2016</strong><br />
(http://bit.ly/1OhEz4x)<br />
([vii]) Verifique-se o quadro<br />
e o desastre AO90 em concreto,<br />
nem que os seus actos<br />
e omissões em relação a esta<br />
matéria podem ser apresentados<br />
como um excelente<br />
exemplo de assimetria entre<br />
a vontade do eleitor e a atitude<br />
do eleito.<br />
O Governo, pela voz do primeiro-ministro,<br />
não toma<br />
“a iniciativa de desfazer o<br />
acordo ortográfico” ([xi]) e,<br />
garante o ministro dos Negócios<br />
Estrangeiros, “aguarda<br />
serenamente” a ratificação<br />
do acordo ortográfico pelos<br />
restantes membros da CPLP.<br />
Isto é, “aguarda serenamente”<br />
que outros tomem iniciativas,<br />
em vez de se preocupar<br />
com as vítimas portuguesas<br />
que o desastre vai produzindo.<br />
Como, por exemplo, no<br />
Diário da República da passada<br />
quarta-feira, com o Instituto<br />
Superior de Ciências Sociais<br />
e Políticas, da Universidade<br />
de Lisboa, a determinar<br />
o seguinte, nos “parâmetros<br />
preferenciais” para a contratação<br />
de um professor associado:<br />
«Ser titular do grau<br />
apresentado entre 11:19 e 11:44:<br />
http://bit.ly/1TtWar3.<br />
([viii]) Agência Lusa, 15/11/2014<br />
(apud Aventar, 19/11/2014:<br />
http://bit.ly/1STLgyW).<br />
([ix]) Aventar, 24/10/2014<br />
(http://bit.ly/1rBnAox).<br />
([x]) Público, 15/3/2015<br />
(http://bit.ly/1WfTep8).<br />
([xi]) Público, 28/1/<strong>2016</strong><br />
(http://bit.ly/1rBnLQL).<br />
([xii]) Diário da República, 2.ª série<br />
— N.º 86 — 4 de Maio de <strong>2016</strong>,<br />
p. 14203.<br />
de Doutor em Estratégia ou<br />
História dos Fatos Sociais»<br />
([xii]). Exactamente: História<br />
dos Fatos.<br />
Aguardando serenamente<br />
que outros ratifiquem aquilo<br />
que, atempadamente, membros<br />
da comunidade científica<br />
portuguesa recomendaram<br />
que não fosse ratificado por<br />
Portugal ([xiii]), o ministro<br />
dos Negócios Estrangeiros<br />
vai permitindo que, no Diário<br />
da República, além de continuarem<br />
a adoptar grafias<br />
inadmissíveis em português<br />
europeu, também deturpem<br />
a língua inglesa, com «questões<br />
relacionadas com fatores<br />
[sic] humanos» recentemente<br />
traduzido da seguinte<br />
forma: «human fator issues»<br />
([xiv]). Fator issues? Efectivamente:<br />
fator issues. Esperemos<br />
que nenhum inglês veja.<br />
([xiii] ) Convém ler (aliás, convinha<br />
que tivessem sido lidos há<br />
muito tempo) os pareceres da<br />
Associação Portuguesa de Linguística<br />
e do Departamento de<br />
Linguística Geral e Românica da<br />
Faculdade de Letras da Universidade<br />
de Lisboa, incluídos na<br />
documentação compilada por<br />
António Emiliano, com as consultas<br />
realizadas em 2005 pelo<br />
Instituto Camões sobre o Acordo<br />
Ortográfico da Língua Portuguesa<br />
de 1990 [dossier que contém<br />
Seria extremamente importante<br />
que a louvável iniciativa<br />
do Presidente da República<br />
produzisse resultados palpáveis,<br />
ou seja, que a Assembleia<br />
da República e o Governo<br />
abandonassem a gestão<br />
desta matéria nos termos<br />
actuais, prestando atenção<br />
aos pareceres emitidos pela<br />
comunidade científica e à<br />
vontade manifestada por diversos<br />
sectores da sociedade.<br />
Caso contrário, existe sempre<br />
aquela alternativa que não<br />
nos agrada, mas da qual não<br />
devemos abrir mão, em caso<br />
de urgência: os representantes<br />
devolverem a palavra aos<br />
representados, através de um<br />
referendo ([xv]). Esperemos<br />
que não seja necessário. Esperemos<br />
que Rebelo de Sousa<br />
resolva.<br />
in | LusoProductions/Público<br />
(*) Francisco Miguel Valada (Porto,<br />
1972), intérprete de conferência junto<br />
das instituições da União Europeia, é<br />
licenciado em Tradução (I. P. Leiria) e<br />
pós-graduado em Interpretação de<br />
Conferência (U. Minho). Foi professor<br />
assistente no I. P. Leiria e intérprete<br />
residente no Tribunal de Justiça<br />
da União Europeia. É autor do livro<br />
Demanda, Deriva, Desastre – Os três<br />
dês do Acordo Ortográfico (Textiverso,<br />
2009) e de artigos em publicações<br />
científicas e na imprensa.<br />
todos os pedidos de parecer enviados<br />
a diversas instituições e<br />
todas as respostas recebidas] e<br />
alojada quer na página de António<br />
Emiliano (http://bit.ly/1O5dwyp),<br />
quer na Biblioteca do Desacordo<br />
Ortográfico, organizada por João<br />
Roque Dias (http://bit.ly/1YeeYim).<br />
([xiv]) Diário da República, 2.ª série<br />
— N.º 88 — 6 de Maio de <strong>2016</strong>,<br />
p. 14439.<br />
([xv]) https://referendoao90.wordpress.<br />
com/documentos-para-recolha-de-assinaturas/<br />
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Junho <strong>2016</strong><br />
Opinião<br />
Lusitano de Zurique<br />
29<br />
OS MALEFÍCIOS DO TABACO<br />
Carlos Matos Gomes (*)<br />
As imagens chocantes nos<br />
maços de tabaco são a nova<br />
moda contra os malefícios<br />
do tabaco. Na realidade, os<br />
pulmões negros, os rostos<br />
cadavéricos, os esgares moribundos<br />
deviam alertar-nos<br />
para o sistema, esse sim<br />
chocante que produz aquelas<br />
imagens. Aquelas são as<br />
imagens da lei do lucro que<br />
rege a sociedade que as estampa<br />
nos maços do tabaco.<br />
Em vez de pulmões a desfazerem-se<br />
como esfregões,<br />
de cadáveres adiados, o sistema<br />
devia, mas não pode,<br />
claro, publicar fotografias de<br />
Wall Street, da City, dos arranha-céus<br />
de Pequim. Isto<br />
porque todas as grandes<br />
tabaqueiras oficiais estão<br />
cotadas nas grandes bolsas<br />
e todas as que promovem o<br />
tabaco contrafeito e de contrabando<br />
estão associadas a<br />
grandes fortunas na China,<br />
por exemplo.<br />
As fotografias chocantes fazem<br />
parte da luta pela hegemonia<br />
entre o império instalado,<br />
os Estados Unidos e satélites<br />
europeus, e os impérios<br />
emergentes dos BRICS.<br />
As fotografias chocantes são<br />
parte do processo de globalização,<br />
que é um heterónimo<br />
para referir a fase actual do<br />
capitalismo.<br />
É evidente que o tabaco é<br />
causa de elevado número de<br />
mortes, muitas vezes acompanhadas<br />
de sofrimento<br />
atroz, mas nunca o sistema,<br />
isto é, os impérios, estiveram<br />
preocupados com as mortes<br />
que as suas acções provocavam,<br />
quando estava em causa<br />
o domínio de uma região,<br />
ou o lucro das empresas. Os<br />
impérios ibéricos nunca se<br />
preocuparam com as mortes<br />
que as suas doenças provocaram<br />
nas populações índias da<br />
América do Sul, o sarampo,<br />
entre outros, que dizimaram<br />
povos inteiros, nunca estiveram<br />
preocupados com os<br />
sofrimentos da escravatura.<br />
O império britânico até desencadeou<br />
uma guerra para<br />
impor o consumo do ópio na<br />
China. O império americano<br />
nunca se preocupou com as<br />
mortes causadas pelo lançamento<br />
de desfolhantes sobre<br />
as florestas do Vietname.<br />
As imagens chocantes que<br />
uma parte do mundo está a<br />
colocar nos maços de tabaco<br />
vendidos aos seus cidadãos<br />
não têm a ver com a moral.<br />
Têm a ver com a recomposição<br />
de “áreas de negócio” nos<br />
países economicamente desenvolvidos<br />
do Ocidente. Na<br />
Rússia, China, ou na Índia, na<br />
América Latina ou em África<br />
as populações podem continuar<br />
a fumar à vontade sem<br />
imagens chocantes a perturbá-los.<br />
Ainda não atingiram a<br />
fase em que os “malefícios do<br />
tabaco”, um magnífico monólogo<br />
de Tchekhov, impõem a<br />
transferência do seu comércio<br />
para outros ramos do negócio.<br />
A sua morte ainda não<br />
interfere com a economia<br />
dos seus países.<br />
As imagens chocantes querem<br />
dizer que, no Ocidente, a<br />
morte pelo tabaco deixou de<br />
ser lucrativa, que perdeu (em<br />
economês) competitividade<br />
e atractividade, relativamente<br />
a outros sectores. A aliança<br />
dos governos e dos sectores<br />
privados que deu origem<br />
a esta campanha de choque<br />
surge porque a morte pelo<br />
tabaco se tornou demasiado<br />
cara quer para as companhias<br />
privadas de seguros de saúde<br />
quer para os sistemas públicos.<br />
Os doentes de cancro<br />
causado pelo tabaco são dos<br />
mais caros e como o cancro<br />
do pulmão é hoje em dia praticamente<br />
incurável, não promove<br />
o lucro das farmacêuticas.<br />
Só prejuízo! Estamos perante<br />
o mesmo problema que<br />
a massificação do uso do automóvel<br />
causou, com as mortes<br />
e os feridos a diminuírem<br />
os lucros das companhias de<br />
seguros, e que conduziram à<br />
obrigatoriedade do cinto de<br />
segurança, dos airbags e de<br />
outros sistemas de segurança<br />
passiva nos automóveis,<br />
com os quais os fabricantes<br />
jamais se haviam preocupado.<br />
Estamos perante o mesmo<br />
problema do HIV até ser<br />
encontrado o sistema de<br />
equilíbrio de divisão do lucro<br />
entre farmacêuticas, seguradores<br />
e sistemas públicos de<br />
segurança social.<br />
As imagens chocantes foram,<br />
para já, a resposta encontrada<br />
para os problemas de<br />
ainda não ter sido viabilizado<br />
um tratamento para as doenças<br />
causadas pelo tabaco que<br />
satisfaça simultaneamente<br />
os interesses das farmacêuticas<br />
e dos seguros. Um sistema<br />
que faça repicar os sinos<br />
das grandes Bolsas. Logo que<br />
seja encontrada a mezinha<br />
que dê lucro às tabaqueiras<br />
e às seguradoras as imagens<br />
chocantes desaparecerão,<br />
como desapareceram as imagens<br />
dos doentes com SIDA.<br />
Como antigo grande fumador,<br />
entendo que todas as<br />
campanhas valem a pena,<br />
mesmo que libertem uma<br />
só pessoa, mas não acredito<br />
que esta consiga êxitos significativos.<br />
Já agora, podiam<br />
construir maços de tabaco<br />
com sistema de segredo e<br />
segurança, ou de abertura<br />
retardada… mas era mais<br />
cara que imprimir umas fotos,<br />
claro. Penso que a limitação<br />
dos locais de fumo, as<br />
restrições à sua venda, a carga<br />
fiscal, a censura social, o<br />
controlo dos capitais provenientes<br />
do tráfico de tabaco<br />
e outras drogas são medidas<br />
paliativas mais eficazes que<br />
as fotos a que nos habituaremos<br />
rapidamente, como nos<br />
habitámos e já esquecemos<br />
do menino morto numa praia<br />
da Grécia, ou o outro a arder<br />
com napalm no Vietname.<br />
(*) Coronel de Cavalaria. Condecorado<br />
com as medalhas de Cruz de<br />
Guerra de 1ª e de 2ª Classe. Pertenceu<br />
à primeira Comissão Coordenadora<br />
do Movimento dos Capitães na<br />
Guiné. Foi membro da Assembleia<br />
do MFA. É escritor.
30 Lusitano de Zurique Culinária<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
Bacalhau à Gomes de Sá<br />
Ingredientes:<br />
para 4 pessoas)<br />
Chefe Manuel Pereira (*)<br />
Boas<br />
Férias!<br />
500 gr de bacalhau;<br />
500 gr de batatas ;<br />
2 cebolas ;<br />
1 dente de alho ;<br />
1 folha de louro ;<br />
2 ovos cozidos ;<br />
1,5 dl de azeite ;<br />
azeitonas pretas ;<br />
Salsa, sal e pimenta q.b.<br />
Confecção:<br />
Demolhe o bacalhau, coloque-o num tacho e escalde-o com água a ferver. Tape e abafe o recipiente<br />
com um cobertor e deixe ficar assim durante 20 minutos. Escorra o bacalhau, retire-lhe<br />
as peles e as espinhas e desfaça-o em lascas. Ponha estas num recipiente fundo, cubra-as com<br />
leite bem quente e deixe ficar de infusão durante 1.30 a 3 horas.<br />
Entretanto, corte as cebolas e o dente de alho ás rodelas e leve a alourar ligeiramente com um<br />
pouco de azeite. Junte as batatas, que foram cozidas com a pele, e depois peladas e cortadas às<br />
rodelas. Junte o bacalhau escorrido. Mexa tudo ligeiramente, mas sem deixar refogar.<br />
Tempere com sal e pimenta. Deite imediatamente num tabuleiro de barro e leve a forno bem<br />
quente durante 10 minutos. Sirva no prato em que foi ao forno, polvilhado com salsa picada e<br />
enfeitado com rodelas de ovo cozido e azeitonas pretas.<br />
Borrego à Camponês<br />
Ingredientes<br />
1,5 Kg de borrego;<br />
Um limão;<br />
Meia dúzia de dentes de alho;<br />
1 folha de louro;<br />
1 colher (chá) de colorau;<br />
Coentros;<br />
Sal;<br />
Pimenta e piripíri;<br />
Azeite.<br />
Confecção:<br />
Corte a carne e tempere com o sal pisado, os dentes de alho e a folha de louro. Ponha num tacho azeite suficiente para a fritura<br />
e quando estiver bem quente aloure a carne de ambos os lados. Adicione depois um pouco de água e deixe cozer com o tacho<br />
tapado. Tempere no fim da cozedura com a pimenta, o colorau e o piripíri. Antes de servir misture os coentros picados e sumo<br />
do limão. Serve-se com esparregado.<br />
(*) — “Restaurante Churrasqueira” das Termas de Caldelas - Amares
Junho <strong>2016</strong><br />
Plantas medicinais<br />
Lusitano de Zurique<br />
31<br />
PLANTAS MEDICINAIS<br />
in http://goo.gl/RTgOnh<br />
ARRUDA (Ruta graveoleons): Usada<br />
popularmente contra gases, nelvralgias<br />
e como vermífugo; além de combater<br />
piolhos e coceiras. Seu princípio, a rutina,<br />
ajuda a aumentar a resistência de vasos<br />
capilares sanguíneos. Indicada especialmente<br />
nos reumatismos, nevralgias,<br />
verminoses e problemas respiratórios,<br />
sua inalação abre os brônquios. É emenagoga,<br />
antiespasmódica e estimulante.<br />
Deve ser usada com muita cautela.<br />
ARTEMISIA (Artemísia vulgaris):<br />
Também conhecida como losna-brava.<br />
Suas folhas são usadas como repelentes<br />
de insetos. Planta com ação estimulante<br />
sobre o útero, deve ser evitada por mulheres<br />
grávidas, por ser emenagoga. O<br />
chá ajuda a combater problemas de ovários,<br />
ciclo menstrual irregular, lombrigas<br />
e anemia. Não deve ser consumida em<br />
excesso.<br />
ASSA PEIXE (Vernonia polyanthes<br />
Less, Bohemeria caudata): A infusão das<br />
folhas é usada em casos de gripes, tosse<br />
persistente e bronquite, aliviando dores<br />
no peito e nas costas. A infusão das folhas<br />
e das raízes tem efeito diurético e<br />
ajuda a eliminar cálculos renais.<br />
AVEIA (Avena sativa): Combate a astenia<br />
e hemorróidas, acalma dores reumáticas,<br />
dá brilho aos cabelos, estimula a<br />
energia física e aumenta a capacidade<br />
de concentração. Auxilia em casos de<br />
arterioscleroses atuando contra o ácido<br />
úrico. Constitui um excelente alimento<br />
para diabéticos e hipertensos.<br />
AVENCA (Adiantum capillus veneris):<br />
Tem ação protetora sobre peles<br />
sensíveis e age contra queda de cabelos.<br />
Combate males respiratórios como<br />
bronquite e tosse com catarro.<br />
Bardana (Arctium lappa) B<br />
BABOSA (Aloe vera): Tem propriedades<br />
laxantes. A polpa é poderoso tônico para<br />
os cabelos, cicatrizante, repelente, tônico<br />
estomacal, ajuda a liviar queimaduras<br />
erisipelas e inflamações.<br />
BARBATIMÃO (Stryphnodendron<br />
barbatiman): Rica em tanino. Usa-se externamente<br />
reduzida a pó e aplicado sobre<br />
úlceras, impingens e hérnias. Como<br />
tônica, a planta é usada em cozinhando-<br />
-se a casca para combater hemorragias<br />
uterinas, catarro vaginal e diarréias.<br />
BARDANA (Arctium lappa): Suas folhas<br />
são indicadas principalmente para a<br />
pele e como antibiótico, é ainda diurética,<br />
combate a diabetes, tem propriedades<br />
antiinflamatórias, bactericidas,<br />
depurativas e cicatrizantes, além de agir<br />
no couro cabeludo tratando as dermatites<br />
descamantes.Popularmente é usada<br />
também contra reumatismo, furúnculos,<br />
cálculos da bexiga e biliar, prisão de ventre,<br />
anemia, artrite, gastrite e hemorróidas.<br />
BERINJELA (Solanum melongena):<br />
Estudos estão mostrando que o consumo<br />
da berinjela contribui para a redução<br />
dos altos níveis de colesterol e triglicérides<br />
no sangue, auxilia na redução da<br />
glicose (beneficiando diabéticos) e no<br />
bom funcionamento do intestino. Recentemente,<br />
o Instituto de Nutrição da<br />
Universidade Federal do Rio de Janeiro,<br />
após estudo com um grupo de voluntários,<br />
concluiu que a farinha de berinjela<br />
(berinjela em pó) ajuda a emagrecer, favorecendo<br />
a queima de gorduras, auxilia<br />
na redução dos níveis de colesterol LDL,<br />
melhora o trânsito intestinal, tem ação<br />
diurética e diminui a fome, mostrando-<br />
-se excelente coadjuvante nas dietas de<br />
emagrecimento. Colabora ainda na redução<br />
do ácido úrico no organismo que, em<br />
excesso, pode provocar dores nas articulações<br />
(artrite e reumatismo).<br />
BOLDO (Coleus barbatus): Poderoso<br />
digestivo e estimulante das funções<br />
hepáticas, com propriedades tônicas e<br />
estimulantes, ativa a secreção salivar,<br />
biliar e gástrica em casos de dispepsias.<br />
Muito utilizado em hepatite crônica e<br />
aguda. Atua como antiespasmódico (diminui<br />
a cólica), além de aumentar e favorecer<br />
o fluxo biliar, sendo indicado em<br />
casos de distúrbios da função digestiva<br />
e em queixas suaves do trato gastrintestinal<br />
(má digestão, gases, intolerância à<br />
gordura).<br />
BORRAGEM (Borago officinalis):<br />
Planta medicinal e alimentícia que tem o<br />
aroma do pepino, por isso se torna uma<br />
salada muito nutritiva. Possui vitamina<br />
C e alcalóides. Considerada antiinflamatória,<br />
expectorante, adstringente e<br />
altamente diurética. Na medicina popular<br />
é indicada em casos de inflamações<br />
de bexiga e pedras nos rins ou bexiga,<br />
para auxiliar na eliminação de toxinas e<br />
melhoria da pele. Flores, folhas e caules<br />
apresentam as mesmas propriedades. A<br />
Borragem pertence à Família das Boragináceas,<br />
é uma planta originária da zona<br />
Mediterrânea da Europa e da Ásia menor.<br />
O óleo de borragem é um óleo vegetal<br />
extraído desta planta e assim como<br />
o óleo de Prímula (Oenothera Biennis)<br />
constitui-se numa ótima fonte de Ácido<br />
Gamalinolênico (GLA) pois possui na sua<br />
composição ácidos graxos poliinsaturados.<br />
Por ser um ácido graxo essencial,<br />
o GLA deve ser necessariamente obtido<br />
da alimentação, pois o organismo não é<br />
capaz de produzi-lo. A deficiência de ácidos<br />
graxos essenciais, nos seres humanos,<br />
resulta em condições anormais da<br />
pele, tais como dermatites, escamações<br />
e ressecamentos; redução na regeneração<br />
dos tecidos e aumento da suscetibilidade<br />
a infecções. O óleo das sementes<br />
da Borragem, rico em Ácido Gamalinolênico<br />
(GLA), vem sendo usado com sucesso<br />
por mulheres que sofrem de tensão<br />
pré-menstrual (TPM) e com os sintomas<br />
da menopausa.<br />
ATENÇÃO: Estas informações apresentam apenas<br />
finalidades informativas e não devem ser<br />
usadas para diagnosticar, tratar, curar ou prevenir<br />
qualquer doença e muito menos substituir cuidados<br />
médicos adequados.
32 Lusitano de Zurique Tecnologia<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
O inventor do telemóvel<br />
revela a próxima tecnologia<br />
Dispositivos eletrónicos do futuro vão alimentar o nosso corpo<br />
Joana Araújo (*)<br />
Energous apenas recebeu a aprovação<br />
da Comissão Federal de Comunicações<br />
dos EUA WattUp miniatura para o<br />
transmissor em miniatura, que é capaz<br />
de alimentar aparelhos auditivos, dispositivos<br />
médicos e outros dispositivos<br />
sem fio minúsculo, mas até agora<br />
tem que estar em contato direto com<br />
eles.<br />
Mas Energous CEO, Steve Rizzone, disse<br />
que a aprovação da autoridade é apenas<br />
a primeira fase de desenvolvimento,<br />
o que permitirá uma tecnologia que<br />
cobram pequenos dispositivos dentro<br />
de poucos centímetros de distância.<br />
Embora não se sabe quando ele vai lançar o segundo produto Energous fase, é muito provável que a<br />
empresa procurar parceiros potenciais para começar a incorporar a tecnologia em seus dispositivos<br />
Energous. Isto significaria que a carga remota está no horizonte.<br />
Para isso, os esforços de outras empresas que estão desenvolvendo suas próprias soluções para<br />
energia sem fio, como Wi-Charge, que estuda os dispositivos que utilizam lasers de recarga, e U-<br />
-Beam, que investiga o campo de ondas sonoras somar.<br />
aplicação preferida em<br />
quase todos os países...<br />
Excepto em Portugal<br />
O Whatsapp é a app Android de mensagens instantâneas<br />
mais utilizada em 109 países, mas não está no topo das<br />
preferências em Portugal.<br />
Em Portugal a app “vencedora” é… o Messenger. O sistema<br />
de chat do Facebook domina as preferências dos<br />
utilizadores de Android em Portugal no que diz respeito a<br />
mensagens em movimento.<br />
O Facebook Messenger é o aplicativo do género mais utilizado<br />
em 49 países (EUA, Canadá e Austrália, além de Portugal…),<br />
mas o estudo que serve de base a este ranking<br />
mostra que é o Whatsapp que reúne mais preferências nos<br />
tops de downloads Android em 109 territórios, correspondendo<br />
a mais de 55% do mercado global.<br />
A app adquirida pelo Facebook em 2014 é assim apresentada<br />
como a líder mundial neste mercado e, além de superar<br />
largamente o Messenger, arrasa por completo outras<br />
opções com o WeChat, o Telegram e o Viber, por exemplo.<br />
Esta última surge em 3º lugar, sendo a mais popular em<br />
15 países.<br />
https://www.whatsapp.com/download/<br />
“Cookies”<br />
para todos<br />
Mesmo sem conta, o Facebook vai segui-lo<br />
por toda a Internet<br />
O Facebook anunciou que vai passar a<br />
usar cookies, mesmo com utilizadores<br />
de internet que não têm uma conta na<br />
rede social.<br />
Os cookies são programas de software<br />
instalados no browser do utilizador.<br />
Servem para registar a sua actividade<br />
online e permitem às marcas compilar<br />
informação sobre hábitos e preferências,<br />
com o objectivo de direccionar a<br />
publicidade que mostram a cada internauta<br />
em função dessa actividade.<br />
Convém recordar que no ano passado a<br />
rede social de Mark Zuckerberg alegadamente<br />
já estava a usar cookies para<br />
monitorizar a actividade de quem não<br />
tinha uma conta activa no serviço, mas<br />
na altura o Facebook reagiu à notícia<br />
dizendo que era falso.<br />
(*) c/ tek sapo
Junho <strong>2016</strong><br />
Carneiro<br />
Este mês pede ao signo Carneiro<br />
a reflexão sobre os seus valores<br />
e prioridades, sobre o que é considerado<br />
essencial e também<br />
sobre como estão lidando com o<br />
dinheiro e os seus recursos pessoais.<br />
Afectivamente, é um mês em<br />
que se destaca a necessidade de<br />
haver uma maior sintonia de valores,<br />
pode ocorrer de situações<br />
financeiras acabarem influenciando<br />
na vida amorosa.<br />
Touro<br />
Neste mês, vários planetas estão<br />
transitando no seu signo,<br />
indicando um período muito importante<br />
de novas iniciativas e<br />
empreendimentos. Entretanto,<br />
teremos a movimentação retrógrada<br />
no planeta Mercúrio no<br />
seu signo, o que indica a necessidade<br />
de paciência, de reflexão<br />
e de reavaliação de várias situações.<br />
Afectivamente, é um período<br />
de boas novas, já que temos o<br />
movimento do planeta do amor<br />
e do relacionamento, Vénus, no<br />
seu signo, onde se sente naturalmente<br />
à vontade. Teremos<br />
também a finalização do movimento<br />
retrógrado de Júpiter no<br />
sector amoroso, o que, sem dúvida,<br />
indica crescimento e uma<br />
maior maturidade emocional.<br />
Gémeos<br />
Um dos meses mais desafiadores<br />
de <strong>2016</strong> para o signo Gémeos,<br />
assim pode ser definido<br />
este mês, em que teremos vários<br />
planetas transitando o signo<br />
anterior ao seu e também o<br />
movimento retrógrado do seu<br />
planeta regente, Mercúrio. É um<br />
tempo de interiorização, reflexão,<br />
autoconhecimento e valorização<br />
da espiritualidade.<br />
Afectivamente, o mês contém<br />
fortes lições de auto-estima,<br />
amor-próprio, e da necessária<br />
superação de antigas mágoas<br />
e ressentimentos emocionais,<br />
que tanto têm-lhe feito mal.<br />
Caranguejo<br />
Amizades, vida social, projectos<br />
em equipa são alguns dos temas<br />
enfatizados ao longo deste<br />
mês para o signo Caranguejo. É<br />
um mês em que poderá haver<br />
a colheita do que foi empreendido<br />
nos últimos meses e você<br />
poderá se sentir mais apoiado<br />
nos seus intentos e objectivos.<br />
Horóscopo<br />
É um período também significativo<br />
para você reavaliar as suas<br />
prioridades e projectos para o<br />
futuro.<br />
Afectivamente, o mês valoriza o<br />
companheirismo, a amizade e o<br />
fortalecimento da auto-estima<br />
e da sensibilidade. É um período<br />
em que tende a sentir mais<br />
empatia pelas pessoas e isso<br />
pode aproximá-lo mais emocionalmente<br />
de quem você ama e<br />
admira.<br />
Leão<br />
Este mês pede que você reflicta<br />
sobre a carreira, sobre os seus<br />
propósitos mais significativos,<br />
sobre a importância do trabalho<br />
na sua vida e também de como<br />
tem lidado com as questões financeiras.<br />
É um mês significativo<br />
para se sentir mais valorizado<br />
e para aprimorar contactos e<br />
conhecimentos.<br />
Afectivamente, deve haver cuidado<br />
com o apego, o ciúme e o<br />
autoritarismo. É um mês importante<br />
para reflectir se há uma<br />
sintonia de propósitos de vida<br />
com quem você ama.<br />
Virgem<br />
Uma boa nova marca este mês.<br />
Teremos a finalização do movimento<br />
retrógrado do planeta<br />
Júpiter no seu signo, o que traz<br />
uma energia mais expansiva e<br />
uma confiança maior nas suas<br />
atitudes. É um período que pode<br />
acentuar a necessidade de ampliar<br />
horizontes por meio de<br />
conhecimentos, viagens e trabalho,<br />
mas este mês é também<br />
o mês em que teremos o movimento<br />
retrógrado do seu regente<br />
Mercúrio, pedindo reflexão,<br />
reavaliação e paciência.<br />
Afectivamente, é um mês importante<br />
para você reflectir sobre<br />
a filosofia de vida que tem<br />
regido as suas atitudes emocionais,<br />
sobre o significado de um<br />
relacionamento amoroso em<br />
sua vida e, também, se há identidade<br />
e sintonia espiritual com<br />
quem você ama.<br />
Balança<br />
Este mês traz grandes desafios<br />
ao signo Balança, já que teremos<br />
vários planetas transitando<br />
o sector de transformações<br />
emocionais. É, sem dúvida, um<br />
período de eliminações, de finalização<br />
de situações e de uma<br />
intensa metamorfose, sentida<br />
principalmente no âmbito emocional,<br />
mas que pode também<br />
ter um impacto sobre as questões<br />
financeiras e espirituais.<br />
Afectivamente, há uma intensificação<br />
dos sentimentos e emoções,<br />
da necessidade de intimidade<br />
e de questões importantes<br />
relacionadas à sexualidade.<br />
Você deve ter muito cuidado<br />
com atitudes ciumentas, possessivas<br />
e apegadas.<br />
Escorpião<br />
Relacionamento é o tema mais<br />
importante deste mês para o<br />
signo Escorpião, já que teremos<br />
vários planetas transitando o<br />
sector de relação e parceira. Há<br />
um foco na relação afectiva e<br />
todo tipo de contacto e parceria<br />
que você pode estabelecer<br />
com as pessoas. É um momento<br />
também muito significativo<br />
para reavaliar o modo com que<br />
você lida com seus talentos e finanças.<br />
Afectivamente, poderá haver<br />
uma maior necessidade de estabilidade,<br />
de continuidade num<br />
relacionamento amoroso. Mas<br />
é necessário superar apegos,<br />
ressentimentos e possessividade,<br />
algo que pode atrapalhar a<br />
naturalidade de expressão dos<br />
sentimentos e a confiança de<br />
uma relação amorosa.<br />
Sagitário<br />
Saúde e trabalho são alguns<br />
dos temas mais significativos<br />
ao longo deste mês para o signo<br />
Sagitário. É um momento de<br />
investir em uma mudança de<br />
hábitos que traga mais bem-estar<br />
e qualidade de vida. É também<br />
uma fase importante para<br />
aprimorar o modo como você<br />
trabalha e organizar melhor o<br />
seu quotidiano. Lembrando que<br />
Saturno e Marte estão actuando<br />
retrógrados no seu signo, o que<br />
pede mais paciência e foco para<br />
o signo Sagitário, e a percepção<br />
que não devem ter pressa e impaciência,<br />
pois estão lutando<br />
consigo mesmos na superação<br />
as suas dificuldades.<br />
Afectivamente, você vem passando<br />
por uma série de aprimoramento<br />
e de ajustes, e o foco<br />
está no amor-próprio e numa<br />
atitude mais serena no seu relacionamento<br />
e também na expressão<br />
de sentimentos.<br />
Capricórnio<br />
Questões afectivas que envolvem<br />
crianças e expressão da<br />
sensibilidade e criatividade ganham<br />
força ao longo deste mês<br />
Lusitano de Zurique<br />
33<br />
para o signo Capricórnio. É um<br />
mês importante para você reflectir<br />
se está tendo prazer nas<br />
actividades do dia-a-dia e é hora<br />
de colocar mais o afecto e o coração<br />
naquilo que você faz.<br />
Amorosamente, é um período<br />
de grande destaque, já que teremos<br />
a movimentação do planeta<br />
do amor e do relacionamento,<br />
Vénus, exactamente no sector<br />
afectivo do signo Capricórnio,<br />
mas deve haver cuidado com<br />
ressentimentos, com o apego<br />
e com os ciúmes. A intimidade<br />
emocional e sexual é um factor<br />
importante para a sintonia com<br />
quem você ama.<br />
Aquário<br />
Família, privacidade e emoções<br />
são características essenciais<br />
deste mês ao signo Aquário. É<br />
um momento de se interiorizar,<br />
de reflectir e de perceber o que<br />
deve ser finalizado. É um mês<br />
muito significativo para questões<br />
domésticas, familiares e<br />
imobiliárias. Entretanto, como<br />
teremos o movimento retrógrado<br />
do planeta Mercúrio, é um<br />
mês em que você não deverá<br />
assinar contractos ou tomar iniciativas<br />
relacionadas a imóveis,<br />
é melhor deixar isso para outro<br />
momento e investir no aprimoramento<br />
dos vínculos familiares.<br />
Afectivamente, há fortes lições<br />
de amor-próprio e de centralmente<br />
emocional. É um mês<br />
que pede reflexão sobre o que<br />
é, de facto, valioso para você no<br />
amor. É uma fase muito significativa<br />
para se amar mais e para,<br />
a partir dessa atitude, atrair<br />
mais sintonia com quem você<br />
ama.<br />
Peixes<br />
Observe mais a beleza que está<br />
ao seu redor. Estabeleça um<br />
maior contacto com a natureza<br />
e com actividades prazerosas e<br />
criativas. Este mês traz a oportunidade<br />
de novos aprendizados,<br />
contactos e do desenvolvimento<br />
de valores mais sintonizados<br />
com a alma.<br />
Afectivamente, é um mês que<br />
pede mais diálogo e compreensão.<br />
Poderá haver algumas dificuldades<br />
e mal-entendidos na<br />
comunicação, e você precisa ser<br />
paciente e empático para que<br />
haja uma maior sintonia emocional<br />
no relacionamento.<br />
Coordenação: Joana Araújo
34 Lusitano de Zurique Humor/Passatempo (*)<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
“Quem não sabe rir, não sabe viver...”<br />
BREVES<br />
O professor para o aluno :<br />
- Menino, eu vou, tu vais, ele vai à praia...<br />
; Que tempo é ?<br />
- Verão com certeza, senhor professor.<br />
————<br />
- A minha mulher é muito poupada, faz<br />
economia em tudo.<br />
- A minha também, sempre que faz anos<br />
põe dez velas a menos no bolo. ————<br />
Debaixo de uma árvore de natal, toda iluminada,<br />
diz um cão ao outro:<br />
- Finalmente, puseram luz na casa de banho<br />
!!<br />
————<br />
A mulher diz ao marido : -É inútil ires<br />
pescar, hoje é 6ª feira . Não sabes que é<br />
dia de azar ?<br />
- Precisamente por isso, espero que seja<br />
um dia de azar para os peixes.<br />
————<br />
Entre amigos :<br />
- Então Manuel, andas a lavar o chão ?<br />
Será que despediste a mulher a dias?<br />
- Não, casei-me com ela.<br />
————<br />
Mãe, amanhã é a festa do meu namorado,<br />
aconselha-me uma surpresa...<br />
- Experimenta dizer-lhe a tua verdadeira<br />
idade.<br />
————<br />
Pergunta: Qual é a diferença entre um<br />
psicótico e um neurótico?<br />
Resposta: Um psicótico pensa que 2+2<br />
são 5.<br />
Um neurótico sabe que 2+2 são 4 mas<br />
isso perturba-o<br />
————<br />
Um casal interrompeu as férias para ir ao<br />
dentista.<br />
-Quero que arranque um dente e não<br />
quero anestesia, porque estou com muita<br />
pressa.<br />
Tire só o dente o mais depressa possível<br />
para irmos embora - disse a Mulher<br />
O dentista estava bastante impressionado.<br />
- A senhora é muito corajosa - disse ele. -<br />
Qual é o dente?<br />
A mulher virou-se para o marido e disse<br />
- Mostra-lhe o dente, querido.<br />
————<br />
- Admite que é culpado ? - pergunta o<br />
juiz?<br />
- Não Sr. Dr. Juiz.<br />
- Tem um álibi ?<br />
- O que é um álibi?<br />
- Bem, alguém que o viu cometer o acto ?<br />
-Ninguém, graças a deus.<br />
————<br />
Um dia, estava com tanta fome que comi<br />
o meu papagaio<br />
- Contou o explorador ao amigo.<br />
- E a que sabia ?<br />
- Peru, Ganso, Tordo ... aquele papagaio<br />
era capaz de imitar tudo. ————<br />
- Podia-me dizer quanto demora um voo<br />
para Nova Iorque?<br />
-Um momento.<br />
- Muito obrigado. (E foi-se embora)<br />
————<br />
- A tua namorada está apaixonada pelo<br />
teu maior amigo<br />
- Pelo meu cão ??<br />
————<br />
- O senhor ainda é parente do Sr. Francisco?<br />
- Sou, mas um parente um pouco afastado:<br />
- Então o que é ele ao senhor?<br />
- É meu irmão.<br />
- E chama a isso parente afastado?<br />
- É que, entre nós, há mais 13 irmãos.<br />
————<br />
- Num cruzeiro, o imediato examina o bilhete<br />
do passageiro e diz-lhe:<br />
- O senhor vai pagar duas multas!<br />
- Porquê?<br />
- Porque o seu bilhete é para viajar em 3ª<br />
classe, porém, vai instalado em 2ª classe<br />
e está abraçado a uma miúda de primeira.<br />
O Professor:<br />
- Quantos corações temos nós?<br />
O aluno:<br />
- Dois, senhor professor.<br />
- Dois!?<br />
- Sim, o meu e o seu!<br />
————<br />
- Doutor, a minha vaca não gosta de touros.<br />
- Então leve-a ao futebol.<br />
————<br />
Dois micróbios encontram-se e conversam<br />
um com o outro:<br />
- Encontro-me um pouco abatido.<br />
- É que estou doente.<br />
- O que é que tens ?<br />
- Apanhei ... penicilina.<br />
————<br />
- Sabe onde mora o sr. Fonseca, que é<br />
electricista?<br />
- Sim, senhor. Vá em frente por essa rua,<br />
volte à esquerda e depois à direita, e é<br />
logo na primeira travessa.<br />
- E não sabe o número?<br />
- Não, mas está por cima da porta.<br />
————<br />
Dois amigos encontram-se e diz um:<br />
- Hoje tive uma sorte dos diabos:<br />
- Então porquê?<br />
- Ia a passar por debaixo de uma obra<br />
e caiu-me um saco de cimento em cima.<br />
- E não te magoaste?<br />
- Não: é que o saco vinha vazio.<br />
————<br />
Conversa entre dois homens:<br />
- Amigo, você tem carro?<br />
- Sim, não ... mais ou menos ...<br />
- Mas homem, o que é isso?<br />
- Olhe, é da minha mulher quando vai às<br />
compras, é do meu filho quando vai ter<br />
com a namorada, é da minha filha quando<br />
vai à discoteca e é meu quando não<br />
tem gasolina !!<br />
(*) O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de cada indivíduo a cada momento.
Junho <strong>2016</strong><br />
Júnior<br />
Lusitano de Zurique<br />
35<br />
Coordenação: Joana Araújo
36 Lusitano de Zurique Literatura<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
O cúmulo da pouca-vergonha!<br />
Que o suicídio seja a causa de muitas mortes em Portugal, penso que certamente<br />
incomoda as mentes livres e sãs.<br />
Mas duvido que alguma vez, uma vez que seja, perturbe o silêncio nos sonhos das<br />
mentes comprometidas, corrompidas e vendidas.<br />
Em 2010 foi calculado uma média de duas mortes por dia. Nos últimos tempos<br />
ouve-se falar em seis.<br />
Carmindo de<br />
Carvalho<br />
Algumas causas são conhecidas. A crise e seus efeitos. E também devido à gula<br />
desenfreada de alguns caçadores de lucros, à base do despojamento e esvaziamento<br />
dos bolsos de muitos desgraçados. Tudo isto se passa sob o olhar cúmplice<br />
da pouca-vergonha!<br />
Mas os escribas da imprensa e da comunicação em geral, fielmente, cegamente<br />
obedecem às regras ditadas pelos manda-chuva dos grupos, e isso leva a que<br />
servilmente imitem os casos mais sonantes e omitem muitos outros, e omitindo<br />
automaticamente tornam-se cúmplices da farsa.<br />
Numa descarada defesa dos governantes, dos decisores, eles que têm poderes<br />
para algo fazer no sentido de reduzir estes números.<br />
E todos cospem pró lado. E todos fingem nada ver, nada saber. E todos adormecem.<br />
E quando adormecem, aí sim, é verdade, nada vêem! Nada podem ver.<br />
13 de Fevereiro 2013<br />
Gastos e “Likes”<br />
Se tens uma mãe a quem amas muito.<br />
Se gostas do lacinho do cão. Se gostas<br />
de passarinhos. Se vês animais a<br />
serem esfolados vivos. Se vês focas a<br />
serem mortas à dúzia, à cachaporra a<br />
tingirem a água do mar e só por tradição<br />
para a canalhada marcar posição<br />
na passagem do estado ou condição<br />
de adolescentes para adultos. Um atleta<br />
deficiente heroicamente a correr só<br />
com uma perna sã. Um cão aos saltos<br />
com uma pata empanada, etc.<br />
Nisto e mais naquilo, alguns até são lógicos<br />
com muita utilidade em recados<br />
e em mensagens. Mas outros são desprovidos<br />
de lógica, sem pés nem cabeça,<br />
horrendos ou cómicos.<br />
Coisas e mais coisas em pedidos para<br />
colares no teu mural. Para quê?<br />
Vejo gostos a rodos! Mas afinal gostam<br />
de quê? Da coragem, da luta pela<br />
sobrevivência, da miséria que as fotos<br />
mostram, ou da denúncia dos actos?<br />
Usem as palavras, elas não mordem.<br />
Comentem, exponham o que sentem.<br />
Mas explicitem do que realmente gostam.<br />
Por favor expliquem-me como se<br />
eu fosse muito burro. Ou talvez seja<br />
mesmo...<br />
Esta coisa do Facebook a cada dia que<br />
passa, com tanta porcaria, tanta palavra<br />
escrita com pontuação errada!<br />
Tanta coisa adulterada! Repito: A cada<br />
dia que passa, sinto-me um pouco mais<br />
aparvalhado.<br />
Já cheguei a pensar:<br />
Afinal o outro tinha muita razão quando<br />
disse:<br />
“Quanto mais sei que sei, mais sei que<br />
pouco sei.”<br />
Mas por aqui não me safo, penso.<br />
E por vezes fecho a loja e vou dar banho<br />
ao, cão e lustro ao cágado. Lustro sem<br />
usar graxa, não vá eu começar a gostar<br />
do cheiro e passar a engraxar os meus<br />
chefes! Aldra! Antes que seja gago,<br />
marreco e perneta!…<br />
Do livro, “Crematório de consciências”
Junho <strong>2016</strong><br />
Poesia<br />
Lusitano de Zurique<br />
37<br />
Cadência da Vida<br />
Os dias são simplesmente a contagem<br />
Do tempo que nos falta p’ra viver<br />
Na terra, nesta tão curta passagem<br />
Onde o tempo está sempre a decrescer.<br />
Compreende esta fórmula tão prática<br />
Apenas uma breve operação<br />
Não carece ser mestre em matemática<br />
Ou nutrir doutras artes propensão.<br />
Euclides Cavaco<br />
www.euclidescavaco.com<br />
Cada hoje é sempre o primeiro dia<br />
Do resto que nos faltam p’rà partida<br />
Que avançam em constante correria.<br />
E cada dia é fracção subtraída<br />
Deixando sempre menor a quantia<br />
Do resto dos dias da nossa vida !...<br />
Este Povo Que Nós Somos<br />
Nós somos de Viriato, o Lusitano<br />
Descendentes de heróis e heroínas.<br />
Nós somos de Afonso, o soberano<br />
Herdeiros da Pátria das cinco quinas.<br />
Nós somos dinastias duma história<br />
Que encerra oito séculos de epopeias.<br />
Nós somos das batalhas, a glória<br />
E Homeros de outras tantas Odisseias.<br />
Nós somos oceanos e as marés<br />
Onde ousado navegou o nosso Gama.<br />
Nós somos marinheiros e as galés<br />
Que deram ao Império a grande fama.<br />
Nós somos a aventura e a coragem<br />
Sem medo de qualquer Adamastor.<br />
Nós somos o padrão dessa viagem<br />
Que passou para além do Bojador.<br />
Nós somos os heróis de mil facetas<br />
Descobridores do mar sem fim, a majestade.<br />
Nós somos a voz desses poetas<br />
Que rimaram génio Luso com saudade !…<br />
Nós somos as estrofes de Camões<br />
Orgulhosos do presente e do passado.<br />
Nós somos o eco das gerações<br />
Que com alma deram vida e berço ao fado.<br />
Nós somos as memórias do Infante<br />
De Eanes, Magalhães e de Cabral.<br />
Nós somos Este Povo Fascinante…<br />
Desta Pátria que se chama Portugal !…<br />
Rádio Voz da Poesia<br />
http://goo.gl/NAwpZD<br />
Euclides Cavaco
38 Lusitano de Zurique Últimas<br />
Junho <strong>2016</strong><br />
“Não se pode servir a Deus e às riquezas”<br />
Na Missa que celebrou na Capela da Casa<br />
Santa Marta, o Papa Francisco meditou<br />
sobre a Carta de São Tiago e advertiu que<br />
quem acumula riquezas por causa da exploração<br />
das pessoas comete um pecado<br />
mortal e são como sanguessugas.<br />
O Papa disse que erra quem segue a chamada<br />
“teologia da prosperidade”, segundo<br />
a qual “Deus mostra que você é justo<br />
se lhe dá tantas riquezas”. “Não se pode<br />
servir a Deus e às riquezas”, disse o Pontífice,<br />
pois estas podem se tornar “correntes”<br />
que tiram “a liberdade de seguir<br />
Jesus”.<br />
“Quando as riquezas são feitas explorando<br />
as pessoas... aquela pobre gente<br />
torna-se escrava”. O Papa explicou que<br />
no mundo actual sempre acontece de<br />
pessoas que chegam e dizem “quero trabalhar”,<br />
então são contratadas de Setembro<br />
a Junho e, depois, em “Julho e Agosto<br />
deve se alimentar de ar”. “Quem faz isso<br />
são verdadeiras sanguessugas”, pois vivem<br />
da exploração das pessoas, de escravizá-los.<br />
O Papa Francisco recordou o que lhe disse<br />
uma jovem que encontrou um emprego<br />
em que pagavam 650 euros por 11 horas<br />
diárias de trabalho. E disseram-lhe: “Se<br />
quiser, o emprego é seu, caso contrário,<br />
pode ir embora. Há quem queira, há uma<br />
fila atrás de você!”.<br />
O Pontífice criticou essa situação trabalhista<br />
e denunciou que hoje existe “uma<br />
verdadeira escravidão”. Não é algo do<br />
passado, que ocorre em lugares afastados.<br />
“As pessoas não vão mais buscá-los<br />
na África para vendê-los na América: não.<br />
Mas estão em nossas cidades. E existem<br />
esses traficantes, estes que tratam as<br />
pessoas com trabalho sem justiça”.<br />
“Isto é pior”, “é pecado mortal”, enfatizou<br />
Francisco. “É mais importante um copo de<br />
água em nome de Cristo que todas as riquezas<br />
acumuladas com a exploração das<br />
pessoas”.<br />
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