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Pernambuco Vivo 2

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enovado a cada ano (o nome de 2014 é guardado em segredo, bem como<br />

o tema que o bloco vai abordar).<br />

Em outubro de 2002, quatro meses depois de tomar posse, Luiz Adolpho<br />

criou o projeto Gigante Cidadão, que oferecia aulas de dança, música e teatro<br />

para 70 crianças e jovens das comunidades próximas ao Largo do<br />

Amparo e do Bonsucesso, em Olinda. A ação, que chegou a ser ponto de<br />

cultura, acabou em 2009, mas o presidente já pensa em sua retomada, assim<br />

como também planeja a criação de uma escola de frevo, a primeira da<br />

cidade para formar tanto músicos quanto passistas. Segundo Luiz, o caráter<br />

social pesou positivamente na hora da seleção do bloco como Patrimônio<br />

<strong>Vivo</strong> de <strong>Pernambuco</strong> em 2006. “Não foram só a história e a tradição. O<br />

lado social foi decisivo para nos transformar em patrimônio”, afirma.<br />

Graças à bolsa vitalícia, o clube teve a sede reformada, onde ficam expostos<br />

quadros, fotografias e uma réplica do gigante feita pelo conhecidíssimo<br />

pai dos bonecos olindenses, Sílvio Botelho. Além disso, um pequeno museu,<br />

no primeiro andar, reúne troféus, reportagens e vídeos sobre o bloco.<br />

O espaço fica aberto à visitação de quinta a domingo, a partir de novembro<br />

até o Carnaval. “Não ficamos abertos o ano inteiro por falta de segurança<br />

pública e de uma estrutura de turismo da Cidade Alta, o que é uma pena.”<br />

O Homem da Meia-Noite virou também números e contabilidade.<br />

Figura tarimbada e recorrente quando o assunto é representar Olinda ou<br />

o Carnaval pernambucano, o calunga é o ícone mais lembrado, junto com<br />

a sombrinha de frevo. Essa demanda também pode custar caro. A figura<br />

do galanteador foi patenteada pelo clube. “Dependendo de como ele está<br />

sendo usado, a gente cobra direitos de imagem. Porque havia umas empresas<br />

de publicidade que faziam campanha tendo a figura do calunga em<br />

destaque sem pagar nada. Agora esse dinheiro é também mais uma forma<br />

de a gente manter o bloco”, explica Luiz.

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