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A R T I G O<<strong>br</strong> />

Uma realidade perversa<<strong>br</strong> />

e inaceitável<<strong>br</strong> />

Matias Rempel*<<strong>br</strong> />

Roberto Liebgott**<<strong>br</strong> />

Chama atenção em <strong>2015</strong> o registro de dezenas de casos<<strong>br</strong> />

de violências e ações criminosas praticadas com<<strong>br</strong> />

requintes de crueldade contra os povos indígenas,<<strong>br</strong> />

especialmente os Guarani e Kaiowá, no Mato Grosso do Sul.<<strong>br</strong> />

Atos de tortura, por exemplo, são inaceitáveis e não podem<<strong>br</strong> />

jamais ser justificados por qualquer disputa territorial.<<strong>br</strong> />

Este relatório reúne alguns destes fatos, caracterizados por<<strong>br</strong> />

perseguição criminosa e racismo e, infelizmente, marcados<<strong>br</strong> />

pela recorrente impunidade. Os casos também indicam<<strong>br</strong> />

que os fazendeiros criaram e têm qualificado milícias para<<strong>br</strong> />

atacar comunidades extremamente vulneráveis, e contra<<strong>br</strong> />

elas praticar as mais variadas formas de agressão. Estes<<strong>br</strong> />

covardes atos demonstram que os criminosos envolvidos<<strong>br</strong> />

se sentem legitimados pelo poder público; já que quase<<strong>br</strong> />

nunca são abertos inquéritos para apurar os crimes denunciados<<strong>br</strong> />

pelos indígenas.<<strong>br</strong> />

Assassinatos, espancamentos, sequestros, torturas e<<strong>br</strong> />

estupros. Esses são alguns dos crimes praticados contra os<<strong>br</strong> />

povos indígenas que lutam pela demarcação de suas terras<<strong>br</strong> />

ancestrais no Brasil. Diante de tanta violência o que se vê,<<strong>br</strong> />

por um lado, é a omissão dos órgãos de segurança que,<<strong>br</strong> />

quando foram acionados pela Fundação Nacional do Índio<<strong>br</strong> />

Jacson Santana<<strong>br</strong> />

* Missionário e mem<strong>br</strong>o da Coordenação Colegiada do Regional do Cimi no Mato Grosso do Sul e graduando em História pela Universidade Federal de Santa<<strong>br</strong> />

Maria (UFSM)<<strong>br</strong> />

** Missionário e coordenador do Regional Cimi Sul, graduado em Filosofia na Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição (Fafimc) e em Direito<<strong>br</strong> />

na Pontifícia Universidade Católica do rio Grande do Sul (PUC-RS)<<strong>br</strong> />

RELATÓRIO – Violência contra os povos indígenas no Brasil – Dados de <strong>2015</strong><<strong>br</strong> />

Conselho Indigenista Missionário - Cimi 22

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