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Jornal Cocamar Agosto 2016

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5 | <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong> | <strong>Agosto</strong> <strong>2016</strong><br />

Cotação da soja<br />

mantém sustentação<br />

No caso da soja, os preços<br />

podem não sofrer grandes<br />

reflexos, uma vez que o órgão<br />

norte-americano também<br />

elevou a demanda da<br />

safra 2015/16, que termina<br />

agora em final de agosto, e a<br />

China mantém o apetite pela<br />

importação do produto.<br />

Os brasileiros, que terão<br />

uma safra com custos mais<br />

elevados e provavelmente<br />

um dólar menos favorável<br />

na hora da venda, terão também<br />

maior concorrência externa.<br />

A pressão sobre os preços<br />

da soja poderá ser menor. O<br />

aumento de demanda diminui<br />

o estoque de passagem<br />

para a safra <strong>2016</strong>/17.<br />

Mercado de<br />

milho travado<br />

De acordo com a Scot Consultoria,<br />

o mercado de milho<br />

permanece travado, de um<br />

lado com os compradores resistindo<br />

em pagar mais e, de<br />

outro, os vendedores não<br />

querendo fixar o produto a<br />

preços mais baixos. Com<br />

isso, temos uma movimentação<br />

menor no mercado.<br />

Além disso, os especialistas<br />

reforçam que os participantes<br />

do mercado permanecem<br />

atentos às informações sobre<br />

as importações do cereal e<br />

também em relação às exportações.<br />

Há, segundo eles,<br />

uma expectativa de redução<br />

nas exportações de milho no<br />

68,5<br />

milhões de t é quanto<br />

deve ser a produção<br />

brasileira em 2015/16<br />

A relação estoque-consumo<br />

é de apenas 8,2%, segundo<br />

a consultoria AgRural.<br />

O mesmo não ocorre com<br />

o milho, cuja oferta cresce<br />

não apenas nos Estados Unidos<br />

mas também na Argentina,<br />

dois tradicionais exportadores<br />

do cereal.<br />

Com a isenção de impostos<br />

nas exportações, o cereal<br />

ganha a preferência dos argentinos<br />

no plantio. Após<br />

produzir 28 milhões de toneladas<br />

de milho nesta safra,<br />

os argentinos deverão colher<br />

36,5 milhões na próxima, segundo<br />

o Usda.<br />

A relação entre estoque e<br />

consumo no milho será de<br />

16,6%, uma margem que poderá<br />

influenciar os preços,<br />

segundo especialistas.<br />

segundo semestre, até mesmo<br />

em função do câmbio<br />

que recuou. E se pensar na<br />

oferta mundial, há os EUA<br />

com projeção de grande<br />

safra e tornando-se mais<br />

competitivo nos embarques.<br />

Contudo, o mercado acredita<br />

que a quebra registrada<br />

na segunda safra de milho<br />

deve limitar a queda nos<br />

preços no curto e médio prazos.<br />

Apesar do mercado<br />

mais “frouxo” nesse instante,<br />

a oferta restrita ainda é um<br />

fator de limitação das quedas.<br />

A expectativa ainda é de<br />

preços firmes.<br />

Estoques de suco de laranja<br />

devem chegar a níveis<br />

reduzidos no próximo ano<br />

Os mais recentes dados divulgados<br />

pela Citrus BR destacaram<br />

que os estoques de<br />

sucos de laranja devem chegar<br />

aos mais baixos níveis<br />

no próximo ano.<br />

Os estoques brasileiros globais<br />

de suco de laranja somaram<br />

351.567 toneladas em<br />

30 de junho de <strong>2016</strong>. No<br />

mesmo levantamento, apurou-se<br />

que o rendimento industrial<br />

estimado para a safra<br />

<strong>2016</strong>/2017 será de 291,8<br />

caixas para se produzir uma<br />

tonelada de suco. O segundo<br />

pior rendimento da história.<br />

É POUCO - Com uma produção<br />

estimada em 246 milhões<br />

de caixas de laranjas<br />

segundo o FundeCitrus, e levando-se<br />

em conta que 39<br />

milhões de caixas sejam destinadas<br />

ao mercado interno,<br />

o total de fruta disponível<br />

para processamento das empresas<br />

associadas e não associadas<br />

à CitrusBR deve ser<br />

de 206,7 milhões de caixas.<br />

O que, se mantidas as previsões,<br />

pode resultar num total<br />

de apenas 708.499 toneladas<br />

de suco de laranja FCOJ equivalente<br />

produzidos nessa<br />

safra. Em queda de 18% em<br />

relação ao ano anterior. Somando<br />

a esse total, as<br />

351.567 toneladas dos estoques,<br />

mais as 17 mil toneladas<br />

de sucos produzidos nos<br />

Estados do Paraná e Rio<br />

Grande Do Sul, que se incorporam<br />

aos estoques paulistas,<br />

a quantidade total disponível<br />

na safra <strong>2016</strong>/17,<br />

deve girar em torno de 1,77<br />

milhão de toneladas. O que<br />

pode fazer com que as indústrias<br />

brasileiras cheguem em<br />

junho de 2017, com os mais<br />

baixos níveis de estoques da<br />

história.<br />

NA FLÓRIDA - A safra<br />

2015/16 de laranjas da Flórida<br />

se encerrou em julho e<br />

a primeira previsão para a<br />

temporada <strong>2016</strong>/17 não é<br />

nada boa: 60,5 milhões de<br />

caixas. A previsão foi feita<br />

pela consultora independente<br />

Elizabeth Steger. Caso<br />

essa previsão se confirme,<br />

o volume será 26%<br />

menor à safra passada que<br />

se encerrou com 81,5 milhões<br />

de caixas e representaria<br />

a menor produção do<br />

estado americano em 53<br />

anos.<br />

Após atingir 766 mil toneladas<br />

em 2013, os estoques<br />

caíram para 510 mil em<br />

junho de <strong>2016</strong>, e para 352<br />

mil no mesmo mês deste<br />

ano. A tonelada de suco de<br />

laranja, que valia US$ 1.800<br />

há um ano, está em US$<br />

2.300.<br />

246<br />

milhões de caixas<br />

é a expectativa de<br />

produção brasileira<br />

Baixo rendimento<br />

industrial contribui<br />

para redução da<br />

oferta do suco

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