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Jornal Cocamar Agosto 2016

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78 | <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong> | <strong>Agosto</strong> <strong>2016</strong><br />

ORIENTAÇÃO<br />

Uma nova forma de cálculo<br />

Os pesquisadores que coordenam<br />

o trabalho empregado<br />

como base para a recomendação<br />

da <strong>Cocamar</strong>,<br />

Marcelo Scapin, da Fundecitrus,<br />

e Hamilton Ramos,<br />

do IAC, sugerem uma nova<br />

forma de cálculo e adequação<br />

do volume de calda<br />

conhecida como cubicagem<br />

de plantas, padronizando a<br />

linguagem e a forma de<br />

calcular a mesma nas pulverizações.<br />

Para validar os resultados<br />

obtidos com a redução do volume<br />

de calda nas pulverizações<br />

de controle de pragas e<br />

doenças, a equipe técnica da<br />

<strong>Cocamar</strong> realizou no mês de<br />

junho um experimento no<br />

pomar da produtora Elaine<br />

Mari Shiozaki, em Guairaçá,<br />

região de Paranavaí, para o<br />

controle do ácaro da falsa ferrugem.<br />

O cálculo do volume de<br />

copa é feito pela multiplicação<br />

da altura das plantas<br />

pelo diâmetro da copa no<br />

sentido entre plantas (espaçamento<br />

entre plantas) e<br />

pelo diâmetro da copa no<br />

sentido entre linhas (profundidade).<br />

E em vez de utilizar como<br />

medida para cálculo<br />

do volume de água litros<br />

por hectare (l/ha), passar<br />

a calcular em mililitros<br />

por me-tro cúbico (ml/m 3 ).<br />

“Fica mais fácil de entender<br />

e dar precisão às doses<br />

necessárias para cada<br />

tipo de controle (praga ou<br />

doença), pois em volume<br />

de calda por hectare<br />

(l/ha), temos uma grande<br />

variação entre tamanho e<br />

número de plantas”, explica<br />

o agrônomo Paulo<br />

Maraus.<br />

Além de trabalhar com a<br />

dimensão da copa, buscase<br />

melhor distribuição da<br />

calda, aumentando o número<br />

de bicos do pulverizador<br />

e ajustando velocidade<br />

e pressão do turboatomizador.<br />

Um dos objetivos é obter melhor distribuição da calda<br />

Experimento no Paraná valida resultados<br />

O experimento foi feito em<br />

talhões da variedade pera<br />

sobre porta enxerto limão<br />

cravo, com índice de ácaro da<br />

ferrugem acima de 90%. Foram<br />

feitos quatro tratamentos<br />

com duas repetições cada<br />

– testemunha, convencional,<br />

usando baixa vazão com<br />

dose normal e baixa vazão<br />

com dose do produto corrigida.<br />

O objetivo do trabalho foi<br />

comparar a cobertura e o controle<br />

da praga, trabalhando<br />

com bicos convencionais e<br />

bicos que possibilitem adequar<br />

vazões mais baixas,<br />

adequando a dose do produto.<br />

Também foi avaliada a<br />

redução do insumo, do diesel<br />

e a economia de água nos tratamentos<br />

sugeridos.<br />

IDEAL - Os melhores resultados<br />

foram obtidos com as<br />

pulverizações que apresentaram<br />

baixa vazão e dose normal<br />

do produto, que se<br />

mostrou eficiente tanto nos<br />

aspectos de cobertura e controle<br />

do ácaro da falsa ferrugem,<br />

como no aspecto econômico.<br />

Segundo os técnicos,<br />

houve uma economia de insumo<br />

e de água de 41% e de<br />

12% de óleo diesel, com rendimento<br />

operacional bem superior.<br />

As pulverizações foram realizadas<br />

utilizando turbo-atomizador<br />

Jacto Arbus 4000,<br />

com pressão de trabalho de<br />

150 lbs/pol2. No tratamento<br />

convencional usou-se ramal<br />

especial com bicos 3 e difusores<br />

25; bicos 4 e difusores 25<br />

e 45; e bicos 5 e difusores 45<br />

(bilateral). Já nos tratamentos<br />

de baixa vazão, foi empregado<br />

ramal especial com bicos<br />

4 e difusores 25 (bilateral).<br />

As dosagens e os bicos<br />

sugeridos foram calculados<br />

segundo a metodologia da cubicagem<br />

de plantas.<br />

O controle eficaz depende do<br />

volume aplicado, mas também<br />

da forma como a calda (mistura<br />

de defensivo e água) é distribuída<br />

sobre a superfície das plantas”<br />

SÉRGIO VILLELA LEMOS, engenheiro<br />

agrônomo da <strong>Cocamar</strong>/Paranavaí

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