Jornal Cocamar Agosto 2016
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76 | <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong> | <strong>Agosto</strong> <strong>2016</strong><br />
ORIENTAÇÃO<br />
Menos água na pulverização<br />
traz mais eficiência e economia<br />
Com base em pesquisas realizadas pela Fundecitrus e o<br />
IAC, a <strong>Cocamar</strong> recomenda a redução do volume de calda<br />
em aplicações de defensivos no pomar. POR MARLY AIRES<br />
As aplicações de defensivos<br />
nos pomares<br />
de citros com<br />
turbo pulverizador,<br />
utilizando um volume único<br />
de calda, sem considerar outros<br />
fatores, pode comprometer<br />
a eficiência. De acordo<br />
com a orientação de especialistas,<br />
é preciso levar em conta,<br />
também, aspectos como o<br />
alvo a ser atingido, as características<br />
do produto, as regulagens<br />
e calibrações da máquina<br />
ou o momento da aplicação<br />
e também as condições<br />
ambientais.<br />
Devido a pressão e os volumes<br />
de aplicação elevados, as<br />
perdas podem variar de 30%<br />
a 70% do produto aplicado.<br />
Segundo os engenheiros agrônomos<br />
Sérgio Villela Lemos e<br />
Paulo Francisco Maraus, da<br />
unidade da <strong>Cocamar</strong> em Paranavaí,<br />
noroeste do Estado,<br />
não é necessário visualizar a<br />
calda escorrendo sobre a copa,<br />
como se preconiza tradicionalmente<br />
entre os produtores.<br />
CONTROLE EFICAZ - “O produto<br />
que efetivamente controla<br />
a praga, doença ou<br />
planta daninha, é aquele que<br />
atinge o alvo. Quanto menor<br />
a diferença entre o volume<br />
aplicado e o que atingiu o<br />
alvo, maior a economia na<br />
aplicação e mais eficiente e<br />
econômico se torna o tratamento<br />
fitossanitário”, explica<br />
Lemos. Ele ressalta que “o<br />
controle eficaz depende do volume<br />
aplicado, mas também<br />
da forma como a calda (mistura<br />
de defensivo e água) é<br />
distribuída sobre a superfície<br />
das plantas”.<br />
Com base em resultados de<br />
pesquisas realizadas pelo<br />
Fundecitrus (Fundo de Defesa<br />
da Citricultura) e o IAC (Instituto<br />
Agronômico de Campinas),<br />
a equipe técnica da <strong>Cocamar</strong><br />
tem preconizado a redução<br />
do volume de calda nas<br />
pulverizações. “É uma tendência<br />
na citricultura que diminui<br />
significativamente o custo,<br />
o consumo de água e aumenta<br />
o rendimento operacional,<br />
protegendo ainda mais o<br />
meio ambiente. Muitos citricultores<br />
paulistas vêm utilizando<br />
e obtendo maior êxito<br />
no controle fitossanitário”,<br />
acrescenta Lemos.<br />
DICAS - Maraus salienta que<br />
para garantir uma boa cobertura,<br />
o produtor tem que levar<br />
em conta o tamanho de<br />
planta, a deriva, o tamanho<br />
de gota, a densidade da copa,<br />
a forma e o volume de planta,<br />
o volume d’água pulverizado,<br />
a velocidade de deslocamento<br />
do pulverizador, o vento, o<br />
tipo de equipamento, o volume<br />
e a velocidade de saída<br />
de ar do pulverizador, a distância<br />
do pulverizador até o<br />
alvo e a combinação de bicos<br />
no pulverizador em relação à<br />
planta.<br />
“Os maiores prejuízos nas<br />
pulverizações são causados<br />
por aplicações inadequadas.<br />
As perdas são associadas, na<br />
maioria dos casos, ao escorrimento<br />
de gotas muito grossas,<br />
deriva ou a evaporação<br />
de gotas muito finas”,<br />
adverte.<br />
Aplicações inadequadas<br />
ocasionam perda de<br />
produto e prejuízo<br />
ao produtor