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Toolkits para capacitação no Brasil<br />
É importante participar de debates promovidos pelo governo ou que tenham representantes do governo,<br />
monitorar notícias do setor e do tema de interesse, monitorar a agenda legislativa e, além disso, ter um<br />
posicionamento e um plano de ação prontos para quando essa oportunidade surgir. Ao mesmo tempo, é preciso<br />
estar aberto ao diálogo pois muitas vezes as soluções para o enfrentamento do problema serão soluções que<br />
envolvem sugestões de várias partes interessadas, de forma a atender a todas as demandas.<br />
Pelo contato com pacientes e conhecimento profundo sobre os problemas enfrentados por eles, as associações<br />
de pacientes podem se valer dessa compreensão para discutir soluções, promover grupos focais ou rodas de<br />
discussão para ouvir propostas dos próprios pacientes e familiares e levá-las ao governo, ou serem<br />
intermediárias em projetos para o enfrentamento do problema apontado. Elas podem participar tanto da<br />
definição do problema, quanto da proposta de soluções e se engajar continuamente com o governo para que<br />
suas propostas tenham mais chance de serem atendidas.<br />
Se, no momento em que a janela se abre, as alternativas não se apresentam aos tomadores da decisão, essa<br />
janela pode se fechar e a oportunidade perdida. Recomendamos, aqui, o tópico sobre Priorização de Problemas<br />
para a organização do trabalho das associações para quando a oportunidade surgir.<br />
Para refletir:<br />
Pense em exemplos de janelas de oportunidades criadas de forma espontânea ou imprevisível no seu tema<br />
de interesse. Responda às perguntas:<br />
- Existem janelas de oportunidade abertas para o diálogo com o governo?<br />
(Caso a resposta seja negativa: Estamos prontos para discutir o tema quando essas janelas surgirem<br />
novamente?)<br />
- Temos um plano de ação bem estabelecido?<br />
- Temos clareza do que queremos com essa colaboração?<br />
- Temos clareza do que podemos oferecer com essa colaboração?<br />
- Temos apoio da equipe interna para levar adiante uma possível colaboração?<br />
- Estamos preparados para arcar com recursos necessários (tempo da equipe, recursos humanos,<br />
viagens e outros recursos financeiros, material) para essa parceria?<br />
3.8 Ética e Compliance<br />
Os códigos de ética são uma prática eminentemente americana e nasceram baseados em aspectos de ordem<br />
legal, disciplinar e punitiva em face das exigências do stakeholder externo: governo, sociedade e consumidores<br />
(CRESSEY; MOORE, 1983). Na evolução para a ética de integridade, Paine (1994) redefine o código de ética como<br />
qualquer documento da organização que instile valores de integridade ética para guiar e forjar o<br />
comportamento e a tomada de decisão ética por parte dos funcionários, não importando sua forma, desde de<br />
que seu foco esteja em valores ou aspirações: código de conduta, declaração de visão, propósitos, crenças,<br />
princípios ou valores.<br />
No Brasil, o Instituto Ethos (2000) reitera: 'O código de ética ou de compromisso social é um instrumento de<br />
realização da visão e missão da empresa, que orienta suas ações e explicita sua postura social a todos com quem<br />
mantém relações' (ETHOS, 2000, p. 5) 4 .<br />
O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, criou, no ano 2000, um guia que ajuda as organizações<br />
a formular e implantar o seu código de ética 5 , um instrumento útil para dar aos profissionais de uma organização<br />
4 Trecho extraído do artigo: Cherman & Tomei, 2005, Rev. adm. contemp. vol.9 no.3 Curitiba, Códigos de ética corporativa e a tomada de decisão ética:<br />
instrumentos de gestão e orientação de valores organizacionais<br />
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