Práticas de Educacao-Fisica-na-Educacao-Infantil
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em alguém ou já receberam a massagem -<br />
nesse caso, po<strong>de</strong>riam <strong>de</strong>monstrar a técnica<br />
em alguém.<br />
Após, com a música <strong>de</strong> fundo, foi solicitado<br />
aos alunos que fechassem seus olhos e respirassem<br />
tranquilamente, buscando silenciar<br />
os pensamentos. Nessa etapa da aula,<br />
po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>dicar mais tempo, para os alunos<br />
conseguirem silenciar por mais tempo. Em<br />
alguns momentos, ainda mais no primeiro<br />
contato com essa experiência, muitos apresentaram<br />
dificulda<strong>de</strong>s em concentrar-se.<br />
Na sequência, foi oferecido para duplas uma<br />
bolinha e solicitado que cada integrante da<br />
dupla massagiasse alguma parte do próprio<br />
corpo e <strong>de</strong>pois experimentasse massagear o<br />
colega. A i<strong>de</strong>ia é que as crianças conseguissem<br />
i<strong>de</strong>ntificar as partes do corpo que estão<br />
sendo massageadas. Então, o professor foi<br />
di<strong>na</strong>mizando a proposta para que passassem<br />
pelas partes do corpo e conseguissem<br />
memorizá-las. Caso algumas partes do corpo<br />
não fossem i<strong>de</strong>ntificadas, o professor sugeriu<br />
que fossem massageadas, complementando<br />
as informações nomeando-as. Assim sendo,<br />
a sequência didática da aula contou com as<br />
seguintes etapas: 1) Conceito <strong>de</strong> massagem;<br />
2) Técnicas <strong>de</strong> respiração, 3) Massagem individual<br />
e coletiva, 4) Conhecimento das diferentes<br />
partes do corpo humano.<br />
Benefícios da ativida<strong>de</strong> <strong>na</strong> fase infantil<br />
Dado o exposto, verificou-se a necessária articulação<br />
entre Educação Física e Educação<br />
<strong>Infantil</strong>, prevendo projetos pedagógicos que<br />
fomentem o conhecimento corporal e técnicas<br />
<strong>de</strong> relaxamento. Sua prática no cotidiano<br />
escolar po<strong>de</strong> auxiliar a amenizar a hiperativida<strong>de</strong>,<br />
o estresse, a insônia e ansieda<strong>de</strong><br />
dos educandos.<br />
No nível bioquímico, ocorreu um aumento<br />
da liberação <strong>de</strong> endorfi<strong>na</strong>s – os hormônios<br />
do bem-estar – e a criança sentiu-se feliz. A<br />
circulação sanguínea também foi favorecida<br />
e toxi<strong>na</strong>s removidas – o que é ótimo para o<br />
sistema nervoso em pleno <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
O padrão respiratório também melhorou,<br />
pois a respiração <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser mais curta<br />
e as inspirações tor<strong>na</strong>ram-se mais lentas e<br />
profundas.<br />
Foi por meio da coleta <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos das<br />
crianças que participaram do projeto e observação<br />
<strong>de</strong> suas condutas <strong>de</strong>ntro do espaço<br />
escolar que verificamos os impactos que<br />
o projeto trouxe para a vida diária <strong>de</strong>las. A<br />
princípio, as crianças ficaram bem tímidas,<br />
apresentaram dificulda<strong>de</strong>s para se concentrar.<br />
Ao longo do processo, essa barreira inicial<br />
foi sendo transposta. As crianças passaram<br />
a <strong>de</strong>monstrar maior interesse durante<br />
as ativida<strong>de</strong>s e mostraram-se bem mais participativas.<br />
No que diz respeito à execução<br />
das ativida<strong>de</strong>s pelas crianças, algumas dificulda<strong>de</strong>s<br />
foram diagnosticadas, problemas<br />
relacio<strong>na</strong>dos à movimentação, ao equilíbrio<br />
e à socialização.<br />
Em síntese, verificamos uma melhora significativa<br />
<strong>na</strong> concentração <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s<br />
diárias, bem como maior conhecimento do<br />
seu corpo e a socialização/fortalecimento<br />
<strong>de</strong> vínculos com os colegas. O relaxamento<br />
oportunizou momentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso e bem<br />
-estar para as crianças.<br />
As práticas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s físicas, lúdicas e<br />
recreativas representam não ape<strong>na</strong>s uma<br />
questão <strong>de</strong> benefício físico <strong>na</strong> fase infantil,<br />
mas uma necessida<strong>de</strong> para o a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>senvolvimento<br />
cognitivo, psicológico e relacio<strong>na</strong>l<br />
das crianças.<br />
Referências<br />
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<strong>de</strong> 1996. Estabelece as diretrizes e bases da<br />
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Fe<strong>de</strong>rativa do Brasil, Po<strong>de</strong>r Legislativo,<br />
Brasília, DF, 23 <strong>de</strong>z. 1996. Seção 1, n. 248, p.<br />
27833-27841.<br />
CURITIBA. Prefeitura Municipal. Secretaria<br />
Municipal da Educação. Ca<strong>de</strong>rno pedagógico:<br />
movimento. Curitiba: SME, 2009.<br />
NISTA-PICOCOLO, V. L.; MOREIRA, W. W. Corpo<br />
em movimento <strong>na</strong> Educação <strong>Infantil</strong>. São<br />
Paulo: Telos, 2012. (Coleção educação física<br />
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SILVA, S. C. V. da. Jogos e Brinca<strong>de</strong>iras <strong>na</strong><br />
infância: curso <strong>de</strong> pedagogia. Itajaí: Universida<strong>de</strong><br />
do Vale do Itajaí: Biguaçu UNIVALI<br />
Virtual, 2013.<br />
Ricardo da Costa Pereira<br />
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