Práticas de Educacao-Fisica-na-Educacao-Infantil
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e roti<strong>na</strong>s das crianças. Neste momento, a Coor<strong>de</strong><strong>na</strong>doria<br />
Técnica elaborou um instrumento <strong>de</strong> coleta<br />
para i<strong>de</strong>ntificar o perfil do Professor <strong>de</strong> Educação<br />
Física que atuará <strong>na</strong> Educação <strong>Infantil</strong>.<br />
Alguns indicadores foram priorizados: gênero, formação<br />
acadêmica, atuação <strong>na</strong> área. Os dados apontaram<br />
que a composição etária <strong>de</strong>stes professores<br />
é formada <strong>na</strong> sua maioria entre 25 e 35 anos. Onze<br />
por cento são acima <strong>de</strong> 50 anos. Quanto ao gênero<br />
a composição do grupo é equilibrada. Em relação<br />
à formação inicial, constatou-se que a maioria tem<br />
sua formação inicial pela Universida<strong>de</strong> do Vale do<br />
Itajaí (UNIVALI), porém aparecem outras instituições<br />
como UNIFEBE e FURB. Noventa e sete por cento<br />
possuem formação inicial, com curso superior completo,<br />
ou seja, temos um número significativo <strong>de</strong><br />
profissio<strong>na</strong>is habilitados. Destes setenta e oito por<br />
cento dos profissio<strong>na</strong>is possuem especialização,<br />
sessenta e sete por cento com uma pós-graduação<br />
e vinte e sete com duas.<br />
Ao serem questio<strong>na</strong>dos sobre as leituras a respeito<br />
da infância, <strong>na</strong> formação especialmente <strong>na</strong> faixa<br />
etária <strong>de</strong> 0 a 5 anos, setenta e um por cento afirmam<br />
ter realizado leituras sobre a infância. Em relação<br />
a experiência <strong>na</strong> área, sessenta e três por cento<br />
já realizou trabalhos com crianças nesta faixa etária.<br />
E trinta e cinco por cento não <strong>de</strong>senvolveu nenhuma<br />
ativida<strong>de</strong> com crianças <strong>de</strong> 0 a 5 anos.<br />
Além do perfil os professores respon<strong>de</strong>ram sobre<br />
suas expectativas em relação a este trabalho. As respostas<br />
foram: realizar um ótimo trabalho, contribuir<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo e aprendizagem<br />
das crianças, experimentar novas vivências. Apesar<br />
das respostas mostrarem expectativas boas em relação<br />
ao trabalho, gran<strong>de</strong> parte dizia não possuir conhecimento<br />
<strong>de</strong>sta faixa etária e precisar <strong>de</strong> suporte<br />
<strong>de</strong> materiais, bem como <strong>de</strong> formação continuada.<br />
Os professores também foram indagados sobre suas<br />
principais dúvidas em relação a este trabalho. Uma<br />
peque<strong>na</strong> parcela respon<strong>de</strong>u como planejar, falta<br />
<strong>de</strong> experiência, material e espaço físico e, a gran<strong>de</strong><br />
maioria respon<strong>de</strong>u, conseguir planejar <strong>de</strong>ntro da roti<strong>na</strong><br />
ou não respon<strong>de</strong>u. Neste item observa-se que<br />
o planejamento ainda é um instrumento <strong>de</strong> roti<strong>na</strong><br />
e não é utilizado como guia para a organização do<br />
trabalho pedagógico. Isto se confirma novamente<br />
ao serem perguntado sobre a concepção <strong>de</strong> planejamento,<br />
a gran<strong>de</strong> maioria respon<strong>de</strong>u que serve<br />
para Organização dos conteúdos em cada turma e<br />
50%não respon<strong>de</strong>ram.<br />
A partir do conhecimento do perfil traçamos um planejamento<br />
da formação continuada que superasse<br />
o mo<strong>de</strong>lo histórico reprodutivista e <strong>de</strong> atualização<br />
<strong>de</strong> conteúdos exclusivamente teóricos, mas que tomasse<br />
como eixo formador o <strong>de</strong>senvolvimento das<br />
competências necessárias ao bom <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do trabalho.<br />
Nessa perspectiva, valorizamos um mo<strong>de</strong>lo mais indagativo<br />
e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos, <strong>de</strong> modo<br />
a levar ao exercício do protagonismo <strong>de</strong> quem planeja,<br />
executa e avalia sua própria formação. Ou seja,<br />
superar a visão individualista <strong>de</strong> que basta fornecer<br />
mais informações; recompor o equilíbrio entre os esquemas<br />
práticos predomi<strong>na</strong>ntes e os esquemas teóricos<br />
inovadores; refletir sobre situações práticas e<br />
gerar mudanças <strong>na</strong> cultura escolar tradicio<strong>na</strong>l, bem<br />
como incentivar a mudança e a inovação.<br />
Como resultado da formação continuada os professores<br />
e professoras <strong>de</strong> Educação Física têm <strong>de</strong>senvolvido<br />
práticas <strong>na</strong> Educação <strong>Infantil</strong> que proporcio<strong>na</strong>m<br />
espaços em que a criança apren<strong>de</strong>, brinca, se<br />
<strong>de</strong>senvolve, se relacio<strong>na</strong> com outras crianças, dialoga,<br />
<strong>de</strong>senvolve seus aspectos cognitivos, sociais,<br />
afetivos. E isso é essencial, já que é a primeira experiência<br />
educacio<strong>na</strong>l da criança fora do ambiente familiar,<br />
longe dos pais, que são os meios <strong>de</strong> proteção.<br />
Enten<strong>de</strong>mos que todo o processo <strong>de</strong> implantação<br />
da Educação Física <strong>na</strong> Educação <strong>Infantil</strong> é um momento<br />
oportuno para os educadores físicos reivindicarem<br />
seu espaço nesta etapa da Educação Básica,<br />
para realização <strong>de</strong> práticas que instiguem discussões<br />
e uma reflexão mais profunda sobre o papel<br />
<strong>de</strong>ste profissio<strong>na</strong>l e sua valiosa contribuição para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da criança.<br />
A presença <strong>de</strong> um professor <strong>de</strong> Educação Física <strong>na</strong><br />
Educação <strong>Infantil</strong> é a comunicação, a compreensão,<br />
a leitura, a interação e o envolvimento, a promoção<br />
da evolução da criança por intermédio das manifestações<br />
corporais, do movimento, do jogo e das ativida<strong>de</strong>s<br />
lúdicas. Essas capacida<strong>de</strong>s são exercitadas<br />
pelos profissio<strong>na</strong>is que, conscientes da importância<br />
das primeiras comunicações não verbais entram em<br />
comunicação corporal com as crianças e promovem<br />
seu <strong>de</strong>senvolvimento integral. (ROCHA, s/d)