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DEMOCRACIA

CEGOV2016EditorialGTEconomiaCriativadigital

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Pequim, Xangai e Shenzhen. Assim, na China, “as cidades mais prósperas apresentam<br />

abundância de recursos criativos” (MADEIRA, 2014, p. 149).<br />

Em 2006 foi lançado o XI Plano Quinquenal, que destacou a importância<br />

da cultura e da agregação de valor. Ainda nesse ano, foi criado o Departamento de<br />

Indústria Cultural do Ministério da Cultura, consolidando a institucionalização<br />

da economia criativa no governo central em Pequim. Outros órgãos setoriais também<br />

cumprem esse papel de institucionalização em setores criativos não culturais,<br />

como o State Administration of Radio, Film and TV (Sarft), o General Administration<br />

of Press and Publishing (GAPP), ou o Ministry of Science and Technology<br />

(MoST) (MADEIRA, 2014).<br />

144<br />

Em 2011, na VI Sessão Plenária do XVII Comitê Central, foi aprovada longa<br />

resolução sobre a reforma do setor cultural, destacando-se, entre as medidas,<br />

a “promoção da cultura e a aceleração do desenvolvimento da indústria cultural”<br />

(MADEIRA, 2014, p. 150). No mesmo ano, o XII Plano Quinquenal mencionou<br />

“que as indústrias criativas devem se tornar um dos pilares da economia nacional”<br />

(MADEIRA, 2014, p. 150). Em outubro de 2015, o Comitê Central do Partido<br />

Comunista Chinês determinou que a inovação assumiria posição central para o<br />

desenvolvimento da China no próximo Plano Quinquenal de 2016, com ênfase<br />

em setores como ciência, tecnologia e cultura. Nesse sentido, o governo planeja<br />

encorajar um sistema que favoreça a inovação e uma melhor alocação de recursos,<br />

incluindo mão de obra, capital, terras, tecnologia e gerenciamento.<br />

Nesse sentido, o presente capítulo busca identificar, a partir da análise das<br />

políticas chinesas recentes, a evolução das Indústrias Culturais e Criativas (ICC) na<br />

China, traçando breves considerações sobre as oportunidades de cooperação junto<br />

ao Brasil. Como tais setores são fundamentais para o desempenho econômico no<br />

século XXI, parte-se do argumento principal de que as políticas chinesas inserem-<br />

-se em um contexto de modernização da economia em questão, tratando-se de um<br />

esforço coordenado em diversos setores.<br />

Este capítulo é composto por seis seções. Após esta breve introdução, a<br />

segunda seção traz um panorama geral da ascensão chinesa, seus impactos nas<br />

relações internacionais e seus desdobramentos mais recentes. A terceira seção descreve<br />

como as indústrias culturais e criativas podem ser uma saída para um novo<br />

modelo de crescimento para o país, que passa por uma desaceleração. Na quarta<br />

seção, aspectos das relações bilaterais são elencados, com atenção especial à cooperação<br />

em economia criativa. A quinta seção descreve possibilidades de cooperação<br />

para um conjunto de setores selecionados das indústrias culturais e criativas,<br />

quais sejam: audiovisual; música; design, arquitetura e artesanato; e teatro. Na<br />

sexta e última seção, são feitas as considerações finais.<br />

[ CEGOVCAPACIDADE ESTATAL E <strong>DEMOCRACIA</strong> ]

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