2017 - Revista PME
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Os resultados do estudo anual realizado pela DPAI (Divisão de<br />
Peças e Acessórios Independentes) da ACAP sobre o estado do<br />
setor da distribuição de peças em Portugal, revelam uma melhoria<br />
dos indicadores de saúde financeira das empresas<br />
Os dados revelados neste Observatório<br />
são referentes ao ano de 2015, mas<br />
comparam-se com os três anos anteriores,<br />
uma vez que já é o sexto ano consecutivo<br />
que a DPAI da ACAP faz este<br />
estudo sobre os principais rácios financeiros<br />
e económicos das empresas que<br />
compram peças para vender.<br />
Os rácios apresentados neste estudo<br />
resultam de um prospeção de 1.397<br />
empresas, às quais foram analisados os<br />
valores médios das diferentes rubricas<br />
incluídas no balanço e demonstração de<br />
resultados das organizações.<br />
Os rácios são importantes para a gestão<br />
porque conseguem sintetizar apenas<br />
num número uma determinada situação<br />
de um negócio. Ou até mesmo uma<br />
evolução desse negócio, permitindo visualizar<br />
os parâmetros chave da atividade.<br />
Servem para determinar objetivos,<br />
preparar decisões e enquadrar a gestão.<br />
São uma espécie de “semáforo”, que deve<br />
desencadear uma análise e conduzir a<br />
uma determinada decisão. Obviamente,<br />
são, também, um instrumento incontornável<br />
para efetuar comparações com<br />
outros dados disponíveis e calcular as<br />
distâncias em relação às metas próprias,<br />
à concorrência e aos indicadores internacionais,<br />
entre outros.<br />
Para que o estudo pudesse corresponder<br />
ao que se pretendia, foi dividido em<br />
quatro grandes escalões de volume de<br />
negócio:<br />
- Escalão A: Até €500.000<br />
- Escalão B: Mais de €500.000 e até<br />
€2.000.000<br />
- Escalão C: Mais de €2.000.000 e até<br />
€5.000.000<br />
- Escalão D: Acima de €5.000.000<br />
PESO DE CADA ESCALÃO<br />
NO TOTAL DO SETOR<br />
As empresas de maior dimensão crescem mais. Os<br />
escalões com negócio superior a €2.000.000 viram o<br />
seu peso em relação ao total aumentar ao longo dos<br />
últimos quatro anos.<br />
44,8%<br />
13,9%<br />
27,7%<br />
13,5%<br />
2012<br />
47,2%<br />
14,4%<br />
25,5%<br />
12,8%<br />
2013<br />
46,2%<br />
15,9%<br />
25,9%<br />
12,1%<br />
2014<br />
Escalão A: Faturação < €500.000<br />
Escalão B: Faturação > €500.000 e < €2.000.000<br />
Escalão C: Faturação > €2.000.000 e < €5.000.000<br />
Escalão D: Faturação > €5.000.000<br />
46,7%<br />
16,9%<br />
24,2%<br />
12,3%<br />
2015<br />
Em primeiro lugar, refira-se que 67,5%<br />
do setor da distribuição de peças é constituído<br />
por empresas do Escalão A (até<br />
€500.000). O Escalão B inclui 24,3% das<br />
empresas, o Escalão C tem 5,4% e o Escalão<br />
D tem 2,8% das 1.397 empresas<br />
que constituem a amostra.<br />
O dinheiro nas empresas e, em especial,<br />
neste setor das peças, está em bancos,<br />
clientes e existências, uma vez que este<br />
negócio exige grandes recursos de capital.<br />
Por exemplo, em cada €100 vendidos<br />
é necessário gastar, aproximadamente,<br />
€75 em material, pelo que a<br />
quantidade de dinheiro necessário para<br />
investir neste negócio é muito elevada.<br />
Assim, acompanhar de perto a saúde<br />
financeira das empresas, é ainda mais<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
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