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48 Sócios&Negócios 01 | dezembro 2014<br />

quase nove vezes a lucratividade média por<br />

hectare em Rondônia”, explica Eduardo Sartor.<br />

O sistema adotado pelos criadores permite<br />

obter um boi acabado, de vinte arrobas,<br />

pronto para o abate, num prazo de dois anos.<br />

“O normal na atividade é alcançar esse<br />

peso num período de três a quatro anos”, diz<br />

Sartor. Além disso, os pecuaristas conseguiram<br />

atingir uma produção de quatro unidades-animais<br />

(UA) por hectare, ou seja, quatro<br />

vezes a média rondoniense.<br />

Rentabilidade | “Hoje, o pecuarista tem<br />

um resultado médio de cinco arrobas por animal,<br />

mas com um custo de três arrobas, gerando<br />

um lucro líquido de duas arrobas. Considerando<br />

o valor de R$ 120 por arroba do boi<br />

gordo, o lucro médio do produtor hoje é de R$<br />

240 por hectare por ano”, afirma Sartor.<br />

Com o novo sistema de produção, o lucro<br />

líquido foi equivalente a R$ 60 por arroba<br />

produzida. “Tivemos um ganho médio de<br />

peso de oito arrobas por animal, multiplicado<br />

por quatro animais por hectare, o experimento<br />

teve um resultado líquido de R$<br />

1.920 por hectare”, garante.<br />

Arrendamento | De acordo com Sartor, muitos<br />

pecuaristas estão optando por arrendar suas<br />

terras para produtores de soja na região. “Hoje,<br />

a pecuária rende em média uns R$ 240 por hectare,<br />

valor que corresponde a 4,36 sacas de soja,<br />

numa cotação média de R$ 55 a saca”, explica.<br />

“Sabemos que, com o arrendamento para<br />

a produção de soja, esse mesmo proprietário<br />

recebe em torno de oito sacas, ou seja, um ganho<br />

líquido anual de R$ 440 por hectare, sem<br />

precisar fazer nada”, diz. “Porém, apesar de<br />

lucrar o dobro da média, isso na prática significa<br />

abandonar a atividade”, compara.<br />

Para Sartor, o lucro do arrendamento, de<br />

oito sacas por hectare, é pequeno se comparado<br />

com o resultado de R$ 1.920 por hectare<br />

(que corresponde a 34,9 sacas por hectare),<br />

obtido através das novas práticas adotadas<br />

pelos três pecuaristas do cone sul.<br />

Da porteira para dentro<br />

stamos propondo um novo conceito de<br />

“Eprodução de gado, que envolve uma série de<br />

medidas, como a recomposição das áreas degradadas,<br />

a utilização de tipos de pastagens mais adequadas, a<br />

recuperação de instalações como cochos, sistemas<br />

viários, cercas e currais, além do uso da<br />

suplementação nutricional”.<br />

Segundo Sartor, o investimento<br />

médio é de R$ 1 mil por<br />

hectare. “Queremos<br />

recuperar a pecuária da porteira para dentro”, diz.<br />

“Hoje, a agricultura para ser competitiva precisa de<br />

tecnologia, agora pergunto, por quê não podemos<br />

fazer o mesmo com a pecuária? Por quê não investir<br />

na renovação da atividade?”

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