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Ao desembarcar em Rondônia, há mais<br />
vinte anos, para gerenciar as atividades<br />
da empresa no segmento de caminhões,<br />
decidiu se estabelecer definitivamente<br />
em Porto Velho, vindo a se tornar empresário<br />
de sucesso.<br />
É proprietário da Buriti Caminhões,<br />
uma das mais tradicionais empresas desse<br />
segmento, e mantém forte atuação em<br />
Rondônia.<br />
O grupo está presente nas cidades de<br />
Porto Velho, onde se localiza a matriz da<br />
empresa, e em Vilhena, no cone sul do estado,<br />
representando marcas de perfil mundial,<br />
como Volkswagen, Man, Scania e Michelin.<br />
Na entrevista a seguir, Pacheco fala sobre<br />
empreendedorismo, cooperativismo e<br />
as perspectivas econômicas para a cidade<br />
de Porto Velho, que acaba de completar o<br />
seu centenário de fundação.<br />
O associativismo tem muita<br />
força no estado. As ações<br />
coletivas trazem resultados incríveis<br />
Enrique Egea Pacheco<br />
Você contou que nasceu na Espanha, em Barcelona, e a pergunta<br />
é inevitável: você é torcedor do Barça?<br />
Na Espanha é diferente do Brasil, onde você mora em Porto<br />
Velho e torce para o Flamengo ou Corinthians, que são times<br />
de outros estados. Lá, quem é de Barcelona torce para o Barça,<br />
que é um dos maiores times do mundo. Mas quem é de outras<br />
regiões, onde os clubes são menores, torce pelo clube da sua<br />
cidade. Seria um sacrilégio um cidadão como eu, nascido na<br />
Catalunha, torcer por exemplo para o Real Madrid...<br />
Mas seu sotaque é paulistano, sua vida foi sempre baseada na<br />
capital paulista?<br />
Exatamente, meus pais vieram de Barcelona para São Paulo<br />
quando eu era criança, só não vou te dizer em que época foi<br />
isso, vamos pular essa parte (risos). Mas, sobre São Paulo, foi<br />
onde me criei, ali comecei a fazer a escola técnica na área de<br />
mecânica, de ferramentaria, e foi quando comecei a trabalhar<br />
na Volkswagen. Foi também na capital paulista que me formei<br />
como administrador de empresas.<br />
E como você veio a conhecer o estado de Rondônia?<br />
Bom, eu viajei muito durante os anos em que trabalhei na VW,<br />
conheci praticamente todo o Brasil e boa parte da América Latina,<br />
até que surgiu o convite para gerenciar o segmento de<br />
caminhões da empresa no estado. Acabei me tornando sócio e<br />
depois fiquei sendo o único dono da empresa, a Buriti Caminhões,<br />
aqui em Porto Velho.<br />
Podemos dizer que você chegou no lugar certo e na hora certa...<br />
Sim, na verdade Porto Velho já passou por muitos ciclos de<br />
desenvolvimento econômico, ciclo do ouro, da borracha, do<br />
garimpo, e quando eu cheguei se falava muito na construção<br />
dessas usinas, mas a gente olhava meio desconfiado, e quando<br />
realmente vieram os investimentos foi realmente uma surpresa<br />
pra muita gente, inclusive para mim...<br />
Nesse caso, como você avalia que será a reação de Porto Velho<br />
e de Rondônia quando as usinas estiverem prontas, o que deverá<br />
ocorrer dentro de poucos anos...<br />
Realmente, não deve demorar muito mais tempo para que as<br />
usinas do Madeira fiquem prontas, mas eu acredito que Porto<br />
Velho não é mais só a “capital do contracheque”, como sempre<br />
se disse. Temos investimentos, não só nas usinas, mas o novo<br />
porto que está em construção, novas obras de infraestrutura,<br />
até mesmo se fala numa ferrovia vindo de Vilhena, e que poderá<br />
ir mais longe, avançando pela cordilheira em direção ao<br />
Pacífico. Mas, independente dessas grandes obras, Rondônia é<br />
um estado de agronegócio forte, em todo o interior, e a região<br />
de Porto Velho não fica atrás.