edição de 22 de janeiro de 2018

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ídias sociais, termo que, segundo o relatório, não dá mais conta da grandiosidade das redes sociais, que “mudaram tanto que hoje é difícil limitá-las a termos como social ou mídia”
O céu parece
ser o limite na
experiência
de consumir
conteúdo e o
compartilhamento
de plataformas
parece ser
positivo
Nunca houve tanto desejo pela
proteção de dados, e para isso
vale tudo: contas protegidas
e outras fake só para pessoas
menos conhecidas, ou mesmo
o uso de aplicativos que garantem
anonimato ou maior
privacidade como Vaulty ou
Anonyfish. Tijma Shep, pesquisador
holandês, afirma que
uma nova doença dos tempos
modernos pode ser a chamada
“frieza social”, caracterizada
pela preocupação exagerada
com o que se publica ou curte
em redes sociais. Especula que
no mundo onde os algoritmos
monitoram tudo o que fazemos
e nossas ações são registradas
de maneira permanente, podemos
acabar mergulhados em
excesso de autocensura, conformismo,
aversão ao risco e
“rigidez social”. Alguma semelhança
com episódios de Black
Mirror não é mera coincidência,
claro. O fato é que mais e
mais pessoas estão tensas com
o permanente monitoramento
e os playes já criam opções de
reduzi-lo. Em maio entra em
vigor a Regulação Geral de Proteção
de Dados da União Europeia
e outras ações andam em
andamento pelo mundo. Marcas
e suas estratégias de CRM
devem ficar atentas!
Em nono lugar nas tendências
está o Fake News e a necessidade
de proteger as marcas
desse “lado obscuro” da internet.
O investimento em tecnologias
que previnam e combatam
as notícias falsas nunca
foi tão importante. Mais e mais
programas de controle de qualidade
de mídia serão vistos na
web - e todos terão de aderir se
quiserem continuar atraindo as
marcas.
A China é a décima tendência
no relatório da Kantar, por
se tratar de um exemplo perfeito
de convergência das mídias
sociais, que vive sua era de
ouro por lá. Plataformas chinesas
como Weibo, WeChat e QQ
estão aperfeiçoando a união entre
comércio social, móvel e o
chamado pan-entretenimento,
se integrando cada vez mais.
Varejistas como Gap e Coach
associaram seus programas de
fidelidade ao aplicativo We-
Chat, por exemplo, e gerenciam
engajamento e relacionamento
com clientes na própria plataforma.
O céu parece ser o limite
na experiência de consumir
conteúdo e o compartilhamento
de plataformas parece ser
positivo tanto para os players
quanto para os usuários. No
Ocidente, no entanto, ainda há
uma abordagem mais independente
e menos integrada dos
aplicativos e plataformas, ainda
a alguns anos-luz dos chineses.
jornal propmark - 22 de janeiro de 2018 15