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edição de 22 de janeiro de 2018

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propmark.com.br<br />

ANO 53 - Nº 2679 - <strong>22</strong> <strong>de</strong> JANEIRO <strong>de</strong> <strong>2018</strong> R$ 15,00<br />

Alê Oliveira<br />

agsandrew/iStock<br />

Mídia exterior <strong>de</strong> SP<br />

cresce reorganizada<br />

São Paulo comemora 464 anos em meio a mudanças<br />

profundas em sua paisagem. Após pouco mais <strong>de</strong> uma<br />

década <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a criação da Lei Cida<strong>de</strong> Limpa, espaço<br />

público agora abriga mobiliário urbano mais organizado,<br />

além <strong>de</strong> novos formatos <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>. pág. 6<br />

Kantar media revela estudo que traça<br />

caminho que re<strong>de</strong>s sociais po<strong>de</strong>m seguir<br />

São <strong>de</strong>z tendências. A primeira <strong>de</strong>las é a<br />

evolução do conteúdo. Ao que tudo indica<br />

também é o fim da era do “vale-tudo”, sendo que<br />

as campanhas <strong>de</strong>vem ser mais personalizadas.<br />

A busca por maior privacida<strong>de</strong> está entre<br />

os itens <strong>de</strong>stacados pelo instituto. pág. 14<br />

Licitação <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> da<br />

Caixa tem 13 participantes<br />

Entrega das propostas foi realizada<br />

no último dia 12. Contrato <strong>de</strong><br />

R$ 450 milhões será dividido entre<br />

três agências. Atualmente Caixa<br />

é atendida por Propeg, nova/sb,<br />

Heads e Artplan. pág. 35<br />

Lew’Lara\tbwa vence<br />

concorrência da CVC<br />

Agência vai aten<strong>de</strong>r toda comunicação<br />

- online e offline - da operadora<br />

<strong>de</strong> turismo. Processo, do qual<br />

participaram seis agências, começou<br />

em novembro, quando CVC e Publicis<br />

encerraram parceria. pág. 28<br />

WMCCANN ganha conta<br />

integrada da PIZZA HUT<br />

WMcCann cuidará <strong>de</strong><br />

toda a comunicação<br />

da marca, que estava<br />

na carteira da REF+.<br />

A agência, li<strong>de</strong>rada por<br />

Hugo Rodrigues, também<br />

ganhou a conta do SBT<br />

este mês. pág 27<br />

sinapro-sp alerta<br />

sobre taxa sindical<br />

Presi<strong>de</strong>nte da entida<strong>de</strong>,<br />

Dudu Godoy afirma que, se as<br />

agências <strong>de</strong>ixarem <strong>de</strong> pagar<br />

a contribuição sindical, que<br />

agora passa a ser opcional,<br />

impacto será enorme<br />

sobre o sindicato, que<br />

apoia empresas. pág. 9


Otima<br />

recebe<br />

convidados<br />

em sessão<br />

especial do<br />

Natacha Volpini (Heineken) e Marcelo Inacio<br />

Wilson Kleit (R/GA) e Sthefannie Cunha<br />

Equipe Otima com Antonio Rodrigues (FCB)<br />

Gabriella Manzano, Leonardo Moccia,<br />

Mauricio Tatarunas e Rafaela Bortoletto (VML)<br />

Lucas Rocha e Ana Ruas (Otima),<br />

Marcelo Sales e Antonio Toledano (Patria)<br />

Emerson Souza, Marcia Espindola,<br />

Roger Garcia e Antonio Carlos Accioly<br />

(Reclame Multishow)<br />

Flavio e Renata Flores (Grupo Bioritmo)<br />

Priscila Felix e Rafael Collaço (Ogilvy)<br />

Agências, anunciantes<br />

e <strong>de</strong>mais profissionais da área<br />

assistiram, dia 17/01, no Citibank<br />

Hall em São Paulo, ao espetáculo<br />

interativo Fuerza Bruta<br />

a convite da Otima.<br />

O show, que mistura experiências<br />

visuais e sensoriais, foi o ambiente<br />

i<strong>de</strong>al para a empresa agra<strong>de</strong>cer a<br />

parceria do mercado.<br />

Cena do espetáculo<br />

Tá na rua, tá on, tá aqui.


editorial<br />

Armando Ferrentini<br />

aferrentini@editorareferencia.com.br<br />

O Dia D<br />

Ansiosa, boa parte do povo brasileiro espera que a próxima quarta-<br />

-feira, 24/1/18, seja uma espécie <strong>de</strong> repetição do que significou o<br />

Dia D para a Europa e o mundo, ocorrido aos 6 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1944 e<br />

muito bem retratado pelo cinema em O Mais Longo dos Dias.<br />

A comparação é até abusiva, pois, enquanto o verda<strong>de</strong>iro e histórico<br />

Dia D <strong>de</strong>u início ao fim da Segunda Guerra Mundial, com as forças<br />

militares dos aliados oci<strong>de</strong>ntais <strong>de</strong>sembarcando nas costas da França,<br />

preparadas para <strong>de</strong>rrotar o nazismo e libertar a Europa, com o<br />

apoio do Exército soviético atacando pelo Leste Europeu, no Brasil<br />

trata-se <strong>de</strong> julgar, em segunda instância, não apenas Lula da Silva,<br />

mas tudo o que ele representa na aplicação <strong>de</strong> um discutível populismo.<br />

Essa forma <strong>de</strong> governar, se provocou alguns avanços significativos na<br />

socieda<strong>de</strong> brasileira, como o combate ao racismo e o aumento da luta<br />

pela igualda<strong>de</strong> dos gêneros, além da imposição do respeito à parcela<br />

trans <strong>de</strong> todo o país, por outro lado não só arrebentou a economia,<br />

com a prática <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> favorecimentos inaceitáveis, como dividiu<br />

o país em muitas fatias doutrinárias, consagrando Maquiavel e o<br />

seu dividir para governar.<br />

Sem se falar no endividamento do Tesouro Nacional, estimulando a<br />

escalada <strong>de</strong> notórios aventureiros aos cofres públicos.<br />

Quando ficou claro para os brasileiros que estava se <strong>de</strong>senhando um<br />

projeto <strong>de</strong> governo socialista para o país, com tudo o que o socialismo<br />

po<strong>de</strong> ter <strong>de</strong> pior, o grosso da população razoavelmente esclarecida<br />

enten<strong>de</strong>u que havia chegado a hora do basta.<br />

A partir daí e com o impeachment <strong>de</strong> Dilma Rousseff, mesmo tendo<br />

<strong>de</strong> se entregar a ca<strong>de</strong>ira presi<strong>de</strong>ncial a Michel Temer, com todos os<br />

seus pecados capitais, a impressão dominante era a <strong>de</strong> que, apesar<br />

dos pesares, o saldo seria positivo.<br />

Guardada a figura <strong>de</strong> Temer para o seu julgamento futuro, do qual<br />

dificilmente escapará, passamos a confiar mais nas instituições, com<br />

sucessivas <strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong> que havia uma gran<strong>de</strong> mudança em<br />

curso.<br />

A principal <strong>de</strong>las <strong>de</strong>u-se através do emblemático juiz fe<strong>de</strong>ral Sergio<br />

Moro, que, ao julgar os primeiros implicados nos gran<strong>de</strong>s escândalos<br />

envolvendo importantes estatais brasileiras, puxou uma linha <strong>de</strong> um<br />

imenso novelo a partir daí <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> Lava Jato, com a adoção <strong>de</strong><br />

critérios <strong>de</strong> investigação e procedimentos judiciais baseados na cartilha<br />

legada pela operação Mãos Limpas, que nos anos 1970 e 1980,<br />

na Itália, <strong>de</strong>svendou e puniu os responsáveis por uma extensa re<strong>de</strong><br />

criminosa, com foco nos bens públicos daquele país.<br />

Voltando ao Brasil, acreditamos até que Lula da Silva não tenha sido<br />

o maior beneficiado, do ponto <strong>de</strong> vista patrimonial, pelos <strong>de</strong>scalabros<br />

provocados pela sua grei.<br />

Mas, foi sob o seu consentimento, implícito ou explícito, que o dragão<br />

da malda<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolveu, elevando à enésima potência uma prática<br />

nada incomum na política brasileira.<br />

O rei é sempre o maior responsável quando o reino é saqueado, seja<br />

por ação ou por omissão.<br />

O país realmente se <strong>de</strong>fronta agora com o seu Dia D, na tentativa <strong>de</strong><br />

livrar-se se não 100%, que seja ao menos 50%, da forte corrupção<br />

que tomou conta da vida pública nacional.<br />

A con<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Lula da Silva, por 3x0 ou 2X1, dirá aos brasileiros e<br />

ao mundo que, embora lenta e por vezes injusta, a Justiça brasileira<br />

fez o seu papel e muito contribuirá, sendo Lula assim con<strong>de</strong>nado, a<br />

um novo horizonte para todos nós.<br />

Não se iludam nossos leitores. Não estamos imaginando, com isso, <strong>de</strong>ixar<br />

o inferno pelo paraíso. Mas, a esperança <strong>de</strong> melhores dias para o país po<strong>de</strong>rá<br />

representar o início <strong>de</strong> uma nova fase da nossa História, com os malfeitores<br />

contumazes finalmente acreditando que o crime não compensa.<br />

***<br />

Já estão abertas as inscrições para o tradicional Marketing Best, a mais<br />

importante premiação do marketing brasileiro, que anualmente escolhe<br />

os melhores cases do mercado. A atual versão refere-se a 2017.<br />

O site www.marketingbest.com.br contém todas as informações necessárias<br />

para as empresas interessadas em participarem.<br />

***<br />

Aviso aos foliões: O PROPMARK impresso fará circular normalmente<br />

sua edição <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> fevereiro, segunda-feira <strong>de</strong> Carnaval, com distribuição<br />

aos assinantes, anunciantes, agências e <strong>de</strong>mais players do<br />

mercado na quarta-feira, 14/2.<br />

***<br />

Já a partir do próximo mês <strong>de</strong> fevereiro, a Lew’Lara/TBWA, que acaba<br />

<strong>de</strong> ganhar, em concorrência com outras agências, a conta da CVC, inicia<br />

os seus trabalhos com a tradicional operadora <strong>de</strong> viagens.<br />

***<br />

Em chamada <strong>de</strong> capa nesta edição, abordamos o importante tema da<br />

transformação da publicida<strong>de</strong> ao ar livre em São Paulo. Depois da Lei<br />

Cida<strong>de</strong> Limpa (Kassab), que fechou muitas empresas do setor e proporcionou<br />

ao mesmo tempo um reestudo para mudanças estéticas<br />

<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> comunicação, po<strong>de</strong>mos constar as vantagens <strong>de</strong> uma<br />

comunicação <strong>de</strong> rua organizada.<br />

O PROPMARK ouviu especialistas e players <strong>de</strong>sse segmento, em matéria<br />

ilustrada com fotos exclusivas da nossa reportagem.<br />

***<br />

Destaque também nesta edição é a matéria com a WMcCann, abordando<br />

a conquista da conta da Pizza Hut.<br />

***<br />

Este Editorial é em homenagem a Celia Pompeia, personalida<strong>de</strong> feminina<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor empresarial, vice-presi<strong>de</strong>n<strong>de</strong> do Grupo Doria,<br />

que substitui atualmente o titular que está prefeitando a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo.<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 3


conexões<br />

Facebook<br />

Post: Lew’Lara\TBWA ganha concorrência<br />

<strong>de</strong> CVC<br />

“Com quatro meses <strong>de</strong> casa é muito<br />

bom ter uma vitória <strong>de</strong>ssas! É para encher<br />

o peito <strong>de</strong> orgulho <strong>de</strong> ter trabalhado<br />

com um time foda com Victor<br />

Armando, Zé Fuzioka, Raphael Freitas,<br />

Fabrício Natoli e Renata Serafim. Que<br />

venham as próximas.”<br />

Thiago Lia<br />

“Parabéns...”<br />

Silvia Lia<br />

“Irado, é muito bom ganhar uma concorrência.<br />

Happy for you my friend.”<br />

Fernando Elias Taboada<br />

“Fico honrado com a menção! Mas, cá<br />

para nós, esse trampo está na conta<br />

<strong>de</strong> vocês! Fico feliz <strong>de</strong> ter feito parte<br />

disso. Que venham mais por aí!”<br />

Victor Armando<br />

Post: Fabio Coelho, presi<strong>de</strong>nte<br />

do Google, fala sobre os <strong>de</strong>safios<br />

da publicida<strong>de</strong> digital, da mídia<br />

ter mais relevância na plataforma<br />

e das apostas para <strong>2018</strong>.<br />

Acompanhe! #propmarkplay<br />

#propmark<br />

“Pare tudo o que você está fazendo<br />

para ouvir o cara falando.”<br />

Leandro Magno<br />

Post: Renato Girard é o novo diretor<br />

<strong>de</strong> operações do IAB Brasil<br />

“Uhu, parabéns, Renato Girard! Brilha<br />

muito!”<br />

Michele De Lima Oliveira<br />

“Boa, Renatão! Sucesso!”<br />

Oswaldo Zanetti<br />

“Muito sucesso e felicida<strong>de</strong>.”<br />

Patricia XS<br />

“Ah, parabéns, querido!”<br />

Gislene Matias<br />

Post: PROPMARK fez uma transmissão<br />

ao vivo.<br />

“Olha que gatos!”<br />

Adriana Cardoso<br />

“Muito bom.”<br />

Bel Pocai<br />

Post: Charge do Dorinho no<br />

PROPMARK <strong>de</strong>sta semana<br />

“Ladrões lá <strong>de</strong>ntro e ladrões aqui fora.<br />

Se correr o bicho pega e se ficar o bicho<br />

come.”<br />

Sérgio Santos Novaes<br />

“Para variar, Duca!”<br />

Sergio Ricardo Jesus<br />

Disqus (comentários no site <strong>de</strong> 13<br />

a 19 <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong>)<br />

Post: Globo ven<strong>de</strong> todas as cotas<br />

<strong>de</strong> patrocínio do BBB18<br />

“Po<strong>de</strong>ria a Ford patrocinar o BBB 18. É<br />

bom ver provas <strong>de</strong> direção no programa.<br />

No ano passado, todos estavam<br />

esperando isso.”<br />

Denis<br />

Post: Mensagens <strong>de</strong> amor em<br />

OOH causam mistério nas re<strong>de</strong>s<br />

sociais<br />

“Só faltou dizer um ‘pequeno’ <strong>de</strong>talhe:<br />

essas peças são teasers.”<br />

Piantao<br />

Post: Thiago Rodrigues é a<br />

nova aposta da Publicis para<br />

a mídia<br />

“Excelente profissional. Desejamos<br />

muito sucesso. Abração.”<br />

Clovis Borges<br />

Post: Rochinha apresenta ao<br />

mercado seus lançamentos<br />

<strong>de</strong> verão<br />

“Melhor sorvete disparado. Amo Rochinha.<br />

Só não entendo por que a<br />

marca não disponibilizou até agora<br />

potes <strong>de</strong> 1 kg ou 2 kg, para ampliar o<br />

consumo por famílias.”<br />

Jose cascão<br />

Post: Prefeitura <strong>de</strong> SP altera esquema<br />

<strong>de</strong> tributação das agências<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />

“Joia, hein, Doria. Mais imposto (em<br />

duplicida<strong>de</strong>) maquiado, né? Aqui é<br />

Brasil.”<br />

Bruno Dittert<br />

Twitter<br />

Tweet: Ticket Log e Vivo apoiam o<br />

espetáculo Fuerza Bruta<br />

@Vivoemre<strong>de</strong> é uma das patrocinadoras<br />

do #espetaculo Fuerza Bruta,<br />

que chega a #SP para uma temporada<br />

<strong>de</strong> shows até 25 <strong>de</strong> fevereiro, no<br />

Citibank Hall. O @propmark <strong>de</strong>stacou<br />

a iniciativa<br />

@TelefonicaBr<br />

última hora<br />

SALTO<br />

Os investimentos em<br />

publicida<strong>de</strong> digital para<br />

dispositivos móveis<br />

foram consi<strong>de</strong>ravelmente<br />

superiores aos voltados<br />

para <strong>de</strong>sktops. A afirmação<br />

faz parte <strong>de</strong> uma pesquisa<br />

realizada pela SEMrush<br />

com mais <strong>de</strong> oito mil<br />

sites <strong>de</strong> e-commerce, <strong>de</strong><br />

13 categorias diferentes.<br />

Os anúncios mobile<br />

representaram 85,39%,<br />

enquanto os <strong>de</strong> <strong>de</strong>sktops,<br />

14,61%.<br />

DESAFIOS<br />

A ESPM realiza no próximo<br />

dia 7 o <strong>de</strong>bate Os <strong>de</strong>safios<br />

da indústria da comunicação<br />

no meio digital. O encontro,<br />

que será conduzido por<br />

Caio Túlio Costa, preten<strong>de</strong><br />

traçar um panorama<br />

da atual situação.<br />

dorinHO<br />

MOLETOM<br />

A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> moda sueca H&M<br />

criou um cargo diretivo<br />

para promover a inclusão<br />

após a polêmica provocada<br />

por moletom infantil da<br />

marca com uma frase<br />

apontada como racista.<br />

“O recente inci<strong>de</strong>nte foi<br />

claramente não intencional,<br />

mas mostra claramente<br />

o quão gran<strong>de</strong> é nossa<br />

responsabilida<strong>de</strong> como<br />

empresa global”, disse a<br />

empresa no seu perfil no<br />

Twitter.<br />

DEBATE<br />

O Grupo Radar & TV realiza<br />

no próximo dia 6, em São<br />

Paulo, <strong>de</strong>bate sob o tema<br />

Pensar global, agir local.<br />

O encontro está inserido no<br />

7º Fórum do Setor <strong>de</strong> Feiras<br />

e Eventos. Além do painel,<br />

haverá homenagens.<br />

4 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


mercado<br />

Fotos: Alê Oliveira<br />

Organização e limpeza da paisagem são algumas das contribuições trazidas pela Lei Cida<strong>de</strong> Limpa; Prefeitura estuda ampliar os formatos <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> na capital paulista<br />

Mídia exterior contribui para a<br />

valorização do espaço público <strong>de</strong> SP<br />

Em meio às mudanças estéticas no mobiliário urbano com a Lei Cida<strong>de</strong><br />

Limpa, capital celebra 464 anos privilegiando comunicação organizada<br />

Danúbia Paraizo<br />

Foi a partir <strong>de</strong> 2013 que a rua<br />

se tornou oficialmente “a<br />

maior arquibancada do Brasil”<br />

com o jingle criado pela Leo<br />

Burnett Tailor Ma<strong>de</strong> para a<br />

Fiat. Mas, pelo menos na cida<strong>de</strong><br />

São Paulo, o espaço público<br />

tem sido o centro das atenções<br />

há muito mais tempo.<br />

Há diversas razões sociológicas<br />

e políticas para a rua ter<br />

ganhado tanto espaço na vida<br />

do paulistano, seja para protestar,<br />

celebrar o Carnaval ou simplesmente<br />

se locomover. Mas,<br />

certamente, a reorganização da<br />

estrutura e <strong>de</strong> serviços para a<br />

população provocada pela Lei<br />

Cida<strong>de</strong> Limpa (14.<strong>22</strong>3/06) impactou<br />

diretamente o cenário.<br />

Às vésperas <strong>de</strong> completar<br />

464 anos na próxima quinta-<br />

-feira (25), São Paulo passa por<br />

momento <strong>de</strong> transformações<br />

estéticas profundas. Parte <strong>de</strong>las,<br />

inegavelmente, trazida<br />

pelo projeto que regulamentou<br />

a exposição <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> no<br />

mobiliário urbano na capital,<br />

em 2006. Essa é a opinião dos<br />

especialistas em urbanismo<br />

e mídia exterior ouvidos pelo<br />

PROPMARK, que <strong>de</strong>stacaram as<br />

contribuições do projeto para<br />

incluir São Paulo no hall das<br />

chamadas Smart Cities.<br />

“Foi uma gran<strong>de</strong> evolução<br />

do mercado, que vinha <strong>de</strong> uma<br />

situação caótica, per<strong>de</strong>ndo a<br />

mão das coisas. A cida<strong>de</strong> passou<br />

por uma mudança radical<br />

necessária com a legislação<br />

para po<strong>de</strong>r recomeçar <strong>de</strong> maneira<br />

diferente e mais organizada”,<br />

<strong>de</strong>staca Paulo Stephan,<br />

diretor-executivo da ABOOH<br />

(Associação Brasileira <strong>de</strong> Out<br />

Of Home). O executivo lembra<br />

que à época houve quem tenha<br />

torcido o nariz para a proibição<br />

<strong>de</strong> outdoors e <strong>de</strong> comunicação<br />

indiscriminada pelas ruas, mas<br />

que a mudança foi <strong>de</strong>cisiva<br />

para que hoje São Paulo tenha<br />

um outro patamar <strong>de</strong> paisagem<br />

“a história e a<br />

arquitetura <strong>de</strong><br />

São Paulo foram<br />

reencontradas”<br />

6 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


urbana. Essa também é a avaliação<br />

<strong>de</strong> Rafael Urenha, chief<br />

creative officer da DPZ&T. O<br />

executivo <strong>de</strong>staca como principal<br />

ganho da legislação a unida<strong>de</strong><br />

visual e relevância <strong>de</strong> conteúdo.<br />

“O maior benefício foi<br />

organizar visualmente a comunicação<br />

para que a publicida<strong>de</strong><br />

ganhasse relevância. As pessoas<br />

passaram também a ter mais<br />

atenção, a se orientar por essa<br />

comunicação na rua porque<br />

encontra valor, informações e<br />

entretenimento”.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista urbanístico,<br />

o projeto tem <strong>de</strong>sempenhado<br />

papel importante, à medida que<br />

contribui para evi<strong>de</strong>nciar a paisagem<br />

urbana antes escondida<br />

por trás da “parafernália visual”<br />

da comunicação antiga, como<br />

<strong>de</strong>stacou em nota a Secretaria<br />

Municipal <strong>de</strong> Urbanismo e Licenciamento<br />

(SMUL). “Com a remoção<br />

das gran<strong>de</strong>s peças que envolviam<br />

os imóveis, dos imensos<br />

totens <strong>de</strong> bancos e lanchonetes,<br />

entre outros, a história e a arquitetura<br />

<strong>de</strong> São Paulo, que não podiam<br />

ser vistas, já que estavam<br />

escondidas atrás <strong>de</strong> parafernália<br />

visual, foram reencontradas”.<br />

RECONEXÃO<br />

Com 6.500 faces <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />

disponíveis, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobiliário<br />

urbano da cida<strong>de</strong> está<br />

sob concessão da JCDecaux e<br />

Otima <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2012. As empresas<br />

foram responsáveis por reintroduzir<br />

a comunicação no espaço<br />

público e contribuir com atualização<br />

do mercado <strong>de</strong> mídia exterior.<br />

Também foi tarefa <strong>de</strong>las<br />

promover a profissionalização,<br />

além <strong>de</strong> propor junto às agências<br />

soluções efetivas, mas que<br />

também <strong>de</strong>ssem o <strong>de</strong>vido respeito<br />

à paisagem urbana.<br />

JCDecaux <strong>de</strong>tém concessão dos mil relógios públicos em toda a cida<strong>de</strong>. Contrato começou em 2012 e se esten<strong>de</strong>rá por 25 anos<br />

Segundo Ana Célia Biondi,<br />

diretora-geral da JCDecaux<br />

Brasil, <strong>de</strong>tentora dos relógios<br />

<strong>de</strong> rua na capital paulista, a lei<br />

<strong>de</strong>volveu a propaganda à cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> forma racional e organizada,<br />

e, sobretudo, vinculada à<br />

prestação <strong>de</strong> serviço aos paulistanos.<br />

Mas todo o mercado precisou<br />

também se atualizar para<br />

acompanhar o novo momento.<br />

“O retorno do OOH exigiu um<br />

esforço coletivo da indústria<br />

<strong>de</strong> comunicação, pois naquele<br />

momento tínhamos toda uma<br />

geração que se formou e começou<br />

a trabalhar sem que o OOH<br />

fizesse parte <strong>de</strong> seu cotidiano”.<br />

Urenha, da DPZ&T, fã assumido<br />

do formato pôster, foi<br />

um dos que sentiram o baque.<br />

“O retorno do<br />

OOH exigiu um<br />

esforço coletivo<br />

da indústria <strong>de</strong><br />

comunicação”<br />

“Outdoor é uma peça nobre,<br />

mas tinha perdido a relevância<br />

<strong>de</strong>vido ao excesso. Depois<br />

que a publicida<strong>de</strong> voltou regulamentada,<br />

resolveu esse<br />

problema. A legislação é mais<br />

um capítulo da comunição das<br />

marcas na jornada do consumidor,<br />

que hoje tem vários pontos<br />

<strong>de</strong> contato”. Nessa jornada, que<br />

inclui o celular como peça central<br />

nos <strong>de</strong>slocamentos, a mídia<br />

exterior acompanhou o movimento,<br />

unindo conectivida<strong>de</strong> e<br />

prestação <strong>de</strong> serviços”.<br />

É o caso da internet wi-fi instalada<br />

nos abrigos <strong>de</strong> ônibus,<br />

administrados pela Otima. O<br />

paulistano também passou a receber<br />

outros benefícios, como<br />

o validador <strong>de</strong> bilhete único e o<br />

Após retorno da mídia exterior sob nova legislação, comunicação está mais organizada<br />

Os abrigos <strong>de</strong> ônibus e totens da capital paulista estão sob concessão da Otima<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 7


mercado<br />

aplicativo Leve-me, que disponibiliza<br />

rotas <strong>de</strong> ônibus, metrô,<br />

trem, bicicleta e táxi. “A mídia<br />

exterior <strong>de</strong>u outra cara à cida<strong>de</strong>,<br />

com mais cor e iluminação,<br />

além <strong>de</strong> serviços e o entretenimento<br />

oferecido pelas próprias<br />

campanhas. Recentemente, em<br />

pesquisa realizada pelo Datafolha,<br />

percebemos que 96% das<br />

pessoas aprovam as mudanças<br />

introduzidas pelo novo mobiliário<br />

urbano da cida<strong>de</strong>”, <strong>de</strong>stacou<br />

a Otima.<br />

Buscando explorar justamente<br />

o potencial do OOH e,<br />

<strong>de</strong> quebra, apresentar o patrimônio<br />

da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma<br />

mais interativa, a Pinacoteca,<br />

em parceria com Metrô, Via-<br />

Quatro e CPTM, acaba <strong>de</strong> lançar<br />

o game para celular Pinatrilhos.<br />

Segundo Théo Rocha,<br />

diretor <strong>de</strong> criação da F/Nazca<br />

Saatchi & Saatchi, responsável<br />

pela criação do projeto, a i<strong>de</strong>ia<br />

é transformar as linhas do metrô<br />

e do trem em um tabuleiro<br />

gigante.<br />

O objetivo é chegar à Pinacoteca,<br />

que fica na Estação da<br />

Luz. Para isso, os jogadores<br />

precisam respon<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ntro do<br />

trem a perguntas sobre as obras<br />

e seus artistas. Quem acerta<br />

segue para uma estação mais<br />

próxima do museu. Já quem<br />

erra, <strong>de</strong>ve mover-se para uma<br />

estação mais distante. “Quisemos<br />

motivar as pessoas a<br />

usarem o transporte público e,<br />

assim, conhecer a cida<strong>de</strong>. Com<br />

o jogo, o visitante chega ao museu<br />

com mais conhecimento,<br />

mais curioso. Sua experiência<br />

fica mais profunda. Juntamos o<br />

mobiliário das estações com celular<br />

para criar o jogo”, explica<br />

o executivo.<br />

na medida<br />

De fato, a cida<strong>de</strong> tem ganhado<br />

novos olhares frutos das<br />

abordagens mais criativas do<br />

mercado <strong>de</strong> mídia exterior. Nos<br />

últimos dois anos, com a evolução<br />

<strong>de</strong>sse processo <strong>de</strong> valorização<br />

<strong>de</strong> sua paisagem urbana, a<br />

cida<strong>de</strong> também tem se aberto<br />

para outros formatos <strong>de</strong> mobiliário.<br />

No ano passado, o prefeito<br />

João Doria apresentou protótipos<br />

<strong>de</strong> banheiros públicos e<br />

bancas <strong>de</strong> flores que <strong>de</strong>vem ser<br />

inclusos no projeto em breve.<br />

As empresas interessadas<br />

cuidarão da manutenção das<br />

peças em troca do direito <strong>de</strong><br />

explorar comercialmente os espaços<br />

publicitários. Neste ano,<br />

Doria assinou <strong>de</strong>creto que autoriza<br />

a abertura <strong>de</strong> concorrência<br />

para empresas que <strong>de</strong>sejam<br />

gerenciar 500 banheiros públicos<br />

fixos e outros 100 móveis<br />

para feiras livres. O projeto <strong>de</strong><br />

bancas <strong>de</strong> flores, por enquanto,<br />

não andou.<br />

Mas nem tudo são flores, literalmente.<br />

A Lei Cida<strong>de</strong> Limpa<br />

também viabilizou os Termos<br />

<strong>de</strong> Cooperação, outro mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> veiculação <strong>de</strong> marcas no espaço<br />

público. Nesse acordo, a<br />

Prefeitura conce<strong>de</strong> às empresas<br />

parceiras, como contrapartida<br />

visual <strong>de</strong> inserção da marca na<br />

paisagem, a execução e manutenção<br />

<strong>de</strong> melhorias ambientais,<br />

paisagísticas e urbanísticas.<br />

É o caso dos bicicletários<br />

“A gente precisa<br />

cuidar da<br />

paisagem tendo<br />

uma visão<br />

conjunta da<br />

imagem urbana”<br />

Fotos Alê Oliveira<br />

Protótipo <strong>de</strong> banheiro público na cida<strong>de</strong> acaba <strong>de</strong> ser aprovado. Prefeitura abrirá em breve chamamento para empresas interessadas<br />

Bicicletário patrocinado pela Bra<strong>de</strong>sco Seguros é mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Termo <strong>de</strong> Cooperação<br />

patrocinados pela Bra<strong>de</strong>sco<br />

Seguros, por exemplo. Outro<br />

caso é o projeto <strong>de</strong> requalificação<br />

<strong>de</strong> 32 pontes nas marginais<br />

dos rios Pinheiros e Tietê.<br />

Os parceiros que viabilizarem<br />

as obras e a manutenção dos<br />

equipamentos públicos por três<br />

anos terão direito <strong>de</strong> divulgar<br />

a sua marca na paisagem. Segundo<br />

a Secretaria Municipal<br />

<strong>de</strong> Urbanismo e Licenciamento,<br />

isso será feito <strong>de</strong> forma “segura<br />

e harmoniosa, não trazendo<br />

nenhum risco para o motorista”,<br />

mas o entendimento não é<br />

unânime. Sete dias após a Prefeitura<br />

ter publicado no Diário<br />

Oficial chamamento público<br />

para empresas interessadas, o<br />

Tribunal <strong>de</strong> Contas do Município<br />

suspen<strong>de</strong>u o processo, em<br />

27 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2017.<br />

Para a urbanista Angélica<br />

Alvim, diretora da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo do<br />

Mackenzie, a inclusão <strong>de</strong> novos<br />

formatos <strong>de</strong> propaganda<br />

<strong>de</strong>ve ser observada com cautela.<br />

“Demoramos muito para<br />

chegar a um espaço sem tanto<br />

neon, outdoor e fachadas <strong>de</strong>sorganizadas.<br />

É preciso critério.<br />

A cida<strong>de</strong> já é complicada<br />

do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> poluição<br />

visual com toda a fiação exposta,<br />

poucas áreas ver<strong>de</strong>s e calçadas<br />

irregulares, por exemplo. A<br />

gente precisa cuidar da paisagem<br />

tendo uma visão conjunta<br />

da imagem urbana”.<br />

8 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


MERCADO<br />

Sinapro teme que agências <strong>de</strong>ixem<br />

<strong>de</strong> pagar a contribuição sindical<br />

Arrecadação com a taxa, que agora é opcional, dá sustentação ao<br />

sindicato, que apoia empresas com assistência jurídica e outras ações<br />

KELLY DORES<br />

Sinapro-SP (Sindicato das Agências <strong>de</strong><br />

O Propaganda do Estado <strong>de</strong> São Paulo)<br />

alerta o mercado publicitário sobre a importância<br />

<strong>de</strong> as agências continuarem pagando<br />

a contribuição sindical, que agora<br />

com a nova lei trabalhista não é mais obrigatória.<br />

Dudu Godoy, VP executivo da NBS<br />

e presi<strong>de</strong>nte do Sinapro-SP, conta que foi<br />

lançada uma campanha em conjunto com a<br />

Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional das Agências<br />

<strong>de</strong> Propaganda) para mostrar quais são as<br />

consequências e o impacto sobre o mercado<br />

que o não pagamento da contribuição<br />

po<strong>de</strong> gerar.<br />

“As gran<strong>de</strong>s agências têm estrutura, mas<br />

as médias para baixo não têm estrutura jurídica,<br />

<strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong>, uma série <strong>de</strong> coisas<br />

que custam. Temos em média <strong>de</strong> 50 a<br />

60 consultas semanais <strong>de</strong> agências sobre<br />

dúvidas na relação <strong>de</strong> trabalho ou sobre pagamento<br />

<strong>de</strong> impostos, por exemplo. Damos<br />

apoio às agências em uma série <strong>de</strong> questões”,<br />

afirma Godoy. A preocupação é que<br />

a falta <strong>de</strong> arrecadação vai impactar todo o<br />

sistema, pois uma parte do dinheiro arrecadado<br />

pelos Sinapros vai para a Fenapro<br />

(Fe<strong>de</strong>ração Nacional das Agências <strong>de</strong> Propaganda).<br />

O gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio dos sindicatos este ano<br />

vai ser o pagamento da contribuição sindical.<br />

“Será que vamos ter essa contribuição?<br />

Eu estou tentando fazer um esforço para<br />

que as agências continuem sendo sindicalizadas.<br />

Ou seja, que continuem pagando<br />

a contribuição sindical. Se a empresa optar<br />

por não pagar, ela não será sindicalizada.<br />

Quais são as consequências disso?<br />

Tem uma série <strong>de</strong> consequências, <strong>de</strong> acordo<br />

coletivo, problemas trabalhistas, se por<br />

ventura o empregado sair você não sendo<br />

sindicalizado que apoio a agência vai ter?<br />

Existem ações que o sindicato faz também<br />

para qualificar as agências menores”.<br />

O Sinapro está emitindo o boleto para<br />

pagamento da contribuição sindical no próximo<br />

dia 31 <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong>. “É uma incógnita o<br />

que vai acontecer”, diz ele. Godoy <strong>de</strong>staca<br />

que a lei trabalhista mudou uma série <strong>de</strong><br />

coisas e isso vai gerar muitas dúvidas. “Esse<br />

é um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio, saber o que mudou,<br />

o que po<strong>de</strong> e o que não po<strong>de</strong>. Está tendo<br />

muito <strong>de</strong>bate sobre esse assunto”. Uma das<br />

gran<strong>de</strong>s confusões <strong>de</strong>ve ser a interpretação<br />

<strong>de</strong> como po<strong>de</strong>rá ser feito o contrato PJ com<br />

os publicitários, por exemplo. “Estamos<br />

“Po<strong>de</strong> haver uma<br />

instabilida<strong>de</strong> jurídica<br />

sem a convenção<br />

coletiva nesse momento<br />

tumultuado da nova<br />

lei trabalhista”<br />

aconselhando, por exemplo, para um salário<br />

abaixo <strong>de</strong> R$ 10 mil, que as agências não<br />

façam contrato PJ. Façam um contrato PJ<br />

para um nível <strong>de</strong> gerência para cima”.<br />

O objetivo é minimizar os problemas. Ele<br />

também alerta que não po<strong>de</strong> haver uma pejotização<br />

nas agências. “A lei não foi feita<br />

para isso. A lei foi feita para que as empresas<br />

e os profissionais consigam fazer contrato<br />

PJ por um período <strong>de</strong>terminado. Essas<br />

negociações só serão <strong>de</strong>finidas ou boas<br />

quando começar a ter um equilíbrio. Essas<br />

relações com contrato PJ têm <strong>de</strong> amadurecer<br />

para ser bom para os dois lados. Vai ser<br />

uma relação <strong>de</strong> negociação mesmo”, sugere<br />

o executivo.<br />

Para o sindicato patronal, a regra da contribuição<br />

sindical é <strong>de</strong> acordo com o capital<br />

social da empresa, sendo que o valor mínimo<br />

é R$ 215 por ano - no caso dos sindicatos<br />

dos empregados, o <strong>de</strong>sconto era feito por<br />

dias trabalhados. “Esse volume no estado<br />

<strong>de</strong> São Paulo, on<strong>de</strong> temos 8 mil agências,<br />

sendo que 6 mil pagam, porque parte <strong>de</strong>las<br />

é pelo simples, e simples não paga, dá<br />

uma sustentação ao sindicato em termos<br />

<strong>de</strong> estrutura, advogados trabalhistas, contábeis”,<br />

explica Godoy.<br />

“A Fenapro <strong>de</strong>senvolveu, junto com o<br />

Sinapro, uma campanha estruturada e enviamos<br />

automaticamente para todas as<br />

agências. Estamos fazendo esse trabalho e<br />

emitindo o boleto esta semana para pagamento<br />

em 31 <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong>, como sempre foi<br />

todos os anos. Nós vamos receber o bor<strong>de</strong>rô<br />

antes ou <strong>de</strong>pois do Carnaval para saber<br />

quais empresas pagaram ou não e como vai<br />

ser nossa vida em termos <strong>de</strong> orçamento”.<br />

Segundo ele, as 50 maiores agências do<br />

estado representam 76% da arrecadação.<br />

“Tenho 4 mil e poucas empresas que pagam<br />

a contribuição <strong>de</strong> R$ 215 e as outras 2<br />

Fernando Gardinal/Divulgação<br />

Dudu Godoy: “A nova lei está gerando muita confusão”<br />

mil pagam mais, sendo que a maior arrecadação<br />

vem das 50 maiores agências. Nas<br />

conversas que tivemos, a maioria não quer<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser sindicalizada. Po<strong>de</strong> haver uma<br />

instabilida<strong>de</strong> jurídica sem a convenção coletiva<br />

nesse momento tumultuado da nova<br />

lei trabalhista. Alguns juízes já estão dizendo<br />

que não vão respeitar a lei. Está sendo<br />

uma confusão e impacta todo o sistema<br />

porque a Fenapro <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das contribuições<br />

dos Sinapros. 15% da contribuição que<br />

o Sinapro recebe vai para a Fenapro e 5%<br />

para a confe<strong>de</strong>ração”.<br />

Godoy estima que o sindicato <strong>de</strong>ve per<strong>de</strong>r<br />

uns 30% <strong>de</strong> arrecadação. “Estou sendo<br />

otimista. Num cenário pessimista, <strong>de</strong>vemos<br />

per<strong>de</strong>r 70%. Mas acho que isso não vai<br />

ocorrer, porque seria um caos”.<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 9


partir da análise <strong>de</strong> bilhões <strong>de</strong> buscas<br />

A em mais <strong>de</strong> 170 milhões <strong>de</strong> imagens, a<br />

Shutterstock divulgou o Relatório <strong>de</strong> Tendências<br />

Criativas <strong>de</strong> <strong>2018</strong>. Os dados ajudam<br />

a i<strong>de</strong>ntificar informações relevantes colhidas<br />

em imagens, músicas e ví<strong>de</strong>os <strong>de</strong> 2017<br />

que <strong>de</strong>terminaram i<strong>de</strong>ias e conceitos que<br />

po<strong>de</strong>rão influenciar a criativida<strong>de</strong> no ano<br />

que se inicia.<br />

Nesta edição, o documento i<strong>de</strong>ntificou<br />

não apenas temas com maior relevância,<br />

como também uma lista com 20 tendências<br />

específicas por país. Além disso, o cenário<br />

do <strong>de</strong>sign também ganhou um guia com 11<br />

estilos.<br />

Entre as principais tendências para <strong>2018</strong>,<br />

Fantasia aparece como um conceito recorrente<br />

nas pesquisas, incluindo <strong>de</strong> animais<br />

místicos a paisagens, símbolos e elementos<br />

fantásticos. A busca pelo termo unicórnio<br />

cresceu 297%; e sereia, 145%; comparados<br />

a 2016. A música épica e orquestral também<br />

está crescendo em popularida<strong>de</strong>, trazenmercado<br />

Símbolos<br />

místicos e<br />

ficção científica<br />

são tendências<br />

para <strong>2018</strong><br />

Shutterstock analisou buscas em<br />

mais <strong>de</strong> 170 milhões <strong>de</strong> imagens<br />

para i<strong>de</strong>ntificar o que vai influenciar<br />

a publicida<strong>de</strong>, o cinema e a música<br />

“A busca pelo termo<br />

unicórnio cresceu 297%;<br />

e por sereia, 145%;<br />

comparados a 2016”<br />

do uma pitada <strong>de</strong> sobrenatural através dos<br />

profissionais <strong>de</strong> marketing e criativos.<br />

“É importante prestar atenção em Fantasia,<br />

especificamente, já que Game of Thrones<br />

vem dominando a cultura pop nos últimos<br />

anos e novos empreendimentos, como<br />

a série <strong>de</strong> TV O Senhor dos Anéis, recentemente<br />

anunciada, renovam o interesse por<br />

esse gênero antigo. As pesquisas estão aumentando<br />

para personagens <strong>de</strong> fantasia reconhecidos”,<br />

comenta Robyn Lange, curador<br />

da Shutterstock.<br />

Espaço, outra tendência <strong>de</strong>stacada, tem<br />

atraído as bilheterias <strong>de</strong> todo o mundo e<br />

a criativida<strong>de</strong> tem se apropriado da ficção<br />

científica. As buscas por “energia solar”<br />

aumentaram 991% e o interesse em astros<br />

cresceu 671%. A popularida<strong>de</strong> do som <strong>de</strong><br />

sintetizador <strong>de</strong> ficção científica aumentou<br />

494% em relação ao ano anterior.<br />

O interesse pela evolução do minimalismo<br />

para um visual mais mo<strong>de</strong>rno, chamado<br />

<strong>de</strong> Novo Minimalismo, também foi i<strong>de</strong>ntificado.<br />

A tendência se configura, além <strong>de</strong> linhas<br />

nítidas e limpas, com cores arrojadas,<br />

vibrantes e estilos fluidos. A procura por<br />

“linha contínua” aumentou 432% em relação<br />

a 2016. Já “círculo <strong>de</strong> neon” foi pesquisado<br />

387% a mais do que no ano anterior.<br />

De acordo com Lange, as tendências vão<br />

influenciar não apenas a publicida<strong>de</strong>, como<br />

também o cinema e a mídia em <strong>2018</strong>. Ele<br />

aponta a tendência Holográfico como um<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque.<br />

“Esse tema subiu acima <strong>de</strong> 435% nas<br />

pesquisas. É uma paleta <strong>de</strong> cores cintilantes<br />

e especificamente apontada como uma<br />

10 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


Fotos: Shutterstock/Divulgação<br />

no brasil, cão é o estilo<br />

i<strong>de</strong>ntificado pela<br />

pesquisa como <strong>de</strong>staque<br />

entre as buscas<br />

As sereias e os unicórnios fazem<br />

parte do tema Fantasia, que está<br />

entre as três maiores tendências<br />

apontadas pela pesquisa para<br />

o mercado criativo<br />

tendência a se observar, pois funciona em<br />

vários níveis - <strong>de</strong> cultura alta ou baixa, antiga<br />

ou nova, divertida ou séria - e sempre<br />

é bonita quando aplicada. Sugerimos ficar<br />

<strong>de</strong> olho nesse estilo ao longo do ano para<br />

ver como ele <strong>de</strong>sempenha um papel nas<br />

campanhas da marca em todo o mundo”,<br />

afirma.<br />

A Shutterstock também divulgou uma<br />

lista <strong>de</strong> tendências por país. No Brasil, Cão<br />

é o estilo i<strong>de</strong>ntificado pela pesquisa como<br />

<strong>de</strong>staque entre as buscas. As outras são<br />

Fãs <strong>de</strong> jazz (Argentina); Curvas matemáticas<br />

(Austrália); Vintage (Canadá); Cactos<br />

(Egito); Histórias em quadrinho (França);<br />

Valores familiares (Alemanha); Nebula (Índia);<br />

Outonal (Itália); Círculo rosa (Japão);<br />

Bordados florais (Coreia do Sul); Design em<br />

loop (Malásia); Jazz (México); O Cosmos<br />

(Polônia); Mármore (Rússia); Criptomoeda<br />

(África do Sul); Antiguida<strong>de</strong>s (Espanha);<br />

Grunge (Turquia); Terraço (Reino Unido); e<br />

O Phyllomedusa sauvagii (Estados Unidos).<br />

“Em seu sétimo ano, nosso Relatório <strong>de</strong><br />

Tendências Criativas inspira profissionais<br />

criativos em todo o mundo, pois apontam<br />

tendências para o planejamento criativo<br />

do próximo ano”, disse Lange. “Nosso relatório<br />

<strong>de</strong> 2017 foi particularmente preciso<br />

em suas previsões, i<strong>de</strong>ntificando tendências<br />

como Estática no começo. Ao longo<br />

do ano, observamos como o estilo cresceu,<br />

se <strong>de</strong>senvolveu e prosperou em gran<strong>de</strong>s<br />

campanhas para marcas em todo o mundo.<br />

Estamos ansiosos para ver as tendências<br />

<strong>de</strong> <strong>2018</strong> florescerem da mesma maneira”,<br />

completa o profissional.<br />

O tema Espaço tem ganhado<br />

as bilheterias com ficção<br />

científica e a criativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ve se apropriar disso<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 11


mercado<br />

VictorHuang/iStock<br />

Com a perspectiva <strong>de</strong> crescimento gradual da economia e renda, juros menores e inflação controlada, espera-se uma retomada sustentável da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> crédito<br />

Números indicam retomada<br />

do consumo neste ano<br />

Cenário para as companhias em <strong>2018</strong> é bastante otimista, <strong>de</strong> acordo<br />

com análise realizada pela empresa <strong>de</strong> crédito Boa Vista SCPC<br />

Felipe Turlão<br />

Especial para o PROPMARK<br />

mercado publicitário trabalha com o<br />

O cenário <strong>de</strong> que o pior já passou, mas<br />

notícias como a diminuição da nota <strong>de</strong> crédito<br />

do Brasil <strong>de</strong> “B” para “BB-”, <strong>de</strong> acordo<br />

com a Standard & Poor’s, ainda causam<br />

aflição a executivos e empreen<strong>de</strong>dores<br />

do setor. Consultada pela reportagem do<br />

PROPMARK, a empresa <strong>de</strong> informação <strong>de</strong><br />

crédito Boa Vista SCPC traz boas notícias<br />

em relação à retomada do consumo e avalia<br />

como “bastante otimista” o cenário<br />

para as companhias este ano.<br />

Dados divulgados pela empresa na semana<br />

passada indicam que o índice <strong>de</strong><br />

inadimplência do consumidor caiu 3,5%<br />

em 2017. Se consi<strong>de</strong>rado apenas o mês <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2017, a queda foi <strong>de</strong> 6% na<br />

comparação com o mesmo mês <strong>de</strong> 2016.<br />

Outro indicador importante é o <strong>de</strong> recuperação<br />

<strong>de</strong> crédito (quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exclusão<br />

<strong>de</strong> inadimplentes na base <strong>de</strong> cadastros<br />

da Boa Vista SCPC). Em <strong>de</strong>zembro do ano<br />

passado, houve alta <strong>de</strong> 11% nesse índice na<br />

comparação com 2016.<br />

Na prática, após o pico <strong>de</strong> inadimplência<br />

<strong>de</strong>pois da crise <strong>de</strong> 2015 e 2016, as famílias<br />

se tornaram mais cautelosas no consumo<br />

no ano passado. A partir <strong>de</strong> <strong>2018</strong>,<br />

no entanto, a projeção é <strong>de</strong> crescimento<br />

mais sustentável, ou seja, sem aumento<br />

<strong>de</strong> inadimplentes. “Com a perspectiva <strong>de</strong><br />

“dá para afirmar que<br />

a responsabilida<strong>de</strong><br />

no uso do crédito já<br />

é um fato em nossa<br />

economia”<br />

12 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


crescimento gradual da economia e renda,<br />

juros menores e inflação controlada,<br />

espera-se uma retomada sustentável da<br />

<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> crédito, expandindo a renda<br />

disponível das famílias, fatores que <strong>de</strong>verão<br />

colaborar para a manutenção <strong>de</strong> um<br />

ritmo estável do estoque <strong>de</strong> inadimplência<br />

em 2017”, afirma Flávio Calife, economista<br />

da Boa Vista SCPC.<br />

A volta do consumo, aliada à melhoria<br />

<strong>de</strong> indicadores econômicos, impacta imediatamente<br />

no cenário em que as empresas<br />

navegam. “Revertida a situação, com<br />

pessoas retomando consumo, as empresas<br />

já começam a presenciar melhoria <strong>de</strong><br />

receitas e garantias, entre outros fatores.<br />

Além <strong>de</strong> uma perspectiva muito mais favorável<br />

<strong>de</strong> juros e inflação que, juntos,<br />

contribuem para diminuição dos riscos <strong>de</strong><br />

mercado. O cenário para <strong>2018</strong> no caso das<br />

empresas é bastante otimista”, analisa o<br />

profissional.<br />

Embora haja bastante burburinho em<br />

relação a eventos como Copa do Mundo<br />

e eleições, Calife é reticente sobre o real<br />

impacto <strong>de</strong>ssas situações para o crédito às<br />

pessoas e, consequentemente, para a movimentação<br />

da economia do Brasil. “Apesar<br />

<strong>de</strong> observamos um aumento <strong>de</strong> consumo<br />

durante esses eventos, o histórico não<br />

“Após o choque dos<br />

últimos anos, os<br />

indicadores da Boa Vista<br />

SCPC apontam que os<br />

próximos 12 meses<br />

trarão mais dinheiro<br />

para o crédito”<br />

nos permite afirmar que no mercado <strong>de</strong><br />

crédito existam <strong>de</strong>scompassos, como excesso<br />

<strong>de</strong> oferta ou <strong>de</strong> consumo por exemplo”,<br />

argumenta.<br />

Lições <strong>de</strong> 2012<br />

Embora o auge da crise <strong>de</strong> consumo, que<br />

tanto impactou as empresas e o mercado<br />

publicitário, tenha sido entre 2015 e 2017,<br />

é <strong>de</strong> 2012 que vêm as principais lições para<br />

uma nova fase <strong>de</strong> crescimento do país. Naquele<br />

ano, ocorreu o último gran<strong>de</strong> ciclo <strong>de</strong><br />

inadimplência do Brasil, ocasionado pelo<br />

excesso <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> crédito em apenas<br />

um setor: automobilístico. As vendas, na<br />

época, dispararam, mas a inadimplência<br />

acompanhou esse movimento. “Os conce<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> crédito rapidamente alteraram<br />

o mix <strong>de</strong> suas carteiras, ofertando crédito<br />

em linhas mais seguras, como consignado<br />

e imobiliário. Dessa forma, juntando o histórico<br />

<strong>de</strong> cautela recente do consumidor e<br />

o aprendizado dos ofertantes em 2012, dá<br />

para afirmar que a responsabilida<strong>de</strong> no<br />

uso do crédito já é um fato em nossa economia”,<br />

avalia.<br />

Assim, em linhas gerais, a <strong>de</strong>manda por<br />

crédito havia caído 10% ao fim <strong>de</strong> 2016 na<br />

comparação com o ano anterior, e ainda fecha<br />

2017 com queda <strong>de</strong> 1,4% (consi<strong>de</strong>rando<br />

o acumulado <strong>de</strong> 12 meses até novembro,<br />

o dado mais atual). Mas vai retomar<br />

níveis positivos já nos primeiros meses <strong>de</strong><br />

<strong>2018</strong>. Após o choque dos últimos anos, os<br />

indicadores da Boa Vista SCPC apontam<br />

que os próximos 12 meses trarão mais dinheiro<br />

para o crédito, o que certamente<br />

se reverterá em ampliação do consumo,<br />

aumento das receitas das empresas e das<br />

verbas publicitárias, fechando um ciclo<br />

positivo que é o sonho <strong>de</strong> <strong>de</strong>z em cada <strong>de</strong>z<br />

executivos do mercado.<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 13


mercado<br />

Kantar revela as <strong>de</strong>z<br />

principais tendências<br />

em mídias sociais<br />

Fim da era do "vale-tudo" no segmento, com<br />

a busca por maior privacida<strong>de</strong>, está entre<br />

os itens <strong>de</strong>stacados pelo estudo do instituto<br />

Claudia Penteado<br />

Maturida<strong>de</strong> e consolidação<br />

do panorama tecnológico/<br />

digital parecem ser tendências<br />

claras, <strong>de</strong> acordo com a nova<br />

edição da pesquisa da Kantar<br />

Media, As tendências das mídias<br />

sociais para <strong>2018</strong>. Anualmente,<br />

a empresa pesquisa<br />

e divulga as <strong>de</strong>z principais<br />

tendências relativas às mídias<br />

sociais, termo que, segundo<br />

o relatório, não dá mais conta<br />

da grandiosida<strong>de</strong> das re<strong>de</strong>s<br />

sociais. “As re<strong>de</strong>s sociais mudaram<br />

tanto que hoje é difícil<br />

limitá-las a termos como social<br />

ou mídia. Digital também é<br />

uma <strong>de</strong>finição simples <strong>de</strong>mais,<br />

já que os ‘pure players’ têm cada<br />

vez mais criativida<strong>de</strong> para<br />

irem além do ambiente digital,<br />

ganhando espaço no ambiente<br />

físico”, diz o relatório.<br />

A primeira tendência, segundo<br />

o estudo, é a evolução do<br />

conteúdo e por isso as marcas<br />

precisam aprimorar suas estratégias<br />

<strong>de</strong> conteúdo - antes <strong>de</strong> se<br />

preocuparem com a evolução<br />

tecnológica e as possibilida<strong>de</strong>s<br />

infinitas da realida<strong>de</strong> aumentada,<br />

da realida<strong>de</strong> virtual e da<br />

internet das coisas. A evolução<br />

dos assistentes inteligentes por<br />

voz (Amazon Echo e Google<br />

Home) é um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio<br />

para o marketing <strong>de</strong> conteúdo.<br />

Bret Kinsella, fundador e editor<br />

<strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> voz da VoiceBot,<br />

afirma que se uma marca<br />

não estiver nas plataformas<br />

<strong>de</strong> voz, estará literalmente em<br />

silêncio, quieta, quando um<br />

cliente quiser interagir com ela.<br />

Será interessante ver como as<br />

marcas vão lidar com essas plataformas.<br />

A segunda tendência é, ainda,<br />

o crescimento da inteligên-<br />

cia artificial. As máquinas se<br />

tornam mais capazes: po<strong>de</strong>m<br />

reconhecer rostos e emoções,<br />

se expressar e enten<strong>de</strong>r o contexto<br />

<strong>de</strong> situações. IA caminha<br />

para se tornar commodity nas<br />

nossas vidas, e os gran<strong>de</strong>s comandantes<br />

<strong>de</strong>sse processo são<br />

Amazon, Facebook, Google,<br />

Apple, Microsoft e IBM. As duas<br />

primeiras, ao que tudo indica,<br />

se manterão como os dois principais<br />

titãs <strong>de</strong>ssa batalha.<br />

A terceira tendência é a chamada<br />

realida<strong>de</strong> alterada - que<br />

inclui a realida<strong>de</strong> aumentada,<br />

a virtual, ou a chamada mixed<br />

reality. A sua adoção exige um<br />

ponto <strong>de</strong> virada que ainda não<br />

foi alcançado e não se sabe exatamente<br />

se <strong>2018</strong> será este ano,<br />

mas há empresas investindo<br />

forte em projetos como por<br />

exemplo a Apple, com o seu<br />

ARKit, a gran<strong>de</strong> aposta da empresas<br />

para levar a AR ao gran<strong>de</strong><br />

público. O Facebook formou<br />

uma equipe <strong>de</strong> VR que trabalha<br />

em parceria com a Samsung em<br />

tecnologia <strong>de</strong> VR móvel. E por<br />

aí vai.<br />

A quarta tendência apontada<br />

pelo relatório da Kantar<br />

envolve o formato ví<strong>de</strong>o e a<br />

intenção dos players <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s<br />

sociais planejarem montar as<br />

próprias programações <strong>de</strong> conteúdo<br />

em ví<strong>de</strong>o. Facebook,<br />

Twitter e SnapChat planejam<br />

seguir algo entre o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

TV comercial, o streaming e<br />

serviços <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o on <strong>de</strong>mand<br />

como Netflix. Também são populares<br />

mo<strong>de</strong>los como o Acfun<br />

e o Bilibili, muito conhecidos<br />

na China, que incluem a exibição<br />

<strong>de</strong> comentários em tempo<br />

real na tela. O Amazon Prime<br />

Vi<strong>de</strong>o já faz sucesso, e o que as<br />

marcas têm a ver com isso é que<br />

nascem novos slots e formatos<br />

Digital também<br />

é uma <strong>de</strong>finição<br />

simples <strong>de</strong>mais,<br />

já que os ‘pure<br />

players’ têm<br />

cada vez mais<br />

criativida<strong>de</strong><br />

para irem além<br />

para a publicida<strong>de</strong>, ou mesmo a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>las próprias se<br />

tornarem produtoras <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o e<br />

realizarem parcerias para gerar<br />

conteúdo original.<br />

Em quinto lugar entre as tendências<br />

está a publicida<strong>de</strong> em<br />

mídias sociais e a sua capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> inspirar novas experiências<br />

com anúncios: campanhas<br />

mais contextuais e personalizadas,<br />

novos formatos como<br />

o anúncio carrossel, ou ainda<br />

possibilida<strong>de</strong>s mais amplas <strong>de</strong><br />

narrativas <strong>de</strong> marcas que combinam<br />

ví<strong>de</strong>os, imagens, texto e<br />

uma call to action. Sim, players<br />

como o SnapChat estão atentos<br />

e oferecendo novas possibilida<strong>de</strong>s,<br />

e tudo indica que o futuro<br />

será bastante promissor.<br />

A sexta tendência mantém a<br />

majesta<strong>de</strong> dos influenciadores<br />

nas estratégias <strong>de</strong> marketing.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> usar os influencers<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser apenas uma<br />

Kantar revela as <strong>de</strong>z principais tendências relativas às m<br />

opção, mas se tornou essencial<br />

para as marcas. Hoje há programas<br />

mais duradouros entre<br />

marcas e influenciadores, que<br />

se tornam embaixadores <strong>de</strong><br />

longo prazo com maior credibilida<strong>de</strong>.<br />

A sétima tendência são os<br />

novos formatos interativos.<br />

As marcas precisam ficar cada<br />

vez mais atentas ao ví<strong>de</strong>o, pois<br />

há indícios <strong>de</strong> que o Facebook<br />

po<strong>de</strong>, futuramente, se tornar<br />

“all vi<strong>de</strong>o”. Além disso, os<br />

home assistants digitais como<br />

Amazon Echo e Google Home,<br />

além <strong>de</strong> carros inteligentes, estão<br />

aí para mostrar que há muitas<br />

possibilida<strong>de</strong>s envolvendo<br />

áudio para as marcas. Há novida<strong>de</strong>s<br />

em formatos <strong>de</strong> gifs, com<br />

efeitos 3D, com a chamada fotografia<br />

viva, e por aí vai.<br />

Em oitavo lugar está a briga,<br />

mais viva do que nunca, da<br />

geração Z, <strong>de</strong> ter privacida<strong>de</strong>.<br />

14 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


PeopleImages/iStock<br />

ídias sociais, termo que, segundo o relatório, não dá mais conta da grandiosida<strong>de</strong> das re<strong>de</strong>s sociais, que “mudaram tanto que hoje é difícil limitá-las a termos como social ou mídia”<br />

O céu parece<br />

ser o limite na<br />

experiência<br />

<strong>de</strong> consumir<br />

conteúdo e o<br />

compartilhamento<br />

<strong>de</strong> plataformas<br />

parece ser<br />

positivo<br />

Nunca houve tanto <strong>de</strong>sejo pela<br />

proteção <strong>de</strong> dados, e para isso<br />

vale tudo: contas protegidas<br />

e outras fake só para pessoas<br />

menos conhecidas, ou mesmo<br />

o uso <strong>de</strong> aplicativos que garantem<br />

anonimato ou maior<br />

privacida<strong>de</strong> como Vaulty ou<br />

Anonyfish. Tijma Shep, pesquisador<br />

holandês, afirma que<br />

uma nova doença dos tempos<br />

mo<strong>de</strong>rnos po<strong>de</strong> ser a chamada<br />

“frieza social”, caracterizada<br />

pela preocupação exagerada<br />

com o que se publica ou curte<br />

em re<strong>de</strong>s sociais. Especula que<br />

no mundo on<strong>de</strong> os algoritmos<br />

monitoram tudo o que fazemos<br />

e nossas ações são registradas<br />

<strong>de</strong> maneira permanente, po<strong>de</strong>mos<br />

acabar mergulhados em<br />

excesso <strong>de</strong> autocensura, conformismo,<br />

aversão ao risco e<br />

“rigi<strong>de</strong>z social”. Alguma semelhança<br />

com episódios <strong>de</strong> Black<br />

Mirror não é mera coincidência,<br />

claro. O fato é que mais e<br />

mais pessoas estão tensas com<br />

o permanente monitoramento<br />

e os playes já criam opções <strong>de</strong><br />

reduzi-lo. Em maio entra em<br />

vigor a Regulação Geral <strong>de</strong> Proteção<br />

<strong>de</strong> Dados da União Europeia<br />

e outras ações andam em<br />

andamento pelo mundo. Marcas<br />

e suas estratégias <strong>de</strong> CRM<br />

<strong>de</strong>vem ficar atentas!<br />

Em nono lugar nas tendências<br />

está o Fake News e a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> proteger as marcas<br />

<strong>de</strong>sse “lado obscuro” da internet.<br />

O investimento em tecnologias<br />

que previnam e combatam<br />

as notícias falsas nunca<br />

foi tão importante. Mais e mais<br />

programas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mídia serão vistos na<br />

web - e todos terão <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rir se<br />

quiserem continuar atraindo as<br />

marcas.<br />

A China é a décima tendência<br />

no relatório da Kantar, por<br />

se tratar <strong>de</strong> um exemplo perfeito<br />

<strong>de</strong> convergência das mídias<br />

sociais, que vive sua era <strong>de</strong><br />

ouro por lá. Plataformas chinesas<br />

como Weibo, WeChat e QQ<br />

estão aperfeiçoando a união entre<br />

comércio social, móvel e o<br />

chamado pan-entretenimento,<br />

se integrando cada vez mais.<br />

Varejistas como Gap e Coach<br />

associaram seus programas <strong>de</strong><br />

fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> ao aplicativo We-<br />

Chat, por exemplo, e gerenciam<br />

engajamento e relacionamento<br />

com clientes na própria plataforma.<br />

O céu parece ser o limite<br />

na experiência <strong>de</strong> consumir<br />

conteúdo e o compartilhamento<br />

<strong>de</strong> plataformas parece ser<br />

positivo tanto para os players<br />

quanto para os usuários. No<br />

Oci<strong>de</strong>nte, no entanto, ainda há<br />

uma abordagem mais in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

e menos integrada dos<br />

aplicativos e plataformas, ainda<br />

a alguns anos-luz dos chineses.<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 15


mídia<br />

Globo divulga produções em feira<br />

para distribuidores, em Miami<br />

Braço internacional da emissora reúne programadores <strong>de</strong> TV, no Natpe,<br />

para mostrar investimento da empresa em conteúdo multiplataforma<br />

Para apresentar as novida<strong>de</strong>s<br />

da emissora ao mercado<br />

internacional, a Globo reuniu<br />

mais <strong>de</strong> 200 programadores <strong>de</strong><br />

TV e jornalistas, no último dia<br />

16, na feira para produtores e<br />

distribuidores <strong>de</strong> conteúdo Natpe,<br />

que foi realizada em Miami.<br />

“Nos Estúdios Globo, somos<br />

um cal<strong>de</strong>irão <strong>de</strong> talentos que<br />

trabalha junto, em uma constante<br />

busca por diversida<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong><br />

e inovação. E se hoje, no<br />

Brasil, a Globo fala com mais <strong>de</strong><br />

100 milhões <strong>de</strong> pessoas, replicamos<br />

esse alcance ainda mais<br />

através da programação <strong>de</strong> cada<br />

um <strong>de</strong> vocês”, <strong>de</strong>staca Raphael<br />

Corrêa Netto, diretor-executivo<br />

<strong>de</strong> negócios internacionais da<br />

Globo, durante o evento.<br />

Entre as produções <strong>de</strong>ste ano,<br />

estão novelas, séries, superséries<br />

e filmes que mostram o investimento<br />

da empresa em criação,<br />

produção e distribuição <strong>de</strong><br />

conteúdo multiplataforma.<br />

A Força do Querer, exibida no<br />

Brasil no ano passado, é uma<br />

das apostas do catálogo <strong>de</strong> <strong>2018</strong>,<br />

além <strong>de</strong> O Outro Lado do Paraíso<br />

e Deus Salve o Rei, ambas no ar<br />

atualmente no Brasil.<br />

A Globo ainda aposta nas<br />

séries Sob Pressão, coprodução<br />

com a Conspiração Filmes;<br />

Carcereiros, coproduzida com a<br />

Gullane Filmes e a Spray Filmes;<br />

A Fórmula e Os Experientes.<br />

O braço <strong>de</strong> longa-metragens<br />

do grupo, a Globo Filmes, apresentou<br />

os cinco filmes que <strong>de</strong>vem<br />

se <strong>de</strong>stacar neste ano: Ferrugem,<br />

Tungstênio, A Glória e a<br />

Graça, Sequestro Relâmpago e<br />

Morto Não Fala.<br />

De acordo com o veículo, as<br />

produções da Globo já conquistaram<br />

16 Emmys e audiências<br />

<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 170 países, com o licenciamento<br />

<strong>de</strong> conteúdo e coproduções<br />

internacionais.<br />

SBT conquista sete patrocinadores<br />

para exibir Carnaval <strong>de</strong> Salvador<br />

Colgate, Buscofem, Carrefour, Universida<strong>de</strong> Anhanguera e Havaianas<br />

têm as cotas másteres; Ministério dos Transportes e Dolly, as locais<br />

SBT é a emissora oficial do<br />

O Carnaval <strong>de</strong> Salvador <strong>2018</strong>,<br />

transmitido para todo o Brasil<br />

no SBT Folia <strong>2018</strong>, a partir da<br />

sexta-feira (9) até a terça-feira<br />

(13). O programa já teve as cotas<br />

<strong>de</strong> patrocínio comercializadas.<br />

São cinco anunciantes másteres:<br />

Colgate, Buscofem, Carrefour,<br />

Universida<strong>de</strong> Anhanguera<br />

e Havaianas, além <strong>de</strong> dois<br />

locais: Ministério dos Transportes<br />

e refrigerantes Dolly.<br />

A festa terá cinco noites consecutivas<br />

<strong>de</strong> transmissão, realizada<br />

a partir do estúdio exclusivo<br />

do SBT no Circuito Barra/<br />

Ondina.<br />

O SBT Folia <strong>2018</strong> será coman-<br />

Tiago Barnabé, como Narcisa, Nadja Haddad, Léo Sampaio e Hellen Ganzarolli<br />

Raphael Corrêa Netto, diretor-executivo <strong>de</strong> negócios internacionais da Globo<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

dado pelos apresentadores Helen<br />

Ganzarolli, Nadja Haddad e<br />

Léo Sampaio, que é da TV Aratu<br />

e especialista na folia baiana. A<br />

transmissão ainda conta com a<br />

participação especial <strong>de</strong> Tiago<br />

Barnabé, que interpreta personagens<br />

como Narcisa e Ivete,<br />

no programa Eliana.<br />

O espectador também po<strong>de</strong>rá<br />

acompanhar os melhores<br />

momentos da folia em Salvador<br />

e os bastidores da festa online<br />

pelo site www.sbt.com.br/<br />

sbtfolia ou nas páginas oficiais<br />

do SBT Folia no Twitter e no Facebook.<br />

Esta é a oitava vez que<br />

a emissora é parceira oficial do<br />

Carnaval <strong>de</strong> Salvador.<br />

16 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


digital<br />

Google faz Black Friday da Educação<br />

em semana <strong>de</strong> resultados do Enem<br />

Esquema <strong>de</strong> guerrilha inclui war rooms para cada uma das universida<strong>de</strong>s<br />

atendidas, com assessoria para analisar as estratégias em tempo real<br />

CLAUDIA PENTEADO<br />

Na semana passada, entre os<br />

dias 18 e 20, ocorreu mais<br />

uma edição do Black Friday da<br />

Educação, o período que suce<strong>de</strong><br />

a divulgação dos resultados<br />

do Enem e, portanto, a última<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> as universida<strong>de</strong>s<br />

privadas do Brasil conquistarem<br />

alunos que não entraram<br />

para as públicas ou que não haviam<br />

feito suas escolhas com<br />

antecedência. Com a divulgação<br />

dos resultados da prova, as<br />

faculda<strong>de</strong>s privadas partiram<br />

para suas estratégias digitais.<br />

O Google percebeu o potencial<br />

<strong>de</strong>ste segmento e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2016, monta uma equipe especializada,<br />

que assessora clientes<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do ano, mais<br />

precisamente em abril. É o início<br />

da jornada do estudante e<br />

quando as instituições costumam<br />

lançar suas estratégias <strong>de</strong><br />

comunicação das mais diversas<br />

maneiras para entrar no radar<br />

dos alunos.<br />

Vicente Carrari, gerente <strong>de</strong><br />

negócios para educação e governo<br />

do Google Brasil, afirma<br />

que, para que a captação após<br />

os resultados do Enem seja<br />

mais assertiva, a estratégia <strong>de</strong><br />

comunicação se adapta <strong>de</strong> acordo<br />

com as fases do aluno. Ao<br />

longo do ano, a estratégia dos<br />

players <strong>de</strong> educação é criada e<br />

executada a várias mãos, com<br />

forte influência das agências <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> dos clientes. “No<br />

início, alunos estão criando ciência<br />

do que querem estudar e<br />

qual a melhor opção <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong>.<br />

Após o dia do resultado<br />

do Enem, com os estudantes<br />

já em fase <strong>de</strong> final <strong>de</strong> funil <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão, há uma concorrência<br />

bastante acirrada pelo alunos<br />

em potencial”, diz.<br />

O Google montou um verda<strong>de</strong>iro<br />

esquema <strong>de</strong> guerrilha<br />

para cerca <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong><br />

clientes: cada um <strong>de</strong>les ganhou,<br />

nos dias <strong>de</strong> Black Friday<br />

da Educação, uma sala especial,<br />

<strong>de</strong>nominada war room,<br />

Mariana Pasqualetti e Vicente Carrari, do Google: esquema <strong>de</strong> guerrilha na Black Friday da Educação<br />

com assessoria em tempo real<br />

para suas estratégias, inclusive<br />

com engenheiros <strong>de</strong> plantão<br />

para qualquer eventualida<strong>de</strong><br />

mais complexa. Qualquer falha,<br />

como por exemplo uma página<br />

<strong>de</strong> universida<strong>de</strong> que saia do ar<br />

por algumas horas, po<strong>de</strong> <strong>de</strong>struir<br />

toda uma estratégia, em<br />

geral iniciada no início do ano,<br />

e comprometer cinco anos do<br />

negócio.<br />

“Os dados obtidos no início<br />

da jornada do aluno pela faculda<strong>de</strong><br />

são utilizados para impactá-los<br />

novamente no momento<br />

mais próximo da conversão.<br />

Isso é possível através do machine<br />

learning, cujo aprendizado<br />

coletado por toda a jornada<br />

possibilita uma melhor perfomance,<br />

mapeando a intenção<br />

do usuário. Também po<strong>de</strong> ser<br />

utilizado para reter a intenção<br />

do público, por exemplo alguém<br />

que pesquisou pela modalida<strong>de</strong><br />

presencial, mas, por<br />

alguma razão, mudou <strong>de</strong> planos<br />

e quer a modalida<strong>de</strong> EAD”,<br />

explica Vicente.<br />

Buscas<br />

A web se tornou a ferramenta<br />

principal dos jovens para não<br />

só estudar para o Enem, buscar<br />

informações sobre profissões<br />

como também conhecer opções<br />

<strong>de</strong> cursos e universida<strong>de</strong>s e<br />

pesquisar experiências <strong>de</strong> alunos,<br />

por exemplo. As buscas no<br />

Google por Enem cresceram, no<br />

ano passado, 8% e no YouTube,<br />

56%. O Enem foi o terceiro<br />

termo mais buscado no Google<br />

em 2017.<br />

Mariana Pasqualetti, lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

inteligência <strong>de</strong> mercado para<br />

educação e governo do Google<br />

Brasil, afirma que o mercado se<br />

expandiu consi<strong>de</strong>ravelmente<br />

no Brasil a partir <strong>de</strong> uma espécie<br />

<strong>de</strong> popularização do acesso<br />

ao ensino superior privado. Isso<br />

mudou o mercado, no qual as<br />

escolhas ocorriam, <strong>de</strong> fato, <strong>de</strong><br />

maneira mais estruturada no<br />

Divulgação<br />

passado, para escolhas <strong>de</strong> última<br />

hora, em que os benefícios<br />

financeiros acabam tendo um<br />

papel importante. Nisso tudo<br />

ainda pesa, naturalmente, o<br />

elemento cultural do brasileiro,<br />

que tem o “comportamento <strong>de</strong><br />

última hora”, como <strong>de</strong>fine Mariana,<br />

e o hábito <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong>cisões<br />

importantes para o último<br />

minuto.<br />

Entre os anunciantes que<br />

aproveitaram a data, a maior<br />

empresa <strong>de</strong> financiamento<br />

estudantil privado do Brasil<br />

divulgou sua linha <strong>de</strong> crédito<br />

educacional PraValer, com<br />

forte campanha assinada pela<br />

agência CL/AG. Estrelada pela<br />

atriz Fernanda Souza, a campanha<br />

com o slogan Vai Estudar e<br />

a hashtag VaiEstudar entrou no<br />

ar nas plataformas online e na<br />

mídia Out of Home, oferecendo<br />

seu produto aos estudantes que<br />

não foram beneficiados pelo<br />

Fundo <strong>de</strong> Financiamento Estudantil<br />

<strong>2018</strong>.<br />

18 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


digital<br />

“Brand safety<br />

é priorida<strong>de</strong><br />

para o Twitter”<br />

No Twitter há quase cinco anos, Stephanie<br />

Prager acaba <strong>de</strong> assumir como diretora<br />

global <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> agências, após<br />

exercer a função para os Estados Unidos. Ela<br />

será responsável por gerenciar as parcerias com grupos<br />

globais como WPP, Omnicom, Publicis, Interpublic<br />

Group e Dentsu Aegis Network. Nesta entrevista,<br />

a executiva explica a fase <strong>de</strong> transição para o novo<br />

<strong>de</strong>safio e como o Twitter preten<strong>de</strong> trabalhar<br />

ao redor do mundo para garantir brand safety – uma<br />

das maiores preocupações das empresas e questão<br />

que figura entre as priorida<strong>de</strong>s da plataforma.<br />

Veja a seguir os principais trechos da entrevista.<br />

Divulgação<br />

JÉSSICA OLIVEIRA<br />

CONVITE<br />

Como lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> agências nos Estados<br />

Unidos, trabalhei próxima<br />

a executivos <strong>de</strong>ssas empresas<br />

para prospectar, manter e <strong>de</strong>senvolver<br />

o relacionamento<br />

das agências com o Twitter.<br />

Fiquei entusiasmada com a<br />

chance <strong>de</strong> assumir um papel<br />

global e expandir nossos<br />

relacionamentos em todo o<br />

mundo. Sou grata por minha<br />

experiência na li<strong>de</strong>rança<br />

da equipe <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> agências dos EUA,<br />

já que muito do que fizemos<br />

por lá po<strong>de</strong> ser escalável e bem-<br />

-sucedido em outros mercados.<br />

Passar para a li<strong>de</strong>rança global<br />

parece um próximo passo natural.<br />

Muitos projetos e inovações<br />

po<strong>de</strong>m ganhar escala e alcançar<br />

o mesmo sucesso e nível <strong>de</strong> aceleração<br />

em outros mercados.<br />

MUDANÇAS NA ESTRUTURA<br />

Tenho a sorte <strong>de</strong> ter uma<br />

equipe forte para apoiar nossos<br />

clientes em todo o mundo. Vou<br />

supervisionar os times responsáveis<br />

pelos gran<strong>de</strong>s grupos<br />

<strong>de</strong> agências globalmente, além<br />

dos executivos específicos dos<br />

Estados Unidos que gerenciam<br />

parcerias locais.<br />

ESTREITAR RELAÇÕES<br />

Sempre tivemos relacionamentos<br />

excepcionais com<br />

nossos parceiros <strong>de</strong> agências,<br />

mas eu gostaria <strong>de</strong> aprofundá-<br />

-los ainda mais. Buscamos as<br />

melhores oportunida<strong>de</strong>s para<br />

ampliar o nosso escopo <strong>de</strong> trabalho<br />

com os clientes a partir<br />

<strong>de</strong> parcerias e produtos inovadores,<br />

que aju<strong>de</strong>m a oferecer<br />

um valor único. Pensamos em<br />

ferramentas e estratégias específicas<br />

que o Twitter po<strong>de</strong><br />

oferecer para resolver os <strong>de</strong>safios<br />

dos clientes. Isso nos leva a<br />

uma inovação incrível.<br />

algumas FERRAMENTAS<br />

A partir <strong>de</strong> uma pesquisa<br />

com nossos parceiros <strong>de</strong> agências<br />

em 2017, <strong>de</strong>scobrimos<br />

que a ativida<strong>de</strong> preferida dos<br />

fãs durante o March Madness<br />

(torneio eliminatório <strong>de</strong> times<br />

universitários <strong>de</strong> basquete dos<br />

EUA) é participar do chamado<br />

“bolão”. Com a Wendy’s, criamos<br />

uma tabela com palpites<br />

<strong>de</strong> March Madness que podia<br />

ser preenchida por meio <strong>de</strong><br />

mensagens diretas, elaborada<br />

tanto para quem gosta <strong>de</strong> esportes<br />

como para quem não<br />

gosta. As pessoas abraçaram a<br />

ação como parte da celebração<br />

do March Madness no Twitter e<br />

foi um enorme sucesso.<br />

SOLUÇÕES PARA BRAND SAFETY<br />

A segurança <strong>de</strong> marca foi<br />

uma gran<strong>de</strong> questão em 2017<br />

e continuará em <strong>2018</strong>. Como o<br />

consumo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o segue crescendo<br />

na plataforma, e nós<br />

Stephanie Prager: “Gostaria <strong>de</strong> aprofundar ainda mais o relacionamentos com agências”<br />

“utilizamos<br />

tecnologia,<br />

pessoas e<br />

controles <strong>de</strong><br />

serviço para<br />

garantir um<br />

ambiente seguro<br />

para as marcas”<br />

continuamos a expandir nossas<br />

ofertas <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o, vemos<br />

isso como uma oportunida<strong>de</strong>.<br />

Brand safety é fundamental<br />

para o sucesso <strong>de</strong> nossos clientes,<br />

e é uma priorida<strong>de</strong> para o<br />

Twitter. Utilizamos uma série<br />

<strong>de</strong> medidas diferentes, como<br />

tecnologia (filtros algorítmicos<br />

visuais e baseados em texto),<br />

pessoas e controles <strong>de</strong> serviço<br />

para garantir um ambiente<br />

seguro para as marcas. Investimos<br />

continuamente nessas<br />

áreas para manter produtos e<br />

processos atualizados. O objetivo<br />

é resolver as necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> negócios com as soluções<br />

do Twitter. Embora as ofertas<br />

possam variar <strong>de</strong> mercado para<br />

mercado, a missão é a mesma.<br />

APLICAÇÃO GLOBAL<br />

Temos sorte <strong>de</strong> ter pessoas<br />

que usam o Twitter no mundo<br />

todo, com equipes locais para<br />

apoiá-las. Muitas inovações <strong>de</strong><br />

produtos começam nos Estados<br />

Unidos e, quando se expan<strong>de</strong>m<br />

para novos mercados, já<br />

há aprendizados que tivemos<br />

nos lançamentos e campanhas<br />

anteriores. Combinar esse conhecimento<br />

com a compreensão<br />

local nos dá uma vantagem<br />

para alcançar os consumidores.<br />

BRASIL<br />

O Brasil é um dos principais<br />

mercados internacionais do<br />

Twitter, e continua a crescer e<br />

a impactar o negócio. Levando<br />

em consi<strong>de</strong>ração a dinâmica<br />

do mercado, fazer com que o<br />

nosso relacionamento com as<br />

agências seja ainda mais próximo<br />

é fundamental para o nosso<br />

sucesso no Brasil. A lí<strong>de</strong>r no<br />

mercado brasileiro é a Fabiana<br />

Manfredi, que gerencia o negócio<br />

<strong>de</strong> agências localmente<br />

e se reporta à diretora-geral do<br />

Twitter Brasil, Fiamma Zarife.<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 19


Qual balanço faz dos primeiros meses<br />

na Mastercard?<br />

Foram meses muito positivos,<br />

<strong>de</strong> aprendizado em relação ao<br />

mercado <strong>de</strong> tecnologia <strong>de</strong> meio<br />

<strong>de</strong> pagamentos, sobre o nossos<br />

consumidores e clientes. A prinentrevista<br />

Sarah Buchwitz<br />

nosso objetivo<br />

é criar coisas<br />

que não tenham<br />

preço<br />

Sarah Buchwitz, VP <strong>de</strong> marketing e<br />

comunicação da Mastercard Brasil e ConeSul,<br />

li<strong>de</strong>ra 25 pessoas no Brasil, na Argentina e<br />

no Chile. Antes <strong>de</strong> ela assumir a posição, em<br />

julho passado, atuou na Pepsico, na Mon<strong>de</strong>lez e na<br />

ESPN. Na nova casa, seu principal <strong>de</strong>safio tem sido<br />

integrar marketing e comunicação em uma única<br />

área e reforçar o posicionamento Não Tem Preço.<br />

“O <strong>de</strong>safio do meu time é continuar reforçando<br />

esse posicionamento, mas acompanhando as<br />

transformações que estão ocorrendo no mercado”,<br />

fala. Confira os principais trechos da entrevista.<br />

JÉSSICA OLIVEIRA<br />

Como ocorreu o convite para ir para<br />

a Mastercard?<br />

Estava alinhado com minhas<br />

expectativas <strong>de</strong> carreira. Fiquei<br />

dois anos e meio na ESPN. Senti<br />

que tinha completado um ciclo<br />

e pu<strong>de</strong> transformar a marca nesse<br />

período. Sempre tive o <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> trabalhar em uma empresa<br />

<strong>de</strong> tecnologia. A Mastercard veio<br />

e foi perfeito: a expectativa da<br />

companhia e os <strong>de</strong>safios que ela<br />

me ofereceu, junto com o momento<br />

da minha carreira.<br />

Antes <strong>de</strong> você, já havia uma mulher<br />

na li<strong>de</strong>rança da área. Escolher outra<br />

mulher para o <strong>de</strong>partamento foi<br />

coincidência?<br />

Não foi. A Mastercard valoriza<br />

a diversida<strong>de</strong>, isso está em seu<br />

DNA. É natural ter na empresa<br />

lí<strong>de</strong>res mulheres. Somos uma<br />

empresa <strong>de</strong> inovação, para inovar<br />

precisa <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> e precisa<br />

ser <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora.<br />

Você também <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> essa visão?<br />

Sim, uma das minhas ban<strong>de</strong>iras<br />

como lí<strong>de</strong>r é a mulher no mercado<br />

<strong>de</strong> trabalho e um ambiente<br />

mais diverso como um todo. Mais<br />

do que falar <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong>, meu<br />

discurso e minha ban<strong>de</strong>ira aqui<br />

e em outras empresas era e é <strong>de</strong><br />

inclusão. A diversida<strong>de</strong> é importante<br />

e uma vez que está instalada,<br />

como na Mastercard. Nosso<br />

papel é ter certeza que incluímos<br />

diferentes perfis na empresa e<br />

no nosso dia a dia. Isso só faz o<br />

ambiente mais produtivo e mais<br />

rico. E no fim do dia isso impacta<br />

positivamente as estratégias <strong>de</strong><br />

negócio. Está comprovado que<br />

um ambiente <strong>de</strong> trabalho mais diverso<br />

traz mais resultados.<br />

cipal transformação é a forma<br />

como marketing e comunicação<br />

vem trabalhando, <strong>de</strong> uma forma<br />

muito mais integrada. Tive a<br />

sorte <strong>de</strong> entrar em um momento<br />

<strong>de</strong> discussão e planejamento <strong>de</strong><br />

<strong>2018</strong>, regionalmente e localmente.<br />

Isso foi muito importante porque,<br />

<strong>de</strong> alguma forma, junto com<br />

meu time, construímos as estratégias<br />

para o ano.<br />

Como você tem feito a transformação<br />

nos <strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong> marketing<br />

e comunicação?<br />

Sou responsável pelos dois e,<br />

na minha visão, eles não são separados.<br />

Meu <strong>de</strong>safio é fazer com<br />

que as duas áreas sejam uma só,<br />

que a gente veja isso do lado <strong>de</strong><br />

fora. Não tem on, não tem off,<br />

não tem marketing, nem comunicação,<br />

é um time único pensando<br />

<strong>de</strong> uma forma holística e<br />

integrada para entregar um resultado<br />

mais alinhado para consumidores<br />

e clientes. Como o contato<br />

com consumidor e cliente é<br />

um só, realmente acredito nessa<br />

visão integrada. Trabalhamos<br />

criando um discurso mais consistente<br />

e mais conectado com<br />

nossos consumidores e nossos<br />

clientes. Atualmente todos sentam<br />

juntos, não existe mais nem<br />

a barreira física. Tudo é discutido<br />

em conjunto.<br />

Essa integração das áreas também<br />

vale para os meios em que as campanhas<br />

serão veiculadas?<br />

Sim, acreditamos em uma visão<br />

mais integrada dos meios e<br />

em estar presente em todos os<br />

pontos <strong>de</strong> contato com o consumidor<br />

que sejam relevantes para<br />

o objetivo da comunicação. Nossas<br />

campanhas estão alinhadas<br />

ao negócio. Algumas serão só digitais,<br />

outras vão utilizar outros<br />

meios. Estamos construindo essa<br />

visão <strong>de</strong> que não tem on, não tem<br />

off, é um ecossistema <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s,<br />

<strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> contato<br />

com o consumidor. Digital é uma<br />

das nossas priorida<strong>de</strong>s porque é<br />

on<strong>de</strong> o consumidor está também,<br />

sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> falar <strong>de</strong> TV, rádio e<br />

mobiliário urbano, entre outros.<br />

Mastercard segue com o posicionamento<br />

Não Tem Preço?<br />

Sim, e nossa previsão é dar<br />

continuida<strong>de</strong> a esse posicionamento<br />

que existe há mais <strong>de</strong> 20<br />

anos. É muito sonoro, é muito<br />

forte, realmente construiu a marca<br />

e prova sua consistência. Mastercard<br />

tem o mesmo insight e a<br />

mesma assinatura. O que mudou<br />

é a forma como a gente conversa<br />

e se comunica com nosso consumidor,<br />

sempre nos atualizando. O<br />

<strong>de</strong>safio do meu time é continuar<br />

reforçando esse posicionamento,<br />

mas acompanhando as transformações<br />

que estão ocorrendo no<br />

mercado. Não é só falar que não<br />

tem preço, mas colocar nossos<br />

clientes e consumidores como<br />

protagonistas e fazer com que vivenciem<br />

o que não tem preço.<br />

O que é o projeto Priceless Cities e<br />

qual o objetivo <strong>de</strong>le?<br />

É uma plataforma global <strong>de</strong><br />

Mastercard que existe em 46 cida<strong>de</strong>s<br />

no mundo todo. Ele traz<br />

o consumidor como o centro da<br />

comunicação e o objetivo é fazer<br />

com que ele vivencie o que não<br />

tem preço. No Brasil, temos no<br />

Rio e em São Paulo, com experiências<br />

mais turísticas e também<br />

para quem é local. Em São Paulo<br />

temos, por exemplo, um tour exclusivo<br />

no Eataly. No Rio, temos<br />

um acesso exclusivo no Rio Scenarium<br />

e tem um voo especial na<br />

cida<strong>de</strong> que só clientes Mastercard<br />

po<strong>de</strong>m fazer. Tem uma série<br />

<strong>de</strong> experiências para o nosso<br />

consumidor vivenciar o que não<br />

tem preço, coisas que ele não<br />

teria uma outra forma <strong>de</strong> experimentar.<br />

Priceless Cities está em<br />

São Paulo e no Rio, mas Mastercard<br />

tem aceitação nacional. Para<br />

<strong>2018</strong>, temos objetivo <strong>de</strong> sair cada<br />

vez mais <strong>de</strong>ste eixo.<br />

E que plataforma Mastercard tem<br />

que só existe no Brasil?<br />

O programa Surpreenda, que<br />

tem mais <strong>de</strong> sete anos. Ele nasceu<br />

<strong>de</strong> um insight po<strong>de</strong>roso do consumidor,<br />

que é quando você tem<br />

uma experiência, quer dividir<br />

com alguém e é importante compartilhar.<br />

O Surpreenda tem uma<br />

mecânica <strong>de</strong> “compre um, leve<br />

dois”. Temos alguns parceiros <strong>de</strong><br />

cinema, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fast food e joias,<br />

entre outros. O que não tem preço<br />

para você é compartilhar boas<br />

experiências. Esse é o mote.<br />

20 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


Quais os principais <strong>de</strong>safios da marca<br />

no Brasil?<br />

Temos um <strong>de</strong>safio constante<br />

<strong>de</strong> aperfeiçoamento e um esforço<br />

incondicional <strong>de</strong> estarmos<br />

sempre nos movimentando e<br />

nos transformando na velocida<strong>de</strong><br />

que o mercado pe<strong>de</strong>. Este é o <strong>de</strong>safio<br />

do meu time e <strong>de</strong> todos os<br />

profissionais <strong>de</strong> marketing hoje<br />

em dia: garantir que estamos conectados<br />

com tudo o que está<br />

ocorrendo. No fim do dia, o nosso<br />

trabalho é manter o diálogo e ter<br />

um insight relevante que conecte<br />

com o coração do nosso consumidor<br />

final.<br />

Mastercard está disponível hoje em<br />

quais opções para o cliente?<br />

Estamos constantemente inovando<br />

para enten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s,<br />

especialmente nesse mundo<br />

digital. Hoje temos cartão,<br />

carteira digital, soluções para o<br />

celular, pulseira e estamos <strong>de</strong>senvolvendo,<br />

para o Brasil, algumas<br />

soluções que já existem fora do<br />

país. Queremos estar presentes<br />

em qualquer tipo <strong>de</strong> transação.<br />

No futuro, você vai abrir a gela<strong>de</strong>ira,<br />

programar o que não tem<br />

e fazer uma compra diretamente.<br />

Queremos e estamos trabalhando<br />

para que, on<strong>de</strong> existir uma transação,<br />

exista Mastercard.<br />

Segurança é uma preocupação da<br />

marca? Ainda há medo das diferentes<br />

soluções <strong>de</strong> pagamento?<br />

Nosso <strong>de</strong>safio é que, tendo<br />

Mastercard como a ban<strong>de</strong>ira preferida,<br />

o consumidor não pense<br />

que está fazendo um pagamento.<br />

O objetivo é transformar as transações<br />

em fáceis, seguras e mais<br />

rápidas. Por isso investimos muito<br />

em tecnologia para garantir<br />

que essa experiência seja “sem<br />

fricção”, com o mesmo nível <strong>de</strong><br />

segurança no online e no offline.<br />

Esse é um esforço contínuo nosso<br />

para garantir essa experiência rápida,<br />

segura e inteligente.<br />

“estamos<br />

trabalhando<br />

para<br />

que, on<strong>de</strong><br />

existir uma<br />

transação,<br />

exista<br />

Mastercard”<br />

Mastercard/Divulgação<br />

A marca tem investido em ações diferenciadas,<br />

como o show no Cristo<br />

Re<strong>de</strong>ntor ou eventos com chefs renomados,<br />

por exemplo. Como isso se<br />

conecta com Mastercard?<br />

Procuramos estar on<strong>de</strong> o nosso<br />

consumidor está e temos o que<br />

chamamos <strong>de</strong> passion points.<br />

Quais são os pontos <strong>de</strong> paixão<br />

do nosso consumidor e como<br />

po<strong>de</strong>mos estar neles <strong>de</strong> uma forma<br />

relevante? São entretenimento,<br />

gastronomia, viagens e esportes.<br />

Em entretenimento, tivemos,<br />

por exemplo, o show <strong>de</strong> Gilberto<br />

Gil e <strong>de</strong> Preta Gil no Cristo Ren<strong>de</strong>ntor.<br />

Em gastronomia, temos<br />

rolha grátis em alguns restaurantes,<br />

couvert em outros e experiências<br />

com alguns chefs renomados<br />

(nós trouxemos um chef francês<br />

três estrelas Michelin para fazer<br />

um jantar para os nossos clientes,<br />

por exemplo). Em esportes,<br />

somos patrocinadores da seleção<br />

brasileira <strong>de</strong> futebol, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2012,<br />

e da UEFA Champions League.<br />

O nosso objetivo é criar coisas<br />

que não tenham preço e sejam<br />

proprietárias da Mastercard. E,<br />

em viagens, tem a plataforma Priceless<br />

Cities e a promoção Cartão<br />

<strong>de</strong> Embarque Mastercard.<br />

Como funcionou essa promoção?<br />

Na promoção Cartão <strong>de</strong> Embarque<br />

Mastercard, a cada transação<br />

com qualquer produto Mastercard,<br />

o consumidor tinha a chance<br />

<strong>de</strong> concorrer a 30 minutos <strong>de</strong><br />

voo. Quanto mais usava, mais<br />

longe podia chegar. A pessoa acumulava<br />

tempo <strong>de</strong> voo. O sorteado<br />

ganha uma viagem para o local à<br />

sua escolha até o tempo <strong>de</strong> voo<br />

disponível. Deixamos na mão do<br />

consumidor para on<strong>de</strong> ele vai e<br />

quem vai levar. A promoção está<br />

encerrada, mas o sorteio será em<br />

fevereiro.<br />

O que sua área fará em <strong>2018</strong>?<br />

Estamos preparando um calendário<br />

bastante robusto <strong>de</strong> comunicação<br />

integrada, com marketing<br />

e comunicação trabalhando juntos<br />

para garantir que a marca<br />

continue forte para os nossos consumidores<br />

e parceiros. <strong>2018</strong> será<br />

um ano muito movimentado, trazendo<br />

novida<strong>de</strong>s para o mercado,<br />

“um ambiente<br />

<strong>de</strong> trabalho<br />

mais diverso<br />

traz mais<br />

resultados”<br />

<strong>de</strong> experiências <strong>de</strong> usuário e<br />

gran<strong>de</strong>s campanhas. 2017 foi um<br />

ano excelente para Mastercard,<br />

<strong>de</strong> crescimento. O mercado <strong>de</strong><br />

tecnologia <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> pagamento<br />

vem crescendo ano a ano e continua<br />

com a expectativa muito<br />

positiva. Nosso maior concorrente<br />

é o dinheiro. A nossa missão é<br />

acabar com o dinheiro do mundo,<br />

ainda tem muito dinheiro para a<br />

gente acabar.<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 21


marketing & negócios<br />

BraunS/iStock<br />

Soluções mais<br />

eficientes po<strong>de</strong>m não<br />

ser as mais eficazes<br />

A essência do sucesso das marcas está<br />

justamente na consistência e na manutenção<br />

<strong>de</strong> um fio condutor permanente<br />

Rafael Sampaio<br />

praticamente um clássico: diante <strong>de</strong><br />

É dificulda<strong>de</strong>s na área <strong>de</strong> marketing e publicida<strong>de</strong><br />

muitas vezes a primeira tentação<br />

e solução mais comum é partir para a mudança<br />

<strong>de</strong> pessoas e organização da área e<br />

das agências que cuidam das contas <strong>de</strong>correntes,<br />

sem tentar encontrar os verda<strong>de</strong>iros<br />

problemas do produto/serviço, na forma<br />

com que a empresa opera seu marketing e<br />

comercial, na qualificação das pessoas envolvidas<br />

e na relação com a agência.<br />

Trata-se da busca pela solução mais<br />

rápida, mais fácil e aparentemente mais<br />

eficiente, mas não resolve a dificulda<strong>de</strong> e<br />

o problema para valer e po<strong>de</strong> comprometer<br />

a eficácia no longo prazo, pois se acaba<br />

entrando em um círculo vicioso <strong>de</strong> se<br />

buscar alternativas falsamente transformadoras,<br />

que sempre ficam na superfície<br />

da questão e não atacam suas verda<strong>de</strong>iras<br />

causas e promovem mudanças sólidas e<br />

duradouras.<br />

Isso explica gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> dois fenômenos<br />

frequentes e disseminados por todos<br />

os principais mercados mundiais, inclusive<br />

o Brasil: a gran<strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong> nas<br />

li<strong>de</strong>ranças e na estruturação do marketing<br />

e da publicida<strong>de</strong> e nas agências contratadas<br />

para as marcas que não <strong>de</strong>colam ou entram<br />

em uma má fase <strong>de</strong> sua existência.<br />

Esse “troca-troca” passou a ser um vício<br />

preocupante <strong>de</strong> nosso setor e tem funcionado<br />

como uma <strong>de</strong>pendência a um remédio<br />

que vai per<strong>de</strong>ndo gradativamente a eficácia<br />

ou, ainda pior, a uma droga viciante.<br />

No ano passado, a imprensa daqui e do<br />

exterior relatou recor<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong><br />

agência, inclusive com a busca e adoção <strong>de</strong><br />

alternativas menos ortodoxas, ainda em<br />

fase <strong>de</strong> experimentação e não validadas<br />

pela prática ao longo do tempo, ou que já<br />

tinham sido abandonadas por ineficácia,<br />

como a solução in-house. Essa situação<br />

reflete, como não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser, um<br />

ambiente muito instável nas áreas internas<br />

dos anunciantes, com as mencionadas<br />

constantes trocas <strong>de</strong> pessoas e estruturas.<br />

Para este ano <strong>de</strong> <strong>2018</strong>, há previsões <strong>de</strong><br />

que isso continuará nesse ritmo ou até será<br />

intensificado, na contramão do bom senso<br />

e como uma solução ruim para dois movimentos<br />

irreversíveis: o aumento da competição<br />

entre todas as categorias e empresas,<br />

por um lado, e o maior empo<strong>de</strong>ramento e<br />

apatia dos consumidores, na outra ponta<br />

do processo <strong>de</strong> venda e compra.<br />

Não é nada fácil para as organizações<br />

enfrentarem essas duas realida<strong>de</strong>s, que<br />

são inevitáveis e vieram para ficar. Mas estamos<br />

esquecendo as lições históricas das<br />

gran<strong>de</strong>s marcas: um a<strong>de</strong>quado marketing<br />

mix, um posicionamento relevante, uma<br />

estratégia inteligente e sua consecução<br />

através <strong>de</strong> ações e companhas duradouras,<br />

que são atualizadas para manter sua pertinência<br />

e frescor, mas não abandonam o<br />

efeito cumulativo, que evita a nefasta situação<br />

<strong>de</strong> começar tudo <strong>de</strong> novo <strong>de</strong> tempos<br />

em tempos.<br />

Sejam as marcas centenárias que continuam<br />

li<strong>de</strong>rando suas categorias, sejam<br />

aquelas que nas últimas décadas as <strong>de</strong>safiaram<br />

<strong>de</strong> forma efetiva ou estabeleceram<br />

novas categorias, a essência <strong>de</strong> seu sucesso<br />

está justamente nessa consistência e manutenção<br />

<strong>de</strong> um fio condutor permanente. O<br />

que passa tanto pela manutenção <strong>de</strong> estrutura<br />

e equipe interna mais estáveis e pela<br />

colaboração a longo prazo da(s) agência(s)<br />

certa(s).<br />

Não estou advogando a cristalização <strong>de</strong><br />

processos, estrutura e pessoal e da mesmice<br />

<strong>de</strong> repetir in<strong>de</strong>finidamente as mesmas<br />

soluções. Pelo contrário, lembro a contribuição<br />

essencial da criativida<strong>de</strong> e da inovação<br />

para o marketing e a publicida<strong>de</strong>. Mas<br />

esses mecanismos renovadores têm <strong>de</strong> ser<br />

aplicados <strong>de</strong> forma evolutiva e gradativa,<br />

sem a ilusão <strong>de</strong> acreditar que reinventar a<br />

roda a cada momento seria a receita para se<br />

chegar a um sucesso cada vez mais difícil<br />

<strong>de</strong> se alcançar e manter.<br />

Rafael Sampaio é consultor em propaganda<br />

rafael.sampaio@uol.com.br<br />

<strong>22</strong> <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


opinião<br />

fermate/iStock<br />

Comitê técnico <strong>de</strong><br />

mídia: um espaço <strong>de</strong><br />

aprendizado e evolução<br />

Antonio Ricardo Ferreira<br />

mercado publicitário brasileiro po<strong>de</strong><br />

se orgulhar, além <strong>de</strong> suas mui-<br />

O<br />

tas conquistas e reconhecimento internacional,<br />

<strong>de</strong> sua qualida<strong>de</strong> em pesquisas<br />

<strong>de</strong> mídia.<br />

O que as agências e anunciantes têm<br />

à disposição aqui <strong>de</strong> informações sobre<br />

a audiência <strong>de</strong> meios como televisão,<br />

rádio, jornal e revista não <strong>de</strong>ve nada a<br />

outros países.<br />

Tal realida<strong>de</strong> é resultado<br />

<strong>de</strong> uma conjunção <strong>de</strong> fatores<br />

e fatos da história da<br />

publicida<strong>de</strong>. Entre eles, o<br />

trabalho feito pelo Comitê<br />

Técnico <strong>de</strong> Mídia (CTM)<br />

do Conselho Executivo das<br />

Normas-Padrão (Cenp), que<br />

é responsável pelo cre<strong>de</strong>nciamento<br />

<strong>de</strong> pesquisas <strong>de</strong><br />

mídia oferecidas pelos institutos.<br />

O objetivo maior do CTM é garantir<br />

que o trabalho dos institutos seja efetivamente<br />

relevante e confiável para a<br />

agência <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> realizar o planejamento<br />

<strong>de</strong> mídia para seus clientes.<br />

Esse papel do comitê vem sendo<br />

aprimorado ao longo do tempo, graças<br />

ao empenho e à <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> seus integrantes,<br />

a ponto <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r afirmar com<br />

segurança que hoje possui um rigoroso<br />

procedimento técnico para cre<strong>de</strong>nciar<br />

uma pesquisa.<br />

“Hoje, po<strong>de</strong>-se<br />

afirmar com<br />

segurança que<br />

o CTM enten<strong>de</strong> o<br />

funcionamento<br />

da ‘cozinha’<br />

dos institutos<br />

<strong>de</strong> pesquisa”<br />

A origem diversificada dos integrantes<br />

do CTM – profissionais <strong>de</strong> agências<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, veículos <strong>de</strong> comunicação,<br />

representantes dos anunciantes<br />

e até com passagens por institutos <strong>de</strong><br />

pesquisas – contribui <strong>de</strong>cisivamente<br />

para o nível técnico alcançado em sua<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise.<br />

Hoje, po<strong>de</strong>-se afirmar com segurança<br />

que o CTM enten<strong>de</strong> o funcionamento<br />

da “cozinha” dos institutos <strong>de</strong><br />

pesquisa.<br />

Para garantir rigor técnico<br />

na análise das solicitações<br />

<strong>de</strong> cre<strong>de</strong>nciamento,<br />

o CTM sentiu a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> maior embasamento<br />

e, há alguns anos, passou<br />

a contar com o suporte<br />

da Associação Brasileira<br />

das Empresas <strong>de</strong> Pesquisa<br />

(Abep).<br />

Mais recentemente, o CTM também<br />

inovou ao <strong>de</strong>terminar que, para obter<br />

cre<strong>de</strong>nciamento, as complexas pesquisas<br />

nacionais <strong>de</strong> televisão sejam auditadas<br />

por terceiros.<br />

Neste momento, um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios<br />

do mercado publicitário é o ambiente<br />

digital.<br />

Ao CTM cabe cre<strong>de</strong>nciar pesquisas <strong>de</strong><br />

mídias digitais com métricas muito diversificadas,<br />

que exigem análises sofisticadas<br />

e parcerias com entida<strong>de</strong>s do meio,<br />

<strong>de</strong> forma a qualificar as conclusões.<br />

Antonio Ricardo Ferreira é diretor <strong>de</strong> informações<br />

<strong>de</strong> marketing da TV Globo e coor<strong>de</strong>nador<br />

do Comitê Técnico <strong>de</strong> Mídia do Cenp<br />

araferreira@globo.com<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 23


inspiração<br />

Desmontar para montar o novo<br />

Era apenas um hobby, mas passou a ajudar Pedro Gravena a<br />

exercer criativida<strong>de</strong> em projetos pessoais e <strong>de</strong> comunicação,<br />

assim como inspirar seus filhos e aumentar a autoconfiança<br />

24 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


Fotos: Arquivo Pessoal<br />

Pedro Gravena é sócio e<br />

diretor <strong>de</strong> criação da Mosh<br />

Pedro Gravena<br />

Especial para o PROPMARK<br />

Desmontar coisas me inspira e me ajuda a montar i<strong>de</strong>ias.<br />

No projeto Framed Tech, eu, Guilherme Fregonesi e Icaro<br />

Abreu <strong>de</strong>smontamos coisas e enquadramos. Como uma<br />

espécie <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> vitória diante <strong>de</strong>sses objetos tão<br />

simples que para a maioria das pessoas são tão complexos e<br />

inacessíveis (www.framedtech.com)<br />

Já perdi a conta do número <strong>de</strong> eletrodomésticos que <strong>de</strong>smontei.<br />

Nem precisa falar que, quando eu era pequeno, minha<br />

mãe enlouquecia comigo. Só <strong>de</strong> liquidificadores, foram<br />

uns 30. Com o tempo, <strong>de</strong>scobri que <strong>de</strong>smontar coisas me<br />

inspira. Qualquer coisa. Não estou falando só <strong>de</strong> eletrônicos,<br />

aprendi a programar porque queria “<strong>de</strong>smontar” softwares e<br />

enten<strong>de</strong>r como funcionavam.<br />

No outro extremo, gosto muito <strong>de</strong> natureza, mas também<br />

<strong>de</strong>smonto ela. Fico procurando padrões na paisagem, para<br />

enten<strong>de</strong>r, o que é o quê: a folha <strong>de</strong> uma pitangueira tem um<br />

padrão, limão-cravo nasce no meio do mato, mas sempre<br />

próximo a uma fonte <strong>de</strong> água. Enfim, assim me inspiro: <strong>de</strong>smontando<br />

tudo.<br />

Na engenharia, isso tem nome: engenharia reversa. Ajuda<br />

os engenheiros a enten<strong>de</strong>rem como as coisas funcionam. Só<br />

<strong>de</strong>smontar te ajuda a conseguir montar algo igual, ou melhor.<br />

Faço isso com a propaganda também. Quando vejo uma<br />

campanha interessante, penso como alguém montou ela,<br />

como ven<strong>de</strong>u, como chegou até a i<strong>de</strong>ia, como produziu. Pra<br />

mim funciona.<br />

Existe um movimento maker que fala que “Se você não<br />

po<strong>de</strong> abrir, não merece ter (if you can’t open it, you can’t own<br />

it)”. Levo isso à risca até hoje. Desmonto celular, <strong>de</strong>smonto<br />

móvel, <strong>de</strong>smonto a bate<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong>smonto a paisagem.<br />

É claro que ainda enlouqueço minha família com isso. Pois<br />

mesmo estudando muito, na gran<strong>de</strong> maioria das vezes, não<br />

monto <strong>de</strong> volta. Mas até nisso, a tal da engenharia reversa me<br />

ensina. Aprendi a aceitar melhor a frustração (que na nossa<br />

profissão é algo presente e frequente). Às vezes simplesmente<br />

não dá pra montar <strong>de</strong> volta, e eu fico observando as carcaças<br />

nas gavetas, sinalizando minha <strong>de</strong>rrota.<br />

Com o tempo, passei <strong>de</strong> <strong>de</strong>smontador oficial para montador.<br />

Monto kits, e faço os próprios kits. Hoje a minha maior<br />

inspiração é fazer kits para os meus filhos montarem. Eu<br />

quero que eles aprendam que po<strong>de</strong>m mudar o mundo ao<br />

seu redor e inventar algo que melhore a vida. No ví<strong>de</strong>o The<br />

Lost Interview, Steve Jobs fala o quanto montar kits o ajudou:<br />

“Montar kits me <strong>de</strong>u um tremendo nível <strong>de</strong> autoconfiança,<br />

por saber que, através da exploração, podíamos compreen<strong>de</strong>r<br />

coisas, aparentemente muito complexas, que estavam ao<br />

nosso redor”.<br />

É a mais pura verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>smontar coisas me ensinou a<br />

ter a confiança para montá-las. E isso ocorre também com<br />

as i<strong>de</strong>ias.<br />

Enten<strong>de</strong>r quais são os padrões te faz ter confiança, tanto<br />

para saber o próximo passo para uma i<strong>de</strong>ia ser feita, até qual<br />

tecnologia usar. Te faz prever qual é a pequena etapa que<br />

você tem <strong>de</strong> cumprir agora, para que a i<strong>de</strong>ia seja feita no futuro.<br />

Como se localizar numa trilha: saber que, se você está no<br />

meio do mato, e encontrou um pé <strong>de</strong> limão-cravo, está perto<br />

<strong>de</strong> uma fonte <strong>de</strong> água. É um padrão.<br />

Montando um kit com as crianças, aprendi que muitas coisas<br />

funcionam simplesmente fazendo um motor pequeno rodar<br />

uma peça fora <strong>de</strong> centro. O vibracall <strong>de</strong> qualquer celular é<br />

isso. Quando os meus filhos <strong>de</strong>scobriram, já tiveram algumas<br />

i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> robôs usando esse mecanismo.<br />

A inteligência <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma máquina que se auto<strong>de</strong>sliga,<br />

que é só uma gran<strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira, é impressionante.<br />

A simplicida<strong>de</strong> é brutal e, posso afirmar, não é nada do<br />

que você está pensando. Dica: ela nunca <strong>de</strong>sliga. (Google:<br />

Useless Machine)<br />

Não faço isso para ser mais criativo, faço isso por hobby.<br />

Mas tive a sorte <strong>de</strong> ter um hobby que me ajuda a ser mais<br />

criativo. Assim, exerço a criativida<strong>de</strong> quase que 24 horas por<br />

dia. Cansa. Mas me ajuda a buscar novas combinações para<br />

po<strong>de</strong>r fazer com que as i<strong>de</strong>ias sejam originais. Também me<br />

dá uma certa tranquilida<strong>de</strong> diante <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> execução<br />

complexa. Inspira-me. Força-me a ficar “up to date”. E, <strong>de</strong><br />

quebra, me traz um gostinho bom, <strong>de</strong> infância.<br />

Engenharia reversa<br />

Se não po<strong>de</strong> abrir algo, também não po<strong>de</strong> tê-lo. Daí a<br />

importância <strong>de</strong> montar kits e, num círculo virtuoso<br />

(foto acima à esquerda), correr riscos e fazer tudo<br />

<strong>de</strong> novo. O exercício requer ferramentas a<strong>de</strong>quadas<br />

(fotos acima), mas o resultado po<strong>de</strong> ser muito<br />

melhor do que o original, especialmente quando<br />

rompe padrões. Vale a pena fazer <strong>de</strong> novo.<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 25


STORYTELLER<br />

anyaberkut/iStock<br />

A lista<br />

Não consegui achar uma boa<br />

explicação para ter me esquecido<br />

<strong>de</strong> Cabelos Brancos<br />

Lula Vieira<br />

Uma vez o jornal O Globo me fez uma<br />

falseta que <strong>de</strong>struiu a minha tranquilida<strong>de</strong>.<br />

Pediu para indicar quais seriam, na<br />

minha opinião, as <strong>de</strong>z melhores músicas<br />

brasileiras.<br />

A i<strong>de</strong>ia foi fazer o mesmo com várias “autorida<strong>de</strong>s”<br />

e apresentar o resultado como<br />

uma seleção quase <strong>de</strong>finitiva das melhores<br />

músicas populares brasileiras <strong>de</strong> todos os<br />

tempos.<br />

Alguém do Instituto Cravo Albim ou do<br />

Globo <strong>de</strong>ve ter digitado alguma coisa errada<br />

e o meu nome apareceu como enten<strong>de</strong>dor<br />

<strong>de</strong> MPB. Daí a minha participação na<br />

pesquisa.<br />

Mas, como não fica bem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r<br />

o Ricardo Cravo Albim ou O Globo, fiz<br />

a minha listinha e perdi completamente a<br />

paz.<br />

Indiquei A Flor e o espinho, <strong>de</strong> Nelson Cavaquinho;<br />

Construção, <strong>de</strong> Chico Buarque,<br />

As rosas não falam, <strong>de</strong> Cartola; Aquarela<br />

do Brasil, <strong>de</strong> Ary Barroso; Asa branca, <strong>de</strong><br />

Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; O bêbado<br />

e a equilibrista, <strong>de</strong> João Bosco e Aldir<br />

Blanc; Foi um rio que passou em minha vida,<br />

<strong>de</strong> Paulinho da Viola; Carinhoso, <strong>de</strong> Pixinguinha<br />

e João <strong>de</strong> Barro; A jangada voltou<br />

só, <strong>de</strong> Dorival Caymmi; e Três apitos, <strong>de</strong><br />

Noel Rosa.<br />

Agora eu explico meu problema. Enviei<br />

a lista para o jornal e meia hora <strong>de</strong>pois me<br />

<strong>de</strong>u o estalo que eu tinha me esquecido <strong>de</strong><br />

Esses moços, pobres moços, <strong>de</strong> Lupicínio<br />

Rodrigues.<br />

Na mesma noite, antes <strong>de</strong> dormir briguei<br />

comigo mesmo pela in<strong>de</strong>sculpável omissão<br />

<strong>de</strong> Adoniran Barbosa.<br />

Aí me veio uma dúvida: do mestre Adoniran,<br />

<strong>de</strong>veria entrar Iracema ou Saudosa<br />

Maloca? No café da manhã do dia seguinte,<br />

quase liguei para o jornal para interditar a<br />

lista. Não tinha uma única obra <strong>de</strong> Tom Jobim.<br />

Nem <strong>de</strong> Vinícius.<br />

E passei semanas assim. Revia mentalmente<br />

a lista e entrava em sofrimento. Como<br />

explicar a omissão <strong>de</strong> Chão <strong>de</strong> Estrelas,<br />

<strong>de</strong> Orestes Barbosa? Nada <strong>de</strong> Cazuza (Brasil,<br />

por exemplo)? Ou não seria melhor Faz<br />

parte do meu show?<br />

É justo não citar Luar do Sertão, <strong>de</strong> Catulo<br />

da Paixão Cearense?<br />

Não consegui achar uma boa explicação<br />

para ter me esquecido <strong>de</strong> Cabelos Brancos,<br />

<strong>de</strong> Herivelto Martins e Marino Pinto.<br />

“Não falem <strong>de</strong>sta mulher perto <strong>de</strong> mim/<br />

Não falem, pra não lembrar minha dor/Já<br />

fui moço, já gozei a mocida<strong>de</strong>/Se me lembro<br />

<strong>de</strong>la, me dá sauda<strong>de</strong>/Por ela, eu vivo<br />

aos trancos e barrancos/Respeitem, ao menos,<br />

os meus cabelos brancos”. E se for para<br />

falar das músicas que me comovem, não<br />

posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fora Conversando no bar, <strong>de</strong><br />

Fernando Brant (“Que no fundo do quintal<br />

morreu, morri a cada dia dos dias que vivi/<br />

Cerveja que tomo hoje é apenas em memória<br />

dos tempos da Panair/A primeira Coca-<br />

-Cola foi, me lembro bem agora, nas asas da<br />

Panair/A maior das maravilhas foi/Voando<br />

sobre o mundo, nas asas da Panair”).<br />

Na mesma linha, Renato Teixeira e sua<br />

Romaria (“Sou caipira, Pirapora...). E Gil?<br />

Caetano? Bem, estou tentando me livrar<br />

<strong>de</strong>ste carma. Tento <strong>de</strong>sesperadamente me<br />

esquecer da lista.<br />

Tenho muito mais o que fazer, e até<br />

mesmo escrever esta crônica semanal para<br />

meus parcos (mas fiéis) leitores. E tenho<br />

muito trabalho para fazer.<br />

É preciso apenas se concentrar, não é<br />

mesmo?<br />

Mas como fui me esquecer <strong>de</strong> “Nada do<br />

que foi será/De novo do jeito que já foi um<br />

dia/Tudo passa, tudo sempre passará”. Perdão<br />

Nelson Motta. Perdão leitores.<br />

Lula Vieira é publicitário, diretor da<br />

Mesa Consultoria <strong>de</strong> Comunicação,<br />

radialista, escritor, editor e professor<br />

lulavieira@grupomesa.com.br<br />

26 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


agências<br />

WMcCann conquista conta da Pizza<br />

Hut, que estava na carteira da REF+<br />

Marca também será atendida pelo McCann Worldgroup na América<br />

Latina e Caribe; um dos focos é o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> conteúdo criativo<br />

Jéssica Oliveira<br />

Pizza Hut escolheu a WMc-<br />

A Cann como sua nova agência<br />

no Brasil. Ela será responsável<br />

por toda a comunicação<br />

do anunciante, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

do canal e com especial<br />

ênfase no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

conteúdo criativo. A empresa<br />

integra o Grupo Yum! Brands<br />

e está presente em 100 países<br />

com mais <strong>de</strong> 16 mil restaurantes<br />

pelos cinco continentes. No<br />

Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1989, tem 180 restaurantes<br />

em <strong>22</strong> estados.<br />

Renata Campos, diretora <strong>de</strong><br />

marketing e tra<strong>de</strong> marketing<br />

para Pizza Hut no Brasil, celebra<br />

o acordo e explica que em<br />

<strong>2018</strong> a marca tem um calendário<br />

movimentado, com nova<br />

campanha <strong>de</strong> comunicação,<br />

lançamento <strong>de</strong> produtos e ativações.<br />

“Ter a WMcCann como<br />

parceiro estratégico será fundamental<br />

para conectar a marca<br />

com os consumidores e ser assertivo<br />

na comunicação.”<br />

A WMcCann é a 11ª maior<br />

agência <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> brasileira,<br />

com faturamento bruto<br />

<strong>de</strong> mídia <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> R$ 1,9 bilhão,<br />

segundo ranking do Kantar<br />

Ibope Media <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 2017. A aproximação com o<br />

novo cliente começou antes do<br />

acordo no país. Em um processo<br />

anterior ao da concorrência<br />

no mercado nacional, a Pizza<br />

Hut escolheu o McCann Worldgroup<br />

como parceiro <strong>de</strong> comunicação<br />

<strong>de</strong> marketing para a<br />

América Latina e Caribe. O esforço<br />

envolveu a Mercado Mc-<br />

Cann (Argentina, McCann Miami<br />

e a Momentum Colombia).<br />

“Estamos saboreando o privilégio<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r trabalhar com<br />

uma marca tão <strong>de</strong>sejada e icônica<br />

em seu segmento”, <strong>de</strong>clara<br />

Hugo Rodrigues, chairman &<br />

CEO da WMcCann.<br />

A conta <strong>de</strong> Pizza Hut era<br />

atendida pela REF+ há um ano.<br />

Comunicado divulgado pela<br />

agência afirma que a parceria<br />

será encerrada a partir <strong>de</strong> feve-<br />

Debora Nitta: “Recentes conquistas traduzem o novo momento da agência”<br />

reiro <strong>de</strong> <strong>2018</strong>. “Depois <strong>de</strong> um<br />

ano atuando estrategicamente<br />

junto ao cliente, aliando criativida<strong>de</strong><br />

e tecnologia nas diversas<br />

ações sazonais e institucionais,<br />

foi <strong>de</strong>cidido, em comum<br />

acordo, iniciar um novo ciclo na<br />

comunicação do anunciante e<br />

na trajetória <strong>de</strong> crescimento da<br />

REF+”, explica o texto. Na nota,<br />

a REF+ agra<strong>de</strong>ce pelo trabalho<br />

em conjunto e resultados alcançados<br />

em 2017 e afirma que<br />

anunciará, em breve, novida<strong>de</strong><br />

em sua carteira <strong>de</strong> clientes.<br />

Dias antes <strong>de</strong> fechar com a<br />

Divulgação<br />

“De esforços<br />

institucionais<br />

ao calendário<br />

promocional,<br />

vamos atuar no<br />

sentido <strong>de</strong> colocar<br />

Pizza Hut na vida<br />

e na conversa<br />

cotidiana das<br />

pessoas”<br />

Pizza Hut, a WMcCann celebrava<br />

a primeira conta do ano,<br />

o SBT, que saiu da Publicis. A<br />

mudança ocorreu dois meses<br />

após Rodrigues, que teve uma<br />

longa carreira na Publicis, on<strong>de</strong><br />

era CEO nos últimos anos, assumir<br />

a WMcCann. Celebrando a<br />

novida<strong>de</strong>, Rodrigues <strong>de</strong>clarou<br />

sua paixão pela emissora, com<br />

quem tem relação profissional<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009. “Ouvi do Keith Reinhard,<br />

um dos maiores nomes<br />

da propaganda mundial, que<br />

antes <strong>de</strong> criar para qualquer<br />

marca, você precisa se apaixonar<br />

verda<strong>de</strong>iramente por ela.<br />

Sou completamente apaixonado<br />

pela história e o significado<br />

por trás da marca SBT no Brasil.<br />

Por isso é uma gran<strong>de</strong> honra<br />

po<strong>de</strong>r seguir trabalhando para<br />

eles”, disse.<br />

Para Debora Nitta, VP <strong>de</strong> planejamento<br />

da WMcCann, as recentes<br />

conquistas traduzem o<br />

novo momento da agência, vivido<br />

pelo time interno, clientes<br />

e mercado. “Materializa nossa<br />

crença em arregaçar as mangas<br />

e estar ainda mais próximos do<br />

negócio <strong>de</strong> nossos clientes, trazendo<br />

resultados <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>”,<br />

falou a executiva.<br />

Na sua visão, Pizza Hut é<br />

uma marca ícone e <strong>de</strong> enorme<br />

potencial <strong>de</strong> crescimento, sendo<br />

que sua presença e conversa<br />

com os consumidores precisa<br />

ser fortalecida. “De esforços<br />

institucionais ao calendário<br />

promocional, vamos atuar no<br />

sentido <strong>de</strong> colocar Pizza Hut<br />

na vida e na conversa cotidiana<br />

das pessoas”. A equipe à frente<br />

do cliente terá profissionais que<br />

já atuam na agência e outros<br />

que estão chegando. “O mais<br />

importante: gente com gás para<br />

agarrar essa nova e <strong>de</strong>liciosa<br />

empreitada”.<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 27


Agências<br />

Lew’Lara\TBWA vence concorrência<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> da CVC Viagens<br />

Conta da operadora <strong>de</strong> turismo estava na Publicis <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2014; essa é<br />

a primeira conquista da empresa após a saída do CEO Marcio Oliveira<br />

Luiz Lara: “A CVC tem um gran<strong>de</strong> índice <strong>de</strong> satisfação do consumidor”<br />

rejo para consolidar as relações<br />

<strong>de</strong> consumo estabelecidas pela<br />

marca há mais <strong>de</strong> 45 anos com os<br />

consumidores.<br />

Atualmente a marca está presente<br />

em todo o território nacional,<br />

com uma ampla re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição<br />

no varejo, formada por<br />

mais <strong>de</strong> 1.200 agências franqueadas,<br />

6.500 agências parceiras e o<br />

canal online. Além <strong>de</strong> ser um dos<br />

principais anunciantes em mídia<br />

e publicida<strong>de</strong> do segmento <strong>de</strong><br />

viagens no Brasil.<br />

“A CVC tem um gran<strong>de</strong> índice<br />

Marçal Neto/ Divulgação<br />

“Espero que as<br />

marcas voltem a<br />

fazer campanhas<br />

institucionais,<br />

<strong>de</strong> propósito,<br />

<strong>de</strong> causa e <strong>de</strong><br />

fortalecimento”<br />

Alisson Fernán<strong>de</strong>z<br />

CVC Viagens anunciou no<br />

A último dia 18 a conclusão do<br />

seu processo <strong>de</strong> concorrência. A<br />

Lew’Lara\TBWA foi a agência <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> escolhida para aten<strong>de</strong>r<br />

a conta integrada da operadora<br />

<strong>de</strong> turismo, ou seja, todos<br />

os trabalhos online e offline da<br />

marca. O processo, que envolveu<br />

cerca <strong>de</strong> seis agências, estava em<br />

andamento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />

2017, quando a CVC e a Publicis,<br />

que atendia a conta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2014,<br />

anunciaram o término <strong>de</strong> sua<br />

parceria.<br />

Segundo Marcelo Oste, diretor<br />

<strong>de</strong> marketing da CVC, a concorrência<br />

foi bastante acirrada. “Tivemos<br />

ótimas propostas, mas a<br />

estratégia <strong>de</strong> comunicação apresentada<br />

pela Lew’Lara\TBWA foi<br />

a mais alinhada com nossos objetivos<br />

e planos”, revela Oste.<br />

Já para o sócio e chairman da<br />

Lew’Lara\TBWA, Luiz Lara, três<br />

pontos <strong>de</strong>vem ter chamado a<br />

atenção da companhia na proposta<br />

criativa apresentada pela<br />

agência. “O diagnóstico preciso<br />

feito pela área <strong>de</strong> planejamento<br />

usando a nossa metodologia<br />

Disruption, que foi li<strong>de</strong>rado pela<br />

Renata Serafim, que é a nossa<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> planejamento.<br />

A proposta disruptiva e criativa<br />

<strong>de</strong>senvolvida pela equipe<br />

do nosso sócio-criativo Felipe<br />

Luchi, e a proposta <strong>de</strong> como essa<br />

narrativa vai se <strong>de</strong>sdobrar na<br />

mídia online e offline, <strong>de</strong>senvolvida<br />

pelo Fábio Caetano, nosso<br />

diretor <strong>de</strong> mídia. Então, tudo<br />

isso convergiu em uma proposta<br />

criativa, completa e integrada.<br />

Acredito que com isso a CVC vai<br />

po<strong>de</strong>r crescer em sinônimo <strong>de</strong><br />

categoria e vai po<strong>de</strong>r crescer em<br />

tráfego <strong>de</strong> vendas e pessoas nas<br />

lojas físicas e virtuais”, afirma<br />

Lara.<br />

Para Emerson Belan, diretor-<br />

-geral da CVC, a agência tem<br />

como <strong>de</strong>safio contribuir para<br />

fortalecer a linguagem da comunicação<br />

da marca, dando suporte<br />

às estratégias <strong>de</strong> vendas e va<strong>de</strong><br />

satisfação do consumidor. Ela<br />

presta um serviço <strong>de</strong> consultoria<br />

<strong>de</strong> viagens que vai muito além<br />

dos pacotes. Ela monta a viagem<br />

<strong>de</strong> acordo com as necessida<strong>de</strong>s<br />

do seu cliente. Este gran<strong>de</strong> índice<br />

<strong>de</strong> satisfação, na minha opinião,<br />

é o que dá muita margem<br />

para o crescimento da marca e<br />

do fluxo. Ainda não temos nenhuma<br />

campanha prevista para<br />

ir ao ar. Agora é arregaçar a manga,<br />

apren<strong>de</strong>r, mergulhar e trabalhar<br />

com a mesma <strong>de</strong>dicação<br />

que todo o time da Lew’Lara/<br />

TBWA presta para todos os clientes”,<br />

reforça Lara.<br />

Essa é a primeira conquista <strong>de</strong><br />

conta da agência após a saída do<br />

então presi<strong>de</strong>nte Marcio Oliveira,<br />

que <strong>de</strong>ixou a Lew’Lara\TBWA<br />

no fim <strong>de</strong> 2017 para assumir o<br />

cargo <strong>de</strong> CEO na DM9. A parceria<br />

entre a CVC e a Lew’Lara\TBWA<br />

está prevista para iniciar em fevereiro.<br />

OTIMISMO<br />

Lara se diz otimista para <strong>2018</strong><br />

e espera ver um mercado publicitário<br />

mais ativo no <strong>de</strong>correr do<br />

ano. “Acredito que com o crescimento<br />

do PIB brasileiro <strong>de</strong> 2,5%<br />

a 3% teremos novamente, em<br />

ano <strong>de</strong> Copa do Mundo e eleições,<br />

um mercado publicitário<br />

melhor. As vendas <strong>de</strong> Natal já<br />

<strong>de</strong>monstraram uma reação na<br />

economia, pois houve um crescimento<br />

<strong>de</strong> 5,6%, então, estou<br />

otimista que vamos conseguir<br />

ter um ano melhor e espero que<br />

o mercado publicitário volte a<br />

crescer dois dígitos. Espero que<br />

as marcas voltem a fazer campanhas,<br />

não só <strong>de</strong> táticas <strong>de</strong> venda,<br />

como ocorreu nos últimos três<br />

anos por conta das dificulda<strong>de</strong>s<br />

que o país viveu, mas campanhas<br />

institucionais, <strong>de</strong> propósito,<br />

<strong>de</strong> causa e <strong>de</strong> fortalecimento<br />

das marcas”, finaliza Lara.<br />

A Lew’Lara\TBWA é a 17 ª maior<br />

agência brasileira, com faturamento<br />

bruto <strong>de</strong> mídia <strong>de</strong> mais<br />

<strong>de</strong> R$ 1,4 bilhão, <strong>de</strong> acordo com<br />

o ranking do Kantar Ibope Media<br />

<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2017.<br />

28 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


Agências<br />

Live Team reforça equipe com nova<br />

diretora <strong>de</strong> estratégia e inovação<br />

Empresa do Team<br />

Créatif Group<br />

contratou a executiva<br />

Roberta Rubini<br />

Divulgação<br />

Cristiane Marsola<br />

Live Team, agência <strong>de</strong> live marketing<br />

A do francês Team Créatif Group, começou<br />

<strong>2018</strong> com novida<strong>de</strong>s. Roberta Rubini,<br />

que vinha prestando serviço como consultora<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, assume a diretoria<br />

<strong>de</strong> estratégia e inovação da agência. A área<br />

ainda ganhou o reforço da assistente Nathalia<br />

Fernan<strong>de</strong>s.<br />

O “embrião” da Live Team surgiu em<br />

2014 e, após três anos associada à Team<br />

Créatif, a agência ganhou vida própria. A<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investir mais em inovação<br />

surgiu a partir da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> clientes por<br />

projetos diferenciados. A inovação trouxe<br />

novas contas da Colgate-Palmolive. A agência<br />

atendia Oral Care. “Conquistamos Protex,<br />

e ainda Home Care, com Olla, Pinho Sol<br />

e Ajax”, comemora o CCO Rico Mendonça.<br />

A Live Team assinou a promoção Quem cuida<br />

ganha. “O cliente tinha alguns <strong>de</strong>safios.<br />

A promoção ativou o mês da saú<strong>de</strong> bucal<br />

(outubro), que é superimportante para a<br />

marca”, fala Roberta.<br />

Uma das novida<strong>de</strong>s usadas pela Live<br />

Team foi na mecânica promocional. “A gente<br />

inverteu a lógica. Depois <strong>de</strong> ler o código<br />

<strong>de</strong> barra e ver se ganhou, o consumidor se<br />

cadastrava”, conta Roberta. Além dos prêmios<br />

instantâneos, a promoção ainda tinha<br />

C<br />

M<br />

um sorteio <strong>de</strong> R$ 300 mil. “Essa foi a maior<br />

promoção da Colgate em número <strong>de</strong> inscri-tos,<br />

com 154.369 cadastrados. Superou em<br />

CM<br />

<strong>22</strong>% a maior promoção da história da Colgate<br />

até então”, conta Mendonça. A agên-<br />

MY<br />

cia foi responsável também pelo conceito e CY<br />

pela estratégia da comunicação.<br />

CMY<br />

Outra conquista recente da Live Team é<br />

K<br />

a marca 3 Corações. A oferta da agência foi<br />

além da ativação encomendada pela marca.<br />

“A gente acaba oferecendo soluções que<br />

todo mundo quer. Oferece i<strong>de</strong>ia e conceito.<br />

Toda a parte criativa da campanha é nossa”,<br />

diz Alê Martineli, COO da agência.<br />

As mudanças continuam neste ano. “A<br />

partir <strong>de</strong> abril, a Live Team vai ter um novo<br />

posicionamento. Estamos tirando esse carimbo<br />

<strong>de</strong> live marketing. O consumidor,<br />

hoje, não está nem aí se é on ou offline.<br />

Nós queremos ser a empresa que resolve<br />

para o cliente. Temos uma equipe sênior,<br />

que entrega e sabe conectar parceiros”,<br />

afirma Martineli.<br />

Jornal PropMark.pdf 1 16/10/2017 14:27:58<br />

Rico Mendonça e Alê Martineli com as novas contratadas da Live Team: Nathalia Fernan<strong>de</strong>s e Roberta Rubini<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 29


agências<br />

Talent Marcel conquista conta<br />

digital da marca <strong>de</strong> biscoito Oreo<br />

Comunicação estará sob o guarda-chuva da diretoria <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong>,<br />

criada há dois meses, li<strong>de</strong>rada por Lúcio Freitas e Marcello Droopy<br />

Talent Marcel acaba <strong>de</strong> anunciar a<br />

A conquista da conta digital da marca<br />

Oreo, da Mon<strong>de</strong>lēz International, no<br />

Brasil. O biscoito, que possui mais <strong>de</strong> 100<br />

anos <strong>de</strong> tradição, chega à agência para<br />

continuar potencializando o crescimento<br />

dos últimos anos. “Estamos muito felizes<br />

por sermos escolhidos por uma marca<br />

tão importante quanto Oreo”, afirmou o<br />

CEO da Talent, João Livi.<br />

A conta <strong>de</strong> Oreo estará sob o guarda-<br />

-chuva da diretoria <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong>,<br />

criada há dois meses e capitaneada por<br />

Lúcio Freitas, diretor <strong>de</strong> estratégia e interativida<strong>de</strong>,<br />

e Marcello Droopy, diretor<br />

<strong>de</strong> criação e interativida<strong>de</strong>. “Oferecemos<br />

um trabalho integrado e inovador. E sermos<br />

escolhidos para cuidar do digital da<br />

marca só mostra que estamos no caminho<br />

certo”, afirma Droopy.<br />

A equipe da agência já trabalha em<br />

projetos que em breve serão lançados.<br />

“Aliar um olhar estratégico a um produto<br />

vencedor é o que nos possibilitará atingir<br />

os objetivos e todo potencial da marca no<br />

Brasil”, avalia Freitas.<br />

AlmapBBDO ganha Gran<strong>de</strong> Prêmio no<br />

Warc Awards com ação para M&M’s<br />

Campanha vencedora, Não assista Game of Thrones!, pe<strong>de</strong> às pessoas<br />

que evitem assistir à série e salvem as bolinhas <strong>de</strong> chocolates<br />

Warc Media Awards 2017<br />

O revelou os vencedores na<br />

categoria uso eficaz <strong>de</strong> parcerias<br />

e patrocínios, que mostra<br />

como colaborações com terceiros<br />

ajudaram as marcas a atingir<br />

os objetivos comerciais.<br />

A AlmapBBDO conquistou<br />

o Gran<strong>de</strong> Prêmio por Não assista<br />

Game of Thrones!, campanha<br />

para a marca <strong>de</strong> chocolate<br />

M&M’s que usou patrocínio em<br />

Game of Thrones e publicações<br />

divertidas nas mídias sociais<br />

para aumentar as vendas no<br />

Brasil.<br />

M&M’s queria aumentar sua<br />

associação como lanche para o<br />

entretenimento, especialmente<br />

Lúcio Freitas e Marcello Droopy: equipe já trabalha em projetos para a Oreo<br />

em momentos <strong>de</strong> assistir filmes<br />

e séries. Em uma estratégia <strong>de</strong><br />

mobile first, personagens da<br />

marca <strong>de</strong>clararam guerra contra<br />

GoT, pedindo que as pessoas<br />

evitassem ver a série e salvassem<br />

os M&M’s.<br />

Os personagens sugeriam o<br />

que as pessoas po<strong>de</strong>riam fazer<br />

em vez <strong>de</strong> assistir a série, além<br />

<strong>de</strong> compartilhar falsos spoilers<br />

para <strong>de</strong>sencorajar os fãs.<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

Personagens<br />

<strong>de</strong>clararam<br />

guerra contra<br />

GoT, pedindo<br />

que salvassem<br />

os M&M’s<br />

Os internautas interagiram<br />

e o share da marca cresceu<br />

3,3%. Os ganhadores das categorias<br />

<strong>de</strong> Uso Eficaz <strong>de</strong> Tecnologia<br />

e Melhor Uso <strong>de</strong> Dados serão<br />

anunciados em breve.<br />

30 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


arena do esporte<br />

Danúbia Paraizo danubia@propmark.com.br<br />

Divulgação<br />

chapa 1<br />

Enfim, foi <strong>de</strong>svendado o mistério sobre o novo para<strong>de</strong>iro profissional do jogador Aloísio<br />

Chulapa (à direita). O ex-craque do São Paulo e PSG <strong>de</strong>clarou recentemente em suas re<strong>de</strong>s<br />

sociais que lançaria um clube próprio, levantando dúvidas se cancelaria sua aposentadoria.<br />

Na semana passada, no entanto, o atleta promoveu um churrasco <strong>de</strong> aniversário em<br />

sua casa, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, para anunciar a nova empreitada: o Gillette Club, programa<br />

que envia lâminas <strong>de</strong> barbear na residência dos assinantes.<br />

Endorfina criativa<br />

chapa 2<br />

Chulapa é um dos embaixadores do projeto da P&G, e inaugurou oficialmente o clube <strong>de</strong><br />

assinaturas em uma roda <strong>de</strong> samba com seus amigos. O Clube do Chula faz parte da campanha<br />

da P&G para apresentar o serviço ao público nas re<strong>de</strong>s sociais. “A linguagem é leve,<br />

inclusiva, é para comunicar um clube para todos. Escolhemos o Aloísio para ser o primeiro<br />

integrante do Gillette Club pelo mérito que ele tem no futebol, que é um território importante<br />

para a marca, mas também pela leveza e pelo linguajar jovem que ele traz”, diz<br />

Juliana Moretti, diretora <strong>de</strong> Gillette no Brasil.<br />

Globo/Ramón Vasconcelos<br />

na estrada<br />

Ivan Moré (foto) está <strong>de</strong> malas prontas. Des<strong>de</strong> a<br />

semana passada o apresentador segue por algumas<br />

das principais cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> São Paulo para a terceira<br />

edição da Caravana do Globo Esporte. A i<strong>de</strong>ia é<br />

trazer um olhar mais regional para a cobertura do<br />

Campeonato Paulista, acompanhando a preparação<br />

dos times. O jornalista é acompanhado pelo<br />

comentarista Caio Ribeiro. A programação da dupla<br />

inclui cida<strong>de</strong>s como Mirassol, Novo Horizonte, Lins,<br />

Araraquara e Bragança Paulista.<br />

Igualda<strong>de</strong><br />

Justiça e respeito são as ban<strong>de</strong>iras da nova campanha<br />

Equality, da Nike, narrada por LeBron James.<br />

King James, como é conhecido o jogador do Cleveland<br />

Cavaliers, aparece no ví<strong>de</strong>o <strong>de</strong>stacando o po<strong>de</strong>r<br />

do esporte em unir as pessoas e como isso po<strong>de</strong><br />

ser levado para fora das quadras. Neymar, Roger<br />

Fe<strong>de</strong>rer e Serena Williams também estrelam a peça.<br />

Tirando aquele roxo na<br />

canela, o futebol só traz<br />

benefícios para o dia a dia<br />

na área <strong>de</strong> marketing. Além <strong>de</strong> aliviar<br />

o estresse, o futebol promove um senso<br />

<strong>de</strong> equipe muito forte, o que ajuda<br />

no relacionamento com agências,<br />

fornecedores e outras áreas da empresa.<br />

Além disso, as lições <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />

são essenciais para o sucesso das marcas<br />

que construímos. E aí, vamos jogar bola?”<br />

Caio Almeida, gerente <strong>de</strong> marketing<br />

<strong>de</strong> Jack Daniel’s Tennessee Whiskey,<br />

publicitário e autor<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 31


quem fez<br />

Cristiane Marsola cristiane@propmark.com.br<br />

Exemplo<br />

Após passar a limpo o passado <strong>de</strong> campanhas<br />

que eram acusadas <strong>de</strong> objetificar as mulheres,<br />

a Skol continua atualizando o discurso e<br />

lança uma campanha que sugere a substituição<br />

<strong>de</strong> comentários quadrados por redondos<br />

no Carnaval. O filme Chegar pegando diferencia<br />

xaveco <strong>de</strong> assédio. João e Maria aproveita<br />

a marchinha para <strong>de</strong>sconstruir a homofobia.<br />

F/Nazca S&S<br />

Ambev<br />

Fotos: Divulgação<br />

Título: João e Maria e Chegar pegando; produto:<br />

Skol; criação: Fabio Fernan<strong>de</strong>s, Toni Fernan<strong>de</strong>s e Leonardo<br />

Claret; produtora <strong>de</strong> filme: Prodigo Films;<br />

direção <strong>de</strong> cena: André Godoi; produtora <strong>de</strong> áudio<br />

e trilha: Tesis; aprovação do cliente: Paula Lin<strong>de</strong>nberg,<br />

Maria Fernanda Albuquerque e Daniel Feitoza.<br />

Lúdico<br />

Com foco no público infanto-juvenil <strong>de</strong> 3 a<br />

17 anos, a Red Balloon ressalta em sua nova<br />

campanha, assinada pela CP+B, o caráter<br />

lúdico do ensino na escola <strong>de</strong> inglês. A<br />

animação mostra que o mundo ganha cor<br />

quando o balão vermelho, símbolo da marca,<br />

passa pelos alunos, que estão apren<strong>de</strong>ndo<br />

na prática o que se passa do lado <strong>de</strong> fora<br />

da sala <strong>de</strong> aula.<br />

Cp+B<br />

Red Balloon<br />

Título: Two little words; produto: Red Balloon;<br />

criação: Luiz Paccillo e Pedro Galdi; produtora<br />

<strong>de</strong> imagem: Vetor Zero; direção <strong>de</strong> cena: Nando<br />

Cohen; aprovação do cliente: Lucia Dini, Thiago<br />

Kono, Thiago Cabral e Caio Bandouk.<br />

Comparação<br />

A nova campanha da Cultura Inglesa compara<br />

os cursos <strong>de</strong> idiomas tradicionais com<br />

ativida<strong>de</strong>s datadas. No filme para TV, o “fazer<br />

inglês” é igualado a fazer ginástica (com<br />

polainas e faixas coloridas na cabeça). A comunicação<br />

ainda contempla peças para mídia<br />

exterior e conteúdo digital.<br />

Artplan<br />

Cultura inglesa<br />

Título: Fazer só inglês ficou antigo. Faça Cultura;<br />

produto: Curso <strong>de</strong> Idiomas; criação: Sergio Carvalho,<br />

Rodrigo Dorfman, Leo Valpassos, Renato Tagliari<br />

e Filipe Chulam; produtora <strong>de</strong> filme: Yourmama;<br />

direção <strong>de</strong> cena: Filippo Capuzzi Lapietra; aprovação<br />

do cliente: Rodrigo Brandão Taveiro Fontes,<br />

Luiza Elias e Marina Fontoura.<br />

32 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


Trio<br />

Para divulgar o trio <strong>de</strong> produtos peito <strong>de</strong> peru, presunto e<br />

morta<strong>de</strong>la <strong>de</strong>fumada da Seara, o filme Trigêmeas, assinado<br />

pela WMcCann, faz uma brinca<strong>de</strong>ira com a aparência<br />

idêntica das irmãs Gabriela, Juliana e Marcella Caram Zerey.<br />

Na peça, o aten<strong>de</strong>nte se confun<strong>de</strong> quando cada garota<br />

pe<strong>de</strong> um produto diferente porque ele acha que se trata da<br />

mesma pessoa, quando vira para buscar a peça. Ele entrega<br />

uma ban<strong>de</strong>ja com 300 gramas dos três diferentes produtos<br />

para cada uma <strong>de</strong>las e, já que ele se confundiu, elas<br />

precisam trocar as ban<strong>de</strong>jinhas. A assinatura A qualida<strong>de</strong><br />

vai te surpreen<strong>de</strong>r encerra o ví<strong>de</strong>o. Além do filme para TV,<br />

a campanha é composta por ações digitais, peças <strong>de</strong> mídia<br />

impressa, material <strong>de</strong> PDV e merchandising.<br />

WMcCann<br />

Seara<br />

Título: Trigêmeas; produto: Presunto, Peito <strong>de</strong> Peru e Morta<strong>de</strong>la;<br />

criação: João Pires, Leonardo Britoe Ryan Bussi; produtora do filme:<br />

Cine Cinematografica; direção <strong>de</strong> cena: Clovis Mello e Cris<br />

Vida; produtora <strong>de</strong> som: Loud; aprovação do cliente: Eduardo<br />

Bernstein, Fabiola Menezes Ferreira <strong>de</strong> Paula, Tannia Fukuda Bruno<br />

e Karina Fonseca Sousa.<br />

Personalizado<br />

A nova campanha do Itaú, para divulgar<br />

empréstimo pessoal, aposta em um formato<br />

inovador, com mensagens específicas para<br />

<strong>de</strong>terminados dias e momentos. Assinada<br />

pela DM9DDB, a comunicação terá a veiculação<br />

<strong>de</strong> mais 33 filmes para TV e digital.<br />

DM9DDB<br />

Banco Itaú<br />

Título: Empréstimo Pessoal Itaú; produto: Crédito<br />

Pessoal; criação: Gustavo Victorino, Paulo Coelho,<br />

Aaron Sutton, Arício Fortes, Renato Barreto, Maurício<br />

Machado, Carla Cancellara, Bernardo Correa e Rafael<br />

Campos; produtora <strong>de</strong> filme: Paranoid; direção <strong>de</strong><br />

cena: Heitor Dhalia; produtora <strong>de</strong> áudio: Satélite<br />

Áudio; aprovação do cliente: Eduardo Tracanella,<br />

Juliana Cury, Caroline Namora e Monique Araújo.<br />

Experiência<br />

As ferramentas digitais que têm<br />

o objetivo <strong>de</strong> melhorar a experiência<br />

do consumidor da Oi são tema<br />

da campanha da operadora. A<br />

comunicação é composta por sete<br />

filmes inspirados em ví<strong>de</strong>os compartilhados<br />

na internet.<br />

NBS<br />

Oi<br />

Título: Velocida<strong>de</strong> da vida; produto:<br />

App Minha Oi; criação: Felipe Rodrigues<br />

e Roberto Ulhoa; produtora <strong>de</strong> filme:<br />

Gos Filmes; direção <strong>de</strong> cena: Camila<br />

Faus; produtora <strong>de</strong> som: Cabaret; aprovação<br />

do cliente: Eric Albanese, Flávia<br />

Miguez, Patricia Osório, Gabriela Treiger,<br />

Julia Allevato e Florencia Perseo.<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 33


opinião<br />

your_photo/iSrock<br />

Antecipar, arriscar,<br />

enfim, inovar<br />

Marcelo Lenhard<br />

oferta <strong>de</strong> comunicação responsiva vive<br />

A um cenário <strong>de</strong> soluções medianas. Esse<br />

universo do bom e do ok tem nivelado por<br />

baixo as campanhas e projetos que temos<br />

visto. Trabalhar sobre <strong>de</strong>manda virou um<br />

vício e talvez explique essa condição, pois<br />

uma atitu<strong>de</strong> que se limita a caminhar sempre<br />

em função das solicitações das marcas,<br />

não é mais suficiente. Daqui para frente, o<br />

olhar questionador, curioso e <strong>de</strong>sbravador<br />

será fundamental para encontrar as soluções<br />

que atendam às exigentes expectativas.<br />

Estruturas dinâmicas e novos mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> negócio que estimulam conexões temporárias<br />

<strong>de</strong> inteligência colaborativa ganham<br />

cada vez mais espaço e se mostram<br />

na direção <strong>de</strong> um olhar mais investigativo.<br />

As agências convencionais<br />

habituadas ao mo<strong>de</strong>lo apenas<br />

responsivo terão cada vez mais<br />

dificulda<strong>de</strong>s em um mundo tão<br />

dinâmico e competitivo entre<br />

as marcas. Até há poucos anos,<br />

apenas estas agências eram<br />

provedoras <strong>de</strong> soluções estratégicas <strong>de</strong> negócio<br />

e comunicação. O posto <strong>de</strong> parceiro<br />

intelectual era um monopólio e gerou uma<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência das marcas, já que as<br />

mídias utilizadas estavam todas atreladas<br />

ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócio publicitário.<br />

O cenário <strong>de</strong> hoje é completamente diferente.<br />

Com a explosão e a ressignificação<br />

dos canais <strong>de</strong> mídia, essa <strong>de</strong>pendência diminuiu.<br />

Além disso, players competitivos<br />

surgiram com musculatura para contribuir<br />

estrategicamente. Este novo cenário está<br />

provocando nas marcas uma reflexão sobre<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>riam vir as soluções, e com a<br />

abertura <strong>de</strong> diálogo com novos agentes <strong>de</strong><br />

comunicação, diferentes estratégias e soluções<br />

passaram a surgir e ser ofertadas, beneficiando<br />

as próprias marcas.<br />

Soluções acima da média merecem uma<br />

profundida<strong>de</strong> maior, e uma liberda<strong>de</strong> em<br />

“A inovação<br />

vem <strong>de</strong><br />

diferentes<br />

lugares”<br />

arriscar. Essa atitu<strong>de</strong> inovadora, antecipada<br />

e <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> risco <strong>de</strong>ve prioritariamente<br />

partir da cultura da agência. Se<br />

o ambiente não transpirar a liberda<strong>de</strong> e,<br />

principalmente, encorajamento para ousar,<br />

não adianta criar o tal <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> inovação/Labs/Startups... whatever. Se<br />

você acha que vai gerar inovação <strong>de</strong>ixando<br />

para um núcleo essa responsabilida<strong>de</strong>, o<br />

que está <strong>de</strong> fato procurando não é inovação<br />

e sim um culpado. Nick Law, vice-chairmain<br />

da R/GA, foi taxativo ao afirmar que<br />

“a inovação vem <strong>de</strong> diferentes lugares e o<br />

maior impedimento para as agências inovarem<br />

é a própria cultura”.<br />

O briefing é a rua, o comportamento, as<br />

necessida<strong>de</strong>s mais genuínas e ainda não<br />

atendidas. Ele não precisa vir das marcas,<br />

po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ir até elas. Uma agência<br />

atenta aos movimentos comportamentais<br />

cotidianos certamente<br />

vai se antecipar e encontrar<br />

um caminho inovador e surpreen<strong>de</strong>nte<br />

para que a marca encante e<br />

atenda o âmago <strong>de</strong> seus consumidores.<br />

Está aí e para todo mundo<br />

ver, é só se dar ao trabalho <strong>de</strong> curiosamente<br />

observar. Desmistificando a inovação,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a organização esteja voltada para<br />

ela como priorida<strong>de</strong>, será possível tê-la<br />

com frequência brotando <strong>de</strong> on<strong>de</strong> menos se<br />

espera e não apenas como um espasmo ou<br />

fenômeno isolado.<br />

O bônus em processos <strong>de</strong> busca do acerto<br />

pelo risco é proporcional e exponencialmente<br />

vantajoso, pois uma hora você<br />

vai acertar e quando ocorrer vai acertar<br />

muito. E o fato é, quem não arrisca, corre<br />

o risco mesmo assim, e o pior <strong>de</strong>les, o da<br />

estagnação. O que não tem solução, solucionado<br />

precisa ser, e não é com uma atitu<strong>de</strong><br />

responsiva que subiremos o sarrafo e a<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossas campanhas e projetos.<br />

Se antecipar provocando as marcas é o caminho<br />

para a inovação e é a nova regra do<br />

jogo daqui por diante. Não somos agências,<br />

somos agentes <strong>de</strong> transformação.<br />

Marcelo Lenhard é CEO da Hands<br />

marcelo.lenhard@hands.ag<br />

34 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


marcas<br />

Caixa tem 13 agências na disputa<br />

pela conta <strong>de</strong> R$ 450 milhões<br />

WMcCann, Heads, nova/sb, NBS, Calia/Y2, Propeg, Artplan, Fischer,<br />

Dentsu, Fields, Link, Objectiva e Bin<strong>de</strong>r estão na concorrência do banco<br />

processo <strong>de</strong> licitação para<br />

O a conta <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

R$ 450 milhões da Caixa Econômica<br />

Fe<strong>de</strong>ral tem 13 agências<br />

participantes. De acordo com a<br />

assessoria <strong>de</strong> comunicação da<br />

Caixa, os nomes confirmados<br />

são WMcCann, Heads, nova/sb,<br />

NBS, Calia/Y2, Propeg, Artplan,<br />

Fischer, Dentsu, Fields, Link,<br />

Objectiva e Bin<strong>de</strong>r. A entrega<br />

dos envelopes com as propostas<br />

técnica e <strong>de</strong> preço foi realizada<br />

no dia 12. Ainda segundo<br />

a Caixa, nenhuma agência foi<br />

<strong>de</strong>sclassificada até o momento.<br />

Serão escolhidas três agências<br />

para o contrato <strong>de</strong> um ano,<br />

uma empresa a menos do que<br />

ocorre no contrato atual. Hoje<br />

a Caixa é atendida pelas agências<br />

Propeg, nova/sb, Heads e<br />

Artplan.<br />

McDonald’s realiza maior cara ou<br />

coroa para divulgar Big Mac Bacon<br />

Ação assinada pela DM9 lançou moeda gigante <strong>de</strong> um helicóptero, nos<br />

Estados Unidos, para <strong>de</strong>cidir se novo lanche é ou não um Big Mac<br />

Des<strong>de</strong> que os novos Big Mac<br />

Bacon e Duplo Big Mac foram<br />

lançados, no último dia 3,<br />

um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>bate entre os fãs<br />

do lanche foi travado. A inclusão<br />

<strong>de</strong> um novo ingrediente<br />

<strong>de</strong>scaracterizaria o clássico?<br />

Para colocar ainda mais pimenta<br />

na discussão, as agências<br />

DPZ&T e DM9 <strong>de</strong>senvolveram<br />

algumas campanhas explorando<br />

o lançamento. Mas, no última<br />

dia 18, foi colocado um ponto<br />

final na polêmica. Ou quase.<br />

A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> fast food preparou<br />

o maior cara ou coroa do mundo,<br />

lançando <strong>de</strong> um helicóptero,<br />

uma moeda <strong>de</strong> 400 kg. De<br />

um lado, a mensagem “é um<br />

Bic Mac”. Do outro, “não é”. A<br />

transmissão ao vivo foi feita via<br />

Campanha da Caixa para as Olimpíadas do Rio, realizadas em 2016<br />

Denúncias<br />

A escolha das novas agências<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> da Caixa ocorre<br />

em um momento <strong>de</strong>licado para<br />

a marca. Na semana passada, o<br />

Lançamento <strong>de</strong> moeda gigante foi transmitido ao vivo pelo Facebook direto do Texas<br />

Facebook direto <strong>de</strong> um porta-<br />

-aviões americano <strong>de</strong>sativado,<br />

no Texas. A ação teve criação<br />

da DM9. No cara ou coroa, a<br />

moeda caiu com a mensagem<br />

“é um Big Mac” para cima,<br />

Divulgação<br />

presi<strong>de</strong>nte Michel Temer afastou<br />

quatro dos 12 vice-presi<strong>de</strong>ntes<br />

do banco por 15 dias.<br />

Eles são investigados pelo<br />

Ministério Público Fe<strong>de</strong>ral e<br />

Divulgação<br />

mas o <strong>de</strong>bate não <strong>de</strong>ve ter um<br />

fim tão simples. Após o live, o<br />

McDonald’s convidou os consumidores<br />

a continuarem a<br />

conversa, respon<strong>de</strong>ndo uma<br />

enquete e conferindo na loja<br />

pela Polícia Fe<strong>de</strong>ral, acusados<br />

<strong>de</strong> vazar informações privilegiadas<br />

para políticos sobre pedidos<br />

<strong>de</strong> empréstimos e usar<br />

cargos como moeda <strong>de</strong> troca<br />

para liberação <strong>de</strong> crédito.<br />

No último dia 19, foi aprovado<br />

um novo estatuto do banco,<br />

em Assembleia-Geral Extraordinária<br />

da Caixa. O documento<br />

tem novas regras para escolha<br />

dos dirigentes, além <strong>de</strong> trazer<br />

mais transparência para os processos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Agora o processo<br />

<strong>de</strong> escolha e <strong>de</strong>stituição<br />

<strong>de</strong> dirigentes da Caixa passa a<br />

ser do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

do banco, após passar pelo<br />

Comitê <strong>de</strong> Indicação e Remuneração.<br />

Até agora, a indicação<br />

era do Ministério da Fazenda,<br />

com consenso do Conselho <strong>de</strong><br />

Administração.<br />

mais próxima os novos lanches.<br />

Além da ativação, a re<strong>de</strong><br />

preparou campanha em ví<strong>de</strong>o<br />

e mobiliário urbano, assinada<br />

pela DPZ&T. Em parceria com<br />

a Otima e a Bizsys, a empresa<br />

instalou na Avenida Paulista,<br />

em São Paulo, um painel digital<br />

para que os consumidores<br />

possam votar e acompanhar<br />

em tempo real o resultado da<br />

enquete. Painéis holográficos<br />

também foram instalados na cida<strong>de</strong>.<br />

“O McDonald’s tem dois<br />

tipos <strong>de</strong> fãs incondicionais, o<br />

que acha que os clássicos são irretocáveis,<br />

perfeitos, sagrados;<br />

e os abertos a experiências inéditas.<br />

E isso está representado<br />

nos filmes”, diz Daniel Motta,<br />

diretor <strong>de</strong> criação da DPZ&T.<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 35


Comunicação digital<br />

Em 2017, através <strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d<br />

content, resolvemos criar um<br />

canal no YouTube chamado<br />

Universo da Cris, com a i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> ter uma maneira diferenciada<br />

para se comunicar com<br />

os nossos consumidores, pormarcas<br />

Hino<strong>de</strong> quer<br />

focar no mercado<br />

internacional<br />

Divulgação<br />

Com 30 anos <strong>de</strong> atuação no país, a Hino<strong>de</strong><br />

vem conquistando o seu espaço no mercado<br />

brasileiro. A empresa nacional <strong>de</strong> venda<br />

direta, com fábrica em Jandira, já possui<br />

mais <strong>de</strong> 500 produtos em seu portfólio, entre<br />

cosméticos e maquiagem. Crisciane Rodrigues,<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte comercial do Grupo Hino<strong>de</strong>, uma<br />

das her<strong>de</strong>iras da marca, revela <strong>de</strong>talhes da história<br />

<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo da família, do trabalho <strong>de</strong><br />

captação <strong>de</strong> mulheres e dos planos <strong>de</strong> ampliar o<br />

share <strong>de</strong>ntro do mercado nacional e internacional.<br />

Veja a seguir os principais trechos da entrevista.<br />

Alisson Fernán<strong>de</strong>z<br />

Empren<strong>de</strong>dorismo<br />

A Hino<strong>de</strong> surgiu <strong>de</strong> uma<br />

i<strong>de</strong>ia dos meus pais. Minha<br />

mãe, que era costureira, foi<br />

ven<strong>de</strong>dora porta a porta <strong>de</strong> diversos<br />

produtos. Em 1983, ela<br />

ingressou em uma gran<strong>de</strong> empresa<br />

e teve a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> conhecer melhor o mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> distribuição<br />

e formação <strong>de</strong> equipe. Com o<br />

tempo, ela tornou-se uma das<br />

gran<strong>de</strong>s lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong>sse negócio<br />

e, após dois anos, meu pai<br />

passou a trabalhar com ela em<br />

tempo integral. Depois, formaram<br />

a maior equipe da empresa.<br />

Em um prazo <strong>de</strong> cinco<br />

anos, a equipe <strong>de</strong> vendas <strong>de</strong>les<br />

representava em torno <strong>de</strong> 70%<br />

da companhia. Mas aí, chegou<br />

um momento que, por motivos<br />

estratégicos, a empresa<br />

on<strong>de</strong> eles trabalhavam <strong>de</strong>cidiu<br />

não investir mais no negócio.<br />

E meus pais, sem experiência<br />

empresarial e apenas com<br />

garra e empreen<strong>de</strong>dorismo,<br />

montaram a Hino<strong>de</strong> em 1988<br />

na garagem <strong>de</strong> nossa casa, na<br />

Zona Norte <strong>de</strong> São Paulo.<br />

que sabemos que o consumo<br />

<strong>de</strong> mídia não vem apenas da<br />

mídia convencional. A galera<br />

mais antenada e jovem gosta<br />

<strong>de</strong> conteúdo on-<strong>de</strong>mand. Mas<br />

como é que você se comunica<br />

com essa galera? Foi aí que<br />

surgiu a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar<br />

esse canal. E, em uma pesquisa<br />

interna, foi <strong>de</strong>cidido que eu<br />

seria a pessoa que representaria<br />

a marca no canal. Confesso<br />

que no começo não era o que<br />

queria, pois estava em uma<br />

zona <strong>de</strong> conforto como diretora-comercial,<br />

ainda não era<br />

a vice-presi<strong>de</strong>nte e os números<br />

estavam superbem. Mas<br />

<strong>de</strong>pois me lembrei da história<br />

dos meus pais e <strong>de</strong> que a zona<br />

<strong>de</strong> conforto não era a minha<br />

zona preferida. Aceitei o <strong>de</strong>safio<br />

e está uma <strong>de</strong>lícia.<br />

Empo<strong>de</strong>ramento<br />

O programa <strong>de</strong> incentivo<br />

chamado Pérolas começou em<br />

2015. Foi um ano <strong>de</strong> aprendizado,<br />

mas tivemos <strong>de</strong> mexer<br />

um pouco no mo<strong>de</strong>lo, mas<br />

logo <strong>de</strong> cara já contávamos<br />

com o engajamento <strong>de</strong>ssas<br />

poucas lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong>ntro do negócio.<br />

Em 2016, ele foi lançado<br />

como uma plataforma,<br />

um programa <strong>de</strong> captação e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da li<strong>de</strong>rança<br />

feminina com métricas, <strong>de</strong>safios<br />

e acabamos treinando<br />

37.500 mulheres. Já em 2017<br />

foram mais 137 mil treinadas<br />

e capacitadas. O Pérolas é o<br />

Cris Rodrigues: “Em 2017 foram mais <strong>de</strong> 137 mil mulheres treinadas e capacitadas”<br />

“Em 2017,<br />

ingressamos<br />

no Peru e na<br />

Colômbia. Já<br />

possuímos mais<br />

<strong>de</strong> cinco mil<br />

consultores<br />

latinos”<br />

maior programa <strong>de</strong> capacitação<br />

do país.<br />

Concorrência<br />

A concorrência é boa para<br />

o mercado, economia, consumidor,<br />

enfim, para todo<br />

mundo. Encaro as gran<strong>de</strong>s<br />

concorrentes <strong>de</strong> marcas como<br />

gran<strong>de</strong>s inspirações, pois elas<br />

nos mostram que é possível<br />

chegar lá. Quando você tem<br />

alguém que você admira e já<br />

está no lugar on<strong>de</strong> você quer<br />

chegar, você bate palmas,<br />

reverencia e avisa que está<br />

chegando. Trabalhamos com<br />

muita ética, focamos no nosso<br />

negócio sempre com muita<br />

postura empresarial <strong>de</strong> respeitar<br />

o mercado e as pessoas que<br />

fazem e trabalham <strong>de</strong> maneira<br />

honesta.<br />

Perspectivas<br />

Consolidar tudo o que construímos,<br />

mas sempre buscando<br />

crescer. Queremos dar mais<br />

enfoque ao mercado internacional.<br />

Em 2017, ingressamos<br />

no Peru e na Colômbia. Já possuímos<br />

mais <strong>de</strong> cinco mil consultores<br />

latinos. Então, queremos<br />

continuar na abertura <strong>de</strong><br />

mercado e alcançar mais share<br />

<strong>de</strong>ntro do Brasil.<br />

36 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


marcas<br />

Proibida quer ser cerveja titular do<br />

Carnaval e investe em Neymar Jr.<br />

Criada pela We, ação<br />

mostra cenas <strong>de</strong><br />

grafismos, junto ao<br />

jogador e aos blocos<br />

“Cerveja n° 10”, da Proibida, aproveita<br />

A a época do ano mais quente e disputada<br />

pelo mercado da bebida para lançar sua<br />

campanha <strong>de</strong> Carnaval, criada pela We.<br />

Protagonizado pelo garoto-propaganda<br />

da marca, Neymar Jr. - craque do time <strong>de</strong><br />

futebol Paris Saint Germain e da seleção<br />

brasileira -, o novo filme traz a energia da<br />

folia carnavalesca.<br />

Embalado por uma trilha original composta<br />

pela equipe <strong>de</strong> criação da We, o filme<br />

busca oficializar a Proibida como a cerveja<br />

titular do Carnaval.<br />

Produzido pela Sentimental, o comercial<br />

traz um gran<strong>de</strong> telão <strong>de</strong> led, mesclando grafismos<br />

nas cores <strong>de</strong> Proibida, junto a Neymar<br />

e a blocos <strong>de</strong> Carnaval.<br />

Segundo Piero Motta, sócio-fundador da<br />

We, o filme, além <strong>de</strong> fortalecer o novo posicionamento<br />

da marca - Proibida 10 – visa<br />

alegrar com responsabilida<strong>de</strong> esse momento<br />

do ano. “O Carnaval é uma gran<strong>de</strong> festa<br />

e adorada pelo povo brasileiro. A intenção é<br />

apostar no evento e oferecer para os consumidores<br />

<strong>de</strong> Proibida um produto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”,<br />

completa.<br />

A campanha também estará presente na<br />

rádio e na internet. A marca também é uma<br />

das patrocinadoras do Carnaval da Re<strong>de</strong><br />

Globo, pelo terceiro ano consecutivo.<br />

A direção <strong>de</strong> criação é <strong>de</strong> Sidney Braz e<br />

Ricardo Sarno, que também assinam a criação,<br />

ao lado <strong>de</strong> Marcelo Siqueira.<br />

Produção é da Sentimental Filme, com<br />

direção <strong>de</strong> Maurício Guimarães e Luciano<br />

Zuffo. Fotografia <strong>de</strong> Vitor Amati e Francisco<br />

Edivaldo <strong>de</strong> Oliveira e produção do som da<br />

Comando S.<br />

Cena do filme, que também quer fortalecer novo posicionamento da marca: Proibida 10<br />

Fotos: Divulgação<br />

Estratégia é apresentar alegria com responsabilida<strong>de</strong><br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 37


marcas<br />

DPZ&T explora a liberda<strong>de</strong> para<br />

apresentar o Kaiak Aero da Natura<br />

Agência conduziu pesquisa junto aos consumidores que resultou no<br />

conceito da campanha, que mistura cenas do mar ao vento forte<br />

mar e o vento forte são os<br />

O ingredientes da campanha<br />

<strong>de</strong> lançamento <strong>de</strong> Kaiak Aero,<br />

da Natura. Com acor<strong>de</strong>s tônicos,<br />

simbolizados na força do<br />

vento, essa é a primeira vez que<br />

a fragrância é comunicada <strong>de</strong>ntro<br />

do novo posicionamento da<br />

Natura no segmento.<br />

O filme começou a ser veiculado<br />

semana passada. Criado<br />

pela DPZ&T, o conceito da ação<br />

surgiu a partir <strong>de</strong> uma pesquisa<br />

conduzida pela agência, na qual<br />

os entrevistados indicaram que<br />

o vento arrepia, porque faz com<br />

que as pessoas se sintam vivas.<br />

Seguindo o atributo <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong><br />

da marca, a Natura foi até os<br />

Lençóis Maranhenses e inspirou<br />

no kitesurf, esporte que só<br />

ocorre no encontro do vento<br />

forte com a água.<br />

“Com a campanha <strong>de</strong> lançamento<br />

<strong>de</strong> Kaiak Aero, damos<br />

continuida<strong>de</strong> à construção da<br />

Heineken quer incentivar jovens<br />

a <strong>de</strong>scobrirem segredos da cida<strong>de</strong><br />

Publicis assina criação <strong>de</strong> The Canvas, que faz parte da plataforma<br />

global Cities, que vai transformar espaço centenário <strong>de</strong> São Paulo<br />

Heineken apresenta The Canvas,<br />

filme que tem o objetivo<br />

A<br />

<strong>de</strong> inspirar os consumidores a<br />

explorarem os segredos <strong>de</strong> suas<br />

cida<strong>de</strong>s e será veiculado na TV<br />

aberta, a cabo e nas plataformas<br />

digitais da marca.<br />

Criado pela Publicis, o comercial<br />

apresenta três amigos que, a<br />

partir da <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> um imã<br />

superpotente, transformam uma<br />

velha garagem abandonada em<br />

um bar, o que acaba por ressignificar<br />

a rua toda, transformando-a<br />

em uma nova atração da cida<strong>de</strong>.<br />

“O filme é um convite a <strong>de</strong>svendar<br />

todo o potencial da cida<strong>de</strong>,<br />

olhando com criativida<strong>de</strong><br />

para cada canto <strong>de</strong>la. A Heineken<br />

inspira seus consumidores a vi-<br />

Cena da campanha <strong>de</strong> Kaiak Aero, que remete ao conceito <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, trazida pelo mar e pelo vento<br />

Casa <strong>de</strong> Perfumaria do Brasil,<br />

explorando, como nas campanhas<br />

anteriores, a exuberância<br />

da nossa natureza e da nossa<br />

cultura, mostrando o Brasil que<br />

arrepia. E nada mais ‘Brasil que<br />

arrepia’ do que o remix <strong>de</strong> uma<br />

venciar a cida<strong>de</strong> gerando gran<strong>de</strong>s<br />

mudanças por meio <strong>de</strong> pequenos<br />

atos, sempre respeitando sua<br />

história e cultura”, comenta Vanessa<br />

Brandão, diretora da marca<br />

Heineken.<br />

canção do Dorival Caymmi -<br />

O Vento. A alquimia entre os<br />

elementos clássicos e mo<strong>de</strong>rnos<br />

da música é a perfeita analogia<br />

ao que a Natura faz em sua<br />

perfumaria. Mais uma vez, uma<br />

honra homenagear um gigante<br />

Divulgação<br />

Três amigos transformam<br />

uma velha garagem em<br />

um bar, no filmes The Canvas<br />

Divulgação<br />

da nossa música na comunicação<br />

da marca”, comenta Denise<br />

Gallo, diretora <strong>de</strong> criação da<br />

DPZ&T. A campanha contará<br />

ainda com conteúdo digital,<br />

mobiliário urbano e spots <strong>de</strong><br />

rádio.<br />

No Brasil, como parte da<br />

plataforma global Cities, a Heineken<br />

transformará um espaço<br />

centenário <strong>de</strong> São Paulo, abrindo-o<br />

ao público pela primeira<br />

vez com uma festa que será realizada<br />

ao longo <strong>de</strong> quatro fins<br />

<strong>de</strong> semana, a partir <strong>de</strong> fevereiro.<br />

Além disso, uma campanha <strong>de</strong><br />

mídia exterior em gran<strong>de</strong>s capitais<br />

quer reforçar a mensagem<br />

da campanha.<br />

38 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


eyond the line<br />

Kasto80/iStock<br />

Eventos <strong>2018</strong><br />

Ficar mergulhado nos negócios do dia a dia<br />

po<strong>de</strong> ter um efeito colateral perverso<br />

Alexis Thuller Pagliarini<br />

ão tenho tempo para eventos!”. É<br />

“No que ouvimos <strong>de</strong> muitos publicitários,<br />

quando perguntamos sobre sua<br />

participação em eventos. De fato, com o<br />

enxugamento <strong>de</strong> estrutura promovido horizontalmente<br />

no nosso mercado, está todo<br />

mundo muito atarefado.<br />

Mas será que os eventos são uma perda<br />

<strong>de</strong> tempo ou menos importantes que <strong>de</strong>mais<br />

ativida<strong>de</strong>s ou ainda dispensáveis?<br />

Na minha opinião, os bons eventos são<br />

oportunida<strong>de</strong>s insubstituíveis <strong>de</strong> se vivenciar<br />

nossa ativida<strong>de</strong>. De absorver conteúdo,<br />

<strong>de</strong> trocar i<strong>de</strong>ias com pares, <strong>de</strong> aumentar<br />

networking, <strong>de</strong> conhecer novas tendências<br />

ou ferramentas...<br />

Alguém po<strong>de</strong>rá dizer que consegue tudo<br />

isso, sem necessariamente estar lá, ao vivo.<br />

Afinal, o que não falta hoje é acesso a conteúdo,<br />

mesmo aquele gerado nos eventos.<br />

É verda<strong>de</strong>. Mas você consegue ter foco para<br />

acessar e absorver esse conteúdo online?<br />

Duvido! O bom dos eventos é que, estando<br />

lá, a gente se obriga a focar nas apresentações.<br />

O distanciamento do dia a dia corrido,<br />

apesar da sensação <strong>de</strong> estar ausente do<br />

trabalho, é superproveitoso.<br />

É nessas ocasiões que pintam os insights,<br />

que se fazem benchmarks e se ampliam<br />

os horizontes. Ficar mergulhado nos<br />

negócios do dia a dia po<strong>de</strong> ter um efeito<br />

colateral perverso <strong>de</strong> se distanciar das tendências,<br />

da inovação... É claro que há eventos<br />

e eventos.<br />

É necessária uma criteriosa seleção antes<br />

<strong>de</strong> se optar pelos eventos que preten<strong>de</strong>mos<br />

participar. Mas o que não dá é ficar ausente.<br />

Não vale aquele “Tenho mais o que fazer...”.<br />

Trago esse tema para este artigo porque<br />

estou exatamente no meio da seleção <strong>de</strong><br />

eventos <strong>de</strong> <strong>2018</strong> para confeccionar o Datas<br />

& Eventos <strong>2018</strong>, calendário que a Fenapro<br />

prepara anualmente, apresentando os<br />

principais eventos do ano para quem atua<br />

no setor <strong>de</strong> marketing e comunicação.<br />

No campo internacional, temos o Cannes<br />

Lions renovado. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da sua renovação, diminuindo dois dias <strong>de</strong><br />

festival, o evento francês é o principal do<br />

nosso setor.<br />

É lá que vemos mais <strong>de</strong> 90 países exporem<br />

seus melhores trabalhos publicitários,<br />

além <strong>de</strong> um conteúdo que abrange os temas<br />

mais importantes do mundo da criativida<strong>de</strong>.<br />

Os mais críticos preferem eventos mais<br />

disruptivos ou aqueles com uma pegada<br />

mais tecnológica. Nada contra.<br />

Acho que os publicitários <strong>de</strong>vem, mesmo,<br />

beber em outras fontes. É inegável o<br />

avanço tecnológico no campo da comunicação<br />

e do marketing e <strong>de</strong>vemos todos ficar<br />

up to date sobre. Mas o sessentão Cannes<br />

Lions cumpre também esse papel <strong>de</strong> apresentar<br />

a inovação.<br />

Não à toa, vem crescendo ano a ano<br />

sua <strong>de</strong>dicação a mostras paralelas <strong>de</strong> trabalhos<br />

e conteúdo <strong>de</strong> Innovation e Entertainment,<br />

por exemplo. Bem, correndo em<br />

paralelo está o SXSW, que caiu no gosto<br />

dos brasileiros, que já são em maior número<br />

do que aqueles que foram a Cannes no<br />

ano passado.<br />

A varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> temas do evento em<br />

Austin é atraente, mas confusa. O gran<strong>de</strong><br />

risco <strong>de</strong> quem participa do evento é se per<strong>de</strong>r<br />

no meio <strong>de</strong> uma programação que vai<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> shows em cada esquina até mostras<br />

<strong>de</strong> pôster, passando por feira, congresso<br />

e premiações <strong>de</strong> todo o tipo. É um evento<br />

mais barato do que Cannes, tanto na inscrição<br />

como nos <strong>de</strong>mais custos <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento<br />

e hospedagem, mas não acho que<br />

seja um substituto natural. O i<strong>de</strong>al é estar<br />

nos dois.<br />

Este ano, estarei presente em um evento<br />

menos conhecido, mas <strong>de</strong> um conteúdo riquíssimo<br />

no campo da criativida<strong>de</strong>: o Adobe<br />

Max, que ocorre nos EUA. Fora estes,<br />

mais famosos, há outra opções interessantes<br />

aqui por perto, como o El Ojo, por exemplo.<br />

Já o campo da tecnologia e do universo<br />

online, oferece múltiplas possibilida<strong>de</strong>s.<br />

Mas há muita coisa boa por aqui mesmo.<br />

É só ficarmos atentos aos bons eventos do<br />

IAB, da Digitalks e <strong>de</strong> outras plataformas<br />

bastante atuantes no nosso mercado. O que<br />

não dá para fazer é <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhar <strong>de</strong> todas essas<br />

inúmeras oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atualização<br />

e conhecimento, sem falar no networking.<br />

O Datas & Eventos, elaborado pela Fenapro,<br />

trará um calendário recheado <strong>de</strong> opções.<br />

Planeje-se e participe!<br />

Alexis Thuller Pagliarini é superinten<strong>de</strong>nte<br />

da Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências<br />

<strong>de</strong> Propaganda)<br />

alexis@fenapro.org.br<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 39


we<br />

mkt<br />

Onypix/iStock<br />

Jequiti ou Jaquiti...<br />

“Quem quer dinheiro?”<br />

Silvio Santos<br />

Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />

Silvio Santos <strong>de</strong>veria ter se <strong>de</strong>dicado exclusivamente<br />

ao território que domina,<br />

manda, é craque e ensina a todos - colaboradores<br />

e concorrentes: a televisão.<br />

Uma televisão <strong>de</strong> dono. Em que a gran<strong>de</strong><br />

atração - não obstante coadjuvantes célebres<br />

- continua sendo ele, e aos 86 anos.<br />

Leio com carinho, atenção e respeito a<br />

matéria da revista Valor sobre uma <strong>de</strong> suas<br />

empresas: a Jequiti. Que pelos planos, e<br />

pelo que faz, <strong>de</strong>veria se rebatizar Jaqueti.<br />

Já Que... E, vai fazendo e se <strong>de</strong>bilitando...<br />

E não saindo do lugar... E emplacando<br />

vermelho sobre vermelho. Uma fonte permanente<br />

<strong>de</strong> prejuízos.<br />

Para que não digam que exagero, não<br />

obstante, repito, todo respeito e carinho <strong>de</strong><br />

que me tomei para ler a matéria, sublinho,<br />

agora, alguns trechos. Quem dá a entrevista<br />

é Antonio Mônaco, presi<strong>de</strong>nte da Jequiti.<br />

- Sobre os resultados do ano passado: A<br />

companhia elevou o faturamento em 2,9%,<br />

mas teve um prejuízo líquido <strong>de</strong> R$ 117,5<br />

milhões. Um crescimento, no prejuízo, <strong>de</strong><br />

27,5% a mais do que no ano anterior, ou<br />

seja, cresceu 2,9% nas vendas e 27,5% nos<br />

prejuízos...<br />

- O trágico e absurdo retorno do Carnê<br />

do Baú: Mônaco conta sobre o infeliz momento:<br />

“Numa reunião perguntaram o que<br />

se po<strong>de</strong>ria fazer com o Carnê do Baú. Eu<br />

levantei a mão e sugeri que o carnê po<strong>de</strong>ria<br />

dar produtos da Jequiti como prêmios”.<br />

Desgraçadamente, digo eu, a i<strong>de</strong>ia foi colocada<br />

em prática em 2016.<br />

- As vendas diretas: Ainda o principal canal<br />

<strong>de</strong> distribuição da empresa. Uma base<br />

<strong>de</strong> 250 mil ven<strong>de</strong>dores agora trabalhando<br />

nem no mono nem no multilevel. Criou o<br />

bilevel. Dois níveis com um lí<strong>de</strong>r que gerencia<br />

<strong>de</strong> 250 a 300 ven<strong>de</strong>dores e ganha um<br />

percentual sobre as vendas <strong>de</strong> seus comandados.<br />

No final da entrevista, quem se manifesta<br />

é a diretora <strong>de</strong> marketing da Jequiti,<br />

Monica Gregori, que diz: “O que fizemos foi<br />

resgatar seus atributos e forte ligação com<br />

o SBT”. Ou, “Entre os símbolos do SBT que<br />

passaram a ser explorados pela equipe <strong>de</strong><br />

marketing estão o assistente <strong>de</strong> palco Roque<br />

e a ‘Porta da Esperança’, que aparecem<br />

no catálogo <strong>de</strong> vendas...”.<br />

Sinto muito, Mônica, mas que futuro po<strong>de</strong><br />

ter uma marca <strong>de</strong> perfumes que exala<br />

forte ligação com o SBT? E para complicar<br />

esse posicionamento precário, está investindo<br />

em artistas que, na cabeça das pessoas,<br />

mesmo e eventualmente não sendo,<br />

“São Globais”, e não remetem ao suposto<br />

DNA da marca, o SBT.<br />

Hoje <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m e proclamam a marca e<br />

suas virtu<strong>de</strong>s Ivete Sangalo, Anitta, Lázaro<br />

Ramos, Taís Araujo...<br />

Mas, as novida<strong>de</strong>s não param por aí. A<br />

Jequiti também se faz presente no varejo,<br />

através das Vending Machines localizadas<br />

nos hipermercados Extra... Diz Mônaco:<br />

“Ven<strong>de</strong>mos miniaturas dos principais<br />

produtos da marca. As máquinas têm perfumes<br />

<strong>de</strong> 25 ml e 75 ml, i<strong>de</strong>ais para que os<br />

consumidores experimentem nossas fragrâncias...”.<br />

Definitivamente, não vai funcionar.<br />

Nem quero pensar... No SBT e, muito<br />

especialmente, nas empresas satélites e<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>pois da aposentadoria <strong>de</strong><br />

Senior Abravanel, o genial e único Silvio<br />

Santos. O homem televisão. Hoje a Jequiti<br />

fatura menos da meta<strong>de</strong> do que faturava<br />

anos atrás. E, se não estancarem já essa<br />

sandice, periga Silvio Santos ter <strong>de</strong> enfrentar<br />

uma nova crise tipo Panamericano.<br />

Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />

é consultor <strong>de</strong> marketing<br />

famadia@madiamm.com.br<br />

40 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


curtas<br />

Nota: O colunista da Supercenas,<br />

Paulo Macedo, está em férias<br />

Cheetos parmesão traz<br />

imagem da cantora<br />

Anitta na embalagem<br />

Depois <strong>de</strong> estrear em Paradinha, o<br />

primeiro clipe internacional da cantora<br />

Anitta, a marca <strong>de</strong> salgadinhos Cheetos,<br />

da PepsiCo, volta a estreitar laços com a<br />

artista e apresenta uma edição especial do<br />

produto. Desta vez, Anitta vai estampar a<br />

embalagem <strong>de</strong> Cheetos sabor parmesão,<br />

que começa a ser comercializado para o<br />

público no próximo mês em todo o Brasil.<br />

Além <strong>de</strong> aparecer nas embalagens,<br />

Anitta e Cheetos fecharam uma parceria<br />

para o Carnaval <strong>de</strong>ste ano. O mascote da<br />

marca, Chester Cheetah, vai participar do<br />

Bloco das Po<strong>de</strong>rosas e estará presente no<br />

trio elétrico da cantora em Salvador e Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro. “Estou muito feliz com essa<br />

parceria. Já revelei outras vezes que sou<br />

consumidora <strong>de</strong> Cheetos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> pequena”,<br />

revela Anitta.<br />

Daniela Cachich, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> marketing da PepsiCo, confirma ação da marca no trio elétrico <strong>de</strong> Anitta<br />

Fotos: Divulgação<br />

Cinema inspira Bra<strong>de</strong>sco<br />

Heads fortalece criação<br />

Ogilvy tem novo atendimento<br />

Filme faz alusão a Hollywood Os contratados Eduardo Vares e Bruno Pereira Paula Fernan<strong>de</strong>s assume novo <strong>de</strong>safio na Ogilvy<br />

Com criação da Publicis, o Bra<strong>de</strong>sco estreou<br />

no último dia 20, no intervalo do Jornal<br />

Nacional, uma nova campanha inspirada<br />

nos cartazes dos filmes <strong>de</strong> Hollywood.<br />

Com locução do apresentador Pedro Bial,<br />

o comercial também traz um novo sound<br />

logo e mostra diferentes produtos e serviços<br />

do banco que incentivam os brasileiros<br />

a “dar um play na sua história”. “A campanha<br />

apresenta o Bra<strong>de</strong>sco como um viabilizador<br />

da vida dos brasileiros, ilustrando<br />

como os produtos impulsionam suas<br />

histórias ou, como <strong>de</strong> acordo com nosso<br />

posicionamento, sigam ‘Pra Frente’”, afirma<br />

Márcio Parizotto, diretor <strong>de</strong> marketing<br />

do banco. Peças <strong>de</strong> mídia impressa, digital<br />

e OOH complementam a ação.<br />

A Heads Propaganda, que faz parte do<br />

Grupo Heads, acaba <strong>de</strong> contratar dois novos<br />

profissionais <strong>de</strong> criação. Bruno Pereira,<br />

com passagens por AlmapBBDO, CP+B e<br />

JWT, vai assumir como redator na agência.<br />

Já Eduardo Vares, que também vem<br />

da AlmapBBDO, on<strong>de</strong> trabalhou por cinco<br />

anos, será diretor <strong>de</strong> arte. Ambos têm no<br />

currículo diversos prêmios nacionais e internacionais<br />

e serão li<strong>de</strong>rados por Rynaldo<br />

Gondim. “Estamos muito felizes com a<br />

chegada do Bruno e do Eduardo. São dois<br />

gran<strong>de</strong>s talentos. E já trabalham junto<br />

comigo há alguns anos. Fiquei extremamente<br />

feliz quando eles aceitaram o<br />

convite”, explica Gondim, que foi recém-<br />

-contratado como CCO.<br />

Paula Fernan<strong>de</strong>s foi anunciada como a<br />

nova diretora <strong>de</strong> atendimento da Ogilvy<br />

Brasil. A executiva será responsável pelo<br />

atendimento <strong>de</strong> contas <strong>de</strong> marcas como<br />

Coca-Cola, CCAA, Paramount Pictures e<br />

Perrigo, entre outras. “Estou muito feliz<br />

com o novo <strong>de</strong>safio que tenho pela frente,<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r integrar o time <strong>de</strong> uma agência<br />

com a reputação e o tamanho da Ogilvy<br />

Brasil”, afirma Paula. Durante os últimos<br />

sete anos, a profissional fazia parte da<br />

equipe da agência WMcCann, on<strong>de</strong> trabalhou<br />

com contas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s anunciantes<br />

como Bra<strong>de</strong>sco, Mastercard, TIM e Coca-<br />

-Cola. Paula também tem passagens por<br />

empresas como Publicis Digitas, Tribal e<br />

Euro RSCG.<br />

Diretor e Jor na lis ta Res pon sá vel<br />

Ar man do Fer ren ti ni<br />

Editora-chefe: Kelly Dores<br />

Editores: Neu sa Spau luc ci, Paulo Macedo,<br />

Alê Oliveira (Fotografia)<br />

Editoras-assistentes: Cristiane<br />

Marsola e Mariana Zirondi<br />

Repórteres: Alisson Fernán<strong>de</strong>z (SP),<br />

Danúbia Paraizo (SP), Jéssica Oliveira (SP),<br />

Claudia Penteado (RJ)<br />

Editor <strong>de</strong> Arte: Adu nias Bis po da Luz<br />

Assistente <strong>de</strong> Arte: Lucas Boccatto<br />

Revisor: José Carlos Boanerges<br />

Site: propmark.com.br<br />

Redação: Rua Fran çois Coty, <strong>22</strong>8<br />

CEP 01524-030 – São Pau lo-SP<br />

Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766<br />

e- mail: re da cao@prop mark. com.br<br />

Departamento Comercial<br />

Diretor: Renato Resston<br />

resston@editorareferencia.com.br<br />

Tels.: (11) 2065-0743 e (11) 94783-1208<br />

Gerentes: Monserrat Miró<br />

monserrat@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0744<br />

Sergio Ricardo<br />

sergio@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0750<br />

Diretor Executivo: Tiago A. Milani Ferrentini<br />

tferrentini@editorareferencia.com.br<br />

Consultora <strong>de</strong> Marketing: Tatiana Milani<br />

Ferrentini<br />

tatiana@editorareferencia.com.br<br />

Departamento <strong>de</strong> Assinaturas<br />

Coor<strong>de</strong>nadora: Regina Sumaya<br />

regina-sumaya@editorareferencia.com.br<br />

Assinaturas/Renovação/<br />

Atendimento a assinantes<br />

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São Paulo (11) 2065-0738<br />

Demais estados: 0800 704 4149<br />

O PRO PMAR k é uma pu bli ca ção da Edi to ra Re fe rên cia Ltda.<br />

Rua Fran çois Coty, <strong>22</strong>8 - São Pau lo - SP<br />

CEP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766<br />

As ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa ria men te a<br />

opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser con trá rias a ela.<br />

jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 41


última página<br />

Vadimguzhva/iStock<br />

Quero minha<br />

vida <strong>de</strong> volta<br />

Claudia Penteado<br />

Exageramos. Nos entregamos <strong>de</strong>mais. As<br />

coisas saíram <strong>de</strong> controle. Demoramos<br />

a nos dar conta do absurdo <strong>de</strong> revelar tanto<br />

sobre nós mesmos. Entregar tanto o ouro,<br />

como se diz. Nos enxergamos, embasbacados,<br />

na série Black Mirror, que nada mais é<br />

do que a metáfora da realida<strong>de</strong> que já vivemos,<br />

com algumas nuances turbinadas. A<br />

culpa foi nossa, <strong>de</strong> mais ninguém. Nós não<br />

perguntamos o suficiente, não nos informamos<br />

o suficiente. Preferimos a diversão<br />

a pensar nas implicações. E, <strong>de</strong> repente,<br />

começaram os sustos, sequenciais, rotineiros,<br />

ao perceber quantas informações coletaram<br />

a nosso respeito. Privacida<strong>de</strong> virou<br />

um termo quase datado, uma coisa poeirenta<br />

que ficou no século passado.<br />

Mas trago boas notícias. <strong>2018</strong> promete<br />

ser o ano em que <strong>de</strong>ixaremos, finalmente,<br />

<strong>de</strong> sonhar acordados,<br />

reconhecendo que erramos. Erramos<br />

ru<strong>de</strong>. Demos <strong>de</strong> mão beijada<br />

informações preciosas para<br />

empresas do mundo digital que<br />

se alimentam <strong>de</strong> dados, sob o<br />

manto auspicioso <strong>de</strong> facilitadores<br />

da vida, salvadores do tédio. A liberda<strong>de</strong><br />

dada a essas gigantes aladas finalmente<br />

acusou o excesso e bateu no teto. Os algoritmos<br />

das re<strong>de</strong>s sociais - cruel subproduto<br />

do imenso volume <strong>de</strong> informações compartilhadas<br />

- se transformaram em encheção<br />

<strong>de</strong> saco para usuários.<br />

O volume <strong>de</strong> fake news reduziu reputações<br />

e credibilida<strong>de</strong>s. E até mesmo a publicida<strong>de</strong><br />

digital oferecida às marcas escorregou<br />

feio no próprio mar <strong>de</strong> volumosas<br />

promessas. Da velha esperança <strong>de</strong> promover<br />

o contato humano, unir comunida<strong>de</strong>s<br />

em torno <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados temas, viabilizar<br />

a saudável troca <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e intercâmbio <strong>de</strong><br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho, as re<strong>de</strong>s sociais<br />

se transformaram em uma espécie <strong>de</strong> ringue<br />

<strong>de</strong> radicalismos, tormento psicológico<br />

e novas formas <strong>de</strong> bulling geradas algoritmicamente.<br />

Não tem sido fácil lidar com o fim <strong>de</strong>ssa<br />

paixão que parece não ter futuro, pela<br />

falta absoluta <strong>de</strong> confiança e <strong>de</strong> cumplicida<strong>de</strong>.<br />

E <strong>de</strong>vo dizer que o saldo <strong>de</strong>sse relacionamento<br />

- nosso, com as re<strong>de</strong>s sociais<br />

- não foi lá essas coisas. Desenvolvemos<br />

síndromes, vícios, manias, <strong>de</strong>pressões,<br />

ansieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> toda or<strong>de</strong>m. Uma nova<br />

doença dos tempos mo<strong>de</strong>rnos está sendo<br />

chamada <strong>de</strong> “frieza social”: é a preocupação<br />

exagerada com o que se publica<br />

ou curte em re<strong>de</strong>s sociais. Neste mundo<br />

monitorado por algoritmos e passos registrados<br />

24X7, po<strong>de</strong>mos acabar mergulhados<br />

em excesso <strong>de</strong> autocensura e “rigi<strong>de</strong>z<br />

social”, uma espécie <strong>de</strong> conformismo e<br />

aversão ao risco.<br />

Pesquisas indicam, cada vez mais, a<br />

insatisfação das pessoas com as re<strong>de</strong>s<br />

socias. Uma <strong>de</strong>las, feita pelo portal The<br />

Verge e a Reticle Research<br />

no fim do ano passado, nos<br />

“<strong>2018</strong> tem<br />

tudo para<br />

ser o ano da<br />

virada”<br />

EUA, mostrou um cenário <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sconforto por parte <strong>de</strong> 15%<br />

<strong>de</strong> usuários do Facebook, por<br />

exemplo. A paixonite passou,<br />

o amor não ocorreu e ficamos<br />

tempo <strong>de</strong>mais esperando a<br />

nossa gran<strong>de</strong> recompensa no final. E tudo<br />

o que encontramos no final do arco-íris<br />

foram... problemas.<br />

Mas eu tenho esperança: <strong>2018</strong> tem tudo<br />

para ser o ano da virada e o começo <strong>de</strong> um<br />

novo relacionamento - entre pessoas e<br />

empresas, entre empresas e empresas, e<br />

entre pessoas e pessoas - neste ambiente<br />

tão caótico em que se transformou o digital.<br />

Legislações pipocam pelo mundo,<br />

pessoas cobram a privacida<strong>de</strong> perdida,<br />

programas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mídia digital ganham força para garantir<br />

e comprovar que investir na mídia digital<br />

po<strong>de</strong> valer, sim, a pena. Muitos movimentos<br />

indicam que este será o ano em que<br />

daremos a<strong>de</strong>us ao vale-tudo, retomando<br />

e exigindo alguns valores essenciais esquecidos<br />

pelo caminho como transparência,<br />

ética e respeito.<br />

42 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


Nós We transformamos transforme your seu dream sonho<br />

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ABAIXO, A RELAÇÃO COMPLETA<br />

DAS AGÊNCIAS DE PROPAGANDA,<br />

NACIONAIS E MULTINACIONAIS,<br />

QUE CONQUISTARAM O SELO<br />

PRÓ-ÉTICA EM 2017:<br />

NOVA/SB<br />

Pelo segundo ano consecutivo, a nova/sb faz companhia a empresas como<br />

Natura, Itaú, 3M do Brasil, Ernst & Young, entre outras, conquistando o selo Pró-Ética,<br />

que premia as empresas com as melhores práticas <strong>de</strong> integrida<strong>de</strong> corporativa<br />

e compliance. A nova/sb, como já tinha acontecido em 2016, foi a única agência<br />

<strong>de</strong> propaganda a ganhar o prêmio em 2017. Ética: essa é a alma do negócio.<br />

novasb.com.br

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