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ANO 53 - Nº 2679 - <strong>22</strong> <strong>de</strong> JANEIRO <strong>de</strong> <strong>2018</strong> R$ 15,00<br />
Alê Oliveira<br />
agsandrew/iStock<br />
Mídia exterior <strong>de</strong> SP<br />
cresce reorganizada<br />
São Paulo comemora 464 anos em meio a mudanças<br />
profundas em sua paisagem. Após pouco mais <strong>de</strong> uma<br />
década <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a criação da Lei Cida<strong>de</strong> Limpa, espaço<br />
público agora abriga mobiliário urbano mais organizado,<br />
além <strong>de</strong> novos formatos <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>. pág. 6<br />
Kantar media revela estudo que traça<br />
caminho que re<strong>de</strong>s sociais po<strong>de</strong>m seguir<br />
São <strong>de</strong>z tendências. A primeira <strong>de</strong>las é a<br />
evolução do conteúdo. Ao que tudo indica<br />
também é o fim da era do “vale-tudo”, sendo que<br />
as campanhas <strong>de</strong>vem ser mais personalizadas.<br />
A busca por maior privacida<strong>de</strong> está entre<br />
os itens <strong>de</strong>stacados pelo instituto. pág. 14<br />
Licitação <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> da<br />
Caixa tem 13 participantes<br />
Entrega das propostas foi realizada<br />
no último dia 12. Contrato <strong>de</strong><br />
R$ 450 milhões será dividido entre<br />
três agências. Atualmente Caixa<br />
é atendida por Propeg, nova/sb,<br />
Heads e Artplan. pág. 35<br />
Lew’Lara\tbwa vence<br />
concorrência da CVC<br />
Agência vai aten<strong>de</strong>r toda comunicação<br />
- online e offline - da operadora<br />
<strong>de</strong> turismo. Processo, do qual<br />
participaram seis agências, começou<br />
em novembro, quando CVC e Publicis<br />
encerraram parceria. pág. 28<br />
WMCCANN ganha conta<br />
integrada da PIZZA HUT<br />
WMcCann cuidará <strong>de</strong><br />
toda a comunicação<br />
da marca, que estava<br />
na carteira da REF+.<br />
A agência, li<strong>de</strong>rada por<br />
Hugo Rodrigues, também<br />
ganhou a conta do SBT<br />
este mês. pág 27<br />
sinapro-sp alerta<br />
sobre taxa sindical<br />
Presi<strong>de</strong>nte da entida<strong>de</strong>,<br />
Dudu Godoy afirma que, se as<br />
agências <strong>de</strong>ixarem <strong>de</strong> pagar<br />
a contribuição sindical, que<br />
agora passa a ser opcional,<br />
impacto será enorme<br />
sobre o sindicato, que<br />
apoia empresas. pág. 9
Otima<br />
recebe<br />
convidados<br />
em sessão<br />
especial do<br />
Natacha Volpini (Heineken) e Marcelo Inacio<br />
Wilson Kleit (R/GA) e Sthefannie Cunha<br />
Equipe Otima com Antonio Rodrigues (FCB)<br />
Gabriella Manzano, Leonardo Moccia,<br />
Mauricio Tatarunas e Rafaela Bortoletto (VML)<br />
Lucas Rocha e Ana Ruas (Otima),<br />
Marcelo Sales e Antonio Toledano (Patria)<br />
Emerson Souza, Marcia Espindola,<br />
Roger Garcia e Antonio Carlos Accioly<br />
(Reclame Multishow)<br />
Flavio e Renata Flores (Grupo Bioritmo)<br />
Priscila Felix e Rafael Collaço (Ogilvy)<br />
Agências, anunciantes<br />
e <strong>de</strong>mais profissionais da área<br />
assistiram, dia 17/01, no Citibank<br />
Hall em São Paulo, ao espetáculo<br />
interativo Fuerza Bruta<br />
a convite da Otima.<br />
O show, que mistura experiências<br />
visuais e sensoriais, foi o ambiente<br />
i<strong>de</strong>al para a empresa agra<strong>de</strong>cer a<br />
parceria do mercado.<br />
Cena do espetáculo<br />
Tá na rua, tá on, tá aqui.
editorial<br />
Armando Ferrentini<br />
aferrentini@editorareferencia.com.br<br />
O Dia D<br />
Ansiosa, boa parte do povo brasileiro espera que a próxima quarta-<br />
-feira, 24/1/18, seja uma espécie <strong>de</strong> repetição do que significou o<br />
Dia D para a Europa e o mundo, ocorrido aos 6 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1944 e<br />
muito bem retratado pelo cinema em O Mais Longo dos Dias.<br />
A comparação é até abusiva, pois, enquanto o verda<strong>de</strong>iro e histórico<br />
Dia D <strong>de</strong>u início ao fim da Segunda Guerra Mundial, com as forças<br />
militares dos aliados oci<strong>de</strong>ntais <strong>de</strong>sembarcando nas costas da França,<br />
preparadas para <strong>de</strong>rrotar o nazismo e libertar a Europa, com o<br />
apoio do Exército soviético atacando pelo Leste Europeu, no Brasil<br />
trata-se <strong>de</strong> julgar, em segunda instância, não apenas Lula da Silva,<br />
mas tudo o que ele representa na aplicação <strong>de</strong> um discutível populismo.<br />
Essa forma <strong>de</strong> governar, se provocou alguns avanços significativos na<br />
socieda<strong>de</strong> brasileira, como o combate ao racismo e o aumento da luta<br />
pela igualda<strong>de</strong> dos gêneros, além da imposição do respeito à parcela<br />
trans <strong>de</strong> todo o país, por outro lado não só arrebentou a economia,<br />
com a prática <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> favorecimentos inaceitáveis, como dividiu<br />
o país em muitas fatias doutrinárias, consagrando Maquiavel e o<br />
seu dividir para governar.<br />
Sem se falar no endividamento do Tesouro Nacional, estimulando a<br />
escalada <strong>de</strong> notórios aventureiros aos cofres públicos.<br />
Quando ficou claro para os brasileiros que estava se <strong>de</strong>senhando um<br />
projeto <strong>de</strong> governo socialista para o país, com tudo o que o socialismo<br />
po<strong>de</strong> ter <strong>de</strong> pior, o grosso da população razoavelmente esclarecida<br />
enten<strong>de</strong>u que havia chegado a hora do basta.<br />
A partir daí e com o impeachment <strong>de</strong> Dilma Rousseff, mesmo tendo<br />
<strong>de</strong> se entregar a ca<strong>de</strong>ira presi<strong>de</strong>ncial a Michel Temer, com todos os<br />
seus pecados capitais, a impressão dominante era a <strong>de</strong> que, apesar<br />
dos pesares, o saldo seria positivo.<br />
Guardada a figura <strong>de</strong> Temer para o seu julgamento futuro, do qual<br />
dificilmente escapará, passamos a confiar mais nas instituições, com<br />
sucessivas <strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong> que havia uma gran<strong>de</strong> mudança em<br />
curso.<br />
A principal <strong>de</strong>las <strong>de</strong>u-se através do emblemático juiz fe<strong>de</strong>ral Sergio<br />
Moro, que, ao julgar os primeiros implicados nos gran<strong>de</strong>s escândalos<br />
envolvendo importantes estatais brasileiras, puxou uma linha <strong>de</strong> um<br />
imenso novelo a partir daí <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> Lava Jato, com a adoção <strong>de</strong><br />
critérios <strong>de</strong> investigação e procedimentos judiciais baseados na cartilha<br />
legada pela operação Mãos Limpas, que nos anos 1970 e 1980,<br />
na Itália, <strong>de</strong>svendou e puniu os responsáveis por uma extensa re<strong>de</strong><br />
criminosa, com foco nos bens públicos daquele país.<br />
Voltando ao Brasil, acreditamos até que Lula da Silva não tenha sido<br />
o maior beneficiado, do ponto <strong>de</strong> vista patrimonial, pelos <strong>de</strong>scalabros<br />
provocados pela sua grei.<br />
Mas, foi sob o seu consentimento, implícito ou explícito, que o dragão<br />
da malda<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolveu, elevando à enésima potência uma prática<br />
nada incomum na política brasileira.<br />
O rei é sempre o maior responsável quando o reino é saqueado, seja<br />
por ação ou por omissão.<br />
O país realmente se <strong>de</strong>fronta agora com o seu Dia D, na tentativa <strong>de</strong><br />
livrar-se se não 100%, que seja ao menos 50%, da forte corrupção<br />
que tomou conta da vida pública nacional.<br />
A con<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Lula da Silva, por 3x0 ou 2X1, dirá aos brasileiros e<br />
ao mundo que, embora lenta e por vezes injusta, a Justiça brasileira<br />
fez o seu papel e muito contribuirá, sendo Lula assim con<strong>de</strong>nado, a<br />
um novo horizonte para todos nós.<br />
Não se iludam nossos leitores. Não estamos imaginando, com isso, <strong>de</strong>ixar<br />
o inferno pelo paraíso. Mas, a esperança <strong>de</strong> melhores dias para o país po<strong>de</strong>rá<br />
representar o início <strong>de</strong> uma nova fase da nossa História, com os malfeitores<br />
contumazes finalmente acreditando que o crime não compensa.<br />
***<br />
Já estão abertas as inscrições para o tradicional Marketing Best, a mais<br />
importante premiação do marketing brasileiro, que anualmente escolhe<br />
os melhores cases do mercado. A atual versão refere-se a 2017.<br />
O site www.marketingbest.com.br contém todas as informações necessárias<br />
para as empresas interessadas em participarem.<br />
***<br />
Aviso aos foliões: O PROPMARK impresso fará circular normalmente<br />
sua edição <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> fevereiro, segunda-feira <strong>de</strong> Carnaval, com distribuição<br />
aos assinantes, anunciantes, agências e <strong>de</strong>mais players do<br />
mercado na quarta-feira, 14/2.<br />
***<br />
Já a partir do próximo mês <strong>de</strong> fevereiro, a Lew’Lara/TBWA, que acaba<br />
<strong>de</strong> ganhar, em concorrência com outras agências, a conta da CVC, inicia<br />
os seus trabalhos com a tradicional operadora <strong>de</strong> viagens.<br />
***<br />
Em chamada <strong>de</strong> capa nesta edição, abordamos o importante tema da<br />
transformação da publicida<strong>de</strong> ao ar livre em São Paulo. Depois da Lei<br />
Cida<strong>de</strong> Limpa (Kassab), que fechou muitas empresas do setor e proporcionou<br />
ao mesmo tempo um reestudo para mudanças estéticas<br />
<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> comunicação, po<strong>de</strong>mos constar as vantagens <strong>de</strong> uma<br />
comunicação <strong>de</strong> rua organizada.<br />
O PROPMARK ouviu especialistas e players <strong>de</strong>sse segmento, em matéria<br />
ilustrada com fotos exclusivas da nossa reportagem.<br />
***<br />
Destaque também nesta edição é a matéria com a WMcCann, abordando<br />
a conquista da conta da Pizza Hut.<br />
***<br />
Este Editorial é em homenagem a Celia Pompeia, personalida<strong>de</strong> feminina<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor empresarial, vice-presi<strong>de</strong>n<strong>de</strong> do Grupo Doria,<br />
que substitui atualmente o titular que está prefeitando a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />
Paulo.<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 3
conexões<br />
Facebook<br />
Post: Lew’Lara\TBWA ganha concorrência<br />
<strong>de</strong> CVC<br />
“Com quatro meses <strong>de</strong> casa é muito<br />
bom ter uma vitória <strong>de</strong>ssas! É para encher<br />
o peito <strong>de</strong> orgulho <strong>de</strong> ter trabalhado<br />
com um time foda com Victor<br />
Armando, Zé Fuzioka, Raphael Freitas,<br />
Fabrício Natoli e Renata Serafim. Que<br />
venham as próximas.”<br />
Thiago Lia<br />
“Parabéns...”<br />
Silvia Lia<br />
“Irado, é muito bom ganhar uma concorrência.<br />
Happy for you my friend.”<br />
Fernando Elias Taboada<br />
“Fico honrado com a menção! Mas, cá<br />
para nós, esse trampo está na conta<br />
<strong>de</strong> vocês! Fico feliz <strong>de</strong> ter feito parte<br />
disso. Que venham mais por aí!”<br />
Victor Armando<br />
Post: Fabio Coelho, presi<strong>de</strong>nte<br />
do Google, fala sobre os <strong>de</strong>safios<br />
da publicida<strong>de</strong> digital, da mídia<br />
ter mais relevância na plataforma<br />
e das apostas para <strong>2018</strong>.<br />
Acompanhe! #propmarkplay<br />
#propmark<br />
“Pare tudo o que você está fazendo<br />
para ouvir o cara falando.”<br />
Leandro Magno<br />
Post: Renato Girard é o novo diretor<br />
<strong>de</strong> operações do IAB Brasil<br />
“Uhu, parabéns, Renato Girard! Brilha<br />
muito!”<br />
Michele De Lima Oliveira<br />
“Boa, Renatão! Sucesso!”<br />
Oswaldo Zanetti<br />
“Muito sucesso e felicida<strong>de</strong>.”<br />
Patricia XS<br />
“Ah, parabéns, querido!”<br />
Gislene Matias<br />
Post: PROPMARK fez uma transmissão<br />
ao vivo.<br />
“Olha que gatos!”<br />
Adriana Cardoso<br />
“Muito bom.”<br />
Bel Pocai<br />
Post: Charge do Dorinho no<br />
PROPMARK <strong>de</strong>sta semana<br />
“Ladrões lá <strong>de</strong>ntro e ladrões aqui fora.<br />
Se correr o bicho pega e se ficar o bicho<br />
come.”<br />
Sérgio Santos Novaes<br />
“Para variar, Duca!”<br />
Sergio Ricardo Jesus<br />
Disqus (comentários no site <strong>de</strong> 13<br />
a 19 <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong>)<br />
Post: Globo ven<strong>de</strong> todas as cotas<br />
<strong>de</strong> patrocínio do BBB18<br />
“Po<strong>de</strong>ria a Ford patrocinar o BBB 18. É<br />
bom ver provas <strong>de</strong> direção no programa.<br />
No ano passado, todos estavam<br />
esperando isso.”<br />
Denis<br />
Post: Mensagens <strong>de</strong> amor em<br />
OOH causam mistério nas re<strong>de</strong>s<br />
sociais<br />
“Só faltou dizer um ‘pequeno’ <strong>de</strong>talhe:<br />
essas peças são teasers.”<br />
Piantao<br />
Post: Thiago Rodrigues é a<br />
nova aposta da Publicis para<br />
a mídia<br />
“Excelente profissional. Desejamos<br />
muito sucesso. Abração.”<br />
Clovis Borges<br />
Post: Rochinha apresenta ao<br />
mercado seus lançamentos<br />
<strong>de</strong> verão<br />
“Melhor sorvete disparado. Amo Rochinha.<br />
Só não entendo por que a<br />
marca não disponibilizou até agora<br />
potes <strong>de</strong> 1 kg ou 2 kg, para ampliar o<br />
consumo por famílias.”<br />
Jose cascão<br />
Post: Prefeitura <strong>de</strong> SP altera esquema<br />
<strong>de</strong> tributação das agências<br />
<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
“Joia, hein, Doria. Mais imposto (em<br />
duplicida<strong>de</strong>) maquiado, né? Aqui é<br />
Brasil.”<br />
Bruno Dittert<br />
Twitter<br />
Tweet: Ticket Log e Vivo apoiam o<br />
espetáculo Fuerza Bruta<br />
@Vivoemre<strong>de</strong> é uma das patrocinadoras<br />
do #espetaculo Fuerza Bruta,<br />
que chega a #SP para uma temporada<br />
<strong>de</strong> shows até 25 <strong>de</strong> fevereiro, no<br />
Citibank Hall. O @propmark <strong>de</strong>stacou<br />
a iniciativa<br />
@TelefonicaBr<br />
última hora<br />
SALTO<br />
Os investimentos em<br />
publicida<strong>de</strong> digital para<br />
dispositivos móveis<br />
foram consi<strong>de</strong>ravelmente<br />
superiores aos voltados<br />
para <strong>de</strong>sktops. A afirmação<br />
faz parte <strong>de</strong> uma pesquisa<br />
realizada pela SEMrush<br />
com mais <strong>de</strong> oito mil<br />
sites <strong>de</strong> e-commerce, <strong>de</strong><br />
13 categorias diferentes.<br />
Os anúncios mobile<br />
representaram 85,39%,<br />
enquanto os <strong>de</strong> <strong>de</strong>sktops,<br />
14,61%.<br />
DESAFIOS<br />
A ESPM realiza no próximo<br />
dia 7 o <strong>de</strong>bate Os <strong>de</strong>safios<br />
da indústria da comunicação<br />
no meio digital. O encontro,<br />
que será conduzido por<br />
Caio Túlio Costa, preten<strong>de</strong><br />
traçar um panorama<br />
da atual situação.<br />
dorinHO<br />
MOLETOM<br />
A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> moda sueca H&M<br />
criou um cargo diretivo<br />
para promover a inclusão<br />
após a polêmica provocada<br />
por moletom infantil da<br />
marca com uma frase<br />
apontada como racista.<br />
“O recente inci<strong>de</strong>nte foi<br />
claramente não intencional,<br />
mas mostra claramente<br />
o quão gran<strong>de</strong> é nossa<br />
responsabilida<strong>de</strong> como<br />
empresa global”, disse a<br />
empresa no seu perfil no<br />
Twitter.<br />
DEBATE<br />
O Grupo Radar & TV realiza<br />
no próximo dia 6, em São<br />
Paulo, <strong>de</strong>bate sob o tema<br />
Pensar global, agir local.<br />
O encontro está inserido no<br />
7º Fórum do Setor <strong>de</strong> Feiras<br />
e Eventos. Além do painel,<br />
haverá homenagens.<br />
4 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
mercado<br />
Fotos: Alê Oliveira<br />
Organização e limpeza da paisagem são algumas das contribuições trazidas pela Lei Cida<strong>de</strong> Limpa; Prefeitura estuda ampliar os formatos <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> na capital paulista<br />
Mídia exterior contribui para a<br />
valorização do espaço público <strong>de</strong> SP<br />
Em meio às mudanças estéticas no mobiliário urbano com a Lei Cida<strong>de</strong><br />
Limpa, capital celebra 464 anos privilegiando comunicação organizada<br />
Danúbia Paraizo<br />
Foi a partir <strong>de</strong> 2013 que a rua<br />
se tornou oficialmente “a<br />
maior arquibancada do Brasil”<br />
com o jingle criado pela Leo<br />
Burnett Tailor Ma<strong>de</strong> para a<br />
Fiat. Mas, pelo menos na cida<strong>de</strong><br />
São Paulo, o espaço público<br />
tem sido o centro das atenções<br />
há muito mais tempo.<br />
Há diversas razões sociológicas<br />
e políticas para a rua ter<br />
ganhado tanto espaço na vida<br />
do paulistano, seja para protestar,<br />
celebrar o Carnaval ou simplesmente<br />
se locomover. Mas,<br />
certamente, a reorganização da<br />
estrutura e <strong>de</strong> serviços para a<br />
população provocada pela Lei<br />
Cida<strong>de</strong> Limpa (14.<strong>22</strong>3/06) impactou<br />
diretamente o cenário.<br />
Às vésperas <strong>de</strong> completar<br />
464 anos na próxima quinta-<br />
-feira (25), São Paulo passa por<br />
momento <strong>de</strong> transformações<br />
estéticas profundas. Parte <strong>de</strong>las,<br />
inegavelmente, trazida<br />
pelo projeto que regulamentou<br />
a exposição <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> no<br />
mobiliário urbano na capital,<br />
em 2006. Essa é a opinião dos<br />
especialistas em urbanismo<br />
e mídia exterior ouvidos pelo<br />
PROPMARK, que <strong>de</strong>stacaram as<br />
contribuições do projeto para<br />
incluir São Paulo no hall das<br />
chamadas Smart Cities.<br />
“Foi uma gran<strong>de</strong> evolução<br />
do mercado, que vinha <strong>de</strong> uma<br />
situação caótica, per<strong>de</strong>ndo a<br />
mão das coisas. A cida<strong>de</strong> passou<br />
por uma mudança radical<br />
necessária com a legislação<br />
para po<strong>de</strong>r recomeçar <strong>de</strong> maneira<br />
diferente e mais organizada”,<br />
<strong>de</strong>staca Paulo Stephan,<br />
diretor-executivo da ABOOH<br />
(Associação Brasileira <strong>de</strong> Out<br />
Of Home). O executivo lembra<br />
que à época houve quem tenha<br />
torcido o nariz para a proibição<br />
<strong>de</strong> outdoors e <strong>de</strong> comunicação<br />
indiscriminada pelas ruas, mas<br />
que a mudança foi <strong>de</strong>cisiva<br />
para que hoje São Paulo tenha<br />
um outro patamar <strong>de</strong> paisagem<br />
“a história e a<br />
arquitetura <strong>de</strong><br />
São Paulo foram<br />
reencontradas”<br />
6 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
urbana. Essa também é a avaliação<br />
<strong>de</strong> Rafael Urenha, chief<br />
creative officer da DPZ&T. O<br />
executivo <strong>de</strong>staca como principal<br />
ganho da legislação a unida<strong>de</strong><br />
visual e relevância <strong>de</strong> conteúdo.<br />
“O maior benefício foi<br />
organizar visualmente a comunicação<br />
para que a publicida<strong>de</strong><br />
ganhasse relevância. As pessoas<br />
passaram também a ter mais<br />
atenção, a se orientar por essa<br />
comunicação na rua porque<br />
encontra valor, informações e<br />
entretenimento”.<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista urbanístico,<br />
o projeto tem <strong>de</strong>sempenhado<br />
papel importante, à medida que<br />
contribui para evi<strong>de</strong>nciar a paisagem<br />
urbana antes escondida<br />
por trás da “parafernália visual”<br />
da comunicação antiga, como<br />
<strong>de</strong>stacou em nota a Secretaria<br />
Municipal <strong>de</strong> Urbanismo e Licenciamento<br />
(SMUL). “Com a remoção<br />
das gran<strong>de</strong>s peças que envolviam<br />
os imóveis, dos imensos<br />
totens <strong>de</strong> bancos e lanchonetes,<br />
entre outros, a história e a arquitetura<br />
<strong>de</strong> São Paulo, que não podiam<br />
ser vistas, já que estavam<br />
escondidas atrás <strong>de</strong> parafernália<br />
visual, foram reencontradas”.<br />
RECONEXÃO<br />
Com 6.500 faces <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
disponíveis, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobiliário<br />
urbano da cida<strong>de</strong> está<br />
sob concessão da JCDecaux e<br />
Otima <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2012. As empresas<br />
foram responsáveis por reintroduzir<br />
a comunicação no espaço<br />
público e contribuir com atualização<br />
do mercado <strong>de</strong> mídia exterior.<br />
Também foi tarefa <strong>de</strong>las<br />
promover a profissionalização,<br />
além <strong>de</strong> propor junto às agências<br />
soluções efetivas, mas que<br />
também <strong>de</strong>ssem o <strong>de</strong>vido respeito<br />
à paisagem urbana.<br />
JCDecaux <strong>de</strong>tém concessão dos mil relógios públicos em toda a cida<strong>de</strong>. Contrato começou em 2012 e se esten<strong>de</strong>rá por 25 anos<br />
Segundo Ana Célia Biondi,<br />
diretora-geral da JCDecaux<br />
Brasil, <strong>de</strong>tentora dos relógios<br />
<strong>de</strong> rua na capital paulista, a lei<br />
<strong>de</strong>volveu a propaganda à cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> forma racional e organizada,<br />
e, sobretudo, vinculada à<br />
prestação <strong>de</strong> serviço aos paulistanos.<br />
Mas todo o mercado precisou<br />
também se atualizar para<br />
acompanhar o novo momento.<br />
“O retorno do OOH exigiu um<br />
esforço coletivo da indústria<br />
<strong>de</strong> comunicação, pois naquele<br />
momento tínhamos toda uma<br />
geração que se formou e começou<br />
a trabalhar sem que o OOH<br />
fizesse parte <strong>de</strong> seu cotidiano”.<br />
Urenha, da DPZ&T, fã assumido<br />
do formato pôster, foi<br />
um dos que sentiram o baque.<br />
“O retorno do<br />
OOH exigiu um<br />
esforço coletivo<br />
da indústria <strong>de</strong><br />
comunicação”<br />
“Outdoor é uma peça nobre,<br />
mas tinha perdido a relevância<br />
<strong>de</strong>vido ao excesso. Depois<br />
que a publicida<strong>de</strong> voltou regulamentada,<br />
resolveu esse<br />
problema. A legislação é mais<br />
um capítulo da comunição das<br />
marcas na jornada do consumidor,<br />
que hoje tem vários pontos<br />
<strong>de</strong> contato”. Nessa jornada, que<br />
inclui o celular como peça central<br />
nos <strong>de</strong>slocamentos, a mídia<br />
exterior acompanhou o movimento,<br />
unindo conectivida<strong>de</strong> e<br />
prestação <strong>de</strong> serviços”.<br />
É o caso da internet wi-fi instalada<br />
nos abrigos <strong>de</strong> ônibus,<br />
administrados pela Otima. O<br />
paulistano também passou a receber<br />
outros benefícios, como<br />
o validador <strong>de</strong> bilhete único e o<br />
Após retorno da mídia exterior sob nova legislação, comunicação está mais organizada<br />
Os abrigos <strong>de</strong> ônibus e totens da capital paulista estão sob concessão da Otima<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 7
mercado<br />
aplicativo Leve-me, que disponibiliza<br />
rotas <strong>de</strong> ônibus, metrô,<br />
trem, bicicleta e táxi. “A mídia<br />
exterior <strong>de</strong>u outra cara à cida<strong>de</strong>,<br />
com mais cor e iluminação,<br />
além <strong>de</strong> serviços e o entretenimento<br />
oferecido pelas próprias<br />
campanhas. Recentemente, em<br />
pesquisa realizada pelo Datafolha,<br />
percebemos que 96% das<br />
pessoas aprovam as mudanças<br />
introduzidas pelo novo mobiliário<br />
urbano da cida<strong>de</strong>”, <strong>de</strong>stacou<br />
a Otima.<br />
Buscando explorar justamente<br />
o potencial do OOH e,<br />
<strong>de</strong> quebra, apresentar o patrimônio<br />
da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma<br />
mais interativa, a Pinacoteca,<br />
em parceria com Metrô, Via-<br />
Quatro e CPTM, acaba <strong>de</strong> lançar<br />
o game para celular Pinatrilhos.<br />
Segundo Théo Rocha,<br />
diretor <strong>de</strong> criação da F/Nazca<br />
Saatchi & Saatchi, responsável<br />
pela criação do projeto, a i<strong>de</strong>ia<br />
é transformar as linhas do metrô<br />
e do trem em um tabuleiro<br />
gigante.<br />
O objetivo é chegar à Pinacoteca,<br />
que fica na Estação da<br />
Luz. Para isso, os jogadores<br />
precisam respon<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ntro do<br />
trem a perguntas sobre as obras<br />
e seus artistas. Quem acerta<br />
segue para uma estação mais<br />
próxima do museu. Já quem<br />
erra, <strong>de</strong>ve mover-se para uma<br />
estação mais distante. “Quisemos<br />
motivar as pessoas a<br />
usarem o transporte público e,<br />
assim, conhecer a cida<strong>de</strong>. Com<br />
o jogo, o visitante chega ao museu<br />
com mais conhecimento,<br />
mais curioso. Sua experiência<br />
fica mais profunda. Juntamos o<br />
mobiliário das estações com celular<br />
para criar o jogo”, explica<br />
o executivo.<br />
na medida<br />
De fato, a cida<strong>de</strong> tem ganhado<br />
novos olhares frutos das<br />
abordagens mais criativas do<br />
mercado <strong>de</strong> mídia exterior. Nos<br />
últimos dois anos, com a evolução<br />
<strong>de</strong>sse processo <strong>de</strong> valorização<br />
<strong>de</strong> sua paisagem urbana, a<br />
cida<strong>de</strong> também tem se aberto<br />
para outros formatos <strong>de</strong> mobiliário.<br />
No ano passado, o prefeito<br />
João Doria apresentou protótipos<br />
<strong>de</strong> banheiros públicos e<br />
bancas <strong>de</strong> flores que <strong>de</strong>vem ser<br />
inclusos no projeto em breve.<br />
As empresas interessadas<br />
cuidarão da manutenção das<br />
peças em troca do direito <strong>de</strong><br />
explorar comercialmente os espaços<br />
publicitários. Neste ano,<br />
Doria assinou <strong>de</strong>creto que autoriza<br />
a abertura <strong>de</strong> concorrência<br />
para empresas que <strong>de</strong>sejam<br />
gerenciar 500 banheiros públicos<br />
fixos e outros 100 móveis<br />
para feiras livres. O projeto <strong>de</strong><br />
bancas <strong>de</strong> flores, por enquanto,<br />
não andou.<br />
Mas nem tudo são flores, literalmente.<br />
A Lei Cida<strong>de</strong> Limpa<br />
também viabilizou os Termos<br />
<strong>de</strong> Cooperação, outro mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong> veiculação <strong>de</strong> marcas no espaço<br />
público. Nesse acordo, a<br />
Prefeitura conce<strong>de</strong> às empresas<br />
parceiras, como contrapartida<br />
visual <strong>de</strong> inserção da marca na<br />
paisagem, a execução e manutenção<br />
<strong>de</strong> melhorias ambientais,<br />
paisagísticas e urbanísticas.<br />
É o caso dos bicicletários<br />
“A gente precisa<br />
cuidar da<br />
paisagem tendo<br />
uma visão<br />
conjunta da<br />
imagem urbana”<br />
Fotos Alê Oliveira<br />
Protótipo <strong>de</strong> banheiro público na cida<strong>de</strong> acaba <strong>de</strong> ser aprovado. Prefeitura abrirá em breve chamamento para empresas interessadas<br />
Bicicletário patrocinado pela Bra<strong>de</strong>sco Seguros é mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Termo <strong>de</strong> Cooperação<br />
patrocinados pela Bra<strong>de</strong>sco<br />
Seguros, por exemplo. Outro<br />
caso é o projeto <strong>de</strong> requalificação<br />
<strong>de</strong> 32 pontes nas marginais<br />
dos rios Pinheiros e Tietê.<br />
Os parceiros que viabilizarem<br />
as obras e a manutenção dos<br />
equipamentos públicos por três<br />
anos terão direito <strong>de</strong> divulgar<br />
a sua marca na paisagem. Segundo<br />
a Secretaria Municipal<br />
<strong>de</strong> Urbanismo e Licenciamento,<br />
isso será feito <strong>de</strong> forma “segura<br />
e harmoniosa, não trazendo<br />
nenhum risco para o motorista”,<br />
mas o entendimento não é<br />
unânime. Sete dias após a Prefeitura<br />
ter publicado no Diário<br />
Oficial chamamento público<br />
para empresas interessadas, o<br />
Tribunal <strong>de</strong> Contas do Município<br />
suspen<strong>de</strong>u o processo, em<br />
27 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2017.<br />
Para a urbanista Angélica<br />
Alvim, diretora da Faculda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo do<br />
Mackenzie, a inclusão <strong>de</strong> novos<br />
formatos <strong>de</strong> propaganda<br />
<strong>de</strong>ve ser observada com cautela.<br />
“Demoramos muito para<br />
chegar a um espaço sem tanto<br />
neon, outdoor e fachadas <strong>de</strong>sorganizadas.<br />
É preciso critério.<br />
A cida<strong>de</strong> já é complicada<br />
do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> poluição<br />
visual com toda a fiação exposta,<br />
poucas áreas ver<strong>de</strong>s e calçadas<br />
irregulares, por exemplo. A<br />
gente precisa cuidar da paisagem<br />
tendo uma visão conjunta<br />
da imagem urbana”.<br />
8 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
MERCADO<br />
Sinapro teme que agências <strong>de</strong>ixem<br />
<strong>de</strong> pagar a contribuição sindical<br />
Arrecadação com a taxa, que agora é opcional, dá sustentação ao<br />
sindicato, que apoia empresas com assistência jurídica e outras ações<br />
KELLY DORES<br />
Sinapro-SP (Sindicato das Agências <strong>de</strong><br />
O Propaganda do Estado <strong>de</strong> São Paulo)<br />
alerta o mercado publicitário sobre a importância<br />
<strong>de</strong> as agências continuarem pagando<br />
a contribuição sindical, que agora<br />
com a nova lei trabalhista não é mais obrigatória.<br />
Dudu Godoy, VP executivo da NBS<br />
e presi<strong>de</strong>nte do Sinapro-SP, conta que foi<br />
lançada uma campanha em conjunto com a<br />
Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional das Agências<br />
<strong>de</strong> Propaganda) para mostrar quais são as<br />
consequências e o impacto sobre o mercado<br />
que o não pagamento da contribuição<br />
po<strong>de</strong> gerar.<br />
“As gran<strong>de</strong>s agências têm estrutura, mas<br />
as médias para baixo não têm estrutura jurídica,<br />
<strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong>, uma série <strong>de</strong> coisas<br />
que custam. Temos em média <strong>de</strong> 50 a<br />
60 consultas semanais <strong>de</strong> agências sobre<br />
dúvidas na relação <strong>de</strong> trabalho ou sobre pagamento<br />
<strong>de</strong> impostos, por exemplo. Damos<br />
apoio às agências em uma série <strong>de</strong> questões”,<br />
afirma Godoy. A preocupação é que<br />
a falta <strong>de</strong> arrecadação vai impactar todo o<br />
sistema, pois uma parte do dinheiro arrecadado<br />
pelos Sinapros vai para a Fenapro<br />
(Fe<strong>de</strong>ração Nacional das Agências <strong>de</strong> Propaganda).<br />
O gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio dos sindicatos este ano<br />
vai ser o pagamento da contribuição sindical.<br />
“Será que vamos ter essa contribuição?<br />
Eu estou tentando fazer um esforço para<br />
que as agências continuem sendo sindicalizadas.<br />
Ou seja, que continuem pagando<br />
a contribuição sindical. Se a empresa optar<br />
por não pagar, ela não será sindicalizada.<br />
Quais são as consequências disso?<br />
Tem uma série <strong>de</strong> consequências, <strong>de</strong> acordo<br />
coletivo, problemas trabalhistas, se por<br />
ventura o empregado sair você não sendo<br />
sindicalizado que apoio a agência vai ter?<br />
Existem ações que o sindicato faz também<br />
para qualificar as agências menores”.<br />
O Sinapro está emitindo o boleto para<br />
pagamento da contribuição sindical no próximo<br />
dia 31 <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong>. “É uma incógnita o<br />
que vai acontecer”, diz ele. Godoy <strong>de</strong>staca<br />
que a lei trabalhista mudou uma série <strong>de</strong><br />
coisas e isso vai gerar muitas dúvidas. “Esse<br />
é um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio, saber o que mudou,<br />
o que po<strong>de</strong> e o que não po<strong>de</strong>. Está tendo<br />
muito <strong>de</strong>bate sobre esse assunto”. Uma das<br />
gran<strong>de</strong>s confusões <strong>de</strong>ve ser a interpretação<br />
<strong>de</strong> como po<strong>de</strong>rá ser feito o contrato PJ com<br />
os publicitários, por exemplo. “Estamos<br />
“Po<strong>de</strong> haver uma<br />
instabilida<strong>de</strong> jurídica<br />
sem a convenção<br />
coletiva nesse momento<br />
tumultuado da nova<br />
lei trabalhista”<br />
aconselhando, por exemplo, para um salário<br />
abaixo <strong>de</strong> R$ 10 mil, que as agências não<br />
façam contrato PJ. Façam um contrato PJ<br />
para um nível <strong>de</strong> gerência para cima”.<br />
O objetivo é minimizar os problemas. Ele<br />
também alerta que não po<strong>de</strong> haver uma pejotização<br />
nas agências. “A lei não foi feita<br />
para isso. A lei foi feita para que as empresas<br />
e os profissionais consigam fazer contrato<br />
PJ por um período <strong>de</strong>terminado. Essas<br />
negociações só serão <strong>de</strong>finidas ou boas<br />
quando começar a ter um equilíbrio. Essas<br />
relações com contrato PJ têm <strong>de</strong> amadurecer<br />
para ser bom para os dois lados. Vai ser<br />
uma relação <strong>de</strong> negociação mesmo”, sugere<br />
o executivo.<br />
Para o sindicato patronal, a regra da contribuição<br />
sindical é <strong>de</strong> acordo com o capital<br />
social da empresa, sendo que o valor mínimo<br />
é R$ 215 por ano - no caso dos sindicatos<br />
dos empregados, o <strong>de</strong>sconto era feito por<br />
dias trabalhados. “Esse volume no estado<br />
<strong>de</strong> São Paulo, on<strong>de</strong> temos 8 mil agências,<br />
sendo que 6 mil pagam, porque parte <strong>de</strong>las<br />
é pelo simples, e simples não paga, dá<br />
uma sustentação ao sindicato em termos<br />
<strong>de</strong> estrutura, advogados trabalhistas, contábeis”,<br />
explica Godoy.<br />
“A Fenapro <strong>de</strong>senvolveu, junto com o<br />
Sinapro, uma campanha estruturada e enviamos<br />
automaticamente para todas as<br />
agências. Estamos fazendo esse trabalho e<br />
emitindo o boleto esta semana para pagamento<br />
em 31 <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong>, como sempre foi<br />
todos os anos. Nós vamos receber o bor<strong>de</strong>rô<br />
antes ou <strong>de</strong>pois do Carnaval para saber<br />
quais empresas pagaram ou não e como vai<br />
ser nossa vida em termos <strong>de</strong> orçamento”.<br />
Segundo ele, as 50 maiores agências do<br />
estado representam 76% da arrecadação.<br />
“Tenho 4 mil e poucas empresas que pagam<br />
a contribuição <strong>de</strong> R$ 215 e as outras 2<br />
Fernando Gardinal/Divulgação<br />
Dudu Godoy: “A nova lei está gerando muita confusão”<br />
mil pagam mais, sendo que a maior arrecadação<br />
vem das 50 maiores agências. Nas<br />
conversas que tivemos, a maioria não quer<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser sindicalizada. Po<strong>de</strong> haver uma<br />
instabilida<strong>de</strong> jurídica sem a convenção coletiva<br />
nesse momento tumultuado da nova<br />
lei trabalhista. Alguns juízes já estão dizendo<br />
que não vão respeitar a lei. Está sendo<br />
uma confusão e impacta todo o sistema<br />
porque a Fenapro <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das contribuições<br />
dos Sinapros. 15% da contribuição que<br />
o Sinapro recebe vai para a Fenapro e 5%<br />
para a confe<strong>de</strong>ração”.<br />
Godoy estima que o sindicato <strong>de</strong>ve per<strong>de</strong>r<br />
uns 30% <strong>de</strong> arrecadação. “Estou sendo<br />
otimista. Num cenário pessimista, <strong>de</strong>vemos<br />
per<strong>de</strong>r 70%. Mas acho que isso não vai<br />
ocorrer, porque seria um caos”.<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 9
partir da análise <strong>de</strong> bilhões <strong>de</strong> buscas<br />
A em mais <strong>de</strong> 170 milhões <strong>de</strong> imagens, a<br />
Shutterstock divulgou o Relatório <strong>de</strong> Tendências<br />
Criativas <strong>de</strong> <strong>2018</strong>. Os dados ajudam<br />
a i<strong>de</strong>ntificar informações relevantes colhidas<br />
em imagens, músicas e ví<strong>de</strong>os <strong>de</strong> 2017<br />
que <strong>de</strong>terminaram i<strong>de</strong>ias e conceitos que<br />
po<strong>de</strong>rão influenciar a criativida<strong>de</strong> no ano<br />
que se inicia.<br />
Nesta edição, o documento i<strong>de</strong>ntificou<br />
não apenas temas com maior relevância,<br />
como também uma lista com 20 tendências<br />
específicas por país. Além disso, o cenário<br />
do <strong>de</strong>sign também ganhou um guia com 11<br />
estilos.<br />
Entre as principais tendências para <strong>2018</strong>,<br />
Fantasia aparece como um conceito recorrente<br />
nas pesquisas, incluindo <strong>de</strong> animais<br />
místicos a paisagens, símbolos e elementos<br />
fantásticos. A busca pelo termo unicórnio<br />
cresceu 297%; e sereia, 145%; comparados<br />
a 2016. A música épica e orquestral também<br />
está crescendo em popularida<strong>de</strong>, trazenmercado<br />
Símbolos<br />
místicos e<br />
ficção científica<br />
são tendências<br />
para <strong>2018</strong><br />
Shutterstock analisou buscas em<br />
mais <strong>de</strong> 170 milhões <strong>de</strong> imagens<br />
para i<strong>de</strong>ntificar o que vai influenciar<br />
a publicida<strong>de</strong>, o cinema e a música<br />
“A busca pelo termo<br />
unicórnio cresceu 297%;<br />
e por sereia, 145%;<br />
comparados a 2016”<br />
do uma pitada <strong>de</strong> sobrenatural através dos<br />
profissionais <strong>de</strong> marketing e criativos.<br />
“É importante prestar atenção em Fantasia,<br />
especificamente, já que Game of Thrones<br />
vem dominando a cultura pop nos últimos<br />
anos e novos empreendimentos, como<br />
a série <strong>de</strong> TV O Senhor dos Anéis, recentemente<br />
anunciada, renovam o interesse por<br />
esse gênero antigo. As pesquisas estão aumentando<br />
para personagens <strong>de</strong> fantasia reconhecidos”,<br />
comenta Robyn Lange, curador<br />
da Shutterstock.<br />
Espaço, outra tendência <strong>de</strong>stacada, tem<br />
atraído as bilheterias <strong>de</strong> todo o mundo e<br />
a criativida<strong>de</strong> tem se apropriado da ficção<br />
científica. As buscas por “energia solar”<br />
aumentaram 991% e o interesse em astros<br />
cresceu 671%. A popularida<strong>de</strong> do som <strong>de</strong><br />
sintetizador <strong>de</strong> ficção científica aumentou<br />
494% em relação ao ano anterior.<br />
O interesse pela evolução do minimalismo<br />
para um visual mais mo<strong>de</strong>rno, chamado<br />
<strong>de</strong> Novo Minimalismo, também foi i<strong>de</strong>ntificado.<br />
A tendência se configura, além <strong>de</strong> linhas<br />
nítidas e limpas, com cores arrojadas,<br />
vibrantes e estilos fluidos. A procura por<br />
“linha contínua” aumentou 432% em relação<br />
a 2016. Já “círculo <strong>de</strong> neon” foi pesquisado<br />
387% a mais do que no ano anterior.<br />
De acordo com Lange, as tendências vão<br />
influenciar não apenas a publicida<strong>de</strong>, como<br />
também o cinema e a mídia em <strong>2018</strong>. Ele<br />
aponta a tendência Holográfico como um<br />
gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque.<br />
“Esse tema subiu acima <strong>de</strong> 435% nas<br />
pesquisas. É uma paleta <strong>de</strong> cores cintilantes<br />
e especificamente apontada como uma<br />
10 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
Fotos: Shutterstock/Divulgação<br />
no brasil, cão é o estilo<br />
i<strong>de</strong>ntificado pela<br />
pesquisa como <strong>de</strong>staque<br />
entre as buscas<br />
As sereias e os unicórnios fazem<br />
parte do tema Fantasia, que está<br />
entre as três maiores tendências<br />
apontadas pela pesquisa para<br />
o mercado criativo<br />
tendência a se observar, pois funciona em<br />
vários níveis - <strong>de</strong> cultura alta ou baixa, antiga<br />
ou nova, divertida ou séria - e sempre<br />
é bonita quando aplicada. Sugerimos ficar<br />
<strong>de</strong> olho nesse estilo ao longo do ano para<br />
ver como ele <strong>de</strong>sempenha um papel nas<br />
campanhas da marca em todo o mundo”,<br />
afirma.<br />
A Shutterstock também divulgou uma<br />
lista <strong>de</strong> tendências por país. No Brasil, Cão<br />
é o estilo i<strong>de</strong>ntificado pela pesquisa como<br />
<strong>de</strong>staque entre as buscas. As outras são<br />
Fãs <strong>de</strong> jazz (Argentina); Curvas matemáticas<br />
(Austrália); Vintage (Canadá); Cactos<br />
(Egito); Histórias em quadrinho (França);<br />
Valores familiares (Alemanha); Nebula (Índia);<br />
Outonal (Itália); Círculo rosa (Japão);<br />
Bordados florais (Coreia do Sul); Design em<br />
loop (Malásia); Jazz (México); O Cosmos<br />
(Polônia); Mármore (Rússia); Criptomoeda<br />
(África do Sul); Antiguida<strong>de</strong>s (Espanha);<br />
Grunge (Turquia); Terraço (Reino Unido); e<br />
O Phyllomedusa sauvagii (Estados Unidos).<br />
“Em seu sétimo ano, nosso Relatório <strong>de</strong><br />
Tendências Criativas inspira profissionais<br />
criativos em todo o mundo, pois apontam<br />
tendências para o planejamento criativo<br />
do próximo ano”, disse Lange. “Nosso relatório<br />
<strong>de</strong> 2017 foi particularmente preciso<br />
em suas previsões, i<strong>de</strong>ntificando tendências<br />
como Estática no começo. Ao longo<br />
do ano, observamos como o estilo cresceu,<br />
se <strong>de</strong>senvolveu e prosperou em gran<strong>de</strong>s<br />
campanhas para marcas em todo o mundo.<br />
Estamos ansiosos para ver as tendências<br />
<strong>de</strong> <strong>2018</strong> florescerem da mesma maneira”,<br />
completa o profissional.<br />
O tema Espaço tem ganhado<br />
as bilheterias com ficção<br />
científica e a criativida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ve se apropriar disso<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 11
mercado<br />
VictorHuang/iStock<br />
Com a perspectiva <strong>de</strong> crescimento gradual da economia e renda, juros menores e inflação controlada, espera-se uma retomada sustentável da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> crédito<br />
Números indicam retomada<br />
do consumo neste ano<br />
Cenário para as companhias em <strong>2018</strong> é bastante otimista, <strong>de</strong> acordo<br />
com análise realizada pela empresa <strong>de</strong> crédito Boa Vista SCPC<br />
Felipe Turlão<br />
Especial para o PROPMARK<br />
mercado publicitário trabalha com o<br />
O cenário <strong>de</strong> que o pior já passou, mas<br />
notícias como a diminuição da nota <strong>de</strong> crédito<br />
do Brasil <strong>de</strong> “B” para “BB-”, <strong>de</strong> acordo<br />
com a Standard & Poor’s, ainda causam<br />
aflição a executivos e empreen<strong>de</strong>dores<br />
do setor. Consultada pela reportagem do<br />
PROPMARK, a empresa <strong>de</strong> informação <strong>de</strong><br />
crédito Boa Vista SCPC traz boas notícias<br />
em relação à retomada do consumo e avalia<br />
como “bastante otimista” o cenário<br />
para as companhias este ano.<br />
Dados divulgados pela empresa na semana<br />
passada indicam que o índice <strong>de</strong><br />
inadimplência do consumidor caiu 3,5%<br />
em 2017. Se consi<strong>de</strong>rado apenas o mês <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2017, a queda foi <strong>de</strong> 6% na<br />
comparação com o mesmo mês <strong>de</strong> 2016.<br />
Outro indicador importante é o <strong>de</strong> recuperação<br />
<strong>de</strong> crédito (quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exclusão<br />
<strong>de</strong> inadimplentes na base <strong>de</strong> cadastros<br />
da Boa Vista SCPC). Em <strong>de</strong>zembro do ano<br />
passado, houve alta <strong>de</strong> 11% nesse índice na<br />
comparação com 2016.<br />
Na prática, após o pico <strong>de</strong> inadimplência<br />
<strong>de</strong>pois da crise <strong>de</strong> 2015 e 2016, as famílias<br />
se tornaram mais cautelosas no consumo<br />
no ano passado. A partir <strong>de</strong> <strong>2018</strong>,<br />
no entanto, a projeção é <strong>de</strong> crescimento<br />
mais sustentável, ou seja, sem aumento<br />
<strong>de</strong> inadimplentes. “Com a perspectiva <strong>de</strong><br />
“dá para afirmar que<br />
a responsabilida<strong>de</strong><br />
no uso do crédito já<br />
é um fato em nossa<br />
economia”<br />
12 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
crescimento gradual da economia e renda,<br />
juros menores e inflação controlada,<br />
espera-se uma retomada sustentável da<br />
<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> crédito, expandindo a renda<br />
disponível das famílias, fatores que <strong>de</strong>verão<br />
colaborar para a manutenção <strong>de</strong> um<br />
ritmo estável do estoque <strong>de</strong> inadimplência<br />
em 2017”, afirma Flávio Calife, economista<br />
da Boa Vista SCPC.<br />
A volta do consumo, aliada à melhoria<br />
<strong>de</strong> indicadores econômicos, impacta imediatamente<br />
no cenário em que as empresas<br />
navegam. “Revertida a situação, com<br />
pessoas retomando consumo, as empresas<br />
já começam a presenciar melhoria <strong>de</strong><br />
receitas e garantias, entre outros fatores.<br />
Além <strong>de</strong> uma perspectiva muito mais favorável<br />
<strong>de</strong> juros e inflação que, juntos,<br />
contribuem para diminuição dos riscos <strong>de</strong><br />
mercado. O cenário para <strong>2018</strong> no caso das<br />
empresas é bastante otimista”, analisa o<br />
profissional.<br />
Embora haja bastante burburinho em<br />
relação a eventos como Copa do Mundo<br />
e eleições, Calife é reticente sobre o real<br />
impacto <strong>de</strong>ssas situações para o crédito às<br />
pessoas e, consequentemente, para a movimentação<br />
da economia do Brasil. “Apesar<br />
<strong>de</strong> observamos um aumento <strong>de</strong> consumo<br />
durante esses eventos, o histórico não<br />
“Após o choque dos<br />
últimos anos, os<br />
indicadores da Boa Vista<br />
SCPC apontam que os<br />
próximos 12 meses<br />
trarão mais dinheiro<br />
para o crédito”<br />
nos permite afirmar que no mercado <strong>de</strong><br />
crédito existam <strong>de</strong>scompassos, como excesso<br />
<strong>de</strong> oferta ou <strong>de</strong> consumo por exemplo”,<br />
argumenta.<br />
Lições <strong>de</strong> 2012<br />
Embora o auge da crise <strong>de</strong> consumo, que<br />
tanto impactou as empresas e o mercado<br />
publicitário, tenha sido entre 2015 e 2017,<br />
é <strong>de</strong> 2012 que vêm as principais lições para<br />
uma nova fase <strong>de</strong> crescimento do país. Naquele<br />
ano, ocorreu o último gran<strong>de</strong> ciclo <strong>de</strong><br />
inadimplência do Brasil, ocasionado pelo<br />
excesso <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> crédito em apenas<br />
um setor: automobilístico. As vendas, na<br />
época, dispararam, mas a inadimplência<br />
acompanhou esse movimento. “Os conce<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong> crédito rapidamente alteraram<br />
o mix <strong>de</strong> suas carteiras, ofertando crédito<br />
em linhas mais seguras, como consignado<br />
e imobiliário. Dessa forma, juntando o histórico<br />
<strong>de</strong> cautela recente do consumidor e<br />
o aprendizado dos ofertantes em 2012, dá<br />
para afirmar que a responsabilida<strong>de</strong> no<br />
uso do crédito já é um fato em nossa economia”,<br />
avalia.<br />
Assim, em linhas gerais, a <strong>de</strong>manda por<br />
crédito havia caído 10% ao fim <strong>de</strong> 2016 na<br />
comparação com o ano anterior, e ainda fecha<br />
2017 com queda <strong>de</strong> 1,4% (consi<strong>de</strong>rando<br />
o acumulado <strong>de</strong> 12 meses até novembro,<br />
o dado mais atual). Mas vai retomar<br />
níveis positivos já nos primeiros meses <strong>de</strong><br />
<strong>2018</strong>. Após o choque dos últimos anos, os<br />
indicadores da Boa Vista SCPC apontam<br />
que os próximos 12 meses trarão mais dinheiro<br />
para o crédito, o que certamente<br />
se reverterá em ampliação do consumo,<br />
aumento das receitas das empresas e das<br />
verbas publicitárias, fechando um ciclo<br />
positivo que é o sonho <strong>de</strong> <strong>de</strong>z em cada <strong>de</strong>z<br />
executivos do mercado.<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 13
mercado<br />
Kantar revela as <strong>de</strong>z<br />
principais tendências<br />
em mídias sociais<br />
Fim da era do "vale-tudo" no segmento, com<br />
a busca por maior privacida<strong>de</strong>, está entre<br />
os itens <strong>de</strong>stacados pelo estudo do instituto<br />
Claudia Penteado<br />
Maturida<strong>de</strong> e consolidação<br />
do panorama tecnológico/<br />
digital parecem ser tendências<br />
claras, <strong>de</strong> acordo com a nova<br />
edição da pesquisa da Kantar<br />
Media, As tendências das mídias<br />
sociais para <strong>2018</strong>. Anualmente,<br />
a empresa pesquisa<br />
e divulga as <strong>de</strong>z principais<br />
tendências relativas às mídias<br />
sociais, termo que, segundo<br />
o relatório, não dá mais conta<br />
da grandiosida<strong>de</strong> das re<strong>de</strong>s<br />
sociais. “As re<strong>de</strong>s sociais mudaram<br />
tanto que hoje é difícil<br />
limitá-las a termos como social<br />
ou mídia. Digital também é<br />
uma <strong>de</strong>finição simples <strong>de</strong>mais,<br />
já que os ‘pure players’ têm cada<br />
vez mais criativida<strong>de</strong> para<br />
irem além do ambiente digital,<br />
ganhando espaço no ambiente<br />
físico”, diz o relatório.<br />
A primeira tendência, segundo<br />
o estudo, é a evolução do<br />
conteúdo e por isso as marcas<br />
precisam aprimorar suas estratégias<br />
<strong>de</strong> conteúdo - antes <strong>de</strong> se<br />
preocuparem com a evolução<br />
tecnológica e as possibilida<strong>de</strong>s<br />
infinitas da realida<strong>de</strong> aumentada,<br />
da realida<strong>de</strong> virtual e da<br />
internet das coisas. A evolução<br />
dos assistentes inteligentes por<br />
voz (Amazon Echo e Google<br />
Home) é um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio<br />
para o marketing <strong>de</strong> conteúdo.<br />
Bret Kinsella, fundador e editor<br />
<strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> voz da VoiceBot,<br />
afirma que se uma marca<br />
não estiver nas plataformas<br />
<strong>de</strong> voz, estará literalmente em<br />
silêncio, quieta, quando um<br />
cliente quiser interagir com ela.<br />
Será interessante ver como as<br />
marcas vão lidar com essas plataformas.<br />
A segunda tendência é, ainda,<br />
o crescimento da inteligên-<br />
cia artificial. As máquinas se<br />
tornam mais capazes: po<strong>de</strong>m<br />
reconhecer rostos e emoções,<br />
se expressar e enten<strong>de</strong>r o contexto<br />
<strong>de</strong> situações. IA caminha<br />
para se tornar commodity nas<br />
nossas vidas, e os gran<strong>de</strong>s comandantes<br />
<strong>de</strong>sse processo são<br />
Amazon, Facebook, Google,<br />
Apple, Microsoft e IBM. As duas<br />
primeiras, ao que tudo indica,<br />
se manterão como os dois principais<br />
titãs <strong>de</strong>ssa batalha.<br />
A terceira tendência é a chamada<br />
realida<strong>de</strong> alterada - que<br />
inclui a realida<strong>de</strong> aumentada,<br />
a virtual, ou a chamada mixed<br />
reality. A sua adoção exige um<br />
ponto <strong>de</strong> virada que ainda não<br />
foi alcançado e não se sabe exatamente<br />
se <strong>2018</strong> será este ano,<br />
mas há empresas investindo<br />
forte em projetos como por<br />
exemplo a Apple, com o seu<br />
ARKit, a gran<strong>de</strong> aposta da empresas<br />
para levar a AR ao gran<strong>de</strong><br />
público. O Facebook formou<br />
uma equipe <strong>de</strong> VR que trabalha<br />
em parceria com a Samsung em<br />
tecnologia <strong>de</strong> VR móvel. E por<br />
aí vai.<br />
A quarta tendência apontada<br />
pelo relatório da Kantar<br />
envolve o formato ví<strong>de</strong>o e a<br />
intenção dos players <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s<br />
sociais planejarem montar as<br />
próprias programações <strong>de</strong> conteúdo<br />
em ví<strong>de</strong>o. Facebook,<br />
Twitter e SnapChat planejam<br />
seguir algo entre o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
TV comercial, o streaming e<br />
serviços <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o on <strong>de</strong>mand<br />
como Netflix. Também são populares<br />
mo<strong>de</strong>los como o Acfun<br />
e o Bilibili, muito conhecidos<br />
na China, que incluem a exibição<br />
<strong>de</strong> comentários em tempo<br />
real na tela. O Amazon Prime<br />
Vi<strong>de</strong>o já faz sucesso, e o que as<br />
marcas têm a ver com isso é que<br />
nascem novos slots e formatos<br />
Digital também<br />
é uma <strong>de</strong>finição<br />
simples <strong>de</strong>mais,<br />
já que os ‘pure<br />
players’ têm<br />
cada vez mais<br />
criativida<strong>de</strong><br />
para irem além<br />
para a publicida<strong>de</strong>, ou mesmo a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>las próprias se<br />
tornarem produtoras <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o e<br />
realizarem parcerias para gerar<br />
conteúdo original.<br />
Em quinto lugar entre as tendências<br />
está a publicida<strong>de</strong> em<br />
mídias sociais e a sua capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> inspirar novas experiências<br />
com anúncios: campanhas<br />
mais contextuais e personalizadas,<br />
novos formatos como<br />
o anúncio carrossel, ou ainda<br />
possibilida<strong>de</strong>s mais amplas <strong>de</strong><br />
narrativas <strong>de</strong> marcas que combinam<br />
ví<strong>de</strong>os, imagens, texto e<br />
uma call to action. Sim, players<br />
como o SnapChat estão atentos<br />
e oferecendo novas possibilida<strong>de</strong>s,<br />
e tudo indica que o futuro<br />
será bastante promissor.<br />
A sexta tendência mantém a<br />
majesta<strong>de</strong> dos influenciadores<br />
nas estratégias <strong>de</strong> marketing.<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> usar os influencers<br />
<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser apenas uma<br />
Kantar revela as <strong>de</strong>z principais tendências relativas às m<br />
opção, mas se tornou essencial<br />
para as marcas. Hoje há programas<br />
mais duradouros entre<br />
marcas e influenciadores, que<br />
se tornam embaixadores <strong>de</strong><br />
longo prazo com maior credibilida<strong>de</strong>.<br />
A sétima tendência são os<br />
novos formatos interativos.<br />
As marcas precisam ficar cada<br />
vez mais atentas ao ví<strong>de</strong>o, pois<br />
há indícios <strong>de</strong> que o Facebook<br />
po<strong>de</strong>, futuramente, se tornar<br />
“all vi<strong>de</strong>o”. Além disso, os<br />
home assistants digitais como<br />
Amazon Echo e Google Home,<br />
além <strong>de</strong> carros inteligentes, estão<br />
aí para mostrar que há muitas<br />
possibilida<strong>de</strong>s envolvendo<br />
áudio para as marcas. Há novida<strong>de</strong>s<br />
em formatos <strong>de</strong> gifs, com<br />
efeitos 3D, com a chamada fotografia<br />
viva, e por aí vai.<br />
Em oitavo lugar está a briga,<br />
mais viva do que nunca, da<br />
geração Z, <strong>de</strong> ter privacida<strong>de</strong>.<br />
14 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
PeopleImages/iStock<br />
ídias sociais, termo que, segundo o relatório, não dá mais conta da grandiosida<strong>de</strong> das re<strong>de</strong>s sociais, que “mudaram tanto que hoje é difícil limitá-las a termos como social ou mídia”<br />
O céu parece<br />
ser o limite na<br />
experiência<br />
<strong>de</strong> consumir<br />
conteúdo e o<br />
compartilhamento<br />
<strong>de</strong> plataformas<br />
parece ser<br />
positivo<br />
Nunca houve tanto <strong>de</strong>sejo pela<br />
proteção <strong>de</strong> dados, e para isso<br />
vale tudo: contas protegidas<br />
e outras fake só para pessoas<br />
menos conhecidas, ou mesmo<br />
o uso <strong>de</strong> aplicativos que garantem<br />
anonimato ou maior<br />
privacida<strong>de</strong> como Vaulty ou<br />
Anonyfish. Tijma Shep, pesquisador<br />
holandês, afirma que<br />
uma nova doença dos tempos<br />
mo<strong>de</strong>rnos po<strong>de</strong> ser a chamada<br />
“frieza social”, caracterizada<br />
pela preocupação exagerada<br />
com o que se publica ou curte<br />
em re<strong>de</strong>s sociais. Especula que<br />
no mundo on<strong>de</strong> os algoritmos<br />
monitoram tudo o que fazemos<br />
e nossas ações são registradas<br />
<strong>de</strong> maneira permanente, po<strong>de</strong>mos<br />
acabar mergulhados em<br />
excesso <strong>de</strong> autocensura, conformismo,<br />
aversão ao risco e<br />
“rigi<strong>de</strong>z social”. Alguma semelhança<br />
com episódios <strong>de</strong> Black<br />
Mirror não é mera coincidência,<br />
claro. O fato é que mais e<br />
mais pessoas estão tensas com<br />
o permanente monitoramento<br />
e os playes já criam opções <strong>de</strong><br />
reduzi-lo. Em maio entra em<br />
vigor a Regulação Geral <strong>de</strong> Proteção<br />
<strong>de</strong> Dados da União Europeia<br />
e outras ações andam em<br />
andamento pelo mundo. Marcas<br />
e suas estratégias <strong>de</strong> CRM<br />
<strong>de</strong>vem ficar atentas!<br />
Em nono lugar nas tendências<br />
está o Fake News e a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> proteger as marcas<br />
<strong>de</strong>sse “lado obscuro” da internet.<br />
O investimento em tecnologias<br />
que previnam e combatam<br />
as notícias falsas nunca<br />
foi tão importante. Mais e mais<br />
programas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> mídia serão vistos na<br />
web - e todos terão <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rir se<br />
quiserem continuar atraindo as<br />
marcas.<br />
A China é a décima tendência<br />
no relatório da Kantar, por<br />
se tratar <strong>de</strong> um exemplo perfeito<br />
<strong>de</strong> convergência das mídias<br />
sociais, que vive sua era <strong>de</strong><br />
ouro por lá. Plataformas chinesas<br />
como Weibo, WeChat e QQ<br />
estão aperfeiçoando a união entre<br />
comércio social, móvel e o<br />
chamado pan-entretenimento,<br />
se integrando cada vez mais.<br />
Varejistas como Gap e Coach<br />
associaram seus programas <strong>de</strong><br />
fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> ao aplicativo We-<br />
Chat, por exemplo, e gerenciam<br />
engajamento e relacionamento<br />
com clientes na própria plataforma.<br />
O céu parece ser o limite<br />
na experiência <strong>de</strong> consumir<br />
conteúdo e o compartilhamento<br />
<strong>de</strong> plataformas parece ser<br />
positivo tanto para os players<br />
quanto para os usuários. No<br />
Oci<strong>de</strong>nte, no entanto, ainda há<br />
uma abordagem mais in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
e menos integrada dos<br />
aplicativos e plataformas, ainda<br />
a alguns anos-luz dos chineses.<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 15
mídia<br />
Globo divulga produções em feira<br />
para distribuidores, em Miami<br />
Braço internacional da emissora reúne programadores <strong>de</strong> TV, no Natpe,<br />
para mostrar investimento da empresa em conteúdo multiplataforma<br />
Para apresentar as novida<strong>de</strong>s<br />
da emissora ao mercado<br />
internacional, a Globo reuniu<br />
mais <strong>de</strong> 200 programadores <strong>de</strong><br />
TV e jornalistas, no último dia<br />
16, na feira para produtores e<br />
distribuidores <strong>de</strong> conteúdo Natpe,<br />
que foi realizada em Miami.<br />
“Nos Estúdios Globo, somos<br />
um cal<strong>de</strong>irão <strong>de</strong> talentos que<br />
trabalha junto, em uma constante<br />
busca por diversida<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong><br />
e inovação. E se hoje, no<br />
Brasil, a Globo fala com mais <strong>de</strong><br />
100 milhões <strong>de</strong> pessoas, replicamos<br />
esse alcance ainda mais<br />
através da programação <strong>de</strong> cada<br />
um <strong>de</strong> vocês”, <strong>de</strong>staca Raphael<br />
Corrêa Netto, diretor-executivo<br />
<strong>de</strong> negócios internacionais da<br />
Globo, durante o evento.<br />
Entre as produções <strong>de</strong>ste ano,<br />
estão novelas, séries, superséries<br />
e filmes que mostram o investimento<br />
da empresa em criação,<br />
produção e distribuição <strong>de</strong><br />
conteúdo multiplataforma.<br />
A Força do Querer, exibida no<br />
Brasil no ano passado, é uma<br />
das apostas do catálogo <strong>de</strong> <strong>2018</strong>,<br />
além <strong>de</strong> O Outro Lado do Paraíso<br />
e Deus Salve o Rei, ambas no ar<br />
atualmente no Brasil.<br />
A Globo ainda aposta nas<br />
séries Sob Pressão, coprodução<br />
com a Conspiração Filmes;<br />
Carcereiros, coproduzida com a<br />
Gullane Filmes e a Spray Filmes;<br />
A Fórmula e Os Experientes.<br />
O braço <strong>de</strong> longa-metragens<br />
do grupo, a Globo Filmes, apresentou<br />
os cinco filmes que <strong>de</strong>vem<br />
se <strong>de</strong>stacar neste ano: Ferrugem,<br />
Tungstênio, A Glória e a<br />
Graça, Sequestro Relâmpago e<br />
Morto Não Fala.<br />
De acordo com o veículo, as<br />
produções da Globo já conquistaram<br />
16 Emmys e audiências<br />
<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 170 países, com o licenciamento<br />
<strong>de</strong> conteúdo e coproduções<br />
internacionais.<br />
SBT conquista sete patrocinadores<br />
para exibir Carnaval <strong>de</strong> Salvador<br />
Colgate, Buscofem, Carrefour, Universida<strong>de</strong> Anhanguera e Havaianas<br />
têm as cotas másteres; Ministério dos Transportes e Dolly, as locais<br />
SBT é a emissora oficial do<br />
O Carnaval <strong>de</strong> Salvador <strong>2018</strong>,<br />
transmitido para todo o Brasil<br />
no SBT Folia <strong>2018</strong>, a partir da<br />
sexta-feira (9) até a terça-feira<br />
(13). O programa já teve as cotas<br />
<strong>de</strong> patrocínio comercializadas.<br />
São cinco anunciantes másteres:<br />
Colgate, Buscofem, Carrefour,<br />
Universida<strong>de</strong> Anhanguera<br />
e Havaianas, além <strong>de</strong> dois<br />
locais: Ministério dos Transportes<br />
e refrigerantes Dolly.<br />
A festa terá cinco noites consecutivas<br />
<strong>de</strong> transmissão, realizada<br />
a partir do estúdio exclusivo<br />
do SBT no Circuito Barra/<br />
Ondina.<br />
O SBT Folia <strong>2018</strong> será coman-<br />
Tiago Barnabé, como Narcisa, Nadja Haddad, Léo Sampaio e Hellen Ganzarolli<br />
Raphael Corrêa Netto, diretor-executivo <strong>de</strong> negócios internacionais da Globo<br />
Divulgação<br />
Divulgação<br />
dado pelos apresentadores Helen<br />
Ganzarolli, Nadja Haddad e<br />
Léo Sampaio, que é da TV Aratu<br />
e especialista na folia baiana. A<br />
transmissão ainda conta com a<br />
participação especial <strong>de</strong> Tiago<br />
Barnabé, que interpreta personagens<br />
como Narcisa e Ivete,<br />
no programa Eliana.<br />
O espectador também po<strong>de</strong>rá<br />
acompanhar os melhores<br />
momentos da folia em Salvador<br />
e os bastidores da festa online<br />
pelo site www.sbt.com.br/<br />
sbtfolia ou nas páginas oficiais<br />
do SBT Folia no Twitter e no Facebook.<br />
Esta é a oitava vez que<br />
a emissora é parceira oficial do<br />
Carnaval <strong>de</strong> Salvador.<br />
16 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
digital<br />
Google faz Black Friday da Educação<br />
em semana <strong>de</strong> resultados do Enem<br />
Esquema <strong>de</strong> guerrilha inclui war rooms para cada uma das universida<strong>de</strong>s<br />
atendidas, com assessoria para analisar as estratégias em tempo real<br />
CLAUDIA PENTEADO<br />
Na semana passada, entre os<br />
dias 18 e 20, ocorreu mais<br />
uma edição do Black Friday da<br />
Educação, o período que suce<strong>de</strong><br />
a divulgação dos resultados<br />
do Enem e, portanto, a última<br />
oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> as universida<strong>de</strong>s<br />
privadas do Brasil conquistarem<br />
alunos que não entraram<br />
para as públicas ou que não haviam<br />
feito suas escolhas com<br />
antecedência. Com a divulgação<br />
dos resultados da prova, as<br />
faculda<strong>de</strong>s privadas partiram<br />
para suas estratégias digitais.<br />
O Google percebeu o potencial<br />
<strong>de</strong>ste segmento e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2016, monta uma equipe especializada,<br />
que assessora clientes<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do ano, mais<br />
precisamente em abril. É o início<br />
da jornada do estudante e<br />
quando as instituições costumam<br />
lançar suas estratégias <strong>de</strong><br />
comunicação das mais diversas<br />
maneiras para entrar no radar<br />
dos alunos.<br />
Vicente Carrari, gerente <strong>de</strong><br />
negócios para educação e governo<br />
do Google Brasil, afirma<br />
que, para que a captação após<br />
os resultados do Enem seja<br />
mais assertiva, a estratégia <strong>de</strong><br />
comunicação se adapta <strong>de</strong> acordo<br />
com as fases do aluno. Ao<br />
longo do ano, a estratégia dos<br />
players <strong>de</strong> educação é criada e<br />
executada a várias mãos, com<br />
forte influência das agências <strong>de</strong><br />
publicida<strong>de</strong> dos clientes. “No<br />
início, alunos estão criando ciência<br />
do que querem estudar e<br />
qual a melhor opção <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong>.<br />
Após o dia do resultado<br />
do Enem, com os estudantes<br />
já em fase <strong>de</strong> final <strong>de</strong> funil <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisão, há uma concorrência<br />
bastante acirrada pelo alunos<br />
em potencial”, diz.<br />
O Google montou um verda<strong>de</strong>iro<br />
esquema <strong>de</strong> guerrilha<br />
para cerca <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong><br />
clientes: cada um <strong>de</strong>les ganhou,<br />
nos dias <strong>de</strong> Black Friday<br />
da Educação, uma sala especial,<br />
<strong>de</strong>nominada war room,<br />
Mariana Pasqualetti e Vicente Carrari, do Google: esquema <strong>de</strong> guerrilha na Black Friday da Educação<br />
com assessoria em tempo real<br />
para suas estratégias, inclusive<br />
com engenheiros <strong>de</strong> plantão<br />
para qualquer eventualida<strong>de</strong><br />
mais complexa. Qualquer falha,<br />
como por exemplo uma página<br />
<strong>de</strong> universida<strong>de</strong> que saia do ar<br />
por algumas horas, po<strong>de</strong> <strong>de</strong>struir<br />
toda uma estratégia, em<br />
geral iniciada no início do ano,<br />
e comprometer cinco anos do<br />
negócio.<br />
“Os dados obtidos no início<br />
da jornada do aluno pela faculda<strong>de</strong><br />
são utilizados para impactá-los<br />
novamente no momento<br />
mais próximo da conversão.<br />
Isso é possível através do machine<br />
learning, cujo aprendizado<br />
coletado por toda a jornada<br />
possibilita uma melhor perfomance,<br />
mapeando a intenção<br />
do usuário. Também po<strong>de</strong> ser<br />
utilizado para reter a intenção<br />
do público, por exemplo alguém<br />
que pesquisou pela modalida<strong>de</strong><br />
presencial, mas, por<br />
alguma razão, mudou <strong>de</strong> planos<br />
e quer a modalida<strong>de</strong> EAD”,<br />
explica Vicente.<br />
Buscas<br />
A web se tornou a ferramenta<br />
principal dos jovens para não<br />
só estudar para o Enem, buscar<br />
informações sobre profissões<br />
como também conhecer opções<br />
<strong>de</strong> cursos e universida<strong>de</strong>s e<br />
pesquisar experiências <strong>de</strong> alunos,<br />
por exemplo. As buscas no<br />
Google por Enem cresceram, no<br />
ano passado, 8% e no YouTube,<br />
56%. O Enem foi o terceiro<br />
termo mais buscado no Google<br />
em 2017.<br />
Mariana Pasqualetti, lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
inteligência <strong>de</strong> mercado para<br />
educação e governo do Google<br />
Brasil, afirma que o mercado se<br />
expandiu consi<strong>de</strong>ravelmente<br />
no Brasil a partir <strong>de</strong> uma espécie<br />
<strong>de</strong> popularização do acesso<br />
ao ensino superior privado. Isso<br />
mudou o mercado, no qual as<br />
escolhas ocorriam, <strong>de</strong> fato, <strong>de</strong><br />
maneira mais estruturada no<br />
Divulgação<br />
passado, para escolhas <strong>de</strong> última<br />
hora, em que os benefícios<br />
financeiros acabam tendo um<br />
papel importante. Nisso tudo<br />
ainda pesa, naturalmente, o<br />
elemento cultural do brasileiro,<br />
que tem o “comportamento <strong>de</strong><br />
última hora”, como <strong>de</strong>fine Mariana,<br />
e o hábito <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong>cisões<br />
importantes para o último<br />
minuto.<br />
Entre os anunciantes que<br />
aproveitaram a data, a maior<br />
empresa <strong>de</strong> financiamento<br />
estudantil privado do Brasil<br />
divulgou sua linha <strong>de</strong> crédito<br />
educacional PraValer, com<br />
forte campanha assinada pela<br />
agência CL/AG. Estrelada pela<br />
atriz Fernanda Souza, a campanha<br />
com o slogan Vai Estudar e<br />
a hashtag VaiEstudar entrou no<br />
ar nas plataformas online e na<br />
mídia Out of Home, oferecendo<br />
seu produto aos estudantes que<br />
não foram beneficiados pelo<br />
Fundo <strong>de</strong> Financiamento Estudantil<br />
<strong>2018</strong>.<br />
18 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
digital<br />
“Brand safety<br />
é priorida<strong>de</strong><br />
para o Twitter”<br />
No Twitter há quase cinco anos, Stephanie<br />
Prager acaba <strong>de</strong> assumir como diretora<br />
global <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> agências, após<br />
exercer a função para os Estados Unidos. Ela<br />
será responsável por gerenciar as parcerias com grupos<br />
globais como WPP, Omnicom, Publicis, Interpublic<br />
Group e Dentsu Aegis Network. Nesta entrevista,<br />
a executiva explica a fase <strong>de</strong> transição para o novo<br />
<strong>de</strong>safio e como o Twitter preten<strong>de</strong> trabalhar<br />
ao redor do mundo para garantir brand safety – uma<br />
das maiores preocupações das empresas e questão<br />
que figura entre as priorida<strong>de</strong>s da plataforma.<br />
Veja a seguir os principais trechos da entrevista.<br />
Divulgação<br />
JÉSSICA OLIVEIRA<br />
CONVITE<br />
Como lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> agências nos Estados<br />
Unidos, trabalhei próxima<br />
a executivos <strong>de</strong>ssas empresas<br />
para prospectar, manter e <strong>de</strong>senvolver<br />
o relacionamento<br />
das agências com o Twitter.<br />
Fiquei entusiasmada com a<br />
chance <strong>de</strong> assumir um papel<br />
global e expandir nossos<br />
relacionamentos em todo o<br />
mundo. Sou grata por minha<br />
experiência na li<strong>de</strong>rança<br />
da equipe <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> agências dos EUA,<br />
já que muito do que fizemos<br />
por lá po<strong>de</strong> ser escalável e bem-<br />
-sucedido em outros mercados.<br />
Passar para a li<strong>de</strong>rança global<br />
parece um próximo passo natural.<br />
Muitos projetos e inovações<br />
po<strong>de</strong>m ganhar escala e alcançar<br />
o mesmo sucesso e nível <strong>de</strong> aceleração<br />
em outros mercados.<br />
MUDANÇAS NA ESTRUTURA<br />
Tenho a sorte <strong>de</strong> ter uma<br />
equipe forte para apoiar nossos<br />
clientes em todo o mundo. Vou<br />
supervisionar os times responsáveis<br />
pelos gran<strong>de</strong>s grupos<br />
<strong>de</strong> agências globalmente, além<br />
dos executivos específicos dos<br />
Estados Unidos que gerenciam<br />
parcerias locais.<br />
ESTREITAR RELAÇÕES<br />
Sempre tivemos relacionamentos<br />
excepcionais com<br />
nossos parceiros <strong>de</strong> agências,<br />
mas eu gostaria <strong>de</strong> aprofundá-<br />
-los ainda mais. Buscamos as<br />
melhores oportunida<strong>de</strong>s para<br />
ampliar o nosso escopo <strong>de</strong> trabalho<br />
com os clientes a partir<br />
<strong>de</strong> parcerias e produtos inovadores,<br />
que aju<strong>de</strong>m a oferecer<br />
um valor único. Pensamos em<br />
ferramentas e estratégias específicas<br />
que o Twitter po<strong>de</strong><br />
oferecer para resolver os <strong>de</strong>safios<br />
dos clientes. Isso nos leva a<br />
uma inovação incrível.<br />
algumas FERRAMENTAS<br />
A partir <strong>de</strong> uma pesquisa<br />
com nossos parceiros <strong>de</strong> agências<br />
em 2017, <strong>de</strong>scobrimos<br />
que a ativida<strong>de</strong> preferida dos<br />
fãs durante o March Madness<br />
(torneio eliminatório <strong>de</strong> times<br />
universitários <strong>de</strong> basquete dos<br />
EUA) é participar do chamado<br />
“bolão”. Com a Wendy’s, criamos<br />
uma tabela com palpites<br />
<strong>de</strong> March Madness que podia<br />
ser preenchida por meio <strong>de</strong><br />
mensagens diretas, elaborada<br />
tanto para quem gosta <strong>de</strong> esportes<br />
como para quem não<br />
gosta. As pessoas abraçaram a<br />
ação como parte da celebração<br />
do March Madness no Twitter e<br />
foi um enorme sucesso.<br />
SOLUÇÕES PARA BRAND SAFETY<br />
A segurança <strong>de</strong> marca foi<br />
uma gran<strong>de</strong> questão em 2017<br />
e continuará em <strong>2018</strong>. Como o<br />
consumo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o segue crescendo<br />
na plataforma, e nós<br />
Stephanie Prager: “Gostaria <strong>de</strong> aprofundar ainda mais o relacionamentos com agências”<br />
“utilizamos<br />
tecnologia,<br />
pessoas e<br />
controles <strong>de</strong><br />
serviço para<br />
garantir um<br />
ambiente seguro<br />
para as marcas”<br />
continuamos a expandir nossas<br />
ofertas <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o, vemos<br />
isso como uma oportunida<strong>de</strong>.<br />
Brand safety é fundamental<br />
para o sucesso <strong>de</strong> nossos clientes,<br />
e é uma priorida<strong>de</strong> para o<br />
Twitter. Utilizamos uma série<br />
<strong>de</strong> medidas diferentes, como<br />
tecnologia (filtros algorítmicos<br />
visuais e baseados em texto),<br />
pessoas e controles <strong>de</strong> serviço<br />
para garantir um ambiente<br />
seguro para as marcas. Investimos<br />
continuamente nessas<br />
áreas para manter produtos e<br />
processos atualizados. O objetivo<br />
é resolver as necessida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> negócios com as soluções<br />
do Twitter. Embora as ofertas<br />
possam variar <strong>de</strong> mercado para<br />
mercado, a missão é a mesma.<br />
APLICAÇÃO GLOBAL<br />
Temos sorte <strong>de</strong> ter pessoas<br />
que usam o Twitter no mundo<br />
todo, com equipes locais para<br />
apoiá-las. Muitas inovações <strong>de</strong><br />
produtos começam nos Estados<br />
Unidos e, quando se expan<strong>de</strong>m<br />
para novos mercados, já<br />
há aprendizados que tivemos<br />
nos lançamentos e campanhas<br />
anteriores. Combinar esse conhecimento<br />
com a compreensão<br />
local nos dá uma vantagem<br />
para alcançar os consumidores.<br />
BRASIL<br />
O Brasil é um dos principais<br />
mercados internacionais do<br />
Twitter, e continua a crescer e<br />
a impactar o negócio. Levando<br />
em consi<strong>de</strong>ração a dinâmica<br />
do mercado, fazer com que o<br />
nosso relacionamento com as<br />
agências seja ainda mais próximo<br />
é fundamental para o nosso<br />
sucesso no Brasil. A lí<strong>de</strong>r no<br />
mercado brasileiro é a Fabiana<br />
Manfredi, que gerencia o negócio<br />
<strong>de</strong> agências localmente<br />
e se reporta à diretora-geral do<br />
Twitter Brasil, Fiamma Zarife.<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 19
Qual balanço faz dos primeiros meses<br />
na Mastercard?<br />
Foram meses muito positivos,<br />
<strong>de</strong> aprendizado em relação ao<br />
mercado <strong>de</strong> tecnologia <strong>de</strong> meio<br />
<strong>de</strong> pagamentos, sobre o nossos<br />
consumidores e clientes. A prinentrevista<br />
Sarah Buchwitz<br />
nosso objetivo<br />
é criar coisas<br />
que não tenham<br />
preço<br />
Sarah Buchwitz, VP <strong>de</strong> marketing e<br />
comunicação da Mastercard Brasil e ConeSul,<br />
li<strong>de</strong>ra 25 pessoas no Brasil, na Argentina e<br />
no Chile. Antes <strong>de</strong> ela assumir a posição, em<br />
julho passado, atuou na Pepsico, na Mon<strong>de</strong>lez e na<br />
ESPN. Na nova casa, seu principal <strong>de</strong>safio tem sido<br />
integrar marketing e comunicação em uma única<br />
área e reforçar o posicionamento Não Tem Preço.<br />
“O <strong>de</strong>safio do meu time é continuar reforçando<br />
esse posicionamento, mas acompanhando as<br />
transformações que estão ocorrendo no mercado”,<br />
fala. Confira os principais trechos da entrevista.<br />
JÉSSICA OLIVEIRA<br />
Como ocorreu o convite para ir para<br />
a Mastercard?<br />
Estava alinhado com minhas<br />
expectativas <strong>de</strong> carreira. Fiquei<br />
dois anos e meio na ESPN. Senti<br />
que tinha completado um ciclo<br />
e pu<strong>de</strong> transformar a marca nesse<br />
período. Sempre tive o <strong>de</strong>sejo<br />
<strong>de</strong> trabalhar em uma empresa<br />
<strong>de</strong> tecnologia. A Mastercard veio<br />
e foi perfeito: a expectativa da<br />
companhia e os <strong>de</strong>safios que ela<br />
me ofereceu, junto com o momento<br />
da minha carreira.<br />
Antes <strong>de</strong> você, já havia uma mulher<br />
na li<strong>de</strong>rança da área. Escolher outra<br />
mulher para o <strong>de</strong>partamento foi<br />
coincidência?<br />
Não foi. A Mastercard valoriza<br />
a diversida<strong>de</strong>, isso está em seu<br />
DNA. É natural ter na empresa<br />
lí<strong>de</strong>res mulheres. Somos uma<br />
empresa <strong>de</strong> inovação, para inovar<br />
precisa <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> e precisa<br />
ser <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora.<br />
Você também <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> essa visão?<br />
Sim, uma das minhas ban<strong>de</strong>iras<br />
como lí<strong>de</strong>r é a mulher no mercado<br />
<strong>de</strong> trabalho e um ambiente<br />
mais diverso como um todo. Mais<br />
do que falar <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong>, meu<br />
discurso e minha ban<strong>de</strong>ira aqui<br />
e em outras empresas era e é <strong>de</strong><br />
inclusão. A diversida<strong>de</strong> é importante<br />
e uma vez que está instalada,<br />
como na Mastercard. Nosso<br />
papel é ter certeza que incluímos<br />
diferentes perfis na empresa e<br />
no nosso dia a dia. Isso só faz o<br />
ambiente mais produtivo e mais<br />
rico. E no fim do dia isso impacta<br />
positivamente as estratégias <strong>de</strong><br />
negócio. Está comprovado que<br />
um ambiente <strong>de</strong> trabalho mais diverso<br />
traz mais resultados.<br />
cipal transformação é a forma<br />
como marketing e comunicação<br />
vem trabalhando, <strong>de</strong> uma forma<br />
muito mais integrada. Tive a<br />
sorte <strong>de</strong> entrar em um momento<br />
<strong>de</strong> discussão e planejamento <strong>de</strong><br />
<strong>2018</strong>, regionalmente e localmente.<br />
Isso foi muito importante porque,<br />
<strong>de</strong> alguma forma, junto com<br />
meu time, construímos as estratégias<br />
para o ano.<br />
Como você tem feito a transformação<br />
nos <strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong> marketing<br />
e comunicação?<br />
Sou responsável pelos dois e,<br />
na minha visão, eles não são separados.<br />
Meu <strong>de</strong>safio é fazer com<br />
que as duas áreas sejam uma só,<br />
que a gente veja isso do lado <strong>de</strong><br />
fora. Não tem on, não tem off,<br />
não tem marketing, nem comunicação,<br />
é um time único pensando<br />
<strong>de</strong> uma forma holística e<br />
integrada para entregar um resultado<br />
mais alinhado para consumidores<br />
e clientes. Como o contato<br />
com consumidor e cliente é<br />
um só, realmente acredito nessa<br />
visão integrada. Trabalhamos<br />
criando um discurso mais consistente<br />
e mais conectado com<br />
nossos consumidores e nossos<br />
clientes. Atualmente todos sentam<br />
juntos, não existe mais nem<br />
a barreira física. Tudo é discutido<br />
em conjunto.<br />
Essa integração das áreas também<br />
vale para os meios em que as campanhas<br />
serão veiculadas?<br />
Sim, acreditamos em uma visão<br />
mais integrada dos meios e<br />
em estar presente em todos os<br />
pontos <strong>de</strong> contato com o consumidor<br />
que sejam relevantes para<br />
o objetivo da comunicação. Nossas<br />
campanhas estão alinhadas<br />
ao negócio. Algumas serão só digitais,<br />
outras vão utilizar outros<br />
meios. Estamos construindo essa<br />
visão <strong>de</strong> que não tem on, não tem<br />
off, é um ecossistema <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s,<br />
<strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> contato<br />
com o consumidor. Digital é uma<br />
das nossas priorida<strong>de</strong>s porque é<br />
on<strong>de</strong> o consumidor está também,<br />
sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> falar <strong>de</strong> TV, rádio e<br />
mobiliário urbano, entre outros.<br />
Mastercard segue com o posicionamento<br />
Não Tem Preço?<br />
Sim, e nossa previsão é dar<br />
continuida<strong>de</strong> a esse posicionamento<br />
que existe há mais <strong>de</strong> 20<br />
anos. É muito sonoro, é muito<br />
forte, realmente construiu a marca<br />
e prova sua consistência. Mastercard<br />
tem o mesmo insight e a<br />
mesma assinatura. O que mudou<br />
é a forma como a gente conversa<br />
e se comunica com nosso consumidor,<br />
sempre nos atualizando. O<br />
<strong>de</strong>safio do meu time é continuar<br />
reforçando esse posicionamento,<br />
mas acompanhando as transformações<br />
que estão ocorrendo no<br />
mercado. Não é só falar que não<br />
tem preço, mas colocar nossos<br />
clientes e consumidores como<br />
protagonistas e fazer com que vivenciem<br />
o que não tem preço.<br />
O que é o projeto Priceless Cities e<br />
qual o objetivo <strong>de</strong>le?<br />
É uma plataforma global <strong>de</strong><br />
Mastercard que existe em 46 cida<strong>de</strong>s<br />
no mundo todo. Ele traz<br />
o consumidor como o centro da<br />
comunicação e o objetivo é fazer<br />
com que ele vivencie o que não<br />
tem preço. No Brasil, temos no<br />
Rio e em São Paulo, com experiências<br />
mais turísticas e também<br />
para quem é local. Em São Paulo<br />
temos, por exemplo, um tour exclusivo<br />
no Eataly. No Rio, temos<br />
um acesso exclusivo no Rio Scenarium<br />
e tem um voo especial na<br />
cida<strong>de</strong> que só clientes Mastercard<br />
po<strong>de</strong>m fazer. Tem uma série<br />
<strong>de</strong> experiências para o nosso<br />
consumidor vivenciar o que não<br />
tem preço, coisas que ele não<br />
teria uma outra forma <strong>de</strong> experimentar.<br />
Priceless Cities está em<br />
São Paulo e no Rio, mas Mastercard<br />
tem aceitação nacional. Para<br />
<strong>2018</strong>, temos objetivo <strong>de</strong> sair cada<br />
vez mais <strong>de</strong>ste eixo.<br />
E que plataforma Mastercard tem<br />
que só existe no Brasil?<br />
O programa Surpreenda, que<br />
tem mais <strong>de</strong> sete anos. Ele nasceu<br />
<strong>de</strong> um insight po<strong>de</strong>roso do consumidor,<br />
que é quando você tem<br />
uma experiência, quer dividir<br />
com alguém e é importante compartilhar.<br />
O Surpreenda tem uma<br />
mecânica <strong>de</strong> “compre um, leve<br />
dois”. Temos alguns parceiros <strong>de</strong><br />
cinema, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fast food e joias,<br />
entre outros. O que não tem preço<br />
para você é compartilhar boas<br />
experiências. Esse é o mote.<br />
20 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
Quais os principais <strong>de</strong>safios da marca<br />
no Brasil?<br />
Temos um <strong>de</strong>safio constante<br />
<strong>de</strong> aperfeiçoamento e um esforço<br />
incondicional <strong>de</strong> estarmos<br />
sempre nos movimentando e<br />
nos transformando na velocida<strong>de</strong><br />
que o mercado pe<strong>de</strong>. Este é o <strong>de</strong>safio<br />
do meu time e <strong>de</strong> todos os<br />
profissionais <strong>de</strong> marketing hoje<br />
em dia: garantir que estamos conectados<br />
com tudo o que está<br />
ocorrendo. No fim do dia, o nosso<br />
trabalho é manter o diálogo e ter<br />
um insight relevante que conecte<br />
com o coração do nosso consumidor<br />
final.<br />
Mastercard está disponível hoje em<br />
quais opções para o cliente?<br />
Estamos constantemente inovando<br />
para enten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s,<br />
especialmente nesse mundo<br />
digital. Hoje temos cartão,<br />
carteira digital, soluções para o<br />
celular, pulseira e estamos <strong>de</strong>senvolvendo,<br />
para o Brasil, algumas<br />
soluções que já existem fora do<br />
país. Queremos estar presentes<br />
em qualquer tipo <strong>de</strong> transação.<br />
No futuro, você vai abrir a gela<strong>de</strong>ira,<br />
programar o que não tem<br />
e fazer uma compra diretamente.<br />
Queremos e estamos trabalhando<br />
para que, on<strong>de</strong> existir uma transação,<br />
exista Mastercard.<br />
Segurança é uma preocupação da<br />
marca? Ainda há medo das diferentes<br />
soluções <strong>de</strong> pagamento?<br />
Nosso <strong>de</strong>safio é que, tendo<br />
Mastercard como a ban<strong>de</strong>ira preferida,<br />
o consumidor não pense<br />
que está fazendo um pagamento.<br />
O objetivo é transformar as transações<br />
em fáceis, seguras e mais<br />
rápidas. Por isso investimos muito<br />
em tecnologia para garantir<br />
que essa experiência seja “sem<br />
fricção”, com o mesmo nível <strong>de</strong><br />
segurança no online e no offline.<br />
Esse é um esforço contínuo nosso<br />
para garantir essa experiência rápida,<br />
segura e inteligente.<br />
“estamos<br />
trabalhando<br />
para<br />
que, on<strong>de</strong><br />
existir uma<br />
transação,<br />
exista<br />
Mastercard”<br />
Mastercard/Divulgação<br />
A marca tem investido em ações diferenciadas,<br />
como o show no Cristo<br />
Re<strong>de</strong>ntor ou eventos com chefs renomados,<br />
por exemplo. Como isso se<br />
conecta com Mastercard?<br />
Procuramos estar on<strong>de</strong> o nosso<br />
consumidor está e temos o que<br />
chamamos <strong>de</strong> passion points.<br />
Quais são os pontos <strong>de</strong> paixão<br />
do nosso consumidor e como<br />
po<strong>de</strong>mos estar neles <strong>de</strong> uma forma<br />
relevante? São entretenimento,<br />
gastronomia, viagens e esportes.<br />
Em entretenimento, tivemos,<br />
por exemplo, o show <strong>de</strong> Gilberto<br />
Gil e <strong>de</strong> Preta Gil no Cristo Ren<strong>de</strong>ntor.<br />
Em gastronomia, temos<br />
rolha grátis em alguns restaurantes,<br />
couvert em outros e experiências<br />
com alguns chefs renomados<br />
(nós trouxemos um chef francês<br />
três estrelas Michelin para fazer<br />
um jantar para os nossos clientes,<br />
por exemplo). Em esportes,<br />
somos patrocinadores da seleção<br />
brasileira <strong>de</strong> futebol, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2012,<br />
e da UEFA Champions League.<br />
O nosso objetivo é criar coisas<br />
que não tenham preço e sejam<br />
proprietárias da Mastercard. E,<br />
em viagens, tem a plataforma Priceless<br />
Cities e a promoção Cartão<br />
<strong>de</strong> Embarque Mastercard.<br />
Como funcionou essa promoção?<br />
Na promoção Cartão <strong>de</strong> Embarque<br />
Mastercard, a cada transação<br />
com qualquer produto Mastercard,<br />
o consumidor tinha a chance<br />
<strong>de</strong> concorrer a 30 minutos <strong>de</strong><br />
voo. Quanto mais usava, mais<br />
longe podia chegar. A pessoa acumulava<br />
tempo <strong>de</strong> voo. O sorteado<br />
ganha uma viagem para o local à<br />
sua escolha até o tempo <strong>de</strong> voo<br />
disponível. Deixamos na mão do<br />
consumidor para on<strong>de</strong> ele vai e<br />
quem vai levar. A promoção está<br />
encerrada, mas o sorteio será em<br />
fevereiro.<br />
O que sua área fará em <strong>2018</strong>?<br />
Estamos preparando um calendário<br />
bastante robusto <strong>de</strong> comunicação<br />
integrada, com marketing<br />
e comunicação trabalhando juntos<br />
para garantir que a marca<br />
continue forte para os nossos consumidores<br />
e parceiros. <strong>2018</strong> será<br />
um ano muito movimentado, trazendo<br />
novida<strong>de</strong>s para o mercado,<br />
“um ambiente<br />
<strong>de</strong> trabalho<br />
mais diverso<br />
traz mais<br />
resultados”<br />
<strong>de</strong> experiências <strong>de</strong> usuário e<br />
gran<strong>de</strong>s campanhas. 2017 foi um<br />
ano excelente para Mastercard,<br />
<strong>de</strong> crescimento. O mercado <strong>de</strong><br />
tecnologia <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> pagamento<br />
vem crescendo ano a ano e continua<br />
com a expectativa muito<br />
positiva. Nosso maior concorrente<br />
é o dinheiro. A nossa missão é<br />
acabar com o dinheiro do mundo,<br />
ainda tem muito dinheiro para a<br />
gente acabar.<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 21
marketing & negócios<br />
BraunS/iStock<br />
Soluções mais<br />
eficientes po<strong>de</strong>m não<br />
ser as mais eficazes<br />
A essência do sucesso das marcas está<br />
justamente na consistência e na manutenção<br />
<strong>de</strong> um fio condutor permanente<br />
Rafael Sampaio<br />
praticamente um clássico: diante <strong>de</strong><br />
É dificulda<strong>de</strong>s na área <strong>de</strong> marketing e publicida<strong>de</strong><br />
muitas vezes a primeira tentação<br />
e solução mais comum é partir para a mudança<br />
<strong>de</strong> pessoas e organização da área e<br />
das agências que cuidam das contas <strong>de</strong>correntes,<br />
sem tentar encontrar os verda<strong>de</strong>iros<br />
problemas do produto/serviço, na forma<br />
com que a empresa opera seu marketing e<br />
comercial, na qualificação das pessoas envolvidas<br />
e na relação com a agência.<br />
Trata-se da busca pela solução mais<br />
rápida, mais fácil e aparentemente mais<br />
eficiente, mas não resolve a dificulda<strong>de</strong> e<br />
o problema para valer e po<strong>de</strong> comprometer<br />
a eficácia no longo prazo, pois se acaba<br />
entrando em um círculo vicioso <strong>de</strong> se<br />
buscar alternativas falsamente transformadoras,<br />
que sempre ficam na superfície<br />
da questão e não atacam suas verda<strong>de</strong>iras<br />
causas e promovem mudanças sólidas e<br />
duradouras.<br />
Isso explica gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> dois fenômenos<br />
frequentes e disseminados por todos<br />
os principais mercados mundiais, inclusive<br />
o Brasil: a gran<strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong> nas<br />
li<strong>de</strong>ranças e na estruturação do marketing<br />
e da publicida<strong>de</strong> e nas agências contratadas<br />
para as marcas que não <strong>de</strong>colam ou entram<br />
em uma má fase <strong>de</strong> sua existência.<br />
Esse “troca-troca” passou a ser um vício<br />
preocupante <strong>de</strong> nosso setor e tem funcionado<br />
como uma <strong>de</strong>pendência a um remédio<br />
que vai per<strong>de</strong>ndo gradativamente a eficácia<br />
ou, ainda pior, a uma droga viciante.<br />
No ano passado, a imprensa daqui e do<br />
exterior relatou recor<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong><br />
agência, inclusive com a busca e adoção <strong>de</strong><br />
alternativas menos ortodoxas, ainda em<br />
fase <strong>de</strong> experimentação e não validadas<br />
pela prática ao longo do tempo, ou que já<br />
tinham sido abandonadas por ineficácia,<br />
como a solução in-house. Essa situação<br />
reflete, como não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser, um<br />
ambiente muito instável nas áreas internas<br />
dos anunciantes, com as mencionadas<br />
constantes trocas <strong>de</strong> pessoas e estruturas.<br />
Para este ano <strong>de</strong> <strong>2018</strong>, há previsões <strong>de</strong><br />
que isso continuará nesse ritmo ou até será<br />
intensificado, na contramão do bom senso<br />
e como uma solução ruim para dois movimentos<br />
irreversíveis: o aumento da competição<br />
entre todas as categorias e empresas,<br />
por um lado, e o maior empo<strong>de</strong>ramento e<br />
apatia dos consumidores, na outra ponta<br />
do processo <strong>de</strong> venda e compra.<br />
Não é nada fácil para as organizações<br />
enfrentarem essas duas realida<strong>de</strong>s, que<br />
são inevitáveis e vieram para ficar. Mas estamos<br />
esquecendo as lições históricas das<br />
gran<strong>de</strong>s marcas: um a<strong>de</strong>quado marketing<br />
mix, um posicionamento relevante, uma<br />
estratégia inteligente e sua consecução<br />
através <strong>de</strong> ações e companhas duradouras,<br />
que são atualizadas para manter sua pertinência<br />
e frescor, mas não abandonam o<br />
efeito cumulativo, que evita a nefasta situação<br />
<strong>de</strong> começar tudo <strong>de</strong> novo <strong>de</strong> tempos<br />
em tempos.<br />
Sejam as marcas centenárias que continuam<br />
li<strong>de</strong>rando suas categorias, sejam<br />
aquelas que nas últimas décadas as <strong>de</strong>safiaram<br />
<strong>de</strong> forma efetiva ou estabeleceram<br />
novas categorias, a essência <strong>de</strong> seu sucesso<br />
está justamente nessa consistência e manutenção<br />
<strong>de</strong> um fio condutor permanente. O<br />
que passa tanto pela manutenção <strong>de</strong> estrutura<br />
e equipe interna mais estáveis e pela<br />
colaboração a longo prazo da(s) agência(s)<br />
certa(s).<br />
Não estou advogando a cristalização <strong>de</strong><br />
processos, estrutura e pessoal e da mesmice<br />
<strong>de</strong> repetir in<strong>de</strong>finidamente as mesmas<br />
soluções. Pelo contrário, lembro a contribuição<br />
essencial da criativida<strong>de</strong> e da inovação<br />
para o marketing e a publicida<strong>de</strong>. Mas<br />
esses mecanismos renovadores têm <strong>de</strong> ser<br />
aplicados <strong>de</strong> forma evolutiva e gradativa,<br />
sem a ilusão <strong>de</strong> acreditar que reinventar a<br />
roda a cada momento seria a receita para se<br />
chegar a um sucesso cada vez mais difícil<br />
<strong>de</strong> se alcançar e manter.<br />
Rafael Sampaio é consultor em propaganda<br />
rafael.sampaio@uol.com.br<br />
<strong>22</strong> <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
opinião<br />
fermate/iStock<br />
Comitê técnico <strong>de</strong><br />
mídia: um espaço <strong>de</strong><br />
aprendizado e evolução<br />
Antonio Ricardo Ferreira<br />
mercado publicitário brasileiro po<strong>de</strong><br />
se orgulhar, além <strong>de</strong> suas mui-<br />
O<br />
tas conquistas e reconhecimento internacional,<br />
<strong>de</strong> sua qualida<strong>de</strong> em pesquisas<br />
<strong>de</strong> mídia.<br />
O que as agências e anunciantes têm<br />
à disposição aqui <strong>de</strong> informações sobre<br />
a audiência <strong>de</strong> meios como televisão,<br />
rádio, jornal e revista não <strong>de</strong>ve nada a<br />
outros países.<br />
Tal realida<strong>de</strong> é resultado<br />
<strong>de</strong> uma conjunção <strong>de</strong> fatores<br />
e fatos da história da<br />
publicida<strong>de</strong>. Entre eles, o<br />
trabalho feito pelo Comitê<br />
Técnico <strong>de</strong> Mídia (CTM)<br />
do Conselho Executivo das<br />
Normas-Padrão (Cenp), que<br />
é responsável pelo cre<strong>de</strong>nciamento<br />
<strong>de</strong> pesquisas <strong>de</strong><br />
mídia oferecidas pelos institutos.<br />
O objetivo maior do CTM é garantir<br />
que o trabalho dos institutos seja efetivamente<br />
relevante e confiável para a<br />
agência <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> realizar o planejamento<br />
<strong>de</strong> mídia para seus clientes.<br />
Esse papel do comitê vem sendo<br />
aprimorado ao longo do tempo, graças<br />
ao empenho e à <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> seus integrantes,<br />
a ponto <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r afirmar com<br />
segurança que hoje possui um rigoroso<br />
procedimento técnico para cre<strong>de</strong>nciar<br />
uma pesquisa.<br />
“Hoje, po<strong>de</strong>-se<br />
afirmar com<br />
segurança que<br />
o CTM enten<strong>de</strong> o<br />
funcionamento<br />
da ‘cozinha’<br />
dos institutos<br />
<strong>de</strong> pesquisa”<br />
A origem diversificada dos integrantes<br />
do CTM – profissionais <strong>de</strong> agências<br />
<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, veículos <strong>de</strong> comunicação,<br />
representantes dos anunciantes<br />
e até com passagens por institutos <strong>de</strong><br />
pesquisas – contribui <strong>de</strong>cisivamente<br />
para o nível técnico alcançado em sua<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise.<br />
Hoje, po<strong>de</strong>-se afirmar com segurança<br />
que o CTM enten<strong>de</strong> o funcionamento<br />
da “cozinha” dos institutos <strong>de</strong><br />
pesquisa.<br />
Para garantir rigor técnico<br />
na análise das solicitações<br />
<strong>de</strong> cre<strong>de</strong>nciamento,<br />
o CTM sentiu a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> maior embasamento<br />
e, há alguns anos, passou<br />
a contar com o suporte<br />
da Associação Brasileira<br />
das Empresas <strong>de</strong> Pesquisa<br />
(Abep).<br />
Mais recentemente, o CTM também<br />
inovou ao <strong>de</strong>terminar que, para obter<br />
cre<strong>de</strong>nciamento, as complexas pesquisas<br />
nacionais <strong>de</strong> televisão sejam auditadas<br />
por terceiros.<br />
Neste momento, um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios<br />
do mercado publicitário é o ambiente<br />
digital.<br />
Ao CTM cabe cre<strong>de</strong>nciar pesquisas <strong>de</strong><br />
mídias digitais com métricas muito diversificadas,<br />
que exigem análises sofisticadas<br />
e parcerias com entida<strong>de</strong>s do meio,<br />
<strong>de</strong> forma a qualificar as conclusões.<br />
Antonio Ricardo Ferreira é diretor <strong>de</strong> informações<br />
<strong>de</strong> marketing da TV Globo e coor<strong>de</strong>nador<br />
do Comitê Técnico <strong>de</strong> Mídia do Cenp<br />
araferreira@globo.com<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 23
inspiração<br />
Desmontar para montar o novo<br />
Era apenas um hobby, mas passou a ajudar Pedro Gravena a<br />
exercer criativida<strong>de</strong> em projetos pessoais e <strong>de</strong> comunicação,<br />
assim como inspirar seus filhos e aumentar a autoconfiança<br />
24 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
Fotos: Arquivo Pessoal<br />
Pedro Gravena é sócio e<br />
diretor <strong>de</strong> criação da Mosh<br />
Pedro Gravena<br />
Especial para o PROPMARK<br />
Desmontar coisas me inspira e me ajuda a montar i<strong>de</strong>ias.<br />
No projeto Framed Tech, eu, Guilherme Fregonesi e Icaro<br />
Abreu <strong>de</strong>smontamos coisas e enquadramos. Como uma<br />
espécie <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> vitória diante <strong>de</strong>sses objetos tão<br />
simples que para a maioria das pessoas são tão complexos e<br />
inacessíveis (www.framedtech.com)<br />
Já perdi a conta do número <strong>de</strong> eletrodomésticos que <strong>de</strong>smontei.<br />
Nem precisa falar que, quando eu era pequeno, minha<br />
mãe enlouquecia comigo. Só <strong>de</strong> liquidificadores, foram<br />
uns 30. Com o tempo, <strong>de</strong>scobri que <strong>de</strong>smontar coisas me<br />
inspira. Qualquer coisa. Não estou falando só <strong>de</strong> eletrônicos,<br />
aprendi a programar porque queria “<strong>de</strong>smontar” softwares e<br />
enten<strong>de</strong>r como funcionavam.<br />
No outro extremo, gosto muito <strong>de</strong> natureza, mas também<br />
<strong>de</strong>smonto ela. Fico procurando padrões na paisagem, para<br />
enten<strong>de</strong>r, o que é o quê: a folha <strong>de</strong> uma pitangueira tem um<br />
padrão, limão-cravo nasce no meio do mato, mas sempre<br />
próximo a uma fonte <strong>de</strong> água. Enfim, assim me inspiro: <strong>de</strong>smontando<br />
tudo.<br />
Na engenharia, isso tem nome: engenharia reversa. Ajuda<br />
os engenheiros a enten<strong>de</strong>rem como as coisas funcionam. Só<br />
<strong>de</strong>smontar te ajuda a conseguir montar algo igual, ou melhor.<br />
Faço isso com a propaganda também. Quando vejo uma<br />
campanha interessante, penso como alguém montou ela,<br />
como ven<strong>de</strong>u, como chegou até a i<strong>de</strong>ia, como produziu. Pra<br />
mim funciona.<br />
Existe um movimento maker que fala que “Se você não<br />
po<strong>de</strong> abrir, não merece ter (if you can’t open it, you can’t own<br />
it)”. Levo isso à risca até hoje. Desmonto celular, <strong>de</strong>smonto<br />
móvel, <strong>de</strong>smonto a bate<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong>smonto a paisagem.<br />
É claro que ainda enlouqueço minha família com isso. Pois<br />
mesmo estudando muito, na gran<strong>de</strong> maioria das vezes, não<br />
monto <strong>de</strong> volta. Mas até nisso, a tal da engenharia reversa me<br />
ensina. Aprendi a aceitar melhor a frustração (que na nossa<br />
profissão é algo presente e frequente). Às vezes simplesmente<br />
não dá pra montar <strong>de</strong> volta, e eu fico observando as carcaças<br />
nas gavetas, sinalizando minha <strong>de</strong>rrota.<br />
Com o tempo, passei <strong>de</strong> <strong>de</strong>smontador oficial para montador.<br />
Monto kits, e faço os próprios kits. Hoje a minha maior<br />
inspiração é fazer kits para os meus filhos montarem. Eu<br />
quero que eles aprendam que po<strong>de</strong>m mudar o mundo ao<br />
seu redor e inventar algo que melhore a vida. No ví<strong>de</strong>o The<br />
Lost Interview, Steve Jobs fala o quanto montar kits o ajudou:<br />
“Montar kits me <strong>de</strong>u um tremendo nível <strong>de</strong> autoconfiança,<br />
por saber que, através da exploração, podíamos compreen<strong>de</strong>r<br />
coisas, aparentemente muito complexas, que estavam ao<br />
nosso redor”.<br />
É a mais pura verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>smontar coisas me ensinou a<br />
ter a confiança para montá-las. E isso ocorre também com<br />
as i<strong>de</strong>ias.<br />
Enten<strong>de</strong>r quais são os padrões te faz ter confiança, tanto<br />
para saber o próximo passo para uma i<strong>de</strong>ia ser feita, até qual<br />
tecnologia usar. Te faz prever qual é a pequena etapa que<br />
você tem <strong>de</strong> cumprir agora, para que a i<strong>de</strong>ia seja feita no futuro.<br />
Como se localizar numa trilha: saber que, se você está no<br />
meio do mato, e encontrou um pé <strong>de</strong> limão-cravo, está perto<br />
<strong>de</strong> uma fonte <strong>de</strong> água. É um padrão.<br />
Montando um kit com as crianças, aprendi que muitas coisas<br />
funcionam simplesmente fazendo um motor pequeno rodar<br />
uma peça fora <strong>de</strong> centro. O vibracall <strong>de</strong> qualquer celular é<br />
isso. Quando os meus filhos <strong>de</strong>scobriram, já tiveram algumas<br />
i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> robôs usando esse mecanismo.<br />
A inteligência <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma máquina que se auto<strong>de</strong>sliga,<br />
que é só uma gran<strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira, é impressionante.<br />
A simplicida<strong>de</strong> é brutal e, posso afirmar, não é nada do<br />
que você está pensando. Dica: ela nunca <strong>de</strong>sliga. (Google:<br />
Useless Machine)<br />
Não faço isso para ser mais criativo, faço isso por hobby.<br />
Mas tive a sorte <strong>de</strong> ter um hobby que me ajuda a ser mais<br />
criativo. Assim, exerço a criativida<strong>de</strong> quase que 24 horas por<br />
dia. Cansa. Mas me ajuda a buscar novas combinações para<br />
po<strong>de</strong>r fazer com que as i<strong>de</strong>ias sejam originais. Também me<br />
dá uma certa tranquilida<strong>de</strong> diante <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> execução<br />
complexa. Inspira-me. Força-me a ficar “up to date”. E, <strong>de</strong><br />
quebra, me traz um gostinho bom, <strong>de</strong> infância.<br />
Engenharia reversa<br />
Se não po<strong>de</strong> abrir algo, também não po<strong>de</strong> tê-lo. Daí a<br />
importância <strong>de</strong> montar kits e, num círculo virtuoso<br />
(foto acima à esquerda), correr riscos e fazer tudo<br />
<strong>de</strong> novo. O exercício requer ferramentas a<strong>de</strong>quadas<br />
(fotos acima), mas o resultado po<strong>de</strong> ser muito<br />
melhor do que o original, especialmente quando<br />
rompe padrões. Vale a pena fazer <strong>de</strong> novo.<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 25
STORYTELLER<br />
anyaberkut/iStock<br />
A lista<br />
Não consegui achar uma boa<br />
explicação para ter me esquecido<br />
<strong>de</strong> Cabelos Brancos<br />
Lula Vieira<br />
Uma vez o jornal O Globo me fez uma<br />
falseta que <strong>de</strong>struiu a minha tranquilida<strong>de</strong>.<br />
Pediu para indicar quais seriam, na<br />
minha opinião, as <strong>de</strong>z melhores músicas<br />
brasileiras.<br />
A i<strong>de</strong>ia foi fazer o mesmo com várias “autorida<strong>de</strong>s”<br />
e apresentar o resultado como<br />
uma seleção quase <strong>de</strong>finitiva das melhores<br />
músicas populares brasileiras <strong>de</strong> todos os<br />
tempos.<br />
Alguém do Instituto Cravo Albim ou do<br />
Globo <strong>de</strong>ve ter digitado alguma coisa errada<br />
e o meu nome apareceu como enten<strong>de</strong>dor<br />
<strong>de</strong> MPB. Daí a minha participação na<br />
pesquisa.<br />
Mas, como não fica bem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r<br />
o Ricardo Cravo Albim ou O Globo, fiz<br />
a minha listinha e perdi completamente a<br />
paz.<br />
Indiquei A Flor e o espinho, <strong>de</strong> Nelson Cavaquinho;<br />
Construção, <strong>de</strong> Chico Buarque,<br />
As rosas não falam, <strong>de</strong> Cartola; Aquarela<br />
do Brasil, <strong>de</strong> Ary Barroso; Asa branca, <strong>de</strong><br />
Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; O bêbado<br />
e a equilibrista, <strong>de</strong> João Bosco e Aldir<br />
Blanc; Foi um rio que passou em minha vida,<br />
<strong>de</strong> Paulinho da Viola; Carinhoso, <strong>de</strong> Pixinguinha<br />
e João <strong>de</strong> Barro; A jangada voltou<br />
só, <strong>de</strong> Dorival Caymmi; e Três apitos, <strong>de</strong><br />
Noel Rosa.<br />
Agora eu explico meu problema. Enviei<br />
a lista para o jornal e meia hora <strong>de</strong>pois me<br />
<strong>de</strong>u o estalo que eu tinha me esquecido <strong>de</strong><br />
Esses moços, pobres moços, <strong>de</strong> Lupicínio<br />
Rodrigues.<br />
Na mesma noite, antes <strong>de</strong> dormir briguei<br />
comigo mesmo pela in<strong>de</strong>sculpável omissão<br />
<strong>de</strong> Adoniran Barbosa.<br />
Aí me veio uma dúvida: do mestre Adoniran,<br />
<strong>de</strong>veria entrar Iracema ou Saudosa<br />
Maloca? No café da manhã do dia seguinte,<br />
quase liguei para o jornal para interditar a<br />
lista. Não tinha uma única obra <strong>de</strong> Tom Jobim.<br />
Nem <strong>de</strong> Vinícius.<br />
E passei semanas assim. Revia mentalmente<br />
a lista e entrava em sofrimento. Como<br />
explicar a omissão <strong>de</strong> Chão <strong>de</strong> Estrelas,<br />
<strong>de</strong> Orestes Barbosa? Nada <strong>de</strong> Cazuza (Brasil,<br />
por exemplo)? Ou não seria melhor Faz<br />
parte do meu show?<br />
É justo não citar Luar do Sertão, <strong>de</strong> Catulo<br />
da Paixão Cearense?<br />
Não consegui achar uma boa explicação<br />
para ter me esquecido <strong>de</strong> Cabelos Brancos,<br />
<strong>de</strong> Herivelto Martins e Marino Pinto.<br />
“Não falem <strong>de</strong>sta mulher perto <strong>de</strong> mim/<br />
Não falem, pra não lembrar minha dor/Já<br />
fui moço, já gozei a mocida<strong>de</strong>/Se me lembro<br />
<strong>de</strong>la, me dá sauda<strong>de</strong>/Por ela, eu vivo<br />
aos trancos e barrancos/Respeitem, ao menos,<br />
os meus cabelos brancos”. E se for para<br />
falar das músicas que me comovem, não<br />
posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fora Conversando no bar, <strong>de</strong><br />
Fernando Brant (“Que no fundo do quintal<br />
morreu, morri a cada dia dos dias que vivi/<br />
Cerveja que tomo hoje é apenas em memória<br />
dos tempos da Panair/A primeira Coca-<br />
-Cola foi, me lembro bem agora, nas asas da<br />
Panair/A maior das maravilhas foi/Voando<br />
sobre o mundo, nas asas da Panair”).<br />
Na mesma linha, Renato Teixeira e sua<br />
Romaria (“Sou caipira, Pirapora...). E Gil?<br />
Caetano? Bem, estou tentando me livrar<br />
<strong>de</strong>ste carma. Tento <strong>de</strong>sesperadamente me<br />
esquecer da lista.<br />
Tenho muito mais o que fazer, e até<br />
mesmo escrever esta crônica semanal para<br />
meus parcos (mas fiéis) leitores. E tenho<br />
muito trabalho para fazer.<br />
É preciso apenas se concentrar, não é<br />
mesmo?<br />
Mas como fui me esquecer <strong>de</strong> “Nada do<br />
que foi será/De novo do jeito que já foi um<br />
dia/Tudo passa, tudo sempre passará”. Perdão<br />
Nelson Motta. Perdão leitores.<br />
Lula Vieira é publicitário, diretor da<br />
Mesa Consultoria <strong>de</strong> Comunicação,<br />
radialista, escritor, editor e professor<br />
lulavieira@grupomesa.com.br<br />
26 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
agências<br />
WMcCann conquista conta da Pizza<br />
Hut, que estava na carteira da REF+<br />
Marca também será atendida pelo McCann Worldgroup na América<br />
Latina e Caribe; um dos focos é o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> conteúdo criativo<br />
Jéssica Oliveira<br />
Pizza Hut escolheu a WMc-<br />
A Cann como sua nova agência<br />
no Brasil. Ela será responsável<br />
por toda a comunicação<br />
do anunciante, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
do canal e com especial<br />
ênfase no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
conteúdo criativo. A empresa<br />
integra o Grupo Yum! Brands<br />
e está presente em 100 países<br />
com mais <strong>de</strong> 16 mil restaurantes<br />
pelos cinco continentes. No<br />
Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1989, tem 180 restaurantes<br />
em <strong>22</strong> estados.<br />
Renata Campos, diretora <strong>de</strong><br />
marketing e tra<strong>de</strong> marketing<br />
para Pizza Hut no Brasil, celebra<br />
o acordo e explica que em<br />
<strong>2018</strong> a marca tem um calendário<br />
movimentado, com nova<br />
campanha <strong>de</strong> comunicação,<br />
lançamento <strong>de</strong> produtos e ativações.<br />
“Ter a WMcCann como<br />
parceiro estratégico será fundamental<br />
para conectar a marca<br />
com os consumidores e ser assertivo<br />
na comunicação.”<br />
A WMcCann é a 11ª maior<br />
agência <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> brasileira,<br />
com faturamento bruto<br />
<strong>de</strong> mídia <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> R$ 1,9 bilhão,<br />
segundo ranking do Kantar<br />
Ibope Media <strong>de</strong> novembro<br />
<strong>de</strong> 2017. A aproximação com o<br />
novo cliente começou antes do<br />
acordo no país. Em um processo<br />
anterior ao da concorrência<br />
no mercado nacional, a Pizza<br />
Hut escolheu o McCann Worldgroup<br />
como parceiro <strong>de</strong> comunicação<br />
<strong>de</strong> marketing para a<br />
América Latina e Caribe. O esforço<br />
envolveu a Mercado Mc-<br />
Cann (Argentina, McCann Miami<br />
e a Momentum Colombia).<br />
“Estamos saboreando o privilégio<br />
<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r trabalhar com<br />
uma marca tão <strong>de</strong>sejada e icônica<br />
em seu segmento”, <strong>de</strong>clara<br />
Hugo Rodrigues, chairman &<br />
CEO da WMcCann.<br />
A conta <strong>de</strong> Pizza Hut era<br />
atendida pela REF+ há um ano.<br />
Comunicado divulgado pela<br />
agência afirma que a parceria<br />
será encerrada a partir <strong>de</strong> feve-<br />
Debora Nitta: “Recentes conquistas traduzem o novo momento da agência”<br />
reiro <strong>de</strong> <strong>2018</strong>. “Depois <strong>de</strong> um<br />
ano atuando estrategicamente<br />
junto ao cliente, aliando criativida<strong>de</strong><br />
e tecnologia nas diversas<br />
ações sazonais e institucionais,<br />
foi <strong>de</strong>cidido, em comum<br />
acordo, iniciar um novo ciclo na<br />
comunicação do anunciante e<br />
na trajetória <strong>de</strong> crescimento da<br />
REF+”, explica o texto. Na nota,<br />
a REF+ agra<strong>de</strong>ce pelo trabalho<br />
em conjunto e resultados alcançados<br />
em 2017 e afirma que<br />
anunciará, em breve, novida<strong>de</strong><br />
em sua carteira <strong>de</strong> clientes.<br />
Dias antes <strong>de</strong> fechar com a<br />
Divulgação<br />
“De esforços<br />
institucionais<br />
ao calendário<br />
promocional,<br />
vamos atuar no<br />
sentido <strong>de</strong> colocar<br />
Pizza Hut na vida<br />
e na conversa<br />
cotidiana das<br />
pessoas”<br />
Pizza Hut, a WMcCann celebrava<br />
a primeira conta do ano,<br />
o SBT, que saiu da Publicis. A<br />
mudança ocorreu dois meses<br />
após Rodrigues, que teve uma<br />
longa carreira na Publicis, on<strong>de</strong><br />
era CEO nos últimos anos, assumir<br />
a WMcCann. Celebrando a<br />
novida<strong>de</strong>, Rodrigues <strong>de</strong>clarou<br />
sua paixão pela emissora, com<br />
quem tem relação profissional<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009. “Ouvi do Keith Reinhard,<br />
um dos maiores nomes<br />
da propaganda mundial, que<br />
antes <strong>de</strong> criar para qualquer<br />
marca, você precisa se apaixonar<br />
verda<strong>de</strong>iramente por ela.<br />
Sou completamente apaixonado<br />
pela história e o significado<br />
por trás da marca SBT no Brasil.<br />
Por isso é uma gran<strong>de</strong> honra<br />
po<strong>de</strong>r seguir trabalhando para<br />
eles”, disse.<br />
Para Debora Nitta, VP <strong>de</strong> planejamento<br />
da WMcCann, as recentes<br />
conquistas traduzem o<br />
novo momento da agência, vivido<br />
pelo time interno, clientes<br />
e mercado. “Materializa nossa<br />
crença em arregaçar as mangas<br />
e estar ainda mais próximos do<br />
negócio <strong>de</strong> nossos clientes, trazendo<br />
resultados <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>”,<br />
falou a executiva.<br />
Na sua visão, Pizza Hut é<br />
uma marca ícone e <strong>de</strong> enorme<br />
potencial <strong>de</strong> crescimento, sendo<br />
que sua presença e conversa<br />
com os consumidores precisa<br />
ser fortalecida. “De esforços<br />
institucionais ao calendário<br />
promocional, vamos atuar no<br />
sentido <strong>de</strong> colocar Pizza Hut<br />
na vida e na conversa cotidiana<br />
das pessoas”. A equipe à frente<br />
do cliente terá profissionais que<br />
já atuam na agência e outros<br />
que estão chegando. “O mais<br />
importante: gente com gás para<br />
agarrar essa nova e <strong>de</strong>liciosa<br />
empreitada”.<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 27
Agências<br />
Lew’Lara\TBWA vence concorrência<br />
<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> da CVC Viagens<br />
Conta da operadora <strong>de</strong> turismo estava na Publicis <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2014; essa é<br />
a primeira conquista da empresa após a saída do CEO Marcio Oliveira<br />
Luiz Lara: “A CVC tem um gran<strong>de</strong> índice <strong>de</strong> satisfação do consumidor”<br />
rejo para consolidar as relações<br />
<strong>de</strong> consumo estabelecidas pela<br />
marca há mais <strong>de</strong> 45 anos com os<br />
consumidores.<br />
Atualmente a marca está presente<br />
em todo o território nacional,<br />
com uma ampla re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição<br />
no varejo, formada por<br />
mais <strong>de</strong> 1.200 agências franqueadas,<br />
6.500 agências parceiras e o<br />
canal online. Além <strong>de</strong> ser um dos<br />
principais anunciantes em mídia<br />
e publicida<strong>de</strong> do segmento <strong>de</strong><br />
viagens no Brasil.<br />
“A CVC tem um gran<strong>de</strong> índice<br />
Marçal Neto/ Divulgação<br />
“Espero que as<br />
marcas voltem a<br />
fazer campanhas<br />
institucionais,<br />
<strong>de</strong> propósito,<br />
<strong>de</strong> causa e <strong>de</strong><br />
fortalecimento”<br />
Alisson Fernán<strong>de</strong>z<br />
CVC Viagens anunciou no<br />
A último dia 18 a conclusão do<br />
seu processo <strong>de</strong> concorrência. A<br />
Lew’Lara\TBWA foi a agência <strong>de</strong><br />
publicida<strong>de</strong> escolhida para aten<strong>de</strong>r<br />
a conta integrada da operadora<br />
<strong>de</strong> turismo, ou seja, todos<br />
os trabalhos online e offline da<br />
marca. O processo, que envolveu<br />
cerca <strong>de</strong> seis agências, estava em<br />
andamento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />
2017, quando a CVC e a Publicis,<br />
que atendia a conta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2014,<br />
anunciaram o término <strong>de</strong> sua<br />
parceria.<br />
Segundo Marcelo Oste, diretor<br />
<strong>de</strong> marketing da CVC, a concorrência<br />
foi bastante acirrada. “Tivemos<br />
ótimas propostas, mas a<br />
estratégia <strong>de</strong> comunicação apresentada<br />
pela Lew’Lara\TBWA foi<br />
a mais alinhada com nossos objetivos<br />
e planos”, revela Oste.<br />
Já para o sócio e chairman da<br />
Lew’Lara\TBWA, Luiz Lara, três<br />
pontos <strong>de</strong>vem ter chamado a<br />
atenção da companhia na proposta<br />
criativa apresentada pela<br />
agência. “O diagnóstico preciso<br />
feito pela área <strong>de</strong> planejamento<br />
usando a nossa metodologia<br />
Disruption, que foi li<strong>de</strong>rado pela<br />
Renata Serafim, que é a nossa<br />
vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> planejamento.<br />
A proposta disruptiva e criativa<br />
<strong>de</strong>senvolvida pela equipe<br />
do nosso sócio-criativo Felipe<br />
Luchi, e a proposta <strong>de</strong> como essa<br />
narrativa vai se <strong>de</strong>sdobrar na<br />
mídia online e offline, <strong>de</strong>senvolvida<br />
pelo Fábio Caetano, nosso<br />
diretor <strong>de</strong> mídia. Então, tudo<br />
isso convergiu em uma proposta<br />
criativa, completa e integrada.<br />
Acredito que com isso a CVC vai<br />
po<strong>de</strong>r crescer em sinônimo <strong>de</strong><br />
categoria e vai po<strong>de</strong>r crescer em<br />
tráfego <strong>de</strong> vendas e pessoas nas<br />
lojas físicas e virtuais”, afirma<br />
Lara.<br />
Para Emerson Belan, diretor-<br />
-geral da CVC, a agência tem<br />
como <strong>de</strong>safio contribuir para<br />
fortalecer a linguagem da comunicação<br />
da marca, dando suporte<br />
às estratégias <strong>de</strong> vendas e va<strong>de</strong><br />
satisfação do consumidor. Ela<br />
presta um serviço <strong>de</strong> consultoria<br />
<strong>de</strong> viagens que vai muito além<br />
dos pacotes. Ela monta a viagem<br />
<strong>de</strong> acordo com as necessida<strong>de</strong>s<br />
do seu cliente. Este gran<strong>de</strong> índice<br />
<strong>de</strong> satisfação, na minha opinião,<br />
é o que dá muita margem<br />
para o crescimento da marca e<br />
do fluxo. Ainda não temos nenhuma<br />
campanha prevista para<br />
ir ao ar. Agora é arregaçar a manga,<br />
apren<strong>de</strong>r, mergulhar e trabalhar<br />
com a mesma <strong>de</strong>dicação<br />
que todo o time da Lew’Lara/<br />
TBWA presta para todos os clientes”,<br />
reforça Lara.<br />
Essa é a primeira conquista <strong>de</strong><br />
conta da agência após a saída do<br />
então presi<strong>de</strong>nte Marcio Oliveira,<br />
que <strong>de</strong>ixou a Lew’Lara\TBWA<br />
no fim <strong>de</strong> 2017 para assumir o<br />
cargo <strong>de</strong> CEO na DM9. A parceria<br />
entre a CVC e a Lew’Lara\TBWA<br />
está prevista para iniciar em fevereiro.<br />
OTIMISMO<br />
Lara se diz otimista para <strong>2018</strong><br />
e espera ver um mercado publicitário<br />
mais ativo no <strong>de</strong>correr do<br />
ano. “Acredito que com o crescimento<br />
do PIB brasileiro <strong>de</strong> 2,5%<br />
a 3% teremos novamente, em<br />
ano <strong>de</strong> Copa do Mundo e eleições,<br />
um mercado publicitário<br />
melhor. As vendas <strong>de</strong> Natal já<br />
<strong>de</strong>monstraram uma reação na<br />
economia, pois houve um crescimento<br />
<strong>de</strong> 5,6%, então, estou<br />
otimista que vamos conseguir<br />
ter um ano melhor e espero que<br />
o mercado publicitário volte a<br />
crescer dois dígitos. Espero que<br />
as marcas voltem a fazer campanhas,<br />
não só <strong>de</strong> táticas <strong>de</strong> venda,<br />
como ocorreu nos últimos três<br />
anos por conta das dificulda<strong>de</strong>s<br />
que o país viveu, mas campanhas<br />
institucionais, <strong>de</strong> propósito,<br />
<strong>de</strong> causa e <strong>de</strong> fortalecimento<br />
das marcas”, finaliza Lara.<br />
A Lew’Lara\TBWA é a 17 ª maior<br />
agência brasileira, com faturamento<br />
bruto <strong>de</strong> mídia <strong>de</strong> mais<br />
<strong>de</strong> R$ 1,4 bilhão, <strong>de</strong> acordo com<br />
o ranking do Kantar Ibope Media<br />
<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2017.<br />
28 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
Agências<br />
Live Team reforça equipe com nova<br />
diretora <strong>de</strong> estratégia e inovação<br />
Empresa do Team<br />
Créatif Group<br />
contratou a executiva<br />
Roberta Rubini<br />
Divulgação<br />
Cristiane Marsola<br />
Live Team, agência <strong>de</strong> live marketing<br />
A do francês Team Créatif Group, começou<br />
<strong>2018</strong> com novida<strong>de</strong>s. Roberta Rubini,<br />
que vinha prestando serviço como consultora<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, assume a diretoria<br />
<strong>de</strong> estratégia e inovação da agência. A área<br />
ainda ganhou o reforço da assistente Nathalia<br />
Fernan<strong>de</strong>s.<br />
O “embrião” da Live Team surgiu em<br />
2014 e, após três anos associada à Team<br />
Créatif, a agência ganhou vida própria. A<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investir mais em inovação<br />
surgiu a partir da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> clientes por<br />
projetos diferenciados. A inovação trouxe<br />
novas contas da Colgate-Palmolive. A agência<br />
atendia Oral Care. “Conquistamos Protex,<br />
e ainda Home Care, com Olla, Pinho Sol<br />
e Ajax”, comemora o CCO Rico Mendonça.<br />
A Live Team assinou a promoção Quem cuida<br />
ganha. “O cliente tinha alguns <strong>de</strong>safios.<br />
A promoção ativou o mês da saú<strong>de</strong> bucal<br />
(outubro), que é superimportante para a<br />
marca”, fala Roberta.<br />
Uma das novida<strong>de</strong>s usadas pela Live<br />
Team foi na mecânica promocional. “A gente<br />
inverteu a lógica. Depois <strong>de</strong> ler o código<br />
<strong>de</strong> barra e ver se ganhou, o consumidor se<br />
cadastrava”, conta Roberta. Além dos prêmios<br />
instantâneos, a promoção ainda tinha<br />
C<br />
M<br />
um sorteio <strong>de</strong> R$ 300 mil. “Essa foi a maior<br />
promoção da Colgate em número <strong>de</strong> inscri-tos,<br />
com 154.369 cadastrados. Superou em<br />
CM<br />
<strong>22</strong>% a maior promoção da história da Colgate<br />
até então”, conta Mendonça. A agên-<br />
MY<br />
cia foi responsável também pelo conceito e CY<br />
pela estratégia da comunicação.<br />
CMY<br />
Outra conquista recente da Live Team é<br />
K<br />
a marca 3 Corações. A oferta da agência foi<br />
além da ativação encomendada pela marca.<br />
“A gente acaba oferecendo soluções que<br />
todo mundo quer. Oferece i<strong>de</strong>ia e conceito.<br />
Toda a parte criativa da campanha é nossa”,<br />
diz Alê Martineli, COO da agência.<br />
As mudanças continuam neste ano. “A<br />
partir <strong>de</strong> abril, a Live Team vai ter um novo<br />
posicionamento. Estamos tirando esse carimbo<br />
<strong>de</strong> live marketing. O consumidor,<br />
hoje, não está nem aí se é on ou offline.<br />
Nós queremos ser a empresa que resolve<br />
para o cliente. Temos uma equipe sênior,<br />
que entrega e sabe conectar parceiros”,<br />
afirma Martineli.<br />
Jornal PropMark.pdf 1 16/10/2017 14:27:58<br />
Rico Mendonça e Alê Martineli com as novas contratadas da Live Team: Nathalia Fernan<strong>de</strong>s e Roberta Rubini<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 29
agências<br />
Talent Marcel conquista conta<br />
digital da marca <strong>de</strong> biscoito Oreo<br />
Comunicação estará sob o guarda-chuva da diretoria <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong>,<br />
criada há dois meses, li<strong>de</strong>rada por Lúcio Freitas e Marcello Droopy<br />
Talent Marcel acaba <strong>de</strong> anunciar a<br />
A conquista da conta digital da marca<br />
Oreo, da Mon<strong>de</strong>lēz International, no<br />
Brasil. O biscoito, que possui mais <strong>de</strong> 100<br />
anos <strong>de</strong> tradição, chega à agência para<br />
continuar potencializando o crescimento<br />
dos últimos anos. “Estamos muito felizes<br />
por sermos escolhidos por uma marca<br />
tão importante quanto Oreo”, afirmou o<br />
CEO da Talent, João Livi.<br />
A conta <strong>de</strong> Oreo estará sob o guarda-<br />
-chuva da diretoria <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong>,<br />
criada há dois meses e capitaneada por<br />
Lúcio Freitas, diretor <strong>de</strong> estratégia e interativida<strong>de</strong>,<br />
e Marcello Droopy, diretor<br />
<strong>de</strong> criação e interativida<strong>de</strong>. “Oferecemos<br />
um trabalho integrado e inovador. E sermos<br />
escolhidos para cuidar do digital da<br />
marca só mostra que estamos no caminho<br />
certo”, afirma Droopy.<br />
A equipe da agência já trabalha em<br />
projetos que em breve serão lançados.<br />
“Aliar um olhar estratégico a um produto<br />
vencedor é o que nos possibilitará atingir<br />
os objetivos e todo potencial da marca no<br />
Brasil”, avalia Freitas.<br />
AlmapBBDO ganha Gran<strong>de</strong> Prêmio no<br />
Warc Awards com ação para M&M’s<br />
Campanha vencedora, Não assista Game of Thrones!, pe<strong>de</strong> às pessoas<br />
que evitem assistir à série e salvem as bolinhas <strong>de</strong> chocolates<br />
Warc Media Awards 2017<br />
O revelou os vencedores na<br />
categoria uso eficaz <strong>de</strong> parcerias<br />
e patrocínios, que mostra<br />
como colaborações com terceiros<br />
ajudaram as marcas a atingir<br />
os objetivos comerciais.<br />
A AlmapBBDO conquistou<br />
o Gran<strong>de</strong> Prêmio por Não assista<br />
Game of Thrones!, campanha<br />
para a marca <strong>de</strong> chocolate<br />
M&M’s que usou patrocínio em<br />
Game of Thrones e publicações<br />
divertidas nas mídias sociais<br />
para aumentar as vendas no<br />
Brasil.<br />
M&M’s queria aumentar sua<br />
associação como lanche para o<br />
entretenimento, especialmente<br />
Lúcio Freitas e Marcello Droopy: equipe já trabalha em projetos para a Oreo<br />
em momentos <strong>de</strong> assistir filmes<br />
e séries. Em uma estratégia <strong>de</strong><br />
mobile first, personagens da<br />
marca <strong>de</strong>clararam guerra contra<br />
GoT, pedindo que as pessoas<br />
evitassem ver a série e salvassem<br />
os M&M’s.<br />
Os personagens sugeriam o<br />
que as pessoas po<strong>de</strong>riam fazer<br />
em vez <strong>de</strong> assistir a série, além<br />
<strong>de</strong> compartilhar falsos spoilers<br />
para <strong>de</strong>sencorajar os fãs.<br />
Divulgação<br />
Divulgação<br />
Personagens<br />
<strong>de</strong>clararam<br />
guerra contra<br />
GoT, pedindo<br />
que salvassem<br />
os M&M’s<br />
Os internautas interagiram<br />
e o share da marca cresceu<br />
3,3%. Os ganhadores das categorias<br />
<strong>de</strong> Uso Eficaz <strong>de</strong> Tecnologia<br />
e Melhor Uso <strong>de</strong> Dados serão<br />
anunciados em breve.<br />
30 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
arena do esporte<br />
Danúbia Paraizo danubia@propmark.com.br<br />
Divulgação<br />
chapa 1<br />
Enfim, foi <strong>de</strong>svendado o mistério sobre o novo para<strong>de</strong>iro profissional do jogador Aloísio<br />
Chulapa (à direita). O ex-craque do São Paulo e PSG <strong>de</strong>clarou recentemente em suas re<strong>de</strong>s<br />
sociais que lançaria um clube próprio, levantando dúvidas se cancelaria sua aposentadoria.<br />
Na semana passada, no entanto, o atleta promoveu um churrasco <strong>de</strong> aniversário em<br />
sua casa, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, para anunciar a nova empreitada: o Gillette Club, programa<br />
que envia lâminas <strong>de</strong> barbear na residência dos assinantes.<br />
Endorfina criativa<br />
chapa 2<br />
Chulapa é um dos embaixadores do projeto da P&G, e inaugurou oficialmente o clube <strong>de</strong><br />
assinaturas em uma roda <strong>de</strong> samba com seus amigos. O Clube do Chula faz parte da campanha<br />
da P&G para apresentar o serviço ao público nas re<strong>de</strong>s sociais. “A linguagem é leve,<br />
inclusiva, é para comunicar um clube para todos. Escolhemos o Aloísio para ser o primeiro<br />
integrante do Gillette Club pelo mérito que ele tem no futebol, que é um território importante<br />
para a marca, mas também pela leveza e pelo linguajar jovem que ele traz”, diz<br />
Juliana Moretti, diretora <strong>de</strong> Gillette no Brasil.<br />
Globo/Ramón Vasconcelos<br />
na estrada<br />
Ivan Moré (foto) está <strong>de</strong> malas prontas. Des<strong>de</strong> a<br />
semana passada o apresentador segue por algumas<br />
das principais cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> São Paulo para a terceira<br />
edição da Caravana do Globo Esporte. A i<strong>de</strong>ia é<br />
trazer um olhar mais regional para a cobertura do<br />
Campeonato Paulista, acompanhando a preparação<br />
dos times. O jornalista é acompanhado pelo<br />
comentarista Caio Ribeiro. A programação da dupla<br />
inclui cida<strong>de</strong>s como Mirassol, Novo Horizonte, Lins,<br />
Araraquara e Bragança Paulista.<br />
Igualda<strong>de</strong><br />
Justiça e respeito são as ban<strong>de</strong>iras da nova campanha<br />
Equality, da Nike, narrada por LeBron James.<br />
King James, como é conhecido o jogador do Cleveland<br />
Cavaliers, aparece no ví<strong>de</strong>o <strong>de</strong>stacando o po<strong>de</strong>r<br />
do esporte em unir as pessoas e como isso po<strong>de</strong><br />
ser levado para fora das quadras. Neymar, Roger<br />
Fe<strong>de</strong>rer e Serena Williams também estrelam a peça.<br />
Tirando aquele roxo na<br />
canela, o futebol só traz<br />
benefícios para o dia a dia<br />
na área <strong>de</strong> marketing. Além <strong>de</strong> aliviar<br />
o estresse, o futebol promove um senso<br />
<strong>de</strong> equipe muito forte, o que ajuda<br />
no relacionamento com agências,<br />
fornecedores e outras áreas da empresa.<br />
Além disso, as lições <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />
são essenciais para o sucesso das marcas<br />
que construímos. E aí, vamos jogar bola?”<br />
Caio Almeida, gerente <strong>de</strong> marketing<br />
<strong>de</strong> Jack Daniel’s Tennessee Whiskey,<br />
publicitário e autor<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 31
quem fez<br />
Cristiane Marsola cristiane@propmark.com.br<br />
Exemplo<br />
Após passar a limpo o passado <strong>de</strong> campanhas<br />
que eram acusadas <strong>de</strong> objetificar as mulheres,<br />
a Skol continua atualizando o discurso e<br />
lança uma campanha que sugere a substituição<br />
<strong>de</strong> comentários quadrados por redondos<br />
no Carnaval. O filme Chegar pegando diferencia<br />
xaveco <strong>de</strong> assédio. João e Maria aproveita<br />
a marchinha para <strong>de</strong>sconstruir a homofobia.<br />
F/Nazca S&S<br />
Ambev<br />
Fotos: Divulgação<br />
Título: João e Maria e Chegar pegando; produto:<br />
Skol; criação: Fabio Fernan<strong>de</strong>s, Toni Fernan<strong>de</strong>s e Leonardo<br />
Claret; produtora <strong>de</strong> filme: Prodigo Films;<br />
direção <strong>de</strong> cena: André Godoi; produtora <strong>de</strong> áudio<br />
e trilha: Tesis; aprovação do cliente: Paula Lin<strong>de</strong>nberg,<br />
Maria Fernanda Albuquerque e Daniel Feitoza.<br />
Lúdico<br />
Com foco no público infanto-juvenil <strong>de</strong> 3 a<br />
17 anos, a Red Balloon ressalta em sua nova<br />
campanha, assinada pela CP+B, o caráter<br />
lúdico do ensino na escola <strong>de</strong> inglês. A<br />
animação mostra que o mundo ganha cor<br />
quando o balão vermelho, símbolo da marca,<br />
passa pelos alunos, que estão apren<strong>de</strong>ndo<br />
na prática o que se passa do lado <strong>de</strong> fora<br />
da sala <strong>de</strong> aula.<br />
Cp+B<br />
Red Balloon<br />
Título: Two little words; produto: Red Balloon;<br />
criação: Luiz Paccillo e Pedro Galdi; produtora<br />
<strong>de</strong> imagem: Vetor Zero; direção <strong>de</strong> cena: Nando<br />
Cohen; aprovação do cliente: Lucia Dini, Thiago<br />
Kono, Thiago Cabral e Caio Bandouk.<br />
Comparação<br />
A nova campanha da Cultura Inglesa compara<br />
os cursos <strong>de</strong> idiomas tradicionais com<br />
ativida<strong>de</strong>s datadas. No filme para TV, o “fazer<br />
inglês” é igualado a fazer ginástica (com<br />
polainas e faixas coloridas na cabeça). A comunicação<br />
ainda contempla peças para mídia<br />
exterior e conteúdo digital.<br />
Artplan<br />
Cultura inglesa<br />
Título: Fazer só inglês ficou antigo. Faça Cultura;<br />
produto: Curso <strong>de</strong> Idiomas; criação: Sergio Carvalho,<br />
Rodrigo Dorfman, Leo Valpassos, Renato Tagliari<br />
e Filipe Chulam; produtora <strong>de</strong> filme: Yourmama;<br />
direção <strong>de</strong> cena: Filippo Capuzzi Lapietra; aprovação<br />
do cliente: Rodrigo Brandão Taveiro Fontes,<br />
Luiza Elias e Marina Fontoura.<br />
32 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
Trio<br />
Para divulgar o trio <strong>de</strong> produtos peito <strong>de</strong> peru, presunto e<br />
morta<strong>de</strong>la <strong>de</strong>fumada da Seara, o filme Trigêmeas, assinado<br />
pela WMcCann, faz uma brinca<strong>de</strong>ira com a aparência<br />
idêntica das irmãs Gabriela, Juliana e Marcella Caram Zerey.<br />
Na peça, o aten<strong>de</strong>nte se confun<strong>de</strong> quando cada garota<br />
pe<strong>de</strong> um produto diferente porque ele acha que se trata da<br />
mesma pessoa, quando vira para buscar a peça. Ele entrega<br />
uma ban<strong>de</strong>ja com 300 gramas dos três diferentes produtos<br />
para cada uma <strong>de</strong>las e, já que ele se confundiu, elas<br />
precisam trocar as ban<strong>de</strong>jinhas. A assinatura A qualida<strong>de</strong><br />
vai te surpreen<strong>de</strong>r encerra o ví<strong>de</strong>o. Além do filme para TV,<br />
a campanha é composta por ações digitais, peças <strong>de</strong> mídia<br />
impressa, material <strong>de</strong> PDV e merchandising.<br />
WMcCann<br />
Seara<br />
Título: Trigêmeas; produto: Presunto, Peito <strong>de</strong> Peru e Morta<strong>de</strong>la;<br />
criação: João Pires, Leonardo Britoe Ryan Bussi; produtora do filme:<br />
Cine Cinematografica; direção <strong>de</strong> cena: Clovis Mello e Cris<br />
Vida; produtora <strong>de</strong> som: Loud; aprovação do cliente: Eduardo<br />
Bernstein, Fabiola Menezes Ferreira <strong>de</strong> Paula, Tannia Fukuda Bruno<br />
e Karina Fonseca Sousa.<br />
Personalizado<br />
A nova campanha do Itaú, para divulgar<br />
empréstimo pessoal, aposta em um formato<br />
inovador, com mensagens específicas para<br />
<strong>de</strong>terminados dias e momentos. Assinada<br />
pela DM9DDB, a comunicação terá a veiculação<br />
<strong>de</strong> mais 33 filmes para TV e digital.<br />
DM9DDB<br />
Banco Itaú<br />
Título: Empréstimo Pessoal Itaú; produto: Crédito<br />
Pessoal; criação: Gustavo Victorino, Paulo Coelho,<br />
Aaron Sutton, Arício Fortes, Renato Barreto, Maurício<br />
Machado, Carla Cancellara, Bernardo Correa e Rafael<br />
Campos; produtora <strong>de</strong> filme: Paranoid; direção <strong>de</strong><br />
cena: Heitor Dhalia; produtora <strong>de</strong> áudio: Satélite<br />
Áudio; aprovação do cliente: Eduardo Tracanella,<br />
Juliana Cury, Caroline Namora e Monique Araújo.<br />
Experiência<br />
As ferramentas digitais que têm<br />
o objetivo <strong>de</strong> melhorar a experiência<br />
do consumidor da Oi são tema<br />
da campanha da operadora. A<br />
comunicação é composta por sete<br />
filmes inspirados em ví<strong>de</strong>os compartilhados<br />
na internet.<br />
NBS<br />
Oi<br />
Título: Velocida<strong>de</strong> da vida; produto:<br />
App Minha Oi; criação: Felipe Rodrigues<br />
e Roberto Ulhoa; produtora <strong>de</strong> filme:<br />
Gos Filmes; direção <strong>de</strong> cena: Camila<br />
Faus; produtora <strong>de</strong> som: Cabaret; aprovação<br />
do cliente: Eric Albanese, Flávia<br />
Miguez, Patricia Osório, Gabriela Treiger,<br />
Julia Allevato e Florencia Perseo.<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 33
opinião<br />
your_photo/iSrock<br />
Antecipar, arriscar,<br />
enfim, inovar<br />
Marcelo Lenhard<br />
oferta <strong>de</strong> comunicação responsiva vive<br />
A um cenário <strong>de</strong> soluções medianas. Esse<br />
universo do bom e do ok tem nivelado por<br />
baixo as campanhas e projetos que temos<br />
visto. Trabalhar sobre <strong>de</strong>manda virou um<br />
vício e talvez explique essa condição, pois<br />
uma atitu<strong>de</strong> que se limita a caminhar sempre<br />
em função das solicitações das marcas,<br />
não é mais suficiente. Daqui para frente, o<br />
olhar questionador, curioso e <strong>de</strong>sbravador<br />
será fundamental para encontrar as soluções<br />
que atendam às exigentes expectativas.<br />
Estruturas dinâmicas e novos mo<strong>de</strong>los<br />
<strong>de</strong> negócio que estimulam conexões temporárias<br />
<strong>de</strong> inteligência colaborativa ganham<br />
cada vez mais espaço e se mostram<br />
na direção <strong>de</strong> um olhar mais investigativo.<br />
As agências convencionais<br />
habituadas ao mo<strong>de</strong>lo apenas<br />
responsivo terão cada vez mais<br />
dificulda<strong>de</strong>s em um mundo tão<br />
dinâmico e competitivo entre<br />
as marcas. Até há poucos anos,<br />
apenas estas agências eram<br />
provedoras <strong>de</strong> soluções estratégicas <strong>de</strong> negócio<br />
e comunicação. O posto <strong>de</strong> parceiro<br />
intelectual era um monopólio e gerou uma<br />
gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência das marcas, já que as<br />
mídias utilizadas estavam todas atreladas<br />
ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócio publicitário.<br />
O cenário <strong>de</strong> hoje é completamente diferente.<br />
Com a explosão e a ressignificação<br />
dos canais <strong>de</strong> mídia, essa <strong>de</strong>pendência diminuiu.<br />
Além disso, players competitivos<br />
surgiram com musculatura para contribuir<br />
estrategicamente. Este novo cenário está<br />
provocando nas marcas uma reflexão sobre<br />
<strong>de</strong> on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>riam vir as soluções, e com a<br />
abertura <strong>de</strong> diálogo com novos agentes <strong>de</strong><br />
comunicação, diferentes estratégias e soluções<br />
passaram a surgir e ser ofertadas, beneficiando<br />
as próprias marcas.<br />
Soluções acima da média merecem uma<br />
profundida<strong>de</strong> maior, e uma liberda<strong>de</strong> em<br />
“A inovação<br />
vem <strong>de</strong><br />
diferentes<br />
lugares”<br />
arriscar. Essa atitu<strong>de</strong> inovadora, antecipada<br />
e <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> risco <strong>de</strong>ve prioritariamente<br />
partir da cultura da agência. Se<br />
o ambiente não transpirar a liberda<strong>de</strong> e,<br />
principalmente, encorajamento para ousar,<br />
não adianta criar o tal <strong>de</strong>partamento<br />
<strong>de</strong> inovação/Labs/Startups... whatever. Se<br />
você acha que vai gerar inovação <strong>de</strong>ixando<br />
para um núcleo essa responsabilida<strong>de</strong>, o<br />
que está <strong>de</strong> fato procurando não é inovação<br />
e sim um culpado. Nick Law, vice-chairmain<br />
da R/GA, foi taxativo ao afirmar que<br />
“a inovação vem <strong>de</strong> diferentes lugares e o<br />
maior impedimento para as agências inovarem<br />
é a própria cultura”.<br />
O briefing é a rua, o comportamento, as<br />
necessida<strong>de</strong>s mais genuínas e ainda não<br />
atendidas. Ele não precisa vir das marcas,<br />
po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ir até elas. Uma agência<br />
atenta aos movimentos comportamentais<br />
cotidianos certamente<br />
vai se antecipar e encontrar<br />
um caminho inovador e surpreen<strong>de</strong>nte<br />
para que a marca encante e<br />
atenda o âmago <strong>de</strong> seus consumidores.<br />
Está aí e para todo mundo<br />
ver, é só se dar ao trabalho <strong>de</strong> curiosamente<br />
observar. Desmistificando a inovação,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a organização esteja voltada para<br />
ela como priorida<strong>de</strong>, será possível tê-la<br />
com frequência brotando <strong>de</strong> on<strong>de</strong> menos se<br />
espera e não apenas como um espasmo ou<br />
fenômeno isolado.<br />
O bônus em processos <strong>de</strong> busca do acerto<br />
pelo risco é proporcional e exponencialmente<br />
vantajoso, pois uma hora você<br />
vai acertar e quando ocorrer vai acertar<br />
muito. E o fato é, quem não arrisca, corre<br />
o risco mesmo assim, e o pior <strong>de</strong>les, o da<br />
estagnação. O que não tem solução, solucionado<br />
precisa ser, e não é com uma atitu<strong>de</strong><br />
responsiva que subiremos o sarrafo e a<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossas campanhas e projetos.<br />
Se antecipar provocando as marcas é o caminho<br />
para a inovação e é a nova regra do<br />
jogo daqui por diante. Não somos agências,<br />
somos agentes <strong>de</strong> transformação.<br />
Marcelo Lenhard é CEO da Hands<br />
marcelo.lenhard@hands.ag<br />
34 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
marcas<br />
Caixa tem 13 agências na disputa<br />
pela conta <strong>de</strong> R$ 450 milhões<br />
WMcCann, Heads, nova/sb, NBS, Calia/Y2, Propeg, Artplan, Fischer,<br />
Dentsu, Fields, Link, Objectiva e Bin<strong>de</strong>r estão na concorrência do banco<br />
processo <strong>de</strong> licitação para<br />
O a conta <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
R$ 450 milhões da Caixa Econômica<br />
Fe<strong>de</strong>ral tem 13 agências<br />
participantes. De acordo com a<br />
assessoria <strong>de</strong> comunicação da<br />
Caixa, os nomes confirmados<br />
são WMcCann, Heads, nova/sb,<br />
NBS, Calia/Y2, Propeg, Artplan,<br />
Fischer, Dentsu, Fields, Link,<br />
Objectiva e Bin<strong>de</strong>r. A entrega<br />
dos envelopes com as propostas<br />
técnica e <strong>de</strong> preço foi realizada<br />
no dia 12. Ainda segundo<br />
a Caixa, nenhuma agência foi<br />
<strong>de</strong>sclassificada até o momento.<br />
Serão escolhidas três agências<br />
para o contrato <strong>de</strong> um ano,<br />
uma empresa a menos do que<br />
ocorre no contrato atual. Hoje<br />
a Caixa é atendida pelas agências<br />
Propeg, nova/sb, Heads e<br />
Artplan.<br />
McDonald’s realiza maior cara ou<br />
coroa para divulgar Big Mac Bacon<br />
Ação assinada pela DM9 lançou moeda gigante <strong>de</strong> um helicóptero, nos<br />
Estados Unidos, para <strong>de</strong>cidir se novo lanche é ou não um Big Mac<br />
Des<strong>de</strong> que os novos Big Mac<br />
Bacon e Duplo Big Mac foram<br />
lançados, no último dia 3,<br />
um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>bate entre os fãs<br />
do lanche foi travado. A inclusão<br />
<strong>de</strong> um novo ingrediente<br />
<strong>de</strong>scaracterizaria o clássico?<br />
Para colocar ainda mais pimenta<br />
na discussão, as agências<br />
DPZ&T e DM9 <strong>de</strong>senvolveram<br />
algumas campanhas explorando<br />
o lançamento. Mas, no última<br />
dia 18, foi colocado um ponto<br />
final na polêmica. Ou quase.<br />
A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> fast food preparou<br />
o maior cara ou coroa do mundo,<br />
lançando <strong>de</strong> um helicóptero,<br />
uma moeda <strong>de</strong> 400 kg. De<br />
um lado, a mensagem “é um<br />
Bic Mac”. Do outro, “não é”. A<br />
transmissão ao vivo foi feita via<br />
Campanha da Caixa para as Olimpíadas do Rio, realizadas em 2016<br />
Denúncias<br />
A escolha das novas agências<br />
<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> da Caixa ocorre<br />
em um momento <strong>de</strong>licado para<br />
a marca. Na semana passada, o<br />
Lançamento <strong>de</strong> moeda gigante foi transmitido ao vivo pelo Facebook direto do Texas<br />
Facebook direto <strong>de</strong> um porta-<br />
-aviões americano <strong>de</strong>sativado,<br />
no Texas. A ação teve criação<br />
da DM9. No cara ou coroa, a<br />
moeda caiu com a mensagem<br />
“é um Big Mac” para cima,<br />
Divulgação<br />
presi<strong>de</strong>nte Michel Temer afastou<br />
quatro dos 12 vice-presi<strong>de</strong>ntes<br />
do banco por 15 dias.<br />
Eles são investigados pelo<br />
Ministério Público Fe<strong>de</strong>ral e<br />
Divulgação<br />
mas o <strong>de</strong>bate não <strong>de</strong>ve ter um<br />
fim tão simples. Após o live, o<br />
McDonald’s convidou os consumidores<br />
a continuarem a<br />
conversa, respon<strong>de</strong>ndo uma<br />
enquete e conferindo na loja<br />
pela Polícia Fe<strong>de</strong>ral, acusados<br />
<strong>de</strong> vazar informações privilegiadas<br />
para políticos sobre pedidos<br />
<strong>de</strong> empréstimos e usar<br />
cargos como moeda <strong>de</strong> troca<br />
para liberação <strong>de</strong> crédito.<br />
No último dia 19, foi aprovado<br />
um novo estatuto do banco,<br />
em Assembleia-Geral Extraordinária<br />
da Caixa. O documento<br />
tem novas regras para escolha<br />
dos dirigentes, além <strong>de</strong> trazer<br />
mais transparência para os processos<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Agora o processo<br />
<strong>de</strong> escolha e <strong>de</strong>stituição<br />
<strong>de</strong> dirigentes da Caixa passa a<br />
ser do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
do banco, após passar pelo<br />
Comitê <strong>de</strong> Indicação e Remuneração.<br />
Até agora, a indicação<br />
era do Ministério da Fazenda,<br />
com consenso do Conselho <strong>de</strong><br />
Administração.<br />
mais próxima os novos lanches.<br />
Além da ativação, a re<strong>de</strong><br />
preparou campanha em ví<strong>de</strong>o<br />
e mobiliário urbano, assinada<br />
pela DPZ&T. Em parceria com<br />
a Otima e a Bizsys, a empresa<br />
instalou na Avenida Paulista,<br />
em São Paulo, um painel digital<br />
para que os consumidores<br />
possam votar e acompanhar<br />
em tempo real o resultado da<br />
enquete. Painéis holográficos<br />
também foram instalados na cida<strong>de</strong>.<br />
“O McDonald’s tem dois<br />
tipos <strong>de</strong> fãs incondicionais, o<br />
que acha que os clássicos são irretocáveis,<br />
perfeitos, sagrados;<br />
e os abertos a experiências inéditas.<br />
E isso está representado<br />
nos filmes”, diz Daniel Motta,<br />
diretor <strong>de</strong> criação da DPZ&T.<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 35
Comunicação digital<br />
Em 2017, através <strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d<br />
content, resolvemos criar um<br />
canal no YouTube chamado<br />
Universo da Cris, com a i<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> ter uma maneira diferenciada<br />
para se comunicar com<br />
os nossos consumidores, pormarcas<br />
Hino<strong>de</strong> quer<br />
focar no mercado<br />
internacional<br />
Divulgação<br />
Com 30 anos <strong>de</strong> atuação no país, a Hino<strong>de</strong><br />
vem conquistando o seu espaço no mercado<br />
brasileiro. A empresa nacional <strong>de</strong> venda<br />
direta, com fábrica em Jandira, já possui<br />
mais <strong>de</strong> 500 produtos em seu portfólio, entre<br />
cosméticos e maquiagem. Crisciane Rodrigues,<br />
vice-presi<strong>de</strong>nte comercial do Grupo Hino<strong>de</strong>, uma<br />
das her<strong>de</strong>iras da marca, revela <strong>de</strong>talhes da história<br />
<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo da família, do trabalho <strong>de</strong><br />
captação <strong>de</strong> mulheres e dos planos <strong>de</strong> ampliar o<br />
share <strong>de</strong>ntro do mercado nacional e internacional.<br />
Veja a seguir os principais trechos da entrevista.<br />
Alisson Fernán<strong>de</strong>z<br />
Empren<strong>de</strong>dorismo<br />
A Hino<strong>de</strong> surgiu <strong>de</strong> uma<br />
i<strong>de</strong>ia dos meus pais. Minha<br />
mãe, que era costureira, foi<br />
ven<strong>de</strong>dora porta a porta <strong>de</strong> diversos<br />
produtos. Em 1983, ela<br />
ingressou em uma gran<strong>de</strong> empresa<br />
e teve a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> conhecer melhor o mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> distribuição<br />
e formação <strong>de</strong> equipe. Com o<br />
tempo, ela tornou-se uma das<br />
gran<strong>de</strong>s lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong>sse negócio<br />
e, após dois anos, meu pai<br />
passou a trabalhar com ela em<br />
tempo integral. Depois, formaram<br />
a maior equipe da empresa.<br />
Em um prazo <strong>de</strong> cinco<br />
anos, a equipe <strong>de</strong> vendas <strong>de</strong>les<br />
representava em torno <strong>de</strong> 70%<br />
da companhia. Mas aí, chegou<br />
um momento que, por motivos<br />
estratégicos, a empresa<br />
on<strong>de</strong> eles trabalhavam <strong>de</strong>cidiu<br />
não investir mais no negócio.<br />
E meus pais, sem experiência<br />
empresarial e apenas com<br />
garra e empreen<strong>de</strong>dorismo,<br />
montaram a Hino<strong>de</strong> em 1988<br />
na garagem <strong>de</strong> nossa casa, na<br />
Zona Norte <strong>de</strong> São Paulo.<br />
que sabemos que o consumo<br />
<strong>de</strong> mídia não vem apenas da<br />
mídia convencional. A galera<br />
mais antenada e jovem gosta<br />
<strong>de</strong> conteúdo on-<strong>de</strong>mand. Mas<br />
como é que você se comunica<br />
com essa galera? Foi aí que<br />
surgiu a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar<br />
esse canal. E, em uma pesquisa<br />
interna, foi <strong>de</strong>cidido que eu<br />
seria a pessoa que representaria<br />
a marca no canal. Confesso<br />
que no começo não era o que<br />
queria, pois estava em uma<br />
zona <strong>de</strong> conforto como diretora-comercial,<br />
ainda não era<br />
a vice-presi<strong>de</strong>nte e os números<br />
estavam superbem. Mas<br />
<strong>de</strong>pois me lembrei da história<br />
dos meus pais e <strong>de</strong> que a zona<br />
<strong>de</strong> conforto não era a minha<br />
zona preferida. Aceitei o <strong>de</strong>safio<br />
e está uma <strong>de</strong>lícia.<br />
Empo<strong>de</strong>ramento<br />
O programa <strong>de</strong> incentivo<br />
chamado Pérolas começou em<br />
2015. Foi um ano <strong>de</strong> aprendizado,<br />
mas tivemos <strong>de</strong> mexer<br />
um pouco no mo<strong>de</strong>lo, mas<br />
logo <strong>de</strong> cara já contávamos<br />
com o engajamento <strong>de</strong>ssas<br />
poucas lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong>ntro do negócio.<br />
Em 2016, ele foi lançado<br />
como uma plataforma,<br />
um programa <strong>de</strong> captação e<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da li<strong>de</strong>rança<br />
feminina com métricas, <strong>de</strong>safios<br />
e acabamos treinando<br />
37.500 mulheres. Já em 2017<br />
foram mais 137 mil treinadas<br />
e capacitadas. O Pérolas é o<br />
Cris Rodrigues: “Em 2017 foram mais <strong>de</strong> 137 mil mulheres treinadas e capacitadas”<br />
“Em 2017,<br />
ingressamos<br />
no Peru e na<br />
Colômbia. Já<br />
possuímos mais<br />
<strong>de</strong> cinco mil<br />
consultores<br />
latinos”<br />
maior programa <strong>de</strong> capacitação<br />
do país.<br />
Concorrência<br />
A concorrência é boa para<br />
o mercado, economia, consumidor,<br />
enfim, para todo<br />
mundo. Encaro as gran<strong>de</strong>s<br />
concorrentes <strong>de</strong> marcas como<br />
gran<strong>de</strong>s inspirações, pois elas<br />
nos mostram que é possível<br />
chegar lá. Quando você tem<br />
alguém que você admira e já<br />
está no lugar on<strong>de</strong> você quer<br />
chegar, você bate palmas,<br />
reverencia e avisa que está<br />
chegando. Trabalhamos com<br />
muita ética, focamos no nosso<br />
negócio sempre com muita<br />
postura empresarial <strong>de</strong> respeitar<br />
o mercado e as pessoas que<br />
fazem e trabalham <strong>de</strong> maneira<br />
honesta.<br />
Perspectivas<br />
Consolidar tudo o que construímos,<br />
mas sempre buscando<br />
crescer. Queremos dar mais<br />
enfoque ao mercado internacional.<br />
Em 2017, ingressamos<br />
no Peru e na Colômbia. Já possuímos<br />
mais <strong>de</strong> cinco mil consultores<br />
latinos. Então, queremos<br />
continuar na abertura <strong>de</strong><br />
mercado e alcançar mais share<br />
<strong>de</strong>ntro do Brasil.<br />
36 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
marcas<br />
Proibida quer ser cerveja titular do<br />
Carnaval e investe em Neymar Jr.<br />
Criada pela We, ação<br />
mostra cenas <strong>de</strong><br />
grafismos, junto ao<br />
jogador e aos blocos<br />
“Cerveja n° 10”, da Proibida, aproveita<br />
A a época do ano mais quente e disputada<br />
pelo mercado da bebida para lançar sua<br />
campanha <strong>de</strong> Carnaval, criada pela We.<br />
Protagonizado pelo garoto-propaganda<br />
da marca, Neymar Jr. - craque do time <strong>de</strong><br />
futebol Paris Saint Germain e da seleção<br />
brasileira -, o novo filme traz a energia da<br />
folia carnavalesca.<br />
Embalado por uma trilha original composta<br />
pela equipe <strong>de</strong> criação da We, o filme<br />
busca oficializar a Proibida como a cerveja<br />
titular do Carnaval.<br />
Produzido pela Sentimental, o comercial<br />
traz um gran<strong>de</strong> telão <strong>de</strong> led, mesclando grafismos<br />
nas cores <strong>de</strong> Proibida, junto a Neymar<br />
e a blocos <strong>de</strong> Carnaval.<br />
Segundo Piero Motta, sócio-fundador da<br />
We, o filme, além <strong>de</strong> fortalecer o novo posicionamento<br />
da marca - Proibida 10 – visa<br />
alegrar com responsabilida<strong>de</strong> esse momento<br />
do ano. “O Carnaval é uma gran<strong>de</strong> festa<br />
e adorada pelo povo brasileiro. A intenção é<br />
apostar no evento e oferecer para os consumidores<br />
<strong>de</strong> Proibida um produto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”,<br />
completa.<br />
A campanha também estará presente na<br />
rádio e na internet. A marca também é uma<br />
das patrocinadoras do Carnaval da Re<strong>de</strong><br />
Globo, pelo terceiro ano consecutivo.<br />
A direção <strong>de</strong> criação é <strong>de</strong> Sidney Braz e<br />
Ricardo Sarno, que também assinam a criação,<br />
ao lado <strong>de</strong> Marcelo Siqueira.<br />
Produção é da Sentimental Filme, com<br />
direção <strong>de</strong> Maurício Guimarães e Luciano<br />
Zuffo. Fotografia <strong>de</strong> Vitor Amati e Francisco<br />
Edivaldo <strong>de</strong> Oliveira e produção do som da<br />
Comando S.<br />
Cena do filme, que também quer fortalecer novo posicionamento da marca: Proibida 10<br />
Fotos: Divulgação<br />
Estratégia é apresentar alegria com responsabilida<strong>de</strong><br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 37
marcas<br />
DPZ&T explora a liberda<strong>de</strong> para<br />
apresentar o Kaiak Aero da Natura<br />
Agência conduziu pesquisa junto aos consumidores que resultou no<br />
conceito da campanha, que mistura cenas do mar ao vento forte<br />
mar e o vento forte são os<br />
O ingredientes da campanha<br />
<strong>de</strong> lançamento <strong>de</strong> Kaiak Aero,<br />
da Natura. Com acor<strong>de</strong>s tônicos,<br />
simbolizados na força do<br />
vento, essa é a primeira vez que<br />
a fragrância é comunicada <strong>de</strong>ntro<br />
do novo posicionamento da<br />
Natura no segmento.<br />
O filme começou a ser veiculado<br />
semana passada. Criado<br />
pela DPZ&T, o conceito da ação<br />
surgiu a partir <strong>de</strong> uma pesquisa<br />
conduzida pela agência, na qual<br />
os entrevistados indicaram que<br />
o vento arrepia, porque faz com<br />
que as pessoas se sintam vivas.<br />
Seguindo o atributo <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong><br />
da marca, a Natura foi até os<br />
Lençóis Maranhenses e inspirou<br />
no kitesurf, esporte que só<br />
ocorre no encontro do vento<br />
forte com a água.<br />
“Com a campanha <strong>de</strong> lançamento<br />
<strong>de</strong> Kaiak Aero, damos<br />
continuida<strong>de</strong> à construção da<br />
Heineken quer incentivar jovens<br />
a <strong>de</strong>scobrirem segredos da cida<strong>de</strong><br />
Publicis assina criação <strong>de</strong> The Canvas, que faz parte da plataforma<br />
global Cities, que vai transformar espaço centenário <strong>de</strong> São Paulo<br />
Heineken apresenta The Canvas,<br />
filme que tem o objetivo<br />
A<br />
<strong>de</strong> inspirar os consumidores a<br />
explorarem os segredos <strong>de</strong> suas<br />
cida<strong>de</strong>s e será veiculado na TV<br />
aberta, a cabo e nas plataformas<br />
digitais da marca.<br />
Criado pela Publicis, o comercial<br />
apresenta três amigos que, a<br />
partir da <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> um imã<br />
superpotente, transformam uma<br />
velha garagem abandonada em<br />
um bar, o que acaba por ressignificar<br />
a rua toda, transformando-a<br />
em uma nova atração da cida<strong>de</strong>.<br />
“O filme é um convite a <strong>de</strong>svendar<br />
todo o potencial da cida<strong>de</strong>,<br />
olhando com criativida<strong>de</strong><br />
para cada canto <strong>de</strong>la. A Heineken<br />
inspira seus consumidores a vi-<br />
Cena da campanha <strong>de</strong> Kaiak Aero, que remete ao conceito <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, trazida pelo mar e pelo vento<br />
Casa <strong>de</strong> Perfumaria do Brasil,<br />
explorando, como nas campanhas<br />
anteriores, a exuberância<br />
da nossa natureza e da nossa<br />
cultura, mostrando o Brasil que<br />
arrepia. E nada mais ‘Brasil que<br />
arrepia’ do que o remix <strong>de</strong> uma<br />
venciar a cida<strong>de</strong> gerando gran<strong>de</strong>s<br />
mudanças por meio <strong>de</strong> pequenos<br />
atos, sempre respeitando sua<br />
história e cultura”, comenta Vanessa<br />
Brandão, diretora da marca<br />
Heineken.<br />
canção do Dorival Caymmi -<br />
O Vento. A alquimia entre os<br />
elementos clássicos e mo<strong>de</strong>rnos<br />
da música é a perfeita analogia<br />
ao que a Natura faz em sua<br />
perfumaria. Mais uma vez, uma<br />
honra homenagear um gigante<br />
Divulgação<br />
Três amigos transformam<br />
uma velha garagem em<br />
um bar, no filmes The Canvas<br />
Divulgação<br />
da nossa música na comunicação<br />
da marca”, comenta Denise<br />
Gallo, diretora <strong>de</strong> criação da<br />
DPZ&T. A campanha contará<br />
ainda com conteúdo digital,<br />
mobiliário urbano e spots <strong>de</strong><br />
rádio.<br />
No Brasil, como parte da<br />
plataforma global Cities, a Heineken<br />
transformará um espaço<br />
centenário <strong>de</strong> São Paulo, abrindo-o<br />
ao público pela primeira<br />
vez com uma festa que será realizada<br />
ao longo <strong>de</strong> quatro fins<br />
<strong>de</strong> semana, a partir <strong>de</strong> fevereiro.<br />
Além disso, uma campanha <strong>de</strong><br />
mídia exterior em gran<strong>de</strong>s capitais<br />
quer reforçar a mensagem<br />
da campanha.<br />
38 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
eyond the line<br />
Kasto80/iStock<br />
Eventos <strong>2018</strong><br />
Ficar mergulhado nos negócios do dia a dia<br />
po<strong>de</strong> ter um efeito colateral perverso<br />
Alexis Thuller Pagliarini<br />
ão tenho tempo para eventos!”. É<br />
“No que ouvimos <strong>de</strong> muitos publicitários,<br />
quando perguntamos sobre sua<br />
participação em eventos. De fato, com o<br />
enxugamento <strong>de</strong> estrutura promovido horizontalmente<br />
no nosso mercado, está todo<br />
mundo muito atarefado.<br />
Mas será que os eventos são uma perda<br />
<strong>de</strong> tempo ou menos importantes que <strong>de</strong>mais<br />
ativida<strong>de</strong>s ou ainda dispensáveis?<br />
Na minha opinião, os bons eventos são<br />
oportunida<strong>de</strong>s insubstituíveis <strong>de</strong> se vivenciar<br />
nossa ativida<strong>de</strong>. De absorver conteúdo,<br />
<strong>de</strong> trocar i<strong>de</strong>ias com pares, <strong>de</strong> aumentar<br />
networking, <strong>de</strong> conhecer novas tendências<br />
ou ferramentas...<br />
Alguém po<strong>de</strong>rá dizer que consegue tudo<br />
isso, sem necessariamente estar lá, ao vivo.<br />
Afinal, o que não falta hoje é acesso a conteúdo,<br />
mesmo aquele gerado nos eventos.<br />
É verda<strong>de</strong>. Mas você consegue ter foco para<br />
acessar e absorver esse conteúdo online?<br />
Duvido! O bom dos eventos é que, estando<br />
lá, a gente se obriga a focar nas apresentações.<br />
O distanciamento do dia a dia corrido,<br />
apesar da sensação <strong>de</strong> estar ausente do<br />
trabalho, é superproveitoso.<br />
É nessas ocasiões que pintam os insights,<br />
que se fazem benchmarks e se ampliam<br />
os horizontes. Ficar mergulhado nos<br />
negócios do dia a dia po<strong>de</strong> ter um efeito<br />
colateral perverso <strong>de</strong> se distanciar das tendências,<br />
da inovação... É claro que há eventos<br />
e eventos.<br />
É necessária uma criteriosa seleção antes<br />
<strong>de</strong> se optar pelos eventos que preten<strong>de</strong>mos<br />
participar. Mas o que não dá é ficar ausente.<br />
Não vale aquele “Tenho mais o que fazer...”.<br />
Trago esse tema para este artigo porque<br />
estou exatamente no meio da seleção <strong>de</strong><br />
eventos <strong>de</strong> <strong>2018</strong> para confeccionar o Datas<br />
& Eventos <strong>2018</strong>, calendário que a Fenapro<br />
prepara anualmente, apresentando os<br />
principais eventos do ano para quem atua<br />
no setor <strong>de</strong> marketing e comunicação.<br />
No campo internacional, temos o Cannes<br />
Lions renovado. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
da sua renovação, diminuindo dois dias <strong>de</strong><br />
festival, o evento francês é o principal do<br />
nosso setor.<br />
É lá que vemos mais <strong>de</strong> 90 países exporem<br />
seus melhores trabalhos publicitários,<br />
além <strong>de</strong> um conteúdo que abrange os temas<br />
mais importantes do mundo da criativida<strong>de</strong>.<br />
Os mais críticos preferem eventos mais<br />
disruptivos ou aqueles com uma pegada<br />
mais tecnológica. Nada contra.<br />
Acho que os publicitários <strong>de</strong>vem, mesmo,<br />
beber em outras fontes. É inegável o<br />
avanço tecnológico no campo da comunicação<br />
e do marketing e <strong>de</strong>vemos todos ficar<br />
up to date sobre. Mas o sessentão Cannes<br />
Lions cumpre também esse papel <strong>de</strong> apresentar<br />
a inovação.<br />
Não à toa, vem crescendo ano a ano<br />
sua <strong>de</strong>dicação a mostras paralelas <strong>de</strong> trabalhos<br />
e conteúdo <strong>de</strong> Innovation e Entertainment,<br />
por exemplo. Bem, correndo em<br />
paralelo está o SXSW, que caiu no gosto<br />
dos brasileiros, que já são em maior número<br />
do que aqueles que foram a Cannes no<br />
ano passado.<br />
A varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> temas do evento em<br />
Austin é atraente, mas confusa. O gran<strong>de</strong><br />
risco <strong>de</strong> quem participa do evento é se per<strong>de</strong>r<br />
no meio <strong>de</strong> uma programação que vai<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> shows em cada esquina até mostras<br />
<strong>de</strong> pôster, passando por feira, congresso<br />
e premiações <strong>de</strong> todo o tipo. É um evento<br />
mais barato do que Cannes, tanto na inscrição<br />
como nos <strong>de</strong>mais custos <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento<br />
e hospedagem, mas não acho que<br />
seja um substituto natural. O i<strong>de</strong>al é estar<br />
nos dois.<br />
Este ano, estarei presente em um evento<br />
menos conhecido, mas <strong>de</strong> um conteúdo riquíssimo<br />
no campo da criativida<strong>de</strong>: o Adobe<br />
Max, que ocorre nos EUA. Fora estes,<br />
mais famosos, há outra opções interessantes<br />
aqui por perto, como o El Ojo, por exemplo.<br />
Já o campo da tecnologia e do universo<br />
online, oferece múltiplas possibilida<strong>de</strong>s.<br />
Mas há muita coisa boa por aqui mesmo.<br />
É só ficarmos atentos aos bons eventos do<br />
IAB, da Digitalks e <strong>de</strong> outras plataformas<br />
bastante atuantes no nosso mercado. O que<br />
não dá para fazer é <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhar <strong>de</strong> todas essas<br />
inúmeras oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atualização<br />
e conhecimento, sem falar no networking.<br />
O Datas & Eventos, elaborado pela Fenapro,<br />
trará um calendário recheado <strong>de</strong> opções.<br />
Planeje-se e participe!<br />
Alexis Thuller Pagliarini é superinten<strong>de</strong>nte<br />
da Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências<br />
<strong>de</strong> Propaganda)<br />
alexis@fenapro.org.br<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 39
we<br />
mkt<br />
Onypix/iStock<br />
Jequiti ou Jaquiti...<br />
“Quem quer dinheiro?”<br />
Silvio Santos<br />
Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />
Silvio Santos <strong>de</strong>veria ter se <strong>de</strong>dicado exclusivamente<br />
ao território que domina,<br />
manda, é craque e ensina a todos - colaboradores<br />
e concorrentes: a televisão.<br />
Uma televisão <strong>de</strong> dono. Em que a gran<strong>de</strong><br />
atração - não obstante coadjuvantes célebres<br />
- continua sendo ele, e aos 86 anos.<br />
Leio com carinho, atenção e respeito a<br />
matéria da revista Valor sobre uma <strong>de</strong> suas<br />
empresas: a Jequiti. Que pelos planos, e<br />
pelo que faz, <strong>de</strong>veria se rebatizar Jaqueti.<br />
Já Que... E, vai fazendo e se <strong>de</strong>bilitando...<br />
E não saindo do lugar... E emplacando<br />
vermelho sobre vermelho. Uma fonte permanente<br />
<strong>de</strong> prejuízos.<br />
Para que não digam que exagero, não<br />
obstante, repito, todo respeito e carinho <strong>de</strong><br />
que me tomei para ler a matéria, sublinho,<br />
agora, alguns trechos. Quem dá a entrevista<br />
é Antonio Mônaco, presi<strong>de</strong>nte da Jequiti.<br />
- Sobre os resultados do ano passado: A<br />
companhia elevou o faturamento em 2,9%,<br />
mas teve um prejuízo líquido <strong>de</strong> R$ 117,5<br />
milhões. Um crescimento, no prejuízo, <strong>de</strong><br />
27,5% a mais do que no ano anterior, ou<br />
seja, cresceu 2,9% nas vendas e 27,5% nos<br />
prejuízos...<br />
- O trágico e absurdo retorno do Carnê<br />
do Baú: Mônaco conta sobre o infeliz momento:<br />
“Numa reunião perguntaram o que<br />
se po<strong>de</strong>ria fazer com o Carnê do Baú. Eu<br />
levantei a mão e sugeri que o carnê po<strong>de</strong>ria<br />
dar produtos da Jequiti como prêmios”.<br />
Desgraçadamente, digo eu, a i<strong>de</strong>ia foi colocada<br />
em prática em 2016.<br />
- As vendas diretas: Ainda o principal canal<br />
<strong>de</strong> distribuição da empresa. Uma base<br />
<strong>de</strong> 250 mil ven<strong>de</strong>dores agora trabalhando<br />
nem no mono nem no multilevel. Criou o<br />
bilevel. Dois níveis com um lí<strong>de</strong>r que gerencia<br />
<strong>de</strong> 250 a 300 ven<strong>de</strong>dores e ganha um<br />
percentual sobre as vendas <strong>de</strong> seus comandados.<br />
No final da entrevista, quem se manifesta<br />
é a diretora <strong>de</strong> marketing da Jequiti,<br />
Monica Gregori, que diz: “O que fizemos foi<br />
resgatar seus atributos e forte ligação com<br />
o SBT”. Ou, “Entre os símbolos do SBT que<br />
passaram a ser explorados pela equipe <strong>de</strong><br />
marketing estão o assistente <strong>de</strong> palco Roque<br />
e a ‘Porta da Esperança’, que aparecem<br />
no catálogo <strong>de</strong> vendas...”.<br />
Sinto muito, Mônica, mas que futuro po<strong>de</strong><br />
ter uma marca <strong>de</strong> perfumes que exala<br />
forte ligação com o SBT? E para complicar<br />
esse posicionamento precário, está investindo<br />
em artistas que, na cabeça das pessoas,<br />
mesmo e eventualmente não sendo,<br />
“São Globais”, e não remetem ao suposto<br />
DNA da marca, o SBT.<br />
Hoje <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m e proclamam a marca e<br />
suas virtu<strong>de</strong>s Ivete Sangalo, Anitta, Lázaro<br />
Ramos, Taís Araujo...<br />
Mas, as novida<strong>de</strong>s não param por aí. A<br />
Jequiti também se faz presente no varejo,<br />
através das Vending Machines localizadas<br />
nos hipermercados Extra... Diz Mônaco:<br />
“Ven<strong>de</strong>mos miniaturas dos principais<br />
produtos da marca. As máquinas têm perfumes<br />
<strong>de</strong> 25 ml e 75 ml, i<strong>de</strong>ais para que os<br />
consumidores experimentem nossas fragrâncias...”.<br />
Definitivamente, não vai funcionar.<br />
Nem quero pensar... No SBT e, muito<br />
especialmente, nas empresas satélites e<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>pois da aposentadoria <strong>de</strong><br />
Senior Abravanel, o genial e único Silvio<br />
Santos. O homem televisão. Hoje a Jequiti<br />
fatura menos da meta<strong>de</strong> do que faturava<br />
anos atrás. E, se não estancarem já essa<br />
sandice, periga Silvio Santos ter <strong>de</strong> enfrentar<br />
uma nova crise tipo Panamericano.<br />
Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />
é consultor <strong>de</strong> marketing<br />
famadia@madiamm.com.br<br />
40 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
curtas<br />
Nota: O colunista da Supercenas,<br />
Paulo Macedo, está em férias<br />
Cheetos parmesão traz<br />
imagem da cantora<br />
Anitta na embalagem<br />
Depois <strong>de</strong> estrear em Paradinha, o<br />
primeiro clipe internacional da cantora<br />
Anitta, a marca <strong>de</strong> salgadinhos Cheetos,<br />
da PepsiCo, volta a estreitar laços com a<br />
artista e apresenta uma edição especial do<br />
produto. Desta vez, Anitta vai estampar a<br />
embalagem <strong>de</strong> Cheetos sabor parmesão,<br />
que começa a ser comercializado para o<br />
público no próximo mês em todo o Brasil.<br />
Além <strong>de</strong> aparecer nas embalagens,<br />
Anitta e Cheetos fecharam uma parceria<br />
para o Carnaval <strong>de</strong>ste ano. O mascote da<br />
marca, Chester Cheetah, vai participar do<br />
Bloco das Po<strong>de</strong>rosas e estará presente no<br />
trio elétrico da cantora em Salvador e Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro. “Estou muito feliz com essa<br />
parceria. Já revelei outras vezes que sou<br />
consumidora <strong>de</strong> Cheetos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> pequena”,<br />
revela Anitta.<br />
Daniela Cachich, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> marketing da PepsiCo, confirma ação da marca no trio elétrico <strong>de</strong> Anitta<br />
Fotos: Divulgação<br />
Cinema inspira Bra<strong>de</strong>sco<br />
Heads fortalece criação<br />
Ogilvy tem novo atendimento<br />
Filme faz alusão a Hollywood Os contratados Eduardo Vares e Bruno Pereira Paula Fernan<strong>de</strong>s assume novo <strong>de</strong>safio na Ogilvy<br />
Com criação da Publicis, o Bra<strong>de</strong>sco estreou<br />
no último dia 20, no intervalo do Jornal<br />
Nacional, uma nova campanha inspirada<br />
nos cartazes dos filmes <strong>de</strong> Hollywood.<br />
Com locução do apresentador Pedro Bial,<br />
o comercial também traz um novo sound<br />
logo e mostra diferentes produtos e serviços<br />
do banco que incentivam os brasileiros<br />
a “dar um play na sua história”. “A campanha<br />
apresenta o Bra<strong>de</strong>sco como um viabilizador<br />
da vida dos brasileiros, ilustrando<br />
como os produtos impulsionam suas<br />
histórias ou, como <strong>de</strong> acordo com nosso<br />
posicionamento, sigam ‘Pra Frente’”, afirma<br />
Márcio Parizotto, diretor <strong>de</strong> marketing<br />
do banco. Peças <strong>de</strong> mídia impressa, digital<br />
e OOH complementam a ação.<br />
A Heads Propaganda, que faz parte do<br />
Grupo Heads, acaba <strong>de</strong> contratar dois novos<br />
profissionais <strong>de</strong> criação. Bruno Pereira,<br />
com passagens por AlmapBBDO, CP+B e<br />
JWT, vai assumir como redator na agência.<br />
Já Eduardo Vares, que também vem<br />
da AlmapBBDO, on<strong>de</strong> trabalhou por cinco<br />
anos, será diretor <strong>de</strong> arte. Ambos têm no<br />
currículo diversos prêmios nacionais e internacionais<br />
e serão li<strong>de</strong>rados por Rynaldo<br />
Gondim. “Estamos muito felizes com a<br />
chegada do Bruno e do Eduardo. São dois<br />
gran<strong>de</strong>s talentos. E já trabalham junto<br />
comigo há alguns anos. Fiquei extremamente<br />
feliz quando eles aceitaram o<br />
convite”, explica Gondim, que foi recém-<br />
-contratado como CCO.<br />
Paula Fernan<strong>de</strong>s foi anunciada como a<br />
nova diretora <strong>de</strong> atendimento da Ogilvy<br />
Brasil. A executiva será responsável pelo<br />
atendimento <strong>de</strong> contas <strong>de</strong> marcas como<br />
Coca-Cola, CCAA, Paramount Pictures e<br />
Perrigo, entre outras. “Estou muito feliz<br />
com o novo <strong>de</strong>safio que tenho pela frente,<br />
<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r integrar o time <strong>de</strong> uma agência<br />
com a reputação e o tamanho da Ogilvy<br />
Brasil”, afirma Paula. Durante os últimos<br />
sete anos, a profissional fazia parte da<br />
equipe da agência WMcCann, on<strong>de</strong> trabalhou<br />
com contas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s anunciantes<br />
como Bra<strong>de</strong>sco, Mastercard, TIM e Coca-<br />
-Cola. Paula também tem passagens por<br />
empresas como Publicis Digitas, Tribal e<br />
Euro RSCG.<br />
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As ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa ria men te a<br />
opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser con trá rias a ela.<br />
jornal propmark - <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 41
última página<br />
Vadimguzhva/iStock<br />
Quero minha<br />
vida <strong>de</strong> volta<br />
Claudia Penteado<br />
Exageramos. Nos entregamos <strong>de</strong>mais. As<br />
coisas saíram <strong>de</strong> controle. Demoramos<br />
a nos dar conta do absurdo <strong>de</strong> revelar tanto<br />
sobre nós mesmos. Entregar tanto o ouro,<br />
como se diz. Nos enxergamos, embasbacados,<br />
na série Black Mirror, que nada mais é<br />
do que a metáfora da realida<strong>de</strong> que já vivemos,<br />
com algumas nuances turbinadas. A<br />
culpa foi nossa, <strong>de</strong> mais ninguém. Nós não<br />
perguntamos o suficiente, não nos informamos<br />
o suficiente. Preferimos a diversão<br />
a pensar nas implicações. E, <strong>de</strong> repente,<br />
começaram os sustos, sequenciais, rotineiros,<br />
ao perceber quantas informações coletaram<br />
a nosso respeito. Privacida<strong>de</strong> virou<br />
um termo quase datado, uma coisa poeirenta<br />
que ficou no século passado.<br />
Mas trago boas notícias. <strong>2018</strong> promete<br />
ser o ano em que <strong>de</strong>ixaremos, finalmente,<br />
<strong>de</strong> sonhar acordados,<br />
reconhecendo que erramos. Erramos<br />
ru<strong>de</strong>. Demos <strong>de</strong> mão beijada<br />
informações preciosas para<br />
empresas do mundo digital que<br />
se alimentam <strong>de</strong> dados, sob o<br />
manto auspicioso <strong>de</strong> facilitadores<br />
da vida, salvadores do tédio. A liberda<strong>de</strong><br />
dada a essas gigantes aladas finalmente<br />
acusou o excesso e bateu no teto. Os algoritmos<br />
das re<strong>de</strong>s sociais - cruel subproduto<br />
do imenso volume <strong>de</strong> informações compartilhadas<br />
- se transformaram em encheção<br />
<strong>de</strong> saco para usuários.<br />
O volume <strong>de</strong> fake news reduziu reputações<br />
e credibilida<strong>de</strong>s. E até mesmo a publicida<strong>de</strong><br />
digital oferecida às marcas escorregou<br />
feio no próprio mar <strong>de</strong> volumosas<br />
promessas. Da velha esperança <strong>de</strong> promover<br />
o contato humano, unir comunida<strong>de</strong>s<br />
em torno <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados temas, viabilizar<br />
a saudável troca <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e intercâmbio <strong>de</strong><br />
oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho, as re<strong>de</strong>s sociais<br />
se transformaram em uma espécie <strong>de</strong> ringue<br />
<strong>de</strong> radicalismos, tormento psicológico<br />
e novas formas <strong>de</strong> bulling geradas algoritmicamente.<br />
Não tem sido fácil lidar com o fim <strong>de</strong>ssa<br />
paixão que parece não ter futuro, pela<br />
falta absoluta <strong>de</strong> confiança e <strong>de</strong> cumplicida<strong>de</strong>.<br />
E <strong>de</strong>vo dizer que o saldo <strong>de</strong>sse relacionamento<br />
- nosso, com as re<strong>de</strong>s sociais<br />
- não foi lá essas coisas. Desenvolvemos<br />
síndromes, vícios, manias, <strong>de</strong>pressões,<br />
ansieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> toda or<strong>de</strong>m. Uma nova<br />
doença dos tempos mo<strong>de</strong>rnos está sendo<br />
chamada <strong>de</strong> “frieza social”: é a preocupação<br />
exagerada com o que se publica<br />
ou curte em re<strong>de</strong>s sociais. Neste mundo<br />
monitorado por algoritmos e passos registrados<br />
24X7, po<strong>de</strong>mos acabar mergulhados<br />
em excesso <strong>de</strong> autocensura e “rigi<strong>de</strong>z<br />
social”, uma espécie <strong>de</strong> conformismo e<br />
aversão ao risco.<br />
Pesquisas indicam, cada vez mais, a<br />
insatisfação das pessoas com as re<strong>de</strong>s<br />
socias. Uma <strong>de</strong>las, feita pelo portal The<br />
Verge e a Reticle Research<br />
no fim do ano passado, nos<br />
“<strong>2018</strong> tem<br />
tudo para<br />
ser o ano da<br />
virada”<br />
EUA, mostrou um cenário <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sconforto por parte <strong>de</strong> 15%<br />
<strong>de</strong> usuários do Facebook, por<br />
exemplo. A paixonite passou,<br />
o amor não ocorreu e ficamos<br />
tempo <strong>de</strong>mais esperando a<br />
nossa gran<strong>de</strong> recompensa no final. E tudo<br />
o que encontramos no final do arco-íris<br />
foram... problemas.<br />
Mas eu tenho esperança: <strong>2018</strong> tem tudo<br />
para ser o ano da virada e o começo <strong>de</strong> um<br />
novo relacionamento - entre pessoas e<br />
empresas, entre empresas e empresas, e<br />
entre pessoas e pessoas - neste ambiente<br />
tão caótico em que se transformou o digital.<br />
Legislações pipocam pelo mundo,<br />
pessoas cobram a privacida<strong>de</strong> perdida,<br />
programas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
mídia digital ganham força para garantir<br />
e comprovar que investir na mídia digital<br />
po<strong>de</strong> valer, sim, a pena. Muitos movimentos<br />
indicam que este será o ano em que<br />
daremos a<strong>de</strong>us ao vale-tudo, retomando<br />
e exigindo alguns valores essenciais esquecidos<br />
pelo caminho como transparência,<br />
ética e respeito.<br />
42 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
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NÓS em CUIDAMOS in realida<strong>de</strong> a reality on no paper. papel. DE TUDO...<br />
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Tiago Ferrentini - Executive Diretor executivo director<br />
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ABAIXO, A RELAÇÃO COMPLETA<br />
DAS AGÊNCIAS DE PROPAGANDA,<br />
NACIONAIS E MULTINACIONAIS,<br />
QUE CONQUISTARAM O SELO<br />
PRÓ-ÉTICA EM 2017:<br />
NOVA/SB<br />
Pelo segundo ano consecutivo, a nova/sb faz companhia a empresas como<br />
Natura, Itaú, 3M do Brasil, Ernst & Young, entre outras, conquistando o selo Pró-Ética,<br />
que premia as empresas com as melhores práticas <strong>de</strong> integrida<strong>de</strong> corporativa<br />
e compliance. A nova/sb, como já tinha acontecido em 2016, foi a única agência<br />
<strong>de</strong> propaganda a ganhar o prêmio em 2017. Ética: essa é a alma do negócio.<br />
novasb.com.br