Gestão Hospitalar N.º3 1983
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- Constatação da existência de tarefas<br />
em T. O. que favorecem a institucionalização<br />
(o «Quadro» paralelo do Hospital).<br />
- O papel do pecúlio dos doentes na acumulação<br />
de ouro e jóias.<br />
- Defesa da Economia Fechada para<br />
doentes Pensionistas, em Ergoterapia<br />
(objectivos a realizar) *<br />
k) - Identificação das condições arquitectónicas<br />
da Masculina e Feminina III como<br />
o espaço ideal para uma Clínica Psiquiátrica<br />
(Agudos).<br />
1) - Enquanto não se reúnem as condições<br />
indispensáveis para a alínea anterior,<br />
a Masculina III foi transformada em:<br />
Sector de Internamento de Doentes Agudos<br />
e Crónicos em Ergoterapia Diferenciada<br />
e Permanente.<br />
m) - Constatação da necessidade de criação<br />
de um sector clínico que abranja os<br />
doentes em Ergoterapia, sob a direcção<br />
do mesmo médico que dirija a Ergoterapia.<br />
n) - Constatação da inexistência de actividades<br />
ergoterapêuticas, ocupacionais e<br />
lúdicas diferendiadas, p. ex., musicoterapia,<br />
ludoterapfa sistemática, etc ..<br />
- Falta de pessoal especializado e específico:<br />
constatação do reinado da «boa<br />
vontade» e sua3 insuficiências.<br />
o) - Dar a conhecer a Instituição ao Institucionalizado:<br />
- Visitas dos doentes aos diversos sect.or~<br />
.. .di>. Hospital, guiadas pelo pessoal<br />
responsável por esses sectores.<br />
p) - Necessidade de visitas periódicas, estágios<br />
e ·cursos, no País e no exterior,<br />
a/ ou em outras Instituições psiquiátricas<br />
viradas para o doente crónico:<br />
'~ Constatou-se que a grande maioria 'dos D. C. I.<br />
estão a receber pensões sociais ou pensões de invalidez<br />
ou reforma, a que se adiciona(va) o pecúlio<br />
em dinheiro quando esses doentes faziam parte do<br />
núcleo de Eiigoterapia. Esta situação, paradoxalmente,<br />
beneficia a ins tituciona'lização e a família dos doentes<br />
que na maioria dos casos só se interessa pelo<br />
familiar doente na hora da herança. Além disso é<br />
uma hemorragia de capitais intolerável numa Insti·<br />
tuição 'Pública, que exemplifica um erro de método<br />
nestas situações.<br />
- Nogueiró<br />
- Barcelos<br />
-Tellhal<br />
-S. Romão<br />
- Hospital Conde Ferreira<br />
q) - Constatação de consultores em especialidades<br />
afins:<br />
- Neurologia (já conseguida).<br />
- Terapeuta Comportamental para Crónicos<br />
Activos e Inactivos.<br />
r) - Defesa da ligação institucionalizada e<br />
regulamentada ao CHC ou aos HUC<br />
por razões históricas, talvez o CHC).<br />
Alargamento dos quadros técnicos e sua<br />
diferenciação, defendendo uma política<br />
de aquisição selectiva.<br />
s) - Defesa do controlo, por parte do Sector<br />
Clínico, das aquisições de material de<br />
apoio, terapêutico, farmacológico. Aquisição<br />
selectiva e criteriosa de material.<br />
t) - Constatação da necessidade de um estudo<br />
geral sistemático do problema do<br />
D.C.I., criação de uma nova rotina hospitalar<br />
institucional e introdução de<br />
novas experiências.<br />
FASE B -<br />
Tentativa de observação sistemática<br />
e de introdução de nova rotina institucional<br />
(em início)<br />
Estado actual do problema:<br />
Há mudança nas condições, não houve mudança<br />
nos pressupostos.<br />
Os processos clínicos existentes são demasiado<br />
complexos, dão demasiado poucas informações,<br />
são morosas na sua consulta, permitem que os<br />
doentes se mantenham longo tempo com medicações<br />
inadequadas e sem controlo.<br />
Necessidade de integrar num processo coerente<br />
de actuação todas as acções futuras sobre<br />
o D.C.I.<br />
Objectivo principal: estabelecimento de uma<br />
rotina eficaz no manejo do D.C.I..<br />
~<br />
r<br />
Objectivos acessórios: testar escalas de avaliação:<br />
- Comportamentais<br />
- Psicológicas<br />
- Nosológicas<br />
- Criação e aperfeiçoamento de uma Escala<br />
de Avaliação compreensiva do D.C.I. (HPL)<br />
- Preparação de pré e pós-graduação no<br />
prt1blema do D.C.I.:<br />
-Médicos<br />
- Enfermeiros<br />
- Assistentes sociais<br />
- Psicólogos<br />
- Ensaio e introdução de novos meios de<br />
intervenção<br />
- Criação das condições para uma Terapia<br />
Ocupacional Integrada, num processo permanentemente<br />
dinâmico. Colaboração da<br />
Ergoterapia na transformação institucional<br />
- Rastreio de doentes e criação de critérios<br />
de selecção para alta. (Critérios actualmente<br />
disponíveis para atribuição de alta<br />
a um D.C.I.:<br />
- existência de um núcleo familiar acolhedor<br />
a) já previa·mente existente<br />
b) já presentemente preparado<br />
- situação clínica favorável<br />
· - estudo da situação sócio-económica ser<br />
favorável à alt 1 a<br />
- desmame do doonte em relação à Instituição<br />
já efectuada<br />
- abolição de pec(llios<br />
- altas de ensaio<br />
- readmissão garantida mas cada vez<br />
menos frequente<br />
- dis.ponibililade permanente do sta:f f<br />
- observância dos f actores humanos do<br />
doente surgidos durante o institucionalismo<br />
- atender aos namoros, etc.<br />
- «reaprender a viver».<br />
- Obtenção de indicadores que indiciem que<br />
o doente internado tende à institucionalização.<br />
- Diferença entre cronificação e institucionalização:<br />
(o doente psiquiátrico tende a<br />
tornar-se crónico, mas só o crónico internado<br />
tende a institucionalizar-se).<br />
Meios propostos para o conseguir:<br />
A -<br />
trabalho integrado entre médicos, enfermeiros<br />
, assistentes sociais e órgãos<br />
administrativos.<br />
- Coordenação de dados internos (Clínica)<br />
(TO) e externos (Sociais).<br />
- Escalas já disponíveis.<br />
- Escalas traduzidas.<br />
- Escalas a criar ou a encontrar.<br />
- Impessoalidade e objectividade.<br />
B -<br />
Criação de um GABINETE DE APOIO<br />
AO D.C.I. ENCARREGADO DE:<br />
a ) Centralizar todos os dados respeitantes<br />
ao D.C.I.:<br />
- Ficheiro.<br />
- Novos processos.<br />
- Correspondência entre doentes .~<br />
familiares ou conhecidos.<br />
- Est~dar e promover acções destinadas<br />
ao ·melhor manejo do D.C.I.<br />
- Melhorar as condições físicas da<br />
instalação do D.C.I.<br />
- Apoiar socialmente o D.C.I.<br />
- Estudar de uma f arma integrada a<br />
reinserção social do D.C.I.<br />
b) l4..,0RMADO POR:<br />
- Os promotores deste projecto.<br />
- O Médico do N .F .P. (Núcleo de<br />
Formação Permanente).<br />
- Três dos chefes de enfermagem<br />
com serviço de crónicos.<br />
-1 enfermeiro da TO e Ergoterapia .<br />
- 1 assistente social.<br />
- 1 elemento dos órgãos administr a-<br />
tivos.<br />
- Médicos em Internato de Psiquiatria,<br />
em regime de voluntariado<br />
nesta tarefa.<br />
e) INSTALADO EM:<br />
- 2 dos gabinetes do Pavilhão C.:<br />
- Um dos quais para Arquivo e<br />
instalação médica.<br />
- Outro para Expediente.<br />
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