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Revista Apólice #197

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direto de londres<br />

por Luciano Máximo*<br />

O homem de seguros do ano<br />

Em março de 2008, quando Mike<br />

McGavick foi convidado para assumir<br />

o posto de CEO da XL Group, a gigante<br />

dos seguros e resseguros não vivia boa<br />

fase. Foi profundamente afetada pela crise<br />

financeira internacional que explodiu em<br />

setembro daquele ano com a falência do<br />

Lehman Brothers e a quase falência da<br />

AIG. Disso ninguém do setor esquece. As<br />

consequências desse desastre econômico<br />

ecoam até hoje no nosso mercado, em forma<br />

de regulação mais exigente e análise<br />

de riscos muito mais cautelosa.<br />

Atualmente, o cenário é muito diferente<br />

para o americano McGavick. Ele<br />

ajudou a colocar a XL nos trilhos, fazendo<br />

a seguradora e resseguradora crescer —<br />

inclusive com ampliação da presença no<br />

Brasil. A companhia ostenta patrimônio<br />

global de US$ 45 bilhões [mais de R$<br />

140 bilhões] e receita anual de US$ 6,6<br />

bilhões [R$ 21 bilhões], de acordo com<br />

seu balanço de 2014. A retomada desde a<br />

crise financeira culminou com a compra<br />

da concorrente britânica Catlin por mais<br />

de US$ 4 bilhões (quase R$ 13 bilhões),<br />

no primeiro grande negócio do mercado<br />

segurador mundial em 2015. A transação<br />

foi liderada por McGavick ao longo de<br />

2014 e, junto com seu histórico no setor,<br />

foi um dos motivos que lhe renderam o 20º<br />

prêmio “Líder de Seguros do Ano”, oferecido<br />

pela School of Risk Management<br />

da Universidade St. John’s, de Nova York.<br />

Como McGavick enxerga o setor,<br />

quais são os desafios da indústria seguradora<br />

para este ano e os próximos e<br />

como o Brasil está situado no contexto<br />

global dos negócios de seguros e resseguros<br />

em meio a um processo de ajuste<br />

fiscal e desaceleração econômica, são os<br />

assuntos tratados com exclusividade pelo<br />

CEO da XL Group com a coluna Direto<br />

de Londres.<br />

18<br />

Ron Borresen<br />

Em primeiro lugar, McGavick atribui<br />

o momento atual da XL, incluindo a compra<br />

da Catlin, ao trabalho duro de todos<br />

na empresa e à mudança de visão da companhia<br />

sobre o setor. Ele argumenta que<br />

os grandes consumidores empresariais de<br />

seguro e resseguro hoje evoluíram muito<br />

em termos de tecnologia e produtividade.<br />

“Mudaram seus produtos, modelos operacionais<br />

e, importante para nós, o perfil<br />

de risco. Estar antenado a este ritmo de<br />

mudança é o grande desafio para o mundo<br />

dos seguros. Novas soluções e formas<br />

de trabalho são necessárias para responder<br />

ao cenário de riscos e mudanças<br />

de nossos clientes. O novo tem que ser<br />

encarado com mudança de mentalidade,<br />

o que é muito difícil para uma indústria

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