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Newslab 142

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R$ 20,00<br />

Artigo 1<br />

Avaliação dos fatores de riscos associados à<br />

persistência da infecção do HPV no<br />

desenvolvimento do câncer de colo de útero<br />

Artigo 2<br />

A mulher e o Papanicolau: principais<br />

fatores influenciadores<br />

Artigo 3<br />

Câncer de colo de útero: análise da<br />

mortalidade por região brasileira<br />

Analogias em medicina<br />

Doença do anjo barroco<br />

Gestão laboratorial e profissional<br />

Alternativa prática e possível para rentabilizar<br />

pequenos e médios laboratórios clínicos no Brasil


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para quem acredita<br />

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dedicamos inteiramente a ela, a ela, criando a melhor a melhor tecnologia em em analisadores e reagentes e para para hematologia. Porque Porque inovar inovar é ir é além ir além<br />

de de buscar buscar resultados, é abrir é abrir espaço espaço para para que que o melhor o melhor aconteça.


evista<br />

editorial<br />

Ano 24 - Edição <strong>142</strong>- Jun/Jul 17<br />

Áreas de<br />

interesse<br />

Amigos leitores, sejam bem-vindos à <strong>Newslab</strong> <strong>142</strong>,<br />

a publicação referência no setor de diagnósticos e<br />

análises laboratoriais, e que a cada edição, busca<br />

atualizar os leitores nos principais temas e assuntos<br />

que norteiam essa área tão importante. Diante disso,<br />

vamos comentar o que preparamos para vocês.<br />

Reunimos nesta edição, três artigos científicos realizados<br />

no Brasil a partir da análise de dados nacionais<br />

sobre a o câncer de colo de útero (CCU) e sua relação<br />

com o HPV, uma doença que constitui um importante<br />

problema de saúde pública.<br />

Os artigos abordam os fatores de risco associados à<br />

persistência de infecção do HPV no desenvolvimento do<br />

CCU e os principais fatores que influenciam as mulheres<br />

na realização do exame Papanicolau e como o conhecimento<br />

sobre o exame se relaciona com esses fatores.<br />

Temos ainda uma análise estatística sobre as proporções<br />

de mortalidade por região do Brasil, traçando<br />

o perfil genérico das mulheres brasileiras mais acometidas<br />

com tal desfecho.<br />

Os três trabalhos apresentados se complementam<br />

e ajudam a compor um cenário do peso da precarização<br />

no serviço de saúde, apontando a importância da<br />

humanização do atendimento e do desenvolvimento<br />

nos profissionais de um grau de empatia, acolhimento<br />

e eficiência que contribua para a adesão das mulheres<br />

aos exames preventivos e continuidade aos tratamentos.<br />

Uma adesão coesa e regular fortaleceria a<br />

consolidação de dados estatísticos, hoje limitados.<br />

Mais uma vez, a importância de processos que<br />

garantam a obrigatoriedade na submissão de dados<br />

(sociodemográficos, procedimentos e exames realizados<br />

anteriormente) e softwares integrativos de gestão<br />

da informação que permitam acompanhamento e o<br />

rastreamento adequado da população para o embasamento<br />

de campanhas de prevenção e melhor gerenciamento<br />

da saúde.<br />

Ainda nessa edição, na seção do Dr. Humberto<br />

Façanha, o artigo sobre a alternativa prática e possível<br />

para rentabilizar pequenos e médios laboratórios<br />

clínicos no Brasil, que tem como escopo abordar os<br />

conceitos do Programa de Proficiência em Gestão<br />

Laboratorial (PPGL) e a importância do profissionalismo<br />

dos laboratórios de análises clínicas. Importante<br />

artigo para os gestores e proprietários de laboratórios<br />

Por fim, o patologista José de Souza Andrade-Filho,<br />

em sua tradicional coluna Analogias em medicina, nos<br />

apresentará à doença do anjo barroco, ou seja, como<br />

ela se relaciona ao querubismo, uma patologia rara<br />

que desconhecida pode gerar dificuldades no diagnóstico<br />

e tratamento da mesma.<br />

Além disso, confira as novidades do setor, de equipamentos<br />

e estratégias das principais empresas que compõem<br />

esse rico mercado. Não deixe também de conferir<br />

nossa agenda, com os principais eventos do setor.<br />

Boa leitura.<br />

06<br />

Expediente<br />

Ano 24 - Edição <strong>142</strong> - Jun/Jul 2017<br />

DEN Editora - Revista NewsLab - Av. Paulista, 2.073 - Ed. Horsa I - Cj. 2316 - 01311-940 - São Paulo-SP<br />

tel.: 11 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />

CNPJ.: 74.310.962/0001-83 - Insc. Est.: 113.931.870.114 - Issn 0104-8384<br />

Realização: DEN Editora<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@newslab.com.br<br />

Jornalista Responsável: Paolo Enryco - MTB nº. 0082159/SP | redação@newslab.com.br<br />

Assessoria de Imprensa: | publicidade@newslab.com.br | Assinaturas: Daniela Faria 11 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />

Comercial: João Domingues - 11 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />

Coordenação de Arte: HDesign - arte@hdesign.com.br<br />

Produção de conteúdo: Hdesign Comunicação - arte@hdesign.com.br<br />

Impressão: Nywgraf | Periodicidade: Bimestral<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


Linha de equipamentos Stago<br />

O melhor método de Hemostasia<br />

q Sistema de detecção baseado em viscosidade é o "padrão-ouro"<br />

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q Abrangente portfólio de instrumentos para todos os tipos de<br />

fluxo de trabalho laboratorial<br />

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Diagnostica Stago S.A.S.<br />

RCS Nanterre B305 151 409<br />

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92665 Asnières-sur-Seine Cedex<br />

France<br />

Ph. +33 (0)1 46 88 20 20<br />

Fax: +33 (0)1 47 91 08 91<br />

webmaster@stago.com


evista<br />

Ano 24 - Edição <strong>142</strong> - Jun/Jul 17<br />

normas de publicação<br />

para artigos e informes assinados<br />

A Revista <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para publicação de artigos, aos autores interessados.<br />

Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

Bimestralmente, a Revista NewsLab publica editoriais,<br />

artigos originais, revisões, casos educacionais,<br />

resumos de teses etc. Os editores levarão em consideração<br />

para publicação toda e qualquer contribuição<br />

que possua correlação com as análises industriais,<br />

instrumentação e o controle de qualidade.<br />

Todas as contribuições serão revisadas e analisadas<br />

pelos revisores. Os autores deverão informar<br />

todo e qualquer conflito de interesse existente, em<br />

particular aqueles de natureza financeira relativo a<br />

companhias interessadas ou envolvidas em produtos<br />

ou processos que estejam relacionados com a contribuição<br />

e o manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />

assinado por todos os autores, atestando a<br />

originalidade do artigo, bem como a participação de<br />

todos os envolvidos.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

Revista NewsLab<br />

A/C: Paolo Enryco - redação<br />

Av. Paulista, 2073. Ed. Horsa I - cj. 2.315 -<br />

CEP 01311-940 São Paulo-SP<br />

ou por email: redacao@newslab.com.br<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em português,<br />

mas com Abstract detalhado em inglês. O Resumo<br />

e o Abstract deverão conter as palavras-chave e<br />

keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />

ser enviadas na forma original, para uma perfeita<br />

reprodução. Se o autor preferir mandá-las por e-mail,<br />

pedimos que a resolução do escaneamento seja de<br />

300 dpi’s, com extensão em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados e enviados<br />

por e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes<br />

completos dos autores e nome da instituição<br />

onde o estudo foi realizado. Além disso, o nome<br />

do autor correspondente, com endereço completo<br />

fone/fax e e-mail também deverão constar. Seguidos<br />

por resumo, palavras-chave, abstract, keywords,<br />

texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />

Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão)<br />

agradecimentos, referências bibliográficas, tabelas<br />

e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto com o<br />

sobrenome do devido autor, seguido pelo ano da<br />

publicação, segundo norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada referência<br />

citadas no texto devem vir listadas no fim, com o<br />

sobrenome do autor em primeiro lugar seguido pela<br />

sigla do prenome. Ex.: sobrenome, siglas do prenomes.<br />

Título: subtítulo do artigo. Título do livro/periódico,<br />

volume, fascículo, página inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências. Referências<br />

de contribuições ainda não publicadas deverão<br />

ser mencionadas como “no prelo” ou “in press”.<br />

Qualquer dúvida, contate: (11) 3900-2390.<br />

contato<br />

A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />

vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />

REDAÇÃO: Av. Paulista, 2073. Edifício Horsa I. Conjunto 2.316 - Cep: 01311-300. São Paulo. SP<br />

TELEFONE: (11) 3900-2390<br />

EMAIL: redacao@newslab.com.br.<br />

Acesse nossa homepage: www.newslab.com.br<br />

Siga-nos no twitter: @revista_newslab<br />

Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e informes assinados<br />

são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da DEN Editora.<br />

Filiado à:<br />

08<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


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Ano 24 - Edição <strong>142</strong> - Jun/Jul 17<br />

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ordem alfabética<br />

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Mayo Clinic 47<br />

NeoLab Import 89<br />

NIHON KHODEN 85<br />

PNCQ 91<br />

Promed 73<br />

Psychemedics Brasil 98-99<br />

SBPC 97<br />

Stago Brasil 7<br />

Stramedical 19<br />

Veolia 61<br />

Vyttra 2-3<br />

Wama 11<br />

Conselho Editorial<br />

Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Prof. Dr. Carlos A.<br />

C. Sannazzaro – Professor Doutor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP | Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Dr. Marco Antonio Abrahão – Biomédico |<br />

Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da USP |<br />

Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Jacques Elkis – Médico<br />

Patologista, Mestre em Análises Clínicas da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de<br />

Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas | Dra. Suely<br />

Aparecida Corrêa Antonialli – Farmacêutica-Bioquímica-Sanitarista, Mestre em Saúde Coletiva<br />

| Dra. Gilza Bastos Dos Santos – Farmacêutica-Bioquímica | Dra. Leda Bassit - Biomédica do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa da Fundação Pró-Sangue.<br />

Colaboraram nesta Edição:<br />

Allan Jhones Pereira Cardoso, Bruna Ramos dos Santos, Glória Araújo da Silveira, Humberto Façanha da Costa Filho, João Eduardo da Silva Sierra Fernandez, José de Souza Andrade-Filho, Leidy Johanna Ocampo Arroyave, Manuela<br />

Darela da Silva, Michele Amaral da Silveira, Thiago Aécio de Sousa e Vanessa Passos Brustein<br />

010<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


evista<br />

Í n d i c e<br />

ARTIGO 1<br />

AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCOS ASSOCIADOS<br />

À PERSISTÊNCIA DA INFECÇÃO DO HPV NO<br />

DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO<br />

AUTORES:<br />

BRUNA RAMOS DOS SANTOS E MICHELE AMARAL DA SILVEIRA<br />

Ano 24 - Edição <strong>142</strong> - Jun/Jul 17<br />

16<br />

ARTIGO 2<br />

A MULHER E O PAPANICOLAU:<br />

PRINCIPAIS FATORES INFLUENCIADORES<br />

AUTORES:<br />

THIAGO AÉCIO DE SOUSA E VANESSA PASSOS BRUSTEIN<br />

24<br />

40<br />

ARTIGO 3<br />

CÂNCER DE COLO DE ÚTERO:<br />

ANÁLISE DA MORTALIDADE POR REGIÃO BRASILEIRA<br />

AUTORES:<br />

MANUELA DARELA DA SILVA; JOÃO EDUARDO DA SILVA SIERRA FERNANDEZ ;<br />

ALLAN JHONES PEREIRA CARDOSO ; GLÓRIA ARAÚJO DA SILVEIRA ;<br />

LEIDY JOHANNA OCAMPO ARROYAVE .<br />

30<br />

INFORME CIENTÍFICO<br />

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO<br />

46<br />

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48<br />

06 Editorial<br />

14 Agenda<br />

58 Informes de Mercado<br />

96 Analogias em Medicina<br />

012<br />

MEDTROP 2017<br />

MEDTROP 2017 TEM COMO FOCO PRINCIPAIS<br />

ENDEMIAS NACIONAIS<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

E PROFISSIONAL<br />

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LABORATÓRIO EM DESTAQUE<br />

LABORATÓRIO PLINIO BACELAR 75 ANOS DE TRADIÇÃO<br />

50<br />

52<br />

56


agenda<br />

agenda<br />

46ª. Reunião Anual da SBBq<br />

(Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular)<br />

Data: 27 a 30/07/2017<br />

Local: Centro de Convenções do Hotel Monte Real, Águas de Lindóia - São Paulo / SP<br />

Informações: sbbq.org.br/reuniao/2017<br />

XXI Congresso da SBTMO<br />

Data: 17 a 19/08/2017<br />

Local: WTC Events Center - São Paulo/SP<br />

Informações: www.sbtmo2017.com.br /<br />

abhh@abhh.org.br<br />

53º Congresso da Sociedade<br />

Brasileira de Medicina Tropical<br />

Data: 27 à 30/08/2017<br />

Local: Centro de Eventos do Pantanal - Cuiabá/MT<br />

Informações: medtrop2017.com.br<br />

XXV Congresso Brasileiro<br />

de Parasitologia<br />

Data: 03 à 06/09/2017<br />

Local: Hotel Atlântico Búzios - Rio de Janeiro/RJ<br />

Informações: cbparasitologia2017.com.br<br />

44º Congresso Anual ISOBM<br />

(Internacional Society of Oncology and<br />

Biomarkers)<br />

Data: 07 a 10/09/2017<br />

Local: Rio Othon Palace Hotel - Rio de Janeiro/RJ<br />

Informações: oncomarks.org/project/isobm-2017<br />

51º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial<br />

3º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial<br />

Data: 26 a 29/09/2017 | Local: Palácio das Convenções do Anhembi - São Paulo/SP<br />

Informações: (21) 3077.1400 | sbpc@sbpc.org.br | cbpml.org.br<br />

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica /<br />

4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência<br />

Data: 03 a 06/10/2017 | Local: Minascentro - Belo Horizonte/MG<br />

Informações: (48) 3047.7600 / clinicamedica2017@attitudepromo.com.br / clinicamedica2017.com.br<br />

I Simpósio de Citopatologia do<br />

Hospital Israelita Albert Einstein<br />

Data: 06 e 07/10/2017<br />

Local: Auditório Kleinberger - São Paulo/SP<br />

Informações: (11) 2151.1001<br />

https://goo.gl/d2Qg9Z<br />

XX Congresso Brasileiro<br />

de Toxicologia<br />

Data: 08 a 11/10/2017<br />

Local: UFG Campus II - Goiânia / GO<br />

Informações: cbtox2017.com.br<br />

31º Congresso<br />

Brasileiro de Patologia<br />

Data: 02 a 05/11/2017<br />

Local: Minascentro - Belo Horizonte/MG<br />

Informações: tel. (11) 5080.5298 |sbp.org.br<br />

44º Congresso da ISOBM International<br />

Society of Oncology and Biomarkers<br />

Data: 07 a 10/10/2017<br />

Local: Rio Othon Palace - Rio de Janeiro/RJ<br />

Informações: (21) 3077.1400<br />

isobm2017.com<br />

PCM2017 | XIII International Meeting<br />

on Paracoccidioidomycosis newslab<br />

Data: 22 a 27/10/2017<br />

Local: Rafain Palace Hotel & Convention Center<br />

Foz do Iguaçu / PR<br />

Informações: sbmicrobiologia.org.br/pcm2017<br />

HEMO 2017<br />

Data: 08 a 11/11/2017<br />

Local: Expotrade - Curitiba / PR<br />

Informações: hemo.org.br<br />

014<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


AUTORES:<br />

BRUNA RAMOS DOS SANTOS¹<br />

MICHELE AMARAL DA SILVEIRA¹<br />

artigo 1<br />

Avaliação dos fatores<br />

de riscos associados<br />

à persistência da<br />

infecção do HPV<br />

no desenvolvimento do<br />

câncer de colo de útero<br />

1.Faculdade Integrada Brasil Amazônia<br />

Autor de correspondência:<br />

Michele Amaral da Silveira | mi_biom@yahoo.com.br<br />

Endereço: Av. Gentil Bittencourt 1144, entre<br />

Av. Generalíssimo Deodoro e Trav. 14 de Março. CEP: 66.040-174<br />

Telefones: (91) 3266-3110 / 3226-5040 / 3223-1506<br />

Imagem Ilustrativa<br />

Resumo<br />

O câncer de colo do útero apresenta-se<br />

como a segunda neoplasia mais<br />

comum que acomete as mulheres.<br />

Entre os fatores de riscos que veem<br />

sendo associados com o surgimento do<br />

câncer de colo do útero e de suas leões<br />

precursoras, a literatura vem dando destaque<br />

a infecção cervical por subtipos<br />

oncogênicos do Papiloma Vírus Humano<br />

(HPV) e de seus fatores coexistentes que<br />

favorecem a persistência da infecção, entre<br />

os quais são: hábito tabagista, uso de<br />

contraceptivos orais, multiplicidade de<br />

parceiros sexuais, multiparidade, inicio<br />

precoce da atividade sexual e déficit nutricional.<br />

O objetivo do presente estudo<br />

foi avaliar os fatores de risco associados à<br />

persistência do HPV e consequentemente<br />

na progressão do câncer de colo do útero.<br />

Foi realizada uma revisão integrativa<br />

da literatura através de levantamento<br />

bibliográfico buscando informações ele-<br />

trônicas e artigos científicos sobre o tema<br />

abordado no período de 2010 á 2015. Foram<br />

analisados 13 artigos, desses apenas<br />

6 artigos compõem o resultado, onde<br />

foram organizados em forma de quadro<br />

em ordem cronológica de publicação.<br />

O presente estudo possibilitou avaliar e<br />

analisar as evidências disponíveis na literatura<br />

a respeito do papel dos fatores<br />

de risco na progressão do CCU, visto que<br />

alguns aspectos ainda são controversos.<br />

Palavras-chave: fatores de risco<br />

associados ao câncer de colo de útero,<br />

câncer de colo de útero, HPV.<br />

Abstract<br />

The cervical cancer of the uterus appears<br />

as the second most common cancer affecting<br />

women. Among the risk factors that<br />

have been associated with the development<br />

of cervical cancer and its precursor lions, literature<br />

is highlighting the cervical infection by<br />

oncogenic subtypes of the Human Papilloma<br />

Virus (HPV) and its co-existing factors that<br />

favor persistent infection, among which are:<br />

smoking status, use of oral contraceptives,<br />

multiple sexual partners, multiparity, early<br />

onset of sexual activity and nutritional deficit.<br />

The aim of this study was to evaluate the<br />

risk factors associated with HPV persistence<br />

and consequently the progression of cervical<br />

cancer. an integrative literature review<br />

was conducted through literature searching<br />

electronic information and scientific articles<br />

about the topic in the period 2010 to 2015.<br />

We analyzed 13 articles, only 6 of these articles<br />

make up the results, which were organized<br />

in tabular form in order chronological<br />

publication. This study allowed us to evaluate<br />

and analyze the available evidence in the<br />

literature regarding the role of risk factors in<br />

the progression of cervical cancer, as some<br />

aspects are still controversial.<br />

Key words: risk factors associated with<br />

cervical cancer, cervical câncer, HPV.<br />

016<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


Introdução<br />

O Câncer de Colo de Útero (CCU) apresenta-se<br />

como a segunda neoplasia mais<br />

comum que acomete as mulheres, com<br />

cerca de 500 mil casos relatados por ano,<br />

constituindo um importante problema<br />

de saúde pública [7].<br />

No Brasil, a taxa de incidência e de<br />

mortalidade acometidas por CCU são<br />

elevadas, ocorrendo entre 5 a 6 óbitos<br />

a cada 100 mil mulheres por ano, tais<br />

causas podem ser atribuídas à baixa<br />

cobertura pelo exame citopatológico, a<br />

descontinuidade do tratamento após o<br />

diagnóstico precoce de lesões precursoras,<br />

a qualidade dos exames citopatológicos<br />

e as limitações ao Sistema de<br />

Informação do Câncer do Colo de Útero<br />

(SISCOLO), o qual às vezes dificulta o rastreamento<br />

adequado da população [3].<br />

Dentre as limitações do Siscolo, destaca-se<br />

a falta de controle sobre quem<br />

está fazendo os exames e o intervalo<br />

entre os mesmos, o que resulta em super-rastreamento<br />

de algumas mulheres<br />

em detrimento de outras, além da ausência<br />

de mecanismos que garantam a<br />

obrigatoriedade na submissão de dados<br />

(sóciodemográficos, procedimentos e<br />

exames realizados anteriormente) no<br />

sistema, e dados existentes no Siscolo<br />

estarem restritos à população usuária<br />

do SUS, não englobando mulheres que<br />

realizam os exames em serviços de saúde<br />

suplementar [12].<br />

Para a detecção precoce de CCU utiliza-se<br />

atualmente o exame citopatológico<br />

(Papanicolaou), é um método simples<br />

que realiza a identificação de lesões préneoplásicas<br />

ou neoplásicas em mulheres<br />

assintomáticas contribuindo para a detecção<br />

da doença em estágios iniciais, é<br />

na atenção primária que se pode intervir<br />

nos fatores de riscos envolvidos e consequentemente<br />

evitar o desenvolvimento<br />

da doença [8].<br />

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento<br />

do CCU e de suas lesões<br />

precursoras, a literatura vem dando<br />

destaque a infecção cervical por subtipos<br />

oncogênicos do Papiloma Vírus<br />

Humano (HPV) que vem sendo estabelecido<br />

dentro dos critérios de causalidade.<br />

Sua prevalência na lesão do colo<br />

é superior a 98%, sendo os subtipos<br />

oncogênicos HPV- 16 e HPV- 18 os mais<br />

persistentes, responsáveis por cerca de<br />

70% dos casos de CCU quando comparados<br />

a outros subtipos [12].<br />

Apesar de certos subtipos de HPV serem<br />

admitidos como fator causal necessário,<br />

alguns estudos relatam que não são<br />

os únicos responsáveis na etiopatogenia<br />

da lesão neoplásica. O desenvolvimento<br />

do CCU é menos provável na ausência da<br />

infecção pelo HPV e de fatores coexistentes,<br />

que favorecem a persistência da<br />

infecção, entre quais são: tabagismo, uso<br />

prolongado de contraceptivos orais, multiplicidade<br />

de parceiros sexuais, multiparidade,<br />

início precoce da atividade sexual,<br />

déficit nutricional [13].<br />

Considerando o CCU sendo um problema<br />

de saúde pública, o objetivo do<br />

presente trabalho foi evidenciar através<br />

de estudos disponíveis na literatura a<br />

avaliação dos fatores de risco que podem<br />

estar associados à persistência da<br />

infecção do HPV e consequentemente<br />

no desenvolvimento do câncer de colo<br />

de útero, proporcionando um melhor conhecimento<br />

sobre a doença, afim de que<br />

possam ser adotadas medidas de maior<br />

rastreabilidade quanto ao prognóstico de<br />

lesões cervicais.<br />

Material e métodos<br />

O presente estudo trata-se de uma<br />

revisão integrativa da literatura, método<br />

que determina o conhecimento atual sobre<br />

o tema abordado, visando identificar,<br />

analisar e buscar resultados de estudos<br />

realizados a partir do tema abordado.<br />

O levantamento bibliográfico foi realizado<br />

por meio de informações eletrônicas<br />

e artigos científicos publicados<br />

sobre o tema abordado no banco de dados<br />

da Biblioteca Virtual Saúde (BVS),<br />

Pubmed e Scielo. Para a escolha dos<br />

artigos foram utilizados os seguintes<br />

descritores: “fatores de risco associados<br />

ao câncer de colo de útero”, “câncer do<br />

colo de útero e o HPV”.<br />

Para a pesquisa e a seleção da amostra,<br />

utilizaram-se os seguintes critérios<br />

de inclusão: artigos que apresentaram<br />

os descritores citados acima, e quanto ao<br />

tema em questão, disponibilizado online<br />

em português com publicação no período<br />

de 2010 á 2015. Excluem-se, portanto<br />

os artigos que não se adequarem aos<br />

critérios de inclusão.<br />

Quanto aos resultados, os dados foram<br />

organizados em forma de quadro<br />

em ordem cronológica de publicação dos<br />

artigos que se enquadravam no critério<br />

de inclusão, contendo os fatores de riscos<br />

apresentados e os achados dos autores.<br />

Resultados<br />

e Discussão<br />

Na presente revisão, foram analisados<br />

13 artigos que atenderam aos<br />

critérios de inclusão estabelecidos.<br />

Desses, apenas 6 artigos compõem<br />

o resultado, que foram analisados e<br />

destacados os achados na relação do<br />

papel dos fatores de riscos envolvidos<br />

na persistência da infecção do HPV no<br />

desenvolvimento do câncer de colo de<br />

útero. No quadro 1, estão expostos os<br />

achados dos autores que descreveram<br />

essa possível associação.<br />

Em relação à sexarca precoce, Anjos<br />

et al (2010) [1], constatou que a maioria<br />

das participantes do seu estudo possuíam<br />

o fator de risco envolvido ao possível<br />

desenvolvimento de câncer de colo<br />

de útero, relacionado ao início precoce<br />

da atividade sexual, considerando que<br />

a maioria das entrevistadas tiveram sua<br />

sexarca entre 8 e 15 anos. E através da<br />

realização de exames citológicos, os<br />

maiores percentuais de exames alterados<br />

017


AUTORES:<br />

BRUNA RAMOS DOS SANTOS¹<br />

MICHELE AMARAL DA SILVEIRA¹<br />

artigo 1<br />

ficaram distribuídos em participantes<br />

que possuíam entre 16 e 20 anos.<br />

Corroborando com o assunto, Duarte<br />

et al (2011) [5], explica que a precocidade<br />

da atividade sexual possui relação<br />

direta com o aumento do risco de câncer<br />

de colo de útero, visto que a zona<br />

de transformação do epitélio cervical<br />

encontra-se mais proliferativa durante<br />

a puberdade e a adolescência, tornando<br />

esse grupo como mais vulnerável as alterações<br />

induzidas por agente sexualmente<br />

transmissíveis, como o HPV.<br />

Outro fator de risco citado é a multiplicidade<br />

de parceiro, Duarte et al (2011)<br />

[5], cita que há uma maior incidência de<br />

lesões cervicais por HPV em mulheres<br />

cujo número de parceiros sexuais, sem<br />

o uso de preservativo, é maior que dois.<br />

No seu mesmo estudo, o autor chama a<br />

atenção sobre a influência do comportamento<br />

sexual sem proteção como fator<br />

de risco para o câncer cervical.<br />

Na literatura há poucos estudos que<br />

associe o déficit nutricional como fator<br />

de risco no desenvolvimento do câncer<br />

de colo de útero, apenas três autores<br />

discorreram sobre o assunto. Diógenes<br />

et al (2012) [4], relacionaram a baixa ingestão<br />

de vitaminas com o desenvolvimento<br />

de câncer de colo de útero, como<br />

alimentação pobre em micronutrientes<br />

antioxidantes, principalmente vitamina<br />

C, folato e betacaroteno.<br />

Em pesquisa realizada por Rubini et al<br />

(2012) [10], em relação às mulheres que<br />

já tiveram câncer de colo de útero, analisaram<br />

que mulheres multíparas foram<br />

as que apresentaram maior incidência da<br />

doença. As mulheres com mais de quatro<br />

filhos são as que mais apresentam alterações<br />

celulares nos exames, essas alterações<br />

podem estar relacionadas com mecanismos<br />

biológicos como hormonais,<br />

nutricionais e imunológicos.<br />

Quadro 1: Fatores de riscos descritos na literatura, que podem estar associados na persistência do HPV e no desenvolvimento do<br />

câncer de colo do útero.<br />

Autores<br />

ANJOS, S.J.S.B.; VASCONCELOS, C.T.M. et al. Fatores de risco para<br />

o câncer de colo do útero segundo resultados de IVA, citologia e cervicografia.<br />

Rev Esc Enferm USP v. 44(4): 912-20, 2010.<br />

DUARTE, S.J.H.; MATOS, K.F.; OLIVEIRA, P.J.M. et al. Fatores<br />

de risco para câncer cervical em mulheres assistidas por uma<br />

equipe de saúde da família em Cuiabá. Ciência e Enfermaria<br />

XVII (1), 2011.<br />

DIÓGENES,M.A.R.CESARINO, M.C.F. QUEIROZ, R.J.B. et al. Fatores<br />

de risco para câncer cervical e adesão ao exame Papanicolau<br />

entre trabalhadoras de enfermagem. Rev. da Rede de Enfermagem<br />

do Nordeste v. 13(1): 200-10, 2012.<br />

RUBINI, A.M.S.; SANTOS, J.L.G.; ERDMANN, A.L.; ROSA, L.M.<br />

Discursos de mulheres com câncer cervical em tratamento braquioterápico:<br />

subsídios para o cuidado de enfermagem. Revista<br />

de Enfermagem da UFSM v. 2(3): 601-609, 2012.<br />

ANJOS, S.J.S.B.; RIBEIRO, S.G. et al. Fatores de risco para<br />

o câncer de colo do útero em mulheres reclusas. Rev Bras<br />

Enferm v. 66(4): 508 – 13, 2013.<br />

OLIVEIRA, A.C.; PESSOA, R.S.; CARVALHO, A.M.C.; MAGALHÃES,<br />

R.L.B. Fatores de risco e proteção à saúde de mulheres para prevenção<br />

do câncer uterino. Rev. Rene v. 15 (2) : 240-8, 2014.<br />

Fator de risco<br />

Sexarca Precoce<br />

Multiplicidade de parceiros<br />

Déficit Nutricional<br />

Multiparidade<br />

Uso de Contraceptivo Oral<br />

Hábito Tabagista<br />

Achados<br />

Participantes do estudo possuíam o fator de risco<br />

para o câncer de colo de útero relacionado ao início<br />

precoce da atividade sexual, a maioria das entrevistadas<br />

tiveram sua sexarca entre 8 e 15 anos.<br />

O maior número de parceiros sexuais está diretamente<br />

relacionado ao risco de aquisição do HPV, e consequentemente,<br />

ao desenvolver CCU.<br />

Alimentação pobre em alguns micronutrientes antioxidantes<br />

principalmente vitamina C, betacaroteno e<br />

folato.<br />

Em relação às mulheres que já tiveram neoplasia do<br />

colo do útero, constataram que as mulheres multíparas<br />

foram as que tiveram maior incidência da doença.<br />

Uso de contraceptivos orais durante cinco anos ou<br />

mais , pode duplicar o risco para o desenvolvimento do<br />

CCU.<br />

Mulheres com CCU e que são fumantes, têm 35%<br />

de maior probabilidade de morrer por qualquer causa, e<br />

21% de morrer por CCU em comparação com mulheres<br />

não fumantes.<br />

018<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


AUTORES:<br />

BRUNA RAMOS DOS SANTOS¹<br />

MICHELE AMARAL DA SILVEIRA¹<br />

artigo 1<br />

Entre os fatores de risco mais citado na<br />

literatura, é o uso de contraceptivo oral,<br />

Anjos et al (2013) [2], apontam que mulheres<br />

portadoras de HPV que utilizaram<br />

esse método contraceptivo por cinco anos<br />

ou mais, tiveram chance de 2,8 vezes maior<br />

de desenvolver câncer de colo de útero, em<br />

comparação as que nunca utilizaram.<br />

Em controvérsia com relação ao uso<br />

de contraceptivos orais, Silva et al (2015)<br />

[13], em um estudo comparando o<br />

tempo de uso de contraceptivos oral e<br />

o desenvolvimento de CCU através dos<br />

resultados de exames citopatológicos,<br />

concluíram que não há consenso sobre<br />

a real associação deste fator de risco, e<br />

os dados do estudo, demonstraram que<br />

o uso de contraceptivos orais não tem<br />

influência sobre os resultados de exames<br />

citopatológicos, demonstrando assim<br />

a necessidade de novos trabalhos que<br />

possam comprovar esta possível relação.<br />

Outro fator de risco que está entre os<br />

mais citados, é o hábito tabagista. Oliveira<br />

et al (2014) [9], em um estudo realizado<br />

que relacionava o hábito de fumar<br />

com desenvolvimento do CCU, evidenciaram<br />

que mulheres com CCU e que são<br />

fumantes, têm 35% de maior probabilidade<br />

de ir a óbito por qualquer causa, e<br />

21% de morrer por CCU em comparação<br />

com mulheres não fumantes.<br />

Corrobando com o assunto, Eduardo<br />

et al (2012) [6], descrevem que o uso do<br />

tabaco diminui significativamente o número<br />

de células de Langerhans no colo<br />

uterino, favorecendo a persistência do<br />

HPV e consequentemente o aparecimento<br />

de lesões pré- malignas e malignas.<br />

Em controvérsia quanto ao hábito<br />

tabagista, em um estudo realizado no<br />

município de Caxias do Sul, onde 153<br />

mulheres com idade média de 34 anos,<br />

destas 22 mulheres são tabagistas, não<br />

foi observado no estudo qualquer associação<br />

entre o hábito tabagista e em<br />

alterações no exame citopatológico.<br />

Estudos prospectivos demonstraram<br />

que mulheres com o uso de mais de<br />

20 cigarros por dia têm probabilidade<br />

aumentada de persistência de HPV,<br />

quando comparadas com as que fumam<br />

10 ou menos cigarros por dia,<br />

entretanto no mesmo estudo não foram<br />

encontradas evidências significativas<br />

entre o número de cigarros consumidos<br />

por dia e o desenvolvimento<br />

de lesões pré-malignas, assim como<br />

de suas evoluções neoplásicas [13].<br />

Alguns autores destacam que a<br />

exposição da zona de transformação<br />

do colo a algum agente causador de<br />

alguma Infecção Sexualmente Transmissível<br />

(IST) associado a condições<br />

como processos inflamatórios ou facilita<br />

o contato com o HPV, causando<br />

uma possível evolução para o CCU. A<br />

IST relatada com maior frequência foi<br />

blenorrágia, seguida por tricomoníase.<br />

Estudos apontam a Chlamydia<br />

trachomatis, em coinfecções cervicais,<br />

atuando como coadjuvante ao HPV de<br />

alto risco, no desenvolvimento [3].<br />

Conclusão<br />

O presente estudo possibilitou avaliar<br />

e analisar as evidências disponíveis na<br />

literatura a respeito dos fatores de risco<br />

no papel da progressão do CCU, visto que<br />

alguns aspectos ainda são controversos.<br />

Entretanto não são encontrados muitos<br />

trabalhos sobre o assunto abordado, o<br />

que seria necessário que o assunto em<br />

questão e os fatores de risco, fossem<br />

mais abordados detalhadamente de<br />

forma clara, possibilitando assim maior<br />

compreensão e maior conhecimento sobre<br />

o assunto.<br />

Referências<br />

Bibliográficas<br />

1.ANJOS, S.J.S.B.; VASCONCELOS,<br />

C.T.M. et al. Fatores de risco para o câncer<br />

de colo do útero segundo resultados de IVA,<br />

citologia e cervicografia. Rev Esc Enferm USP<br />

v. 44(4): 912-20, 2010.<br />

2.ANJOS, S.J.S.B.; RIBEIRO, S.G. et al.<br />

Fatores de risco para o câncer de colo do útero<br />

em mulheres reclusas. Rev Bras Enferm v.<br />

66(4): 508 – 13, 2013.<br />

3. BARASUOL, M.E.C. & SCHMIDT, D.B.<br />

Neoplasia do colo do útero e seus fatores<br />

de risco: revisão integrativa. Rev. Saúde e<br />

Desenvolvimento v. 6 nº 3, 2014.<br />

4. DIÓGENES, M.A.R. CESARINO,<br />

M.C.F. QUEIROZ, R.J.B. et al. Fatores de<br />

risco para câncer cervical e adesão ao<br />

exame Papanicolau entre trabalhadoras de<br />

enfermagem. Rev. da Rede de Enfermagem do<br />

Nordeste v. 13(1): 200-10, 2012.<br />

5. DUARTE, S.J.H.; MATOS, K.F.;<br />

OLIVEIRA, P.J.M. et al. Fatores de risco para<br />

câncer cervical em mulheres assistidas por<br />

uma equipe de saúde da família em Cuiabá.<br />

Ciência e Enfermaria XVII (1), 2011.<br />

6. EDUARDO, K.G.T; MOURA, E.R.F;<br />

NOGUEIRA, P.S.F. Conhecimento e mudanças<br />

de comportamento de mulheres junto a fatores<br />

de risco para câncer de colo uterino. Rev Rene<br />

v. 13 (5): 1045-55, 2012.<br />

7. GUIMARÃES, J.A.F.; AQUINO, P.S.;<br />

PINHEIRO, A.K.B.; MOURA, J.G. Pesquisa<br />

brasileira sobre prevenção do câncer de colo<br />

uterino: uma revisão integrativa. Rev. da Rede<br />

de Enfermagem do Nordeste v. 13(1): 220-30,<br />

2012.<br />

8. OLIVEIRA, T.C. Avaliação de<br />

desempenho do Programa de Controle do<br />

Câncer de Colo do Útero: um modelo para<br />

aplicação local no município do Rio de Janeiro.<br />

78 f. Dissertação (Mestrado em Saúde<br />

Pública), 2010.<br />

9. OLIVEIRA, A.C.; PESSOA, R.S.;<br />

CARVALHO, A.M.C.; MAGALHÃES, R.L.B.<br />

Fatores de risco e proteção à saúde de<br />

mulheres para prevenção do câncer uterino.<br />

Rev. Rene v. 15 (2) : 240-8, 2014.<br />

10. RUBINI, A.M.S.; SANTOS, J.L.G.;<br />

ERDMANN, A.L.; ROSA, L.M. Discursos de<br />

mulheres com câncer cervical em tratamento<br />

braquioterápico: subsídios para o cuidado<br />

de enfermagem. Revista de Enfermagem da<br />

UFSM v. 2(3): 601-609, 2012.<br />

11. SILVA, M.R.B.; SILVA, G.P. O<br />

conhecimento, atitudes e prática na prevenção<br />

do câncer uterino de uma unidade da zona<br />

oeste do Rio de Janeiro. Revista de Pesquisa:<br />

Cuidado é fundamental v. 4(3): 2483- 92, 2012.<br />

12. SILVA, M.M.P.; LAGANA, M.T.C;<br />

SIMPSON, C.A.; CABRAL, A.M.F. Acesso à<br />

serviços de saúde para o controle do câncer<br />

do colo uterino na atenção básica. Journal of<br />

reserach: fundamental care online.v. 5(3): 273-<br />

282, 2013.<br />

13. SILVA, R.T.; CRUZ, T.O.; CONTE, D.<br />

et al. Contraceptivos orais e hábito tabagista<br />

são fatores de risco para lesões precursoras<br />

do câncer do colo uterino? III Congresso de<br />

Pesquisa e Extensão da FSG- RS, 2015.<br />

020<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


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AUTORES:<br />

THIAGO AÉCIO DE SOUSA¹,<br />

VANESSA PASSOS BRUSTEIN²<br />

artigo 2<br />

A mulher e o<br />

Papanicolau: principais<br />

fatores influenciadores<br />

1 – Especialista em Citologia Clínica pelas Faculdades Integradas<br />

de Patos. Biomédico pela Faculdade Santa Emília de Rodat, João<br />

Pessoa, Paraíba.<br />

2 – Docente das Faculdades Integradas de Patos. Doutora em<br />

Química pela Universidade Federal de Pernambuco.<br />

Correspondências para:<br />

Thiago Aécio de Sousa | tasaecio@gmail.com<br />

Imagem Ilustrativa<br />

Resumo<br />

A imunocitoquímica possui diversas a O<br />

câncer do colo do útero ou o câncer cérvicouterino<br />

(CCU) é o terceiro mais incidente na<br />

população feminina brasileira, excetuando<br />

pele não melanoma, o número de casos<br />

novos estimados para o ano de 2014 eram<br />

de 15.590, com um risco estimado de 15,3<br />

casos a cada 100 mil mulheres. É diante desse<br />

cenário que este estudo objetivou verificar<br />

os principais fatores influenciadores das<br />

mulheres em relação ao exame Papanicolau,<br />

bem como o conhecimento sobre o exame<br />

se relaciona com esses fatores, utilizando-se<br />

para isso de revisão bibliográfica integrativa<br />

de artigos específicos. A revisão da literatura<br />

foi realizada no primeiro semestre de 2015<br />

a partir de bases de dados SCIELO, PUBMED,<br />

MEDLINE, LILACS. O medo, a vergonha, a<br />

natalidade, a falta de tempo, a precarização<br />

dos serviços de saúde, a atuação do<br />

profissional de saúde e o conhecimento das<br />

mulheres sobre o exame de Papanicolau<br />

são os principais fatores influenciadores<br />

relatados. Os fatores identificados somam-se<br />

ou subtraem-se, agindo com uma intensidade<br />

diferente para cada mulher, motivando ou não<br />

a realização do exame, devido à qualidade<br />

humana de ser cada indivíduo um ser ímpar.<br />

Palavras-chave: Câncer do colo<br />

do útero; Exame de Papanicolau; Fatores<br />

influenciadores; Mulheres.<br />

Abstract<br />

Immunocytochemistry has several ap The<br />

cervical cancer (CC) is the third most frequent<br />

in the Brazilian female population, except<br />

nonmelanoma skin, the number of new cases<br />

estimated for the year 2014 were 15,590, with<br />

an estimated risk of 15.3 cases per 100,000<br />

women. Thus, this study aimed to verify<br />

the main influencing factors of the women<br />

regarding the Pap smear, but also knowledge<br />

about the exam relates to these factors, using<br />

for this integrative literature review of specific<br />

article. The literature review was conducted in<br />

the first half of 2015 from databases SCIELO,<br />

PubMed, MEDLINE, LILACS. Fear, shame, birth,<br />

lack of time, the precariousness of health<br />

services, the role of health professionals and<br />

women’s knowledge about the Pap test are the<br />

main influencing factors reported. The identified<br />

factors are added to or subtracted from acting<br />

with a different intensity for each woman,<br />

motivating or not the exam due to human<br />

quality of being each individual a being unique.<br />

Key Words: Cervical cancer; Pap smear;<br />

Influencing factors; Women.<br />

Introdução<br />

O câncer do colo do útero ou o câncer<br />

cérvico-uterino (CCU) é o terceiro mais<br />

incidente na população feminina brasileira,<br />

excetuando pele não melanoma, o<br />

número de casos novos estimados para<br />

o ano de 2014 eram de 15.590, com um<br />

risco estimado de 15,3 casos a cada<br />

100 mil mulheres (1). Em países em<br />

desenvolvimento, a exemplo do Brasil,<br />

ainda representa um grave problema<br />

de saúde pública, devido a sua alta prevalência<br />

e mortalidade, principalmente<br />

em mulheres com baixos níveis socioeconômicos<br />

e escolar (2,3,4,5).<br />

Hoje se sabe que o câncer de colo<br />

do útero está associado à presença e à<br />

persistência do Papiloma Vírus Humano<br />

(HPV) no epitélio cervical, ou seja,<br />

basicamente quase 100% dos casos<br />

desse tipo de câncer tiveram suas lesões<br />

precursoras ocasionadas pelo HPV<br />

(6,7). O HPV é um membro da família<br />

Papovavirida, possui mais de 100 tipos<br />

já identificados como capazes de infectarem<br />

o ser humano, dos tipos oncogênicos,<br />

ou seja, que têm potencial<br />

024<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


para produzirem lesões precursoras,<br />

destacam-se os tipos 16 e 18, presentes<br />

em 70% de casos de CCU (7,8,9). Apesar<br />

da alta morbimortalidade, o CCU quando<br />

diagnosticado precocemente tem<br />

um altíssimo índice de cura (próximo<br />

do 100%), quando não diagnosticada<br />

a lesão inicial progride de forma lenta<br />

por 10 a 20 anos, até se tornar invasiva,<br />

neste estágio a possibilidade de cura é<br />

remota (2,10,7,3,11,12).<br />

Atualmente tem-se apostado na<br />

vacinação como método de prevenção<br />

primária do CCU, desse modo, em 2014<br />

o Ministério da Saúde implementou no<br />

calendário vacinal a vacina tetravalente<br />

(subtipos 6, 11, 16 e 18) contra o HPV<br />

para meninas de 9 a 13 anos de idade,<br />

conforme preconizado pela Organização<br />

Mundial de Saúde (OMS) (13,14). Na secundária,<br />

a principal estratégia de ação<br />

é sem dúvidas a realização do exame<br />

preventivo como forma de detectar precocemente<br />

à lesão (15,7). A realização<br />

do exame é de suma importância, até<br />

mesmo para as futuras mulheres que se<br />

vacinaram em 2014, pois a vacina não<br />

protege contra todos os subtipos oncogênicos.<br />

O exame preventivo ou citológico<br />

é conhecido no Brasil como exame de<br />

Papanicolau, este, é um meio de rastreamento<br />

da doença, que possui um baixo<br />

custo, é inócuo e apresenta uma fácil<br />

execução, através do qual se é capaz de<br />

identificar uma lesão maligna ainda em<br />

fase inicial (2,16,17).<br />

Estimasse que a mortalidade pelo<br />

CCU pode ser reduzida em 80% através<br />

da prevenção em mulheres de 25 a 65<br />

anos e o tratamento de carcinomas in<br />

situ (7). Foi pensando dessa maneira<br />

que o Ministério da Saúde (MS) adotou<br />

a norma da Organização Mundial de<br />

Saúde (OMS), preconizando a realização<br />

do exame preventivo em mulheres de<br />

25 a 60 anos a cada três anos após dois<br />

resultados negativos num intervalo de<br />

um ano (7,18). Todavia, por ser a relação<br />

sexual a principal via de transmissão,<br />

as mudanças de hábitos ocorridas nos<br />

últimos anos, como a exemplo do início<br />

da atividade precoce, uso de anticoncepcionais<br />

e a multiplicidade de parceiros,<br />

acarretou um aumento considerável na<br />

incidência de lesões pré-invasivas em<br />

mulheres cada vez mais jovens (16,7).<br />

Por isso, tem-se aconselhando o início<br />

da prevenção aos 18 anos ou a partir do<br />

início da atividade sexual, independente<br />

de qual seja a idade (16).<br />

Apesar de serem escassos os estudos<br />

que relatam os fatores que afastam ou<br />

estimulam as mulheres do Papanicolau,<br />

têm-se observado cada vez mais como<br />

esses fatores são impactantes na saúde<br />

dessas mulheres, muitas vezes tornando-as<br />

vulneráveis à doença, sendo por<br />

isso de suma importância identificá-los<br />

(7,12). É diante desse cenário que este<br />

estudo objetivou identificar e relatar os<br />

principais fatores influenciadores das<br />

mulheres em relação ao exame de Papanicolau,<br />

bem como o conhecimento<br />

sobre o exame se relaciona com esses<br />

fatores, utilizando-se para isso de revisão<br />

bibliográfica integrativa de artigos<br />

específicos. Com a finalidade de ajudar<br />

a desenvolver nos profissionais da<br />

saúde o grau de empatia necessário<br />

por essas mulheres, consubstanciando<br />

num melhor atendimento, com vistas<br />

a ampliar a adesão, além de consolidar<br />

dados e informações para embasarem<br />

campanhas de conscientização e estímulo<br />

ao preventivo.<br />

2. Metodologia<br />

A revisão da literatura foi realizada no<br />

primeiro semestre de 2015 a partir de<br />

bases de dados SCIELO, PUBMED, ME-<br />

DLINE, LILACS. Para a busca dos artigos<br />

foram utilizados os descritores: câncer do<br />

colo do útero, Papiloma Vírus Humano,<br />

exame preventivo, Papanicolau mulheres,<br />

conhecimento e percepção. Foram<br />

selecionados artigos que atendiam aos<br />

seguintes critérios: ano de publicação entre<br />

2004 e 2015; ser um estudo baseado<br />

em entrevistas estruturadas ou semiestruturadas;<br />

ter sido realizada no Brasil; e<br />

que se relacionasse à visão das mulheres<br />

frente ao exame de Papanicolau.<br />

3. Resultados e<br />

Discussão<br />

Para atingir os objetivos do presente<br />

artigo foram selecionados 14 artigos<br />

que atendiam à metodologia apresentada.<br />

Sendo que destes, dividimo-los<br />

em dois grandes grupos: artigos de<br />

entrevistas realizadas em serviços de<br />

saúde, ou seja, em mulheres que estavam<br />

lá para realizarem o exame ou<br />

que acabaram de realizar, totalizando<br />

9 artigos (2, 6, 3, 19, 8, 20, 12, 4, 21);<br />

e artigos de entrevistas realizadas<br />

fora dos serviços de saúde, como, por<br />

exemplo, em mulheres transeuntes ou<br />

que tinham vínculo com determinada<br />

repartição pública ou privada, 5 artigos<br />

(7, 18, 17, 5, 15). Essa divisão é importantíssima<br />

quando se procura identificar<br />

os aspectos que incidem positivamente e<br />

negativamente na adesão e na procura,<br />

haja vista que mulheres que procuraram<br />

realizar o exame têm, mesmo que vagamente,<br />

a resposta do que as motivaram<br />

para estarem o realizando e por que voltarão<br />

ou não a realizá-lo.<br />

O medo pode influir positivamente<br />

ou negativamente, como mencionado<br />

anteriormente. No primeiro caso, temos<br />

o “medo da doença” influindo as mulheres<br />

a buscarem o exame como resposta<br />

a essa inquietação, podendo se apresentar<br />

de diversas maneiras (2,6,3,8,20,12).<br />

O “medo da doença”, no seu sentido<br />

amplo, é comumente relatado como a<br />

principal causa que leva as mulheres a<br />

buscarem o exame, fato observado por<br />

Silva et al. (2010), onde 70% das que se<br />

submeteram ao exame foram motivadas<br />

por tal fator. Este, ao se apresentar como<br />

a espécie medo do câncer propriamente<br />

025


AUTORES:<br />

THIAGO AÉCIO DE SOUSA¹,<br />

VANESSA PASSOS BRUSTEIN²<br />

artigo 2<br />

dito, está relacionado principalmente ao<br />

sentido que se dar à palavra câncer: uma<br />

doença letal, mutiladora e, por vezes,<br />

incurável (2). São características fortemente<br />

consolidadas pelos exemplos no<br />

convívio diário dessas mulheres, como<br />

quando ao ter notícia que uma vizinha<br />

sua passou por uma histerectomia ou retirada<br />

de outros órgãos, procura o serviço<br />

de saúde para realizar o preventivo (2,8).<br />

Não que essa atitude de buscar o exame<br />

seja ruim, mas quando pessoas procuram<br />

o serviço de saúde motivadas pelo<br />

flagelo alheio, é porque chegamos a um<br />

ponto inaceitável de morbimortalidade.<br />

Outra forma de apresentação do<br />

“medo da doença” é quando do surgimento<br />

de possíveis sintomas do CCU. A<br />

mulher ao se ver diante de dores, sangramentos<br />

ou outro tipo de sintoma busca<br />

ajuda médica. Trata-se de um problema<br />

sério, já que um número muito baixo de<br />

mulheres realizam o exame, e quando<br />

o realizam, uma boa parte dessas mulheres<br />

são motivadas por sintomas que<br />

somente surgem em um estádio já avançando<br />

da doença, onde a chance de cura<br />

é muito reduzida (2,10,7,3,18,11,12,21).<br />

Tal como foi descrito por Pimentel et<br />

al. (2011) em pesquisa realizada em pacientes<br />

acometidas pela afecção, identificaram<br />

que elas buscaram somente o serviço<br />

de saúde quando já acometidas por<br />

sintomas, dos quais se relacionavam a<br />

estádios avançados do CCU. Essa atitude<br />

pode estar relacionada à maneira como<br />

veem a doença, indo ao encontro do que<br />

foi constatado em pesquisa realizada<br />

por Silva et al. (2010), pode-se reforçar<br />

tal suspeita, na qual observou que 80%<br />

das entrevistadas viam o câncer como<br />

uma “ferida”. Através disso, percebemos<br />

que esses indivíduos, em sua maioria,<br />

tendem a associar neoplasia a algo que<br />

seja perceptível, àquilo que se possa tocar<br />

e sentir, desconsiderando, portanto, a<br />

natureza silenciosa da referida patologia.<br />

Temos também induzindo positi-<br />

vamente e com bastante relevância, o<br />

“medo da doença” ocasionado por fatores<br />

de risco, dos quais podemos destacar:<br />

casos de CCU na família; infidelidade do<br />

companheiro; e a coinfecção do Vírus da<br />

Imunodeficiência Humana (HIV) (3,12).<br />

Os fatores de riscos destacados são comumente<br />

os que mais influenciam-nas<br />

em busca da prevenção, contudo, outros<br />

fatores relacionados à doença são:<br />

tabagismo, uso de anticoncepcionais,<br />

promiscuidade, deficiência de vitaminas<br />

e iniciação sexual precoce (8,12).<br />

Em contraste com os exemplos<br />

apresentados, tem-se o “medo do resultado”,<br />

outro tipo de “medo da doença”,<br />

porém agindo negativamente<br />

(2,6,3,19,18,20,4). Como bem descreve<br />

Davim et al. (2005), 37,5% das participantes<br />

da sua pesquisa relataram que<br />

não faziam o exame devido ao medo<br />

que tinham do resultado. Porém esses<br />

números podem ir bem mais além, pois<br />

algumas mulheres, mesmo realizando o<br />

exame, podem não buscar o resultado<br />

exatamente por medo, tornando, assim,<br />

ineficaz a prevenção (20).<br />

Outra espécie de medo é o que diz<br />

respeito ao procedimento propriamente<br />

dito (ao exame), grande parte se deve à<br />

introdução do espéculo, que por vezes,<br />

é relatado por elas como sendo assustador,<br />

que provoca dores ou machuca; é<br />

o “medo daqueles ferros” (6,3,18). É um<br />

medo comum naquelas mulheres que<br />

nunca realizaram o preventivo e que<br />

baseadas em relatos alheios, dos quais<br />

muitas vezes afirmavam que o exame<br />

é muito doloroso, essas mulheres ao<br />

ouvirem isso, incorporam em si essa<br />

visão equivocada e acabam evitando ou<br />

adiando o exame (19).<br />

Além do sentimento medo, a vergonha<br />

é comumente observada nos relatos<br />

das mulheres, consubstanciando-a em<br />

atitudes que lhes afastam do preventivo<br />

(2,6,7,3,19,20,12,4,17,21,15). Como bem<br />

relatam Ferreira (2009) e Ressel et al.<br />

(2013), a vergonha é comumente referida<br />

como a principal justificativa para a não<br />

realização do Papanicolau. Sentimento,<br />

este, que pode ser exacerbado quando<br />

o profissional envolvido é do sexo masculino<br />

(7,5).<br />

A posição adotada pela paciente e a<br />

exposição das suas partes genitais são<br />

culturalmente associadas ao ato sexual,<br />

pois são educadas desde crianças que a<br />

nudez é algo vergonhoso, muitas vezes<br />

relacionado ao pecado. (7,3,12,15). A<br />

vergonha além de inibirem as mulheres<br />

de realizarem o exame, também provoca<br />

uma má impressão e até mesmo<br />

não adesão por aquelas que o realizam,<br />

porque quando exacerbada provoca<br />

uma rigidez da musculatura da pelve<br />

com consequente dor durante o procedimento.<br />

Está experiência desagradável<br />

pode ser repassada por ela para<br />

as outras mulheres que acabam por se<br />

inibirem ainda mais, devido ao medo do<br />

procedimento (7,15).<br />

Possivelmente, o fator que mais levam<br />

as mulheres realizarem o exame é o que<br />

tange aos cuidados no controle da natalidade<br />

ou desejo de engravidar (7). Isso<br />

explica porque a maioria das mulheres<br />

submetidas ao Papanicolau têm menos<br />

de 35 anos e são casadas (2,6,3,20). Na<br />

sua pesquisa, Pelosso et al. (2004) relatam<br />

que durante a mesma nenhuma<br />

mulher acima de 46 anos realizou o preventivo.<br />

Davim et al. (2005), ainda, observam<br />

que 17% relacionam a finalidade<br />

do preventivo à saúde do útero.<br />

Os dados apresentados denunciam<br />

que essa relação entre o exame preventivo<br />

e reprodução gera uma grande<br />

distorção quanto a cobertura, já que a<br />

faixa etária de 25 a 34 anos realiza o<br />

exame de forma frequente, geralmente<br />

como exame de rotina do acompanhamento<br />

pré-natal nas próprias unidades<br />

básicas de saúde (UBS), enquanto por<br />

outro lado, as mulheres da faixa etária<br />

de 35 a 60 anos mal realizam o exame<br />

026<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


(2,6,20). Fato gravíssimo, visto que, de<br />

acordo com o INCA (2014), a maior incidência<br />

de CCU se encontra em mulheres<br />

acima de 30 anos, aumentando seu risco<br />

rapidamente até atingir o pico na faixa<br />

etária entre 50 e 60 anos.<br />

A mulher como indivíduo participante<br />

do mercado de trabalho e o seu papel<br />

no cuidado dos filhos fazem surgir outro<br />

entrave para a ida delas aos serviços de<br />

saúde: a falta de tempo (2,3,19,18,12). As<br />

mulheres estão cada vez mais se inserido<br />

no mercado de trabalho, alterando sobre<br />

maneira o seu papel familiar, bem como<br />

demonstra os dados de Casarin e Piccoli<br />

(2011), 72 % das entrevistadas trabalhavam<br />

fora. Mais do que uma questão de<br />

gênero, a falta de tempo está relacionada<br />

à carência de assistência por parte dos<br />

governos a essas mulheres, principalmente<br />

quando são mães solteiras que<br />

trabalham, pois é dever do estado garantir<br />

a educação infantil em creches e pré-<br />

-escolas a todas as crianças até os 5 anos<br />

de idade, ou seja, é um direito universal e<br />

gratuito (22).<br />

A precarização dos serviços públicos<br />

de saúde é exaustivamente relatada<br />

como empecilho para realização do<br />

exame, não somente quanto a estrutura,<br />

mas, também, em relação ao profissional<br />

envolvido no atendimento (2,6,3,12). A<br />

falta de estrutura, como a exemplo da<br />

insuficiência de vagas, dificuldade para<br />

marcação de consultas, falta de materiais<br />

básicos para a realização dos procedimentos<br />

e a demora no atendimento com<br />

a formação de longas filas, demonstram<br />

uma dura realidade do nosso Sistema<br />

Único de Saúde (SUS), ele é perfeito no<br />

papel, mas, na prática, é um Sistema falido<br />

e precário.<br />

Seja a culpa da má gestão e alocação<br />

de recursos ou mesmo inerentes ao Sistema<br />

em si, ou ambos, o fato é que isso<br />

resulta numa perda incalculável, pois<br />

como já visto, as mulheres enfrentam<br />

dificuldades tremendas para vencerem<br />

vários fatores e quando conseguem,<br />

esbarram na falta de vagas. Podemos<br />

evidenciar essa realidade lançando mão,<br />

mais uma vez, da pesquisa de Davim et<br />

al. (2005), onde 33,3% das participantes<br />

afirmaram que não realizaram o preventivo<br />

devido à dificuldade de marcação<br />

da consulta. Outro ponto relatado por<br />

Pimentel et al. (2011), igualmente importante,<br />

relaciona-se a desorganização<br />

dos serviços de saúde, pois os autores<br />

fazem menção que as pacientes iam<br />

buscar o resultado do exame, mas não<br />

era encontrado.<br />

Sem sombra de dúvida, os profissionais<br />

de saúde que lidam com essas clientes<br />

têm papel fundamental na visão que<br />

elas terão sobre o exame, influenciado,<br />

principalmente, em relação a sua adesão.<br />

Pimentel et al. (2011) observam o quão<br />

elas são frágeis diante do atendimento<br />

desses profissionais, pois a maioria desconhece<br />

os detalhes do procedimento e<br />

não encontram, muitas vezes, esclarecimentos<br />

durante o atendimento, ficando,<br />

assim, a mercê dos ditames alheios.<br />

Diante dos relatos das pesquisas (12,21),<br />

percebe-se que elas esperam que os profissionais<br />

estejam dispostos a esclarecerem<br />

as dúvidas do procedimento. Então,<br />

mesmo quando as mesmas têm vergonha<br />

de perguntar, é esperado iniciativa<br />

própria do profissional sobre esclarecimentos<br />

sempre que for realizar algum<br />

procedimento no corpo delas.<br />

O desconhecimento do exame preventivo<br />

e do câncer, como da sua importância<br />

para a saúde dessas mulheres,<br />

continua sendo um fator preponderante,<br />

mesmo com o aumento da divulgação<br />

nos últimos anos, através de campanhas<br />

e meios de comunicação (2,6). Isso se dar<br />

principalmente nas unidades públicas,<br />

talvez porque uma maioria esmagadora<br />

dessas mulheres têm baixo grau de<br />

instrução, Davim et al. (2005) relataram<br />

na sua pesquisa que 58.3% das participantes<br />

estavam no fundamental, ou seja,<br />

possuíam baixo nível de escolaridade,<br />

porém, apesar do nível de escolaridade<br />

ser constantemente relacionado com o<br />

nível de conhecimento do exame, Ribeiro<br />

et al. (2013) demonstram que essa<br />

característica não é um atributo exclusivo<br />

das mulheres com grau inferior de<br />

escolaridade, pois acadêmicas de enfermagem<br />

também tinham uma deficiência<br />

quanto ao conhecimento.<br />

O conhecimento influencia fortemente<br />

os outros fatores, a exemplo do<br />

medo e da vergonha que poderiam ser<br />

minimizados através de informações do<br />

procedimento e importância (6). Como<br />

observado, muitas mulheres procuram<br />

o serviço de saúde quando acometidas<br />

por sintomas, isso tem uma estreita relação<br />

com o conhecimento sobre o CCU,<br />

pois a falta de informação a respeito do<br />

câncer como doença silenciosa acarreta<br />

esse comportamento (12). O desconhecimento<br />

sobre prevenção da doença pode<br />

levá-las a uma visão do câncer como<br />

incurável, desse modo, não realizam o<br />

preventivo por acreditarem que ao ser<br />

incurável, não há como evitá-lo (19). Já<br />

quando a informação do preventivo é<br />

insuficiente ou inadequada, elas podem<br />

até realizarem o exame, mas muitas vezes<br />

não o fazem no tempo preconizado<br />

pelo MS (6).<br />

4. Considerações<br />

Finais<br />

Percebe-se que os fatores identificados<br />

somam-se ou subtraem-se, agindo<br />

com uma intensidade diferente para<br />

cada mulher na motivação ou não para<br />

a realização do exame, devido à qualidade<br />

humana de ser cada indivíduo um<br />

ser ímpar, com suas próprias concepções,<br />

bagagem cultural, experiências,<br />

etc. Quanto aos sentimentos vergonha<br />

e medo, pode-se utilizar em campanhas<br />

preventivas, ações que abordem a<br />

sexualidade com base na cultura do público-alvo<br />

e a educação em saúde, esta,<br />

027


AUTORES:<br />

THIAGO AÉCIO DE SOUSA¹,<br />

VANESSA PASSOS BRUSTEIN²<br />

artigo 2<br />

sobretudo, trazendo esclarecimentos sobre<br />

o procedimento propriamente dito, a<br />

importância do exame de Papanicolau, o<br />

CCU como doença evitável, entre outros.<br />

Além disso, uma ação mais incisiva do<br />

profissional de saúde que pode agir de<br />

modo pontual e pessoal, atuação caso<br />

a caso, é de suma importância. O desenvolvimento<br />

da empatia no trato com<br />

elas, que basicamente foi o cerne desse<br />

artigo, seria o primeiro passo do profissional,<br />

que passaria a atuar de forma<br />

mais acolhedora, sensível e eficiente,<br />

isto é, fazendo frente contra essa cultura<br />

hospitalar de “objetificação” do paciente.<br />

Diante de todo o exposto, apesar de<br />

termos um aumento no número de<br />

exames registrados, podem não expressarem<br />

a eficácia da prevenção, pois como<br />

visto: muitas mulheres procuram realizar<br />

ao exame quando eivadas de sintomas;<br />

outras realizam ao exame, mas não buscam<br />

o resultado; há ainda aquelas que<br />

realizam fora do preconizado pelo Ministério<br />

da Saúde (MS); os casos em que<br />

a demora de entrega do resultado torna<br />

ineficiente a prevenção; e a descontinuidade<br />

da cobertura relacionada ao comportamento<br />

das mulheres de realizarem<br />

apenas quando reprodutivas e à precarização<br />

dos serviços públicos de saúde<br />

. Tais fatos, sem dúvida, fazem parte da<br />

soma que contribui para o aumento contínuo<br />

da taxa de mortalidade, que entre<br />

o período de 2010 e 2013 passou de 4,89<br />

a 5,24 (por 100 mil mulheres) de acordo<br />

com o Atlas de Mortalidade de Câncer no<br />

Brasil (23).<br />

Isso indica que a eficácia da prevenção<br />

está bem mais além do que um simples<br />

aumento nominal de exames preventivos<br />

realizados, é preciso que esse aumento<br />

seja uniforme quanto a todas as faixas<br />

etárias e também geograficamente. Infelizmente,<br />

o estado ao mesmo tempo<br />

que estimula as mulheres a realizarem o<br />

exame, afastam-nas, pois não lhes dão<br />

condições adequadas e conhecimento su-<br />

ficiente para cuidarem da sua saúde, por<br />

outro lado, muitos profissionais não fazem<br />

o seu papel para mudar esse cenário, tornando<br />

mais precária essa situação e quando<br />

o faz, geralmente esbarram na falta de<br />

condições de estrutura de trabalho. É um<br />

desafio que cabe a todos fazer a diferença,<br />

seja divulgando as informações em casa,<br />

no trabalho, na internet, etc., ou mesmo<br />

cobrando dos governantes a sua atuação,<br />

tudo isso é essencial quando se busca essa<br />

mudança.<br />

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diagnóstico avançado do câncer do colo do<br />

útero. Texto contexto - enferm., Florianópolis<br />

, v. 20, n. 2, p. 255-262, Jun 2011.<br />

13. INCA, Instituto Nacional do Câncer.<br />

Tipos de câncer. Colo do útero: prevenção. Rio<br />

de janeiro: 2015.<br />

14. WORLD HEATH ORGANIZATION<br />

(WHO). Guidance Note: Comprehensive<br />

cervical cancer prevention and control-a<br />

healthier future for girls and women. Geneva:<br />

WHO; 2013. Disponível em: http://www.<br />

who.int/reproductivehealth/publications/<br />

cancers/9789241505147/en/index.html.<br />

Acesso em 15 de junho de 2015.<br />

15. LIMA, A. N. F; NASCIMENTO, E. G. C.;<br />

ACHIERI; J. C. Adesão ao Exame de Citologia<br />

Oncótica: Um olhar sobre a Saúde da Mulher.<br />

Rev. APS. v.17, n.3, set. 2014.<br />

16. CHUBACI, R. Y. S.; MERIGHI, M. A.<br />

B. Exame para detecção precoce do câncer<br />

cérvico-uterino: vivência de mulheres das<br />

cidades de Kobe e Kawasaki, Japão e São<br />

Paulo, Brasil. Rev. Bras. Saude Mater. Infant.,<br />

Recife, v. 5, n. 4, p. 471-481, Dez. 2005.<br />

17. RODRIGUES, B.C. et al. Health<br />

education for cervical cancer prevention. Rev<br />

bras educ méd. 2012; 36(1):149-54<br />

18. CASARIN, M. R.; PICCOLI, J.C. E.<br />

Educação em saúde para prevenção do<br />

câncer de colo do útero em mulheres do<br />

município de Santo Ângelo/RS. Ciênc. saúde<br />

coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 9, p. 3925-<br />

3932, Set. 2011.<br />

19. FERREIRA, M. L. S. M. Motivos que<br />

influenciam a não-realização do exame<br />

Papanicolaou segundo a percepção de<br />

mulheres. Esc. Ana Nery Rev Enferm. v. 13, n.<br />

2, abr./jun. Rio de Janeiro: 2009.<br />

20. JORGE, R. J. B. et al. Exame<br />

Papanicolaou: sentimentos relatados<br />

por profissionais de enfermagem ao se<br />

submeterem a esse exame. Ciência & Saúde<br />

Coletiva, v. 16, n. 5, p. 2443-2451, 2011.<br />

21. RESSEL, B. A. et al. Exame preventivo do<br />

câncer de colo uterino: a percepção das mulheres.<br />

av.enferm., Bogotá , v. 31, n. 2, jul. 2013.<br />

22. BRASIL. Constituição, 1988.<br />

23. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE/<br />

SAS/INCA. Atlas online de mortalidade por<br />

câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2014.<br />

Disponível em: mortalidade.inca.gov.br/<br />

MortalidadeWeb/. Acceso em 15 de junho de<br />

2015.<br />

028<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


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artigo 3<br />

AUTORES:<br />

MANUELA DARELA DA SILVA 1 ;<br />

JOÃO EDUARDO DA SILVA SIERRA FERNANDEZ 1 ;<br />

ALLAN JHONES PEREIRA CARDOSO 1 ;<br />

GLÓRIA ARAÚJO DA SILVEIRA 1 ;<br />

LEIDY JOHANNA OCAMPO ARROYAVE 2 .<br />

Câncer de colo de<br />

útero: análise da<br />

mortalidade por região<br />

brasileira<br />

1 - Acadêmicos de Medicina da Faculdade de Medicina da<br />

Universidade Federal de Pelotas (FAMED-UFPel)<br />

2 - Centro de Pesquisa Amilcar Gigante - UFPel<br />

Autor correspondente:<br />

João Eduardo da Silva Sierra Fernandez<br />

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Resumo<br />

O câncer (CA) de colo de útero é o segundo<br />

tipo de câncer que mais acomete<br />

mulheres no mundo e possui as maiores<br />

morbidades e mortalidade. Aproximadamente<br />

80% dos novos casos ocorrem<br />

em países emergentes e nas populações<br />

com menores índices socioeconômicos<br />

(1). No Brasil, o câncer de colo de útero<br />

está em quinta posição quando se trata<br />

de mortalidade entre as neoplasias<br />

malignas com mais de 20.000 casos<br />

por ano, e ocupa a segunda posição em<br />

relação às neoplasias que acometem as<br />

mulheres (2).<br />

O presente estudo, do tipo transversal<br />

descritivo, analisou dados secundários<br />

sobre mortalidade por câncer de colo de<br />

útero do Sistema de Informações sobre<br />

Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde,<br />

disponibilizados através do DATASUS,<br />

departamento de informática do Sistema<br />

Único de Saúde do Brasil que administra<br />

informações de saúde (indicadores de<br />

saúde, assistência à saúde, informações<br />

epidemiológicas e de morbidade, entre<br />

outras), referente ao ano de 2011. Foram<br />

selecionadas no SIM todas as declarações<br />

dos óbitos registradas no país, entre 1o<br />

de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de<br />

2011, que tinham como causa básica de<br />

morte a categoria “neoplasia maligna<br />

do colo do útero” C53, segundo a 10ª<br />

Revisão da Classificação Internacional de<br />

Doenças (CID-10).<br />

Os principais objetivos do estudo foram:<br />

analisar as proporções de mortalidade<br />

por região brasileira, traçar o perfil<br />

genérico das mulheres brasileiras mais<br />

acometidas com tal desfecho e estimular<br />

a conscientização dos profissionais de<br />

saúde e gestores da saúde pública sobre<br />

a prevenção através do exame citopatológico<br />

do colo uterino.<br />

Os resultados revelam que o perfil<br />

mais acometido pela mortalidade seria<br />

formado por mulheres na faixa etária<br />

de 40 a 60 anos, das regiões Norte e<br />

Nordeste, solteiras e com poucos anos<br />

de estudo. Não houve diferenças significativas<br />

de mortalidade entre brancas e<br />

negras. A taxa bruta de mortalidade encontrada<br />

neste estudo de câncer de colo<br />

do útero no Brasil no ano de 2011 foi de<br />

5,24/100.000 mulheres, o que comprova<br />

que a doença constitui um importante<br />

problema de saúde pública.<br />

Palavras-chave: mortalidade, prevenção,<br />

câncer de colo de útero, câncer de colo uterino,<br />

citopatologia, regiões brasileiras, saúde pública.<br />

Abstract<br />

Title: Uterine cervical cancer:<br />

mortality analysis per brazilian region<br />

The uterine cervical cancer is the<br />

second type of cancer that reaches more<br />

women in the world and has the highest<br />

morbidities and mortality. About 80% of<br />

the new cases occur in emerging countries<br />

and in populations with the lowest<br />

socioeconomic index. In Brazil, the uterine<br />

030<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


cervical cancer is in the fifth position of<br />

mortality caused by malignant neoplasms<br />

with more than 20.000 cases in a year<br />

and occupies the second position of the<br />

neoplasms that reach women.<br />

This cross-sectional study analyzed<br />

secondary data of mortality caused by<br />

uterine cervical cancer of the Mortality<br />

Information System (SIM) of the Brazilian<br />

Government, available on DATASUS,<br />

department of informatics of Brazilian<br />

health system which controls health<br />

information (health index, health<br />

assistance, epidemiologic and morbidities<br />

information, and others), relative of<br />

the year 2011. It was selected at SIM<br />

all deaths certificates registered in the<br />

country between 1st January of 2011<br />

and 31th December of 2011 caused by<br />

“uterine cervical malignant neoplasm”<br />

C53, according to the 10th International<br />

Classification of Diseases (ICD-10).<br />

The main goals of this current study<br />

were analyse the mortality proportions<br />

per Brazilian region, delineate a<br />

generical profile of the most affected<br />

(by uterine cervical cancer mortality)<br />

Brazilian women and aware the<br />

health professionals and public health<br />

managers about the prevention by the<br />

uterine cervical cytopathology exam.<br />

The results showed us that the most<br />

affected profile is composed by women<br />

between 40 and 60 years old, from the<br />

North and Northeast regions, single and<br />

with low education index. There wasn’t<br />

significative mortality difference between<br />

white and black women. The mortality<br />

rate founded in this study about the<br />

uterine cervical cancer in Brazil, in the year<br />

2011 it was 5,24/100.000 women, what<br />

proves that this disease is a very important<br />

issue in public health.<br />

Keywords: mortality, prevention,<br />

uterine cervical cancer, cytopathology,<br />

Brazilian regions, public health.<br />

Introdução<br />

O câncer do colo do útero é caracterizado<br />

pela replicação desordenada<br />

do epitélio de revestimento do órgão,<br />

comprometendo o tecido subjacente<br />

(estroma) e podendo invadir estruturas e<br />

órgãos contíguos ou à distância. É classificado,<br />

pelo CID-10, como C53.<br />

O câncer de colo uterino se desenvolve<br />

gradativamente, o que explica a importância<br />

do Papanicolau, seu exame preventivo.<br />

A principal causa desse tipo de<br />

câncer é a infecção pelo papiloma vírus<br />

humano (ou HPV), com alguns subtipos<br />

de alto risco relacionados a tumores malignos.<br />

É o terceiro tumor mais frequente<br />

em mulheres, atrás do câncer de mama e<br />

do câncer colorretal, e a quarta causa de<br />

morte de mulheres por câncer no Brasil<br />

(tendo como referência o ano de 2011)<br />

(3). Aproximadamente 80% dos novos<br />

casos ocorrem em países emergentes<br />

e nas populações com menores índices<br />

socioeconômicos (1).<br />

A mortalidade por câncer do colo do<br />

útero é um evento evitável, uma vez que<br />

entre as ações para seu controle pode-se<br />

contar com tecnologias para o diagnóstico<br />

e tratamento de lesões precursoras<br />

que permite a cura de 100% dos casos<br />

diagnosticados na fase inicial (4). Constitui<br />

um problema de saúde pública devido<br />

ao alto número de óbitos por esta<br />

causa, não só no Brasil, como também<br />

na América Latina, onde as taxas de incidência<br />

encontram-se entre as mais altas<br />

do mundo (5).<br />

Em estudo recente (6), o qual analisa<br />

a mortalidade por diversos tipos de câncer<br />

no Brasil durante o período de 1981<br />

a 2006, constata-se que a mortalidade<br />

por câncer de colo de útero passou de<br />

segunda a terceira maior causa de morte<br />

por câncer em mulheres. Em pequenos<br />

e médios municípios passou de primeira<br />

a segunda causa principal, enquanto<br />

nas capitais passou da segunda para a<br />

quarta posição. Ainda assim, as taxas<br />

de mortalidade por câncer de colo de<br />

útero continuam elevadas no Brasil,<br />

constituindo-se em um grave problema<br />

de saúde pública.<br />

Programas destinados a orientar,<br />

educar e rastrear as populações aliados<br />

ao maior conhecimento sobre as causas<br />

do câncer de colo de útero com o avanço<br />

das pesquisas foram importantes fatores<br />

para a redução na incidência e mortalidade<br />

deste, no século passado, em<br />

todo o mundo (7). Entretanto, os países<br />

emergentes se beneficiaram em menor<br />

escala do que os desenvolvidos. Na<br />

América Latina, por exemplo, as taxas de<br />

mortalidade não estão diminuindo amplamente.<br />

Nesse âmbito aponta-se que<br />

as falhas nos programas anteriormente<br />

citados sejam fatores fortemente atrelados<br />

à manutenção dos altos coeficientes<br />

da doença (8).<br />

A detecção precoce representa, no<br />

Brasil, um grande desafio à saúde pública.<br />

Entre os fatores que a dificultam está<br />

a iniquidade do acesso às redes de saúde,<br />

condicionado pelas condições socioeconômicas<br />

heterogêneas. A qualidade do<br />

serviço prestado também representa um<br />

fator que compromete o processo de rastreamento<br />

(5).<br />

Conhecer as informações epidemiológicas<br />

do câncer de colo de útero é de<br />

grande importância para o planejamento<br />

de estratégias que visam a redução<br />

das taxas de incidência e mortalidade<br />

desta doença na população, principalmente<br />

em locais onde esses programas<br />

apresentam falhas, como no Brasil (1).<br />

O programa Viva Mulher, por exemplo,<br />

que foi implantado em 1997 pelo Ministério<br />

da Saúde, fornece dados sobre<br />

os programas de rastreamento de CA de<br />

colo de útero no Brasil e cita como uma<br />

falha a baixa cobertura do teste de Papanicolau,<br />

que cobre entre 8% e 10% da<br />

população feminina em torno de 20 anos<br />

de idade (9).<br />

É inegável que o perfil de mortalidade<br />

031


AUTORES:<br />

MANUELA DARELA DA SILVA 1 ;<br />

JOÃO EDUARDO DA SILVA SIERRA FERNANDEZ 1 ;<br />

ALLAN JHONES PEREIRA CARDOSO 1 ;<br />

GLÓRIA ARAÚJO DA SILVEIRA 1 ;<br />

LEIDY JOHANNA OCAMPO ARROYAVE 2 .<br />

artigo 3<br />

pelo câncer de colo de útero (mulheres na<br />

idade adulta, negras, sem companheiro,<br />

donas de casa, residentes em bairros<br />

de baixa renda, com baixa condição de<br />

vida) (10) coincide parcialmente com o<br />

perfil das brasileiras que não realizam o<br />

exame citológico (mulheres pardas, de<br />

baixa escolaridade, baixo nível socioeconômico,<br />

baixa renda familiar, sem<br />

companheiro, com uso de anticoncepcional<br />

oral, com vergonha ou medo do<br />

exame, sem consultas médicas no ano<br />

anterior à pesquisa e com dificuldade<br />

de acesso à assistência médica) (11).<br />

Estabelece-se, assim, a relação entre a<br />

mortalidade e o não rastreamento do<br />

câncer, evidenciando a importância de<br />

focalizar a atenção no rastreamento de<br />

mulheres com este perfil, sem deixar de<br />

lado as ações em vigor na atual política<br />

de saúde para as mulheres.<br />

No presente estudo, buscou-se comparar<br />

as disparidades entre as taxas<br />

de mortalidade por câncer de colo do<br />

útero entre as regiões brasileiras no<br />

ano de 2011, para que se possa relatar<br />

as regiões com piores índices, e, assim,<br />

focar num programa de propaganda do<br />

rastreamento, com incentivos às mulheres<br />

para buscarem atendimento médico<br />

e sensibilizar as equipes de saúde quanto<br />

à importância da realização do exame<br />

preventivo e a busca ativa das mulheres<br />

que não comparecem para serem<br />

examinadas no programa, além de dar<br />

continuidade no tratamento de lesões<br />

mostradas no exame.<br />

do colo do útero” C53, segundo a 10ª<br />

Revisão da Classificação Internacional de<br />

Doenças (CID-10).<br />

A partir dos dados coletados<br />

foram realizados preparação, categorização<br />

e/ou rotulação das variáveis segundo<br />

os objetivos do estudo.<br />

As variáveis de exposição<br />

consideradas neste estudo são: região<br />

do Brasil (norte/nordeste/centro-oeste/<br />

sudeste/sul); idade (anos completos de<br />

vida); cor da pele (branco/negro/pardo/<br />

amarelo/indígena); estado civil (casado/<br />

solteiro/viúvo/separado/outro) e escolaridade<br />

(anos completos de estudo).<br />

Foi realizada a análise descritiva das<br />

variáveis por meio de medidas de distribuição<br />

de frequência, através do programa<br />

estatístico STATA (versão 12.0). Os<br />

bancos de dados disponibilizados não<br />

identificam as pessoas, o que faz com que<br />

o trabalho respeite a privacidade e garanta<br />

o caráter confidencial das informações.<br />

Resultados<br />

Para o ano de 2011 foram registrados<br />

no Sistema de Informação de Mortalidade<br />

–SIM- 85.931 óbitos em mulheres<br />

devido a neoplasias ou tumores (CID-10.<br />

Cap.II de C00 até D48) dos quais 5.160<br />

óbitos foram em mulheres maiores de<br />

15 anos por câncer de colo do útero<br />

(CCU), aproximadamente 6% dos óbitos<br />

por neoplasias ou tumores na população<br />

feminina.<br />

No Brasil, a taxa bruta de mortalidade<br />

por CCU é de 5,24 a cada 100 mil<br />

mulheres, como observado na figura 1,<br />

sendo que as maiores taxas se encontram<br />

no Norte, Nordeste e Centro-oeste,<br />

com 7,79, 5,82 e 5,36 para cada 100 mil<br />

mulheres, estando acima da média nacional.<br />

Pode-se observar que as regiões<br />

Sul e Sudeste apresentam taxas abaixo<br />

às do Brasil (Figura 1).<br />

Percebe-se que a taxa cresce concomitantemente<br />

com a idade, ou seja,<br />

quanto mais elevada a idade, maior a<br />

Métodos E Casuística<br />

O presente estudo é do tipo transversal<br />

descritivo com base em dados secundários<br />

do SIM, do Ministério da Saúde,<br />

disponibilizados pelo DATASUS. Foram<br />

selecionadas no SIM todas as declarações<br />

dos óbitos registradas no país, entre<br />

1o de janeiro de 2011 e 31 de dezembro<br />

de 2011, que tinham como causa básica<br />

de morte a categoria “neoplasia maligna<br />

Figura 1 - Distribuição da taxa bruta de mortalidadepor câncer<br />

de colo do útero por região. Brasil, 2011.<br />

032<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


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artigo 3<br />

Figura 2 - Distribuição da taxa especifica de mortalidade por câncer de colo do<br />

útero segundo a idade por região. Brasil, 2011<br />

taxa de mortalidade por CCU. Na faixa<br />

etária de 15-29 anos, essa taxa mostra-se<br />

em menor proporção de 0,9 por 100 mil<br />

mulheres, enquanto na faixa etária de 80<br />

anos ou mais, mostra-se bastante importante<br />

(de 26 por 100 mil mulheres). Isto é<br />

evidenciado em todas as regiões do Brasil,<br />

onde a maior taxa específica de mortalidade<br />

por CCU ocorre em mulheres acima<br />

de 80 anos, que variam na região Norte<br />

com 62, 43 no Nordeste, 19 no Sudeste e<br />

19 óbitos no Sul para cada 100 mil mulheres<br />

nessa faixa etária, seguida pela faixa de<br />

70 a 79 anos (na qual mantém taxas de<br />

33 no Norte até 12 óbitos no Sudeste para<br />

cada 100 mil mulheres nesta faixa etária<br />

(Figura 2)). Evidenciou-se que existem<br />

diferenças estatisticamente significativas<br />

entre as taxas de mortalidade por grupo<br />

de idade entre as regiões segundo os intervalos<br />

de confiança e o valor p < 0,05<br />

(Tabela 1).<br />

Entre as características sociodemográficas<br />

da população feminina que está<br />

falecendo por câncer de colo do útero,<br />

pode-se observar, na Tabela 2 que, de<br />

acordo com a cor da pele para o país e<br />

por região brasileira, que a cor branca foi<br />

a que obteve maior número de óbitos,<br />

com 45,18%, seguida pela cor parda que<br />

apresentou 45,02%, valores esses muito<br />

próximos. As cores preta, amarela e indígena<br />

foram as que apresentaram menor<br />

mortalidade, com porcentagens de 9%,<br />

0,5% e 0,4%, respectivamente, em relação<br />

ao Brasil. Predomina a cor parda para<br />

as regiões Norte (78%), Nordeste (65%)<br />

e Centro-oeste (46%). No Sudeste e no<br />

Sul, esse padrão se inverte, e a cor branca<br />

fica em primeiro lugar quanto ao número<br />

de óbitos por essa doença (57% e 89%,<br />

respectivamente).<br />

Ao analisar os dados relativos às faixas<br />

etárias, para o Brasil e suas respectivas<br />

regiões, evidencia-se que no país a mortalidade<br />

é maior para mulheres entre 40<br />

e 59 anos de idade (43%). Para a região<br />

Norte, a faixa etária mais acometida é a<br />

de 40 a 49 anos (23%), seguida por 50 a<br />

59 anos (21%). Para as demais regiões,<br />

a faixa etária mais acometida é a de 50<br />

a 59 anos, seguida por 40 a 49 anos. As<br />

faixas etárias de 15 a 19 anos e 20 a 29<br />

anos apresentam os menores números<br />

de óbitos, com valores percentuais no<br />

Brasil de 0,06% e 2,91%, respectivamente.<br />

Fica evidente que os valores vão<br />

aumentando progressivamente até atingirem<br />

seus máximos nas faixas etárias<br />

entre 40 a 59 anos de idade, e nas faixas<br />

etárias seguintes decaem atingindo<br />

valores baixos, porém mais altos que os<br />

valores para 15 a 29 anos de idade.<br />

Apresenta-se também, na Tabela 2,<br />

a distribuição dos óbitos por CCU em<br />

relação a escolaridade para cada região<br />

brasileira, e analisa-se que mulheres<br />

com 12 anos ou mais de estudo apresentam<br />

os menores valores percentuais de<br />

óbito para a doença em questão. Além<br />

disso, percebe-se que a mortalidade por<br />

CCU, no Brasil, é maior em mulheres que<br />

possuem de 1 a 3 anos de escolaridade<br />

(28%), seguida da ausência de qualquer<br />

nível de escolaridade (24%). Nota-se<br />

Tabela 1 - Distribuição da taxa especifica de mortalidade por câncer de colo do útero segundo a idade por região. Brasil, 2011<br />

034<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


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GLÓRIA ARAÚJO DA SILVEIRA 1 ;<br />

LEIDY JOHANNA OCAMPO ARROYAVE 2 .<br />

artigo 3<br />

que na região Sudeste e Sul as maiores<br />

proporções de morte por câncer de colo<br />

do útero estão nas mulheres com 1 a 3<br />

anos de escolaridade, seguidas em ambas<br />

as regiões por mulheres de 4 a 7 anos<br />

de escolaridade.<br />

Na região Nordeste quanto maior os<br />

anos de escolaridade, menor os percentuais<br />

de óbito por CCU. Essa distribuição<br />

não é seguida pelas outras regiões,<br />

como o Sudeste, em que mulheres com<br />

nenhuma escolaridade (16,25%) apre-<br />

Tabela 2 -Distribução das características sociodemográficas dos óbitos por câncer de colo do útero por região. Brasil, 2011<br />

036<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


sentam menor número de óbitos comparado<br />

a mulheres de 1 a 3 e 4 a 7 anos<br />

de escolaridade 30,80 e 22,27%, respectivamente;<br />

ou como a região Sul, em<br />

que esses mesmos grupos comparados<br />

apresentam valores muito semelhantes.<br />

Sobre os óbitos por CCU agrupados de<br />

acordo com o estado civil, percebe-se que,<br />

no país como um todo, os óbitos predominam<br />

nas mulheres solteiras (35%),<br />

seguido das mulheres casadas (31%).<br />

Em terceira posição ficam as viúvas com<br />

22%. Esse padrão se mantém no Norte,<br />

Nordeste e Sudeste. Já no Centro-oeste e<br />

Sul, as mulheres casadas apresentaram<br />

maiores valores percentuais, seguidas<br />

pelas mulheres solteiras (como mostrado<br />

na Tabela 2).<br />

Discussão<br />

A taxa de mortalidade por câncer de<br />

colo de útero no Brasil encontrada neste<br />

estudo foi de 5,24 para cada 100.000<br />

mulheres, o que foi semelhante as taxas<br />

de mortalidade encontrada por Thuler<br />

em 2005 (5,29/100.000 mulheres) (12)<br />

e por Gonzaga em 2009 (5,3/100.000<br />

mulheres) (13), porém, neste último<br />

foram consideradas apenas mulheres<br />

acima de 20 anos.<br />

Os valores de mortalidade por câncer<br />

de colo de útero no Brasil, de acordo com<br />

Bustamante (14), são de aproximadamente<br />

5,5/100 mil mulheres no ano de<br />

2006, não apresentando grande variação<br />

no período de 1981 a 2006. Em estudo<br />

realizado por Guerra no estado de Minas<br />

Gerais, no ano de 2005 a mortalidade<br />

por câncer de colo de útero estava próximo<br />

de 6 por 100 mil mulheres (15).<br />

As regiões Norte e Nordeste apresentaram<br />

as maiores proporções de<br />

mortalidade em relação ao país, e as<br />

regiões Centrooeste e Sul apresentaram<br />

proporções similares as do Nordeste. De<br />

acordo com Santos (16), o elevado número<br />

de casos pode ser atribuído à falta<br />

ou à deficiência de ações preventivas, em<br />

que a implementação de um programa<br />

eficaz de rastreamento permanece como<br />

um desafio. Um estudo de Ribeiro e Nardocci<br />

(17) identifica que a incidência e<br />

mortalidade por câncer de colo de útero<br />

estão associadas ao baixo nível socioeconômico<br />

por aspectos de comportamento<br />

sexual (ligados a maior chance de a mulher<br />

se tornar portadora do HPV - Human<br />

Papiloma Virus -, como idade precoce da<br />

primeira relação sexual e múltiplos parceiros<br />

sexuais), e também ao menor número<br />

de exames de rastreamento.<br />

Mendonça (11) relatou que a não<br />

realização do exame citológico no<br />

Brasil está associada a vivência sem<br />

companheiro, o que vai ao encontro do<br />

resultado do presente estudo e com a<br />

hipótese de que o alto número de casos<br />

está associado às dificuldades dos programas<br />

de rastreamento.<br />

Fazendo uma análise minuciosa de<br />

cada região percebe-se que no Norte<br />

e Nordeste as mulheres pardas têm as<br />

proporções maiores de mortalidade<br />

por CCU; no Centro-oeste as proporções<br />

entre pardas e brancas praticamente se<br />

igualam, e no Sudeste e Sul há uma inversão<br />

no padrão, sendo que as brancas<br />

apresentam as maiores proporções nessas<br />

regiões. No estudo de Mendonça citado<br />

acima, também há uma associação<br />

entre cor parda e não realização do exame<br />

citológico, no qual a proporção de<br />

mortalidade de mulheres negras (sendo<br />

incluídas as mulheres de cor preta e parda)<br />

foi de 61%.<br />

Em relação à idade, podemos observar<br />

que a maior mortalidade se encontra<br />

nas idades mais avançadas, uma tendência<br />

observada na maioria dos estudos<br />

de mortalidade. A hipótese de que a<br />

mortalidade por CCU está positivamente<br />

associada com a idade também é confirmada<br />

pelo fato de que em nenhuma<br />

região brasileira houve alteração desse<br />

padrão. Porém, pode-se observar que<br />

45% das mortes de mulheres por CCU<br />

ocorre nessa faixa etária (40 a 60 anos).<br />

O estudo de Mendonça (2008) constata<br />

que a idade média de óbito por CCU em<br />

Recife é de 57,7 anos (11), reforçando a<br />

hipótese. Entretanto, o fato de a mortalidade<br />

ser maior nas faixas etárias mais<br />

avançadas pode estar associada a um<br />

menor número de mulheres vivas nessa<br />

idade, o que faz a taxa aumentar.<br />

No que diz respeito à escolaridade, no<br />

Brasil, observa-se que 24% das mortes<br />

são de mulheres com nenhuma escolaridade,<br />

e esta taxa decresce quanto<br />

mais anos de estudo. Isso corrobora com<br />

a afirmação de que há maior probabilidade<br />

de ocorrer diagnóstico precoce<br />

se houver conhecimento prévio sobre<br />

o assunto, mostrada por Silva (2005),<br />

no artigo “Conhecimento de mulheres<br />

sobre cancro de mama e de colo de útero”<br />

(18). No Nordeste e no Centro-oeste<br />

esta hipótese também se confirma, sendo<br />

que 35% das mortes por CCU são de<br />

mulheres sem escolaridade. Segundo<br />

o estudo de Mendonça, há uma forte<br />

associação entre CCU e escolaridade<br />

até o primeiro grau incompleto, relacionada<br />

à falta de conhecimento quanto<br />

ao exame preventivo e seus benefícios<br />

(11). No entanto, essa conclusão ainda<br />

não é concreta, já que a escolaridade foi<br />

ignorada em muitos atestados de óbito<br />

usados no estudo em questão. Em estudo<br />

realizado em Santiago do Chile, 66%<br />

das mulheres que morreram por este<br />

tipo de câncer tinha menos de 6 anos<br />

de escolaridade (19). Essa constatação<br />

reforça a associação entre baixa escolaridade<br />

e mortalidade por CCU. Porém, no<br />

sul e no sudeste do Brasil a hipótese de<br />

que quanto maior a escolaridade menor<br />

a taxa de mortalidade por CCU não se<br />

confirma, sendo que as taxas de mortes<br />

em mulheres com 1 a 7 anos de estudo<br />

são maiores do que as taxas de mortalidade<br />

em mulheres com nenhuma escolaridade.<br />

Também no norte a hipótese<br />

não é confirmada, já que a mortalidade<br />

em mulheres com 1 a 3 anos de estudos<br />

é maior do que em mulheres sem<br />

escolaridade.<br />

037


AUTORES:<br />

MANUELA DARELA DA SILVA 1 ;<br />

JOÃO EDUARDO DA SILVA SIERRA FERNANDEZ 1 ;<br />

ALLAN JHONES PEREIRA CARDOSO 1 ;<br />

GLÓRIA ARAÚJO DA SILVEIRA 1 ;<br />

LEIDY JOHANNA OCAMPO ARROYAVE 2 .<br />

artigo 3<br />

Conclusão<br />

A taxa bruta de mortalidade encontrada<br />

neste estudo de câncer de colo<br />

do útero no Brasil no ano de 2011 foi<br />

de 5,24/100.000 mulheres. Além disso,<br />

essas taxas são maiores em regiões com<br />

piores indicadores socioeconômicos de<br />

regiões brasileiras, como o Norte e Nordeste.<br />

Não houve diferenças significativas<br />

entre as porcentagens de mortes de mulheres<br />

brancas e negras.<br />

Pode-se observar também que mulheres<br />

solteiras apresentaram maiores<br />

proporções de óbitos.<br />

No que concerne à escolaridade, chegou-se<br />

a conclusão que, de uma forma<br />

geral, quanto mais anos de estudo, menor<br />

a proporção de mortes de mulheres<br />

por câncer de colo uterino.<br />

Por fim, em relação à idade, verificou-<br />

-se que a maior proporção de mulheres<br />

que morrem devido à essa neoplasia<br />

encontra-se na faixa etária de 40 a 60<br />

anos – porém as maiores taxas de mortalidade<br />

encontram-se nas idades mais<br />

avançadas, o que pode ser explicado<br />

pelo menor número de mulheres vivas<br />

dessa faixa etária.<br />

As limitações deste trabalho se devem<br />

ao uso de dados secundários (do SIM),<br />

que não continham informações como<br />

frequência de exames preventivos, uma<br />

vez que foi observado que a detecção<br />

precoce e a oferta do tratamento adequado<br />

estão relacionados a redução da<br />

mortalidade por câncer de colo do útero<br />

nos países desenvolvidos (18). Aliado<br />

a isso, também encontra-se o viés da<br />

imprecisão dos atestados de óbito, nos<br />

quais uma parcela significativa de mortes<br />

por câncer uterino é codificada como<br />

porção não-especificada –sem especificar<br />

se o câncer originou-se no corpo ou<br />

no colo do útero.<br />

Referências<br />

Bibliográficas<br />

(1) Erildo Vicente Müller, Maria Gabriela<br />

Haye Biazevic, José Leopoldo Ferreira<br />

Antunes, Edgard Michel Crosato. Tendência e<br />

diferenciais socioeconômicos da mortalidade<br />

por câncer de colo de útero no Estado do<br />

Paraná (Brasil), 1980-2000; 2009.<br />

(2) Parikh S, Brennan P, Boffetta P. Metaanalysis<br />

of social inequality and the risk of<br />

cervical cancer. Int J Cancer. 2003.<br />

(3) Acesso em<br />

27/04/2014<br />

(4) Ministério da Saúde (Br). Secretaria<br />

Executiva. Brasília (DF): Ministério da Saúde;<br />

Controle do câncer do colo do útero: Programa<br />

nacional de controle do câncer do colo uterino.<br />

2001.<br />

(5) Ana Luiza Barreto Zapponi, Enirtes<br />

Caetano Prates Melo. Distribuição da<br />

mortalidade por câncer de mama e de colo<br />

de útero segundo regiões brasileiras. UERJ.<br />

2010.<br />

(6) SILVA, Gulnar Azevedo e et al.<br />

Tendência da mortalidade por câncer nas<br />

capitais e interior do Brasil entre 1980 e 2006.<br />

Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n. 6,<br />

Dec. 2011.<br />

(7) Schiffman MH, Brinton LA, Devesa<br />

SS, Fraumeni JF Jr. Cervical cancer. In:<br />

Schottenfeld D, Fraumeni JF Jr, editors. New<br />

York: Oxford University Press; 1996. p. 1090-<br />

1116. Cancer epidemiology and prevention.<br />

2nd ed.<br />

(8) Franco EL, Duarte Franco E, Ferenczy<br />

A. Cervical cancer: epidemiology, prevention<br />

and the role of human papillomavirus infection.<br />

CMAJ 2001.<br />

(9) Brasil. Ministério da Saúde. Instituto<br />

Nacional de Câncer. Programa Nacional de<br />

Controle do Câncer do Colo Uterino: Viva<br />

Mulher. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde;<br />

1996.<br />

(10) ZEFERINO, Luiz Carlos. O desafio<br />

de reduzir a mortalidade por câncer do colo<br />

do útero. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de<br />

Janeiro, v. 30, n. 5, May 2008.<br />

(11) MENDONCA, Vilma Guimarães de<br />

et al . Mortalidade por câncer do colo do<br />

útero: características sociodemográficas das<br />

mulheres residentes na cidade de Recife,<br />

Pernambuco. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio<br />

de Janeiro, v. 30, n. 5, May 2008.<br />

(12) THULER, Luiz Claudio Santos.<br />

Mortalidade por câncer do colo do útero no<br />

Brasil. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de<br />

Janeiro, v. 30, n. 5, Maio de 2008.<br />

(13) GONZAGA, Carolina Maciel Reis et<br />

al. Cervical cancer mortality trends in Brazil:<br />

1980-2009. Cad. Saúde Pública, Rio de<br />

Janeiro, v.29, n. 3, Mar. 2013.<br />

(14) RODRIGUES, Anselmo Duarte;<br />

BUSTAMANTE-TEIXEIRA, Maria Teresa.<br />

Mortalidade por câncer de mama e câncer de<br />

colo do útero em município de porte médio da<br />

Região Sudeste do Brasil, 1980-2006. Cad.<br />

Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 27, n. 2,<br />

Fevereiro de 2011.<br />

(15) ALVES, Christiane Maria Meurer;<br />

BASTOS, Ronaldo Rocha; GUERRA,<br />

Maximiliano Ribeiro. Mortality due to cancer of<br />

the uterine cervix in the state of Minas Gerais,<br />

Brazil, 1980-2005: period and cohort analysis.<br />

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 7,<br />

Julho de 2010.<br />

(16) SANTOS, Raíla de Souza; MELO,<br />

Enirtes Caetano Prates; SANTOS, Keitt<br />

Martins. Análise espacial dos indicadores<br />

pactuados para o rastreamento do câncer do<br />

colo do útero no Brasil. Florianópolis, v.21, n.4,<br />

Dezembro de 2012.<br />

.<br />

(17) RIBEIRO, André de Almeida;<br />

NARDOCCI, Adelaide Cassia. Desigualdades<br />

socioeconômicas na incidência e mortalidade<br />

por câncer: revisão de estudos ecológicos,<br />

1998-2008. Saude soc., São Paulo, v.22, n.3,<br />

Setembro de 2013<br />

(18) SILVA, Nancy Capretz Batista da;<br />

FRANCO, Maria Aparecida Paiva; MARQUES,<br />

Susi Lippi. Conhecimento de mulheres sobre<br />

câncer de mama e de colo do útero. Paidéia<br />

(Ribeirão Preto), Ribeirão Preto , v. 15,n.<br />

32,Dezembro de 2005.<br />

(19) CANALES, I. Serra; GARCIA L.V.;<br />

VINÃLES A.D.; CANALES, J. SERRA;<br />

ZAMORANO C.L. et al. Auditoría de muertes<br />

por cáncer cérvico-uterino, Servicio de Salud<br />

Metropolitano Sur-Oriente, 1995: análisis<br />

preliminary. Rev Med Chile. 1998<br />

038<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


matéria de capa<br />

042<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


043


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Princípios de Medição<br />

s ão: de 100 Energia: V a 240 V (+ /- 10%), WBC 50 Hz & Differential a 60 Hz<br />

: ão: 165 100 VA V a 240 V (+ /- 10%), 50 Hz a 60 Hz<br />

: de 165 calor: VA 348 kJ/h (330 BTU/h) Contagem de Leucócitos e Diferencial<br />

de calor: 348 kJ/h (330 BTU/h)<br />

s:<br />

Primeira Diluição: 1/51 com ABX Diluente<br />

tes s: para análise:<br />

Diluição Final: 1/121 com Whitediff<br />

tes nte para (10L análise: ou 20L)<br />

nte (10L ou 20L)<br />

Incubação: 22 seg. a 37°C<br />

1L (livre de cianeto)<br />

1L (livre de cianeto) Métodos:<br />

te para manutenção diária: • Citometria: Sistema Sequencial Hidrodinâmico<br />

Duplo ‘DHSS’<br />

te ner para 1L manutenção diária:<br />

ner 1L<br />

• Leitura Óptica: Absorbância<br />

ípIOS De MeDIçÃO • Variação de Impedância<br />

ípIOS De MeDIçÃO<br />

Diâmetro de Abertura: 60 μm<br />

ifferential<br />

ifferential de Leucócitos e DiferencialContagem: 11 x 1 seg.<br />

Diluição: de Leucócitos 1/51 com e Diferencial ABX Diluente<br />

Diluição: inal: 1/121 1/51 com com Whitediff ABX Diluente<br />

o: inal: 221/121 seg. a com 37°CWhitediff<br />

Medição de HGB<br />

: o: 22 seg. a 37°C<br />

Primeira Diluição: 1/51 com ABX Diluente<br />

: tria: Sistema Sequencial Hidrodinâmico<br />

Diluição Final:<br />

Duplo<br />

1/121<br />

‘DHSS’<br />

com Whitediff 1L<br />

tria: Óptica: Sistema Absorbância Sequencial Hidrodinâmico Duplo ‘DHSS’<br />

o Óptica: de Impedância Absorbância Incubação: 12,5 seg. a 37°C<br />

o de de Abertura: Impedância 60 µm Método:<br />

de : 11 Abertura: x 1 seg. 60 µm<br />

: 11 x 1 seg.<br />

• Espectrofotometria : comprimento de<br />

de HGB<br />

onda de 555 nm<br />

Diluição: de HGB1/51 com ABX Diluente<br />

Medição: 10 x 0,3 seg.<br />

Diluição: inal: 1/121 1/51 com com Whitediff ABX Diluente 1L<br />

o: inal: 12,5 1/121 seg. com a 37°C Whitediff 1L<br />

o: 12,5 seg. a 37°C Detecção de RBC & PLT<br />

rofotometria : comprimento de onda de 555 nm<br />

rofotometria 10 x 0,3 seg. : comprimento de Primeira onda de Diluição: 555 nm1/51 com ABX Diluente<br />

10 x 0,3 seg.<br />

Diluição Final: 1/10000 com ABX Diluente<br />

de RBC & PLT<br />

Diluição: de RBC 1/51 & PLT com ABX Diluente<br />

Diluição: inal: 1/10000 1/51 com ABX Diluente<br />

inal: 1/10000 com ABX Diluente<br />

o de Impedância 044<br />

são o de Analógica Impedância Digital<br />

Método:<br />

eSpeCIFICAçõeS De SOFTWARe<br />

eSpeCIFICAçõeS De SOFTWARe<br />

• Variação<br />

• Processamento<br />

de Impedância<br />

de Dados<br />

• Tela Processamento LCD touch screen de Dados colorida: 12,1 in.<br />

• Conversão Tela Sistema LCD Analógica Operacional: touch screen Digital Linux colorida: 12,1 in.<br />

Contagem: Sistema Conexão: 12 Operacional: x RS232, 1 seg. Ethernet, LinuxUSB<br />

Conexão: Comunicação: RS232, protocolo Ethernet, ASTM USB<br />

Histograma Comunicação: de RBC: protocolo 256 canais ASTM de 30<br />

Capacidade: 10000 resultados + gráficos<br />

a 300 Capacidade: fL 10000 resultados + gráficos<br />

Histograma de PLT: 256 canais de 2 a<br />

limiar móvel<br />

Opções: teclado, mouse e leitor de código de barras<br />

Opções: teclado, mouse e leitor de código de barras<br />

• Controle de Qualidade<br />

• 3 Controle níveis de controle de Qualidade (baixo, normal, alto)<br />

3 Download níveis de de controle valores (baixo, alvo (USB) normal, alto)<br />

Resultados CQ compatíveis com Programa de Controle de Qualidade (QCP) da Horiba Medical<br />

Resultados CQ compatíveis com Programa de Controle de Qualidade (QCP) da Horiba Medical<br />

Medição Download de HCT de valores alvo (USB)<br />

Método: Gráficos integração Levey-Jennings analógica<br />

Gráficos Levey-Jennings<br />

de Radar<br />

Cálculo: Gráficos VCM, de HCM, Radar CHCM, RDW-CV,<br />

RDW-SD*, PCT*, PDW*, P-LCC*, P-LCR*<br />

XB em 3 ou 9 parâmetros, valor médio de 20 corridas<br />

XB em 3 ou 9 parâmetros, valor médio de 20 corridas<br />

Parâmetros pARÂMeTROS e Dados de e Desempenho<br />

DADOS DeSeMpeNHO<br />

pARÂMeTROS e DADOS De DeSeMpeNHO<br />

27 Parâmetros:<br />

27 WBC Parâmetros:<br />

NEU# WBC & NEU%<br />

RBC<br />

HGB RBC<br />

PLT<br />

MPV PLT<br />

NEU# LYM# & LYM% NEU% HGB HCT MPV PCT*<br />

LYM# MON# & LYM% MON% HCT VCM PCT* PDW*<br />

MON# EOS# & EOS% MON% VCM HCM PDW* P-LCC*<br />

EOS# BAS# & BAS% EOS% CHCM P-LCC* P-LCR*<br />

BAS# LIC# & LIC%* BAS% CHCM RDW-CV RDW-SD* P-LCR*<br />

LIC# & LIC%* RDW-CV RDW-SD*<br />

Linearidade: Limites de Linearidade Intervalo Visível Unit<br />

Linearidade: WBC 0 Limites - 300 de Linearidade Intervalo 300 - 600 Visível 109/L Unit<br />

WBC RBC 0 - 300 8 300 8 - 18 - 600 109/L 1012/L<br />

RBC HGB 0 - 8240 8240 - 18 - 300 1012/L g/L<br />

HCT HGB 0 - 0,67 240 0,67 240 - 300 0,80 L/L g/L<br />

HCT PLT 0 - 0,67 2500 0,67 2500 - 0,80 4000 109/L L/L<br />

PLT (concentrado) 0 - 2500 4000 2500 4000 - 4000 5000 109/L<br />

PLT (concentrado) 0 - 4000 4000 - 5000 109/L<br />

Precisão (Repetibilidade):<br />

Precisão Parâmetros (Repetibilidade): CV (%) Faixa Unidade<br />

WBC Parâmetros


045


informe científico<br />

Lúpus Eritematoso Sistêmico<br />

O que é lúpus?<br />

O lúpus, ou lúpus eritematoso sistêmico<br />

(LES), é uma doença autoimune<br />

de causa desconhecida que pode afetar<br />

qualquer parte do corpo. Assim como<br />

ocorre em outras doenças autoimunes,<br />

o próprio sistema imunológico ataca as<br />

células e tecidos do corpo, resultando<br />

em inflamação e dano tecidual.<br />

Dentre os diversos tipos de doenças<br />

autoimunes, o lúpus está entre as mais<br />

comuns, pode se manifestar em diversos<br />

órgãos de forma lenta ou agressiva. Os<br />

órgãos mais atingidos pela doença são<br />

as articulações, os rins, cérebro e a pele.<br />

Causas e sintomas.<br />

Embora ainda não se conheça a causa<br />

específica para o desenvolvimento do<br />

lúpus, sabe-se que a doença é resultado<br />

de uma propensão genética somada a<br />

fatores hormonais e ambientais.<br />

Apesar de afetar pessoas de qualquer<br />

idade, sexo e raça, o lúpus é mais incidente<br />

entre os 20 e os 45 anos. Estimativas<br />

indicam que no Brasil existam<br />

cerca de 65.000 pessoas com lúpus, a<br />

maioria delas são mulheres.<br />

Os sintomas variam bastante, a gravidade<br />

da doença será definida de acordo<br />

com os órgãos afetados, sendo assim, o<br />

tratamento também vai depender dos<br />

sintomas e da sua intensidade.<br />

Diagnóstico<br />

Pessoas que apresentam sintomas<br />

característicos da doença podem ser encaminhadas<br />

pelo médico para realização<br />

de testes laboratoriais como o FAN (Pesquisa<br />

de autoanticorpos anticélula).<br />

No DB o exame FAN é realizado por<br />

meio de amostra de soro refrigerado, utilizando<br />

a técnica de Imunofluorescência<br />

Indireta (IFI) da mais avançada tecnologia.<br />

Todo o processo é automatizado,<br />

desde o preparo das lâminas até a leitura<br />

destas em que são registradas três imagens<br />

de cada amostra e analisadas uma a<br />

uma por um analista especialista.<br />

O resultado é liberado e enviado<br />

direto ao sistema. Esse processo agiliza<br />

a liberação dos resultados, além<br />

de toda a rastreabilidade da amostra<br />

e o histórico das imagens, com<br />

controle de qualidade adequado. Os<br />

resultados são liberados conforme<br />

os critérios dos Consensos Brasileiro<br />

e Internacional (ICAP) para o exame<br />

FAN em células Hep-2.<br />

É importante ressaltar que o resultado<br />

do FAN deve ser interpretado em<br />

conjunto aos sintomas clínicos apresentados,<br />

e exames complementares<br />

solicitados pelo médico.<br />

Fonte: Sociedade Brasileira de<br />

Reumatologia. Lúpus Eritematoso Sistêmico<br />

(LES). Disponível em: <br />

Acesso em: 29 de Maio de 2016.<br />

Diagnósticos do Brasil<br />

Tel.: 41 3299-3400<br />

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046


EXAMES LABORATORIAIS<br />

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da Mayo Clinic, envie um e-mail para mmlglobal@mayo.edu, visite<br />

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informe publicitário<br />

Ortho Clinical Diagnostics conclui<br />

sua transição no Brasil e se torna uma<br />

nova empresa em todo o mundo<br />

A Ortho Clinical Diagnostics (Ortho), líder global de diagnósticos in vitro,<br />

anunciou no dia 03 de Julho que a Ortho Brasil completou a transição e<br />

se juntou à nova e independente organização Ortho.<br />

A Ortho Brasil está agora mais preparada<br />

do que nunca para trazer excelência<br />

ao cliente e novas tecnologias para o<br />

mercado de diagnósticos in vitro.<br />

Os clientes terão acesso à Ortho<br />

Care TM , um conjunto abrangente de<br />

serviços de alta qualidade e recursos<br />

fornecidos para melhorar o seu<br />

atendimento. A organização Ortho<br />

Brasil é ágil e está focada em ajudar<br />

os clientes em um mercado que está<br />

em constante mudança.<br />

Desde a aquisição, a Ortho contratou<br />

profissionais altamente experientes,<br />

orientados para o cliente e dedicados<br />

à construção de soluções que atendam<br />

às necessidades do ambiente de saúde.<br />

No Brasil, a Ortho mais do que duplicou<br />

o número de pessoas para continuar a<br />

história na realização de avanços que<br />

impactam a vida das pessoas.<br />

Não só a Ortho está expandindo a<br />

equipe interna, mas também está expandindo<br />

seus relacionamentos com os<br />

distribuidores. Para atender a demanda<br />

do mercado e disponibilizar as tecnologias<br />

em todo o país, a Ortho já triplicou<br />

o número de distribuidores.<br />

A Ortho Brasil possui uma nova<br />

casa que foi projetada para atender<br />

às necessidades de seus funcionários,<br />

clientes e parceiros. Ela está localizada<br />

no 7º andar do Market Place<br />

Tower em São Paulo com um espaço<br />

de 1000m2, estruturados com a mais<br />

nova tecnologia do mercado. O escritório<br />

possui uma ampla recepção<br />

para receber seus clientes, prospects<br />

e parceiros, dois centros de treinamento,<br />

e duas salas de convivência.<br />

Os centros de treinamento são expansíveis<br />

e podem acomodar mais de 100<br />

pessoas. Sua infraestrutura permite que<br />

a empresa faça palestras, workshops,<br />

vídeo conferências e treinamentos aos<br />

seus clientes. Além disso, os mesmos<br />

estão preparados para receber qualquer<br />

um dos seus equipamentos, desde o<br />

Ortho Workstation até o Vitros® 5600.<br />

Além do novo escritório, a Ortho<br />

Brasil também investiu no armazenamento<br />

dos produtos para acompanhar<br />

o crescimento da demanda em que foi<br />

construída uma nova câmara fria, que<br />

pode estocar três vezes mais produtos<br />

do que antes.<br />

Com isso, a Ortho está mais preparada<br />

para atender às demandas dos<br />

clientes e parceiros. Sua independência<br />

dá agilidade para auxiliar clientes a satisfazerem<br />

as necessidades do mercado.<br />

A empresa está mais flexível, eficaz,<br />

eficiente e responsiva ao mercado. Com<br />

a nova equipe completa e diferentes<br />

soluções, sistemas e processos, a Ortho<br />

está reimaginando o que é possível todos<br />

os dias, para tornar um futuro melhor<br />

e oferecer o melhor diagnóstico in<br />

vitro aos clientes e seus pacientes.<br />

Ortho Vision<br />

Vitros ® Automation Solution<br />

048<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


A Ortho Clinical Diagnostics é líder<br />

global de diagnóstico in vitro que<br />

atende laboratórios clínicos globais e às<br />

comunidades de imunohematologia em<br />

hospitais, redes hospitalares, bancos<br />

de sangue e laboratório em mais de<br />

120 países. Os produtos e serviços de<br />

alta qualidade da Ortho permitem aos<br />

profissionais de saúde tomarem decisões<br />

de tratamento mais adequadas. O<br />

propósito da Ortho é melhorar e salvar<br />

vidas através de diagnósticos precisos.<br />

Isso é feito reinventando o que é<br />

possível. É o que tem definido a Ortho<br />

por mais de 75 anos, e é o que os motiva<br />

a ir em frente.<br />

Para mais informações,<br />

visite www.orthoclinicaldiagnostics.com<br />

049


MEDTROP 2017<br />

MEDTROP 2017 tem como foco<br />

principais endemias nacionais<br />

Congresso abordará arboviroses, AIDS, sífilis, leishmaniose, chagas,<br />

hanseníase, malária e hepatites virais<br />

Entre os dias 27 e 30 de agosto Cuiabá<br />

sediará o 53º Congresso da Sociedade<br />

Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop),<br />

um dos principais eventos para<br />

abordagem das diversas endemias brasileiras<br />

das mais diversas regiões e realidades.<br />

Dentre os temas tratados estarão<br />

arboviroses, AIDS, sífilis, leishmaniose,<br />

Chagas, hanseníase, malária e hepatites<br />

virais. De acordo com a organização do<br />

evento, espera-se a presença de 2.000<br />

participantes durante esses dias.<br />

Ainda, o congresso abrigará outro<br />

evento que irá ocorrer simultaneamente:<br />

o ChagasLeish 2017. Composto pela XX-<br />

XII Reunião Anual de Pesquisa Aplicada<br />

em Doença de Chagas e a XX Reunião<br />

Anual de Pesquisa Aplicada em Leishmanioses,<br />

será constituído de oficinas,<br />

mesas e reuniões técnicas compostas por<br />

renomados cientistas, epidemiologistas<br />

e membros das diferentes agências de<br />

controle dessas doenças.<br />

A presidente do MedTrop 2017, Drª<br />

Marcia Hueb, espera um grande Congresso<br />

e já planeja a próxima edição.<br />

“Estamos caminhando na direção de<br />

um único evento anual que trará o que<br />

temos de melhor em desenvolvimento e<br />

pesquisa, atraindo tanto pesquisadores e<br />

profissionais dos serviços, quanto alunos<br />

da graduação à pós-graduação”, destaca.<br />

Temas<br />

Mesmo após o Ministério da Saúde<br />

declarar o fim da emergência nacional<br />

para o Zika e queda de casos Chikungunya,<br />

as arboviroses serão tema de destaque<br />

no evento. Serão abordados panoramas<br />

gerais, estatísticas, aspectos atuais<br />

para atualização científica, tratamento e<br />

diagnósticos laboratoriais dessas viroses.<br />

“As arboviroses serão destaque na<br />

programação. Doenças causadas por diferentes<br />

vírus que se enquadram nessa<br />

categoria sempre estiveram presentes<br />

nos contextos urbano e silvestre de nosso<br />

País; dengue, por exemplo, representando<br />

uma doença urbana de grandes<br />

proporções, desafio constante tanto na<br />

assistência, controle e prevenção, merece<br />

hoje grande destaque entre pesquisadores<br />

que se dedicam à produção de vacinas<br />

eficazes e estudo dos melhores esquemas;<br />

febre amarela, antes restrita ao<br />

ambiente silvestre e hoje com a ameaça<br />

da urbanização dessa que é uma doença<br />

imunoprevenível, mas que ainda representa<br />

causa importante de morbimortalidade<br />

no Brasil. Zika e Chikungunya,<br />

representando a nova face das arboviroses<br />

urbanas, com tanto ainda a se aprender<br />

de seus potenciais patogênicos e<br />

Evento ocorre entre os dias 27 e 30 de agosto no Centro de Eventos do Pantanal,<br />

Cuiabá, Mato Grosso.<br />

050<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


DISTRIBUIDORES<br />

AMAZONAS<br />

(92) 3182-6202<br />

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(27) 3200-2930<br />

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RIO DE JANEIRO<br />

SANTA CATARINA<br />

(98) 3312-2390<br />

(21) 2720-8820<br />

(47) 3084-3402<br />

MATO GROSSO DO SUL<br />

RIO GRANDE DO NORTE<br />

SÃO PAULO<br />

(67) 3387-5735<br />

(84) 3206-5702<br />

(16) 3446 4777<br />

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RIO GRANDE DO SUL<br />

DEMAIS ESTADOS<br />

(31) 2515-3967<br />

(51) 3336-3032<br />

(31) 3654-6366<br />

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seja ativada<br />

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gestão laboratorial<br />

e profissional<br />

Alternativa prática e possível<br />

para rentabilizar pequenos e médios<br />

laboratórios clínicos no Brasil<br />

por Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Introdução<br />

A conclusão da primeira edição da<br />

Seção NewsLab foi “... pelo exposto, fica<br />

claro que atualmente não basta simplesmente<br />

se formar e abrir um novo laboratório.<br />

Não existe mais espaço para a<br />

aventura, para o amadorismo na gestão<br />

destes negócios. Há sim, a imperiosa<br />

necessidade de gestões profissionais nos<br />

laboratórios. Se não formos competitivos,<br />

não sobreviveremos como<br />

empreendedores! É neste contexto<br />

que se insere a proposta desta nova<br />

seção da revista NewsLab: uma pequena<br />

colaboração para ajudar os gestores<br />

laboratoriais enfrentarem este grande<br />

desafio presente e futuro, não só da<br />

sobrevivência, mas de tornarem suas<br />

organizações competitivas e rentáveis! ”<br />

Cumprindo com o compromisso proposto,<br />

vamos falar de algo que efetivamente<br />

pode ajudar um grande número de gestores<br />

laboratoriais do País. Trata-se do<br />

software intitulado Programa de Proficiência<br />

em Gestão Laboratorial –<br />

PPGL, uma iniciativa inédita no setor, na<br />

medida em que não se trata unicamente<br />

de mais um sistema de informática para<br />

laboratórios. Ao contrário, ele não concorre<br />

com nenhum SIL, na medida em<br />

que não se propõe a executar as tarefas<br />

de cadastrar pacientes, exames, tempos<br />

de atendimento, entrega de resultados,<br />

interfaceamento, etc. Também não se<br />

propõe a concorrer com programas financeiros,<br />

fluxos de caixa, de logística<br />

(suprimentos, estoques, almoxarifado<br />

...), de controle da qualidade intrínseca<br />

(controles externos/internos), dentre<br />

outros. A proposta é viabilizar via<br />

internet, com baixo custo do aluguel<br />

de acesso, um software de<br />

contabilidade gerencial e de custos<br />

analítica e sintética, através<br />

de dois subsistemas: desempenho<br />

da produção e desempenho da organização.<br />

A contabilidade de custos<br />

pode ser dividida em contabilidade de<br />

custos sintética e contabilidade de custos<br />

analítica. A sintética visa ao registro<br />

e apuração das operações industriais.<br />

Estes registros consolidam e sintetizam<br />

o essencial resumido dos custos unitários<br />

calculados e detalhados na contabilidade<br />

de custos analítica. No caso do PPGL, o<br />

produto chamado de “Desempenho da<br />

organização” fica perfeitamente enquadrado<br />

na situação acima descrita. Já<br />

contabilidade de custos analítica objetiva<br />

detalhar a informação proveniente<br />

da transformação dos fatores (insumos)<br />

em produtos, o controle e a avaliação de<br />

desempenho de produtos, setores e operações<br />

(equipamentos).<br />

Processo decisório<br />

O processo decisório de um profissional<br />

consciente deve ser fundamentado<br />

em dados e fatos. A intuição será uma<br />

variável complementar. Aproximadamente<br />

setenta e cinco por cento das decisões<br />

médicas são baseadas em resultados<br />

de exames provenientes das análises<br />

clínicas. A importância destes exames<br />

fica evidente; então questionamos como<br />

os profissionais das análises clínicas tomam<br />

a importante decisão de assinar<br />

um exame? Somente com a segurança<br />

de um processo pré-analítico meticuloso<br />

e um analítico gerenciado por controles<br />

internos e externos que assegurem a<br />

precisão e a exatidão destes exames.<br />

Entretanto, é na fase final, pós-analítica,<br />

que acontece a verdadeira chancela do<br />

profissional para validar o exame, através<br />

da sua assinatura, certificando o resultado.<br />

E, como ocorre esta assinatura? Somente<br />

após, dentre outras providências,<br />

realizar anamnese, verificar resultados<br />

anteriores e, fundamentalmente, comparar<br />

os resultados obtidos com os respectivos<br />

valores de referência! Esta ação<br />

é determinante para a correta tomada de<br />

decisão em favor do paciente. Se assim<br />

é na área técnica que busca subsidiar o<br />

médico para salvar vidas, também deve<br />

ser na área da gestão organizacional,<br />

onde a vida a ser salva pelo gestor é a<br />

do próprio laboratório clínico. Este é o<br />

propósito essencial do Programa de Proficiência<br />

em Gestão Laboratorial – PPGL,<br />

que tem como visão aumentar a competitividade<br />

dos laboratórios clínicos do<br />

País, proporcionando uma justa remuneração<br />

aos seus acionistas. Comparando o<br />

PPGL com o macro processo que representa<br />

um laboratório clínico, veremos<br />

que o PPGL é suprido com os dados da<br />

organização, que devem ser os mais corretos<br />

possíveis, pois deles, como na fase<br />

pré-analítica, irá depender o resultado<br />

final. O programa em si representa a fase<br />

analítica, onde os dados (amostras dos<br />

pacientes) são processados, para após<br />

052<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


serem gerados laudos que finalmente<br />

serão assinados. Os laudos, neste caso,<br />

são todos os indicadores de desempenho<br />

(ID’s) resultantes, que devem ser analisados<br />

criticamente de forma sistêmica<br />

visando à tomada de providências em<br />

favor do laboratório clínico, que nesta situação,<br />

é o paciente. A análise crítica dos<br />

indicadores de desempenho representa<br />

a assinatura do laudo. E, como deve ser<br />

feita esta importante fase do processo de<br />

gestão laboratorial? De forma semelhante<br />

à área técnica, comparando com valores<br />

de referência pertinentes. E de onde obter<br />

estes valores de referência? Exatamente<br />

de um processo de benchmarking! Este<br />

processo é oriundo de um banco de dados<br />

de laboratórios clínicos do País, que serve<br />

de base para o programa. Então, de uma<br />

forma resumida é correto afirmar que<br />

a missão do PPGL é oferecer aos<br />

gestores dos laboratórios clínicos<br />

do País, um eficiente sistema de<br />

gestão com custo acessível. Ainda,<br />

esta é uma ferramenta basilar<br />

para a correta tomada de decisão<br />

fundamentada em comparações<br />

competitivas, influenciando de<br />

forma incisiva no incremento da<br />

lucratividade destes laboratórios<br />

clínicos, aumentando sua competitividade.<br />

Produtos<br />

Os produtos resultantes do PPGL são<br />

descritos a seguir:<br />

A) Desempenho da produção:<br />

1. Cálculo dos custos de produção<br />

dos exames;<br />

2. Rentabilidade de parâmetros (Exames);<br />

3. Rentabilidade de clientes (Convênios);<br />

4. Rentabilidade de equipamentos;<br />

5. Rentabilidade de setores (Áreas);<br />

6. Teste em tempo real de tabelas de preços<br />

de exames;<br />

7. Comparação dinâmica de tabelas de<br />

preços entre clientes.<br />

B) Desempenho da organização:<br />

1. Custos fixos, variáveis, receitas, indicadores<br />

de desempenho diversos – ID’s e<br />

ponto de equilíbrio;<br />

2. Análise cognitiva dos Indicadores de<br />

Desempenho (ID’s);<br />

3. Análise de negócios;<br />

4. Gestão de riscos.<br />

5. Análise da competitividade empresarial.<br />

O conjunto de relatórios que compõe<br />

os produtos contempla integralmente o<br />

ciclo PDCA de gestão, do planejamento<br />

até a tomada de ações corretivas/preventivas.<br />

O diferencial deste sistema está<br />

na sua aplicação prática imediata, da<br />

análise de um investimento a viabilidade<br />

individual de um exame, com resultados<br />

aderentes a realidade objetiva dos fatos<br />

que se busca representar. Ainda, são dadas<br />

sugestões práticas de formas como<br />

o modelo pode auxiliar nas decisões de<br />

gestão na empresa.<br />

Visão do PPGL<br />

O Programa de Proficiência em<br />

Gestão Laboratorial – PPGL tem como<br />

visão aumentar a competitividade dos<br />

053


gestão laboratorial<br />

e profissional<br />

laboratórios clínicos do País, proporcionando<br />

uma justa remuneração aos seus<br />

acionistas.<br />

Missão do PPGL<br />

O Programa de Proficiência em Gestão<br />

Laboratorial – PPGL tem como missão<br />

oferecer aos gestores dos laboratórios<br />

clínicos do País, um eficiente sistema de<br />

gestão, com custo acessível, ferramenta<br />

basilar para a correta tomada de decisão<br />

fundamentada em comparações competitivas,<br />

influenciando de forma incisiva<br />

no incremento da lucratividade destes<br />

laboratórios, aumentando sua competitividade.<br />

Objetivos do PPGL<br />

O Programa de Proficiência em Gestão<br />

Laboratorial – PPGL tem os seguintes<br />

objetivos:<br />

I. Socialização de um sistema<br />

de gestão profissional para o mais amplo<br />

conjunto de laboratórios do País.<br />

II. Promoção de um sistema de<br />

comparação de desempenho, ou seja,<br />

resultados de gestão administrativa,<br />

entre os laboratórios participantes do<br />

programa, assegurando a mais absoluta<br />

confidencialidade das informações.<br />

III. Prover aos gestores dos laboratórios<br />

uma ferramenta de auxílio às decisões<br />

administrativas, proporcionando o<br />

devido controle dos processos organizacionais.<br />

IV. Formação de um Banco de<br />

Dados, base das informações gerenciais<br />

de todo o sistema.<br />

V. Contribuir para a melhoria<br />

contínua dos processos de gestão administrativa<br />

pelo amplo acesso às informações<br />

do banco de dados.<br />

VI. Implantar um sistema de indicadores<br />

padronizados em nível nacional.<br />

VII. Estimular e capacitar os laboratórios<br />

para a utilização dos indicadores<br />

padronizados como ferramenta gerencial<br />

e criar referenciais adequados visando à<br />

execução de análises comparativas.<br />

VIII. Socializações das experiências<br />

bem sucedidas através de seminários<br />

periódicos entre os participantes do<br />

programa para disseminar as melhores<br />

práticas gerenciais.<br />

IX. Estimular a pesquisa científica<br />

e produzir novos conhecimentos pela<br />

análise dos dados gerados pelo PPGL,<br />

desenvolvendo a especialidade das análises<br />

clínicas no propósito de acompanhar<br />

as necessidades da população para receber<br />

uma atenção primária de saúde com<br />

qualidade.<br />

Conclusão<br />

O software que originou o PPGL já<br />

foi implantado de forma presencial<br />

em dezenas de laboratórios clínicos no<br />

Brasil, com absoluto sucesso conforme<br />

atestam os seus clientes, e hoje está<br />

disponível via internet com custo<br />

de acesso viável para os pequenos<br />

e médios laboratórios de qualquer<br />

região do País, basta ter à disposição<br />

um ponto da web.<br />

Boa sorte e sucesso!<br />

*Humberto Façanha da Costa<br />

Filho<br />

Professor e engenheiro, atualmente é<br />

diretor da Unidos Consultoria e Treinamento<br />

e do Laboratório Unidos de Passo Fundo/RS,<br />

professor do Centro de Ensino e Pesquisa<br />

em Análises Clínicas (CEPAC) da Sociedade<br />

Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e<br />

professor do Instituto Cenecista de Ensino<br />

Superior de Santo Ângelo (IESA), curso de<br />

Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />

054<br />

Revista NewsLab | Abr/Mai 17


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METRIFICAÇÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS - CASE DE UM LABORATÓRIO DE APOIO


laboratório em destaque<br />

056<br />

Laboratório Plinio Bacelar<br />

75 anos de tradição<br />

No começo, a intenção era auxiliar o<br />

diagnóstico dos seus pacientes, já que<br />

tinha especialização em Gastroenterologia,<br />

no início da década de 40. O que<br />

o médico Plinio Bacelar da Silva não<br />

imaginou foi que, a iniciativa pioneira<br />

de montar um laboratório de pesquisa<br />

anexo ao seu consultório, se tornaria referência<br />

em diversos setores de análises<br />

e pesquisas clínicas com certificações e<br />

acreditações nacionais e internacionais.<br />

O Laboratório de Pesquisas Clínicas Plinio<br />

Bacelar conta, atualmente, com a sede<br />

no Centro de Campos e 24 unidades de<br />

atendimentos que abrangem as regiões<br />

Norte Fluminense e Lagos. São 75 anos de<br />

história de compromisso com a qualidade,<br />

aliando tradição a novas tecnologias.<br />

“Ao longo de sua história, o Laboratório<br />

Plinio Bacelar investiu continuamente<br />

na melhoria de processos e serviços e<br />

adotou os mais rigorosos padrões tecnológicos<br />

e de segurança do país. E a<br />

expectativa, depois de mais de sete<br />

décadas de existência, é continuar auxiliando<br />

os diagnósticos em alto nível,<br />

permitindo o acesso aos serviços ao<br />

maior público possível e sempre atento<br />

às novas tecnologias e exigências da área<br />

da Saúde. Hoje, temos o que há de mais<br />

moderno do mundo, realizando exames<br />

mais simples como também os que<br />

requerem tecnologias mais modernas<br />

como: Biologia Molecular”, explicou o<br />

diretor administrativo, Pedro Bacelar.<br />

O primeiro pedido de exame enviado<br />

ao médico Plínio Bacelar por seu colega de<br />

profissão, o doutor Philippe Uébe, em 28<br />

de julho de 1942, é considerado o registro<br />

de fundação do laboratório. O documento<br />

encontra-se guardado pela família.<br />

De acordo com Pedro, na época, o<br />

minilaboratório informal em que o doutor<br />

Plínio pesquisava exames colhidos<br />

de seus pacientes a fim de auxiliar no<br />

tratamento deles foi ganhando fama e<br />

começou a ter demanda de colegas para<br />

pesquisas que colaborassem no diagnóstico<br />

de doenças de seus pacientes.<br />

“Meu avô era médico formado pela<br />

Faculdade Nacional de Medicina e exercia<br />

a especialidade de Clínica Geral e<br />

Cirurgia. Naquela época, médicos como<br />

ele eram considerados médicos de família<br />

e conselheiros a quem as pessoas<br />

recorriam para todo e qualquer problema<br />

de saúde. Como ele se dedicava<br />

às pesquisas, resolveu abrir uma sala<br />

anexa ao seu consultório na Av. Alberto<br />

Torres. Era ali, que analisava os materiais<br />

coletados de seus pacientes. Depois ele<br />

mudou-se para os altos da Farmácia<br />

Arlindo, na antiga Rua da Quitanda,<br />

atual Rua Theotônio Ferreira de Araújo.<br />

Somente na década de 60, o laboratório<br />

tornou-se uma empresa - Laboratório de<br />

Pesquisas Clínicas Ltda. Foi quando um<br />

de seus filhos, Carlos Bacelar, em 1969,<br />

retornou a Campos formado em ciên-<br />

cias biológicas e, mediante ao aumento<br />

da demanda pelos serviços oferecidos,<br />

viu a necessidade de se adequar à nova<br />

realidade. Apesar da resistência de meu<br />

avô, o laboratório ganhou o nome dele,<br />

porque popularmente todos se referiam<br />

a ele como laboratório do doutor Plino<br />

Bacelar”, relatou Pedro.<br />

Entre as décadas de 60 e 70, o laboratório<br />

ganhou outro perfil. Iniciou-se<br />

um processo de evolução de demanda<br />

de Medicina mais específica e exames<br />

mais avançados. Junto de seu pai, Carlos<br />

Bacelar contou com o irmão Eraldo que,<br />

após se formar farmacêutico bioquímico,<br />

passou a integrar a equipe. Outro momento<br />

importante veio a acontecer na<br />

década de 90, quando a empresa passou<br />

a focar nos convênios e na melhoria dos<br />

serviços oferecidos conforme lembrou o<br />

diretor administrativo. “Buscou-se novos<br />

equipamentos tecnológicos e a adesão<br />

à informatização. Em 1984, já tínhamos<br />

computadores no laboratório; criamos o<br />

primeiro site e começamos a trabalhar em<br />

rede em 1997 e dois anos depois, adquirimos<br />

um novo sistema, o Softlab, que está<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


conosco até hoje. Éramos o único laboratório<br />

totalmente informatizado”.<br />

Mas as conquistas não pararam por<br />

aí. O laboratório começou a priorizar<br />

profissionais altamente capacitados<br />

para integrar a equipe e adquiriu<br />

equipamentos de empresas de referência<br />

como: Johnson&Johnson, Siemens<br />

e Abbott. Com o desligamento<br />

do doutor Eraldo Bacelar, assumindo<br />

outros compromissos profissionais,<br />

chega a terceira geração da família<br />

com Renato Bacelar, biólogo responsável<br />

técnico, e Leonardo Bacelar, médico<br />

e consultor científico, ambos com<br />

especialização na área de análises<br />

clínicas, hematologia e microbiologia.<br />

Anos depois, a equipe ganharia o reforço<br />

de Pedro Bacelar, formado em biologia e<br />

administração de empresas, e da farmacêutica<br />

bioquímica Bettina Bacelar, os dois<br />

profissionais com pós-graduação em gestão<br />

em saúde e especialização em análises<br />

clínicas. Passou-se a buscar qualidade<br />

total na prestação de serviços.<br />

“Em 2001, o laboratório obteve a primeira<br />

certificação: o DICQ, auditado pela<br />

Sociedade Brasileira de Análises Clínicas,<br />

tornando-se o quinto laboratório no estado<br />

do Rio e o primeiro no interior fluminense<br />

a ter essa certificação. Em 2005,<br />

depois de dois anos de auditoria, conseguimos<br />

a certificação ISO 9001, sendo a<br />

primeira a empresa do interior na área de<br />

Saúde”, orgulha-se Pedro.<br />

Em 2003, uma nova sede, instalada<br />

na Rua José do Patrocínio, foi inaugurada.<br />

O laboratório saiu do prédio<br />

da Lacerda Sobrinho, onde funcionou<br />

durante anos, e ganhou uma estrutura<br />

exclusiva dentro dos padrões nacionais<br />

e internacionais. A empresa, que já contava<br />

com uma unidade de atendimento<br />

na Av. Pelinca desde 1997, expandiu o<br />

atendimento a outros pontos do município<br />

e a cidades vizinhas. O objetivo era<br />

ampliar o acesso aos serviços a pacientes<br />

e descentralizar o atendimento.<br />

“Atualmente, o laboratório, com sua<br />

sede e unidades de atendimento, realiza<br />

mais de 250 mil exames por mês. Todos<br />

os exames e serviços são supervisionados<br />

por uma equipe de mais de 110<br />

colaboradores diretos e 80 indiretos”,<br />

finalizou Pedro Bacelar.<br />

057


informe de mercado<br />

Informes de Mercado<br />

Esta seção é um espaço publicitário dedicado<br />

para a divulgação e ou explanação dos produtos e<br />

lançamentos do setor.<br />

Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />

Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />

O Lúpus Eritematoso Sistêmico<br />

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é<br />

uma doença auto-imune caracterizada<br />

pela produção de anticorpos anti-nucleares.<br />

Os anticorpos mais associados com<br />

LES são aqueles dirigidos contra desoxirribonucleoproteína<br />

(DNP). Anti-DNP<br />

podem ser encontrados em mais de 90%<br />

dos pacientes não tratados com LES. Os<br />

pacientes geralmente apresentam inflamação<br />

da pele. O LES é potencialmente<br />

fatal quando rim, pulmões, células do<br />

sangue ou do sistema nervoso central<br />

são afectados.<br />

Os sintomas<br />

O LES pode afetar pessoas de qualquer<br />

idade, mas atinge principalmente mulheres<br />

jovens em idade fértil. Lúpus faz<br />

com que o sistema imune ataque as suas<br />

próprias células do corpo. O lúpus pode<br />

causar problemas articulares graves e dor<br />

muscular, cansaço extremo, febre, erupções<br />

cutâneas, e pode levar à falência de<br />

órgãos e morte.<br />

As estatísticas<br />

Lúpus eritematoso sistêmico afeta<br />

uma estimativa conservadora de 322.000<br />

para possivelmente mais de um milhão<br />

de pessoas nos Estados Unidos. Devido<br />

à falta de informação epidemiológica<br />

definitivo, o número exato de pessoas<br />

com lúpus é actualmente desconhecida.<br />

No Brasil estima-se uma incidência anual<br />

em torno de 8,7 casos para cada 100.000<br />

pessoas. Cerca de nove em cada dez indivíduos<br />

com lúpus são mulheres.<br />

Cerca de um terço das mortes ocorrem<br />

entre os homens e mulheres com idade<br />

inferior a 45. Durante 1979-1998, o número<br />

anual de mortes de lúpus subiu de<br />

879 para 1406, com um total de 22.861<br />

mortes durante um período de 20 anos.<br />

O tratamento do LES<br />

Não há cura conhecida para o lúpus,<br />

mas há tratamento efetivo.Diagnóstico<br />

precoce e tratamento imediato são vitais<br />

para reduzir o impacto físico e econômico<br />

do lúpus.<br />

Ao desenvolver um plano de tratamento,<br />

o médico tem vários objetivos:<br />

prevenir as “explosões”, tratá-las quando<br />

elas ocorrem, e para minimizar as complicações.<br />

O médico e paciente devem<br />

reavaliar o plano regularmente para garantir<br />

que ele é tão eficaz quanto possível.<br />

Trabalhando em estreita colaboração<br />

com o médico ajuda a garantir que os<br />

tratamentos para o lúpus sejam tão bem<br />

sucedidos quanto possível. Devido alguns<br />

tratamentos poderem causar efeitos colaterais<br />

nocivos, é importante comunicar<br />

imediatamente quaisquer novos sintomas<br />

ao médico. Também é importante<br />

não parar ou mudar tratamentos sem<br />

falar com o médico primeiro.<br />

O LES-Latex EBRAM<br />

O Teste LES-LATEX EBRAM é um<br />

ensaio de aglutinação em látex para a<br />

detecção qualitativa e semi-quantitativa<br />

de anti-desoxirribonucleoproteína (anti-<br />

-DNP) em soro humano. Composto de<br />

partículas de látex de poliestireno sensibilizadas<br />

com DNP que em contato com<br />

soro humano contendo anticorpos anti-<br />

-DNP forma uma visível aglutinação no<br />

tempo máximo de 2 minutos. Mesmo<br />

não sendo um teste específico, a determinação<br />

de anti-DNP é considerado um<br />

marcador diagnóstico para LES segundo<br />

critérios do ACR (American College of<br />

Rheumatology), pois sugere a presença<br />

de autoanticorpos, podendo direcionar o<br />

raciocínio clínico e a investigação laboratorial<br />

para a pesquisa de autoanticorpos<br />

específicos.<br />

EBRAM<br />

Tel.: (11) 2291-2811<br />

ebram@ebram.com<br />

www.ebram.com<br />

058<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


Bioquímica BULK<br />

Mais economia por teste<br />

A linha de Bioquímica BULK foi desenvolvida pela Ebram especialmente<br />

para os laboratórios que buscam reduzir o custo por teste sem perder o<br />

padrão de qualidade e performance dos reagentes.<br />

PRODUTO<br />

QUIMIURIC - ÁCIDO ÚRICO<br />

QUIMIALB - ALBUMINA<br />

QUIMIBIL-D- BILIRRUBINA DIRETA<br />

QUIMIBIL – T- BILIRRUBINA TOTAL<br />

QUIMICREA – CREATININA<br />

QUIMIGLIX OX - OXIDASE<br />

QUIMIPROT - PROTEÍNA TOTAL<br />

QUIMIURE - URÉIA<br />

QUIMICAL - CÁLCIO<br />

QUIMIFER – FERRO<br />

QUIMIFOS – FÓSFORO<br />

QUIMIMAG – MAGNÉSIO<br />

QUIMICOL – COLESTEROL<br />

QUIMICOL-H- HDL COLESTEROL ULTRA - SENSÍVEL<br />

QUIMITRI – TRIGLICÉRIDES<br />

QUIMIAMIL – AMILASE<br />

QUIMIALT – ALT/TGP<br />

QUIMIAST - AST/TGO<br />

QUIMINAC – CKNAC<br />

QUIMIMB – CKMB<br />

QUIMIDHL – LACTATO DESIDROGENASE<br />

QUIMIFAL - FOSFATASE ALCALINA<br />

QUIMIGAMA – GAMA GT<br />

QUIMICLORO – CLORETOS<br />

APRESENTAÇÕES<br />

1x 500mL<br />

1x 500mL<br />

R1= 1x 200mL / R2=1x 5mL<br />

R1= 1x 200mL /R2= 1x5mL<br />

1x 500mL<br />

1x 500mL<br />

1x 500mL<br />

1x 500mL<br />

1x 500mL<br />

R1= 1x 200mL / R2= 1x50mL<br />

1x 500mL<br />

1x 500mL<br />

1x 500mL<br />

R1= 1x 210mL / R2= 1x 70mL / P= 1x 1mL<br />

1x 500mL<br />

1x 200mL<br />

1x 500mL<br />

1x 500mL<br />

R1= 1x 200mL / R2= 1x 50mL<br />

R1= 1x 200mL / R2= 1x 50mL / S.C.= 1x 1,0mL<br />

R1=1x 200mL / R2= 1x 50mL<br />

R1= 1x 200mL / R2= 1x 50mL<br />

R1= 1x 200mL / R2= 1x 50mL<br />

1x 200mL / P= 1x 1mL<br />

Menor custo por teste<br />

Frascos de 200mL a 500mL<br />

Reagentes com a mesma<br />

qualidade Ebram<br />

Estabilidade prolongada<br />

dos reagentes<br />

QUIMIADA – ADENOSINA DEAMINASE R1= 1x 200mL / R2= 1x 100mL Ebram Produtos Laboratoriais Ltda<br />

Tel.: 11 2291-2811 | www.ebram.com


informe de mercado<br />

O efeito do aumento da retenção da osmose reversa<br />

Como funciona a Osmose<br />

Reversa (OR)?<br />

É um processo de separação e concentração.<br />

A água com impurezas é transportada<br />

por uma membrana semipermeável<br />

sob pressão e parte desta água atravessa a<br />

membrana (permeado), deixando praticamente<br />

todas as impurezas retidas na água<br />

restante (concentrado), que é direcionada<br />

ao dreno. A proporção de água de entrada<br />

que se torna permeado é conhecida como<br />

a taxa de retenção da OR (geralmente expressa<br />

em porcentagem).<br />

Quando é que podemos ajustar<br />

a retenção da OR?<br />

A taxa de recuperação da OR pode<br />

ser aumentada se a água que entra no<br />

equipamento estiver livre de impurezas<br />

de baixa solubilidade, quer por terem<br />

sido removidas por pré-tratamento ou<br />

devido à ausência desses contaminantes<br />

da água de entrada. Por outro lado, se a<br />

qualidade da água de alimentação cair ou<br />

se o sistema de pré-tratamento falhar, a<br />

taxa de recuperação pode ser reduzida<br />

para evitar danos à membrana.<br />

Quais são os benefícios do<br />

aumento da retenção da OR?<br />

A principal razão para o aumento<br />

da taxa de recuperação é desperdiçar<br />

menos água para o dreno. No entanto,<br />

nem sempre isto é possível, principalmente<br />

devido à qualidade da<br />

água de alimentação.<br />

Quando aumentar a retenção<br />

é uma opção viável?<br />

É difícil termos uma resposta definitiva,<br />

uma vez que cada água de alimentação<br />

é diferente em relação a sua<br />

composição, mas, em geral, para as<br />

unidades que são alimentadas com água<br />

com baixa quantidade de contaminantes.<br />

Nós podemos fornecer informações<br />

mais precisas, com análises completas<br />

da água de entrada e seus resultados de<br />

índices de turbidimetria.<br />

Para mais informações:<br />

www.veoliawatertech.com/latam e<br />

watertech.marcom.latam@veolia.com<br />

Fujirebio contribuindo para a inovação no<br />

tratamento médico<br />

A Fujirebio, é uma empresa japonesa<br />

que lida com a fabricação e venda de reagentes<br />

e equipamentos para diagnóstico<br />

clínico e sistemas de ensaio. Foi fundada<br />

em 1950 sob o nome de Fujizoki Pharmaceutical,<br />

Co., Inc. e originalmente desenvolvido<br />

e fabricado produtos farmacêuticos.<br />

Em 1983 seu nome foi mudado<br />

a Fujirebio Inc. Este nome é uma fusão<br />

do FUJI conhecido, do ícone famoso de<br />

Japão, Monte Fuji, RE da palavra inglesa<br />

“revival”, e BIO da palavra grega bios, que<br />

significa a “vida” . Em 2005 o negócio da<br />

Fujirebio foi integrado ao da SRL (“Special<br />

Reference Laboratories”, criado em<br />

1970) e, portanto, a Fujirebio Inc. passou<br />

a ser holding da Miraca Holdings Inc.<br />

A Fujirebio é líder global na fabricação<br />

de equipamentos para testes de diag-<br />

nósticos clinico de alta qualidade, sistema<br />

de ensaio e biomarcadores.<br />

Nossas linhas de produtos vão de testes<br />

manuais especializados até soluções<br />

de testes laboratoriais clínicos de rotina<br />

totalmente automatizados.<br />

Com seu amplo portfólio de produtos,<br />

a Fujirebio fornece os melhores<br />

produtos de diagnóstico para laboratórios<br />

de todo o mundo, permitindo<br />

que os profissionais de saúde gerenciem<br />

melhor uma grande variedade de<br />

doenças.<br />

Atendemos através de uma rede de parceiros<br />

e distribuidores em todo o mundo.<br />

Fujirebio<br />

Alameda Rio Negro, 585 cj.<strong>142</strong><br />

Barueri / SP<br />

Tel.: (11) 2176-2070<br />

www.fujirebio-europe.com<br />

060<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


informe de mercado<br />

Desafio Universitário | Bio-Rad<br />

Como podemos melhorar a segurança dos resultados nos exames clínicos<br />

através do Controle de Qualidade?<br />

A Bio-Rad lançou um desafio universitário<br />

sobre Controle de Qualidade.<br />

Com o intuito de se aproximar cada<br />

vez mais do público universitario, eles<br />

vão propor ideias para esse importante<br />

tema: Como Podemos Melhorar a segurança<br />

dos resultados nos exames clínicos<br />

através do Controle de Qualidade?<br />

O objetivo desse desafio, é aculturar os<br />

universitários a entender o que é o controle<br />

de qualidade e a sua importância.<br />

Qualquer pessoa com idade entre 18<br />

e 30 anos e universitário, pode participar<br />

do desafio enviando a ideia ou uma<br />

solução para: sougenial.com.br até o dia<br />

27/08/2017 às 23h59. O regulamento<br />

você encontra no site do sougenial.<br />

As 3 melhores ideias irão ganhar:<br />

1° Lugar - Estágio de Férias no escritório<br />

da Bio-Rad de São Paulo, inscrição<br />

para o congresso CBPC - Congresso<br />

Brasileiro de Patologia Clínica, e um curso<br />

patrocinado pela SBPC - Sociedade Brasileira<br />

de Patologia Clínica;<br />

2° Lugar - Inscrição para o congresso<br />

da CBPC -Congresso Brasileiro de Patologia<br />

Clínica e um curso patrocinado pela<br />

Sociedade Brasileira de Patologia Clínica;<br />

3° Lugar - Inscrição para o Congresso<br />

da CBPC - Congresso Brasileiro de Patologia<br />

Clínica.<br />

Queremos garantir que esse controle<br />

de qualidade seja feito com a frequência<br />

adequada para que realmente os exames<br />

sejam confiáveis.<br />

Convidamos você a compartilhar o seu<br />

conhecimento para criarmos soluções<br />

para essa importante questão de Controle<br />

de Qualidade.<br />

Sobre Controle de Qualidade.<br />

O controle de qualidade em laboratórios<br />

é um processo utilizado para monitorar<br />

e avaliar um processo analítico que<br />

produz o resultado do paciente. Esse processo<br />

requer ensaios regulares dos produtos<br />

de controle de qualidade em paralelo<br />

com as amostras do paciente, assim<br />

como a comparação dos resultados do<br />

controle de qualidade com limites estatísticos<br />

específicos (ranges).<br />

Para saber sobre Controle de Qualidade:<br />

http://www.qcnet.com/br<br />

Quer conhecer os nossos Controles de<br />

Qualidade? http://www.bio-rad.com/<br />

Convidamos você a compartilhar o seu<br />

conhecimento para criarmos soluções<br />

para essa importante questão de Controle<br />

de Qualidade.<br />

Tem uma ideia? Inscreva.<br />

www.sougenial.com.br<br />

As participações serão aceitas<br />

até 27/08/2017 ás 23h59.<br />

Seja essa transformação.<br />

062<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


Bio-Rad Laboratories<br />

TESTES PARA DOENÇ AS I NFECCIOSAS<br />

Geenius Sistema Confirmatório para HIV 1/2<br />

Uma Virada de Jogo<br />

Teste Unitário<br />

Diferenciação entre HIV-1 e HIV-2<br />

Protocolo com 3 passos e resultados em<br />

menos de 30 min.<br />

Resultados Precisos<br />

Baixa taxa de resultados indeterminados<br />

Desempenho com alta sensibilidade<br />

Para mais informações: 4003 0399 (capitais e regiões metropolitanas)<br />

0800 200 8900 (demais localidades) | suportecientifico@bio-rad.com<br />

www.bio-rad.com<br />

Critérios de positividade simples e de<br />

fácil interpretação<br />

Excelente taxa de diferenciação


informe de mercado<br />

Bio Advance lança teste de precisão para Câncer Colorretal<br />

O câncer colorretal abrange tumores<br />

que acometem um segmento do intestino<br />

grosso (o cólon) e o reto. É tratável<br />

e, na maioria dos casos, curável, ao ser<br />

detectado precocemente, quando ainda<br />

não se espalhou para outros órgãos.<br />

Grande parte desses tumores se inicia a<br />

partir de pólipos, lesões benignas que<br />

podem crescer na parede interna do intestino<br />

grosso. Uma maneira de prevenir<br />

o aparecimento dos tumores seria a detecção<br />

e a remoção dos pólipos antes de<br />

eles se tornarem malignos.<br />

Estimativa de novos casos:<br />

34.280, sendo 16.660 homens e 17.620<br />

mulheres (2016 - INCA)<br />

Começando estágios de câncer de cólon<br />

são assintomáticos. A quantidade de sangue<br />

nas fezes é tão mínima, ele só pode ser<br />

detectado com um teste de triagem.<br />

Uma vez que o câncer se espalha,<br />

pode afetar a capacidade do intestino<br />

para executar algumas de suas funções,<br />

incluindo livrar o corpo de resíduos. Perda<br />

de peso inexplicável e/ou alterações<br />

nos hábitos intestinais podem ser considerados<br />

sinais de alerta de Câncer de<br />

Cólon.<br />

Algumas dessas alterações podem<br />

incluir:<br />

• Constipação<br />

• Sangramento retal<br />

• Dor abdominal (inchaço, gases ou cólicas)<br />

• Mudança na frequência de evacuações<br />

• Mudança na consistência das fezes (fezes<br />

moles ou líquidas)<br />

• Sangue nas fezes (ou como manchas<br />

vermelhas brilhantes ou fezes escuras<br />

“alcatrão”)<br />

• Sentimento de incapacidade de esvaziar<br />

completamente suas entranhas<br />

O Teste Rápido Onsite Sangue<br />

Oculto nas Fezes (FOB) promove resultados<br />

altamente sensíveis e de fácil<br />

leitura, sem restrições alimentares.<br />

O kit oferece um ensaio imunoquímico<br />

especialmente elaborado para detectar<br />

baixos níveis de sangue humano oculto<br />

nas fezes a uma sensibilidade de 50ng/ml.<br />

Bio Advance<br />

Tel.: (11) 3445-5418<br />

contato@bioadvancediag.com.br<br />

www.bioadvancediag.com.br<br />

Neolab apresenta suas linhas de descartáveis<br />

Neoplast e coleta à vácuo Neovaccum<br />

A NEOLAB, empresa paranaense localizada<br />

na região de Curitiba, é uma importadora<br />

de produtos para Laboratório<br />

fundada em Janeiro de 2014. Possuímos<br />

uma linha extensa de produtos descartáveis<br />

para laboratório da linha NEOPLAST<br />

e de coleta a vácuo da linha NEOVACCUM.<br />

Todos produtos NEOLAB são testados<br />

em nosso laboratório parceiro para fins<br />

de validação.<br />

Neolab Import<br />

neolabimport@neolabimport.com.br | www.neolabimport.com.br<br />

064<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


TM<br />

Testes Rápidos HCV e HBsAg<br />

Detecção da infecção por HBV e HCV com apenas 1 teste<br />

TRIAGEM HBV E HCV<br />

O vírus da hepatite B (HBV) e o vírus da hepatite C (HCV) são os dois agentes infecciosos mais comuns transmitidos pelo<br />

sangue.<br />

• Cerca de 5% da população mundial tem infecção crônica por HBV<br />

• Mais de 3% da população mundial está infectada pelo HCV<br />

• HCV e HBsAg causam frequentemente co-infecções<br />

A pessoa infectada ou os portadores assintomáticos com HCV e HBV são os únicos reservatórios da infecção. A OMS<br />

recomenda o uso de imunoensaios altamente sensíveis e específicos contra o antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg)<br />

e Hepatite C para monitorar a infecção de hepatite e controlar a distribuição e doação de sangue, uma vez que a pronta<br />

identificação desses pacientes são a chave para prevenir a transmissão de HBV e HCV.<br />

TESTES RÁPIDOS ONSITE POR CTK<br />

CTK Biotech oferece os testes de HBsAg e HCV Ab para triagem da hepatite com os seguintes benefícios:<br />

Cat # Produto Detecção Amostra Tempo Teste<br />

R0024C Teste Rápido HCV Ab Plus Combo 2 linhas de teste para IgG, IgM e IgA para HCV S, P e WB 15 min<br />

R0042C<br />

Teste Rápido HBsAg Combo<br />

2 linhas de teste para HBsAg<br />

S, P e WB 15 min<br />

Características:<br />

•<br />

•<br />

•<br />

Detecta HBsAg ou HCV com apenas 1 teste<br />

Amostras facilmente acessíveis: soro, plasma e sangue total,<br />

adequadas para os cuidados emergenciais<br />

Resultados rápidos em 15 minutos, permitindo ao médico<br />

tomar medidas imediatas<br />

Não é necessário o uso de equipamentos<br />

Armazenamento em temperatura ambiente<br />

Negativo<br />

Positivo<br />

Inválido<br />

C<br />

C<br />

C<br />

15 minutos<br />

T<br />

T<br />

T<br />

1 gota de soro, plasma, sangue total<br />

1 gota de diluente de amostra Resultados<br />

BIO-MK-FLR-R0024-PT Rev1.0<br />

www.bioadvancediag.com.br<br />

Rua: Anísio de Abreu, 236 São Paulo, SP - Brasil<br />

Tel.: 55 11 3445-5418<br />

Email: contato@bioadvancediag.com.br<br />

INOVAÇÃO<br />

QUALIDADE<br />

SIMPLICIDADE<br />

www.ctkbiotech.com Email: info@ctkbiotech.com<br />

10110 Mesa Rim Road Phone: 1(858) 457.8698<br />

San Diego, CA 92121, USA Fax: 1(858) 535.1739


informe de mercado<br />

Biologística – Transportando Vidas<br />

Sediada em Belo Horizonte e presente<br />

em todo o território nacional através de<br />

filiais, representantes e parceiros, a Biologística<br />

é a única empresa especializada<br />

em transporte de reagentes, medicamentos,<br />

espécimes para diagnósticos,<br />

sêmen animal, bolsas de sangue e hemocomponentes.<br />

Nossos clientes são laboratórios de<br />

análises clínicas dos mais variados portes,<br />

em diferentes localidades, produtores de<br />

material genético, centros de pesquisa,<br />

universidades, bancos de sangue, Hemocentros<br />

e instituições de saúde em geral.<br />

Fazemos o gerenciamento da cadeia<br />

logística ponto a ponto, garantindo a<br />

estabilidade das amostras durante o trajeto,<br />

a rastreabilidade e a segurança física<br />

dos mesmos, através de modernos sistemas<br />

de acondicionamento, embalagem,<br />

transporte e monitoramento seguindo as<br />

exigências e requisitos da RDC ANVISA<br />

Nº 20 e RDC ANVISA Nº 16.<br />

Certificada na norma ISO 9001:2008,<br />

segue rigorosamente as normas exigidas<br />

pelos órgãos regulamentadores, reconhecido<br />

pela UKAS (United Kingdom<br />

Accreditation Service), organização britânica<br />

certificadora que verifica empresas<br />

que seguem normas padronizadas para<br />

garantir a integridade e excelência das<br />

operações técnicas conforme padrões<br />

internacionais.<br />

Deixe quem realmente entende de<br />

Soluções cuidar de sua Logística. Somos<br />

parte integrante de sua fase pré-analítica e<br />

conhecemos o verdadeiro valor desta etapa<br />

em todo o processo de análise clínica.<br />

BiologÍstica<br />

Gerente Comercial - Júlio Mol<br />

Gerencia.comercial@biologistica.com.br<br />

Rafael.pontes@biologistica.com.br<br />

Tel.: (31) 3403 1313<br />

www.biologistica.com.br<br />

066<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


informe de mercado<br />

Benefícios das dietas vegetarianas<br />

Pesquisadores têm despendido esforços<br />

na tentativa de estabelecer um<br />

modelo adequado de dieta, o qual se<br />

caracteriza pela ingestão de alimentos<br />

suficientes para prevenir deficiências<br />

nutricionais e suprir as necessidades<br />

energéticas para a manutenção da vida,<br />

mas, além disso, pode ser considerado<br />

ótimo quando for capaz de reduzir o<br />

risco de doenças crônicas, melhorar os<br />

níveis de qualidade de vida e a longevidade.1<br />

As dietas que incluem o consumo<br />

de carnes são chamadas de onívoras<br />

e as práticas vegetarianas além da<br />

supressão da carne, consomem maior<br />

quantidade de vegetais, frutas, cerais,<br />

legumes, nozes, castanhas e uma menor<br />

quantidade de gordura saturada.<br />

Estas variam quanto ao tipo: a vegana,<br />

que não consome produtos provenientes<br />

do reino animal; a lacto-vegetariana<br />

que consome leite e laticínios; e, a ovolactovegetariana,<br />

que inclui também o<br />

consumo de ovos.2<br />

Estudos têm avaliado a relação entre<br />

alimentação e doenças em grupos específicos,<br />

com o objetivo de analisar o<br />

efeito das dietas no controle de doenças<br />

crônicas como diabetes mellitus e doenças<br />

cardiovasculares. Se no passado<br />

estudavam-se os problemas causados<br />

pela deficiência nutricional de dietas<br />

restritivas, atualmente o interesse é<br />

avaliar os seus benefícios à saúde. Alguns<br />

estudos estão trazendo uma mudança,<br />

associando as dietas vegetarianas<br />

mais à saúde que à doença. Quando<br />

desequilibradas, as dietas vegetarianas<br />

podem causar deficiências nutricionais,<br />

no entanto, se bem equilibradas<br />

podem prevenir essas deficiências e<br />

também algumas doenças crônicas.3 O<br />

consumo de proteínas por vegetarianos<br />

geralmente é menor que o de onívoros.<br />

A composição das proteínas de origem<br />

vegetal é considerada incompleta por<br />

não possuir todos os aminoácidos essenciais.<br />

No entanto, isto não constitui<br />

uma limitação para a dieta vegetariana,<br />

pois pode ser compensada pela combinação<br />

de alimentos complementares,<br />

como soja, verduras, legumes, nozes,<br />

sementes e grãos integrais.1<br />

Teixeira et al3 realizaram um estudo<br />

para analisar o perfil nutricional, estilo<br />

de vida e alimentação de vegetarianos<br />

e onívoros e, quantificar e comparar<br />

o risco para sobrepeso, obesidade e<br />

hipercolesterolemia, em dois grupos<br />

de indivíduos, entre 35 e 64 anos de<br />

idade, classificados de conforme o<br />

tipo de alimentação: onívora ou vegetariana.<br />

Dentre os resultados obtidos,<br />

destacam-se que os percentuais de<br />

sobrepeso, obesidade central e hipercolesterolemia<br />

foram menores nos vegetarianos.<br />

Estes também apresentaram<br />

concentrações mais baixas de Colesterol<br />

Total, LDL-colesterol, Triglicérides e<br />

Glicemia de jejum. Os casos de anemia<br />

foram identificados nos dois grupos na<br />

mesma proporção. Os resultados obtidos<br />

no estudo sugerem que as dietas<br />

vegetarianas parecem oferecer melhores<br />

condições de saúde, sem produzir<br />

deficiências nutricionais importantes,<br />

além de prevenir as doenças crônicas,<br />

através de maior controle dos fatores<br />

de risco. O estudo também conclui que<br />

a alimentação onívora com excesso de<br />

proteínas e gorduras de origem animal,<br />

confere maior risco para o desenvolvimento<br />

de doenças crônicas, em especial<br />

a hipertensão arterial, diabete,<br />

dislipidemia, aterosclerose e obesidade,<br />

sendo o vegetarianismo uma opção<br />

para prevenção e tratamento destes<br />

agravos. Estudos como este têm evidenciado<br />

os benefícios das dietas baseadas<br />

em vegetais sobre as baseadas em<br />

carne animal.3<br />

Para Baena, 2015, a dieta vegetariana<br />

além de reduzir o consumo de substâncias<br />

associadas ao desenvolvimento de<br />

doenças crônicas eleva o consumo de<br />

substâncias como fitoquímicos e fibras,<br />

que oferecem benefícios para a saúde.<br />

É importante uma análise cuidadosa<br />

individualizada da dieta com objetivo<br />

de obter máximos benefícios e mínimos<br />

riscos para saúde.1<br />

A Biotécnica disponibiliza em sua<br />

linha de produtos os kits de Colesterol,<br />

Triglicérides, HDL Colesterol, LDL Colesterol,<br />

Glicose, Sódio, Pótássio, Ácido<br />

Úrico, dentre outros utilizados na avaliação<br />

de riscos cardiovasculares e doenças<br />

crônicas.<br />

Baby Maria Ferreira<br />

Biotécnica Ind. e Com. Ltda<br />

sac@biotecnicaltda.com.br<br />

+55 35 3214.4646<br />

Referências Bibliográficas:<br />

1. BAENA, R.C. Dieta Vegetariana:<br />

Riscos e Benefícios. Diagn. Tratamento.<br />

2015;20(2):56-64.<br />

2. COUCEIRO, P.; SLYWITH, E.; LENZ,<br />

F. Padrão alimentar da dieta vegetariana.<br />

Einstein. 2008; 6(3):365-73<br />

3. TEIXEIRA, R.C.M.A. et al. Estado<br />

nutricional e estilo de vida em vegetarianos<br />

e onívoros – Grande Vitória – ES. Rev. Bras.<br />

Epidemiol. 2006; 9(1): 131-43.<br />

068<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


informe de mercado<br />

Iricell 3000 - Levando a urinálise para o futuro<br />

Atualmente os departamentos de<br />

urinálise precisam de uma tecnologia<br />

reconhecidamente eficiente e estratégias<br />

inovadoras para poder crescer e manter<br />

sob controle os gastos do setor. Por isso<br />

a Beckman Coulter, através do portfólio<br />

Iris – pioneira na análise de partículas<br />

urinárias através de imagem, oferece<br />

ao mercado brasileiro uma solução<br />

comprovada em urinálise. Iricell 3000, o<br />

completo sistema automatizado da Iris,<br />

otimiza e avança a urinálise e os testes<br />

de fluído corporal por meio de sua patenteada<br />

tecnologia de Morfologia de<br />

Fluxo Digital —uma metodologia única,<br />

concebida especificamente para a avaliação<br />

de sedimentos do módulo da série<br />

IQ200, e que usa a inteligência artificial<br />

não apenas para minimizar a subjetividade<br />

do resultado, mas para potencializar a<br />

produtividade de seu laboratório.<br />

Mas como funciona a Morfologia<br />

de Fluxo Digital?<br />

A Morfologia de Fluxo Digital é uma<br />

metodologia singular no Brasil, já que<br />

captura a imagem, isola, identifica e<br />

caracteriza o sedimento urinário organizado<br />

na tela, praticamente eliminando<br />

a necessidade do exame microscópico*.<br />

O módulo da série iQ 200 envelopa a<br />

Esquema ilustrativo da metodologia de captura de imagem<br />

amostra entre camadas de lâmina, que<br />

passa em frente a um microscópio acoplado<br />

a uma câmera de vídeo CCD. A<br />

laminação é o planar equivalente ao foco<br />

hidrodinâmico axial, muito utilizado para<br />

posicionar células em determinados tipos<br />

de citômetros de fluxo, porém utilizando<br />

imagens ao invés de fluorescência. Essa<br />

laminação posiciona a amostra exatamente<br />

dentro da profundidade do foco e<br />

do campo de visão da lente objetiva do<br />

microscópio. Ela tem a vantagem adicional<br />

de obter orientação ortoscópica<br />

da partícula, apresentando partículas<br />

assimétricas com seu maior perfil direcionado<br />

para captação da imagem.<br />

Até 500 quadros por amostra são<br />

capturados através da câmera digital<br />

CCD. Em cada um destes 500 quadros,<br />

as imagens das partículas são separadas<br />

e individualizadas para que<br />

suas características sejam analisadas. O<br />

exclusivo software APR (auto-particule<br />

recognition) - uma complexa rede neural<br />

de algoritmos formados da análise de<br />

mais de 26.000 imagens conhecidas de<br />

partículas - mensuram cada sedimento<br />

a partir de 4 características: TAMANHO,<br />

FORMA, CONTRASTE e TEXTURA. O<br />

seu resultado matemático gera a categorização<br />

de cada sedimento em uma<br />

dentre as doze auto-classificações disponíveis:<br />

hemácias, leucócitos, leucócitos<br />

agrupados, cilindros hialinos, cilindros<br />

não classificados, células epiteliais escamosas,<br />

células epiteliais não escamosas,<br />

bactérias, leveduras, cristais, muco e<br />

esperma (além de “não-classificado”).<br />

Existe ainda a possibilidade do usuário<br />

identificar o sedimento em outras 27<br />

subclassificações predefinidas, para a<br />

distinção de tipos específicos de cilindros,<br />

Esquema ilustrativo da classificação das partículas<br />

*Accordini, A. Conti, L. Gasparini, C. Motta, A Dalmazzo, M. Caputo; Automated Microscopy and Screening of Bacteriuria [Translated from original<br />

presentation in Italian]; 21 Congresso Nazionale SIMeL, Riva del Garda, 25 – 27 October 2007<br />

070<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


MAIS<br />

HDESIGN<br />

AMOSTRAS,<br />

MENOS<br />

MICROSCÓPIO<br />

IRICELL 3000 é o único sistema totalmente automatizado de química e microscopia de urina que:<br />

› Usa a Morfologia do Fluxo Digital para auto-classificar 12 partículas e sub-classificar 27 partículas, reduzindo<br />

significativamente as taxas manuais de revisão microscópica<br />

› Agrupa a apresentação das partículas por categoria, simplificando o trabalho de validação dos elementos<br />

anormais das amostras<br />

› Anexa imagens digitais para treinamento e avaliação médica adicional<br />

› Opcionalmente executa fluidos corporais para análise rápida e fácil<br />

Descubra mais em www.beckmancoulter.com/urinalysis<br />

ou através do e-mail comunicacao@beckman.com<br />

© 2016 Beckman Coulter, Inc. Todos os direitos reservados. Beckman Coulter, o logotipo estilizado<br />

e os nomes de produtos e serviços da Beckman Coulter aqui mencionados são marcas comerciais<br />

ou marcas registradas da Beckman Coulter, Inc. nos Estados Unidos e em outros países.<br />

Mova seu laboratório um passo à frente - www.beckmancoulter.com | 11 4154-8818


informe de mercado<br />

Exemplo de tela de resultados na categoria selecionada<br />

Glóbulos Vermelhos<br />

cristais, células epiteliais não escamosas<br />

(células de epitélio de transição e renal),<br />

hemácias dismórficas e outros.<br />

As partículas classificadas são organizadas<br />

e visualizadas por categoria<br />

(vide exemplo), otimizando o trabalho<br />

do analista ao observar lado a lado as<br />

imagens classificadas da mesma forma,<br />

agilizando assim sua validação e liberação<br />

da amostra. Existe também a opção<br />

de auto-liberação de resultado, que pode<br />

ser parametrizada pelo laboratório, tornando<br />

o sistema mais ágil para as amostras<br />

normais.<br />

A Morfologia de Fluxo Digital proporciona<br />

a padronização da análise de<br />

sedimentos, tornando-a mais objetiva<br />

e reprodutível. Com o sistema completo<br />

de urinálise Iricell 3000 o laboratório<br />

acelera a entrega de resultados<br />

precisos com menor subjetividade. É a<br />

melhoria do fluxo de trabalho com a<br />

qual seu laboratório pode contar.<br />

Iricell 3000<br />

A automação em sua mais eficiente forma.<br />

Beckman Coulter<br />

Tel.: (11) 4154 8818<br />

comunicacao@beckman.com<br />

www.beckmancoulter.com<br />

Lançamento Biocon: Álcool Pad Biocon, mais qualidade<br />

para os processos de coleta.<br />

O Álcool Pad Biocon é uma compressa de falso tecido embebida em solução<br />

de álcool isopropílico a 70%, utilizado na assepsia de pele reduzindo<br />

a quantidade de microorganismos em lesões e cortes, usado também na<br />

preparação da pele para aplicações endovenosas, coleta de sangue, injeções<br />

e punções.<br />

Seja um parceiro Biocon.<br />

Apresentação:<br />

Caixa com 100 unidades<br />

Registro Anvisa: 80638729003<br />

Biocon Diagnósticos<br />

Tel.: 55 11 31 2552-8384<br />

www.biocondiagnosticos.com.br<br />

072<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


informe de mercado<br />

Fanem apresenta o estado da arte em<br />

Câmaras de Conservação<br />

A Fanem, multinacional brasileira que<br />

fabrica produtos inovadores nas áreas de<br />

neonatologia e de laboratórios, apresentou<br />

lançamentos e novidades que valorizam<br />

ainda mais o seu portfólio de produtos<br />

diferenciados, durante a Hospitalar 2017.<br />

A nova família de Câmaras Hematoimuno<br />

3357 emprega o conceito Design<br />

Thinking e é o “estado da arte” em câmaras<br />

de conservação de imunobiológicos e<br />

hematológicos. Sua concepção levou em<br />

conta pesquisas com usuários e normas<br />

internacionais, resultando em excelente<br />

usabilidade, equilíbrio térmico e eficiência<br />

no consumo de energia. O projeto<br />

incorporou investimentos em modernos<br />

processos industriais e alta tecnologia.<br />

Desenvolvido exclusivamente para o<br />

produto, o sistema de refrigeração modular<br />

Plugin, da Embraco, um dos maiores<br />

fabricantes de sistemas de refrigeração<br />

do mundo, proporciona economia de<br />

até 40% no consumo de energia e utiliza<br />

hidrocarboneto (fluido refrigerante CFC<br />

free) ecologicamente correto.<br />

Criadas exclusivamente para a<br />

conservação de insumos, as câmaras<br />

possuem avançadas características de<br />

isolamento térmico que permitem que<br />

as temperaturas sejam mantidas por<br />

horas, além do sistema opcional EBS<br />

(Energy Backup System), que ajuda a<br />

garantir dias de autonomia do equipamento,<br />

em pleno funcionamento. Emprega,<br />

ainda, conceitos de IoT (Internet<br />

das Coisas) e de conectividade – conexões<br />

wi-fi, ethernet e bluetooth – e<br />

estão aptas à integração com as soluções<br />

da Sensorweb para monitoramento<br />

e controle à distância. A tecnologia<br />

SensyColor (patente Fanem), altera a<br />

cor da iluminação interna conforme a<br />

variação de temperatura e dá suporte<br />

aos alarmes sonoros e visuais.<br />

As câmaras estarão disponíveis nas<br />

versões Standard, Advanced e Premium,<br />

com capacidades de 400 litros e 500 litros,<br />

ainda em 2017.<br />

Fanem<br />

marketing@fanem.com.br<br />

www.fanem.com.br<br />

Avenida General Ataliba Leonel,<br />

1790 – Carandiru – São Paulo – SP<br />

CEP 02033-020<br />

074<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


informe de mercado<br />

Sistema para Coleta de Urina VACUETTE ®<br />

Com o Sistema para Coleta de Urina<br />

VACUETTE® a coleta pode ser realizada<br />

em sistema fechado e estéril, o que melhora<br />

a qualidade das amostras e garante<br />

um procedimento livre de contaminação.<br />

A linha completa de produtos oferece<br />

tubos, frascos variados, dispositivos para<br />

transferência de urina e recipiente para<br />

coleta de urina de 24 horas.<br />

Os Tubos para Urina VACUETTE® são<br />

estéreis, praticamente inquebráveis, com<br />

ou sem conservantes e à prova de vazamentos.<br />

Utilizados na coleta, transporte<br />

ou análise de amostras, estão disponíveis<br />

com fundo redondo, utilizados para análises<br />

químicas de urina, ou fundo cônico,<br />

para exames microscópicos de análise do<br />

sedimento urinário.<br />

Quando a amostra não pode ser analisada<br />

logo após a coleta, os tubos com<br />

conservantes são a escolha ideal para<br />

manter a amostra nas condições apropriadas<br />

para análise. Nesse caso, os tubos<br />

devem ser homogeneizados de seis a<br />

oito vezes após a coleta para uma mistura<br />

homogênea.<br />

Assessoria de Imprensa<br />

Greiner Bio-One Brasil<br />

info@br.gbo.com<br />

www.gbo.com/<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

A Diagno convida a uma reflexão sobre a exatidão<br />

de seus resultados<br />

CMY<br />

K<br />

O controle da qualidade interno de um<br />

laboratório é um processo fundamental<br />

que demanda cuidados específicos e que,<br />

por lei, não deve ser negligenciado.<br />

Embora exista fácil acesso a recursos que<br />

otimizem esse processo, como a disponibilidade<br />

de controles hematológicos comerciais,<br />

com o objetivo de reduzir custos, muitos<br />

laboratórios têm optado por trabalhar<br />

com métodos alternativos de controle.<br />

O processo de validação de métodos<br />

alternativos é complexo, padronizado e<br />

exige não apenas rigor metodológico<br />

como perfeito entendimento e análise<br />

crítica de resultados<br />

Erros na validação de métodos<br />

alternativos são frequentes, comprometem<br />

a exatidão dos resultados e<br />

podem ser responsáveis por erros sistemáticos<br />

gravíssimos.<br />

Produzida no Brasil sob licença da<br />

húngara Diagon, a linha D-Check da<br />

Diagno foi criada com o objetivo de<br />

viabilizar a utilização de controles hematológicos<br />

comerciais para laboratório de<br />

todos os portes.<br />

Com preços acessíveis, validade real<br />

de 3 meses e estabilidade comprovada<br />

de até 30 dias, a linha D-Check possui<br />

valores de referência para as mais diversas<br />

marcas e modelos e equipamentos.<br />

Conheça mais sobre a linha D Check no<br />

site: www.diagno.ind.br ou fale conosco<br />

no atendimento@diagno.ind.br<br />

Diagno<br />

www.diagno.ind.br<br />

atendimento@diagno.ind.br<br />

076<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


Sistema para Coleta de Urina VACUETTE ®<br />

Sistema prático e seguro para melhoria na qualidade da amostra<br />

O Sistema para Coleta de Urina VACUETTE ® é um sistema<br />

fechado e estéril, o que melhora a qualidade das amostras e<br />

garante um procedimento livre de contaminação,<br />

proporcionando segurança nos processos laboratoriais.<br />

A linha completa de produtos oferece tubos, frascos variados,<br />

dispositivos para transferência de urina e recipiente para coleta<br />

de urina de 24 horas.<br />

Os Tubos para Urina VACUETTE® são estéreis, praticamente<br />

inquebráveis, com ou sem conservantes e à prova de<br />

vazamentos. Utilizados na coleta, transporte ou análise de<br />

amostras, estão disponíveis com fundo redondo, utilizados para<br />

análises químicas de urina, ou fundo cônico, para exames<br />

microscópicos de análise do sedimento urinário.<br />

Greiner Bio-One Brasil | Avenida Affonso Pansan, 1967 | CEP 13473-620 | Americana | SP<br />

Tel: +55 (19) 3468-9600 | Fax: +55 (19) 3468-3601 | E-mail: info@br.gbo.com<br />

www.gbo.com/preanalytics


informe de mercado<br />

LumiraDx acrescenta ao seu portfolio, mais um produto Point<br />

of Care, com características únicas: o Lumiratek LipidoCare<br />

O Lumiratek LipidoCare é um analisador<br />

portátil para a medição quantitativa<br />

de Colesterol total e frações, relação<br />

LDL/HDL, razão não-HDL, Triglicerídeos<br />

e Glicose, que utiliza 02 metodologias:<br />

fotometria de reflectância e biosensor de<br />

glicose oxidase.<br />

Trata-se de um instrumento moderno,<br />

rápido, confiável e de simples operação.<br />

Capaz de realizar os ensaios em até<br />

3 minutos (perfil lipídico) e 5 segundos<br />

(glicose), trabalhando com sangue total<br />

obtido através de punção “ponta de<br />

dedo”, tornando-o ideal para campanhas,<br />

consultórios, farmácias e laboratórios<br />

de pequeno porte.<br />

Opera com baterias e armazena até<br />

500 resultados.<br />

Consulte-nos para maiores detalhes ou<br />

através de um de nossos distribuidores.<br />

LumiraDx<br />

Tel.: 55 11 5185-8181<br />

faleconosco@lumiradx.com.br<br />

LumiraDx participa junto ao Grupo Fleury da ação<br />

social “ Amigos do Bem ”<br />

Estamos muito satisfeitos em poder<br />

divulgar nossa parceria com o Grupo<br />

Fleury, na participação do projeto social<br />

da ONG“ Amigos do Bem ”.<br />

Esse é um projeto de transformação,<br />

com frentes educacionais e autossustentáveis,<br />

e que traz benefícios a mais de<br />

60 mil pessoas nos estados de Alagoas,<br />

Ceará e Pernambuco. Tem ações voltadas<br />

as áreas da saúde, educação, trabalho<br />

e moradia, e seu objetivo principal é<br />

promover qualidade e transformação de<br />

vida, no dia a dia dessas pessoas.<br />

No mês de maio de 2017, entre os dias<br />

25 e 27, o Grupo Fleury e a ONG Amigos<br />

do Bem, promoveram um mutirão de<br />

saúde para crianças do povoado de Catimbau<br />

em Buíque (PE), através de consultas<br />

médicas e exames laboratoriais. A<br />

parceria entre a LumiraDx e Grupo Fleury,<br />

viabilizou, com o uso do conceito POC,<br />

diagnósticos rápidos, precisos e eficazes.<br />

Foram feitos testes hematológicos com<br />

os equipamentos ICON e Mission Plus Hb,<br />

otimizando e orientando as ações médicas.<br />

Mais de 1.000 crianças foram atendidas.<br />

Além de promover benefícios sociais,<br />

essa ação tem resultados positivos para a<br />

LumiraDX, que já tem seus equipamentos<br />

ICON e Mission Plus Hb, com qualidade<br />

certificada pelo Grupo Fleury.<br />

www.grupofleury.com.br/SitePages/noticia.aspx?n=54<br />

078<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


APOIO<br />

LABORATORIAL:<br />

VOCÊ SABE EM<br />

QUEM CONFIAR.<br />

solution<br />

O Hermes Pardini oferece o serviço<br />

de Apoio Laboratorial há mais de 20 anos.<br />

São mais de 5 mil parceiros, em todo o<br />

Brasil, que já contam com a máxima<br />

agilidade e precisão em mais de 3 mil<br />

tipos de exames. Com o Hermes Pardini<br />

não tem dúvida, tem confiança.<br />

• Assessoria científica especializada<br />

e transferência de know-how<br />

• Controle da produção, segurança<br />

e rastreabilidade em tempo real<br />

• Validação de resultados<br />

e assessoria centralizada<br />

• Diversificação do portfólio com<br />

testes especializados<br />

• Modelo produtivo de excelência<br />

(31) 3228-1800 (31) 98498-8968<br />

hermespardini.com.br<br />

Responsável Técnico: Dr. Ariovaldo Mendonça - CRMMG 33.477 - RQE 21.876 - Inscrição CRM 356 - MG


informe de mercado<br />

J.R.Ehlke e Mindray trazendo economia e ganho nos<br />

processos laboratoriais no setor de hematologia – BC-5380.<br />

O setor de hematologia para as pequenas<br />

e médias rotinas conta com o<br />

BC-5380 que proporciona diferencial<br />

leucocitário em 5 partes e 27 parâmetros,<br />

velocidade de 60 amostras por<br />

hora, auto carregamento para 30 amostras<br />

e alimentação contínua. As metodologias<br />

são: difração e laser combinada<br />

com coloração química e avançada<br />

citometria de fluxo, com exclusivo canal<br />

para contagem de basófilos e impedância.<br />

Amostra de 20µl.<br />

Os laboratórios clínicos buscam melhorias<br />

e padronização nos seus processos<br />

e fluxos de trabalho assim como nos<br />

resultados dos exames. O aumento do<br />

nível de automação e redução de erro humano<br />

e dos riscos de contaminação, tanto<br />

dos profissionais como das amostras.<br />

O BC-5380 permite análise completa do<br />

hemograma e liberação de até 80% da<br />

rotina de hematologia sem a necessidade<br />

de confecção de lâminas e microscopia.<br />

A redução da mão de obra nos processos<br />

permite realocar os recursos humanos<br />

para situações que exijam: análise crítica<br />

dos resultados ou controle de qualidade,<br />

processos manuais e atuação comercial.<br />

O resultado do hemograma com diferencial<br />

leucocitário em 5 partes proporciona<br />

a diminuição da confecção de lâminas e<br />

microscopia, sendo uma economia não<br />

somente em mão de obra como em<br />

material (lâminas e corantes). O auto<br />

carregamento diminui o tempo gasto em<br />

frente ao equipamento, automatizando o<br />

processo de amostragem, que é um processo<br />

repetitivo de abrir e fechar tubos de<br />

amostras e que pode proporcionar erros<br />

na identificação das amostras ou trocas<br />

acidentais, além do risco biológico. O<br />

BC-5380 traz elasticidade no ganho de<br />

capacidade em processar a rotina além<br />

de contar com o aumento na segurança<br />

e economia dos processos administrativos<br />

de transcrever os resultados no<br />

sistema, se o equipamento estiver interfaceado<br />

ao sistema de informação do<br />

laboratório (LIS).<br />

J.R.EHLKE & Cia Ltda<br />

Av. João Gualberto, 1661 – Juvevê<br />

Curitiba / PR – Brasil – CEP 80030-<br />

001<br />

Tel + 55 41 3352-2144<br />

jrehlke@jrehlke.com.br<br />

www.jrehlke.com.br<br />

Completando 87 anos de solidez, a DE LEO pioneira<br />

na fabricação de equipamentos e aparelhos científicos com<br />

tecnologia avançada nas mais diferentes áreas labioratoriais<br />

Fundada por José De Leo, imigrante italiano<br />

e sucedida por seu filho Renato Carlo De<br />

Leo, a empresa hoje administrada pela terceira<br />

geração, prossegue com as diretrizes que seus<br />

antecessores prezavam quanto a qualidade e<br />

preços competitivos.<br />

Estufas, moinhos, agitadores, germinadores,<br />

entre outros, são principais produtos que a<br />

empresa produz , distribui e presta assistência<br />

técnica contando com revendedores em todo<br />

território nacional. Além da fabricação, a De<br />

Leo contribui de forma significativa para o estudo<br />

e o desenvolvimento de pesquisas científicas<br />

em todo País.<br />

Estufa para Cultura Bacteriológica Digital<br />

Estufa para Secagem e Esterilização Inox<br />

Entre no site e conheça toda nossa linha de produtos.<br />

www.deleo.com.br<br />

080<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


informe de mercado<br />

Cadeia de Custódia, segurança para o laboratório<br />

e o motorista<br />

por LABET – Exames Toxicológicos<br />

Uma das imposições da Lei Federal nº<br />

13.103/2015, regulamentada pela Portaria<br />

MTPS Nº 116, é que o exame de larga<br />

janela de detecção, através dos fios de<br />

cabelo ou pelos do corpo, em motoristas<br />

das categorias C, D e E deve possuir todas<br />

as etapas da Cadeia de Custódia protegidas<br />

por Acreditação com Valor Forense.<br />

Procedimentos como o registro dos<br />

responsáveis pelo manuseio da amostra,<br />

uso e aplicação dos lacres nas evidências,<br />

restrição do acesso apenas aos profissionais<br />

responsáveis pela custódia e a<br />

rastreabilidade de todo o processo, são<br />

exemplos de que compõem uma Cadeia<br />

de Custódia inviolável, desde a coleta da<br />

amostra biológica até a entrega do laudo.<br />

Sendo assim, de acordo com a Legislação,<br />

o exame só poderá ser realizado<br />

por laboratórios acreditados<br />

pelo CAP-FDT - Acreditação Forense<br />

para exames toxicológicos de larga janela<br />

de detecção do Colégio Americano<br />

de Patologia - ou pela concedida pelo<br />

INMETRO de acordo com a Norma ABNT<br />

NBR ISO/IEC 17025.<br />

A Acreditação com Validade Forense<br />

garante, através de uma inatacável Cadeia<br />

de Custódia, a fidedignidade, a segurança<br />

e a precisão de todo o procedimento<br />

do exame.<br />

A partir de uma aliança exclusiva com<br />

o laboratório líder mundial em Exames<br />

Toxicológicos, QUEST DIAGNOSTICS, o<br />

Exame Toxicológico da LABET possui a<br />

Acreditação CAP/FDT com Valor Forense.<br />

Como laboratório credenciado pelo<br />

DENATRAN para realizar o exame toxicológico,<br />

além das obrigações acima, a<br />

LABET tem máxima atenção ao formar a<br />

sua Rede Coletora de exames, de modo<br />

a garantir que a Cadeia de Custódia não<br />

seja infringida. Sendo assim, algumas<br />

premissas devem ser rigorosamente<br />

seguidas pela Unidade de Coleta neste<br />

processo, tais como:<br />

• Não se credenciar a mais de um laboratório<br />

para realização da coleta do<br />

material para o exame toxicológico.<br />

• Não comercializar e/ou emitir nota<br />

fiscal do exame diretamente ao motorista<br />

e às empresas contratantes, sub-rogando<br />

o credenciamento, ou seja, apenas os laboratórios<br />

credenciados do DENATRAN<br />

estão aptos a tal responsabilidade.<br />

• Todos as Unidades Coletoras devem<br />

A Rede Nacional de Coleta LABET é formada<br />

por mais de 4 mil unidades, profissionais<br />

treinados para fazer a coleta e<br />

o atendimento de qualidade ao paciente,<br />

além de possuir um fluxo operacional<br />

que prioriza a segurança baseado nas<br />

melhores práticas internacionais vigentes,<br />

como ilustrado na imagem abaixo:<br />

possuir Alvará da Vigilância Sanitária<br />

Municipal ou Estadual vigente.<br />

Todas as premissas acima apresentadas<br />

são parte fundamental de um processo<br />

estruturado e capaz de evitar fraudes e<br />

riscos ao cumprimento da Legislação. Com<br />

essas medidas o exame será seguro para<br />

o motorista e para o seu laboratório no<br />

papel de Unidade Coletora.<br />

Faça parte da Rede LABET!<br />

Realize o seu cadastro<br />

ligando para 4004-2098 - para<br />

capital e região metropolitana.<br />

Para as demais regiões use o<br />

DDD da capital do seu estado -<br />

ou acesse o nosso site<br />

www.labet.com.br<br />

082<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


LAB REDE.<br />

SINÔNIMO<br />

DE QUALIDADE,<br />

COMPETÊNCIA E<br />

CONFIABILIDADE.<br />

Priorizando o compromisso em oferecer<br />

soluções e resultados com a máxima<br />

precisão, o Lab Rede é referência<br />

em atendimento, qualidade e<br />

tecnologia de ponta.<br />

• Alto nível de automação e<br />

rastreabilidade dos processos<br />

• Primeiro Laboratório de Apoio<br />

do país a conquistar ONA nível III<br />

• Assessoria científica proativa,<br />

com atendimento diferenciado<br />

para discussão de resultados e<br />

dúvidas técnicas<br />

• Logística atenta à integridade<br />

das amostras<br />

• Gestão de relacionamento<br />

com o cliente com suporte<br />

personalizado<br />

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(31) 3123.2858 • contato@labrede.com.br<br />

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informe de mercado<br />

Desempenho de Celltac Es MEK-7300 em Contagem de<br />

plaquetas baixa<br />

Contagem de plaquetas aprimorada com função ADVANCED COUNT<br />

Department of Clinical Laboratory, The University of Tokyo Hospital<br />

A contagem automática precisa de<br />

plaquetas nos atuais equipamentos de<br />

hematologia do mercado, sempre foi um<br />

dos grandes desafios da rotina laboratorial.<br />

Uma contagem de plaquetas precisa<br />

é muito importante para um diagnóstico<br />

clínico confiável por parte dos médicos.<br />

O analisador de hematologia Celltac<br />

Es MEK-7300 da NIHON KOHDEN possui<br />

uma nova função ADVANCED COUNT<br />

para aprimorar a reprodutibilidade de<br />

contagem em amostras com plaquetas<br />

baixas. Se a PLT baixa for detectada, a<br />

amostra é contada automaticamente<br />

com aumento de ganho para PLT.<br />

A função foi avaliada comparando as<br />

contagens das plaquetas pelo Celltac Es<br />

MEK-7300 e o método de Brecher-Cronkite.<br />

O Celltac Es MEK-7300 fez cinco medições<br />

consecutivas de plaquetas de cada amostra.<br />

Foram utilizados cinco amostras com<br />

diferentes níveis de plaquetas. Os resultados<br />

de CV% foram excelentes com 3,0% para a<br />

amostra PLT de 3,0 × 10⁴/μL e 7,1% para a<br />

amostra PLT 1,4 × 10⁴/μL.<br />

O gráfico 1 abaixo mostra a correlação<br />

entre Celltac Es MEK-7300 e contagem<br />

para amostras com PLT Menor que PLT<br />

15,0 × 10⁴/μL com o método referência.<br />

Através desta avaliação, confirmamos a<br />

excelente regressão e correlação do Celltac<br />

ES MEK-7300.<br />

O Celltac Es MEK-7300 mostrou uma excelentes<br />

reprodutibilidade e correlação com a<br />

contagem do método de referência. A função<br />

ADVANCED COUNT aprimorou a performance<br />

de contagem do instrumento.<br />

NIHON KOHDEN<br />

Rua Diadema, 89 1° andar CJ11 a 17<br />

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CEP 09580-670, Brasil<br />

Contato: +55 11 3044-1700<br />

FAX + 55 11 3044-0463<br />

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084<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA<br />

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Tel.: +55 11 3044-1700 | Fax +55 11 3044-0463<br />

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1-31-4 Nishiochiai, Shinjuku-ku, Tokyo 161-8560 - Japan<br />

Phone + 81 (3) 5996-8036 | Fax +81 (3) 5996-8100


informe de mercado<br />

Stago lança reagente de fibrinogênio pronto para uso<br />

O ensaio de fibrinogênio é uma importante<br />

ferramenta para o diagnóstico<br />

de transtornos da coagulação sanguínea,<br />

tanto como defeitos qualitativos<br />

(disfibrinogenemia), quanto deficiência<br />

quantitativa (afibrinogenemia congênita<br />

ou adquirida), além do uso em triagem<br />

cirúrgica.<br />

O fibrinogênio é uma glicoproteína<br />

sintetizada no fígado e presente no plasma<br />

a uma concentração normal entre 2<br />

a 4 g/l (200-400 mg/dl). Um aumento<br />

do nível de fibrinogênio é encontrado<br />

em casos de diabetes, síndromes inflamatórias,<br />

obesidade, grávidas a partir<br />

do 3°trimestre entre outros casos, além<br />

de haver indícios de estar envolvido na<br />

patogenicidade de eventos cardiovasculares<br />

trombóticos.<br />

Uma diminuição do nível de fibrinogênio<br />

é observada na coagulação<br />

intravascular disseminada (CIVD), hipofibrinogenemia,<br />

doença hepática grave,<br />

neoplasias ou lesões da medula óssea,<br />

e ainda de envenenamento por cobras<br />

(gênero Bothrops). Muitos pacientes com<br />

disfibinogenemia são assintomáticos,<br />

entretanto, em caso de sangramento, o<br />

diagnóstico imediato para tratamento<br />

adequado é de grande valia.<br />

O ensaio baseado na técnica de Clauss<br />

é a ferramenta de diagnóstico de escolha<br />

para a dosagem quantitativa de fibrinogênio.<br />

Existem outros métodos como<br />

a técnica derivada a partir do teste de<br />

tempo de protrombina (TP), contudo<br />

resultados de fibrinogênio a partir desta<br />

metodologia representa um risco maior<br />

para os pacientes, uma vez que a concentração<br />

plasmática pode ser erroneamente<br />

relatada como normal.<br />

A Stago, buscando sempre inovar e<br />

levar qualidade para os laboratórios,<br />

desenvolveu um reagente amplamente<br />

adaptável para todas as rotinas. O reagente<br />

para a dosagem de fibrinogênio<br />

(STA Liquid Fib, Cat. Nr. 00673) é pronto<br />

para uso e líquido (o que garante uma<br />

ótima estabilidade on board e refrigerado<br />

de 2-8°C), minimizando erros de<br />

preparo. Somados a isto, o reagente já é<br />

pré-calibrado para as automações Stago,<br />

reduzindo custo e tempo para o laboratório,<br />

permitindo que os laboratórios que<br />

possuem uma baixa demanda possam<br />

padronizar e oferecer aos clínicos um ensaio<br />

de alta performance.<br />

*Registro MS: 80102511285<br />

Stago Brasil<br />

Tel.: 011 4410-4600<br />

info@br.stago.com<br />

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086<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


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NOS PROCESSOS<br />

LABORATORIAIS<br />

Allegra X-5 - Número do Registro do produto no Min. da Saúde: 10033129041<br />

Desempenho fidedigno sob os padrões<br />

mais exigentes para praticamente<br />

qualquer preparo de amostra clínica;<br />

Inclui rotores swinging bucket e<br />

adaptadores comuns<br />

(adaptadores opcionais disponíveis);<br />

Ideal para processar amostras de<br />

soro, plasma e sangue total,<br />

precipitação de proteínas,<br />

sedimentação de partículas e células;<br />

Citotoxicidade in vitro entre outras<br />

aplicações;<br />

Em conformidade com as mais recentes<br />

normas clínicas e de segurança.<br />

PROJETADA<br />

PARA O LABORATÓRIO CLÍNICO<br />

- design supercompacto;<br />

- acionamento robusto;<br />

- fácil carregamento e descarregamento;<br />

- operação segura.<br />

MAXIMIZA<br />

A PRODUTIVIDADE<br />

- processa tubos de amostras: 140x13mm e 100x16mm;<br />

- reduz o tempo de funcionamento através<br />

de forças centrífugas de até 4.470 x g<br />

INTEGRA-SE<br />

PERFEITAMENTE COM<br />

ANALISADORES BECKMAN COULTER<br />

Elimina etapas de transferência de tubos através dos<br />

adaptadores para racks as dos Sistemas Beckman<br />

Coulter UniCel DxC / DxI diretamente da centrífuga.<br />

Para mais informações : LSR.contato@beckman.com | www.beckmancoulter.com | (11) 4154-8818


informe de mercado<br />

Vyttra assume distribuição da linha de analisadores<br />

hematológicos Mythic ® de tubo aberto. O produto utiliza apenas<br />

A Vyttra Diagnósticos reforça sua posição<br />

de líder nacional no segmento de<br />

hematologia assumindo a distribuição<br />

com exclusividade dos reagentes e equipamentos<br />

Mythic®, da empresa suíça<br />

Orphée. A Vyttra acumula cerca de 30<br />

anos de experiência no P&D, fabricação e<br />

distribuição de produtos para hematologia<br />

a partir da incorporação da empresa<br />

Hemogram com sua moderna fábrica e<br />

centro de distribuição (CD) em Bragança<br />

Paulista. Dispõe ainda de outros quatro<br />

CDs em São Paulo, Goiânia, Belo Horizonte<br />

e Curitiba.<br />

Juliane Castoldi, gerente de produtos<br />

responsável pela hematologia da Vyttra,<br />

destaca nesta nova linha o analisador<br />

hematológico Mythic® 22 OT, o menor<br />

equipamento do mercado com diferencial<br />

em cinco partes e análise em sistema<br />

três reagentes e destaca-se por seu baixo<br />

consumo (30% a 50% inferior aos<br />

demais equipamentos do segmento),<br />

gerando consequentemente um menor<br />

volume de resíduos. Outra característica<br />

do sistema é a aspiração de pequenos<br />

volumes de amostras, controles e calibradores,<br />

sendo capaz de processar até<br />

60 hemogramas por hora.<br />

O Mythic® 22 OT possui tecnologia<br />

patenteada 100% ótica para diferencial<br />

de leucócitos (Citometria Óptica Hydrofocus<br />

Free - OCHF) e solução lisante livre<br />

de cianeto, sendo a extensão da linha de<br />

grande presença no mercado nacional,<br />

contando com mais de 500 unidades<br />

instaladas.<br />

Com mais esta distribuição, a Vyttra<br />

Diagnósticos amplia seu portfólio de<br />

soluções que auxiliam a produtividade<br />

de diagnóstico in vitro em laboratórios,<br />

hospitais, clínicas e bancos de sangue.<br />

Vyttra Diagnósticos<br />

Tel: (11) 4280 7500<br />

vyttra.com<br />

Conheça o seu cliente com o WonderFi<br />

Solução transforma wi-fi em uma ferramenta de gestão, atração e<br />

fidelização de clientes<br />

Muitos laboratórios e hospitais já oferecem<br />

sinal gratuito de internet, mas não<br />

recebem nada em troca por isso. Com o<br />

WonderFi, isso muda radicalmente.<br />

Enquanto seus pacientes e visitantes<br />

aproveitam o wi-fi grátis, sua empresa<br />

ganha uma ferramenta de marketing poderosa.<br />

E de uma forma muito simples.<br />

Para iniciar a conexão à Internet, o WonderFi<br />

pede que pacientes e visitantes façam o<br />

login por meio de uma rede social ou e-mail.<br />

Tudo em uma tela personalizada e sem necessidade<br />

de senha. Isto é, rápido e fácil.<br />

Assim, o WonderFi capta informações<br />

precisas e reais sobre quem visita seu<br />

estabelecimento e indica inclusive quem<br />

sempre volta e quem está presente naquele<br />

momento, segundo a segundo.<br />

Ao conhecer os pacientes, é possível<br />

automatizar o seu marketing e configurar<br />

o envio de mensagens automáticas<br />

de acordo com cada tipo de ação.<br />

Alguns dias depois da visita, seu paciente<br />

pode receber um comunicado com<br />

informações relevantes. Se ele acabou de<br />

sair, você pode enviar um convite para<br />

que ele participe de uma pesquisa de<br />

satisfação. E muito mais.<br />

O melhor? Fazer tudo isso funcionar<br />

é ainda mais fácil. Conecte o WonderFi à<br />

sua rede de internet existente e pronto.<br />

Quer saber mais? Entre em contato<br />

com a gente.<br />

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Tel.: (51) 3057-4455<br />

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088<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


SOBRE NÓS<br />

A NEOLAB, é uma empresa paranaense localizada na região<br />

de Curitiba. Importadora de Produtos para Laboratório e<br />

Odontologia, fundada em Janeiro de 2014 pelo empresário e<br />

farmacêutico-bioquímico Cláudio Luiz Gusso. Com 18 anos de<br />

experiência em laboratório de análises clínicas, é atualmente<br />

Sócio Diretor do Laboratório de Análises Clínicas São José.<br />

Logo após a abertura da empresa, a NEOLAB firmou uma<br />

parceria com a dentista Dra. Renata Yendo com o intuito de<br />

trazer Produtos Odontológicos testados e aprovados.<br />

Todos produtos NEOLAB são testados em nosso laboratório para fins de validação<br />

CONHEÇA NOSSOS PRODUTOS<br />

TUBOS DE COLETA A VACUO ALÇAS MICROBIOLÓGICAS PLACAS DE PETRI<br />

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informe de mercado<br />

Citologia Líquida é melhor opção no combate<br />

ao HPV e Câncer de Colo de Útero<br />

Segundo dados da Organização Mundial<br />

da Saúde (OMS) são mais de 630 milhões<br />

de pessoas infectadas com o vírus do HPV.<br />

Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer)<br />

o HPV está presente em cerca de 90%<br />

dos casos de câncer de colo de útero.<br />

Muito melhor que tratar o vírus em<br />

forma de doença, em qualquer que seja<br />

o estágio, é prevenir-se. Com o exame de<br />

Papanicolaou é possível detectar a pre-<br />

sença do vírus HPV, até mesmo em fase<br />

pré-clínica (sem sintomas) aparecem antes<br />

do desenvolvimento da doença.<br />

Existem inúmeros estudos científicos,<br />

e colunas médicas¹ indicando que a<br />

melhor maneira de se realizar o exame<br />

papanicolaou é através do emprego da<br />

técnica da citologia líquida. O método de<br />

esfregaço, que ainda é o mais utilizado,<br />

possui alta taxa de recoletas, resultados<br />

insatisfatórios e falsos resultados.<br />

O GynoPrep é um kit de citologia em<br />

meio líquido alemão importado com exclusividade<br />

pela Stra Medical que conseguiu<br />

reduzir drasticamente o custo do exame<br />

no Brasil. Produto de alta qualidade,<br />

aliado a uma técnica de processamento<br />

rápida, fácil e com ótima reprodutibilidade<br />

das amostras. São inúmeras vantagens<br />

que a citologia líquida trás, e certamente<br />

uma das mais importantes é a possibilidade<br />

de encaminhar o material remanescente<br />

para exames de biologia molecular.<br />

1 - Citologia Convencional X Citologia de<br />

Base Líquida: Não há motivo para discussão -<br />

Adhemar Longatto Filho (pesquisador científico<br />

do Laboratório de Investigação Médica (LIM)<br />

14, da Faculdade de medicina da Universidade<br />

de São Paulo) - https://goo.gl/os6WuZ<br />

GynoPrep<br />

gynoprep.com.br<br />

vendas4@stramedical.com.br<br />

Tel.: (49) 9 9730-0345<br />

Stra Medical<br />

www.stramedical.com.br<br />

Rua São Paulo, 105 – Bairro dos<br />

Estados – Balneário Camboriú/SC<br />

Tel.: (47) 3183-8200<br />

PNCQ aborda a importância do controle de qualidade<br />

nos workshops do 44º CBAC<br />

O Programa Nacional de Controle de<br />

Qualidade – PNCQ ofereceu uma programação<br />

especial de workshops durante o<br />

44º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas<br />

– CBAC 2017 – evento que aconteceu<br />

em João Pessoa/PB entre os dias 11 e 14<br />

de junho. Foram oito temas diferentes e<br />

treze cursos realizados como atividades<br />

paralelas ao congresso, tendo foco na importância<br />

da qualidade nos laboratórios.<br />

Entre os temas abordados, foi discutida<br />

a importância do Controle de Qualidade<br />

que, além de ser obrigatório pela<br />

Anvisa, é elemento fundamental para a<br />

garantia da qualidade dos exames nos<br />

laboratórios clínicos.<br />

No último ano o PNCQ ampliou o Catálogo<br />

de Produtos, que agora tem mais<br />

de 60 tipos de<br />

Programas para Controle Externo e<br />

Controle Interno da Qualidade para mais<br />

de 270 analitos, Painéis para Validação de<br />

Reagentes e kits: Painéis Específicos, Painéis<br />

de Performance e Painéis para Avaliações<br />

Lote a Lote, além dos Materiais de<br />

Referência PNCQ.<br />

Acesse a linha completa de amostras e<br />

as aulas dos workshops no site do PNCQ.<br />

PNCQ<br />

www.pncq.org.br<br />

090<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


informe de mercado<br />

Índice de Saúde da Próstata (phi)<br />

Exame de sangue de múltiplos analitos aprovado pela FDA para aprimorar<br />

a detecção do câncer de próstata<br />

Exame em destaque<br />

• Prostate Health Index (phi), Serum<br />

(ID do exame: PHI11)<br />

O que é o phi?<br />

O Índice de Saúde da Próstata (phi) é<br />

um indicador baseado numa combinação<br />

de três exames de sangue que resulta na<br />

chamada “pontuação phi”. Essa pontuação<br />

oferece informações mais precisas<br />

sobre as implicações de um nível elevado<br />

de PSA e a probabilidade de detecção de<br />

câncer de próstata numa biópsia.<br />

O phi é:<br />

• Um exame de sangue PCa de múltiplos<br />

analitos aprovado pela FDA<br />

• Recomendado nas Diretrizes de Detecção<br />

Precoce do Câncer de Próstata da<br />

National Comprehensive Cancer Network<br />

(NCCN)<br />

• Uma ferramenta para reduzir biópsias<br />

negativas e imprimir mais confiança<br />

às suas decisões relativas a biópsia<br />

Quais exames fazem parte do phi?<br />

• PSA<br />

• PSA livre<br />

• p2PSA<br />

O exame p2PSA é específico à mensuração<br />

do (-2)proPSA. O biomarcador<br />

(-2)proPSA é uma isoforma do PSA livre<br />

identificada como a forma mais específica<br />

do câncer de próstata encontrada<br />

em extratos tumorais. Os resultados do<br />

PSA, PSA livre e p2PSA são combinados<br />

usando um algoritmo para determinar a<br />

probabilidade de câncer de próstata.<br />

Uso do phi em sua prática clínica<br />

O phi destina-se a preencher a lacuna<br />

diagnóstica entre a detecção de PSA e a<br />

biópsia da próstata.<br />

O PSA é uma ferramenta de detecção<br />

muito usada para o câncer de próstata.<br />

No entanto, com a especificidade limitada<br />

do PSA para o câncer, faz-se necessária<br />

uma ferramenta mais precisa<br />

para a detecção do câncer de próstata.<br />

A pontuação phi fornece as informações<br />

adicionais necessárias para a tomada de<br />

decisões de biópsia.<br />

A alta especificidade do phi representa<br />

uma maior probabilidade de identificar os<br />

pacientes que realmente precisam de biópsia,<br />

permitindo a diminuição considerável<br />

do número de biópsias da próstata com<br />

resultado negativo para o câncer.<br />

Constatou-se que a pontuação phi<br />

reduz as biópsias negativas em 30% 1<br />

Combinado com o histórico da família<br />

e do paciente, a pontuação phi pode<br />

ser usada para determinar as melhores<br />

decisões específicas de gerenciamento<br />

de pacientes.<br />

Quem somos<br />

A Mayo Medical Laboratories faz parte<br />

do Departamento de Medicina Laboratorial<br />

e Patologia da Mayo Clinic, um dos<br />

maiores laboratórios clínicos do mundo.<br />

Oferecemos mais de 3.000 exames e<br />

acesso a médicos e cientistas da Mayo<br />

Clinic. Realizamos exames de referência<br />

para mais de 4.000 hospitais, clínicas e<br />

laboratórios de mais de 70 países.<br />

Para obter mais informações<br />

mmlglobal@mayo.edu<br />

Tel.: +1 855-379-3115<br />

Mayo Medical Laboratories<br />

3050 Superior Drive NW<br />

Rochester, MN 55901 EUA<br />

1Loeb S, Martin S, Broyles, D, et al.<br />

The Prostate Health Index (phi) selectively<br />

Identifies Clinically Significant Prostate<br />

Cancer. J. Urology, Jan. 2015<br />

Copyright ©2017 Mayo Foundation for<br />

Medical Education and Research. Todos os<br />

direitos reservados.<br />

092<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


ImunoScan


informe de mercado<br />

Diagnóstico rápido para Alfa-fetoproteína (AFP) e Rotavírus<br />

A Wama Diagnóstica apresenta os Kits de testes Alfa-fetoproteína<br />

(AFP) e Rotavírus.<br />

Alfa-fetoproteína (AFP) é a maior<br />

glicoproteína do soro fetal, A AFP é normalmente<br />

produzida durante o desenvolvimento<br />

fetal e neonatal no fígado,<br />

saco vitelino e trato gastrointestinal.<br />

No caso do câncer testicular não<br />

seminomatoso, foi observada entre a<br />

incidência de níveis elevados de AFP e<br />

o estágio da doença.<br />

Concentração de AFP sérico também<br />

é observada em mulheres grávidas, com<br />

pico de 500 ng/ml até a 32ª semana de<br />

gestação e pacientes com doenças hepáticas,<br />

como: hepatite, cirrose, obstrução<br />

das vias biliares, doença hepática alcoólica<br />

e hepatite viral aguda.<br />

O Imuno-RÁPIDO AFP da Wama é<br />

um teste imunocromatográfico para determinar<br />

qualitativamente a concentração<br />

de AFP em amostras de soro, plasma<br />

ou sangue total humano.<br />

O Rotavírus é um importante agente<br />

causador de enteroviroses em crianças<br />

de até 5 anos no mundo. O vírus,<br />

da família Reoviridae, atinge várias espécies<br />

de mamíferos e causa manifestações<br />

clínicas que vão desde quadros<br />

de diarreia leve até quadros graves de<br />

desidratação severa causada por diarreia<br />

profusa, vômito e febre alta.<br />

A Rotavirose é uma doença transmissível<br />

via fecal-oral. O diagnóstico precoce<br />

da doença é necessário na orientação<br />

de medidas epidemiológicas, controle do<br />

uso de antibióticos e diagnóstico com<br />

outras gastroenterites.<br />

O Imuno-Rápido ROTAVÍRUS da<br />

Wama é um teste imunocromatográfico<br />

para determinar qualitativamente a<br />

presença de Rotavirose do Grupo A em<br />

amostras de fezes.<br />

Apresentações: 10, 20 e 40 testes.<br />

Relacionamento Wama:<br />

Tel: +55 16 3377.9977<br />

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094<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


AGENDA<br />

DE EVENTOS<br />

2017<br />

São Paulo / SP<br />

XXI CONGRESSO DA SBTMO<br />

17 a 19 de Agosto | WTC<br />

São Paulo/SP<br />

15 e 16 de Setembro<br />

CURSO DA ESCOLA BRASILEIRA DE HEMATOLOGIA:<br />

COMO EU TRATO<br />

15 a 16 de Setembro | Hotel JP<br />

Ribeirão Preto/SP<br />

NOVA DATA<br />

HEMOR<br />

CONGRESSO<br />

BRASILEIRO<br />

de HEMATOLOGIA,<br />

HEMOTERAPIA<br />

e TERAPIA CELULAR<br />

8 a 11 de novembro de 2017 - Curitiba / PR / Brasil<br />

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8 a 11 de Novembro | Expotrade<br />

Curitiba/PR<br />

Dia 8 de Novembro será realizado o curso educacional Atualização em<br />

Trombose e Hemostasia: uma iniciativa conjunta da ABHH e ISTH e o<br />

Encontro da AIBE<br />

HEMO.educa<br />

Consolidação de transplante em LH<br />

Anemia Aplástica<br />

EM BREVE<br />

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Anticorpos Monoclonais<br />

Educação para Enfermeiras: Infusão de Daratumumabe<br />

Para mais informações acesse o Portal da ABHH<br />

www.abhh.org.br


analogias em medicina<br />

José de Souza Andrade-Filho*<br />

* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da Academia Mineira de Medicina<br />

e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />

Doença do anjo barroco<br />

Barroco é o nome dado ao<br />

estilo artístico que floresceu<br />

entre o final do século<br />

XVI e meados do século<br />

XVIII, inicialmente na Itália,<br />

difundindo-se em seguida<br />

pelos países católicos da<br />

Europa e América, antes<br />

de atingir regiões protestantes<br />

de alguns pontos do<br />

Oriente. A palavra barroco<br />

significa pérola imperfeita<br />

ou deformada (em francês:<br />

baroque: estilo rebuscado;<br />

port. barroco/barroca: terreno<br />

irregular).<br />

Os artistas barrocos europeus<br />

valorizam as cores, as<br />

sombras e a luz e também<br />

os contrastes. As imagens<br />

não são tão centralizadas<br />

como as renascentistas e<br />

aparecem de forma dinâmica,<br />

destacando o movimento.<br />

Os temas principais<br />

incluem mitologia, passagens<br />

da bíblia e a história<br />

da humanidade. As esculturas<br />

barrocas mostram<br />

faces humanas marcadas<br />

pelas emoções, especialmente<br />

o sofrimento. Os<br />

braços se contorcem, demonstrando<br />

uma postura<br />

exagerada. Predominam,<br />

nas esculturas, as curvas,<br />

os relevos e a utilização da<br />

cor dourada.<br />

O barroco brasileiro foi<br />

diretamente influenciado<br />

pelo barroco português. O<br />

principal representante do<br />

barroco mineiro foi o escultor<br />

e arquiteto Antônio<br />

Francisco Lisboa, conhecido<br />

como Aleijadinho.<br />

Suas obras, de forte caráter<br />

religioso, eram feitas<br />

de madeira e pedra-sabão,<br />

os principais materiais utilizados<br />

pelos artistas barrocos<br />

do Brasil. Entre as<br />

obras de Aleijadinho estão<br />

os “Os doze profetas” e “Os<br />

passos da Paixão”, na igreja<br />

de Bom Jesus de Matosinhos,<br />

em Congonhas do<br />

Campo/MG.<br />

Em medicina foi criado<br />

o vocábulo querubismo<br />

para designar uma doença<br />

fibro-óssea do rosto,<br />

geralmente hereditária e<br />

formada por tecidos anormais<br />

no interior do osso.<br />

Afeta a mandíbula (queixo)<br />

de crianças e, às vezes,<br />

a maxila, dos lados direito<br />

e esquerdo. A criança, nos<br />

casos mais extensos e completos,<br />

apresenta-se rechonchuda/bochechuda,<br />

com a face abaulada bilateralmente<br />

e os olhos desviados<br />

para cima, voltados<br />

para o céu, comparável à<br />

face dos anjos barrocos ou<br />

querubins (fácies querubínica<br />

ou querúbica) (Fig.1)<br />

O quadro radiológico configura<br />

o aspecto em bolhas<br />

de sabão, com radiolucências<br />

tipicamente multiloculares.<br />

A doença foi descrita<br />

pela primeira vez em 1933<br />

por Jones (W.A. Jones – Familial<br />

Multilocular Cystic<br />

Disease Of The Jaws – 1933<br />

Am J Cancer). Jones e colaboradores<br />

foram os primeiros<br />

a usar o termo querubismo,<br />

por analogia com<br />

um anjo da arte barroca. É<br />

uma doença rara, porém o<br />

desconhecimento da mesma<br />

pode gerar tratamentos<br />

inadequados, como observamos<br />

em um menino<br />

de três anos.<br />

Querubim é um anjo considerado<br />

como mensageiro<br />

de Deus e símbolo da<br />

justiça divina. De acordo<br />

com a Ordem Angelical<br />

os querubins integram a<br />

primeira hierarquia, classificados<br />

logo abaixo dos<br />

serafins. Os querubins são<br />

mencionados em diversas<br />

passagens da Bíblia.<br />

Em uma das visões divinas<br />

relatadas pelo profeta<br />

Ezequiel é feita uma<br />

descrição dos mesmos<br />

no primeiro capítulo de<br />

seu livro. Estão também<br />

ligados à glorificação da<br />

grandeza de Deus, bem<br />

como protetor de seu trono,<br />

por isso são chamados<br />

de Anjos de Trono. Nos<br />

textos sagrados aparecem<br />

como os guardiões<br />

do Jardim do Éden, com a<br />

função de evitar que Adão<br />

e Eva retornassem. Por<br />

conta dessa proteção, antigamente,<br />

colocava-se as<br />

imagens de anjos querubins<br />

em portas de templos<br />

e igrejas para protegê-los<br />

contra os maus espíritos.<br />

(Texto baseado em publicações nacionais).<br />

Disponível em http://www.fashionbubbles.com /files/2011/11/Anjos-barrocos-2.jpg – acesso em 15/05/2017.<br />

096<br />

Revista NewsLab | Jun/Jul 17


Programação preliminar<br />

• A importância da Medicina Laboratorial na segurança do paciente<br />

• Arboviroses – O que evoluímos no diagnóstico<br />

• O laboratório clínico na saúde da mulher<br />

• O laboratório clínico na saúde do homem<br />

• O ABC das hepatites virais<br />

• Protocolos assistenciais na segurança do paciente – Síndromes hemorrágicas, dor<br />

torácica e acidente vascular cerebral<br />

• Os avanços no hemograma – Índices hematimétricos, era digital e interpretação<br />

• A interface dos órgãos regulatórios e a indústria com o laboratório clínico<br />

• Padronização do fim do jejum para lipoproteínas – Nova fórmula para o LDL-colesterol<br />

• A importância da biópsia líquida no diagnóstico e seguimento do paciente oncológico<br />

• A aplicação clínica da espectrometria de massas nas áreas de Microbiologia, Química<br />

Clínica e Anatomia Patológica<br />

• Rotinas diagnósticas de HIV: na fase aguda, no recém-nato e no seguimento do paciente<br />

• A importância da citometria de fluxo: no sangue periférico, medula óssea, líquidos<br />

cavitários e líquor<br />

• Diarreias crônicas: intolerância à lactose (diagnóstico molecular x teste provocativo),<br />

doenças inflamatórias intestinais e doença celíaca<br />

• Alergias alimentares: diagnóstico molecular, imunológico e por citometria de fluxo<br />

• O líquor no diagnóstico de Alzheimer<br />

• O estado atual dos testes de sensibilidade no Brasil<br />

• Testes de fibrinólise no laboratório de coagulação. Mito ou realidade<br />

• Função renal - Como implantar a rotina diagnóstica. Creatinina, cistatina C e as diversas<br />

fórmulas<br />

• Testes rápidos em microbiologia: métodos e impacto clínico<br />

• Urina tipo 1 – Rotina manual e automatizada. Prós e contras<br />

• A explosão da genética laboratorial na prática clínica. Testes, aplicações e precificação<br />

• As ferramentas de atendimento para encantar os clientes do laboratório clínico<br />

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