Newslab 142
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R$ 20,00<br />
Artigo 1<br />
Avaliação dos fatores de riscos associados à<br />
persistência da infecção do HPV no<br />
desenvolvimento do câncer de colo de útero<br />
Artigo 2<br />
A mulher e o Papanicolau: principais<br />
fatores influenciadores<br />
Artigo 3<br />
Câncer de colo de útero: análise da<br />
mortalidade por região brasileira<br />
Analogias em medicina<br />
Doença do anjo barroco<br />
Gestão laboratorial e profissional<br />
Alternativa prática e possível para rentabilizar<br />
pequenos e médios laboratórios clínicos no Brasil
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evista<br />
editorial<br />
Ano 24 - Edição <strong>142</strong>- Jun/Jul 17<br />
Áreas de<br />
interesse<br />
Amigos leitores, sejam bem-vindos à <strong>Newslab</strong> <strong>142</strong>,<br />
a publicação referência no setor de diagnósticos e<br />
análises laboratoriais, e que a cada edição, busca<br />
atualizar os leitores nos principais temas e assuntos<br />
que norteiam essa área tão importante. Diante disso,<br />
vamos comentar o que preparamos para vocês.<br />
Reunimos nesta edição, três artigos científicos realizados<br />
no Brasil a partir da análise de dados nacionais<br />
sobre a o câncer de colo de útero (CCU) e sua relação<br />
com o HPV, uma doença que constitui um importante<br />
problema de saúde pública.<br />
Os artigos abordam os fatores de risco associados à<br />
persistência de infecção do HPV no desenvolvimento do<br />
CCU e os principais fatores que influenciam as mulheres<br />
na realização do exame Papanicolau e como o conhecimento<br />
sobre o exame se relaciona com esses fatores.<br />
Temos ainda uma análise estatística sobre as proporções<br />
de mortalidade por região do Brasil, traçando<br />
o perfil genérico das mulheres brasileiras mais acometidas<br />
com tal desfecho.<br />
Os três trabalhos apresentados se complementam<br />
e ajudam a compor um cenário do peso da precarização<br />
no serviço de saúde, apontando a importância da<br />
humanização do atendimento e do desenvolvimento<br />
nos profissionais de um grau de empatia, acolhimento<br />
e eficiência que contribua para a adesão das mulheres<br />
aos exames preventivos e continuidade aos tratamentos.<br />
Uma adesão coesa e regular fortaleceria a<br />
consolidação de dados estatísticos, hoje limitados.<br />
Mais uma vez, a importância de processos que<br />
garantam a obrigatoriedade na submissão de dados<br />
(sociodemográficos, procedimentos e exames realizados<br />
anteriormente) e softwares integrativos de gestão<br />
da informação que permitam acompanhamento e o<br />
rastreamento adequado da população para o embasamento<br />
de campanhas de prevenção e melhor gerenciamento<br />
da saúde.<br />
Ainda nessa edição, na seção do Dr. Humberto<br />
Façanha, o artigo sobre a alternativa prática e possível<br />
para rentabilizar pequenos e médios laboratórios<br />
clínicos no Brasil, que tem como escopo abordar os<br />
conceitos do Programa de Proficiência em Gestão<br />
Laboratorial (PPGL) e a importância do profissionalismo<br />
dos laboratórios de análises clínicas. Importante<br />
artigo para os gestores e proprietários de laboratórios<br />
Por fim, o patologista José de Souza Andrade-Filho,<br />
em sua tradicional coluna Analogias em medicina, nos<br />
apresentará à doença do anjo barroco, ou seja, como<br />
ela se relaciona ao querubismo, uma patologia rara<br />
que desconhecida pode gerar dificuldades no diagnóstico<br />
e tratamento da mesma.<br />
Além disso, confira as novidades do setor, de equipamentos<br />
e estratégias das principais empresas que compõem<br />
esse rico mercado. Não deixe também de conferir<br />
nossa agenda, com os principais eventos do setor.<br />
Boa leitura.<br />
06<br />
Expediente<br />
Ano 24 - Edição <strong>142</strong> - Jun/Jul 2017<br />
DEN Editora - Revista NewsLab - Av. Paulista, 2.073 - Ed. Horsa I - Cj. 2316 - 01311-940 - São Paulo-SP<br />
tel.: 11 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />
CNPJ.: 74.310.962/0001-83 - Insc. Est.: 113.931.870.114 - Issn 0104-8384<br />
Realização: DEN Editora<br />
Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@newslab.com.br<br />
Jornalista Responsável: Paolo Enryco - MTB nº. 0082159/SP | redação@newslab.com.br<br />
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Produção de conteúdo: Hdesign Comunicação - arte@hdesign.com.br<br />
Impressão: Nywgraf | Periodicidade: Bimestral<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
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L2R.fr - ©2014 Diagnostica Stago - Todos os direitos reservados - Foto não contratual 06/2017<br />
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Diagnostica Stago S.A.S.<br />
RCS Nanterre B305 151 409<br />
3, allée Thérésa - CS 10009<br />
92665 Asnières-sur-Seine Cedex<br />
France<br />
Ph. +33 (0)1 46 88 20 20<br />
Fax: +33 (0)1 47 91 08 91<br />
webmaster@stago.com
evista<br />
Ano 24 - Edição <strong>142</strong> - Jun/Jul 17<br />
normas de publicação<br />
para artigos e informes assinados<br />
A Revista <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para publicação de artigos, aos autores interessados.<br />
Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Informações aos Autores<br />
Bimestralmente, a Revista NewsLab publica editoriais,<br />
artigos originais, revisões, casos educacionais,<br />
resumos de teses etc. Os editores levarão em consideração<br />
para publicação toda e qualquer contribuição<br />
que possua correlação com as análises industriais,<br />
instrumentação e o controle de qualidade.<br />
Todas as contribuições serão revisadas e analisadas<br />
pelos revisores. Os autores deverão informar<br />
todo e qualquer conflito de interesse existente, em<br />
particular aqueles de natureza financeira relativo a<br />
companhias interessadas ou envolvidas em produtos<br />
ou processos que estejam relacionados com a contribuição<br />
e o manuscrito apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />
assinado por todos os autores, atestando a<br />
originalidade do artigo, bem como a participação de<br />
todos os envolvidos.<br />
Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />
Revista NewsLab<br />
A/C: Paolo Enryco - redação<br />
Av. Paulista, 2073. Ed. Horsa I - cj. 2.315 -<br />
CEP 01311-940 São Paulo-SP<br />
ou por email: redacao@newslab.com.br<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em português,<br />
mas com Abstract detalhado em inglês. O Resumo<br />
e o Abstract deverão conter as palavras-chave e<br />
keywords, respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />
ser enviadas na forma original, para uma perfeita<br />
reprodução. Se o autor preferir mandá-las por e-mail,<br />
pedimos que a resolução do escaneamento seja de<br />
300 dpi’s, com extensão em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados e enviados<br />
por e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes<br />
completos dos autores e nome da instituição<br />
onde o estudo foi realizado. Além disso, o nome<br />
do autor correspondente, com endereço completo<br />
fone/fax e e-mail também deverão constar. Seguidos<br />
por resumo, palavras-chave, abstract, keywords,<br />
texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />
Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão)<br />
agradecimentos, referências bibliográficas, tabelas<br />
e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto com o<br />
sobrenome do devido autor, seguido pelo ano da<br />
publicação, segundo norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada referência<br />
citadas no texto devem vir listadas no fim, com o<br />
sobrenome do autor em primeiro lugar seguido pela<br />
sigla do prenome. Ex.: sobrenome, siglas do prenomes.<br />
Título: subtítulo do artigo. Título do livro/periódico,<br />
volume, fascículo, página inicial e ano.<br />
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de contribuições ainda não publicadas deverão<br />
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Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e informes assinados<br />
são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da DEN Editora.<br />
Filiado à:<br />
08<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
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evista<br />
Ano 24 - Edição <strong>142</strong> - Jun/Jul 17<br />
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ordem alfabética<br />
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PNCQ 91<br />
Promed 73<br />
Psychemedics Brasil 98-99<br />
SBPC 97<br />
Stago Brasil 7<br />
Stramedical 19<br />
Veolia 61<br />
Vyttra 2-3<br />
Wama 11<br />
Conselho Editorial<br />
Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Prof. Dr. Carlos A.<br />
C. Sannazzaro – Professor Doutor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP | Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Dr. Marco Antonio Abrahão – Biomédico |<br />
Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da USP |<br />
Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Jacques Elkis – Médico<br />
Patologista, Mestre em Análises Clínicas da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de<br />
Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas | Dra. Suely<br />
Aparecida Corrêa Antonialli – Farmacêutica-Bioquímica-Sanitarista, Mestre em Saúde Coletiva<br />
| Dra. Gilza Bastos Dos Santos – Farmacêutica-Bioquímica | Dra. Leda Bassit - Biomédica do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa da Fundação Pró-Sangue.<br />
Colaboraram nesta Edição:<br />
Allan Jhones Pereira Cardoso, Bruna Ramos dos Santos, Glória Araújo da Silveira, Humberto Façanha da Costa Filho, João Eduardo da Silva Sierra Fernandez, José de Souza Andrade-Filho, Leidy Johanna Ocampo Arroyave, Manuela<br />
Darela da Silva, Michele Amaral da Silveira, Thiago Aécio de Sousa e Vanessa Passos Brustein<br />
010<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
evista<br />
Í n d i c e<br />
ARTIGO 1<br />
AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCOS ASSOCIADOS<br />
À PERSISTÊNCIA DA INFECÇÃO DO HPV NO<br />
DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO<br />
AUTORES:<br />
BRUNA RAMOS DOS SANTOS E MICHELE AMARAL DA SILVEIRA<br />
Ano 24 - Edição <strong>142</strong> - Jun/Jul 17<br />
16<br />
ARTIGO 2<br />
A MULHER E O PAPANICOLAU:<br />
PRINCIPAIS FATORES INFLUENCIADORES<br />
AUTORES:<br />
THIAGO AÉCIO DE SOUSA E VANESSA PASSOS BRUSTEIN<br />
24<br />
40<br />
ARTIGO 3<br />
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO:<br />
ANÁLISE DA MORTALIDADE POR REGIÃO BRASILEIRA<br />
AUTORES:<br />
MANUELA DARELA DA SILVA; JOÃO EDUARDO DA SILVA SIERRA FERNANDEZ ;<br />
ALLAN JHONES PEREIRA CARDOSO ; GLÓRIA ARAÚJO DA SILVEIRA ;<br />
LEIDY JOHANNA OCAMPO ARROYAVE .<br />
30<br />
INFORME CIENTÍFICO<br />
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO<br />
46<br />
INFORME PUBLICITÁRIO<br />
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BRASIL E SE TORNA UMA NOVA EMPRESA EM TODO O MUNDO<br />
48<br />
06 Editorial<br />
14 Agenda<br />
58 Informes de Mercado<br />
96 Analogias em Medicina<br />
012<br />
MEDTROP 2017<br />
MEDTROP 2017 TEM COMO FOCO PRINCIPAIS<br />
ENDEMIAS NACIONAIS<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
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LABORATÓRIO EM DESTAQUE<br />
LABORATÓRIO PLINIO BACELAR 75 ANOS DE TRADIÇÃO<br />
50<br />
52<br />
56
agenda<br />
agenda<br />
46ª. Reunião Anual da SBBq<br />
(Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular)<br />
Data: 27 a 30/07/2017<br />
Local: Centro de Convenções do Hotel Monte Real, Águas de Lindóia - São Paulo / SP<br />
Informações: sbbq.org.br/reuniao/2017<br />
XXI Congresso da SBTMO<br />
Data: 17 a 19/08/2017<br />
Local: WTC Events Center - São Paulo/SP<br />
Informações: www.sbtmo2017.com.br /<br />
abhh@abhh.org.br<br />
53º Congresso da Sociedade<br />
Brasileira de Medicina Tropical<br />
Data: 27 à 30/08/2017<br />
Local: Centro de Eventos do Pantanal - Cuiabá/MT<br />
Informações: medtrop2017.com.br<br />
XXV Congresso Brasileiro<br />
de Parasitologia<br />
Data: 03 à 06/09/2017<br />
Local: Hotel Atlântico Búzios - Rio de Janeiro/RJ<br />
Informações: cbparasitologia2017.com.br<br />
44º Congresso Anual ISOBM<br />
(Internacional Society of Oncology and<br />
Biomarkers)<br />
Data: 07 a 10/09/2017<br />
Local: Rio Othon Palace Hotel - Rio de Janeiro/RJ<br />
Informações: oncomarks.org/project/isobm-2017<br />
51º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial<br />
3º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial<br />
Data: 26 a 29/09/2017 | Local: Palácio das Convenções do Anhembi - São Paulo/SP<br />
Informações: (21) 3077.1400 | sbpc@sbpc.org.br | cbpml.org.br<br />
14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica /<br />
4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência<br />
Data: 03 a 06/10/2017 | Local: Minascentro - Belo Horizonte/MG<br />
Informações: (48) 3047.7600 / clinicamedica2017@attitudepromo.com.br / clinicamedica2017.com.br<br />
I Simpósio de Citopatologia do<br />
Hospital Israelita Albert Einstein<br />
Data: 06 e 07/10/2017<br />
Local: Auditório Kleinberger - São Paulo/SP<br />
Informações: (11) 2151.1001<br />
https://goo.gl/d2Qg9Z<br />
XX Congresso Brasileiro<br />
de Toxicologia<br />
Data: 08 a 11/10/2017<br />
Local: UFG Campus II - Goiânia / GO<br />
Informações: cbtox2017.com.br<br />
31º Congresso<br />
Brasileiro de Patologia<br />
Data: 02 a 05/11/2017<br />
Local: Minascentro - Belo Horizonte/MG<br />
Informações: tel. (11) 5080.5298 |sbp.org.br<br />
44º Congresso da ISOBM International<br />
Society of Oncology and Biomarkers<br />
Data: 07 a 10/10/2017<br />
Local: Rio Othon Palace - Rio de Janeiro/RJ<br />
Informações: (21) 3077.1400<br />
isobm2017.com<br />
PCM2017 | XIII International Meeting<br />
on Paracoccidioidomycosis newslab<br />
Data: 22 a 27/10/2017<br />
Local: Rafain Palace Hotel & Convention Center<br />
Foz do Iguaçu / PR<br />
Informações: sbmicrobiologia.org.br/pcm2017<br />
HEMO 2017<br />
Data: 08 a 11/11/2017<br />
Local: Expotrade - Curitiba / PR<br />
Informações: hemo.org.br<br />
014<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
AUTORES:<br />
BRUNA RAMOS DOS SANTOS¹<br />
MICHELE AMARAL DA SILVEIRA¹<br />
artigo 1<br />
Avaliação dos fatores<br />
de riscos associados<br />
à persistência da<br />
infecção do HPV<br />
no desenvolvimento do<br />
câncer de colo de útero<br />
1.Faculdade Integrada Brasil Amazônia<br />
Autor de correspondência:<br />
Michele Amaral da Silveira | mi_biom@yahoo.com.br<br />
Endereço: Av. Gentil Bittencourt 1144, entre<br />
Av. Generalíssimo Deodoro e Trav. 14 de Março. CEP: 66.040-174<br />
Telefones: (91) 3266-3110 / 3226-5040 / 3223-1506<br />
Imagem Ilustrativa<br />
Resumo<br />
O câncer de colo do útero apresenta-se<br />
como a segunda neoplasia mais<br />
comum que acomete as mulheres.<br />
Entre os fatores de riscos que veem<br />
sendo associados com o surgimento do<br />
câncer de colo do útero e de suas leões<br />
precursoras, a literatura vem dando destaque<br />
a infecção cervical por subtipos<br />
oncogênicos do Papiloma Vírus Humano<br />
(HPV) e de seus fatores coexistentes que<br />
favorecem a persistência da infecção, entre<br />
os quais são: hábito tabagista, uso de<br />
contraceptivos orais, multiplicidade de<br />
parceiros sexuais, multiparidade, inicio<br />
precoce da atividade sexual e déficit nutricional.<br />
O objetivo do presente estudo<br />
foi avaliar os fatores de risco associados à<br />
persistência do HPV e consequentemente<br />
na progressão do câncer de colo do útero.<br />
Foi realizada uma revisão integrativa<br />
da literatura através de levantamento<br />
bibliográfico buscando informações ele-<br />
trônicas e artigos científicos sobre o tema<br />
abordado no período de 2010 á 2015. Foram<br />
analisados 13 artigos, desses apenas<br />
6 artigos compõem o resultado, onde<br />
foram organizados em forma de quadro<br />
em ordem cronológica de publicação.<br />
O presente estudo possibilitou avaliar e<br />
analisar as evidências disponíveis na literatura<br />
a respeito do papel dos fatores<br />
de risco na progressão do CCU, visto que<br />
alguns aspectos ainda são controversos.<br />
Palavras-chave: fatores de risco<br />
associados ao câncer de colo de útero,<br />
câncer de colo de útero, HPV.<br />
Abstract<br />
The cervical cancer of the uterus appears<br />
as the second most common cancer affecting<br />
women. Among the risk factors that<br />
have been associated with the development<br />
of cervical cancer and its precursor lions, literature<br />
is highlighting the cervical infection by<br />
oncogenic subtypes of the Human Papilloma<br />
Virus (HPV) and its co-existing factors that<br />
favor persistent infection, among which are:<br />
smoking status, use of oral contraceptives,<br />
multiple sexual partners, multiparity, early<br />
onset of sexual activity and nutritional deficit.<br />
The aim of this study was to evaluate the<br />
risk factors associated with HPV persistence<br />
and consequently the progression of cervical<br />
cancer. an integrative literature review<br />
was conducted through literature searching<br />
electronic information and scientific articles<br />
about the topic in the period 2010 to 2015.<br />
We analyzed 13 articles, only 6 of these articles<br />
make up the results, which were organized<br />
in tabular form in order chronological<br />
publication. This study allowed us to evaluate<br />
and analyze the available evidence in the<br />
literature regarding the role of risk factors in<br />
the progression of cervical cancer, as some<br />
aspects are still controversial.<br />
Key words: risk factors associated with<br />
cervical cancer, cervical câncer, HPV.<br />
016<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
Introdução<br />
O Câncer de Colo de Útero (CCU) apresenta-se<br />
como a segunda neoplasia mais<br />
comum que acomete as mulheres, com<br />
cerca de 500 mil casos relatados por ano,<br />
constituindo um importante problema<br />
de saúde pública [7].<br />
No Brasil, a taxa de incidência e de<br />
mortalidade acometidas por CCU são<br />
elevadas, ocorrendo entre 5 a 6 óbitos<br />
a cada 100 mil mulheres por ano, tais<br />
causas podem ser atribuídas à baixa<br />
cobertura pelo exame citopatológico, a<br />
descontinuidade do tratamento após o<br />
diagnóstico precoce de lesões precursoras,<br />
a qualidade dos exames citopatológicos<br />
e as limitações ao Sistema de<br />
Informação do Câncer do Colo de Útero<br />
(SISCOLO), o qual às vezes dificulta o rastreamento<br />
adequado da população [3].<br />
Dentre as limitações do Siscolo, destaca-se<br />
a falta de controle sobre quem<br />
está fazendo os exames e o intervalo<br />
entre os mesmos, o que resulta em super-rastreamento<br />
de algumas mulheres<br />
em detrimento de outras, além da ausência<br />
de mecanismos que garantam a<br />
obrigatoriedade na submissão de dados<br />
(sóciodemográficos, procedimentos e<br />
exames realizados anteriormente) no<br />
sistema, e dados existentes no Siscolo<br />
estarem restritos à população usuária<br />
do SUS, não englobando mulheres que<br />
realizam os exames em serviços de saúde<br />
suplementar [12].<br />
Para a detecção precoce de CCU utiliza-se<br />
atualmente o exame citopatológico<br />
(Papanicolaou), é um método simples<br />
que realiza a identificação de lesões préneoplásicas<br />
ou neoplásicas em mulheres<br />
assintomáticas contribuindo para a detecção<br />
da doença em estágios iniciais, é<br />
na atenção primária que se pode intervir<br />
nos fatores de riscos envolvidos e consequentemente<br />
evitar o desenvolvimento<br />
da doença [8].<br />
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento<br />
do CCU e de suas lesões<br />
precursoras, a literatura vem dando<br />
destaque a infecção cervical por subtipos<br />
oncogênicos do Papiloma Vírus<br />
Humano (HPV) que vem sendo estabelecido<br />
dentro dos critérios de causalidade.<br />
Sua prevalência na lesão do colo<br />
é superior a 98%, sendo os subtipos<br />
oncogênicos HPV- 16 e HPV- 18 os mais<br />
persistentes, responsáveis por cerca de<br />
70% dos casos de CCU quando comparados<br />
a outros subtipos [12].<br />
Apesar de certos subtipos de HPV serem<br />
admitidos como fator causal necessário,<br />
alguns estudos relatam que não são<br />
os únicos responsáveis na etiopatogenia<br />
da lesão neoplásica. O desenvolvimento<br />
do CCU é menos provável na ausência da<br />
infecção pelo HPV e de fatores coexistentes,<br />
que favorecem a persistência da<br />
infecção, entre quais são: tabagismo, uso<br />
prolongado de contraceptivos orais, multiplicidade<br />
de parceiros sexuais, multiparidade,<br />
início precoce da atividade sexual,<br />
déficit nutricional [13].<br />
Considerando o CCU sendo um problema<br />
de saúde pública, o objetivo do<br />
presente trabalho foi evidenciar através<br />
de estudos disponíveis na literatura a<br />
avaliação dos fatores de risco que podem<br />
estar associados à persistência da<br />
infecção do HPV e consequentemente<br />
no desenvolvimento do câncer de colo<br />
de útero, proporcionando um melhor conhecimento<br />
sobre a doença, afim de que<br />
possam ser adotadas medidas de maior<br />
rastreabilidade quanto ao prognóstico de<br />
lesões cervicais.<br />
Material e métodos<br />
O presente estudo trata-se de uma<br />
revisão integrativa da literatura, método<br />
que determina o conhecimento atual sobre<br />
o tema abordado, visando identificar,<br />
analisar e buscar resultados de estudos<br />
realizados a partir do tema abordado.<br />
O levantamento bibliográfico foi realizado<br />
por meio de informações eletrônicas<br />
e artigos científicos publicados<br />
sobre o tema abordado no banco de dados<br />
da Biblioteca Virtual Saúde (BVS),<br />
Pubmed e Scielo. Para a escolha dos<br />
artigos foram utilizados os seguintes<br />
descritores: “fatores de risco associados<br />
ao câncer de colo de útero”, “câncer do<br />
colo de útero e o HPV”.<br />
Para a pesquisa e a seleção da amostra,<br />
utilizaram-se os seguintes critérios<br />
de inclusão: artigos que apresentaram<br />
os descritores citados acima, e quanto ao<br />
tema em questão, disponibilizado online<br />
em português com publicação no período<br />
de 2010 á 2015. Excluem-se, portanto<br />
os artigos que não se adequarem aos<br />
critérios de inclusão.<br />
Quanto aos resultados, os dados foram<br />
organizados em forma de quadro<br />
em ordem cronológica de publicação dos<br />
artigos que se enquadravam no critério<br />
de inclusão, contendo os fatores de riscos<br />
apresentados e os achados dos autores.<br />
Resultados<br />
e Discussão<br />
Na presente revisão, foram analisados<br />
13 artigos que atenderam aos<br />
critérios de inclusão estabelecidos.<br />
Desses, apenas 6 artigos compõem<br />
o resultado, que foram analisados e<br />
destacados os achados na relação do<br />
papel dos fatores de riscos envolvidos<br />
na persistência da infecção do HPV no<br />
desenvolvimento do câncer de colo de<br />
útero. No quadro 1, estão expostos os<br />
achados dos autores que descreveram<br />
essa possível associação.<br />
Em relação à sexarca precoce, Anjos<br />
et al (2010) [1], constatou que a maioria<br />
das participantes do seu estudo possuíam<br />
o fator de risco envolvido ao possível<br />
desenvolvimento de câncer de colo<br />
de útero, relacionado ao início precoce<br />
da atividade sexual, considerando que<br />
a maioria das entrevistadas tiveram sua<br />
sexarca entre 8 e 15 anos. E através da<br />
realização de exames citológicos, os<br />
maiores percentuais de exames alterados<br />
017
AUTORES:<br />
BRUNA RAMOS DOS SANTOS¹<br />
MICHELE AMARAL DA SILVEIRA¹<br />
artigo 1<br />
ficaram distribuídos em participantes<br />
que possuíam entre 16 e 20 anos.<br />
Corroborando com o assunto, Duarte<br />
et al (2011) [5], explica que a precocidade<br />
da atividade sexual possui relação<br />
direta com o aumento do risco de câncer<br />
de colo de útero, visto que a zona<br />
de transformação do epitélio cervical<br />
encontra-se mais proliferativa durante<br />
a puberdade e a adolescência, tornando<br />
esse grupo como mais vulnerável as alterações<br />
induzidas por agente sexualmente<br />
transmissíveis, como o HPV.<br />
Outro fator de risco citado é a multiplicidade<br />
de parceiro, Duarte et al (2011)<br />
[5], cita que há uma maior incidência de<br />
lesões cervicais por HPV em mulheres<br />
cujo número de parceiros sexuais, sem<br />
o uso de preservativo, é maior que dois.<br />
No seu mesmo estudo, o autor chama a<br />
atenção sobre a influência do comportamento<br />
sexual sem proteção como fator<br />
de risco para o câncer cervical.<br />
Na literatura há poucos estudos que<br />
associe o déficit nutricional como fator<br />
de risco no desenvolvimento do câncer<br />
de colo de útero, apenas três autores<br />
discorreram sobre o assunto. Diógenes<br />
et al (2012) [4], relacionaram a baixa ingestão<br />
de vitaminas com o desenvolvimento<br />
de câncer de colo de útero, como<br />
alimentação pobre em micronutrientes<br />
antioxidantes, principalmente vitamina<br />
C, folato e betacaroteno.<br />
Em pesquisa realizada por Rubini et al<br />
(2012) [10], em relação às mulheres que<br />
já tiveram câncer de colo de útero, analisaram<br />
que mulheres multíparas foram<br />
as que apresentaram maior incidência da<br />
doença. As mulheres com mais de quatro<br />
filhos são as que mais apresentam alterações<br />
celulares nos exames, essas alterações<br />
podem estar relacionadas com mecanismos<br />
biológicos como hormonais,<br />
nutricionais e imunológicos.<br />
Quadro 1: Fatores de riscos descritos na literatura, que podem estar associados na persistência do HPV e no desenvolvimento do<br />
câncer de colo do útero.<br />
Autores<br />
ANJOS, S.J.S.B.; VASCONCELOS, C.T.M. et al. Fatores de risco para<br />
o câncer de colo do útero segundo resultados de IVA, citologia e cervicografia.<br />
Rev Esc Enferm USP v. 44(4): 912-20, 2010.<br />
DUARTE, S.J.H.; MATOS, K.F.; OLIVEIRA, P.J.M. et al. Fatores<br />
de risco para câncer cervical em mulheres assistidas por uma<br />
equipe de saúde da família em Cuiabá. Ciência e Enfermaria<br />
XVII (1), 2011.<br />
DIÓGENES,M.A.R.CESARINO, M.C.F. QUEIROZ, R.J.B. et al. Fatores<br />
de risco para câncer cervical e adesão ao exame Papanicolau<br />
entre trabalhadoras de enfermagem. Rev. da Rede de Enfermagem<br />
do Nordeste v. 13(1): 200-10, 2012.<br />
RUBINI, A.M.S.; SANTOS, J.L.G.; ERDMANN, A.L.; ROSA, L.M.<br />
Discursos de mulheres com câncer cervical em tratamento braquioterápico:<br />
subsídios para o cuidado de enfermagem. Revista<br />
de Enfermagem da UFSM v. 2(3): 601-609, 2012.<br />
ANJOS, S.J.S.B.; RIBEIRO, S.G. et al. Fatores de risco para<br />
o câncer de colo do útero em mulheres reclusas. Rev Bras<br />
Enferm v. 66(4): 508 – 13, 2013.<br />
OLIVEIRA, A.C.; PESSOA, R.S.; CARVALHO, A.M.C.; MAGALHÃES,<br />
R.L.B. Fatores de risco e proteção à saúde de mulheres para prevenção<br />
do câncer uterino. Rev. Rene v. 15 (2) : 240-8, 2014.<br />
Fator de risco<br />
Sexarca Precoce<br />
Multiplicidade de parceiros<br />
Déficit Nutricional<br />
Multiparidade<br />
Uso de Contraceptivo Oral<br />
Hábito Tabagista<br />
Achados<br />
Participantes do estudo possuíam o fator de risco<br />
para o câncer de colo de útero relacionado ao início<br />
precoce da atividade sexual, a maioria das entrevistadas<br />
tiveram sua sexarca entre 8 e 15 anos.<br />
O maior número de parceiros sexuais está diretamente<br />
relacionado ao risco de aquisição do HPV, e consequentemente,<br />
ao desenvolver CCU.<br />
Alimentação pobre em alguns micronutrientes antioxidantes<br />
principalmente vitamina C, betacaroteno e<br />
folato.<br />
Em relação às mulheres que já tiveram neoplasia do<br />
colo do útero, constataram que as mulheres multíparas<br />
foram as que tiveram maior incidência da doença.<br />
Uso de contraceptivos orais durante cinco anos ou<br />
mais , pode duplicar o risco para o desenvolvimento do<br />
CCU.<br />
Mulheres com CCU e que são fumantes, têm 35%<br />
de maior probabilidade de morrer por qualquer causa, e<br />
21% de morrer por CCU em comparação com mulheres<br />
não fumantes.<br />
018<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
AUTORES:<br />
BRUNA RAMOS DOS SANTOS¹<br />
MICHELE AMARAL DA SILVEIRA¹<br />
artigo 1<br />
Entre os fatores de risco mais citado na<br />
literatura, é o uso de contraceptivo oral,<br />
Anjos et al (2013) [2], apontam que mulheres<br />
portadoras de HPV que utilizaram<br />
esse método contraceptivo por cinco anos<br />
ou mais, tiveram chance de 2,8 vezes maior<br />
de desenvolver câncer de colo de útero, em<br />
comparação as que nunca utilizaram.<br />
Em controvérsia com relação ao uso<br />
de contraceptivos orais, Silva et al (2015)<br />
[13], em um estudo comparando o<br />
tempo de uso de contraceptivos oral e<br />
o desenvolvimento de CCU através dos<br />
resultados de exames citopatológicos,<br />
concluíram que não há consenso sobre<br />
a real associação deste fator de risco, e<br />
os dados do estudo, demonstraram que<br />
o uso de contraceptivos orais não tem<br />
influência sobre os resultados de exames<br />
citopatológicos, demonstrando assim<br />
a necessidade de novos trabalhos que<br />
possam comprovar esta possível relação.<br />
Outro fator de risco que está entre os<br />
mais citados, é o hábito tabagista. Oliveira<br />
et al (2014) [9], em um estudo realizado<br />
que relacionava o hábito de fumar<br />
com desenvolvimento do CCU, evidenciaram<br />
que mulheres com CCU e que são<br />
fumantes, têm 35% de maior probabilidade<br />
de ir a óbito por qualquer causa, e<br />
21% de morrer por CCU em comparação<br />
com mulheres não fumantes.<br />
Corrobando com o assunto, Eduardo<br />
et al (2012) [6], descrevem que o uso do<br />
tabaco diminui significativamente o número<br />
de células de Langerhans no colo<br />
uterino, favorecendo a persistência do<br />
HPV e consequentemente o aparecimento<br />
de lesões pré- malignas e malignas.<br />
Em controvérsia quanto ao hábito<br />
tabagista, em um estudo realizado no<br />
município de Caxias do Sul, onde 153<br />
mulheres com idade média de 34 anos,<br />
destas 22 mulheres são tabagistas, não<br />
foi observado no estudo qualquer associação<br />
entre o hábito tabagista e em<br />
alterações no exame citopatológico.<br />
Estudos prospectivos demonstraram<br />
que mulheres com o uso de mais de<br />
20 cigarros por dia têm probabilidade<br />
aumentada de persistência de HPV,<br />
quando comparadas com as que fumam<br />
10 ou menos cigarros por dia,<br />
entretanto no mesmo estudo não foram<br />
encontradas evidências significativas<br />
entre o número de cigarros consumidos<br />
por dia e o desenvolvimento<br />
de lesões pré-malignas, assim como<br />
de suas evoluções neoplásicas [13].<br />
Alguns autores destacam que a<br />
exposição da zona de transformação<br />
do colo a algum agente causador de<br />
alguma Infecção Sexualmente Transmissível<br />
(IST) associado a condições<br />
como processos inflamatórios ou facilita<br />
o contato com o HPV, causando<br />
uma possível evolução para o CCU. A<br />
IST relatada com maior frequência foi<br />
blenorrágia, seguida por tricomoníase.<br />
Estudos apontam a Chlamydia<br />
trachomatis, em coinfecções cervicais,<br />
atuando como coadjuvante ao HPV de<br />
alto risco, no desenvolvimento [3].<br />
Conclusão<br />
O presente estudo possibilitou avaliar<br />
e analisar as evidências disponíveis na<br />
literatura a respeito dos fatores de risco<br />
no papel da progressão do CCU, visto que<br />
alguns aspectos ainda são controversos.<br />
Entretanto não são encontrados muitos<br />
trabalhos sobre o assunto abordado, o<br />
que seria necessário que o assunto em<br />
questão e os fatores de risco, fossem<br />
mais abordados detalhadamente de<br />
forma clara, possibilitando assim maior<br />
compreensão e maior conhecimento sobre<br />
o assunto.<br />
Referências<br />
Bibliográficas<br />
1.ANJOS, S.J.S.B.; VASCONCELOS,<br />
C.T.M. et al. Fatores de risco para o câncer<br />
de colo do útero segundo resultados de IVA,<br />
citologia e cervicografia. Rev Esc Enferm USP<br />
v. 44(4): 912-20, 2010.<br />
2.ANJOS, S.J.S.B.; RIBEIRO, S.G. et al.<br />
Fatores de risco para o câncer de colo do útero<br />
em mulheres reclusas. Rev Bras Enferm v.<br />
66(4): 508 – 13, 2013.<br />
3. BARASUOL, M.E.C. & SCHMIDT, D.B.<br />
Neoplasia do colo do útero e seus fatores<br />
de risco: revisão integrativa. Rev. Saúde e<br />
Desenvolvimento v. 6 nº 3, 2014.<br />
4. DIÓGENES, M.A.R. CESARINO,<br />
M.C.F. QUEIROZ, R.J.B. et al. Fatores de<br />
risco para câncer cervical e adesão ao<br />
exame Papanicolau entre trabalhadoras de<br />
enfermagem. Rev. da Rede de Enfermagem do<br />
Nordeste v. 13(1): 200-10, 2012.<br />
5. DUARTE, S.J.H.; MATOS, K.F.;<br />
OLIVEIRA, P.J.M. et al. Fatores de risco para<br />
câncer cervical em mulheres assistidas por<br />
uma equipe de saúde da família em Cuiabá.<br />
Ciência e Enfermaria XVII (1), 2011.<br />
6. EDUARDO, K.G.T; MOURA, E.R.F;<br />
NOGUEIRA, P.S.F. Conhecimento e mudanças<br />
de comportamento de mulheres junto a fatores<br />
de risco para câncer de colo uterino. Rev Rene<br />
v. 13 (5): 1045-55, 2012.<br />
7. GUIMARÃES, J.A.F.; AQUINO, P.S.;<br />
PINHEIRO, A.K.B.; MOURA, J.G. Pesquisa<br />
brasileira sobre prevenção do câncer de colo<br />
uterino: uma revisão integrativa. Rev. da Rede<br />
de Enfermagem do Nordeste v. 13(1): 220-30,<br />
2012.<br />
8. OLIVEIRA, T.C. Avaliação de<br />
desempenho do Programa de Controle do<br />
Câncer de Colo do Útero: um modelo para<br />
aplicação local no município do Rio de Janeiro.<br />
78 f. Dissertação (Mestrado em Saúde<br />
Pública), 2010.<br />
9. OLIVEIRA, A.C.; PESSOA, R.S.;<br />
CARVALHO, A.M.C.; MAGALHÃES, R.L.B.<br />
Fatores de risco e proteção à saúde de<br />
mulheres para prevenção do câncer uterino.<br />
Rev. Rene v. 15 (2) : 240-8, 2014.<br />
10. RUBINI, A.M.S.; SANTOS, J.L.G.;<br />
ERDMANN, A.L.; ROSA, L.M. Discursos de<br />
mulheres com câncer cervical em tratamento<br />
braquioterápico: subsídios para o cuidado<br />
de enfermagem. Revista de Enfermagem da<br />
UFSM v. 2(3): 601-609, 2012.<br />
11. SILVA, M.R.B.; SILVA, G.P. O<br />
conhecimento, atitudes e prática na prevenção<br />
do câncer uterino de uma unidade da zona<br />
oeste do Rio de Janeiro. Revista de Pesquisa:<br />
Cuidado é fundamental v. 4(3): 2483- 92, 2012.<br />
12. SILVA, M.M.P.; LAGANA, M.T.C;<br />
SIMPSON, C.A.; CABRAL, A.M.F. Acesso à<br />
serviços de saúde para o controle do câncer<br />
do colo uterino na atenção básica. Journal of<br />
reserach: fundamental care online.v. 5(3): 273-<br />
282, 2013.<br />
13. SILVA, R.T.; CRUZ, T.O.; CONTE, D.<br />
et al. Contraceptivos orais e hábito tabagista<br />
são fatores de risco para lesões precursoras<br />
do câncer do colo uterino? III Congresso de<br />
Pesquisa e Extensão da FSG- RS, 2015.<br />
020<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
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AUTORES:<br />
THIAGO AÉCIO DE SOUSA¹,<br />
VANESSA PASSOS BRUSTEIN²<br />
artigo 2<br />
A mulher e o<br />
Papanicolau: principais<br />
fatores influenciadores<br />
1 – Especialista em Citologia Clínica pelas Faculdades Integradas<br />
de Patos. Biomédico pela Faculdade Santa Emília de Rodat, João<br />
Pessoa, Paraíba.<br />
2 – Docente das Faculdades Integradas de Patos. Doutora em<br />
Química pela Universidade Federal de Pernambuco.<br />
Correspondências para:<br />
Thiago Aécio de Sousa | tasaecio@gmail.com<br />
Imagem Ilustrativa<br />
Resumo<br />
A imunocitoquímica possui diversas a O<br />
câncer do colo do útero ou o câncer cérvicouterino<br />
(CCU) é o terceiro mais incidente na<br />
população feminina brasileira, excetuando<br />
pele não melanoma, o número de casos<br />
novos estimados para o ano de 2014 eram<br />
de 15.590, com um risco estimado de 15,3<br />
casos a cada 100 mil mulheres. É diante desse<br />
cenário que este estudo objetivou verificar<br />
os principais fatores influenciadores das<br />
mulheres em relação ao exame Papanicolau,<br />
bem como o conhecimento sobre o exame<br />
se relaciona com esses fatores, utilizando-se<br />
para isso de revisão bibliográfica integrativa<br />
de artigos específicos. A revisão da literatura<br />
foi realizada no primeiro semestre de 2015<br />
a partir de bases de dados SCIELO, PUBMED,<br />
MEDLINE, LILACS. O medo, a vergonha, a<br />
natalidade, a falta de tempo, a precarização<br />
dos serviços de saúde, a atuação do<br />
profissional de saúde e o conhecimento das<br />
mulheres sobre o exame de Papanicolau<br />
são os principais fatores influenciadores<br />
relatados. Os fatores identificados somam-se<br />
ou subtraem-se, agindo com uma intensidade<br />
diferente para cada mulher, motivando ou não<br />
a realização do exame, devido à qualidade<br />
humana de ser cada indivíduo um ser ímpar.<br />
Palavras-chave: Câncer do colo<br />
do útero; Exame de Papanicolau; Fatores<br />
influenciadores; Mulheres.<br />
Abstract<br />
Immunocytochemistry has several ap The<br />
cervical cancer (CC) is the third most frequent<br />
in the Brazilian female population, except<br />
nonmelanoma skin, the number of new cases<br />
estimated for the year 2014 were 15,590, with<br />
an estimated risk of 15.3 cases per 100,000<br />
women. Thus, this study aimed to verify<br />
the main influencing factors of the women<br />
regarding the Pap smear, but also knowledge<br />
about the exam relates to these factors, using<br />
for this integrative literature review of specific<br />
article. The literature review was conducted in<br />
the first half of 2015 from databases SCIELO,<br />
PubMed, MEDLINE, LILACS. Fear, shame, birth,<br />
lack of time, the precariousness of health<br />
services, the role of health professionals and<br />
women’s knowledge about the Pap test are the<br />
main influencing factors reported. The identified<br />
factors are added to or subtracted from acting<br />
with a different intensity for each woman,<br />
motivating or not the exam due to human<br />
quality of being each individual a being unique.<br />
Key Words: Cervical cancer; Pap smear;<br />
Influencing factors; Women.<br />
Introdução<br />
O câncer do colo do útero ou o câncer<br />
cérvico-uterino (CCU) é o terceiro mais<br />
incidente na população feminina brasileira,<br />
excetuando pele não melanoma, o<br />
número de casos novos estimados para<br />
o ano de 2014 eram de 15.590, com um<br />
risco estimado de 15,3 casos a cada<br />
100 mil mulheres (1). Em países em<br />
desenvolvimento, a exemplo do Brasil,<br />
ainda representa um grave problema<br />
de saúde pública, devido a sua alta prevalência<br />
e mortalidade, principalmente<br />
em mulheres com baixos níveis socioeconômicos<br />
e escolar (2,3,4,5).<br />
Hoje se sabe que o câncer de colo<br />
do útero está associado à presença e à<br />
persistência do Papiloma Vírus Humano<br />
(HPV) no epitélio cervical, ou seja,<br />
basicamente quase 100% dos casos<br />
desse tipo de câncer tiveram suas lesões<br />
precursoras ocasionadas pelo HPV<br />
(6,7). O HPV é um membro da família<br />
Papovavirida, possui mais de 100 tipos<br />
já identificados como capazes de infectarem<br />
o ser humano, dos tipos oncogênicos,<br />
ou seja, que têm potencial<br />
024<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
para produzirem lesões precursoras,<br />
destacam-se os tipos 16 e 18, presentes<br />
em 70% de casos de CCU (7,8,9). Apesar<br />
da alta morbimortalidade, o CCU quando<br />
diagnosticado precocemente tem<br />
um altíssimo índice de cura (próximo<br />
do 100%), quando não diagnosticada<br />
a lesão inicial progride de forma lenta<br />
por 10 a 20 anos, até se tornar invasiva,<br />
neste estágio a possibilidade de cura é<br />
remota (2,10,7,3,11,12).<br />
Atualmente tem-se apostado na<br />
vacinação como método de prevenção<br />
primária do CCU, desse modo, em 2014<br />
o Ministério da Saúde implementou no<br />
calendário vacinal a vacina tetravalente<br />
(subtipos 6, 11, 16 e 18) contra o HPV<br />
para meninas de 9 a 13 anos de idade,<br />
conforme preconizado pela Organização<br />
Mundial de Saúde (OMS) (13,14). Na secundária,<br />
a principal estratégia de ação<br />
é sem dúvidas a realização do exame<br />
preventivo como forma de detectar precocemente<br />
à lesão (15,7). A realização<br />
do exame é de suma importância, até<br />
mesmo para as futuras mulheres que se<br />
vacinaram em 2014, pois a vacina não<br />
protege contra todos os subtipos oncogênicos.<br />
O exame preventivo ou citológico<br />
é conhecido no Brasil como exame de<br />
Papanicolau, este, é um meio de rastreamento<br />
da doença, que possui um baixo<br />
custo, é inócuo e apresenta uma fácil<br />
execução, através do qual se é capaz de<br />
identificar uma lesão maligna ainda em<br />
fase inicial (2,16,17).<br />
Estimasse que a mortalidade pelo<br />
CCU pode ser reduzida em 80% através<br />
da prevenção em mulheres de 25 a 65<br />
anos e o tratamento de carcinomas in<br />
situ (7). Foi pensando dessa maneira<br />
que o Ministério da Saúde (MS) adotou<br />
a norma da Organização Mundial de<br />
Saúde (OMS), preconizando a realização<br />
do exame preventivo em mulheres de<br />
25 a 60 anos a cada três anos após dois<br />
resultados negativos num intervalo de<br />
um ano (7,18). Todavia, por ser a relação<br />
sexual a principal via de transmissão,<br />
as mudanças de hábitos ocorridas nos<br />
últimos anos, como a exemplo do início<br />
da atividade precoce, uso de anticoncepcionais<br />
e a multiplicidade de parceiros,<br />
acarretou um aumento considerável na<br />
incidência de lesões pré-invasivas em<br />
mulheres cada vez mais jovens (16,7).<br />
Por isso, tem-se aconselhando o início<br />
da prevenção aos 18 anos ou a partir do<br />
início da atividade sexual, independente<br />
de qual seja a idade (16).<br />
Apesar de serem escassos os estudos<br />
que relatam os fatores que afastam ou<br />
estimulam as mulheres do Papanicolau,<br />
têm-se observado cada vez mais como<br />
esses fatores são impactantes na saúde<br />
dessas mulheres, muitas vezes tornando-as<br />
vulneráveis à doença, sendo por<br />
isso de suma importância identificá-los<br />
(7,12). É diante desse cenário que este<br />
estudo objetivou identificar e relatar os<br />
principais fatores influenciadores das<br />
mulheres em relação ao exame de Papanicolau,<br />
bem como o conhecimento<br />
sobre o exame se relaciona com esses<br />
fatores, utilizando-se para isso de revisão<br />
bibliográfica integrativa de artigos<br />
específicos. Com a finalidade de ajudar<br />
a desenvolver nos profissionais da<br />
saúde o grau de empatia necessário<br />
por essas mulheres, consubstanciando<br />
num melhor atendimento, com vistas<br />
a ampliar a adesão, além de consolidar<br />
dados e informações para embasarem<br />
campanhas de conscientização e estímulo<br />
ao preventivo.<br />
2. Metodologia<br />
A revisão da literatura foi realizada no<br />
primeiro semestre de 2015 a partir de<br />
bases de dados SCIELO, PUBMED, ME-<br />
DLINE, LILACS. Para a busca dos artigos<br />
foram utilizados os descritores: câncer do<br />
colo do útero, Papiloma Vírus Humano,<br />
exame preventivo, Papanicolau mulheres,<br />
conhecimento e percepção. Foram<br />
selecionados artigos que atendiam aos<br />
seguintes critérios: ano de publicação entre<br />
2004 e 2015; ser um estudo baseado<br />
em entrevistas estruturadas ou semiestruturadas;<br />
ter sido realizada no Brasil; e<br />
que se relacionasse à visão das mulheres<br />
frente ao exame de Papanicolau.<br />
3. Resultados e<br />
Discussão<br />
Para atingir os objetivos do presente<br />
artigo foram selecionados 14 artigos<br />
que atendiam à metodologia apresentada.<br />
Sendo que destes, dividimo-los<br />
em dois grandes grupos: artigos de<br />
entrevistas realizadas em serviços de<br />
saúde, ou seja, em mulheres que estavam<br />
lá para realizarem o exame ou<br />
que acabaram de realizar, totalizando<br />
9 artigos (2, 6, 3, 19, 8, 20, 12, 4, 21);<br />
e artigos de entrevistas realizadas<br />
fora dos serviços de saúde, como, por<br />
exemplo, em mulheres transeuntes ou<br />
que tinham vínculo com determinada<br />
repartição pública ou privada, 5 artigos<br />
(7, 18, 17, 5, 15). Essa divisão é importantíssima<br />
quando se procura identificar<br />
os aspectos que incidem positivamente e<br />
negativamente na adesão e na procura,<br />
haja vista que mulheres que procuraram<br />
realizar o exame têm, mesmo que vagamente,<br />
a resposta do que as motivaram<br />
para estarem o realizando e por que voltarão<br />
ou não a realizá-lo.<br />
O medo pode influir positivamente<br />
ou negativamente, como mencionado<br />
anteriormente. No primeiro caso, temos<br />
o “medo da doença” influindo as mulheres<br />
a buscarem o exame como resposta<br />
a essa inquietação, podendo se apresentar<br />
de diversas maneiras (2,6,3,8,20,12).<br />
O “medo da doença”, no seu sentido<br />
amplo, é comumente relatado como a<br />
principal causa que leva as mulheres a<br />
buscarem o exame, fato observado por<br />
Silva et al. (2010), onde 70% das que se<br />
submeteram ao exame foram motivadas<br />
por tal fator. Este, ao se apresentar como<br />
a espécie medo do câncer propriamente<br />
025
AUTORES:<br />
THIAGO AÉCIO DE SOUSA¹,<br />
VANESSA PASSOS BRUSTEIN²<br />
artigo 2<br />
dito, está relacionado principalmente ao<br />
sentido que se dar à palavra câncer: uma<br />
doença letal, mutiladora e, por vezes,<br />
incurável (2). São características fortemente<br />
consolidadas pelos exemplos no<br />
convívio diário dessas mulheres, como<br />
quando ao ter notícia que uma vizinha<br />
sua passou por uma histerectomia ou retirada<br />
de outros órgãos, procura o serviço<br />
de saúde para realizar o preventivo (2,8).<br />
Não que essa atitude de buscar o exame<br />
seja ruim, mas quando pessoas procuram<br />
o serviço de saúde motivadas pelo<br />
flagelo alheio, é porque chegamos a um<br />
ponto inaceitável de morbimortalidade.<br />
Outra forma de apresentação do<br />
“medo da doença” é quando do surgimento<br />
de possíveis sintomas do CCU. A<br />
mulher ao se ver diante de dores, sangramentos<br />
ou outro tipo de sintoma busca<br />
ajuda médica. Trata-se de um problema<br />
sério, já que um número muito baixo de<br />
mulheres realizam o exame, e quando<br />
o realizam, uma boa parte dessas mulheres<br />
são motivadas por sintomas que<br />
somente surgem em um estádio já avançando<br />
da doença, onde a chance de cura<br />
é muito reduzida (2,10,7,3,18,11,12,21).<br />
Tal como foi descrito por Pimentel et<br />
al. (2011) em pesquisa realizada em pacientes<br />
acometidas pela afecção, identificaram<br />
que elas buscaram somente o serviço<br />
de saúde quando já acometidas por<br />
sintomas, dos quais se relacionavam a<br />
estádios avançados do CCU. Essa atitude<br />
pode estar relacionada à maneira como<br />
veem a doença, indo ao encontro do que<br />
foi constatado em pesquisa realizada<br />
por Silva et al. (2010), pode-se reforçar<br />
tal suspeita, na qual observou que 80%<br />
das entrevistadas viam o câncer como<br />
uma “ferida”. Através disso, percebemos<br />
que esses indivíduos, em sua maioria,<br />
tendem a associar neoplasia a algo que<br />
seja perceptível, àquilo que se possa tocar<br />
e sentir, desconsiderando, portanto, a<br />
natureza silenciosa da referida patologia.<br />
Temos também induzindo positi-<br />
vamente e com bastante relevância, o<br />
“medo da doença” ocasionado por fatores<br />
de risco, dos quais podemos destacar:<br />
casos de CCU na família; infidelidade do<br />
companheiro; e a coinfecção do Vírus da<br />
Imunodeficiência Humana (HIV) (3,12).<br />
Os fatores de riscos destacados são comumente<br />
os que mais influenciam-nas<br />
em busca da prevenção, contudo, outros<br />
fatores relacionados à doença são:<br />
tabagismo, uso de anticoncepcionais,<br />
promiscuidade, deficiência de vitaminas<br />
e iniciação sexual precoce (8,12).<br />
Em contraste com os exemplos<br />
apresentados, tem-se o “medo do resultado”,<br />
outro tipo de “medo da doença”,<br />
porém agindo negativamente<br />
(2,6,3,19,18,20,4). Como bem descreve<br />
Davim et al. (2005), 37,5% das participantes<br />
da sua pesquisa relataram que<br />
não faziam o exame devido ao medo<br />
que tinham do resultado. Porém esses<br />
números podem ir bem mais além, pois<br />
algumas mulheres, mesmo realizando o<br />
exame, podem não buscar o resultado<br />
exatamente por medo, tornando, assim,<br />
ineficaz a prevenção (20).<br />
Outra espécie de medo é o que diz<br />
respeito ao procedimento propriamente<br />
dito (ao exame), grande parte se deve à<br />
introdução do espéculo, que por vezes,<br />
é relatado por elas como sendo assustador,<br />
que provoca dores ou machuca; é<br />
o “medo daqueles ferros” (6,3,18). É um<br />
medo comum naquelas mulheres que<br />
nunca realizaram o preventivo e que<br />
baseadas em relatos alheios, dos quais<br />
muitas vezes afirmavam que o exame<br />
é muito doloroso, essas mulheres ao<br />
ouvirem isso, incorporam em si essa<br />
visão equivocada e acabam evitando ou<br />
adiando o exame (19).<br />
Além do sentimento medo, a vergonha<br />
é comumente observada nos relatos<br />
das mulheres, consubstanciando-a em<br />
atitudes que lhes afastam do preventivo<br />
(2,6,7,3,19,20,12,4,17,21,15). Como bem<br />
relatam Ferreira (2009) e Ressel et al.<br />
(2013), a vergonha é comumente referida<br />
como a principal justificativa para a não<br />
realização do Papanicolau. Sentimento,<br />
este, que pode ser exacerbado quando<br />
o profissional envolvido é do sexo masculino<br />
(7,5).<br />
A posição adotada pela paciente e a<br />
exposição das suas partes genitais são<br />
culturalmente associadas ao ato sexual,<br />
pois são educadas desde crianças que a<br />
nudez é algo vergonhoso, muitas vezes<br />
relacionado ao pecado. (7,3,12,15). A<br />
vergonha além de inibirem as mulheres<br />
de realizarem o exame, também provoca<br />
uma má impressão e até mesmo<br />
não adesão por aquelas que o realizam,<br />
porque quando exacerbada provoca<br />
uma rigidez da musculatura da pelve<br />
com consequente dor durante o procedimento.<br />
Está experiência desagradável<br />
pode ser repassada por ela para<br />
as outras mulheres que acabam por se<br />
inibirem ainda mais, devido ao medo do<br />
procedimento (7,15).<br />
Possivelmente, o fator que mais levam<br />
as mulheres realizarem o exame é o que<br />
tange aos cuidados no controle da natalidade<br />
ou desejo de engravidar (7). Isso<br />
explica porque a maioria das mulheres<br />
submetidas ao Papanicolau têm menos<br />
de 35 anos e são casadas (2,6,3,20). Na<br />
sua pesquisa, Pelosso et al. (2004) relatam<br />
que durante a mesma nenhuma<br />
mulher acima de 46 anos realizou o preventivo.<br />
Davim et al. (2005), ainda, observam<br />
que 17% relacionam a finalidade<br />
do preventivo à saúde do útero.<br />
Os dados apresentados denunciam<br />
que essa relação entre o exame preventivo<br />
e reprodução gera uma grande<br />
distorção quanto a cobertura, já que a<br />
faixa etária de 25 a 34 anos realiza o<br />
exame de forma frequente, geralmente<br />
como exame de rotina do acompanhamento<br />
pré-natal nas próprias unidades<br />
básicas de saúde (UBS), enquanto por<br />
outro lado, as mulheres da faixa etária<br />
de 35 a 60 anos mal realizam o exame<br />
026<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
(2,6,20). Fato gravíssimo, visto que, de<br />
acordo com o INCA (2014), a maior incidência<br />
de CCU se encontra em mulheres<br />
acima de 30 anos, aumentando seu risco<br />
rapidamente até atingir o pico na faixa<br />
etária entre 50 e 60 anos.<br />
A mulher como indivíduo participante<br />
do mercado de trabalho e o seu papel<br />
no cuidado dos filhos fazem surgir outro<br />
entrave para a ida delas aos serviços de<br />
saúde: a falta de tempo (2,3,19,18,12). As<br />
mulheres estão cada vez mais se inserido<br />
no mercado de trabalho, alterando sobre<br />
maneira o seu papel familiar, bem como<br />
demonstra os dados de Casarin e Piccoli<br />
(2011), 72 % das entrevistadas trabalhavam<br />
fora. Mais do que uma questão de<br />
gênero, a falta de tempo está relacionada<br />
à carência de assistência por parte dos<br />
governos a essas mulheres, principalmente<br />
quando são mães solteiras que<br />
trabalham, pois é dever do estado garantir<br />
a educação infantil em creches e pré-<br />
-escolas a todas as crianças até os 5 anos<br />
de idade, ou seja, é um direito universal e<br />
gratuito (22).<br />
A precarização dos serviços públicos<br />
de saúde é exaustivamente relatada<br />
como empecilho para realização do<br />
exame, não somente quanto a estrutura,<br />
mas, também, em relação ao profissional<br />
envolvido no atendimento (2,6,3,12). A<br />
falta de estrutura, como a exemplo da<br />
insuficiência de vagas, dificuldade para<br />
marcação de consultas, falta de materiais<br />
básicos para a realização dos procedimentos<br />
e a demora no atendimento com<br />
a formação de longas filas, demonstram<br />
uma dura realidade do nosso Sistema<br />
Único de Saúde (SUS), ele é perfeito no<br />
papel, mas, na prática, é um Sistema falido<br />
e precário.<br />
Seja a culpa da má gestão e alocação<br />
de recursos ou mesmo inerentes ao Sistema<br />
em si, ou ambos, o fato é que isso<br />
resulta numa perda incalculável, pois<br />
como já visto, as mulheres enfrentam<br />
dificuldades tremendas para vencerem<br />
vários fatores e quando conseguem,<br />
esbarram na falta de vagas. Podemos<br />
evidenciar essa realidade lançando mão,<br />
mais uma vez, da pesquisa de Davim et<br />
al. (2005), onde 33,3% das participantes<br />
afirmaram que não realizaram o preventivo<br />
devido à dificuldade de marcação<br />
da consulta. Outro ponto relatado por<br />
Pimentel et al. (2011), igualmente importante,<br />
relaciona-se a desorganização<br />
dos serviços de saúde, pois os autores<br />
fazem menção que as pacientes iam<br />
buscar o resultado do exame, mas não<br />
era encontrado.<br />
Sem sombra de dúvida, os profissionais<br />
de saúde que lidam com essas clientes<br />
têm papel fundamental na visão que<br />
elas terão sobre o exame, influenciado,<br />
principalmente, em relação a sua adesão.<br />
Pimentel et al. (2011) observam o quão<br />
elas são frágeis diante do atendimento<br />
desses profissionais, pois a maioria desconhece<br />
os detalhes do procedimento e<br />
não encontram, muitas vezes, esclarecimentos<br />
durante o atendimento, ficando,<br />
assim, a mercê dos ditames alheios.<br />
Diante dos relatos das pesquisas (12,21),<br />
percebe-se que elas esperam que os profissionais<br />
estejam dispostos a esclarecerem<br />
as dúvidas do procedimento. Então,<br />
mesmo quando as mesmas têm vergonha<br />
de perguntar, é esperado iniciativa<br />
própria do profissional sobre esclarecimentos<br />
sempre que for realizar algum<br />
procedimento no corpo delas.<br />
O desconhecimento do exame preventivo<br />
e do câncer, como da sua importância<br />
para a saúde dessas mulheres,<br />
continua sendo um fator preponderante,<br />
mesmo com o aumento da divulgação<br />
nos últimos anos, através de campanhas<br />
e meios de comunicação (2,6). Isso se dar<br />
principalmente nas unidades públicas,<br />
talvez porque uma maioria esmagadora<br />
dessas mulheres têm baixo grau de<br />
instrução, Davim et al. (2005) relataram<br />
na sua pesquisa que 58.3% das participantes<br />
estavam no fundamental, ou seja,<br />
possuíam baixo nível de escolaridade,<br />
porém, apesar do nível de escolaridade<br />
ser constantemente relacionado com o<br />
nível de conhecimento do exame, Ribeiro<br />
et al. (2013) demonstram que essa<br />
característica não é um atributo exclusivo<br />
das mulheres com grau inferior de<br />
escolaridade, pois acadêmicas de enfermagem<br />
também tinham uma deficiência<br />
quanto ao conhecimento.<br />
O conhecimento influencia fortemente<br />
os outros fatores, a exemplo do<br />
medo e da vergonha que poderiam ser<br />
minimizados através de informações do<br />
procedimento e importância (6). Como<br />
observado, muitas mulheres procuram<br />
o serviço de saúde quando acometidas<br />
por sintomas, isso tem uma estreita relação<br />
com o conhecimento sobre o CCU,<br />
pois a falta de informação a respeito do<br />
câncer como doença silenciosa acarreta<br />
esse comportamento (12). O desconhecimento<br />
sobre prevenção da doença pode<br />
levá-las a uma visão do câncer como<br />
incurável, desse modo, não realizam o<br />
preventivo por acreditarem que ao ser<br />
incurável, não há como evitá-lo (19). Já<br />
quando a informação do preventivo é<br />
insuficiente ou inadequada, elas podem<br />
até realizarem o exame, mas muitas vezes<br />
não o fazem no tempo preconizado<br />
pelo MS (6).<br />
4. Considerações<br />
Finais<br />
Percebe-se que os fatores identificados<br />
somam-se ou subtraem-se, agindo<br />
com uma intensidade diferente para<br />
cada mulher na motivação ou não para<br />
a realização do exame, devido à qualidade<br />
humana de ser cada indivíduo um<br />
ser ímpar, com suas próprias concepções,<br />
bagagem cultural, experiências,<br />
etc. Quanto aos sentimentos vergonha<br />
e medo, pode-se utilizar em campanhas<br />
preventivas, ações que abordem a<br />
sexualidade com base na cultura do público-alvo<br />
e a educação em saúde, esta,<br />
027
AUTORES:<br />
THIAGO AÉCIO DE SOUSA¹,<br />
VANESSA PASSOS BRUSTEIN²<br />
artigo 2<br />
sobretudo, trazendo esclarecimentos sobre<br />
o procedimento propriamente dito, a<br />
importância do exame de Papanicolau, o<br />
CCU como doença evitável, entre outros.<br />
Além disso, uma ação mais incisiva do<br />
profissional de saúde que pode agir de<br />
modo pontual e pessoal, atuação caso<br />
a caso, é de suma importância. O desenvolvimento<br />
da empatia no trato com<br />
elas, que basicamente foi o cerne desse<br />
artigo, seria o primeiro passo do profissional,<br />
que passaria a atuar de forma<br />
mais acolhedora, sensível e eficiente,<br />
isto é, fazendo frente contra essa cultura<br />
hospitalar de “objetificação” do paciente.<br />
Diante de todo o exposto, apesar de<br />
termos um aumento no número de<br />
exames registrados, podem não expressarem<br />
a eficácia da prevenção, pois como<br />
visto: muitas mulheres procuram realizar<br />
ao exame quando eivadas de sintomas;<br />
outras realizam ao exame, mas não buscam<br />
o resultado; há ainda aquelas que<br />
realizam fora do preconizado pelo Ministério<br />
da Saúde (MS); os casos em que<br />
a demora de entrega do resultado torna<br />
ineficiente a prevenção; e a descontinuidade<br />
da cobertura relacionada ao comportamento<br />
das mulheres de realizarem<br />
apenas quando reprodutivas e à precarização<br />
dos serviços públicos de saúde<br />
. Tais fatos, sem dúvida, fazem parte da<br />
soma que contribui para o aumento contínuo<br />
da taxa de mortalidade, que entre<br />
o período de 2010 e 2013 passou de 4,89<br />
a 5,24 (por 100 mil mulheres) de acordo<br />
com o Atlas de Mortalidade de Câncer no<br />
Brasil (23).<br />
Isso indica que a eficácia da prevenção<br />
está bem mais além do que um simples<br />
aumento nominal de exames preventivos<br />
realizados, é preciso que esse aumento<br />
seja uniforme quanto a todas as faixas<br />
etárias e também geograficamente. Infelizmente,<br />
o estado ao mesmo tempo<br />
que estimula as mulheres a realizarem o<br />
exame, afastam-nas, pois não lhes dão<br />
condições adequadas e conhecimento su-<br />
ficiente para cuidarem da sua saúde, por<br />
outro lado, muitos profissionais não fazem<br />
o seu papel para mudar esse cenário, tornando<br />
mais precária essa situação e quando<br />
o faz, geralmente esbarram na falta de<br />
condições de estrutura de trabalho. É um<br />
desafio que cabe a todos fazer a diferença,<br />
seja divulgando as informações em casa,<br />
no trabalho, na internet, etc., ou mesmo<br />
cobrando dos governantes a sua atuação,<br />
tudo isso é essencial quando se busca essa<br />
mudança.<br />
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útero. Texto contexto - enferm., Florianópolis<br />
, v. 20, n. 2, p. 255-262, Jun 2011.<br />
13. INCA, Instituto Nacional do Câncer.<br />
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de janeiro: 2015.<br />
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WHO; 2013. Disponível em: http://www.<br />
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Acesso em 15 de junho de 2015.<br />
15. LIMA, A. N. F; NASCIMENTO, E. G. C.;<br />
ACHIERI; J. C. Adesão ao Exame de Citologia<br />
Oncótica: Um olhar sobre a Saúde da Mulher.<br />
Rev. APS. v.17, n.3, set. 2014.<br />
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B. Exame para detecção precoce do câncer<br />
cérvico-uterino: vivência de mulheres das<br />
cidades de Kobe e Kawasaki, Japão e São<br />
Paulo, Brasil. Rev. Bras. Saude Mater. Infant.,<br />
Recife, v. 5, n. 4, p. 471-481, Dez. 2005.<br />
17. RODRIGUES, B.C. et al. Health<br />
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18. CASARIN, M. R.; PICCOLI, J.C. E.<br />
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câncer de colo do útero em mulheres do<br />
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coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 9, p. 3925-<br />
3932, Set. 2011.<br />
19. FERREIRA, M. L. S. M. Motivos que<br />
influenciam a não-realização do exame<br />
Papanicolaou segundo a percepção de<br />
mulheres. Esc. Ana Nery Rev Enferm. v. 13, n.<br />
2, abr./jun. Rio de Janeiro: 2009.<br />
20. JORGE, R. J. B. et al. Exame<br />
Papanicolaou: sentimentos relatados<br />
por profissionais de enfermagem ao se<br />
submeterem a esse exame. Ciência & Saúde<br />
Coletiva, v. 16, n. 5, p. 2443-2451, 2011.<br />
21. RESSEL, B. A. et al. Exame preventivo do<br />
câncer de colo uterino: a percepção das mulheres.<br />
av.enferm., Bogotá , v. 31, n. 2, jul. 2013.<br />
22. BRASIL. Constituição, 1988.<br />
23. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE/<br />
SAS/INCA. Atlas online de mortalidade por<br />
câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2014.<br />
Disponível em: mortalidade.inca.gov.br/<br />
MortalidadeWeb/. Acceso em 15 de junho de<br />
2015.<br />
028<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
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artigo 3<br />
AUTORES:<br />
MANUELA DARELA DA SILVA 1 ;<br />
JOÃO EDUARDO DA SILVA SIERRA FERNANDEZ 1 ;<br />
ALLAN JHONES PEREIRA CARDOSO 1 ;<br />
GLÓRIA ARAÚJO DA SILVEIRA 1 ;<br />
LEIDY JOHANNA OCAMPO ARROYAVE 2 .<br />
Câncer de colo de<br />
útero: análise da<br />
mortalidade por região<br />
brasileira<br />
1 - Acadêmicos de Medicina da Faculdade de Medicina da<br />
Universidade Federal de Pelotas (FAMED-UFPel)<br />
2 - Centro de Pesquisa Amilcar Gigante - UFPel<br />
Autor correspondente:<br />
João Eduardo da Silva Sierra Fernandez<br />
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Resumo<br />
O câncer (CA) de colo de útero é o segundo<br />
tipo de câncer que mais acomete<br />
mulheres no mundo e possui as maiores<br />
morbidades e mortalidade. Aproximadamente<br />
80% dos novos casos ocorrem<br />
em países emergentes e nas populações<br />
com menores índices socioeconômicos<br />
(1). No Brasil, o câncer de colo de útero<br />
está em quinta posição quando se trata<br />
de mortalidade entre as neoplasias<br />
malignas com mais de 20.000 casos<br />
por ano, e ocupa a segunda posição em<br />
relação às neoplasias que acometem as<br />
mulheres (2).<br />
O presente estudo, do tipo transversal<br />
descritivo, analisou dados secundários<br />
sobre mortalidade por câncer de colo de<br />
útero do Sistema de Informações sobre<br />
Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde,<br />
disponibilizados através do DATASUS,<br />
departamento de informática do Sistema<br />
Único de Saúde do Brasil que administra<br />
informações de saúde (indicadores de<br />
saúde, assistência à saúde, informações<br />
epidemiológicas e de morbidade, entre<br />
outras), referente ao ano de 2011. Foram<br />
selecionadas no SIM todas as declarações<br />
dos óbitos registradas no país, entre 1o<br />
de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de<br />
2011, que tinham como causa básica de<br />
morte a categoria “neoplasia maligna<br />
do colo do útero” C53, segundo a 10ª<br />
Revisão da Classificação Internacional de<br />
Doenças (CID-10).<br />
Os principais objetivos do estudo foram:<br />
analisar as proporções de mortalidade<br />
por região brasileira, traçar o perfil<br />
genérico das mulheres brasileiras mais<br />
acometidas com tal desfecho e estimular<br />
a conscientização dos profissionais de<br />
saúde e gestores da saúde pública sobre<br />
a prevenção através do exame citopatológico<br />
do colo uterino.<br />
Os resultados revelam que o perfil<br />
mais acometido pela mortalidade seria<br />
formado por mulheres na faixa etária<br />
de 40 a 60 anos, das regiões Norte e<br />
Nordeste, solteiras e com poucos anos<br />
de estudo. Não houve diferenças significativas<br />
de mortalidade entre brancas e<br />
negras. A taxa bruta de mortalidade encontrada<br />
neste estudo de câncer de colo<br />
do útero no Brasil no ano de 2011 foi de<br />
5,24/100.000 mulheres, o que comprova<br />
que a doença constitui um importante<br />
problema de saúde pública.<br />
Palavras-chave: mortalidade, prevenção,<br />
câncer de colo de útero, câncer de colo uterino,<br />
citopatologia, regiões brasileiras, saúde pública.<br />
Abstract<br />
Title: Uterine cervical cancer:<br />
mortality analysis per brazilian region<br />
The uterine cervical cancer is the<br />
second type of cancer that reaches more<br />
women in the world and has the highest<br />
morbidities and mortality. About 80% of<br />
the new cases occur in emerging countries<br />
and in populations with the lowest<br />
socioeconomic index. In Brazil, the uterine<br />
030<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
cervical cancer is in the fifth position of<br />
mortality caused by malignant neoplasms<br />
with more than 20.000 cases in a year<br />
and occupies the second position of the<br />
neoplasms that reach women.<br />
This cross-sectional study analyzed<br />
secondary data of mortality caused by<br />
uterine cervical cancer of the Mortality<br />
Information System (SIM) of the Brazilian<br />
Government, available on DATASUS,<br />
department of informatics of Brazilian<br />
health system which controls health<br />
information (health index, health<br />
assistance, epidemiologic and morbidities<br />
information, and others), relative of<br />
the year 2011. It was selected at SIM<br />
all deaths certificates registered in the<br />
country between 1st January of 2011<br />
and 31th December of 2011 caused by<br />
“uterine cervical malignant neoplasm”<br />
C53, according to the 10th International<br />
Classification of Diseases (ICD-10).<br />
The main goals of this current study<br />
were analyse the mortality proportions<br />
per Brazilian region, delineate a<br />
generical profile of the most affected<br />
(by uterine cervical cancer mortality)<br />
Brazilian women and aware the<br />
health professionals and public health<br />
managers about the prevention by the<br />
uterine cervical cytopathology exam.<br />
The results showed us that the most<br />
affected profile is composed by women<br />
between 40 and 60 years old, from the<br />
North and Northeast regions, single and<br />
with low education index. There wasn’t<br />
significative mortality difference between<br />
white and black women. The mortality<br />
rate founded in this study about the<br />
uterine cervical cancer in Brazil, in the year<br />
2011 it was 5,24/100.000 women, what<br />
proves that this disease is a very important<br />
issue in public health.<br />
Keywords: mortality, prevention,<br />
uterine cervical cancer, cytopathology,<br />
Brazilian regions, public health.<br />
Introdução<br />
O câncer do colo do útero é caracterizado<br />
pela replicação desordenada<br />
do epitélio de revestimento do órgão,<br />
comprometendo o tecido subjacente<br />
(estroma) e podendo invadir estruturas e<br />
órgãos contíguos ou à distância. É classificado,<br />
pelo CID-10, como C53.<br />
O câncer de colo uterino se desenvolve<br />
gradativamente, o que explica a importância<br />
do Papanicolau, seu exame preventivo.<br />
A principal causa desse tipo de<br />
câncer é a infecção pelo papiloma vírus<br />
humano (ou HPV), com alguns subtipos<br />
de alto risco relacionados a tumores malignos.<br />
É o terceiro tumor mais frequente<br />
em mulheres, atrás do câncer de mama e<br />
do câncer colorretal, e a quarta causa de<br />
morte de mulheres por câncer no Brasil<br />
(tendo como referência o ano de 2011)<br />
(3). Aproximadamente 80% dos novos<br />
casos ocorrem em países emergentes<br />
e nas populações com menores índices<br />
socioeconômicos (1).<br />
A mortalidade por câncer do colo do<br />
útero é um evento evitável, uma vez que<br />
entre as ações para seu controle pode-se<br />
contar com tecnologias para o diagnóstico<br />
e tratamento de lesões precursoras<br />
que permite a cura de 100% dos casos<br />
diagnosticados na fase inicial (4). Constitui<br />
um problema de saúde pública devido<br />
ao alto número de óbitos por esta<br />
causa, não só no Brasil, como também<br />
na América Latina, onde as taxas de incidência<br />
encontram-se entre as mais altas<br />
do mundo (5).<br />
Em estudo recente (6), o qual analisa<br />
a mortalidade por diversos tipos de câncer<br />
no Brasil durante o período de 1981<br />
a 2006, constata-se que a mortalidade<br />
por câncer de colo de útero passou de<br />
segunda a terceira maior causa de morte<br />
por câncer em mulheres. Em pequenos<br />
e médios municípios passou de primeira<br />
a segunda causa principal, enquanto<br />
nas capitais passou da segunda para a<br />
quarta posição. Ainda assim, as taxas<br />
de mortalidade por câncer de colo de<br />
útero continuam elevadas no Brasil,<br />
constituindo-se em um grave problema<br />
de saúde pública.<br />
Programas destinados a orientar,<br />
educar e rastrear as populações aliados<br />
ao maior conhecimento sobre as causas<br />
do câncer de colo de útero com o avanço<br />
das pesquisas foram importantes fatores<br />
para a redução na incidência e mortalidade<br />
deste, no século passado, em<br />
todo o mundo (7). Entretanto, os países<br />
emergentes se beneficiaram em menor<br />
escala do que os desenvolvidos. Na<br />
América Latina, por exemplo, as taxas de<br />
mortalidade não estão diminuindo amplamente.<br />
Nesse âmbito aponta-se que<br />
as falhas nos programas anteriormente<br />
citados sejam fatores fortemente atrelados<br />
à manutenção dos altos coeficientes<br />
da doença (8).<br />
A detecção precoce representa, no<br />
Brasil, um grande desafio à saúde pública.<br />
Entre os fatores que a dificultam está<br />
a iniquidade do acesso às redes de saúde,<br />
condicionado pelas condições socioeconômicas<br />
heterogêneas. A qualidade do<br />
serviço prestado também representa um<br />
fator que compromete o processo de rastreamento<br />
(5).<br />
Conhecer as informações epidemiológicas<br />
do câncer de colo de útero é de<br />
grande importância para o planejamento<br />
de estratégias que visam a redução<br />
das taxas de incidência e mortalidade<br />
desta doença na população, principalmente<br />
em locais onde esses programas<br />
apresentam falhas, como no Brasil (1).<br />
O programa Viva Mulher, por exemplo,<br />
que foi implantado em 1997 pelo Ministério<br />
da Saúde, fornece dados sobre<br />
os programas de rastreamento de CA de<br />
colo de útero no Brasil e cita como uma<br />
falha a baixa cobertura do teste de Papanicolau,<br />
que cobre entre 8% e 10% da<br />
população feminina em torno de 20 anos<br />
de idade (9).<br />
É inegável que o perfil de mortalidade<br />
031
AUTORES:<br />
MANUELA DARELA DA SILVA 1 ;<br />
JOÃO EDUARDO DA SILVA SIERRA FERNANDEZ 1 ;<br />
ALLAN JHONES PEREIRA CARDOSO 1 ;<br />
GLÓRIA ARAÚJO DA SILVEIRA 1 ;<br />
LEIDY JOHANNA OCAMPO ARROYAVE 2 .<br />
artigo 3<br />
pelo câncer de colo de útero (mulheres na<br />
idade adulta, negras, sem companheiro,<br />
donas de casa, residentes em bairros<br />
de baixa renda, com baixa condição de<br />
vida) (10) coincide parcialmente com o<br />
perfil das brasileiras que não realizam o<br />
exame citológico (mulheres pardas, de<br />
baixa escolaridade, baixo nível socioeconômico,<br />
baixa renda familiar, sem<br />
companheiro, com uso de anticoncepcional<br />
oral, com vergonha ou medo do<br />
exame, sem consultas médicas no ano<br />
anterior à pesquisa e com dificuldade<br />
de acesso à assistência médica) (11).<br />
Estabelece-se, assim, a relação entre a<br />
mortalidade e o não rastreamento do<br />
câncer, evidenciando a importância de<br />
focalizar a atenção no rastreamento de<br />
mulheres com este perfil, sem deixar de<br />
lado as ações em vigor na atual política<br />
de saúde para as mulheres.<br />
No presente estudo, buscou-se comparar<br />
as disparidades entre as taxas<br />
de mortalidade por câncer de colo do<br />
útero entre as regiões brasileiras no<br />
ano de 2011, para que se possa relatar<br />
as regiões com piores índices, e, assim,<br />
focar num programa de propaganda do<br />
rastreamento, com incentivos às mulheres<br />
para buscarem atendimento médico<br />
e sensibilizar as equipes de saúde quanto<br />
à importância da realização do exame<br />
preventivo e a busca ativa das mulheres<br />
que não comparecem para serem<br />
examinadas no programa, além de dar<br />
continuidade no tratamento de lesões<br />
mostradas no exame.<br />
do colo do útero” C53, segundo a 10ª<br />
Revisão da Classificação Internacional de<br />
Doenças (CID-10).<br />
A partir dos dados coletados<br />
foram realizados preparação, categorização<br />
e/ou rotulação das variáveis segundo<br />
os objetivos do estudo.<br />
As variáveis de exposição<br />
consideradas neste estudo são: região<br />
do Brasil (norte/nordeste/centro-oeste/<br />
sudeste/sul); idade (anos completos de<br />
vida); cor da pele (branco/negro/pardo/<br />
amarelo/indígena); estado civil (casado/<br />
solteiro/viúvo/separado/outro) e escolaridade<br />
(anos completos de estudo).<br />
Foi realizada a análise descritiva das<br />
variáveis por meio de medidas de distribuição<br />
de frequência, através do programa<br />
estatístico STATA (versão 12.0). Os<br />
bancos de dados disponibilizados não<br />
identificam as pessoas, o que faz com que<br />
o trabalho respeite a privacidade e garanta<br />
o caráter confidencial das informações.<br />
Resultados<br />
Para o ano de 2011 foram registrados<br />
no Sistema de Informação de Mortalidade<br />
–SIM- 85.931 óbitos em mulheres<br />
devido a neoplasias ou tumores (CID-10.<br />
Cap.II de C00 até D48) dos quais 5.160<br />
óbitos foram em mulheres maiores de<br />
15 anos por câncer de colo do útero<br />
(CCU), aproximadamente 6% dos óbitos<br />
por neoplasias ou tumores na população<br />
feminina.<br />
No Brasil, a taxa bruta de mortalidade<br />
por CCU é de 5,24 a cada 100 mil<br />
mulheres, como observado na figura 1,<br />
sendo que as maiores taxas se encontram<br />
no Norte, Nordeste e Centro-oeste,<br />
com 7,79, 5,82 e 5,36 para cada 100 mil<br />
mulheres, estando acima da média nacional.<br />
Pode-se observar que as regiões<br />
Sul e Sudeste apresentam taxas abaixo<br />
às do Brasil (Figura 1).<br />
Percebe-se que a taxa cresce concomitantemente<br />
com a idade, ou seja,<br />
quanto mais elevada a idade, maior a<br />
Métodos E Casuística<br />
O presente estudo é do tipo transversal<br />
descritivo com base em dados secundários<br />
do SIM, do Ministério da Saúde,<br />
disponibilizados pelo DATASUS. Foram<br />
selecionadas no SIM todas as declarações<br />
dos óbitos registradas no país, entre<br />
1o de janeiro de 2011 e 31 de dezembro<br />
de 2011, que tinham como causa básica<br />
de morte a categoria “neoplasia maligna<br />
Figura 1 - Distribuição da taxa bruta de mortalidadepor câncer<br />
de colo do útero por região. Brasil, 2011.<br />
032<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
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AUTORES:<br />
MANUELA DARELA DA SILVA 1 ;<br />
JOÃO EDUARDO DA SILVA SIERRA FERNANDEZ 1 ;<br />
ALLAN JHONES PEREIRA CARDOSO 1 ;<br />
GLÓRIA ARAÚJO DA SILVEIRA 1 ;<br />
LEIDY JOHANNA OCAMPO ARROYAVE 2 .<br />
artigo 3<br />
Figura 2 - Distribuição da taxa especifica de mortalidade por câncer de colo do<br />
útero segundo a idade por região. Brasil, 2011<br />
taxa de mortalidade por CCU. Na faixa<br />
etária de 15-29 anos, essa taxa mostra-se<br />
em menor proporção de 0,9 por 100 mil<br />
mulheres, enquanto na faixa etária de 80<br />
anos ou mais, mostra-se bastante importante<br />
(de 26 por 100 mil mulheres). Isto é<br />
evidenciado em todas as regiões do Brasil,<br />
onde a maior taxa específica de mortalidade<br />
por CCU ocorre em mulheres acima<br />
de 80 anos, que variam na região Norte<br />
com 62, 43 no Nordeste, 19 no Sudeste e<br />
19 óbitos no Sul para cada 100 mil mulheres<br />
nessa faixa etária, seguida pela faixa de<br />
70 a 79 anos (na qual mantém taxas de<br />
33 no Norte até 12 óbitos no Sudeste para<br />
cada 100 mil mulheres nesta faixa etária<br />
(Figura 2)). Evidenciou-se que existem<br />
diferenças estatisticamente significativas<br />
entre as taxas de mortalidade por grupo<br />
de idade entre as regiões segundo os intervalos<br />
de confiança e o valor p < 0,05<br />
(Tabela 1).<br />
Entre as características sociodemográficas<br />
da população feminina que está<br />
falecendo por câncer de colo do útero,<br />
pode-se observar, na Tabela 2 que, de<br />
acordo com a cor da pele para o país e<br />
por região brasileira, que a cor branca foi<br />
a que obteve maior número de óbitos,<br />
com 45,18%, seguida pela cor parda que<br />
apresentou 45,02%, valores esses muito<br />
próximos. As cores preta, amarela e indígena<br />
foram as que apresentaram menor<br />
mortalidade, com porcentagens de 9%,<br />
0,5% e 0,4%, respectivamente, em relação<br />
ao Brasil. Predomina a cor parda para<br />
as regiões Norte (78%), Nordeste (65%)<br />
e Centro-oeste (46%). No Sudeste e no<br />
Sul, esse padrão se inverte, e a cor branca<br />
fica em primeiro lugar quanto ao número<br />
de óbitos por essa doença (57% e 89%,<br />
respectivamente).<br />
Ao analisar os dados relativos às faixas<br />
etárias, para o Brasil e suas respectivas<br />
regiões, evidencia-se que no país a mortalidade<br />
é maior para mulheres entre 40<br />
e 59 anos de idade (43%). Para a região<br />
Norte, a faixa etária mais acometida é a<br />
de 40 a 49 anos (23%), seguida por 50 a<br />
59 anos (21%). Para as demais regiões,<br />
a faixa etária mais acometida é a de 50<br />
a 59 anos, seguida por 40 a 49 anos. As<br />
faixas etárias de 15 a 19 anos e 20 a 29<br />
anos apresentam os menores números<br />
de óbitos, com valores percentuais no<br />
Brasil de 0,06% e 2,91%, respectivamente.<br />
Fica evidente que os valores vão<br />
aumentando progressivamente até atingirem<br />
seus máximos nas faixas etárias<br />
entre 40 a 59 anos de idade, e nas faixas<br />
etárias seguintes decaem atingindo<br />
valores baixos, porém mais altos que os<br />
valores para 15 a 29 anos de idade.<br />
Apresenta-se também, na Tabela 2,<br />
a distribuição dos óbitos por CCU em<br />
relação a escolaridade para cada região<br />
brasileira, e analisa-se que mulheres<br />
com 12 anos ou mais de estudo apresentam<br />
os menores valores percentuais de<br />
óbito para a doença em questão. Além<br />
disso, percebe-se que a mortalidade por<br />
CCU, no Brasil, é maior em mulheres que<br />
possuem de 1 a 3 anos de escolaridade<br />
(28%), seguida da ausência de qualquer<br />
nível de escolaridade (24%). Nota-se<br />
Tabela 1 - Distribuição da taxa especifica de mortalidade por câncer de colo do útero segundo a idade por região. Brasil, 2011<br />
034<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
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artigo 3<br />
que na região Sudeste e Sul as maiores<br />
proporções de morte por câncer de colo<br />
do útero estão nas mulheres com 1 a 3<br />
anos de escolaridade, seguidas em ambas<br />
as regiões por mulheres de 4 a 7 anos<br />
de escolaridade.<br />
Na região Nordeste quanto maior os<br />
anos de escolaridade, menor os percentuais<br />
de óbito por CCU. Essa distribuição<br />
não é seguida pelas outras regiões,<br />
como o Sudeste, em que mulheres com<br />
nenhuma escolaridade (16,25%) apre-<br />
Tabela 2 -Distribução das características sociodemográficas dos óbitos por câncer de colo do útero por região. Brasil, 2011<br />
036<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
sentam menor número de óbitos comparado<br />
a mulheres de 1 a 3 e 4 a 7 anos<br />
de escolaridade 30,80 e 22,27%, respectivamente;<br />
ou como a região Sul, em<br />
que esses mesmos grupos comparados<br />
apresentam valores muito semelhantes.<br />
Sobre os óbitos por CCU agrupados de<br />
acordo com o estado civil, percebe-se que,<br />
no país como um todo, os óbitos predominam<br />
nas mulheres solteiras (35%),<br />
seguido das mulheres casadas (31%).<br />
Em terceira posição ficam as viúvas com<br />
22%. Esse padrão se mantém no Norte,<br />
Nordeste e Sudeste. Já no Centro-oeste e<br />
Sul, as mulheres casadas apresentaram<br />
maiores valores percentuais, seguidas<br />
pelas mulheres solteiras (como mostrado<br />
na Tabela 2).<br />
Discussão<br />
A taxa de mortalidade por câncer de<br />
colo de útero no Brasil encontrada neste<br />
estudo foi de 5,24 para cada 100.000<br />
mulheres, o que foi semelhante as taxas<br />
de mortalidade encontrada por Thuler<br />
em 2005 (5,29/100.000 mulheres) (12)<br />
e por Gonzaga em 2009 (5,3/100.000<br />
mulheres) (13), porém, neste último<br />
foram consideradas apenas mulheres<br />
acima de 20 anos.<br />
Os valores de mortalidade por câncer<br />
de colo de útero no Brasil, de acordo com<br />
Bustamante (14), são de aproximadamente<br />
5,5/100 mil mulheres no ano de<br />
2006, não apresentando grande variação<br />
no período de 1981 a 2006. Em estudo<br />
realizado por Guerra no estado de Minas<br />
Gerais, no ano de 2005 a mortalidade<br />
por câncer de colo de útero estava próximo<br />
de 6 por 100 mil mulheres (15).<br />
As regiões Norte e Nordeste apresentaram<br />
as maiores proporções de<br />
mortalidade em relação ao país, e as<br />
regiões Centrooeste e Sul apresentaram<br />
proporções similares as do Nordeste. De<br />
acordo com Santos (16), o elevado número<br />
de casos pode ser atribuído à falta<br />
ou à deficiência de ações preventivas, em<br />
que a implementação de um programa<br />
eficaz de rastreamento permanece como<br />
um desafio. Um estudo de Ribeiro e Nardocci<br />
(17) identifica que a incidência e<br />
mortalidade por câncer de colo de útero<br />
estão associadas ao baixo nível socioeconômico<br />
por aspectos de comportamento<br />
sexual (ligados a maior chance de a mulher<br />
se tornar portadora do HPV - Human<br />
Papiloma Virus -, como idade precoce da<br />
primeira relação sexual e múltiplos parceiros<br />
sexuais), e também ao menor número<br />
de exames de rastreamento.<br />
Mendonça (11) relatou que a não<br />
realização do exame citológico no<br />
Brasil está associada a vivência sem<br />
companheiro, o que vai ao encontro do<br />
resultado do presente estudo e com a<br />
hipótese de que o alto número de casos<br />
está associado às dificuldades dos programas<br />
de rastreamento.<br />
Fazendo uma análise minuciosa de<br />
cada região percebe-se que no Norte<br />
e Nordeste as mulheres pardas têm as<br />
proporções maiores de mortalidade<br />
por CCU; no Centro-oeste as proporções<br />
entre pardas e brancas praticamente se<br />
igualam, e no Sudeste e Sul há uma inversão<br />
no padrão, sendo que as brancas<br />
apresentam as maiores proporções nessas<br />
regiões. No estudo de Mendonça citado<br />
acima, também há uma associação<br />
entre cor parda e não realização do exame<br />
citológico, no qual a proporção de<br />
mortalidade de mulheres negras (sendo<br />
incluídas as mulheres de cor preta e parda)<br />
foi de 61%.<br />
Em relação à idade, podemos observar<br />
que a maior mortalidade se encontra<br />
nas idades mais avançadas, uma tendência<br />
observada na maioria dos estudos<br />
de mortalidade. A hipótese de que a<br />
mortalidade por CCU está positivamente<br />
associada com a idade também é confirmada<br />
pelo fato de que em nenhuma<br />
região brasileira houve alteração desse<br />
padrão. Porém, pode-se observar que<br />
45% das mortes de mulheres por CCU<br />
ocorre nessa faixa etária (40 a 60 anos).<br />
O estudo de Mendonça (2008) constata<br />
que a idade média de óbito por CCU em<br />
Recife é de 57,7 anos (11), reforçando a<br />
hipótese. Entretanto, o fato de a mortalidade<br />
ser maior nas faixas etárias mais<br />
avançadas pode estar associada a um<br />
menor número de mulheres vivas nessa<br />
idade, o que faz a taxa aumentar.<br />
No que diz respeito à escolaridade, no<br />
Brasil, observa-se que 24% das mortes<br />
são de mulheres com nenhuma escolaridade,<br />
e esta taxa decresce quanto<br />
mais anos de estudo. Isso corrobora com<br />
a afirmação de que há maior probabilidade<br />
de ocorrer diagnóstico precoce<br />
se houver conhecimento prévio sobre<br />
o assunto, mostrada por Silva (2005),<br />
no artigo “Conhecimento de mulheres<br />
sobre cancro de mama e de colo de útero”<br />
(18). No Nordeste e no Centro-oeste<br />
esta hipótese também se confirma, sendo<br />
que 35% das mortes por CCU são de<br />
mulheres sem escolaridade. Segundo<br />
o estudo de Mendonça, há uma forte<br />
associação entre CCU e escolaridade<br />
até o primeiro grau incompleto, relacionada<br />
à falta de conhecimento quanto<br />
ao exame preventivo e seus benefícios<br />
(11). No entanto, essa conclusão ainda<br />
não é concreta, já que a escolaridade foi<br />
ignorada em muitos atestados de óbito<br />
usados no estudo em questão. Em estudo<br />
realizado em Santiago do Chile, 66%<br />
das mulheres que morreram por este<br />
tipo de câncer tinha menos de 6 anos<br />
de escolaridade (19). Essa constatação<br />
reforça a associação entre baixa escolaridade<br />
e mortalidade por CCU. Porém, no<br />
sul e no sudeste do Brasil a hipótese de<br />
que quanto maior a escolaridade menor<br />
a taxa de mortalidade por CCU não se<br />
confirma, sendo que as taxas de mortes<br />
em mulheres com 1 a 7 anos de estudo<br />
são maiores do que as taxas de mortalidade<br />
em mulheres com nenhuma escolaridade.<br />
Também no norte a hipótese<br />
não é confirmada, já que a mortalidade<br />
em mulheres com 1 a 3 anos de estudos<br />
é maior do que em mulheres sem<br />
escolaridade.<br />
037
AUTORES:<br />
MANUELA DARELA DA SILVA 1 ;<br />
JOÃO EDUARDO DA SILVA SIERRA FERNANDEZ 1 ;<br />
ALLAN JHONES PEREIRA CARDOSO 1 ;<br />
GLÓRIA ARAÚJO DA SILVEIRA 1 ;<br />
LEIDY JOHANNA OCAMPO ARROYAVE 2 .<br />
artigo 3<br />
Conclusão<br />
A taxa bruta de mortalidade encontrada<br />
neste estudo de câncer de colo<br />
do útero no Brasil no ano de 2011 foi<br />
de 5,24/100.000 mulheres. Além disso,<br />
essas taxas são maiores em regiões com<br />
piores indicadores socioeconômicos de<br />
regiões brasileiras, como o Norte e Nordeste.<br />
Não houve diferenças significativas<br />
entre as porcentagens de mortes de mulheres<br />
brancas e negras.<br />
Pode-se observar também que mulheres<br />
solteiras apresentaram maiores<br />
proporções de óbitos.<br />
No que concerne à escolaridade, chegou-se<br />
a conclusão que, de uma forma<br />
geral, quanto mais anos de estudo, menor<br />
a proporção de mortes de mulheres<br />
por câncer de colo uterino.<br />
Por fim, em relação à idade, verificou-<br />
-se que a maior proporção de mulheres<br />
que morrem devido à essa neoplasia<br />
encontra-se na faixa etária de 40 a 60<br />
anos – porém as maiores taxas de mortalidade<br />
encontram-se nas idades mais<br />
avançadas, o que pode ser explicado<br />
pelo menor número de mulheres vivas<br />
dessa faixa etária.<br />
As limitações deste trabalho se devem<br />
ao uso de dados secundários (do SIM),<br />
que não continham informações como<br />
frequência de exames preventivos, uma<br />
vez que foi observado que a detecção<br />
precoce e a oferta do tratamento adequado<br />
estão relacionados a redução da<br />
mortalidade por câncer de colo do útero<br />
nos países desenvolvidos (18). Aliado<br />
a isso, também encontra-se o viés da<br />
imprecisão dos atestados de óbito, nos<br />
quais uma parcela significativa de mortes<br />
por câncer uterino é codificada como<br />
porção não-especificada –sem especificar<br />
se o câncer originou-se no corpo ou<br />
no colo do útero.<br />
Referências<br />
Bibliográficas<br />
(1) Erildo Vicente Müller, Maria Gabriela<br />
Haye Biazevic, José Leopoldo Ferreira<br />
Antunes, Edgard Michel Crosato. Tendência e<br />
diferenciais socioeconômicos da mortalidade<br />
por câncer de colo de útero no Estado do<br />
Paraná (Brasil), 1980-2000; 2009.<br />
(2) Parikh S, Brennan P, Boffetta P. Metaanalysis<br />
of social inequality and the risk of<br />
cervical cancer. Int J Cancer. 2003.<br />
(3) Acesso em<br />
27/04/2014<br />
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Executiva. Brasília (DF): Ministério da Saúde;<br />
Controle do câncer do colo do útero: Programa<br />
nacional de controle do câncer do colo uterino.<br />
2001.<br />
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mortalidade por câncer de mama e de colo<br />
de útero segundo regiões brasileiras. UERJ.<br />
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Tendência da mortalidade por câncer nas<br />
capitais e interior do Brasil entre 1980 e 2006.<br />
Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n. 6,<br />
Dec. 2011.<br />
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SS, Fraumeni JF Jr. Cervical cancer. In:<br />
Schottenfeld D, Fraumeni JF Jr, editors. New<br />
York: Oxford University Press; 1996. p. 1090-<br />
1116. Cancer epidemiology and prevention.<br />
2nd ed.<br />
(8) Franco EL, Duarte Franco E, Ferenczy<br />
A. Cervical cancer: epidemiology, prevention<br />
and the role of human papillomavirus infection.<br />
CMAJ 2001.<br />
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Nacional de Câncer. Programa Nacional de<br />
Controle do Câncer do Colo Uterino: Viva<br />
Mulher. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde;<br />
1996.<br />
(10) ZEFERINO, Luiz Carlos. O desafio<br />
de reduzir a mortalidade por câncer do colo<br />
do útero. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de<br />
Janeiro, v. 30, n. 5, May 2008.<br />
(11) MENDONCA, Vilma Guimarães de<br />
et al . Mortalidade por câncer do colo do<br />
útero: características sociodemográficas das<br />
mulheres residentes na cidade de Recife,<br />
Pernambuco. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio<br />
de Janeiro, v. 30, n. 5, May 2008.<br />
(12) THULER, Luiz Claudio Santos.<br />
Mortalidade por câncer do colo do útero no<br />
Brasil. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de<br />
Janeiro, v. 30, n. 5, Maio de 2008.<br />
(13) GONZAGA, Carolina Maciel Reis et<br />
al. Cervical cancer mortality trends in Brazil:<br />
1980-2009. Cad. Saúde Pública, Rio de<br />
Janeiro, v.29, n. 3, Mar. 2013.<br />
(14) RODRIGUES, Anselmo Duarte;<br />
BUSTAMANTE-TEIXEIRA, Maria Teresa.<br />
Mortalidade por câncer de mama e câncer de<br />
colo do útero em município de porte médio da<br />
Região Sudeste do Brasil, 1980-2006. Cad.<br />
Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 27, n. 2,<br />
Fevereiro de 2011.<br />
(15) ALVES, Christiane Maria Meurer;<br />
BASTOS, Ronaldo Rocha; GUERRA,<br />
Maximiliano Ribeiro. Mortality due to cancer of<br />
the uterine cervix in the state of Minas Gerais,<br />
Brazil, 1980-2005: period and cohort analysis.<br />
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 7,<br />
Julho de 2010.<br />
(16) SANTOS, Raíla de Souza; MELO,<br />
Enirtes Caetano Prates; SANTOS, Keitt<br />
Martins. Análise espacial dos indicadores<br />
pactuados para o rastreamento do câncer do<br />
colo do útero no Brasil. Florianópolis, v.21, n.4,<br />
Dezembro de 2012.<br />
.<br />
(17) RIBEIRO, André de Almeida;<br />
NARDOCCI, Adelaide Cassia. Desigualdades<br />
socioeconômicas na incidência e mortalidade<br />
por câncer: revisão de estudos ecológicos,<br />
1998-2008. Saude soc., São Paulo, v.22, n.3,<br />
Setembro de 2013<br />
(18) SILVA, Nancy Capretz Batista da;<br />
FRANCO, Maria Aparecida Paiva; MARQUES,<br />
Susi Lippi. Conhecimento de mulheres sobre<br />
câncer de mama e de colo do útero. Paidéia<br />
(Ribeirão Preto), Ribeirão Preto , v. 15,n.<br />
32,Dezembro de 2005.<br />
(19) CANALES, I. Serra; GARCIA L.V.;<br />
VINÃLES A.D.; CANALES, J. SERRA;<br />
ZAMORANO C.L. et al. Auditoría de muertes<br />
por cáncer cérvico-uterino, Servicio de Salud<br />
Metropolitano Sur-Oriente, 1995: análisis<br />
preliminary. Rev Med Chile. 1998<br />
038<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
matéria de capa<br />
042<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
043
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: ão: 165 100 VA V a 240 V (+ /- 10%), 50 Hz a 60 Hz<br />
: de 165 calor: VA 348 kJ/h (330 BTU/h) Contagem de Leucócitos e Diferencial<br />
de calor: 348 kJ/h (330 BTU/h)<br />
s:<br />
Primeira Diluição: 1/51 com ABX Diluente<br />
tes s: para análise:<br />
Diluição Final: 1/121 com Whitediff<br />
tes nte para (10L análise: ou 20L)<br />
nte (10L ou 20L)<br />
Incubação: 22 seg. a 37°C<br />
1L (livre de cianeto)<br />
1L (livre de cianeto) Métodos:<br />
te para manutenção diária: • Citometria: Sistema Sequencial Hidrodinâmico<br />
Duplo ‘DHSS’<br />
te ner para 1L manutenção diária:<br />
ner 1L<br />
• Leitura Óptica: Absorbância<br />
ípIOS De MeDIçÃO • Variação de Impedância<br />
ípIOS De MeDIçÃO<br />
Diâmetro de Abertura: 60 μm<br />
ifferential<br />
ifferential de Leucócitos e DiferencialContagem: 11 x 1 seg.<br />
Diluição: de Leucócitos 1/51 com e Diferencial ABX Diluente<br />
Diluição: inal: 1/121 1/51 com com Whitediff ABX Diluente<br />
o: inal: 221/121 seg. a com 37°CWhitediff<br />
Medição de HGB<br />
: o: 22 seg. a 37°C<br />
Primeira Diluição: 1/51 com ABX Diluente<br />
: tria: Sistema Sequencial Hidrodinâmico<br />
Diluição Final:<br />
Duplo<br />
1/121<br />
‘DHSS’<br />
com Whitediff 1L<br />
tria: Óptica: Sistema Absorbância Sequencial Hidrodinâmico Duplo ‘DHSS’<br />
o Óptica: de Impedância Absorbância Incubação: 12,5 seg. a 37°C<br />
o de de Abertura: Impedância 60 µm Método:<br />
de : 11 Abertura: x 1 seg. 60 µm<br />
: 11 x 1 seg.<br />
• Espectrofotometria : comprimento de<br />
de HGB<br />
onda de 555 nm<br />
Diluição: de HGB1/51 com ABX Diluente<br />
Medição: 10 x 0,3 seg.<br />
Diluição: inal: 1/121 1/51 com com Whitediff ABX Diluente 1L<br />
o: inal: 12,5 1/121 seg. com a 37°C Whitediff 1L<br />
o: 12,5 seg. a 37°C Detecção de RBC & PLT<br />
rofotometria : comprimento de onda de 555 nm<br />
rofotometria 10 x 0,3 seg. : comprimento de Primeira onda de Diluição: 555 nm1/51 com ABX Diluente<br />
10 x 0,3 seg.<br />
Diluição Final: 1/10000 com ABX Diluente<br />
de RBC & PLT<br />
Diluição: de RBC 1/51 & PLT com ABX Diluente<br />
Diluição: inal: 1/10000 1/51 com ABX Diluente<br />
inal: 1/10000 com ABX Diluente<br />
o de Impedância 044<br />
são o de Analógica Impedância Digital<br />
Método:<br />
eSpeCIFICAçõeS De SOFTWARe<br />
eSpeCIFICAçõeS De SOFTWARe<br />
• Variação<br />
• Processamento<br />
de Impedância<br />
de Dados<br />
• Tela Processamento LCD touch screen de Dados colorida: 12,1 in.<br />
• Conversão Tela Sistema LCD Analógica Operacional: touch screen Digital Linux colorida: 12,1 in.<br />
Contagem: Sistema Conexão: 12 Operacional: x RS232, 1 seg. Ethernet, LinuxUSB<br />
Conexão: Comunicação: RS232, protocolo Ethernet, ASTM USB<br />
Histograma Comunicação: de RBC: protocolo 256 canais ASTM de 30<br />
Capacidade: 10000 resultados + gráficos<br />
a 300 Capacidade: fL 10000 resultados + gráficos<br />
Histograma de PLT: 256 canais de 2 a<br />
limiar móvel<br />
Opções: teclado, mouse e leitor de código de barras<br />
Opções: teclado, mouse e leitor de código de barras<br />
• Controle de Qualidade<br />
• 3 Controle níveis de controle de Qualidade (baixo, normal, alto)<br />
3 Download níveis de de controle valores (baixo, alvo (USB) normal, alto)<br />
Resultados CQ compatíveis com Programa de Controle de Qualidade (QCP) da Horiba Medical<br />
Resultados CQ compatíveis com Programa de Controle de Qualidade (QCP) da Horiba Medical<br />
Medição Download de HCT de valores alvo (USB)<br />
Método: Gráficos integração Levey-Jennings analógica<br />
Gráficos Levey-Jennings<br />
de Radar<br />
Cálculo: Gráficos VCM, de HCM, Radar CHCM, RDW-CV,<br />
RDW-SD*, PCT*, PDW*, P-LCC*, P-LCR*<br />
XB em 3 ou 9 parâmetros, valor médio de 20 corridas<br />
XB em 3 ou 9 parâmetros, valor médio de 20 corridas<br />
Parâmetros pARÂMeTROS e Dados de e Desempenho<br />
DADOS DeSeMpeNHO<br />
pARÂMeTROS e DADOS De DeSeMpeNHO<br />
27 Parâmetros:<br />
27 WBC Parâmetros:<br />
NEU# WBC & NEU%<br />
RBC<br />
HGB RBC<br />
PLT<br />
MPV PLT<br />
NEU# LYM# & LYM% NEU% HGB HCT MPV PCT*<br />
LYM# MON# & LYM% MON% HCT VCM PCT* PDW*<br />
MON# EOS# & EOS% MON% VCM HCM PDW* P-LCC*<br />
EOS# BAS# & BAS% EOS% CHCM P-LCC* P-LCR*<br />
BAS# LIC# & LIC%* BAS% CHCM RDW-CV RDW-SD* P-LCR*<br />
LIC# & LIC%* RDW-CV RDW-SD*<br />
Linearidade: Limites de Linearidade Intervalo Visível Unit<br />
Linearidade: WBC 0 Limites - 300 de Linearidade Intervalo 300 - 600 Visível 109/L Unit<br />
WBC RBC 0 - 300 8 300 8 - 18 - 600 109/L 1012/L<br />
RBC HGB 0 - 8240 8240 - 18 - 300 1012/L g/L<br />
HCT HGB 0 - 0,67 240 0,67 240 - 300 0,80 L/L g/L<br />
HCT PLT 0 - 0,67 2500 0,67 2500 - 0,80 4000 109/L L/L<br />
PLT (concentrado) 0 - 2500 4000 2500 4000 - 4000 5000 109/L<br />
PLT (concentrado) 0 - 4000 4000 - 5000 109/L<br />
Precisão (Repetibilidade):<br />
Precisão Parâmetros (Repetibilidade): CV (%) Faixa Unidade<br />
WBC Parâmetros
045
informe científico<br />
Lúpus Eritematoso Sistêmico<br />
O que é lúpus?<br />
O lúpus, ou lúpus eritematoso sistêmico<br />
(LES), é uma doença autoimune<br />
de causa desconhecida que pode afetar<br />
qualquer parte do corpo. Assim como<br />
ocorre em outras doenças autoimunes,<br />
o próprio sistema imunológico ataca as<br />
células e tecidos do corpo, resultando<br />
em inflamação e dano tecidual.<br />
Dentre os diversos tipos de doenças<br />
autoimunes, o lúpus está entre as mais<br />
comuns, pode se manifestar em diversos<br />
órgãos de forma lenta ou agressiva. Os<br />
órgãos mais atingidos pela doença são<br />
as articulações, os rins, cérebro e a pele.<br />
Causas e sintomas.<br />
Embora ainda não se conheça a causa<br />
específica para o desenvolvimento do<br />
lúpus, sabe-se que a doença é resultado<br />
de uma propensão genética somada a<br />
fatores hormonais e ambientais.<br />
Apesar de afetar pessoas de qualquer<br />
idade, sexo e raça, o lúpus é mais incidente<br />
entre os 20 e os 45 anos. Estimativas<br />
indicam que no Brasil existam<br />
cerca de 65.000 pessoas com lúpus, a<br />
maioria delas são mulheres.<br />
Os sintomas variam bastante, a gravidade<br />
da doença será definida de acordo<br />
com os órgãos afetados, sendo assim, o<br />
tratamento também vai depender dos<br />
sintomas e da sua intensidade.<br />
Diagnóstico<br />
Pessoas que apresentam sintomas<br />
característicos da doença podem ser encaminhadas<br />
pelo médico para realização<br />
de testes laboratoriais como o FAN (Pesquisa<br />
de autoanticorpos anticélula).<br />
No DB o exame FAN é realizado por<br />
meio de amostra de soro refrigerado, utilizando<br />
a técnica de Imunofluorescência<br />
Indireta (IFI) da mais avançada tecnologia.<br />
Todo o processo é automatizado,<br />
desde o preparo das lâminas até a leitura<br />
destas em que são registradas três imagens<br />
de cada amostra e analisadas uma a<br />
uma por um analista especialista.<br />
O resultado é liberado e enviado<br />
direto ao sistema. Esse processo agiliza<br />
a liberação dos resultados, além<br />
de toda a rastreabilidade da amostra<br />
e o histórico das imagens, com<br />
controle de qualidade adequado. Os<br />
resultados são liberados conforme<br />
os critérios dos Consensos Brasileiro<br />
e Internacional (ICAP) para o exame<br />
FAN em células Hep-2.<br />
É importante ressaltar que o resultado<br />
do FAN deve ser interpretado em<br />
conjunto aos sintomas clínicos apresentados,<br />
e exames complementares<br />
solicitados pelo médico.<br />
Fonte: Sociedade Brasileira de<br />
Reumatologia. Lúpus Eritematoso Sistêmico<br />
(LES). Disponível em: <br />
Acesso em: 29 de Maio de 2016.<br />
Diagnósticos do Brasil<br />
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046
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Ortho Clinical Diagnostics conclui<br />
sua transição no Brasil e se torna uma<br />
nova empresa em todo o mundo<br />
A Ortho Clinical Diagnostics (Ortho), líder global de diagnósticos in vitro,<br />
anunciou no dia 03 de Julho que a Ortho Brasil completou a transição e<br />
se juntou à nova e independente organização Ortho.<br />
A Ortho Brasil está agora mais preparada<br />
do que nunca para trazer excelência<br />
ao cliente e novas tecnologias para o<br />
mercado de diagnósticos in vitro.<br />
Os clientes terão acesso à Ortho<br />
Care TM , um conjunto abrangente de<br />
serviços de alta qualidade e recursos<br />
fornecidos para melhorar o seu<br />
atendimento. A organização Ortho<br />
Brasil é ágil e está focada em ajudar<br />
os clientes em um mercado que está<br />
em constante mudança.<br />
Desde a aquisição, a Ortho contratou<br />
profissionais altamente experientes,<br />
orientados para o cliente e dedicados<br />
à construção de soluções que atendam<br />
às necessidades do ambiente de saúde.<br />
No Brasil, a Ortho mais do que duplicou<br />
o número de pessoas para continuar a<br />
história na realização de avanços que<br />
impactam a vida das pessoas.<br />
Não só a Ortho está expandindo a<br />
equipe interna, mas também está expandindo<br />
seus relacionamentos com os<br />
distribuidores. Para atender a demanda<br />
do mercado e disponibilizar as tecnologias<br />
em todo o país, a Ortho já triplicou<br />
o número de distribuidores.<br />
A Ortho Brasil possui uma nova<br />
casa que foi projetada para atender<br />
às necessidades de seus funcionários,<br />
clientes e parceiros. Ela está localizada<br />
no 7º andar do Market Place<br />
Tower em São Paulo com um espaço<br />
de 1000m2, estruturados com a mais<br />
nova tecnologia do mercado. O escritório<br />
possui uma ampla recepção<br />
para receber seus clientes, prospects<br />
e parceiros, dois centros de treinamento,<br />
e duas salas de convivência.<br />
Os centros de treinamento são expansíveis<br />
e podem acomodar mais de 100<br />
pessoas. Sua infraestrutura permite que<br />
a empresa faça palestras, workshops,<br />
vídeo conferências e treinamentos aos<br />
seus clientes. Além disso, os mesmos<br />
estão preparados para receber qualquer<br />
um dos seus equipamentos, desde o<br />
Ortho Workstation até o Vitros® 5600.<br />
Além do novo escritório, a Ortho<br />
Brasil também investiu no armazenamento<br />
dos produtos para acompanhar<br />
o crescimento da demanda em que foi<br />
construída uma nova câmara fria, que<br />
pode estocar três vezes mais produtos<br />
do que antes.<br />
Com isso, a Ortho está mais preparada<br />
para atender às demandas dos<br />
clientes e parceiros. Sua independência<br />
dá agilidade para auxiliar clientes a satisfazerem<br />
as necessidades do mercado.<br />
A empresa está mais flexível, eficaz,<br />
eficiente e responsiva ao mercado. Com<br />
a nova equipe completa e diferentes<br />
soluções, sistemas e processos, a Ortho<br />
está reimaginando o que é possível todos<br />
os dias, para tornar um futuro melhor<br />
e oferecer o melhor diagnóstico in<br />
vitro aos clientes e seus pacientes.<br />
Ortho Vision<br />
Vitros ® Automation Solution<br />
048<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
A Ortho Clinical Diagnostics é líder<br />
global de diagnóstico in vitro que<br />
atende laboratórios clínicos globais e às<br />
comunidades de imunohematologia em<br />
hospitais, redes hospitalares, bancos<br />
de sangue e laboratório em mais de<br />
120 países. Os produtos e serviços de<br />
alta qualidade da Ortho permitem aos<br />
profissionais de saúde tomarem decisões<br />
de tratamento mais adequadas. O<br />
propósito da Ortho é melhorar e salvar<br />
vidas através de diagnósticos precisos.<br />
Isso é feito reinventando o que é<br />
possível. É o que tem definido a Ortho<br />
por mais de 75 anos, e é o que os motiva<br />
a ir em frente.<br />
Para mais informações,<br />
visite www.orthoclinicaldiagnostics.com<br />
049
MEDTROP 2017<br />
MEDTROP 2017 tem como foco<br />
principais endemias nacionais<br />
Congresso abordará arboviroses, AIDS, sífilis, leishmaniose, chagas,<br />
hanseníase, malária e hepatites virais<br />
Entre os dias 27 e 30 de agosto Cuiabá<br />
sediará o 53º Congresso da Sociedade<br />
Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop),<br />
um dos principais eventos para<br />
abordagem das diversas endemias brasileiras<br />
das mais diversas regiões e realidades.<br />
Dentre os temas tratados estarão<br />
arboviroses, AIDS, sífilis, leishmaniose,<br />
Chagas, hanseníase, malária e hepatites<br />
virais. De acordo com a organização do<br />
evento, espera-se a presença de 2.000<br />
participantes durante esses dias.<br />
Ainda, o congresso abrigará outro<br />
evento que irá ocorrer simultaneamente:<br />
o ChagasLeish 2017. Composto pela XX-<br />
XII Reunião Anual de Pesquisa Aplicada<br />
em Doença de Chagas e a XX Reunião<br />
Anual de Pesquisa Aplicada em Leishmanioses,<br />
será constituído de oficinas,<br />
mesas e reuniões técnicas compostas por<br />
renomados cientistas, epidemiologistas<br />
e membros das diferentes agências de<br />
controle dessas doenças.<br />
A presidente do MedTrop 2017, Drª<br />
Marcia Hueb, espera um grande Congresso<br />
e já planeja a próxima edição.<br />
“Estamos caminhando na direção de<br />
um único evento anual que trará o que<br />
temos de melhor em desenvolvimento e<br />
pesquisa, atraindo tanto pesquisadores e<br />
profissionais dos serviços, quanto alunos<br />
da graduação à pós-graduação”, destaca.<br />
Temas<br />
Mesmo após o Ministério da Saúde<br />
declarar o fim da emergência nacional<br />
para o Zika e queda de casos Chikungunya,<br />
as arboviroses serão tema de destaque<br />
no evento. Serão abordados panoramas<br />
gerais, estatísticas, aspectos atuais<br />
para atualização científica, tratamento e<br />
diagnósticos laboratoriais dessas viroses.<br />
“As arboviroses serão destaque na<br />
programação. Doenças causadas por diferentes<br />
vírus que se enquadram nessa<br />
categoria sempre estiveram presentes<br />
nos contextos urbano e silvestre de nosso<br />
País; dengue, por exemplo, representando<br />
uma doença urbana de grandes<br />
proporções, desafio constante tanto na<br />
assistência, controle e prevenção, merece<br />
hoje grande destaque entre pesquisadores<br />
que se dedicam à produção de vacinas<br />
eficazes e estudo dos melhores esquemas;<br />
febre amarela, antes restrita ao<br />
ambiente silvestre e hoje com a ameaça<br />
da urbanização dessa que é uma doença<br />
imunoprevenível, mas que ainda representa<br />
causa importante de morbimortalidade<br />
no Brasil. Zika e Chikungunya,<br />
representando a nova face das arboviroses<br />
urbanas, com tanto ainda a se aprender<br />
de seus potenciais patogênicos e<br />
Evento ocorre entre os dias 27 e 30 de agosto no Centro de Eventos do Pantanal,<br />
Cuiabá, Mato Grosso.<br />
050<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
DISTRIBUIDORES<br />
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gestão laboratorial<br />
e profissional<br />
Alternativa prática e possível<br />
para rentabilizar pequenos e médios<br />
laboratórios clínicos no Brasil<br />
por Humberto Façanha da Costa Filho<br />
Introdução<br />
A conclusão da primeira edição da<br />
Seção NewsLab foi “... pelo exposto, fica<br />
claro que atualmente não basta simplesmente<br />
se formar e abrir um novo laboratório.<br />
Não existe mais espaço para a<br />
aventura, para o amadorismo na gestão<br />
destes negócios. Há sim, a imperiosa<br />
necessidade de gestões profissionais nos<br />
laboratórios. Se não formos competitivos,<br />
não sobreviveremos como<br />
empreendedores! É neste contexto<br />
que se insere a proposta desta nova<br />
seção da revista NewsLab: uma pequena<br />
colaboração para ajudar os gestores<br />
laboratoriais enfrentarem este grande<br />
desafio presente e futuro, não só da<br />
sobrevivência, mas de tornarem suas<br />
organizações competitivas e rentáveis! ”<br />
Cumprindo com o compromisso proposto,<br />
vamos falar de algo que efetivamente<br />
pode ajudar um grande número de gestores<br />
laboratoriais do País. Trata-se do<br />
software intitulado Programa de Proficiência<br />
em Gestão Laboratorial –<br />
PPGL, uma iniciativa inédita no setor, na<br />
medida em que não se trata unicamente<br />
de mais um sistema de informática para<br />
laboratórios. Ao contrário, ele não concorre<br />
com nenhum SIL, na medida em<br />
que não se propõe a executar as tarefas<br />
de cadastrar pacientes, exames, tempos<br />
de atendimento, entrega de resultados,<br />
interfaceamento, etc. Também não se<br />
propõe a concorrer com programas financeiros,<br />
fluxos de caixa, de logística<br />
(suprimentos, estoques, almoxarifado<br />
...), de controle da qualidade intrínseca<br />
(controles externos/internos), dentre<br />
outros. A proposta é viabilizar via<br />
internet, com baixo custo do aluguel<br />
de acesso, um software de<br />
contabilidade gerencial e de custos<br />
analítica e sintética, através<br />
de dois subsistemas: desempenho<br />
da produção e desempenho da organização.<br />
A contabilidade de custos<br />
pode ser dividida em contabilidade de<br />
custos sintética e contabilidade de custos<br />
analítica. A sintética visa ao registro<br />
e apuração das operações industriais.<br />
Estes registros consolidam e sintetizam<br />
o essencial resumido dos custos unitários<br />
calculados e detalhados na contabilidade<br />
de custos analítica. No caso do PPGL, o<br />
produto chamado de “Desempenho da<br />
organização” fica perfeitamente enquadrado<br />
na situação acima descrita. Já<br />
contabilidade de custos analítica objetiva<br />
detalhar a informação proveniente<br />
da transformação dos fatores (insumos)<br />
em produtos, o controle e a avaliação de<br />
desempenho de produtos, setores e operações<br />
(equipamentos).<br />
Processo decisório<br />
O processo decisório de um profissional<br />
consciente deve ser fundamentado<br />
em dados e fatos. A intuição será uma<br />
variável complementar. Aproximadamente<br />
setenta e cinco por cento das decisões<br />
médicas são baseadas em resultados<br />
de exames provenientes das análises<br />
clínicas. A importância destes exames<br />
fica evidente; então questionamos como<br />
os profissionais das análises clínicas tomam<br />
a importante decisão de assinar<br />
um exame? Somente com a segurança<br />
de um processo pré-analítico meticuloso<br />
e um analítico gerenciado por controles<br />
internos e externos que assegurem a<br />
precisão e a exatidão destes exames.<br />
Entretanto, é na fase final, pós-analítica,<br />
que acontece a verdadeira chancela do<br />
profissional para validar o exame, através<br />
da sua assinatura, certificando o resultado.<br />
E, como ocorre esta assinatura? Somente<br />
após, dentre outras providências,<br />
realizar anamnese, verificar resultados<br />
anteriores e, fundamentalmente, comparar<br />
os resultados obtidos com os respectivos<br />
valores de referência! Esta ação<br />
é determinante para a correta tomada de<br />
decisão em favor do paciente. Se assim<br />
é na área técnica que busca subsidiar o<br />
médico para salvar vidas, também deve<br />
ser na área da gestão organizacional,<br />
onde a vida a ser salva pelo gestor é a<br />
do próprio laboratório clínico. Este é o<br />
propósito essencial do Programa de Proficiência<br />
em Gestão Laboratorial – PPGL,<br />
que tem como visão aumentar a competitividade<br />
dos laboratórios clínicos do<br />
País, proporcionando uma justa remuneração<br />
aos seus acionistas. Comparando o<br />
PPGL com o macro processo que representa<br />
um laboratório clínico, veremos<br />
que o PPGL é suprido com os dados da<br />
organização, que devem ser os mais corretos<br />
possíveis, pois deles, como na fase<br />
pré-analítica, irá depender o resultado<br />
final. O programa em si representa a fase<br />
analítica, onde os dados (amostras dos<br />
pacientes) são processados, para após<br />
052<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
serem gerados laudos que finalmente<br />
serão assinados. Os laudos, neste caso,<br />
são todos os indicadores de desempenho<br />
(ID’s) resultantes, que devem ser analisados<br />
criticamente de forma sistêmica<br />
visando à tomada de providências em<br />
favor do laboratório clínico, que nesta situação,<br />
é o paciente. A análise crítica dos<br />
indicadores de desempenho representa<br />
a assinatura do laudo. E, como deve ser<br />
feita esta importante fase do processo de<br />
gestão laboratorial? De forma semelhante<br />
à área técnica, comparando com valores<br />
de referência pertinentes. E de onde obter<br />
estes valores de referência? Exatamente<br />
de um processo de benchmarking! Este<br />
processo é oriundo de um banco de dados<br />
de laboratórios clínicos do País, que serve<br />
de base para o programa. Então, de uma<br />
forma resumida é correto afirmar que<br />
a missão do PPGL é oferecer aos<br />
gestores dos laboratórios clínicos<br />
do País, um eficiente sistema de<br />
gestão com custo acessível. Ainda,<br />
esta é uma ferramenta basilar<br />
para a correta tomada de decisão<br />
fundamentada em comparações<br />
competitivas, influenciando de<br />
forma incisiva no incremento da<br />
lucratividade destes laboratórios<br />
clínicos, aumentando sua competitividade.<br />
Produtos<br />
Os produtos resultantes do PPGL são<br />
descritos a seguir:<br />
A) Desempenho da produção:<br />
1. Cálculo dos custos de produção<br />
dos exames;<br />
2. Rentabilidade de parâmetros (Exames);<br />
3. Rentabilidade de clientes (Convênios);<br />
4. Rentabilidade de equipamentos;<br />
5. Rentabilidade de setores (Áreas);<br />
6. Teste em tempo real de tabelas de preços<br />
de exames;<br />
7. Comparação dinâmica de tabelas de<br />
preços entre clientes.<br />
B) Desempenho da organização:<br />
1. Custos fixos, variáveis, receitas, indicadores<br />
de desempenho diversos – ID’s e<br />
ponto de equilíbrio;<br />
2. Análise cognitiva dos Indicadores de<br />
Desempenho (ID’s);<br />
3. Análise de negócios;<br />
4. Gestão de riscos.<br />
5. Análise da competitividade empresarial.<br />
O conjunto de relatórios que compõe<br />
os produtos contempla integralmente o<br />
ciclo PDCA de gestão, do planejamento<br />
até a tomada de ações corretivas/preventivas.<br />
O diferencial deste sistema está<br />
na sua aplicação prática imediata, da<br />
análise de um investimento a viabilidade<br />
individual de um exame, com resultados<br />
aderentes a realidade objetiva dos fatos<br />
que se busca representar. Ainda, são dadas<br />
sugestões práticas de formas como<br />
o modelo pode auxiliar nas decisões de<br />
gestão na empresa.<br />
Visão do PPGL<br />
O Programa de Proficiência em<br />
Gestão Laboratorial – PPGL tem como<br />
visão aumentar a competitividade dos<br />
053
gestão laboratorial<br />
e profissional<br />
laboratórios clínicos do País, proporcionando<br />
uma justa remuneração aos seus<br />
acionistas.<br />
Missão do PPGL<br />
O Programa de Proficiência em Gestão<br />
Laboratorial – PPGL tem como missão<br />
oferecer aos gestores dos laboratórios<br />
clínicos do País, um eficiente sistema de<br />
gestão, com custo acessível, ferramenta<br />
basilar para a correta tomada de decisão<br />
fundamentada em comparações competitivas,<br />
influenciando de forma incisiva<br />
no incremento da lucratividade destes<br />
laboratórios, aumentando sua competitividade.<br />
Objetivos do PPGL<br />
O Programa de Proficiência em Gestão<br />
Laboratorial – PPGL tem os seguintes<br />
objetivos:<br />
I. Socialização de um sistema<br />
de gestão profissional para o mais amplo<br />
conjunto de laboratórios do País.<br />
II. Promoção de um sistema de<br />
comparação de desempenho, ou seja,<br />
resultados de gestão administrativa,<br />
entre os laboratórios participantes do<br />
programa, assegurando a mais absoluta<br />
confidencialidade das informações.<br />
III. Prover aos gestores dos laboratórios<br />
uma ferramenta de auxílio às decisões<br />
administrativas, proporcionando o<br />
devido controle dos processos organizacionais.<br />
IV. Formação de um Banco de<br />
Dados, base das informações gerenciais<br />
de todo o sistema.<br />
V. Contribuir para a melhoria<br />
contínua dos processos de gestão administrativa<br />
pelo amplo acesso às informações<br />
do banco de dados.<br />
VI. Implantar um sistema de indicadores<br />
padronizados em nível nacional.<br />
VII. Estimular e capacitar os laboratórios<br />
para a utilização dos indicadores<br />
padronizados como ferramenta gerencial<br />
e criar referenciais adequados visando à<br />
execução de análises comparativas.<br />
VIII. Socializações das experiências<br />
bem sucedidas através de seminários<br />
periódicos entre os participantes do<br />
programa para disseminar as melhores<br />
práticas gerenciais.<br />
IX. Estimular a pesquisa científica<br />
e produzir novos conhecimentos pela<br />
análise dos dados gerados pelo PPGL,<br />
desenvolvendo a especialidade das análises<br />
clínicas no propósito de acompanhar<br />
as necessidades da população para receber<br />
uma atenção primária de saúde com<br />
qualidade.<br />
Conclusão<br />
O software que originou o PPGL já<br />
foi implantado de forma presencial<br />
em dezenas de laboratórios clínicos no<br />
Brasil, com absoluto sucesso conforme<br />
atestam os seus clientes, e hoje está<br />
disponível via internet com custo<br />
de acesso viável para os pequenos<br />
e médios laboratórios de qualquer<br />
região do País, basta ter à disposição<br />
um ponto da web.<br />
Boa sorte e sucesso!<br />
*Humberto Façanha da Costa<br />
Filho<br />
Professor e engenheiro, atualmente é<br />
diretor da Unidos Consultoria e Treinamento<br />
e do Laboratório Unidos de Passo Fundo/RS,<br />
professor do Centro de Ensino e Pesquisa<br />
em Análises Clínicas (CEPAC) da Sociedade<br />
Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e<br />
professor do Instituto Cenecista de Ensino<br />
Superior de Santo Ângelo (IESA), curso de<br />
Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />
054<br />
Revista NewsLab | Abr/Mai 17
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METRIFICAÇÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS - CASE DE UM LABORATÓRIO DE APOIO
laboratório em destaque<br />
056<br />
Laboratório Plinio Bacelar<br />
75 anos de tradição<br />
No começo, a intenção era auxiliar o<br />
diagnóstico dos seus pacientes, já que<br />
tinha especialização em Gastroenterologia,<br />
no início da década de 40. O que<br />
o médico Plinio Bacelar da Silva não<br />
imaginou foi que, a iniciativa pioneira<br />
de montar um laboratório de pesquisa<br />
anexo ao seu consultório, se tornaria referência<br />
em diversos setores de análises<br />
e pesquisas clínicas com certificações e<br />
acreditações nacionais e internacionais.<br />
O Laboratório de Pesquisas Clínicas Plinio<br />
Bacelar conta, atualmente, com a sede<br />
no Centro de Campos e 24 unidades de<br />
atendimentos que abrangem as regiões<br />
Norte Fluminense e Lagos. São 75 anos de<br />
história de compromisso com a qualidade,<br />
aliando tradição a novas tecnologias.<br />
“Ao longo de sua história, o Laboratório<br />
Plinio Bacelar investiu continuamente<br />
na melhoria de processos e serviços e<br />
adotou os mais rigorosos padrões tecnológicos<br />
e de segurança do país. E a<br />
expectativa, depois de mais de sete<br />
décadas de existência, é continuar auxiliando<br />
os diagnósticos em alto nível,<br />
permitindo o acesso aos serviços ao<br />
maior público possível e sempre atento<br />
às novas tecnologias e exigências da área<br />
da Saúde. Hoje, temos o que há de mais<br />
moderno do mundo, realizando exames<br />
mais simples como também os que<br />
requerem tecnologias mais modernas<br />
como: Biologia Molecular”, explicou o<br />
diretor administrativo, Pedro Bacelar.<br />
O primeiro pedido de exame enviado<br />
ao médico Plínio Bacelar por seu colega de<br />
profissão, o doutor Philippe Uébe, em 28<br />
de julho de 1942, é considerado o registro<br />
de fundação do laboratório. O documento<br />
encontra-se guardado pela família.<br />
De acordo com Pedro, na época, o<br />
minilaboratório informal em que o doutor<br />
Plínio pesquisava exames colhidos<br />
de seus pacientes a fim de auxiliar no<br />
tratamento deles foi ganhando fama e<br />
começou a ter demanda de colegas para<br />
pesquisas que colaborassem no diagnóstico<br />
de doenças de seus pacientes.<br />
“Meu avô era médico formado pela<br />
Faculdade Nacional de Medicina e exercia<br />
a especialidade de Clínica Geral e<br />
Cirurgia. Naquela época, médicos como<br />
ele eram considerados médicos de família<br />
e conselheiros a quem as pessoas<br />
recorriam para todo e qualquer problema<br />
de saúde. Como ele se dedicava<br />
às pesquisas, resolveu abrir uma sala<br />
anexa ao seu consultório na Av. Alberto<br />
Torres. Era ali, que analisava os materiais<br />
coletados de seus pacientes. Depois ele<br />
mudou-se para os altos da Farmácia<br />
Arlindo, na antiga Rua da Quitanda,<br />
atual Rua Theotônio Ferreira de Araújo.<br />
Somente na década de 60, o laboratório<br />
tornou-se uma empresa - Laboratório de<br />
Pesquisas Clínicas Ltda. Foi quando um<br />
de seus filhos, Carlos Bacelar, em 1969,<br />
retornou a Campos formado em ciên-<br />
cias biológicas e, mediante ao aumento<br />
da demanda pelos serviços oferecidos,<br />
viu a necessidade de se adequar à nova<br />
realidade. Apesar da resistência de meu<br />
avô, o laboratório ganhou o nome dele,<br />
porque popularmente todos se referiam<br />
a ele como laboratório do doutor Plino<br />
Bacelar”, relatou Pedro.<br />
Entre as décadas de 60 e 70, o laboratório<br />
ganhou outro perfil. Iniciou-se<br />
um processo de evolução de demanda<br />
de Medicina mais específica e exames<br />
mais avançados. Junto de seu pai, Carlos<br />
Bacelar contou com o irmão Eraldo que,<br />
após se formar farmacêutico bioquímico,<br />
passou a integrar a equipe. Outro momento<br />
importante veio a acontecer na<br />
década de 90, quando a empresa passou<br />
a focar nos convênios e na melhoria dos<br />
serviços oferecidos conforme lembrou o<br />
diretor administrativo. “Buscou-se novos<br />
equipamentos tecnológicos e a adesão<br />
à informatização. Em 1984, já tínhamos<br />
computadores no laboratório; criamos o<br />
primeiro site e começamos a trabalhar em<br />
rede em 1997 e dois anos depois, adquirimos<br />
um novo sistema, o Softlab, que está<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
conosco até hoje. Éramos o único laboratório<br />
totalmente informatizado”.<br />
Mas as conquistas não pararam por<br />
aí. O laboratório começou a priorizar<br />
profissionais altamente capacitados<br />
para integrar a equipe e adquiriu<br />
equipamentos de empresas de referência<br />
como: Johnson&Johnson, Siemens<br />
e Abbott. Com o desligamento<br />
do doutor Eraldo Bacelar, assumindo<br />
outros compromissos profissionais,<br />
chega a terceira geração da família<br />
com Renato Bacelar, biólogo responsável<br />
técnico, e Leonardo Bacelar, médico<br />
e consultor científico, ambos com<br />
especialização na área de análises<br />
clínicas, hematologia e microbiologia.<br />
Anos depois, a equipe ganharia o reforço<br />
de Pedro Bacelar, formado em biologia e<br />
administração de empresas, e da farmacêutica<br />
bioquímica Bettina Bacelar, os dois<br />
profissionais com pós-graduação em gestão<br />
em saúde e especialização em análises<br />
clínicas. Passou-se a buscar qualidade<br />
total na prestação de serviços.<br />
“Em 2001, o laboratório obteve a primeira<br />
certificação: o DICQ, auditado pela<br />
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas,<br />
tornando-se o quinto laboratório no estado<br />
do Rio e o primeiro no interior fluminense<br />
a ter essa certificação. Em 2005,<br />
depois de dois anos de auditoria, conseguimos<br />
a certificação ISO 9001, sendo a<br />
primeira a empresa do interior na área de<br />
Saúde”, orgulha-se Pedro.<br />
Em 2003, uma nova sede, instalada<br />
na Rua José do Patrocínio, foi inaugurada.<br />
O laboratório saiu do prédio<br />
da Lacerda Sobrinho, onde funcionou<br />
durante anos, e ganhou uma estrutura<br />
exclusiva dentro dos padrões nacionais<br />
e internacionais. A empresa, que já contava<br />
com uma unidade de atendimento<br />
na Av. Pelinca desde 1997, expandiu o<br />
atendimento a outros pontos do município<br />
e a cidades vizinhas. O objetivo era<br />
ampliar o acesso aos serviços a pacientes<br />
e descentralizar o atendimento.<br />
“Atualmente, o laboratório, com sua<br />
sede e unidades de atendimento, realiza<br />
mais de 250 mil exames por mês. Todos<br />
os exames e serviços são supervisionados<br />
por uma equipe de mais de 110<br />
colaboradores diretos e 80 indiretos”,<br />
finalizou Pedro Bacelar.<br />
057
informe de mercado<br />
Informes de Mercado<br />
Esta seção é um espaço publicitário dedicado<br />
para a divulgação e ou explanação dos produtos e<br />
lançamentos do setor.<br />
Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />
Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />
O Lúpus Eritematoso Sistêmico<br />
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é<br />
uma doença auto-imune caracterizada<br />
pela produção de anticorpos anti-nucleares.<br />
Os anticorpos mais associados com<br />
LES são aqueles dirigidos contra desoxirribonucleoproteína<br />
(DNP). Anti-DNP<br />
podem ser encontrados em mais de 90%<br />
dos pacientes não tratados com LES. Os<br />
pacientes geralmente apresentam inflamação<br />
da pele. O LES é potencialmente<br />
fatal quando rim, pulmões, células do<br />
sangue ou do sistema nervoso central<br />
são afectados.<br />
Os sintomas<br />
O LES pode afetar pessoas de qualquer<br />
idade, mas atinge principalmente mulheres<br />
jovens em idade fértil. Lúpus faz<br />
com que o sistema imune ataque as suas<br />
próprias células do corpo. O lúpus pode<br />
causar problemas articulares graves e dor<br />
muscular, cansaço extremo, febre, erupções<br />
cutâneas, e pode levar à falência de<br />
órgãos e morte.<br />
As estatísticas<br />
Lúpus eritematoso sistêmico afeta<br />
uma estimativa conservadora de 322.000<br />
para possivelmente mais de um milhão<br />
de pessoas nos Estados Unidos. Devido<br />
à falta de informação epidemiológica<br />
definitivo, o número exato de pessoas<br />
com lúpus é actualmente desconhecida.<br />
No Brasil estima-se uma incidência anual<br />
em torno de 8,7 casos para cada 100.000<br />
pessoas. Cerca de nove em cada dez indivíduos<br />
com lúpus são mulheres.<br />
Cerca de um terço das mortes ocorrem<br />
entre os homens e mulheres com idade<br />
inferior a 45. Durante 1979-1998, o número<br />
anual de mortes de lúpus subiu de<br />
879 para 1406, com um total de 22.861<br />
mortes durante um período de 20 anos.<br />
O tratamento do LES<br />
Não há cura conhecida para o lúpus,<br />
mas há tratamento efetivo.Diagnóstico<br />
precoce e tratamento imediato são vitais<br />
para reduzir o impacto físico e econômico<br />
do lúpus.<br />
Ao desenvolver um plano de tratamento,<br />
o médico tem vários objetivos:<br />
prevenir as “explosões”, tratá-las quando<br />
elas ocorrem, e para minimizar as complicações.<br />
O médico e paciente devem<br />
reavaliar o plano regularmente para garantir<br />
que ele é tão eficaz quanto possível.<br />
Trabalhando em estreita colaboração<br />
com o médico ajuda a garantir que os<br />
tratamentos para o lúpus sejam tão bem<br />
sucedidos quanto possível. Devido alguns<br />
tratamentos poderem causar efeitos colaterais<br />
nocivos, é importante comunicar<br />
imediatamente quaisquer novos sintomas<br />
ao médico. Também é importante<br />
não parar ou mudar tratamentos sem<br />
falar com o médico primeiro.<br />
O LES-Latex EBRAM<br />
O Teste LES-LATEX EBRAM é um<br />
ensaio de aglutinação em látex para a<br />
detecção qualitativa e semi-quantitativa<br />
de anti-desoxirribonucleoproteína (anti-<br />
-DNP) em soro humano. Composto de<br />
partículas de látex de poliestireno sensibilizadas<br />
com DNP que em contato com<br />
soro humano contendo anticorpos anti-<br />
-DNP forma uma visível aglutinação no<br />
tempo máximo de 2 minutos. Mesmo<br />
não sendo um teste específico, a determinação<br />
de anti-DNP é considerado um<br />
marcador diagnóstico para LES segundo<br />
critérios do ACR (American College of<br />
Rheumatology), pois sugere a presença<br />
de autoanticorpos, podendo direcionar o<br />
raciocínio clínico e a investigação laboratorial<br />
para a pesquisa de autoanticorpos<br />
específicos.<br />
EBRAM<br />
Tel.: (11) 2291-2811<br />
ebram@ebram.com<br />
www.ebram.com<br />
058<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
Bioquímica BULK<br />
Mais economia por teste<br />
A linha de Bioquímica BULK foi desenvolvida pela Ebram especialmente<br />
para os laboratórios que buscam reduzir o custo por teste sem perder o<br />
padrão de qualidade e performance dos reagentes.<br />
PRODUTO<br />
QUIMIURIC - ÁCIDO ÚRICO<br />
QUIMIALB - ALBUMINA<br />
QUIMIBIL-D- BILIRRUBINA DIRETA<br />
QUIMIBIL – T- BILIRRUBINA TOTAL<br />
QUIMICREA – CREATININA<br />
QUIMIGLIX OX - OXIDASE<br />
QUIMIPROT - PROTEÍNA TOTAL<br />
QUIMIURE - URÉIA<br />
QUIMICAL - CÁLCIO<br />
QUIMIFER – FERRO<br />
QUIMIFOS – FÓSFORO<br />
QUIMIMAG – MAGNÉSIO<br />
QUIMICOL – COLESTEROL<br />
QUIMICOL-H- HDL COLESTEROL ULTRA - SENSÍVEL<br />
QUIMITRI – TRIGLICÉRIDES<br />
QUIMIAMIL – AMILASE<br />
QUIMIALT – ALT/TGP<br />
QUIMIAST - AST/TGO<br />
QUIMINAC – CKNAC<br />
QUIMIMB – CKMB<br />
QUIMIDHL – LACTATO DESIDROGENASE<br />
QUIMIFAL - FOSFATASE ALCALINA<br />
QUIMIGAMA – GAMA GT<br />
QUIMICLORO – CLORETOS<br />
APRESENTAÇÕES<br />
1x 500mL<br />
1x 500mL<br />
R1= 1x 200mL / R2=1x 5mL<br />
R1= 1x 200mL /R2= 1x5mL<br />
1x 500mL<br />
1x 500mL<br />
1x 500mL<br />
1x 500mL<br />
1x 500mL<br />
R1= 1x 200mL / R2= 1x50mL<br />
1x 500mL<br />
1x 500mL<br />
1x 500mL<br />
R1= 1x 210mL / R2= 1x 70mL / P= 1x 1mL<br />
1x 500mL<br />
1x 200mL<br />
1x 500mL<br />
1x 500mL<br />
R1= 1x 200mL / R2= 1x 50mL<br />
R1= 1x 200mL / R2= 1x 50mL / S.C.= 1x 1,0mL<br />
R1=1x 200mL / R2= 1x 50mL<br />
R1= 1x 200mL / R2= 1x 50mL<br />
R1= 1x 200mL / R2= 1x 50mL<br />
1x 200mL / P= 1x 1mL<br />
Menor custo por teste<br />
Frascos de 200mL a 500mL<br />
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qualidade Ebram<br />
Estabilidade prolongada<br />
dos reagentes<br />
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informe de mercado<br />
O efeito do aumento da retenção da osmose reversa<br />
Como funciona a Osmose<br />
Reversa (OR)?<br />
É um processo de separação e concentração.<br />
A água com impurezas é transportada<br />
por uma membrana semipermeável<br />
sob pressão e parte desta água atravessa a<br />
membrana (permeado), deixando praticamente<br />
todas as impurezas retidas na água<br />
restante (concentrado), que é direcionada<br />
ao dreno. A proporção de água de entrada<br />
que se torna permeado é conhecida como<br />
a taxa de retenção da OR (geralmente expressa<br />
em porcentagem).<br />
Quando é que podemos ajustar<br />
a retenção da OR?<br />
A taxa de recuperação da OR pode<br />
ser aumentada se a água que entra no<br />
equipamento estiver livre de impurezas<br />
de baixa solubilidade, quer por terem<br />
sido removidas por pré-tratamento ou<br />
devido à ausência desses contaminantes<br />
da água de entrada. Por outro lado, se a<br />
qualidade da água de alimentação cair ou<br />
se o sistema de pré-tratamento falhar, a<br />
taxa de recuperação pode ser reduzida<br />
para evitar danos à membrana.<br />
Quais são os benefícios do<br />
aumento da retenção da OR?<br />
A principal razão para o aumento<br />
da taxa de recuperação é desperdiçar<br />
menos água para o dreno. No entanto,<br />
nem sempre isto é possível, principalmente<br />
devido à qualidade da<br />
água de alimentação.<br />
Quando aumentar a retenção<br />
é uma opção viável?<br />
É difícil termos uma resposta definitiva,<br />
uma vez que cada água de alimentação<br />
é diferente em relação a sua<br />
composição, mas, em geral, para as<br />
unidades que são alimentadas com água<br />
com baixa quantidade de contaminantes.<br />
Nós podemos fornecer informações<br />
mais precisas, com análises completas<br />
da água de entrada e seus resultados de<br />
índices de turbidimetria.<br />
Para mais informações:<br />
www.veoliawatertech.com/latam e<br />
watertech.marcom.latam@veolia.com<br />
Fujirebio contribuindo para a inovação no<br />
tratamento médico<br />
A Fujirebio, é uma empresa japonesa<br />
que lida com a fabricação e venda de reagentes<br />
e equipamentos para diagnóstico<br />
clínico e sistemas de ensaio. Foi fundada<br />
em 1950 sob o nome de Fujizoki Pharmaceutical,<br />
Co., Inc. e originalmente desenvolvido<br />
e fabricado produtos farmacêuticos.<br />
Em 1983 seu nome foi mudado<br />
a Fujirebio Inc. Este nome é uma fusão<br />
do FUJI conhecido, do ícone famoso de<br />
Japão, Monte Fuji, RE da palavra inglesa<br />
“revival”, e BIO da palavra grega bios, que<br />
significa a “vida” . Em 2005 o negócio da<br />
Fujirebio foi integrado ao da SRL (“Special<br />
Reference Laboratories”, criado em<br />
1970) e, portanto, a Fujirebio Inc. passou<br />
a ser holding da Miraca Holdings Inc.<br />
A Fujirebio é líder global na fabricação<br />
de equipamentos para testes de diag-<br />
nósticos clinico de alta qualidade, sistema<br />
de ensaio e biomarcadores.<br />
Nossas linhas de produtos vão de testes<br />
manuais especializados até soluções<br />
de testes laboratoriais clínicos de rotina<br />
totalmente automatizados.<br />
Com seu amplo portfólio de produtos,<br />
a Fujirebio fornece os melhores<br />
produtos de diagnóstico para laboratórios<br />
de todo o mundo, permitindo<br />
que os profissionais de saúde gerenciem<br />
melhor uma grande variedade de<br />
doenças.<br />
Atendemos através de uma rede de parceiros<br />
e distribuidores em todo o mundo.<br />
Fujirebio<br />
Alameda Rio Negro, 585 cj.<strong>142</strong><br />
Barueri / SP<br />
Tel.: (11) 2176-2070<br />
www.fujirebio-europe.com<br />
060<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
informe de mercado<br />
Desafio Universitário | Bio-Rad<br />
Como podemos melhorar a segurança dos resultados nos exames clínicos<br />
através do Controle de Qualidade?<br />
A Bio-Rad lançou um desafio universitário<br />
sobre Controle de Qualidade.<br />
Com o intuito de se aproximar cada<br />
vez mais do público universitario, eles<br />
vão propor ideias para esse importante<br />
tema: Como Podemos Melhorar a segurança<br />
dos resultados nos exames clínicos<br />
através do Controle de Qualidade?<br />
O objetivo desse desafio, é aculturar os<br />
universitários a entender o que é o controle<br />
de qualidade e a sua importância.<br />
Qualquer pessoa com idade entre 18<br />
e 30 anos e universitário, pode participar<br />
do desafio enviando a ideia ou uma<br />
solução para: sougenial.com.br até o dia<br />
27/08/2017 às 23h59. O regulamento<br />
você encontra no site do sougenial.<br />
As 3 melhores ideias irão ganhar:<br />
1° Lugar - Estágio de Férias no escritório<br />
da Bio-Rad de São Paulo, inscrição<br />
para o congresso CBPC - Congresso<br />
Brasileiro de Patologia Clínica, e um curso<br />
patrocinado pela SBPC - Sociedade Brasileira<br />
de Patologia Clínica;<br />
2° Lugar - Inscrição para o congresso<br />
da CBPC -Congresso Brasileiro de Patologia<br />
Clínica e um curso patrocinado pela<br />
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica;<br />
3° Lugar - Inscrição para o Congresso<br />
da CBPC - Congresso Brasileiro de Patologia<br />
Clínica.<br />
Queremos garantir que esse controle<br />
de qualidade seja feito com a frequência<br />
adequada para que realmente os exames<br />
sejam confiáveis.<br />
Convidamos você a compartilhar o seu<br />
conhecimento para criarmos soluções<br />
para essa importante questão de Controle<br />
de Qualidade.<br />
Sobre Controle de Qualidade.<br />
O controle de qualidade em laboratórios<br />
é um processo utilizado para monitorar<br />
e avaliar um processo analítico que<br />
produz o resultado do paciente. Esse processo<br />
requer ensaios regulares dos produtos<br />
de controle de qualidade em paralelo<br />
com as amostras do paciente, assim<br />
como a comparação dos resultados do<br />
controle de qualidade com limites estatísticos<br />
específicos (ranges).<br />
Para saber sobre Controle de Qualidade:<br />
http://www.qcnet.com/br<br />
Quer conhecer os nossos Controles de<br />
Qualidade? http://www.bio-rad.com/<br />
Convidamos você a compartilhar o seu<br />
conhecimento para criarmos soluções<br />
para essa importante questão de Controle<br />
de Qualidade.<br />
Tem uma ideia? Inscreva.<br />
www.sougenial.com.br<br />
As participações serão aceitas<br />
até 27/08/2017 ás 23h59.<br />
Seja essa transformação.<br />
062<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
Bio-Rad Laboratories<br />
TESTES PARA DOENÇ AS I NFECCIOSAS<br />
Geenius Sistema Confirmatório para HIV 1/2<br />
Uma Virada de Jogo<br />
Teste Unitário<br />
Diferenciação entre HIV-1 e HIV-2<br />
Protocolo com 3 passos e resultados em<br />
menos de 30 min.<br />
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Baixa taxa de resultados indeterminados<br />
Desempenho com alta sensibilidade<br />
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0800 200 8900 (demais localidades) | suportecientifico@bio-rad.com<br />
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Critérios de positividade simples e de<br />
fácil interpretação<br />
Excelente taxa de diferenciação
informe de mercado<br />
Bio Advance lança teste de precisão para Câncer Colorretal<br />
O câncer colorretal abrange tumores<br />
que acometem um segmento do intestino<br />
grosso (o cólon) e o reto. É tratável<br />
e, na maioria dos casos, curável, ao ser<br />
detectado precocemente, quando ainda<br />
não se espalhou para outros órgãos.<br />
Grande parte desses tumores se inicia a<br />
partir de pólipos, lesões benignas que<br />
podem crescer na parede interna do intestino<br />
grosso. Uma maneira de prevenir<br />
o aparecimento dos tumores seria a detecção<br />
e a remoção dos pólipos antes de<br />
eles se tornarem malignos.<br />
Estimativa de novos casos:<br />
34.280, sendo 16.660 homens e 17.620<br />
mulheres (2016 - INCA)<br />
Começando estágios de câncer de cólon<br />
são assintomáticos. A quantidade de sangue<br />
nas fezes é tão mínima, ele só pode ser<br />
detectado com um teste de triagem.<br />
Uma vez que o câncer se espalha,<br />
pode afetar a capacidade do intestino<br />
para executar algumas de suas funções,<br />
incluindo livrar o corpo de resíduos. Perda<br />
de peso inexplicável e/ou alterações<br />
nos hábitos intestinais podem ser considerados<br />
sinais de alerta de Câncer de<br />
Cólon.<br />
Algumas dessas alterações podem<br />
incluir:<br />
• Constipação<br />
• Sangramento retal<br />
• Dor abdominal (inchaço, gases ou cólicas)<br />
• Mudança na frequência de evacuações<br />
• Mudança na consistência das fezes (fezes<br />
moles ou líquidas)<br />
• Sangue nas fezes (ou como manchas<br />
vermelhas brilhantes ou fezes escuras<br />
“alcatrão”)<br />
• Sentimento de incapacidade de esvaziar<br />
completamente suas entranhas<br />
O Teste Rápido Onsite Sangue<br />
Oculto nas Fezes (FOB) promove resultados<br />
altamente sensíveis e de fácil<br />
leitura, sem restrições alimentares.<br />
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especialmente elaborado para detectar<br />
baixos níveis de sangue humano oculto<br />
nas fezes a uma sensibilidade de 50ng/ml.<br />
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Todos produtos NEOLAB são testados<br />
em nosso laboratório parceiro para fins<br />
de validação.<br />
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064<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
TM<br />
Testes Rápidos HCV e HBsAg<br />
Detecção da infecção por HBV e HCV com apenas 1 teste<br />
TRIAGEM HBV E HCV<br />
O vírus da hepatite B (HBV) e o vírus da hepatite C (HCV) são os dois agentes infecciosos mais comuns transmitidos pelo<br />
sangue.<br />
• Cerca de 5% da população mundial tem infecção crônica por HBV<br />
• Mais de 3% da população mundial está infectada pelo HCV<br />
• HCV e HBsAg causam frequentemente co-infecções<br />
A pessoa infectada ou os portadores assintomáticos com HCV e HBV são os únicos reservatórios da infecção. A OMS<br />
recomenda o uso de imunoensaios altamente sensíveis e específicos contra o antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg)<br />
e Hepatite C para monitorar a infecção de hepatite e controlar a distribuição e doação de sangue, uma vez que a pronta<br />
identificação desses pacientes são a chave para prevenir a transmissão de HBV e HCV.<br />
TESTES RÁPIDOS ONSITE POR CTK<br />
CTK Biotech oferece os testes de HBsAg e HCV Ab para triagem da hepatite com os seguintes benefícios:<br />
Cat # Produto Detecção Amostra Tempo Teste<br />
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R0042C<br />
Teste Rápido HBsAg Combo<br />
2 linhas de teste para HBsAg<br />
S, P e WB 15 min<br />
Características:<br />
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Detecta HBsAg ou HCV com apenas 1 teste<br />
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adequadas para os cuidados emergenciais<br />
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tomar medidas imediatas<br />
Não é necessário o uso de equipamentos<br />
Armazenamento em temperatura ambiente<br />
Negativo<br />
Positivo<br />
Inválido<br />
C<br />
C<br />
C<br />
15 minutos<br />
T<br />
T<br />
T<br />
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1 gota de diluente de amostra Resultados<br />
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San Diego, CA 92121, USA Fax: 1(858) 535.1739
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em todo o território nacional através de<br />
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é a única empresa especializada<br />
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análises clínicas dos mais variados portes,<br />
em diferentes localidades, produtores de<br />
material genético, centros de pesquisa,<br />
universidades, bancos de sangue, Hemocentros<br />
e instituições de saúde em geral.<br />
Fazemos o gerenciamento da cadeia<br />
logística ponto a ponto, garantindo a<br />
estabilidade das amostras durante o trajeto,<br />
a rastreabilidade e a segurança física<br />
dos mesmos, através de modernos sistemas<br />
de acondicionamento, embalagem,<br />
transporte e monitoramento seguindo as<br />
exigências e requisitos da RDC ANVISA<br />
Nº 20 e RDC ANVISA Nº 16.<br />
Certificada na norma ISO 9001:2008,<br />
segue rigorosamente as normas exigidas<br />
pelos órgãos regulamentadores, reconhecido<br />
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Accreditation Service), organização britânica<br />
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garantir a integridade e excelência das<br />
operações técnicas conforme padrões<br />
internacionais.<br />
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em todo o processo de análise clínica.<br />
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066<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
informe de mercado<br />
Benefícios das dietas vegetarianas<br />
Pesquisadores têm despendido esforços<br />
na tentativa de estabelecer um<br />
modelo adequado de dieta, o qual se<br />
caracteriza pela ingestão de alimentos<br />
suficientes para prevenir deficiências<br />
nutricionais e suprir as necessidades<br />
energéticas para a manutenção da vida,<br />
mas, além disso, pode ser considerado<br />
ótimo quando for capaz de reduzir o<br />
risco de doenças crônicas, melhorar os<br />
níveis de qualidade de vida e a longevidade.1<br />
As dietas que incluem o consumo<br />
de carnes são chamadas de onívoras<br />
e as práticas vegetarianas além da<br />
supressão da carne, consomem maior<br />
quantidade de vegetais, frutas, cerais,<br />
legumes, nozes, castanhas e uma menor<br />
quantidade de gordura saturada.<br />
Estas variam quanto ao tipo: a vegana,<br />
que não consome produtos provenientes<br />
do reino animal; a lacto-vegetariana<br />
que consome leite e laticínios; e, a ovolactovegetariana,<br />
que inclui também o<br />
consumo de ovos.2<br />
Estudos têm avaliado a relação entre<br />
alimentação e doenças em grupos específicos,<br />
com o objetivo de analisar o<br />
efeito das dietas no controle de doenças<br />
crônicas como diabetes mellitus e doenças<br />
cardiovasculares. Se no passado<br />
estudavam-se os problemas causados<br />
pela deficiência nutricional de dietas<br />
restritivas, atualmente o interesse é<br />
avaliar os seus benefícios à saúde. Alguns<br />
estudos estão trazendo uma mudança,<br />
associando as dietas vegetarianas<br />
mais à saúde que à doença. Quando<br />
desequilibradas, as dietas vegetarianas<br />
podem causar deficiências nutricionais,<br />
no entanto, se bem equilibradas<br />
podem prevenir essas deficiências e<br />
também algumas doenças crônicas.3 O<br />
consumo de proteínas por vegetarianos<br />
geralmente é menor que o de onívoros.<br />
A composição das proteínas de origem<br />
vegetal é considerada incompleta por<br />
não possuir todos os aminoácidos essenciais.<br />
No entanto, isto não constitui<br />
uma limitação para a dieta vegetariana,<br />
pois pode ser compensada pela combinação<br />
de alimentos complementares,<br />
como soja, verduras, legumes, nozes,<br />
sementes e grãos integrais.1<br />
Teixeira et al3 realizaram um estudo<br />
para analisar o perfil nutricional, estilo<br />
de vida e alimentação de vegetarianos<br />
e onívoros e, quantificar e comparar<br />
o risco para sobrepeso, obesidade e<br />
hipercolesterolemia, em dois grupos<br />
de indivíduos, entre 35 e 64 anos de<br />
idade, classificados de conforme o<br />
tipo de alimentação: onívora ou vegetariana.<br />
Dentre os resultados obtidos,<br />
destacam-se que os percentuais de<br />
sobrepeso, obesidade central e hipercolesterolemia<br />
foram menores nos vegetarianos.<br />
Estes também apresentaram<br />
concentrações mais baixas de Colesterol<br />
Total, LDL-colesterol, Triglicérides e<br />
Glicemia de jejum. Os casos de anemia<br />
foram identificados nos dois grupos na<br />
mesma proporção. Os resultados obtidos<br />
no estudo sugerem que as dietas<br />
vegetarianas parecem oferecer melhores<br />
condições de saúde, sem produzir<br />
deficiências nutricionais importantes,<br />
além de prevenir as doenças crônicas,<br />
através de maior controle dos fatores<br />
de risco. O estudo também conclui que<br />
a alimentação onívora com excesso de<br />
proteínas e gorduras de origem animal,<br />
confere maior risco para o desenvolvimento<br />
de doenças crônicas, em especial<br />
a hipertensão arterial, diabete,<br />
dislipidemia, aterosclerose e obesidade,<br />
sendo o vegetarianismo uma opção<br />
para prevenção e tratamento destes<br />
agravos. Estudos como este têm evidenciado<br />
os benefícios das dietas baseadas<br />
em vegetais sobre as baseadas em<br />
carne animal.3<br />
Para Baena, 2015, a dieta vegetariana<br />
além de reduzir o consumo de substâncias<br />
associadas ao desenvolvimento de<br />
doenças crônicas eleva o consumo de<br />
substâncias como fitoquímicos e fibras,<br />
que oferecem benefícios para a saúde.<br />
É importante uma análise cuidadosa<br />
individualizada da dieta com objetivo<br />
de obter máximos benefícios e mínimos<br />
riscos para saúde.1<br />
A Biotécnica disponibiliza em sua<br />
linha de produtos os kits de Colesterol,<br />
Triglicérides, HDL Colesterol, LDL Colesterol,<br />
Glicose, Sódio, Pótássio, Ácido<br />
Úrico, dentre outros utilizados na avaliação<br />
de riscos cardiovasculares e doenças<br />
crônicas.<br />
Baby Maria Ferreira<br />
Biotécnica Ind. e Com. Ltda<br />
sac@biotecnicaltda.com.br<br />
+55 35 3214.4646<br />
Referências Bibliográficas:<br />
1. BAENA, R.C. Dieta Vegetariana:<br />
Riscos e Benefícios. Diagn. Tratamento.<br />
2015;20(2):56-64.<br />
2. COUCEIRO, P.; SLYWITH, E.; LENZ,<br />
F. Padrão alimentar da dieta vegetariana.<br />
Einstein. 2008; 6(3):365-73<br />
3. TEIXEIRA, R.C.M.A. et al. Estado<br />
nutricional e estilo de vida em vegetarianos<br />
e onívoros – Grande Vitória – ES. Rev. Bras.<br />
Epidemiol. 2006; 9(1): 131-43.<br />
068<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
informe de mercado<br />
Iricell 3000 - Levando a urinálise para o futuro<br />
Atualmente os departamentos de<br />
urinálise precisam de uma tecnologia<br />
reconhecidamente eficiente e estratégias<br />
inovadoras para poder crescer e manter<br />
sob controle os gastos do setor. Por isso<br />
a Beckman Coulter, através do portfólio<br />
Iris – pioneira na análise de partículas<br />
urinárias através de imagem, oferece<br />
ao mercado brasileiro uma solução<br />
comprovada em urinálise. Iricell 3000, o<br />
completo sistema automatizado da Iris,<br />
otimiza e avança a urinálise e os testes<br />
de fluído corporal por meio de sua patenteada<br />
tecnologia de Morfologia de<br />
Fluxo Digital —uma metodologia única,<br />
concebida especificamente para a avaliação<br />
de sedimentos do módulo da série<br />
IQ200, e que usa a inteligência artificial<br />
não apenas para minimizar a subjetividade<br />
do resultado, mas para potencializar a<br />
produtividade de seu laboratório.<br />
Mas como funciona a Morfologia<br />
de Fluxo Digital?<br />
A Morfologia de Fluxo Digital é uma<br />
metodologia singular no Brasil, já que<br />
captura a imagem, isola, identifica e<br />
caracteriza o sedimento urinário organizado<br />
na tela, praticamente eliminando<br />
a necessidade do exame microscópico*.<br />
O módulo da série iQ 200 envelopa a<br />
Esquema ilustrativo da metodologia de captura de imagem<br />
amostra entre camadas de lâmina, que<br />
passa em frente a um microscópio acoplado<br />
a uma câmera de vídeo CCD. A<br />
laminação é o planar equivalente ao foco<br />
hidrodinâmico axial, muito utilizado para<br />
posicionar células em determinados tipos<br />
de citômetros de fluxo, porém utilizando<br />
imagens ao invés de fluorescência. Essa<br />
laminação posiciona a amostra exatamente<br />
dentro da profundidade do foco e<br />
do campo de visão da lente objetiva do<br />
microscópio. Ela tem a vantagem adicional<br />
de obter orientação ortoscópica<br />
da partícula, apresentando partículas<br />
assimétricas com seu maior perfil direcionado<br />
para captação da imagem.<br />
Até 500 quadros por amostra são<br />
capturados através da câmera digital<br />
CCD. Em cada um destes 500 quadros,<br />
as imagens das partículas são separadas<br />
e individualizadas para que<br />
suas características sejam analisadas. O<br />
exclusivo software APR (auto-particule<br />
recognition) - uma complexa rede neural<br />
de algoritmos formados da análise de<br />
mais de 26.000 imagens conhecidas de<br />
partículas - mensuram cada sedimento<br />
a partir de 4 características: TAMANHO,<br />
FORMA, CONTRASTE e TEXTURA. O<br />
seu resultado matemático gera a categorização<br />
de cada sedimento em uma<br />
dentre as doze auto-classificações disponíveis:<br />
hemácias, leucócitos, leucócitos<br />
agrupados, cilindros hialinos, cilindros<br />
não classificados, células epiteliais escamosas,<br />
células epiteliais não escamosas,<br />
bactérias, leveduras, cristais, muco e<br />
esperma (além de “não-classificado”).<br />
Existe ainda a possibilidade do usuário<br />
identificar o sedimento em outras 27<br />
subclassificações predefinidas, para a<br />
distinção de tipos específicos de cilindros,<br />
Esquema ilustrativo da classificação das partículas<br />
*Accordini, A. Conti, L. Gasparini, C. Motta, A Dalmazzo, M. Caputo; Automated Microscopy and Screening of Bacteriuria [Translated from original<br />
presentation in Italian]; 21 Congresso Nazionale SIMeL, Riva del Garda, 25 – 27 October 2007<br />
070<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
MAIS<br />
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MENOS<br />
MICROSCÓPIO<br />
IRICELL 3000 é o único sistema totalmente automatizado de química e microscopia de urina que:<br />
› Usa a Morfologia do Fluxo Digital para auto-classificar 12 partículas e sub-classificar 27 partículas, reduzindo<br />
significativamente as taxas manuais de revisão microscópica<br />
› Agrupa a apresentação das partículas por categoria, simplificando o trabalho de validação dos elementos<br />
anormais das amostras<br />
› Anexa imagens digitais para treinamento e avaliação médica adicional<br />
› Opcionalmente executa fluidos corporais para análise rápida e fácil<br />
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© 2016 Beckman Coulter, Inc. Todos os direitos reservados. Beckman Coulter, o logotipo estilizado<br />
e os nomes de produtos e serviços da Beckman Coulter aqui mencionados são marcas comerciais<br />
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informe de mercado<br />
Exemplo de tela de resultados na categoria selecionada<br />
Glóbulos Vermelhos<br />
cristais, células epiteliais não escamosas<br />
(células de epitélio de transição e renal),<br />
hemácias dismórficas e outros.<br />
As partículas classificadas são organizadas<br />
e visualizadas por categoria<br />
(vide exemplo), otimizando o trabalho<br />
do analista ao observar lado a lado as<br />
imagens classificadas da mesma forma,<br />
agilizando assim sua validação e liberação<br />
da amostra. Existe também a opção<br />
de auto-liberação de resultado, que pode<br />
ser parametrizada pelo laboratório, tornando<br />
o sistema mais ágil para as amostras<br />
normais.<br />
A Morfologia de Fluxo Digital proporciona<br />
a padronização da análise de<br />
sedimentos, tornando-a mais objetiva<br />
e reprodutível. Com o sistema completo<br />
de urinálise Iricell 3000 o laboratório<br />
acelera a entrega de resultados<br />
precisos com menor subjetividade. É a<br />
melhoria do fluxo de trabalho com a<br />
qual seu laboratório pode contar.<br />
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de álcool isopropílico a 70%, utilizado na assepsia de pele reduzindo<br />
a quantidade de microorganismos em lesões e cortes, usado também na<br />
preparação da pele para aplicações endovenosas, coleta de sangue, injeções<br />
e punções.<br />
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072<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
informe de mercado<br />
Fanem apresenta o estado da arte em<br />
Câmaras de Conservação<br />
A Fanem, multinacional brasileira que<br />
fabrica produtos inovadores nas áreas de<br />
neonatologia e de laboratórios, apresentou<br />
lançamentos e novidades que valorizam<br />
ainda mais o seu portfólio de produtos<br />
diferenciados, durante a Hospitalar 2017.<br />
A nova família de Câmaras Hematoimuno<br />
3357 emprega o conceito Design<br />
Thinking e é o “estado da arte” em câmaras<br />
de conservação de imunobiológicos e<br />
hematológicos. Sua concepção levou em<br />
conta pesquisas com usuários e normas<br />
internacionais, resultando em excelente<br />
usabilidade, equilíbrio térmico e eficiência<br />
no consumo de energia. O projeto<br />
incorporou investimentos em modernos<br />
processos industriais e alta tecnologia.<br />
Desenvolvido exclusivamente para o<br />
produto, o sistema de refrigeração modular<br />
Plugin, da Embraco, um dos maiores<br />
fabricantes de sistemas de refrigeração<br />
do mundo, proporciona economia de<br />
até 40% no consumo de energia e utiliza<br />
hidrocarboneto (fluido refrigerante CFC<br />
free) ecologicamente correto.<br />
Criadas exclusivamente para a<br />
conservação de insumos, as câmaras<br />
possuem avançadas características de<br />
isolamento térmico que permitem que<br />
as temperaturas sejam mantidas por<br />
horas, além do sistema opcional EBS<br />
(Energy Backup System), que ajuda a<br />
garantir dias de autonomia do equipamento,<br />
em pleno funcionamento. Emprega,<br />
ainda, conceitos de IoT (Internet<br />
das Coisas) e de conectividade – conexões<br />
wi-fi, ethernet e bluetooth – e<br />
estão aptas à integração com as soluções<br />
da Sensorweb para monitoramento<br />
e controle à distância. A tecnologia<br />
SensyColor (patente Fanem), altera a<br />
cor da iluminação interna conforme a<br />
variação de temperatura e dá suporte<br />
aos alarmes sonoros e visuais.<br />
As câmaras estarão disponíveis nas<br />
versões Standard, Advanced e Premium,<br />
com capacidades de 400 litros e 500 litros,<br />
ainda em 2017.<br />
Fanem<br />
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074<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
informe de mercado<br />
Sistema para Coleta de Urina VACUETTE ®<br />
Com o Sistema para Coleta de Urina<br />
VACUETTE® a coleta pode ser realizada<br />
em sistema fechado e estéril, o que melhora<br />
a qualidade das amostras e garante<br />
um procedimento livre de contaminação.<br />
A linha completa de produtos oferece<br />
tubos, frascos variados, dispositivos para<br />
transferência de urina e recipiente para<br />
coleta de urina de 24 horas.<br />
Os Tubos para Urina VACUETTE® são<br />
estéreis, praticamente inquebráveis, com<br />
ou sem conservantes e à prova de vazamentos.<br />
Utilizados na coleta, transporte<br />
ou análise de amostras, estão disponíveis<br />
com fundo redondo, utilizados para análises<br />
químicas de urina, ou fundo cônico,<br />
para exames microscópicos de análise do<br />
sedimento urinário.<br />
Quando a amostra não pode ser analisada<br />
logo após a coleta, os tubos com<br />
conservantes são a escolha ideal para<br />
manter a amostra nas condições apropriadas<br />
para análise. Nesse caso, os tubos<br />
devem ser homogeneizados de seis a<br />
oito vezes após a coleta para uma mistura<br />
homogênea.<br />
Assessoria de Imprensa<br />
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info@br.gbo.com<br />
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C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
A Diagno convida a uma reflexão sobre a exatidão<br />
de seus resultados<br />
CMY<br />
K<br />
O controle da qualidade interno de um<br />
laboratório é um processo fundamental<br />
que demanda cuidados específicos e que,<br />
por lei, não deve ser negligenciado.<br />
Embora exista fácil acesso a recursos que<br />
otimizem esse processo, como a disponibilidade<br />
de controles hematológicos comerciais,<br />
com o objetivo de reduzir custos, muitos<br />
laboratórios têm optado por trabalhar<br />
com métodos alternativos de controle.<br />
O processo de validação de métodos<br />
alternativos é complexo, padronizado e<br />
exige não apenas rigor metodológico<br />
como perfeito entendimento e análise<br />
crítica de resultados<br />
Erros na validação de métodos<br />
alternativos são frequentes, comprometem<br />
a exatidão dos resultados e<br />
podem ser responsáveis por erros sistemáticos<br />
gravíssimos.<br />
Produzida no Brasil sob licença da<br />
húngara Diagon, a linha D-Check da<br />
Diagno foi criada com o objetivo de<br />
viabilizar a utilização de controles hematológicos<br />
comerciais para laboratório de<br />
todos os portes.<br />
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076<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
Sistema para Coleta de Urina VACUETTE ®<br />
Sistema prático e seguro para melhoria na qualidade da amostra<br />
O Sistema para Coleta de Urina VACUETTE ® é um sistema<br />
fechado e estéril, o que melhora a qualidade das amostras e<br />
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proporcionando segurança nos processos laboratoriais.<br />
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vazamentos. Utilizados na coleta, transporte ou análise de<br />
amostras, estão disponíveis com fundo redondo, utilizados para<br />
análises químicas de urina, ou fundo cônico, para exames<br />
microscópicos de análise do sedimento urinário.<br />
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LumiraDx acrescenta ao seu portfolio, mais um produto Point<br />
of Care, com características únicas: o Lumiratek LipidoCare<br />
O Lumiratek LipidoCare é um analisador<br />
portátil para a medição quantitativa<br />
de Colesterol total e frações, relação<br />
LDL/HDL, razão não-HDL, Triglicerídeos<br />
e Glicose, que utiliza 02 metodologias:<br />
fotometria de reflectância e biosensor de<br />
glicose oxidase.<br />
Trata-se de um instrumento moderno,<br />
rápido, confiável e de simples operação.<br />
Capaz de realizar os ensaios em até<br />
3 minutos (perfil lipídico) e 5 segundos<br />
(glicose), trabalhando com sangue total<br />
obtido através de punção “ponta de<br />
dedo”, tornando-o ideal para campanhas,<br />
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LumiraDx participa junto ao Grupo Fleury da ação<br />
social “ Amigos do Bem ”<br />
Estamos muito satisfeitos em poder<br />
divulgar nossa parceria com o Grupo<br />
Fleury, na participação do projeto social<br />
da ONG“ Amigos do Bem ”.<br />
Esse é um projeto de transformação,<br />
com frentes educacionais e autossustentáveis,<br />
e que traz benefícios a mais de<br />
60 mil pessoas nos estados de Alagoas,<br />
Ceará e Pernambuco. Tem ações voltadas<br />
as áreas da saúde, educação, trabalho<br />
e moradia, e seu objetivo principal é<br />
promover qualidade e transformação de<br />
vida, no dia a dia dessas pessoas.<br />
No mês de maio de 2017, entre os dias<br />
25 e 27, o Grupo Fleury e a ONG Amigos<br />
do Bem, promoveram um mutirão de<br />
saúde para crianças do povoado de Catimbau<br />
em Buíque (PE), através de consultas<br />
médicas e exames laboratoriais. A<br />
parceria entre a LumiraDx e Grupo Fleury,<br />
viabilizou, com o uso do conceito POC,<br />
diagnósticos rápidos, precisos e eficazes.<br />
Foram feitos testes hematológicos com<br />
os equipamentos ICON e Mission Plus Hb,<br />
otimizando e orientando as ações médicas.<br />
Mais de 1.000 crianças foram atendidas.<br />
Além de promover benefícios sociais,<br />
essa ação tem resultados positivos para a<br />
LumiraDX, que já tem seus equipamentos<br />
ICON e Mission Plus Hb, com qualidade<br />
certificada pelo Grupo Fleury.<br />
www.grupofleury.com.br/SitePages/noticia.aspx?n=54<br />
078<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
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Brasil, que já contam com a máxima<br />
agilidade e precisão em mais de 3 mil<br />
tipos de exames. Com o Hermes Pardini<br />
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e transferência de know-how<br />
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e rastreabilidade em tempo real<br />
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e assessoria centralizada<br />
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testes especializados<br />
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Responsável Técnico: Dr. Ariovaldo Mendonça - CRMMG 33.477 - RQE 21.876 - Inscrição CRM 356 - MG
informe de mercado<br />
J.R.Ehlke e Mindray trazendo economia e ganho nos<br />
processos laboratoriais no setor de hematologia – BC-5380.<br />
O setor de hematologia para as pequenas<br />
e médias rotinas conta com o<br />
BC-5380 que proporciona diferencial<br />
leucocitário em 5 partes e 27 parâmetros,<br />
velocidade de 60 amostras por<br />
hora, auto carregamento para 30 amostras<br />
e alimentação contínua. As metodologias<br />
são: difração e laser combinada<br />
com coloração química e avançada<br />
citometria de fluxo, com exclusivo canal<br />
para contagem de basófilos e impedância.<br />
Amostra de 20µl.<br />
Os laboratórios clínicos buscam melhorias<br />
e padronização nos seus processos<br />
e fluxos de trabalho assim como nos<br />
resultados dos exames. O aumento do<br />
nível de automação e redução de erro humano<br />
e dos riscos de contaminação, tanto<br />
dos profissionais como das amostras.<br />
O BC-5380 permite análise completa do<br />
hemograma e liberação de até 80% da<br />
rotina de hematologia sem a necessidade<br />
de confecção de lâminas e microscopia.<br />
A redução da mão de obra nos processos<br />
permite realocar os recursos humanos<br />
para situações que exijam: análise crítica<br />
dos resultados ou controle de qualidade,<br />
processos manuais e atuação comercial.<br />
O resultado do hemograma com diferencial<br />
leucocitário em 5 partes proporciona<br />
a diminuição da confecção de lâminas e<br />
microscopia, sendo uma economia não<br />
somente em mão de obra como em<br />
material (lâminas e corantes). O auto<br />
carregamento diminui o tempo gasto em<br />
frente ao equipamento, automatizando o<br />
processo de amostragem, que é um processo<br />
repetitivo de abrir e fechar tubos de<br />
amostras e que pode proporcionar erros<br />
na identificação das amostras ou trocas<br />
acidentais, além do risco biológico. O<br />
BC-5380 traz elasticidade no ganho de<br />
capacidade em processar a rotina além<br />
de contar com o aumento na segurança<br />
e economia dos processos administrativos<br />
de transcrever os resultados no<br />
sistema, se o equipamento estiver interfaceado<br />
ao sistema de informação do<br />
laboratório (LIS).<br />
J.R.EHLKE & Cia Ltda<br />
Av. João Gualberto, 1661 – Juvevê<br />
Curitiba / PR – Brasil – CEP 80030-<br />
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Completando 87 anos de solidez, a DE LEO pioneira<br />
na fabricação de equipamentos e aparelhos científicos com<br />
tecnologia avançada nas mais diferentes áreas labioratoriais<br />
Fundada por José De Leo, imigrante italiano<br />
e sucedida por seu filho Renato Carlo De<br />
Leo, a empresa hoje administrada pela terceira<br />
geração, prossegue com as diretrizes que seus<br />
antecessores prezavam quanto a qualidade e<br />
preços competitivos.<br />
Estufas, moinhos, agitadores, germinadores,<br />
entre outros, são principais produtos que a<br />
empresa produz , distribui e presta assistência<br />
técnica contando com revendedores em todo<br />
território nacional. Além da fabricação, a De<br />
Leo contribui de forma significativa para o estudo<br />
e o desenvolvimento de pesquisas científicas<br />
em todo País.<br />
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080<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
informe de mercado<br />
Cadeia de Custódia, segurança para o laboratório<br />
e o motorista<br />
por LABET – Exames Toxicológicos<br />
Uma das imposições da Lei Federal nº<br />
13.103/2015, regulamentada pela Portaria<br />
MTPS Nº 116, é que o exame de larga<br />
janela de detecção, através dos fios de<br />
cabelo ou pelos do corpo, em motoristas<br />
das categorias C, D e E deve possuir todas<br />
as etapas da Cadeia de Custódia protegidas<br />
por Acreditação com Valor Forense.<br />
Procedimentos como o registro dos<br />
responsáveis pelo manuseio da amostra,<br />
uso e aplicação dos lacres nas evidências,<br />
restrição do acesso apenas aos profissionais<br />
responsáveis pela custódia e a<br />
rastreabilidade de todo o processo, são<br />
exemplos de que compõem uma Cadeia<br />
de Custódia inviolável, desde a coleta da<br />
amostra biológica até a entrega do laudo.<br />
Sendo assim, de acordo com a Legislação,<br />
o exame só poderá ser realizado<br />
por laboratórios acreditados<br />
pelo CAP-FDT - Acreditação Forense<br />
para exames toxicológicos de larga janela<br />
de detecção do Colégio Americano<br />
de Patologia - ou pela concedida pelo<br />
INMETRO de acordo com a Norma ABNT<br />
NBR ISO/IEC 17025.<br />
A Acreditação com Validade Forense<br />
garante, através de uma inatacável Cadeia<br />
de Custódia, a fidedignidade, a segurança<br />
e a precisão de todo o procedimento<br />
do exame.<br />
A partir de uma aliança exclusiva com<br />
o laboratório líder mundial em Exames<br />
Toxicológicos, QUEST DIAGNOSTICS, o<br />
Exame Toxicológico da LABET possui a<br />
Acreditação CAP/FDT com Valor Forense.<br />
Como laboratório credenciado pelo<br />
DENATRAN para realizar o exame toxicológico,<br />
além das obrigações acima, a<br />
LABET tem máxima atenção ao formar a<br />
sua Rede Coletora de exames, de modo<br />
a garantir que a Cadeia de Custódia não<br />
seja infringida. Sendo assim, algumas<br />
premissas devem ser rigorosamente<br />
seguidas pela Unidade de Coleta neste<br />
processo, tais como:<br />
• Não se credenciar a mais de um laboratório<br />
para realização da coleta do<br />
material para o exame toxicológico.<br />
• Não comercializar e/ou emitir nota<br />
fiscal do exame diretamente ao motorista<br />
e às empresas contratantes, sub-rogando<br />
o credenciamento, ou seja, apenas os laboratórios<br />
credenciados do DENATRAN<br />
estão aptos a tal responsabilidade.<br />
• Todos as Unidades Coletoras devem<br />
A Rede Nacional de Coleta LABET é formada<br />
por mais de 4 mil unidades, profissionais<br />
treinados para fazer a coleta e<br />
o atendimento de qualidade ao paciente,<br />
além de possuir um fluxo operacional<br />
que prioriza a segurança baseado nas<br />
melhores práticas internacionais vigentes,<br />
como ilustrado na imagem abaixo:<br />
possuir Alvará da Vigilância Sanitária<br />
Municipal ou Estadual vigente.<br />
Todas as premissas acima apresentadas<br />
são parte fundamental de um processo<br />
estruturado e capaz de evitar fraudes e<br />
riscos ao cumprimento da Legislação. Com<br />
essas medidas o exame será seguro para<br />
o motorista e para o seu laboratório no<br />
papel de Unidade Coletora.<br />
Faça parte da Rede LABET!<br />
Realize o seu cadastro<br />
ligando para 4004-2098 - para<br />
capital e região metropolitana.<br />
Para as demais regiões use o<br />
DDD da capital do seu estado -<br />
ou acesse o nosso site<br />
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082<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
LAB REDE.<br />
SINÔNIMO<br />
DE QUALIDADE,<br />
COMPETÊNCIA E<br />
CONFIABILIDADE.<br />
Priorizando o compromisso em oferecer<br />
soluções e resultados com a máxima<br />
precisão, o Lab Rede é referência<br />
em atendimento, qualidade e<br />
tecnologia de ponta.<br />
• Alto nível de automação e<br />
rastreabilidade dos processos<br />
• Primeiro Laboratório de Apoio<br />
do país a conquistar ONA nível III<br />
• Assessoria científica proativa,<br />
com atendimento diferenciado<br />
para discussão de resultados e<br />
dúvidas técnicas<br />
• Logística atenta à integridade<br />
das amostras<br />
• Gestão de relacionamento<br />
com o cliente com suporte<br />
personalizado<br />
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informe de mercado<br />
Desempenho de Celltac Es MEK-7300 em Contagem de<br />
plaquetas baixa<br />
Contagem de plaquetas aprimorada com função ADVANCED COUNT<br />
Department of Clinical Laboratory, The University of Tokyo Hospital<br />
A contagem automática precisa de<br />
plaquetas nos atuais equipamentos de<br />
hematologia do mercado, sempre foi um<br />
dos grandes desafios da rotina laboratorial.<br />
Uma contagem de plaquetas precisa<br />
é muito importante para um diagnóstico<br />
clínico confiável por parte dos médicos.<br />
O analisador de hematologia Celltac<br />
Es MEK-7300 da NIHON KOHDEN possui<br />
uma nova função ADVANCED COUNT<br />
para aprimorar a reprodutibilidade de<br />
contagem em amostras com plaquetas<br />
baixas. Se a PLT baixa for detectada, a<br />
amostra é contada automaticamente<br />
com aumento de ganho para PLT.<br />
A função foi avaliada comparando as<br />
contagens das plaquetas pelo Celltac Es<br />
MEK-7300 e o método de Brecher-Cronkite.<br />
O Celltac Es MEK-7300 fez cinco medições<br />
consecutivas de plaquetas de cada amostra.<br />
Foram utilizados cinco amostras com<br />
diferentes níveis de plaquetas. Os resultados<br />
de CV% foram excelentes com 3,0% para a<br />
amostra PLT de 3,0 × 10⁴/μL e 7,1% para a<br />
amostra PLT 1,4 × 10⁴/μL.<br />
O gráfico 1 abaixo mostra a correlação<br />
entre Celltac Es MEK-7300 e contagem<br />
para amostras com PLT Menor que PLT<br />
15,0 × 10⁴/μL com o método referência.<br />
Através desta avaliação, confirmamos a<br />
excelente regressão e correlação do Celltac<br />
ES MEK-7300.<br />
O Celltac Es MEK-7300 mostrou uma excelentes<br />
reprodutibilidade e correlação com a<br />
contagem do método de referência. A função<br />
ADVANCED COUNT aprimorou a performance<br />
de contagem do instrumento.<br />
NIHON KOHDEN<br />
Rua Diadema, 89 1° andar CJ11 a 17<br />
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CEP 09580-670, Brasil<br />
Contato: +55 11 3044-1700<br />
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084<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
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Phone + 81 (3) 5996-8036 | Fax +81 (3) 5996-8100
informe de mercado<br />
Stago lança reagente de fibrinogênio pronto para uso<br />
O ensaio de fibrinogênio é uma importante<br />
ferramenta para o diagnóstico<br />
de transtornos da coagulação sanguínea,<br />
tanto como defeitos qualitativos<br />
(disfibrinogenemia), quanto deficiência<br />
quantitativa (afibrinogenemia congênita<br />
ou adquirida), além do uso em triagem<br />
cirúrgica.<br />
O fibrinogênio é uma glicoproteína<br />
sintetizada no fígado e presente no plasma<br />
a uma concentração normal entre 2<br />
a 4 g/l (200-400 mg/dl). Um aumento<br />
do nível de fibrinogênio é encontrado<br />
em casos de diabetes, síndromes inflamatórias,<br />
obesidade, grávidas a partir<br />
do 3°trimestre entre outros casos, além<br />
de haver indícios de estar envolvido na<br />
patogenicidade de eventos cardiovasculares<br />
trombóticos.<br />
Uma diminuição do nível de fibrinogênio<br />
é observada na coagulação<br />
intravascular disseminada (CIVD), hipofibrinogenemia,<br />
doença hepática grave,<br />
neoplasias ou lesões da medula óssea,<br />
e ainda de envenenamento por cobras<br />
(gênero Bothrops). Muitos pacientes com<br />
disfibinogenemia são assintomáticos,<br />
entretanto, em caso de sangramento, o<br />
diagnóstico imediato para tratamento<br />
adequado é de grande valia.<br />
O ensaio baseado na técnica de Clauss<br />
é a ferramenta de diagnóstico de escolha<br />
para a dosagem quantitativa de fibrinogênio.<br />
Existem outros métodos como<br />
a técnica derivada a partir do teste de<br />
tempo de protrombina (TP), contudo<br />
resultados de fibrinogênio a partir desta<br />
metodologia representa um risco maior<br />
para os pacientes, uma vez que a concentração<br />
plasmática pode ser erroneamente<br />
relatada como normal.<br />
A Stago, buscando sempre inovar e<br />
levar qualidade para os laboratórios,<br />
desenvolveu um reagente amplamente<br />
adaptável para todas as rotinas. O reagente<br />
para a dosagem de fibrinogênio<br />
(STA Liquid Fib, Cat. Nr. 00673) é pronto<br />
para uso e líquido (o que garante uma<br />
ótima estabilidade on board e refrigerado<br />
de 2-8°C), minimizando erros de<br />
preparo. Somados a isto, o reagente já é<br />
pré-calibrado para as automações Stago,<br />
reduzindo custo e tempo para o laboratório,<br />
permitindo que os laboratórios que<br />
possuem uma baixa demanda possam<br />
padronizar e oferecer aos clínicos um ensaio<br />
de alta performance.<br />
*Registro MS: 80102511285<br />
Stago Brasil<br />
Tel.: 011 4410-4600<br />
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086<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
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mais exigentes para praticamente<br />
qualquer preparo de amostra clínica;<br />
Inclui rotores swinging bucket e<br />
adaptadores comuns<br />
(adaptadores opcionais disponíveis);<br />
Ideal para processar amostras de<br />
soro, plasma e sangue total,<br />
precipitação de proteínas,<br />
sedimentação de partículas e células;<br />
Citotoxicidade in vitro entre outras<br />
aplicações;<br />
Em conformidade com as mais recentes<br />
normas clínicas e de segurança.<br />
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A PRODUTIVIDADE<br />
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- reduz o tempo de funcionamento através<br />
de forças centrífugas de até 4.470 x g<br />
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PERFEITAMENTE COM<br />
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Elimina etapas de transferência de tubos através dos<br />
adaptadores para racks as dos Sistemas Beckman<br />
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informe de mercado<br />
Vyttra assume distribuição da linha de analisadores<br />
hematológicos Mythic ® de tubo aberto. O produto utiliza apenas<br />
A Vyttra Diagnósticos reforça sua posição<br />
de líder nacional no segmento de<br />
hematologia assumindo a distribuição<br />
com exclusividade dos reagentes e equipamentos<br />
Mythic®, da empresa suíça<br />
Orphée. A Vyttra acumula cerca de 30<br />
anos de experiência no P&D, fabricação e<br />
distribuição de produtos para hematologia<br />
a partir da incorporação da empresa<br />
Hemogram com sua moderna fábrica e<br />
centro de distribuição (CD) em Bragança<br />
Paulista. Dispõe ainda de outros quatro<br />
CDs em São Paulo, Goiânia, Belo Horizonte<br />
e Curitiba.<br />
Juliane Castoldi, gerente de produtos<br />
responsável pela hematologia da Vyttra,<br />
destaca nesta nova linha o analisador<br />
hematológico Mythic® 22 OT, o menor<br />
equipamento do mercado com diferencial<br />
em cinco partes e análise em sistema<br />
três reagentes e destaca-se por seu baixo<br />
consumo (30% a 50% inferior aos<br />
demais equipamentos do segmento),<br />
gerando consequentemente um menor<br />
volume de resíduos. Outra característica<br />
do sistema é a aspiração de pequenos<br />
volumes de amostras, controles e calibradores,<br />
sendo capaz de processar até<br />
60 hemogramas por hora.<br />
O Mythic® 22 OT possui tecnologia<br />
patenteada 100% ótica para diferencial<br />
de leucócitos (Citometria Óptica Hydrofocus<br />
Free - OCHF) e solução lisante livre<br />
de cianeto, sendo a extensão da linha de<br />
grande presença no mercado nacional,<br />
contando com mais de 500 unidades<br />
instaladas.<br />
Com mais esta distribuição, a Vyttra<br />
Diagnósticos amplia seu portfólio de<br />
soluções que auxiliam a produtividade<br />
de diagnóstico in vitro em laboratórios,<br />
hospitais, clínicas e bancos de sangue.<br />
Vyttra Diagnósticos<br />
Tel: (11) 4280 7500<br />
vyttra.com<br />
Conheça o seu cliente com o WonderFi<br />
Solução transforma wi-fi em uma ferramenta de gestão, atração e<br />
fidelização de clientes<br />
Muitos laboratórios e hospitais já oferecem<br />
sinal gratuito de internet, mas não<br />
recebem nada em troca por isso. Com o<br />
WonderFi, isso muda radicalmente.<br />
Enquanto seus pacientes e visitantes<br />
aproveitam o wi-fi grátis, sua empresa<br />
ganha uma ferramenta de marketing poderosa.<br />
E de uma forma muito simples.<br />
Para iniciar a conexão à Internet, o WonderFi<br />
pede que pacientes e visitantes façam o<br />
login por meio de uma rede social ou e-mail.<br />
Tudo em uma tela personalizada e sem necessidade<br />
de senha. Isto é, rápido e fácil.<br />
Assim, o WonderFi capta informações<br />
precisas e reais sobre quem visita seu<br />
estabelecimento e indica inclusive quem<br />
sempre volta e quem está presente naquele<br />
momento, segundo a segundo.<br />
Ao conhecer os pacientes, é possível<br />
automatizar o seu marketing e configurar<br />
o envio de mensagens automáticas<br />
de acordo com cada tipo de ação.<br />
Alguns dias depois da visita, seu paciente<br />
pode receber um comunicado com<br />
informações relevantes. Se ele acabou de<br />
sair, você pode enviar um convite para<br />
que ele participe de uma pesquisa de<br />
satisfação. E muito mais.<br />
O melhor? Fazer tudo isso funcionar<br />
é ainda mais fácil. Conecte o WonderFi à<br />
sua rede de internet existente e pronto.<br />
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088<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
SOBRE NÓS<br />
A NEOLAB, é uma empresa paranaense localizada na região<br />
de Curitiba. Importadora de Produtos para Laboratório e<br />
Odontologia, fundada em Janeiro de 2014 pelo empresário e<br />
farmacêutico-bioquímico Cláudio Luiz Gusso. Com 18 anos de<br />
experiência em laboratório de análises clínicas, é atualmente<br />
Sócio Diretor do Laboratório de Análises Clínicas São José.<br />
Logo após a abertura da empresa, a NEOLAB firmou uma<br />
parceria com a dentista Dra. Renata Yendo com o intuito de<br />
trazer Produtos Odontológicos testados e aprovados.<br />
Todos produtos NEOLAB são testados em nosso laboratório para fins de validação<br />
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informe de mercado<br />
Citologia Líquida é melhor opção no combate<br />
ao HPV e Câncer de Colo de Útero<br />
Segundo dados da Organização Mundial<br />
da Saúde (OMS) são mais de 630 milhões<br />
de pessoas infectadas com o vírus do HPV.<br />
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer)<br />
o HPV está presente em cerca de 90%<br />
dos casos de câncer de colo de útero.<br />
Muito melhor que tratar o vírus em<br />
forma de doença, em qualquer que seja<br />
o estágio, é prevenir-se. Com o exame de<br />
Papanicolaou é possível detectar a pre-<br />
sença do vírus HPV, até mesmo em fase<br />
pré-clínica (sem sintomas) aparecem antes<br />
do desenvolvimento da doença.<br />
Existem inúmeros estudos científicos,<br />
e colunas médicas¹ indicando que a<br />
melhor maneira de se realizar o exame<br />
papanicolaou é através do emprego da<br />
técnica da citologia líquida. O método de<br />
esfregaço, que ainda é o mais utilizado,<br />
possui alta taxa de recoletas, resultados<br />
insatisfatórios e falsos resultados.<br />
O GynoPrep é um kit de citologia em<br />
meio líquido alemão importado com exclusividade<br />
pela Stra Medical que conseguiu<br />
reduzir drasticamente o custo do exame<br />
no Brasil. Produto de alta qualidade,<br />
aliado a uma técnica de processamento<br />
rápida, fácil e com ótima reprodutibilidade<br />
das amostras. São inúmeras vantagens<br />
que a citologia líquida trás, e certamente<br />
uma das mais importantes é a possibilidade<br />
de encaminhar o material remanescente<br />
para exames de biologia molecular.<br />
1 - Citologia Convencional X Citologia de<br />
Base Líquida: Não há motivo para discussão -<br />
Adhemar Longatto Filho (pesquisador científico<br />
do Laboratório de Investigação Médica (LIM)<br />
14, da Faculdade de medicina da Universidade<br />
de São Paulo) - https://goo.gl/os6WuZ<br />
GynoPrep<br />
gynoprep.com.br<br />
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Estados – Balneário Camboriú/SC<br />
Tel.: (47) 3183-8200<br />
PNCQ aborda a importância do controle de qualidade<br />
nos workshops do 44º CBAC<br />
O Programa Nacional de Controle de<br />
Qualidade – PNCQ ofereceu uma programação<br />
especial de workshops durante o<br />
44º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas<br />
– CBAC 2017 – evento que aconteceu<br />
em João Pessoa/PB entre os dias 11 e 14<br />
de junho. Foram oito temas diferentes e<br />
treze cursos realizados como atividades<br />
paralelas ao congresso, tendo foco na importância<br />
da qualidade nos laboratórios.<br />
Entre os temas abordados, foi discutida<br />
a importância do Controle de Qualidade<br />
que, além de ser obrigatório pela<br />
Anvisa, é elemento fundamental para a<br />
garantia da qualidade dos exames nos<br />
laboratórios clínicos.<br />
No último ano o PNCQ ampliou o Catálogo<br />
de Produtos, que agora tem mais<br />
de 60 tipos de<br />
Programas para Controle Externo e<br />
Controle Interno da Qualidade para mais<br />
de 270 analitos, Painéis para Validação de<br />
Reagentes e kits: Painéis Específicos, Painéis<br />
de Performance e Painéis para Avaliações<br />
Lote a Lote, além dos Materiais de<br />
Referência PNCQ.<br />
Acesse a linha completa de amostras e<br />
as aulas dos workshops no site do PNCQ.<br />
PNCQ<br />
www.pncq.org.br<br />
090<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
informe de mercado<br />
Índice de Saúde da Próstata (phi)<br />
Exame de sangue de múltiplos analitos aprovado pela FDA para aprimorar<br />
a detecção do câncer de próstata<br />
Exame em destaque<br />
• Prostate Health Index (phi), Serum<br />
(ID do exame: PHI11)<br />
O que é o phi?<br />
O Índice de Saúde da Próstata (phi) é<br />
um indicador baseado numa combinação<br />
de três exames de sangue que resulta na<br />
chamada “pontuação phi”. Essa pontuação<br />
oferece informações mais precisas<br />
sobre as implicações de um nível elevado<br />
de PSA e a probabilidade de detecção de<br />
câncer de próstata numa biópsia.<br />
O phi é:<br />
• Um exame de sangue PCa de múltiplos<br />
analitos aprovado pela FDA<br />
• Recomendado nas Diretrizes de Detecção<br />
Precoce do Câncer de Próstata da<br />
National Comprehensive Cancer Network<br />
(NCCN)<br />
• Uma ferramenta para reduzir biópsias<br />
negativas e imprimir mais confiança<br />
às suas decisões relativas a biópsia<br />
Quais exames fazem parte do phi?<br />
• PSA<br />
• PSA livre<br />
• p2PSA<br />
O exame p2PSA é específico à mensuração<br />
do (-2)proPSA. O biomarcador<br />
(-2)proPSA é uma isoforma do PSA livre<br />
identificada como a forma mais específica<br />
do câncer de próstata encontrada<br />
em extratos tumorais. Os resultados do<br />
PSA, PSA livre e p2PSA são combinados<br />
usando um algoritmo para determinar a<br />
probabilidade de câncer de próstata.<br />
Uso do phi em sua prática clínica<br />
O phi destina-se a preencher a lacuna<br />
diagnóstica entre a detecção de PSA e a<br />
biópsia da próstata.<br />
O PSA é uma ferramenta de detecção<br />
muito usada para o câncer de próstata.<br />
No entanto, com a especificidade limitada<br />
do PSA para o câncer, faz-se necessária<br />
uma ferramenta mais precisa<br />
para a detecção do câncer de próstata.<br />
A pontuação phi fornece as informações<br />
adicionais necessárias para a tomada de<br />
decisões de biópsia.<br />
A alta especificidade do phi representa<br />
uma maior probabilidade de identificar os<br />
pacientes que realmente precisam de biópsia,<br />
permitindo a diminuição considerável<br />
do número de biópsias da próstata com<br />
resultado negativo para o câncer.<br />
Constatou-se que a pontuação phi<br />
reduz as biópsias negativas em 30% 1<br />
Combinado com o histórico da família<br />
e do paciente, a pontuação phi pode<br />
ser usada para determinar as melhores<br />
decisões específicas de gerenciamento<br />
de pacientes.<br />
Quem somos<br />
A Mayo Medical Laboratories faz parte<br />
do Departamento de Medicina Laboratorial<br />
e Patologia da Mayo Clinic, um dos<br />
maiores laboratórios clínicos do mundo.<br />
Oferecemos mais de 3.000 exames e<br />
acesso a médicos e cientistas da Mayo<br />
Clinic. Realizamos exames de referência<br />
para mais de 4.000 hospitais, clínicas e<br />
laboratórios de mais de 70 países.<br />
Para obter mais informações<br />
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Rochester, MN 55901 EUA<br />
1Loeb S, Martin S, Broyles, D, et al.<br />
The Prostate Health Index (phi) selectively<br />
Identifies Clinically Significant Prostate<br />
Cancer. J. Urology, Jan. 2015<br />
Copyright ©2017 Mayo Foundation for<br />
Medical Education and Research. Todos os<br />
direitos reservados.<br />
092<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
ImunoScan
informe de mercado<br />
Diagnóstico rápido para Alfa-fetoproteína (AFP) e Rotavírus<br />
A Wama Diagnóstica apresenta os Kits de testes Alfa-fetoproteína<br />
(AFP) e Rotavírus.<br />
Alfa-fetoproteína (AFP) é a maior<br />
glicoproteína do soro fetal, A AFP é normalmente<br />
produzida durante o desenvolvimento<br />
fetal e neonatal no fígado,<br />
saco vitelino e trato gastrointestinal.<br />
No caso do câncer testicular não<br />
seminomatoso, foi observada entre a<br />
incidência de níveis elevados de AFP e<br />
o estágio da doença.<br />
Concentração de AFP sérico também<br />
é observada em mulheres grávidas, com<br />
pico de 500 ng/ml até a 32ª semana de<br />
gestação e pacientes com doenças hepáticas,<br />
como: hepatite, cirrose, obstrução<br />
das vias biliares, doença hepática alcoólica<br />
e hepatite viral aguda.<br />
O Imuno-RÁPIDO AFP da Wama é<br />
um teste imunocromatográfico para determinar<br />
qualitativamente a concentração<br />
de AFP em amostras de soro, plasma<br />
ou sangue total humano.<br />
O Rotavírus é um importante agente<br />
causador de enteroviroses em crianças<br />
de até 5 anos no mundo. O vírus,<br />
da família Reoviridae, atinge várias espécies<br />
de mamíferos e causa manifestações<br />
clínicas que vão desde quadros<br />
de diarreia leve até quadros graves de<br />
desidratação severa causada por diarreia<br />
profusa, vômito e febre alta.<br />
A Rotavirose é uma doença transmissível<br />
via fecal-oral. O diagnóstico precoce<br />
da doença é necessário na orientação<br />
de medidas epidemiológicas, controle do<br />
uso de antibióticos e diagnóstico com<br />
outras gastroenterites.<br />
O Imuno-Rápido ROTAVÍRUS da<br />
Wama é um teste imunocromatográfico<br />
para determinar qualitativamente a<br />
presença de Rotavirose do Grupo A em<br />
amostras de fezes.<br />
Apresentações: 10, 20 e 40 testes.<br />
Relacionamento Wama:<br />
Tel: +55 16 3377.9977<br />
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094<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
AGENDA<br />
DE EVENTOS<br />
2017<br />
São Paulo / SP<br />
XXI CONGRESSO DA SBTMO<br />
17 a 19 de Agosto | WTC<br />
São Paulo/SP<br />
15 e 16 de Setembro<br />
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BRASILEIRO<br />
de HEMATOLOGIA,<br />
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Encontro da AIBE<br />
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Educação para Enfermeiras: Infusão de Daratumumabe<br />
Para mais informações acesse o Portal da ABHH<br />
www.abhh.org.br
analogias em medicina<br />
José de Souza Andrade-Filho*<br />
* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da Academia Mineira de Medicina<br />
e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />
Doença do anjo barroco<br />
Barroco é o nome dado ao<br />
estilo artístico que floresceu<br />
entre o final do século<br />
XVI e meados do século<br />
XVIII, inicialmente na Itália,<br />
difundindo-se em seguida<br />
pelos países católicos da<br />
Europa e América, antes<br />
de atingir regiões protestantes<br />
de alguns pontos do<br />
Oriente. A palavra barroco<br />
significa pérola imperfeita<br />
ou deformada (em francês:<br />
baroque: estilo rebuscado;<br />
port. barroco/barroca: terreno<br />
irregular).<br />
Os artistas barrocos europeus<br />
valorizam as cores, as<br />
sombras e a luz e também<br />
os contrastes. As imagens<br />
não são tão centralizadas<br />
como as renascentistas e<br />
aparecem de forma dinâmica,<br />
destacando o movimento.<br />
Os temas principais<br />
incluem mitologia, passagens<br />
da bíblia e a história<br />
da humanidade. As esculturas<br />
barrocas mostram<br />
faces humanas marcadas<br />
pelas emoções, especialmente<br />
o sofrimento. Os<br />
braços se contorcem, demonstrando<br />
uma postura<br />
exagerada. Predominam,<br />
nas esculturas, as curvas,<br />
os relevos e a utilização da<br />
cor dourada.<br />
O barroco brasileiro foi<br />
diretamente influenciado<br />
pelo barroco português. O<br />
principal representante do<br />
barroco mineiro foi o escultor<br />
e arquiteto Antônio<br />
Francisco Lisboa, conhecido<br />
como Aleijadinho.<br />
Suas obras, de forte caráter<br />
religioso, eram feitas<br />
de madeira e pedra-sabão,<br />
os principais materiais utilizados<br />
pelos artistas barrocos<br />
do Brasil. Entre as<br />
obras de Aleijadinho estão<br />
os “Os doze profetas” e “Os<br />
passos da Paixão”, na igreja<br />
de Bom Jesus de Matosinhos,<br />
em Congonhas do<br />
Campo/MG.<br />
Em medicina foi criado<br />
o vocábulo querubismo<br />
para designar uma doença<br />
fibro-óssea do rosto,<br />
geralmente hereditária e<br />
formada por tecidos anormais<br />
no interior do osso.<br />
Afeta a mandíbula (queixo)<br />
de crianças e, às vezes,<br />
a maxila, dos lados direito<br />
e esquerdo. A criança, nos<br />
casos mais extensos e completos,<br />
apresenta-se rechonchuda/bochechuda,<br />
com a face abaulada bilateralmente<br />
e os olhos desviados<br />
para cima, voltados<br />
para o céu, comparável à<br />
face dos anjos barrocos ou<br />
querubins (fácies querubínica<br />
ou querúbica) (Fig.1)<br />
O quadro radiológico configura<br />
o aspecto em bolhas<br />
de sabão, com radiolucências<br />
tipicamente multiloculares.<br />
A doença foi descrita<br />
pela primeira vez em 1933<br />
por Jones (W.A. Jones – Familial<br />
Multilocular Cystic<br />
Disease Of The Jaws – 1933<br />
Am J Cancer). Jones e colaboradores<br />
foram os primeiros<br />
a usar o termo querubismo,<br />
por analogia com<br />
um anjo da arte barroca. É<br />
uma doença rara, porém o<br />
desconhecimento da mesma<br />
pode gerar tratamentos<br />
inadequados, como observamos<br />
em um menino<br />
de três anos.<br />
Querubim é um anjo considerado<br />
como mensageiro<br />
de Deus e símbolo da<br />
justiça divina. De acordo<br />
com a Ordem Angelical<br />
os querubins integram a<br />
primeira hierarquia, classificados<br />
logo abaixo dos<br />
serafins. Os querubins são<br />
mencionados em diversas<br />
passagens da Bíblia.<br />
Em uma das visões divinas<br />
relatadas pelo profeta<br />
Ezequiel é feita uma<br />
descrição dos mesmos<br />
no primeiro capítulo de<br />
seu livro. Estão também<br />
ligados à glorificação da<br />
grandeza de Deus, bem<br />
como protetor de seu trono,<br />
por isso são chamados<br />
de Anjos de Trono. Nos<br />
textos sagrados aparecem<br />
como os guardiões<br />
do Jardim do Éden, com a<br />
função de evitar que Adão<br />
e Eva retornassem. Por<br />
conta dessa proteção, antigamente,<br />
colocava-se as<br />
imagens de anjos querubins<br />
em portas de templos<br />
e igrejas para protegê-los<br />
contra os maus espíritos.<br />
(Texto baseado em publicações nacionais).<br />
Disponível em http://www.fashionbubbles.com /files/2011/11/Anjos-barrocos-2.jpg – acesso em 15/05/2017.<br />
096<br />
Revista NewsLab | Jun/Jul 17
Programação preliminar<br />
• A importância da Medicina Laboratorial na segurança do paciente<br />
• Arboviroses – O que evoluímos no diagnóstico<br />
• O laboratório clínico na saúde da mulher<br />
• O laboratório clínico na saúde do homem<br />
• O ABC das hepatites virais<br />
• Protocolos assistenciais na segurança do paciente – Síndromes hemorrágicas, dor<br />
torácica e acidente vascular cerebral<br />
• Os avanços no hemograma – Índices hematimétricos, era digital e interpretação<br />
• A interface dos órgãos regulatórios e a indústria com o laboratório clínico<br />
• Padronização do fim do jejum para lipoproteínas – Nova fórmula para o LDL-colesterol<br />
• A importância da biópsia líquida no diagnóstico e seguimento do paciente oncológico<br />
• A aplicação clínica da espectrometria de massas nas áreas de Microbiologia, Química<br />
Clínica e Anatomia Patológica<br />
• Rotinas diagnósticas de HIV: na fase aguda, no recém-nato e no seguimento do paciente<br />
• A importância da citometria de fluxo: no sangue periférico, medula óssea, líquidos<br />
cavitários e líquor<br />
• Diarreias crônicas: intolerância à lactose (diagnóstico molecular x teste provocativo),<br />
doenças inflamatórias intestinais e doença celíaca<br />
• Alergias alimentares: diagnóstico molecular, imunológico e por citometria de fluxo<br />
• O líquor no diagnóstico de Alzheimer<br />
• O estado atual dos testes de sensibilidade no Brasil<br />
• Testes de fibrinólise no laboratório de coagulação. Mito ou realidade<br />
• Função renal - Como implantar a rotina diagnóstica. Creatinina, cistatina C e as diversas<br />
fórmulas<br />
• Testes rápidos em microbiologia: métodos e impacto clínico<br />
• Urina tipo 1 – Rotina manual e automatizada. Prós e contras<br />
• A explosão da genética laboratorial na prática clínica. Testes, aplicações e precificação<br />
• As ferramentas de atendimento para encantar os clientes do laboratório clínico<br />
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