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— Mas, de qualquer forma, é preciso fazer alguma<br />
coisa.<br />
— Acho que não preciso dizer que estamos à sua<br />
disposição para o que for preciso, Roque. Para tu<strong>do</strong> — disse<br />
José. — Como nos velhos tempos. Não deixa de ser<br />
emocionante rever um pouco o passa<strong>do</strong>.<br />
Estava sorrin<strong>do</strong>. Felipe, com seu rosto de bebê, sorria<br />
também.<br />
— Mais uísque, Roque? — inquiriu Felipe.<br />
— Não, obriga<strong>do</strong>.<br />
— Que pensa fazer? Por onde vai começar? —<br />
perguntou ele.<br />
— Ainda não sei. Não há pista alguma, pois não?<br />
— Não. Os malditos não deixam nada.<br />
— Bem, veremos o que se pode fazer. Desde quan<strong>do</strong><br />
você está meti<strong>do</strong> nisto, José?<br />
— Já faz algum tempo. Mais de um ano. Comecei em<br />
Boulder. A companhia nomeou-me capataz, com uma parte<br />
nos lucros, a longo prazo. Investi um pouco de dinheiro que<br />
tinha. Estou perden<strong>do</strong>-o — suspirou. — De qualquer forma,<br />
espero ter êxito no final. É claro que meu investimento, bem<br />
como a participação nos lucros, é uma parcela muito<br />
pequena, ínfima, mesmo. Um ramal de estrada de ferro<br />
custa uns milhões de dólares.<br />
Roque olhou para Felipe.<br />
— E você, Felipe?<br />
— Eu? — o homem encolheu os ombros.<br />
— Nunca esqueceu que foi a ordenança <strong>do</strong> sargento<br />
Eldridge, pelo que vejo — sorriu um tanto secamente.<br />
— Gosto de ser assim — grunhiu Felipe.