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O homem levantou-se de um salto.<br />
— Quem?... Que aconteceu?...<br />
— Tenha calma e venha comigo. Vamos recolher uns<br />
cadáveres.<br />
— A esta hora? Escute, amigo...<br />
Sem se perturbar, Roque jogou-lhe as calças e a camisa.<br />
Enfiou-lhe o velho chapéu na cabeça e obrigou-o a vestir-se<br />
mesmo por cima da camisola de <strong>do</strong>rmir. O homem<br />
compreendeu que era inútil protestar.<br />
— Onde estão eles? — grasnou.<br />
— No beco <strong>do</strong> ferreiro.<br />
— Está bem. Vou buscar o carro.<br />
— Mexa-se e traga um lampião.<br />
Pouco depois, o carro fúnebre saía com Roque e o<br />
funerário na boléia. O lampião oscilava com o trotar <strong>do</strong>s<br />
cavalos. Chegaram ao beco e Roque saltou, imita<strong>do</strong> pelo<br />
outro. Apontou os mortos com a cabeça.<br />
— Conhece-os?<br />
— Há uns quinhentos iguais a eles em Akron.<br />
— Carregue-os. Eu ajudarei. Deixe-os na funerária e<br />
procure fazer com que passe por lá o maior número de<br />
pessoas possível, amanhã, para ver se alguém presta alguma<br />
informação sobre eles. Entendi<strong>do</strong>?<br />
O agente funerário olhava para Roque, com surpresa.<br />
— Ei, que diabo! Você é o capitão Roque, que chegou<br />
esta manhã. E já está meti<strong>do</strong> em sarilhos?<br />
— Talvez. Vamos ao trabalho.<br />
Pegaram os cadáveres e os colocaram no carro. Pouco<br />
depois, avançava em direção à funerária.<br />
— Amanhã falaremos de novo — disse Roque. — De<br />
qualquer forma, mande ao hotel falar comigo qualquer