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014 Mortimer Cody - A Moeda do Odio

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O homem levantou-se de um salto.<br />

— Quem?... Que aconteceu?...<br />

— Tenha calma e venha comigo. Vamos recolher uns<br />

cadáveres.<br />

— A esta hora? Escute, amigo...<br />

Sem se perturbar, Roque jogou-lhe as calças e a camisa.<br />

Enfiou-lhe o velho chapéu na cabeça e obrigou-o a vestir-se<br />

mesmo por cima da camisola de <strong>do</strong>rmir. O homem<br />

compreendeu que era inútil protestar.<br />

— Onde estão eles? — grasnou.<br />

— No beco <strong>do</strong> ferreiro.<br />

— Está bem. Vou buscar o carro.<br />

— Mexa-se e traga um lampião.<br />

Pouco depois, o carro fúnebre saía com Roque e o<br />

funerário na boléia. O lampião oscilava com o trotar <strong>do</strong>s<br />

cavalos. Chegaram ao beco e Roque saltou, imita<strong>do</strong> pelo<br />

outro. Apontou os mortos com a cabeça.<br />

— Conhece-os?<br />

— Há uns quinhentos iguais a eles em Akron.<br />

— Carregue-os. Eu ajudarei. Deixe-os na funerária e<br />

procure fazer com que passe por lá o maior número de<br />

pessoas possível, amanhã, para ver se alguém presta alguma<br />

informação sobre eles. Entendi<strong>do</strong>?<br />

O agente funerário olhava para Roque, com surpresa.<br />

— Ei, que diabo! Você é o capitão Roque, que chegou<br />

esta manhã. E já está meti<strong>do</strong> em sarilhos?<br />

— Talvez. Vamos ao trabalho.<br />

Pegaram os cadáveres e os colocaram no carro. Pouco<br />

depois, avançava em direção à funerária.<br />

— Amanhã falaremos de novo — disse Roque. — De<br />

qualquer forma, mande ao hotel falar comigo qualquer

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