014 Mortimer Cody - A Moeda do Odio

— Mas... Por que isso? Não tenho nada que vocês
possam roubar.
Barber adiantou o queixo; os olhos do barbudo Waxer
brilharam. Smith continuava imóvel, mas algo estranho
apareceu também em seus olhos.
— Não temos que lhe dar explicações, boneca — disse
Barber. — Mas não diga que não tem nada com valor. Tem
e muito. Só que não é para nós. E se não quer apanhar as
suas coisas, vamos embora. Só uma advertência. Se entrar
em seu quarto será para levar objetos de uso pessoal. Não
pense em pegar alguma arma. Como precaução, Smith vai
com você.
— Está bem — grunhiu o mestiço.
Kátia mordeu o lábio inferior. Olhou com medo para
Barber e murmurou:
— Isto é coisa de José?
Os dois homens olharam-se desconcertados.
— Quase adivinhou, princesa.
— Bem... Ele se arrependerá disto.
Outra vez os homens voltaram a olhar-se. Alguma coisa
parecia não combinar. Baxber ordenou:
— Em marcha. Está claro que não precisa de nada.
Obrigaram-na a sair. Desconfiado, Barber amordaçou
Kátia. Montaram-na num cavalo e pouco depois os quatro
partiam em galope moderado.
* * *
— Estão chegando, senhora — disse Tewmy.
— Eu ouvi-os chegar, Tewmy.
Na verdade, os cascos dos cavalos ressoavam nas pedras
que formavam aquela depressão perto da margem do South
Platte River. De um lado havia uma fogueira, onde