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Revista SECOVIRIO - 103

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Já foi época em que lugar de bebê era<br />

deitadinho no berço, preso dentro de<br />

casa ou, no máximo, no carrinho,<br />

pegando sol na pracinha. Hoje em dia já<br />

está mais do que comprovado que,<br />

desde cedo, há diversas atividades que<br />

contribuem para o desenvolvimento físico e<br />

mental dos pequenos. Entre tantos estudos sobre<br />

o tema, em abril deste ano uma pesquisa da<br />

Universidade do Estado de Washington apontou<br />

que a música pode ajudar os bebês no<br />

aprendizado da fala.<br />

O estudo acompanhou a evolução de dois<br />

grupos: o primeiro, composto por 20 bebês<br />

menores de 9 meses, que aprenderam a<br />

reproduzir ritmos musicais em um pequeno<br />

tambor, e o segundo, com 19 bebês da mesma<br />

idade, que recebeu outros tipos de brinquedo.<br />

Após uma semana, todos se submeteram a<br />

testes para detectar o nível de atividade do<br />

cérebro. E constatou-se que os bebês que foram<br />

estimulados a participar de atividades que<br />

envolviam música apresentaram maior atividade<br />

na região do cérebro importante para o<br />

aprendizado da linguagem.<br />

Para a principal autora da pesquisa, Christina<br />

Zao, a resposta para isso está relacionada ao fato<br />

de que, para adquirir a capacidade de falar, é<br />

necessário o reconhecimento de tons e ritmos e<br />

ter a capacidade de antecipação.<br />

Mas, se as pesquisas reforçam, muitas mamães,<br />

papais, madrastas, padrastos, vovós, vovôs, titias<br />

e titios por aí têm descoberto na prática mesmo<br />

que diversão e socialização fazem toda a<br />

diferença para o bem-estar dos bebês. E essa<br />

realidade tem ampliado no mercado a oferta de<br />

atividades desenvolvidas especialmente para<br />

eles. Melhor ainda: muitas vezes, não há sequer a<br />

necessidade de se deslocar muito porque a<br />

brincadeira pode ir para a vizinhança. Às vezes,<br />

para dentro do condomínio.<br />

E foi na vizinhança mesmo que a mamãe<br />

Rafaela Auler descobriu, por acaso, um dos<br />

passatempos preferidos de Maria Antonia, de<br />

apenas 1 ano e meio. Quando morava na Gávea,<br />

ela costumava passear com a filha na rua todos<br />

os dias pela manhã. Um dia, ouviu uma música<br />

infantil sendo tocada e cantada no edifício<br />

vizinho e perguntou ao porteiro o que era. “Ele<br />

me disse que havia um ‘encontro de bebês’ toda<br />

semana no play e me deixou entrar para dar uma<br />

espiadinha. Assim que vi a roda de bebês, me<br />

encantei com a música, a energia e a alegria das<br />

crianças e dos professores”, conta.<br />

Toda essa animação era resultado de um projeto<br />

chamado Fabulosos, que atende bebês dos 4<br />

meses de vida até 3 anos de idade e promove<br />

aulas de estímulo ao desenvolvimento infantil<br />

por meio da psicomotricidade, musicalização,<br />

atividades sensoriais e cognitivas, trabalhando<br />

questões pedagógicas e afetivas. Os grupos de<br />

crianças são divididos de acordo com a faixa<br />

etária e o desenvolvimento, e devem ser<br />

formados por, no mínimo, seis crianças, e no<br />

máximo, 13.<br />

No mesmo dia da descoberta, Rafaela<br />

conversou com os professores e, na semana<br />

seguinte, Maria Antonia, na época com 6 meses,<br />

já estava participando das aulinhas. No início do<br />

ano, elas se mudaram para a Barra da Tijuca.<br />

“Fiz questão de procurar a turminha da Barra e<br />

continuar a levar a Maria Antonia aos encontros.<br />

Estamos firmes e fortes até hoje”, comemora.<br />

A mamãe Rafaela e sua pequena Maria Antonia<br />

divertem-se na roda de bebês do Fabulosos<br />

Sementinha Filmes<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>103</strong> / 17

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