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Revista SECOVIRIO - 103

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Imagine só: você está trabalhando e, de repente,<br />

ouve um barulho estranho em um local vazio, vê<br />

uma luz apagar ou acender sozinha, percebe que<br />

algo se moveu sem a intervenção de alguém,<br />

enxerga um vulto. Assustador? Para algumas<br />

pessoas que trabalham em edifícios históricos do<br />

Rio de Janeiro, interagir com outro plano astral é<br />

algo comum.<br />

Não acredita? O chefe da biblioteca do Instituto<br />

Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da<br />

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Alexandre<br />

Medeiros, também não. Ou quase. Quer dizer, ele<br />

não está muito certo, mas duvidar, também não<br />

duvida.<br />

O certo é que, trabalhando há 20 dos seus 40 anos<br />

no local, ele coleciona histórias um tanto estranhas<br />

ocorridas no castelo de Manguinhos. Tanto<br />

conhecimento se deve, em parte, à sua dissertação<br />

de mestrado em Ciência da Informação, que tratava<br />

sobre a biblioteca e o levou a conversar com os<br />

funcionários. “Havia histórias que eu achava<br />

engraçadas; outras, curiosas. Uma delas aconteceu<br />

comigo”, relata.<br />

Entre tantos casos, Alexandre se recorda do<br />

acontecido com o sr. Jara, funcionário da fundação<br />

por 30 anos, já falecido há cerca de oito. Em certa<br />

ocasião, quando arrumava revistas sobre uma mesa<br />

em uma sala da biblioteca, foi pegar mais um tanto,<br />

e, quando retornou, a mesa estava torta, tendo<br />

rodado cerca de 30 graus. Detalhe: o móvel era de<br />

carvalho, grande e pesado, com espaço para cerca<br />

de 10 lugares. Além disso, não havia mais ninguém<br />

no local.<br />

Outra situação inusitada ocorreu quando uma moça<br />

chegou ao balcão solicitando falar com o chefe da<br />

biblioteca. A atendente foi chamar e, ao retornar, não<br />

encontrou mais ninguém. Abismada, resolveu ir<br />

atrás da moça, acreditando que a encontraria<br />

facilmente pelo fato de haver apenas um trajeto<br />

entre a recepção e a saída. No caminho, perguntou<br />

se o ascensorista havia visto alguém passar e<br />

recebeu uma negativa. Depois, reconheceu em um<br />

quadro a pessoa com quem havia falado, que,<br />

assustadoramente, já havia falecido.<br />

O próprio chefe da biblioteca já se deparou, bem<br />

cedo, com um vigia sentado do lado de fora do<br />

prédio com uma garrafa de café, afirmando que<br />

trancava tudo e se posicionava ali porque não ficava<br />

sozinho lá dentro “por nada neste mundo”. O filho de<br />

uma funcionária, uma criança agitada, já foi<br />

repreendido por “um tio de branco” em uma sala<br />

onde não havia ninguém.<br />

Alexandre conta também que é comum as pessoas<br />

sentirem cheiro de flores, mesmo em lugares<br />

fechados – sensação que também já experimentou.<br />

Mas a sua vivência mais estranha aconteceu ainda<br />

Muitas histórias inexplicáveis aconteceram no<br />

castelo mourisco da Fundação Oswaldo Cruz<br />

Foto: Acervo Fundação Oswaldo Cruz<br />

SECOVI RIO / 2016 / nº <strong>103</strong> / 47

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