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IABI (CC3.0)<br />
Um aspecto da Basílica de Santa Sofia em Constantinopla<br />
gozar? Você pensa em me comprar<br />
com essas coisas, agora que não estou<br />
em idade de gozá-las? Oh!” Vê-<br />
-se o Armênio minguar...<br />
“Quanto ao meu mosteiro e aos<br />
meus amigos, coloco sua sorte nas<br />
mãos de Deus. Quanto ao mais, se<br />
acreditais assustar-me com vossas esperanças<br />
como se assusta uma criança<br />
com as varas, vos enganais. Porque,<br />
embora não tenha forças para<br />
caminhar e esteja sujeito a numerosas<br />
outras enfermidades corporais,<br />
espero que Jesus Cristo me dará coragem<br />
de sofrer pela sua causa todos os<br />
suplícios aos quais poderíeis me condenar.”<br />
Tudo dito, está acabado. Quer dizer:<br />
“Seus subornos não me interessam,<br />
suas ameaças não me fazem recuar.<br />
Está feito seu balanço, ó Leão,<br />
o Armênio.” É um Teófanes, a manifestação<br />
de Deus através da boca de<br />
um homem.<br />
Encolerizado, o imperador enviou<br />
Teófanes a um calabouço, onde o<br />
Santo permaneceu por dois anos, sofrendo<br />
horríveis privações. Chegaram,<br />
um dia, a dar-lhe trezentos golpes de<br />
chicote.<br />
Num velho enfermo, hein!<br />
Saindo da prisão, exilaram-no na<br />
Samotrácia, onde ele morreu a 12 de<br />
março de 817.<br />
Aqui está a história de São Teófanes.<br />
Nós podemos imaginar a Samotrácia<br />
e São Teófanes morrendo. Talvez<br />
embaixo de uma palmeira, ao ar<br />
livre, assistido apenas por um auxiliar.<br />
Mas na hora em que ele morreu,<br />
uma bola de fogo subiu ao céu, e na<br />
cidade tal viram isso e comentaram:<br />
“Morreu Teófanes, o virtuoso...” Ou<br />
algo nessa linha. Seria o desfecho<br />
legendário e simétrico dessa história.<br />
Com isso nos familiarizamos um<br />
pouco com os esplendores peculiares<br />
que a Igreja teve no Oriente. v<br />
(Extraído de conferência de<br />
17/3/1971)<br />
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