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Revista Dr Plinio 252

Março de 2019

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uma função é algo tão bonito, se é tão esplêndida a força<br />

quando colocada a serviço da majestade, não haverá outros<br />

seres nos quais eu possa considerar, para nutrimento<br />

de minha alma, maior majestade, maior força, maior santidade?<br />

Minha alma já se extasia vendo esses atributos<br />

simbolizados no leão, mas eu quisera ver mais.<br />

Vem, então, a conclusão: no homem precisa haver<br />

mais majestade. Devem existir homens que me deem essa<br />

ideia de um modo mais perfeito do que o leão. Que<br />

homens terão sido?<br />

A pessoa passará, então, a estudar os homens que foram<br />

majestosos na Terra como, por exemplo, Carlos<br />

Magno, São Luís IX. E, de majestade em majestade, chegará<br />

Àquele que a Escritura qualificou de Leão de Judá:<br />

Nosso Senhor Jesus Cristo.<br />

Contempla o Santo Sudário de Turim e diz: “Nenhuma<br />

majestade realizada por um filho de homem atingiu a<br />

daquele infortúnio, daquela dor, daquela certeza, daquela<br />

esperança e daquela recusa. Aquela é a majestade das<br />

majestades, a mais alta das majestades que a face humana<br />

possa exprimir!”<br />

Então, na sua peregrinação pelas majestades, essa<br />

pessoa vai estudar a figura de Nosso Senhor Jesus Cristo<br />

no Evangelho. E, após ter considerado a própria humanidade<br />

do Redentor, dirá: “Nosso Senhor Jesus Cristo,<br />

na sua humanidade, é Corpo e Alma. Entretanto, eu<br />

vejo apenas os reflexos da Alma no Corpo, não vejo a Alma.<br />

Que feliz seria eu se contemplasse a Alma d’Ele diretamente!<br />

Como veria melhor a majestade e a santidade<br />

d’Ele se eu pudesse ver a Alma d’Ele, e não apenas a<br />

sua face divina!”<br />

E depois dirá mais ainda: “A Alma d’Ele é humana, e<br />

tudo quanto é humano é limitado. Deve haver algo infinitamente<br />

maior do que a Alma humana d’Ele, e que<br />

tem uma majestade, uma santidade e uma força que, estas<br />

sim, concebidas em último grau, enchem completamente<br />

a minha alma. Para contemplá-las eu serei capaz<br />

de todos os esforços, todas as renúncias, todos os sacrifícios.<br />

É a natureza divina d’Ele. Porque Deus é infinito,<br />

supremo, perfeito, Ele tem tudo. Há, portanto, um Ser<br />

incriado que foi o ponto de partida de todas as coisas,<br />

e que possui num grau infinito aquilo que eu comecei a<br />

considerar no leão de um modo finito.”<br />

Père Igor (CC3.0)<br />

Meditação com seu périplo total<br />

Neste ponto os olhos se voltam novamente para o leão<br />

e a pessoa passa a ver nele, em todos os seus movimentos,<br />

em toda a sua sublimidade, reflexos criados da natureza<br />

divina; um espelho de perfeições inexcogitáveis e infinitas<br />

de Deus das quais, entretanto, a cada movimento<br />

do leão pode-se ter uma certa ideia. Porque, ao contem-<br />

Imperador Carlos Magno - Igreja<br />

Saint-Géraud, Cantal, França<br />

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