*Março/2019 - Revista Florestal 205
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EXPORTAÇÕES setor florestal brasileiro bate recorde e assume a ponta do agronegócio em janeiro<br />
9 7 7 2 3 59 4 6 5 03 8 0 0 2 0 5<br />
FUEIROS LEVES<br />
COMO EQUILIBRAR PESO DA CARGA,<br />
CONFIABILIDADE E SUPORTE TÉCNICO<br />
LIGHT STANCHIONS<br />
BALANCING LOAD WEIGHT,<br />
RELIABILITY, AND TECHNICAL SUPPORT
Estabelecemos relações com<br />
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valores, em especial a<br />
segurança e sustentabilidade<br />
nas operações.<br />
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SUMÁRIO<br />
MARÇO <strong>2019</strong><br />
40<br />
MAIS VALOR PARA<br />
A CARGA<br />
08 Editorial<br />
10 Cartas<br />
12 Bastidores<br />
14 Coluna Ivan Tomaselli<br />
16 Notas<br />
24 Biomassa<br />
26 Frases<br />
28 Entrevista<br />
40 Principal<br />
46 Especial<br />
52 Mercado<br />
56 Política<br />
58 Exportação<br />
62 Legislação<br />
66 Artigo<br />
72 Agenda<br />
74 Espaço Aberto<br />
46<br />
52<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
07 Agroceres<br />
09 Ambipar<br />
33 Bizmaq<br />
49 Bruno Industrial<br />
11 Carrocerias Bachiega<br />
71 D’Antonio Equipamentos<br />
76 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
35 DRV Ferramentas<br />
61 Ecoserra<br />
04 Emex<br />
25 Engeforest<br />
23 Envimat<br />
17 J de Souza<br />
37 Lignum Brasil<br />
71 Lubeco<br />
73 Master Brasil<br />
59 Mill Indústrias<br />
65 Mill Indústrias<br />
13 Nordtech<br />
55 Planalto Picadores<br />
51 Potenza<br />
38 Raptor<br />
19 Rotary Ax<br />
27 Rotor Equipamentos<br />
21 Sergomel<br />
31 Taquarense<br />
73 Termatec<br />
75 TMO<br />
15 Unibrás<br />
57 Valfer Ferramentas<br />
06 www.referenciaflorestal.com.br
0 0 2 0<br />
EDITORIAL<br />
Somos um só<br />
A economia entrando nos eixos é um bom incentivo para o setor<br />
florestal permanecer crescendo de forma sustentável. O crescimento<br />
nas vendas de produtos de plantios segue puxando toda a atividade<br />
para cima. Com o aquecimento do mercado é importante que as<br />
empresas estejam preparadas para atender e se adaptar às necessidades<br />
do aumento de demanda. Do outro lado, é indispensável que<br />
o segmento de manejo florestal receba mais atenção dos órgãos de<br />
controle e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.<br />
Como sabemos que o governo não funciona sozinho quando trata<br />
de questões setorizadas, deve haver responsabilidade compartilhada<br />
entre todos os atores do setor florestal, o que inclui também entidades<br />
que representam a silvicultura, afinal de contas, todas fazem<br />
parte do mesmo segmento. Nesta edição, dedicamos atenção especial,<br />
por meio de três reportagens, ao cenário do manejo florestal<br />
sustentável, tratamos das dificuldades e oportunidades. Também<br />
apontamos perspectivas em novas tecnologias e tendências que cabem<br />
para toda a cadeia florestal. Vale muito a leitura.<br />
2<br />
A segurança que o seu desafio<br />
será cumprido e produtivo.<br />
Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />
A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />
fazendo o seu investimento render muito mais!<br />
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mais madeira devido a leveza<br />
e resistência dos fueiros<br />
Unylaser, ilustra a capa<br />
desta edição<br />
A <strong>Revista</strong> da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXI • N°<strong>205</strong> • Março <strong>2019</strong><br />
EXPORTAÇÕES setor florestal brasileiro bate recorde e assume a ponta do agronegócio em janeiro<br />
9 772359 46503 8 5<br />
FUEIROS LEVES<br />
COMO EQUILIBRAR PESO DA CARGA,<br />
CONFIABILIDADE E SUPORTE TÉCNICO<br />
LIGHT STANCHIONS<br />
BALANCING LOAD WEIGHT,<br />
RELIABILITY, AND TECHNICAL SUPPORT<br />
WE ARE JUST ONE<br />
The economy by taking a big step toward recovery is a good incentive<br />
for the Forest Sector to maintain its path towards sustainable<br />
growth, and the planted product segment continues driving the<br />
activity. With the market heating up, it is important that companies<br />
are prepared to meet and adapt to the needs of increasing demand.<br />
On the other hand, it is indispensable that the forest management<br />
segment receives more attention from the control organs and the<br />
Ministry of Agriculture. As we know that Government does not work<br />
alone when dealing with sectorial issues, there must be a “shared<br />
responsibility” amongst all actors in the Forest Sector, which also includes<br />
entities that represent the forestry segment, after all, they are<br />
part of the same sector. In this issue, we dedicate special attention,<br />
through three stories, about the sustainable forest management scenario,<br />
we deal with the difficulties and opportunities. We also point<br />
out the perspectives on new technologies and trends that cover the<br />
entire forest chain. It’s worthwhile reading.<br />
Entrevista com<br />
Pablo Georgio<br />
de Souza<br />
Sistema DOF fora do ar<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXI - EDIÇÃO <strong>205</strong> - MARÇO <strong>2019</strong><br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Rafael Macedo - Editor<br />
editor@revistareferencia.com.br<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colaboração / Colaboration<br />
Patricia Munhoz<br />
Colunista<br />
Ivan Tomaselli<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Fabiano Mendes<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Cartunista / Cartunist<br />
Francis Ortolan<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
Knop<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Supervisão - Cassiele Ferreira<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A <strong>Revista</strong> REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A <strong>Revista</strong> REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da <strong>Revista</strong> REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
<strong>Revista</strong> REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. <strong>Revista</strong> REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
property in each publication of <strong>Revista</strong> REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />
without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />
08 www.referenciaflorestal.com.br
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CARTAS<br />
ENTREVISTA Carlos Alberto Junior, gerente geral de Planejamento e Competitividade da Eldorado<br />
A segurança que o seu desafio<br />
será cumprido e produtivo.<br />
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A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />
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A <strong>Revista</strong> da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
Capa da Edição 204 da<br />
<strong>Revista</strong> REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de fevereiro de <strong>2019</strong><br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
GENÉTICA<br />
PERFEITA<br />
PESQUISA CRIA CLONES<br />
DE EUCALIPTO DE RÁPIDO<br />
CRESCIMENTO, IDEAIS<br />
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Ano XXI • N°204 • Fevereiro <strong>2019</strong><br />
PERFECT<br />
GENETICS<br />
RESEARCH CREATES RAPID<br />
GROWTH EUCALYPTUS CLONES,<br />
IDEAL FOR THE PROCESSING INDUSTRY<br />
GENÉTICA<br />
Por Carlos Nascimento – Valinhos (SP)<br />
Muito boa a reportagem sobre o clone de eucalipto da edição passada.<br />
É bom ficar por dentro das evoluções genéticas da espécie que tem<br />
muito mais uso do que somente o processo.<br />
MADEIRA NATIVA<br />
Por Genivaldo Silva – Rondonópolis (MT)<br />
Triste ver o mercado de madeira nativa com desempenho tão baixo.<br />
Temos madeira de excelente qualidade e gente que faz o manejo direito.<br />
ANIMAÇÃO<br />
Por Camila Campos Albuquerque – Três Lagoas (MS)<br />
Parabéns pela <strong>Revista</strong>. Muito bom ter acesso às notícias do nosso<br />
segmento, que é tão importante para a economia brasileira.<br />
E-mails, críticas e<br />
sugestões podem ser<br />
enviados para redação<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a <strong>Revista</strong><br />
REFERÊNCIA FLORESTAL ou a<br />
respeito de reportagem produzida<br />
pelo veículo.<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
referenciamadeira<br />
OTIMISMO<br />
Por Jorge Bianchini – Pelotas (RS)<br />
A reportagem sobre as perspectivas do setor florestal que a<br />
REFERÊNCIA fez está de acordo com o que estou acompanhando<br />
pelos jornais econômicos: a situação vai melhorar.<br />
INOVAÇÃO<br />
Por Jaqueline Almeida –<br />
Rio Negrinho (SC)<br />
Parabéns pela entrevista com<br />
o gerente de Planejamento da<br />
Eldorado Brasil. Muito bom ver<br />
quais serão as novidades do<br />
setor vindo de um especialista<br />
como Carlos Junior.<br />
Fotos: Planflora Mudas Florestais Foto: divulgação Foto: divulgação<br />
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Foto: REFERÊNCIA<br />
Charge: Francis Ortolan<br />
<strong>Revista</strong><br />
PARCEIROS E AMIGOS<br />
O início do ano foi tempo de visitar parceiros comerciais e amigos no Estado de São Paulo. Enquanto a Atta-Kill é<br />
responsável por fornecer solução para o combate das formigas cortadeiras, a Carrocerias Bachiega comercializa pisos<br />
móveis para transporte de biomassa.<br />
Joseane Knop, representante comercial da<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL, Berenice Ribeiro e Augusto<br />
Tarozzo, responsáveis pelo marketing da Atta-Kill<br />
Fábio e Sheila Bachiega proprietários da Carrocerias Bachiega,<br />
ao lado de Joseane Knop, representante comercial da<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
12 www.referenciaflorestal.com.br
COLUNA<br />
A OFERTA DE MADEIRA NA<br />
ARGENTINA É UMA OPORTUNIDADE<br />
PARA A INDUSTRIA FLORESTAL<br />
BRASILEIRA?<br />
Ivan Tomaselli<br />
Diretor-presidente da Stcp<br />
Engenharia de Projetos Ltda<br />
Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />
Nossos vizinhos estão fazendo o dever de<br />
casa na economia e ganhando confiança<br />
internacional<br />
Foto: divulgação<br />
O clima de<br />
negócios na<br />
Argentina está<br />
melhorando. Um<br />
dos indicativos<br />
é o fato do FMI<br />
ter aprovado, em<br />
curtíssimo prazo,<br />
empréstimo de<br />
US$ 50 bilhões<br />
para o país<br />
O<br />
s maiores investimentos no setor<br />
florestal na América do Sul<br />
estão concentrados no Brasil e<br />
Chile, e mais recentemente, no<br />
Uruguai. No entanto, existem<br />
outros países que podem ser oportunidade<br />
atrativa de investimento para a indústria florestal<br />
brasileira.<br />
Em 2002, a Stcp desenvolveu um plano para<br />
promover o desenvolvimento do setor florestal<br />
nas Províncias de Corrientes e Misiones, na Argentina.<br />
Estas duas províncias juntas têm uma<br />
área total plantada de mais de um milhão de ha<br />
(hectares), principalmente de pinus e eucalipto.<br />
No início de <strong>2019</strong>, convidados pelo Governo<br />
da Província de Corrientes, tivemos a oportunidade<br />
de discutir a evolução do setor florestal<br />
daquela região e realizar uma rápida análise das<br />
oportunidades de investimentos.<br />
A conclusão foi de que a situação pouco<br />
mudou desde 2002, a indústria florestal não<br />
desenvolveu e os plantios continuam sendo<br />
subutilizados.<br />
A Argentina, devido a série de fatores, não<br />
tem sido capaz de atrair investimentos. Distorções<br />
macro econômicas, continuadas crises políticas,<br />
falta de investimento em infraestrutura<br />
e outros fatores, criaram um clima adverso aos<br />
investimentos.<br />
No entanto, com a eleição do novo governo<br />
em 2015, houve mudanças, e a tendência é que,<br />
no médio prazo, o cenário melhore. A inflação<br />
ainda é alta (mais de 40% em 2018), mas agora<br />
não existe manipulação da informação como no<br />
passado, e os ajustes feitos deverão ter impacto<br />
positivo. O governo federal tem buscado, entre<br />
outras coisas, reduzir os gastos e o déficit fiscal,<br />
adotou taxa de câmbio flutuante, eliminou subsídios<br />
que distorciam preços e tem atuado para<br />
abrir novos mercados internacionais.<br />
Estas e outras ações, muitas vezes pouco<br />
populares, têm sido importantes para criar<br />
ambiente mais favorável para atração de investimentos<br />
e promoção do desenvolvimento<br />
econômico e social.<br />
O clima de negócios na Argentina está melhorando.<br />
Um dos indicativos é o fato do FMI<br />
(Fundo Monetário Internacional) ter aprovado,<br />
em curtíssimo prazo, empréstimo de US$ 50<br />
bilhões para o país.<br />
Os governos provinciais têm também buscado<br />
alternativas para atrair investimentos e<br />
promover o desenvolvimento. Na Província de<br />
Corrientes sobram anualmente mais de 10 milhões<br />
de m³ (metros cúbicos) de madeira, principalmente<br />
de pinus. Neste cenário, o preço da<br />
madeira em tora de pinus é 50% do valor médio<br />
no Brasil.<br />
Os plantios de pinus e eucalipto na Argentina<br />
foram, na grande maioria, bem manejados e<br />
uma parte foi, inclusive, podada. Existe grande<br />
oferta de madeira fina, e também de madeira<br />
em toras de maior dimensão, para atender a<br />
indústria de serrados e laminados.<br />
A grande oferta de madeira em toras na<br />
Argentina, a preços reduzidos, é uma oportunidade<br />
para a indústria florestal brasileira, que<br />
precisa internacionalizar operações para garantir<br />
a expansão e sustentabilidade de seus negócios.<br />
Uma indústria operando em Corrientes, e<br />
também Misiones, pode atender não somente o<br />
mercado argentino (que deverá crescer nos próximos<br />
anos), mas também o mercado brasileiro<br />
de produtos de madeira e internacional.<br />
14 www.referenciaflorestal.com.br
Não permita que as<br />
formigas cortem seu<br />
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O controle está em suas mãos!<br />
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NOTAS<br />
Startup curitibana inova<br />
Uma startup curitibana está apostando<br />
no mercado de aquecimento de água e<br />
geração de energia. O processo integra um<br />
moderno sistema próprio de automação com<br />
a geração de calor pela queima de pellets.<br />
A startup Igni, criada há pouco mais de um<br />
ano pelos irmãos Rafael e Lucas Mocelin,<br />
após identificarem este nicho, vem ganhando<br />
espaço e mercado. “Tivemos a encomenda<br />
de um equipamento industrial com o uso de<br />
pellets para aquecer uma caldeira industrial<br />
de desengraxe de peças, deu tão certo que<br />
resolvemos apostar nessa tecnologia”, comenta<br />
Rafael. Além da redução na sujeira e<br />
na produção de fumaça, o principal fator que<br />
vem chamando atenção para essa tecnologia<br />
é a redução no custo com matéria-prima.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Relação entre<br />
florestas e clima<br />
Foto: divulgação<br />
Pesquisadores utilizam Atto (sigla em inglês<br />
para Torre Alta da Amazônia), com 325<br />
m (metros) de altura, para investigar relação<br />
da floresta com o clima global. A torre fica a<br />
150 km de Manaus (AM), na Estação Científica<br />
do Uatumã. Os cientistas instalaram<br />
equipamentos capazes de captar informações<br />
sobre os fluxos de troca entre a floresta<br />
e a atmosfera. Dessa forma, são realizadas<br />
análises de concentrações de dióxido de<br />
carbono (CO²) na atmosfera, do balanço de<br />
radiação e de fluxos de ozônio e aerossóis,<br />
entre outros indicadores importantes. Uma<br />
das descobertas a partir da coleta de dados<br />
na torre Atto foi que o processo de aquecimento<br />
global pode ser ainda mais intenso<br />
do que o previsto originalmente, se o desmatamento<br />
continuar.<br />
16 www.referenciaflorestal.com.br
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CABEÇOTE 3 EM 1: DERRUBADA,<br />
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EQUIPAMENTO PARA ARRASTE<br />
DO FEIXE DE TORAS, ACOPLADO<br />
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MÉDIO E GRANDE PORTE.<br />
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de 15 à 17 de maio em Belo Horizonte - MG.
NOTAS<br />
Uso<br />
sustentável<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
A Fazenda Contendas, que pertence à<br />
WestRock, começou os preparativos para<br />
receber o plantio de mudas de eucalipto. A<br />
propriedade está localizada no bairro Parque<br />
Portugal, nas imediações da cidade de<br />
Valinhos (SP). A fazenda possui 25 ha (hectares),<br />
destes 19 ha passarão pelas etapas de<br />
nivelamento do terreno, combate a pragas,<br />
subsolagem e adubação e, enfim, o plantio<br />
das mudas. Uma floresta plantada de eucalipto<br />
leva oito anos, em média, para atingir<br />
maturidade para colheita. Durante esses<br />
anos, as cerca de 38 mil árvores contribuirão<br />
positivamente para a remoção de gases<br />
de efeito estufa da região, colaborando de<br />
forma contundente para a qualidade de ar e<br />
para a neutralização das emissões de CO2 da<br />
comunidade local.<br />
Fusão das empresas<br />
A ÅF e Pöyry, duas das principais empresas de engenharia,<br />
projetos e consultoria na Europa, concluíram a<br />
fusão anunciada em 11 de dezembro de 2018. Com o processo<br />
de integração já em andamento, foi estabelecida uma<br />
nova estrutura de grupo e foram indicados os integrantes<br />
da nova administração. Agora denominada ÅF Pöyry, a<br />
empresa operará em cinco novas divisões - Infraestrutura,<br />
Soluções Industriais e Digitais, Indústrias de Processos,<br />
Energia e Consultoria. Durante o ano, será lançada uma<br />
marca unificada e uma oferta conjunta de serviços para os<br />
clientes. “Após dois meses de preparativos, estou animado<br />
com o início da integração da ÅF e da Pöyry. Juntos, levaremos<br />
nossos negócios para um novo patamar, expandindo<br />
nossa presença internacional, nossa especialização e capacidade<br />
de assumir tarefas ainda maiores e mais complexas,<br />
atendendo às necessidades de nossos clientes por soluções<br />
sustentáveis avançadas para as gerações futuras”, afirma<br />
Jonas Gustavsson, presidente da ÅF Pöyry. A nova empresa<br />
reunirá mais de 16 mil especialistas em engenharia, projetos<br />
e consultoria em todo o mundo.<br />
Foto: Pixabay<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
FLORESTAL no nome<br />
e nas ideias<br />
A segurança que o seu desafio<br />
será cumprido e produtivo.<br />
Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />
A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />
fazendo o seu investimento render muito mais!<br />
Iniciamos <strong>2019</strong> com duas grandes novidades.<br />
A primeira delas é o próprio nome que a<br />
<strong>Revista</strong> carrega na capa da publicação. FLORES-<br />
TAL ganhou mais destaque. Afinal de contas é o<br />
segmento pelo qual somos apaixonados e acabou<br />
sendo adotado pelos leitores ao longo desses<br />
20 anos. Descomplicamos, mas mantivemos RE-<br />
FERÊNCIA também no título da <strong>Revista</strong>. Porém,<br />
para quem já nos conhece há tanto tempo pode<br />
nos chamar só pelo apelido mesmo: FLORESTAL;<br />
porque agora virou oficial.<br />
Com fonte mais moderna, o nome estampado<br />
na capa de cada edição nos define e mostra do<br />
que trata o conteúdo. Tudo sobre floresta, desde<br />
o plantio até a colheita, tem manejo de plantadas<br />
e nativas também, além de mercado e opinião.<br />
Agora, nossos leitores nos reconhecem de longe e<br />
quem ainda não é familiarizado com a FLORESTAL<br />
sabe de cara do que ela trata. Seguindo nas evoluções,<br />
a outra novidade é o layout e conteúdo<br />
do site www.referenciaflorestal.com.br, que está<br />
adaptado para os dispositivos móveis e traz ainda<br />
Agende uma demonstração<br />
19 mais 3802.2742 novidades. O novo site tem o objetivo de<br />
DENISCIMAF.com<br />
informar e também ser canal de comunicação<br />
para o leitor. São publicadas entrevistas com especialistas,<br />
matérias sobre silvicultura e madeira<br />
nativa, informações sobre mercado e conteúdo<br />
exclusivo para assinantes.<br />
A intenção do veículo de comunicação é se<br />
aproximar cada vez mais de quem faz este setor<br />
andar: empresários, profissionais, pesquisadores,<br />
professores e estudantes. Por isto, criamos um<br />
ambiente ideal para a troca de informações e<br />
sugestões. “Estamos muito animados com esta<br />
novidade, que nos permite ampliar a interação<br />
com nosso leitor. Acesse o site e nos diga o que<br />
pensa, vale sugestão, dica, crítica, selfie na florestal,<br />
estrada, indústria...”, convida Rafael Macedo,<br />
editor da publicação.<br />
Ligue para 19 3802.2742 e agende uma Demonstração!<br />
A <strong>Revista</strong> da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXI • N°204 • Fevereiro <strong>2019</strong><br />
ENTREVISTA Carlos Alberto Junior, gerente geral de Planejamento e Competitividade da Eldorado<br />
GENÉTICA<br />
PERFEITA<br />
PESQUISA CRIA CLONES<br />
DE EUCALIPTO DE RÁPIDO<br />
CRESCIMENTO, IDEAIS<br />
PARA INDÚSTRIA DE<br />
BENEFICIAMENTO<br />
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GENETICS<br />
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GROWTH EUCALYPTUS CLONES,<br />
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20 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Komatsu compra TimberPro<br />
Foto: divulgação<br />
Até o dia primeiro de abril deste ano,<br />
a Komatsu America Corp, subsidiária da<br />
Komatsu Ltd., concluirá a aquisição da TimberPro,<br />
fabricante americana de máquinas<br />
florestais. As negociações tiveram início no<br />
mês passado. “Com a aquisição da Timber-<br />
Pro, a Komatsu fortalecerá ainda mais sua<br />
participação no setor florestal, ampliando<br />
significativamente a gama de equipamentos<br />
ofertados ao mercado”, anuncia Rod Schrader,<br />
CEO da Komatsu America Corp. A afirmação<br />
de Schrader está baseada no fato que<br />
a TimberPro, fundada em 2002, em Wisconsin,<br />
nos EUA (Estados Unidos da América), é<br />
referência na produção de máquinas e acessórios<br />
florestais, tais como: feller bunchers e<br />
harvesters, forwarders, harvesters com rodas<br />
e cabeçotes florestais.<br />
ALTA<br />
GRANDES EXPORTAÇÕES<br />
Com vendas em alta, Produtos Florestais assumem o<br />
2° lugar nas exportações do agronegócio paulista, com<br />
9,38% de crescimento. Entre os cinco principais grupos<br />
de exportações do agronegócio, os Produtos Florestais<br />
só não ultrapassam o Complexo Sucroalcooleiro (US$<br />
230, 86 milhões). Em janeiro, as exportações paulistas<br />
somaram US$ 3,47 bilhões (18,7% do total nacional)<br />
e as importações US$ 5,18 bilhões (31,6% do total<br />
nacional), segundo dados da IEA (Instituto de Economia<br />
Agrícola).<br />
MARÇO <strong>2019</strong><br />
QUEIMADAS TORNAM FLORESTA<br />
MAIS VULNERÁVEL<br />
Pesquisadores do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental<br />
da Amazônia) comprovam em estudo que matas<br />
amazônicas queimadas ficam mais vulneráveis a fenômenos<br />
naturais, como ventanias. O estudo também<br />
mostrou que os danos são maiores para grandes árvores,<br />
em áreas perto da borda da floresta e em áreas<br />
queimadas em anos anteriores. Nas parcelas queimadas<br />
anualmente, 13% das árvores foram danificadas;<br />
na queimada a cada três anos foram 17% e, na parcela<br />
de controle apenas 8%.<br />
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BIOMASSA<br />
Evento de<br />
BIOMASSA<br />
Imagem: reprodução<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
AExpobiomassa <strong>2019</strong>, feira internacional<br />
de bioenergia, está na décima segunda<br />
edição e será realizada em setembro na<br />
cidade de Valladolid, Espanha. O intuito<br />
do evento é reunir os profissionais do<br />
mercado de biomassa, como empresas de máquinas<br />
florestais, industriais de biocombustíveis sólidos,<br />
pellets, fabricantes, distribuidores e instaladores de<br />
sistemas de climatização. O foco desta edição será a<br />
geração de energia para usos térmicos: recuperadores<br />
de calor e lareiras, caldeiras de uso doméstico e equipamentos<br />
industriais. A estimativa de público é de 15<br />
mil visitantes.<br />
Investimento em<br />
fábrica de pellets<br />
NA ESPANHA<br />
AForestalia Arapellet, fabricante espanhola de<br />
biomassa, acaba de investir milhões na nova<br />
fábrica de produção de pellets. A nova planta<br />
terá capacidade de produção de 140 mil t (toneladas)<br />
por ano, que será destinada principalmente à exportação.<br />
O volume total de investimento no município de Erla<br />
Zaragoza vai ultrapassar 17 milhões de euros. A indústria vai<br />
aproveitar madeira e subprodutos vindos do trabalho de limpeza<br />
florestal em montanhas e da atividade de silvicultura.<br />
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FRASES<br />
Foto: divulgação<br />
O nosso setor florestal é muito jovem,<br />
ainda não está consolidado e o Brasil<br />
vem de uma recessão. Nós contamos<br />
com as atividades da celulose, com a<br />
vinda de mais uma fábrica no Estado,<br />
da siderurgia, do polo de madeira<br />
serrada. Outras fontes importantes são a<br />
energia e o etanol do milho, que também<br />
precisam de madeira para a secagem<br />
Explica o diretor-executivo da Reflore (MS),<br />
Benedito Mário Lázaro<br />
“Mais ou menos 30% da matriz<br />
energética do Estado depende<br />
do recurso florestal. Vemos<br />
indústrias importantes para<br />
Pernambuco que têm na floresta<br />
sua fonte de energia. Sendo feito<br />
de forma adequada, podemos ter<br />
energia renovável, sustentável e<br />
de baixo custo”<br />
Afirma o superintendente do Ibama, Francisco<br />
Campello, sobre análise da situação das áreas verdes de<br />
Pernambuco<br />
“É uma excelente notícia, pois o<br />
setor terá disponível a destinação<br />
de valores para a cadeia florestal,<br />
incluindo manejo, renovação do<br />
parque tecnológico, capital de giro<br />
e mercado externo, entre outras”<br />
Explicou o presidente do Cipem (Centro das<br />
Indústrias Produtoras e Exportadoras de<br />
Madeiras do Estado de Mato Grosso), Rafael<br />
Mason, sobre linha de crédito para atividades<br />
florestais<br />
“Na Europa, contribuímos para o aquecimento<br />
global com nossas próprias usinas de energia, o<br />
que tem um impacto global. No entanto, os danos<br />
locais à saúde causados pelo material particulado,<br />
dióxido de enxofre e óxido de nitrogênio ocorrem<br />
principalmente na Ásia”<br />
Atestou Christopher Oberschelp,<br />
principal autor da pesquisa<br />
liderada por Stefanie Hellweg,<br />
do Instituto de Engenharia<br />
Ambiental da ETH Zurich, que<br />
modelou e calculou os efeitos<br />
colaterais indesejáveis da<br />
energia do carvão para cada uma<br />
das 7.861 unidades de energia<br />
no mundo<br />
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ENTREVISTA<br />
Diversificar é a<br />
chave para o<br />
SUCESSO<br />
Diversification is the<br />
key to success<br />
A<br />
tendência de apostar todas as fichas em um só<br />
produto em algum momento torna-se a ruína<br />
para os silvicultores menos preparados. Este é o<br />
perigo de direcionar o negócio somente para o<br />
plantio de madeira de ciclo rápido, deixando de lado as madeiras<br />
valiosas que requerem mais tempo para crescer e manejo<br />
diferenciado. Veja o que pensa o doutor em engenharia florestal<br />
Pablo Georgio de Souza sobre este assunto. Ele também<br />
trata das novas fronteiras, mercado de nativas, preços de madeira<br />
e futuro para o negócio florestal.<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
Pablo Georgio<br />
de Souza<br />
T<br />
he trend to bet all your chips on one product can<br />
be the ruin for the less prepared forest producers.<br />
This is the danger of managing a forest for only<br />
the planting of fast-growing cycle trees, leaving<br />
aside the more valuable hardwoods that require more time<br />
to grow and differentiated management. Find out what Pablo<br />
Georgio de Souza, Ph.D. in Forest Engineering, thinks about this<br />
subject and new frontiers, native wood market, timber prices,<br />
and the future for the business.<br />
DATA E LOCAL DE NASCIMENTO<br />
22/11/1984, Santa Izabel do Oeste (PR)<br />
November 22, 1984, Santa Izabel do Oeste (PR)<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Professor da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do<br />
Paraná) e sócio na Empresa <strong>Florestal</strong> Sudoeste<br />
Pontifical Catholic University of Paraná (PUC-PR)<br />
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />
Doutor em Engenharia <strong>Florestal</strong><br />
Ph.D. in Forest Engineering<br />
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Março <strong>2019</strong> 29
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September 11 th to 13 th , <strong>2019</strong>, Expo Barigui (Curitiba - PR - Brazil)<br />
ORGANIZAÇÃO | ORGANIZER:
PRINCIPAL<br />
Mais valor para<br />
A CARGA<br />
Transporte florestal realizado por implementos<br />
produzidos com aço de alta resistência<br />
proporcionam mais rentabilidade ao negócio<br />
40 www.referenciaflorestal.com.br
More value per load<br />
Forest transport carried out by truck rigs<br />
produced with high strength steel provide<br />
more profitability to the business<br />
Fotos: divulgação<br />
Março <strong>2019</strong><br />
41
PRINCIPAL<br />
Q<br />
uem trabalha com transporte de madeira sabe<br />
que o sistema é bruto. As cargas são pesadas,<br />
a operação de baldeio das toras e o translado<br />
nas estradas exige técnica. Além de operadores<br />
qualificados, a produtividade e rentabilidade<br />
do negócio também dependem dos equipamentos. Não tem<br />
muita conversa, os implementos têm que aguentar o tranco e,<br />
no caso dos fueiros, devem conciliar resistência e leveza. Até<br />
porque, no final das contas o que vale é a quantidade de madeira<br />
transportada e não o peso do caminhão.<br />
Um quesito importante que diferencia um fueiro de outro<br />
é a qualidade do material empregado. “No setor florestal, por<br />
exemplo, acostumado com uma rotina severa e pesada, a qualidade<br />
dos produtos utilizados é o que garante a proteção dos<br />
profissionais envolvidos e a eficiência das operações”, destaca<br />
Aurélio Ames, gerente de materiais da Unylaser, fabricante dos<br />
produtos com a marca Raptor.<br />
Considerado até quatro vezes mais seguro que os materiais<br />
convencionais, o aço de alta resistência é item obrigatório para<br />
as empresas especializadas em transporte de madeira que<br />
desejam ser competitivas. “Esse material conta com fabricação<br />
mais cuidadosa e complexa, o que gera um produto mais elaborado<br />
e confiável.” Os fueiros florestais fabricados com esse<br />
material, portanto, possuem capacidade de carga maior e são<br />
mais seguros.<br />
Além do aumento na segurança, o uso do aço de alta resistência<br />
nos fueiros florestais resulta em custo de produção<br />
T<br />
hose who work with timber log transport know<br />
that the system is bulky. The loads are heavy, and<br />
log handling operation and road transportation<br />
require technique. In addition to skilled operators,<br />
the productivity and profitability of the business<br />
also depend on the equipment. There isn’t much else to say; the<br />
implements have to endure shocks, and, in the case of the bed<br />
stanchions, they must reconcile resistance with lightness. Because,<br />
ultimately, what counts is the amount of timber transported<br />
and not the weight of the truck.<br />
One important item that differentiates one stanchion from<br />
another is the quality of the material employed. “In the Forest<br />
Sector, for example, they have to be accustomed to a severe<br />
and heavy routine, the quality of the products used is what<br />
guarantees the protection of the professionals involved and the<br />
efficiency of the operation,” says Aurélio Ames, Materials Manager<br />
for Unylaser, Manufacturer of the Raptor brand products.<br />
Considered up to four times more secure than conventional<br />
materials, high-strength steel is a mandatory item for companies<br />
specializing in timber log transportation wishing to be competitive.<br />
“This material undergoes a more thoughtful and complex<br />
manufacturing process, which generates a better constructed<br />
and reliable product.” Therefore, forest transport stanchions<br />
manufactured with this material, have a higher load capacity<br />
and are safer.<br />
In addition to increased safety, the use of high-strength steel<br />
in forest truck stanchions results in a lower production cost.<br />
Produtividade e segurança no<br />
transporte de madeira<br />
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Março <strong>2019</strong> 43
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Março <strong>2019</strong> 45
ESPECIAL<br />
Corte e arraste<br />
de madeira<br />
ESTÃO PROIBIDOS<br />
TEMPORARIAMENTE<br />
Fotos: divulgação<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
Norma que vale desde<br />
2009, impede as<br />
atividades de manejo<br />
da floresta durante o<br />
período de chuvas para<br />
evitar danos à floresta<br />
e acidentes de trabalho<br />
Março <strong>2019</strong><br />
47
ESPECIAL<br />
D<br />
esde o mês passado está proibido o corte e<br />
arraste de madeira em manejo florestal na<br />
maioria das regiões amazônicas. A restrição<br />
acontece durante o período de chuvas. Cada<br />
Estado define os meses de parada, que normalmente<br />
acontecem de fevereiro a março. A intenção da<br />
Resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente),<br />
que passou a valer em 2009, baseada em normativa do<br />
MMA (Ministério do Meio Ambiente), é de evitar o aumento<br />
do impacto da atividade.<br />
Realizar atividade de manejo florestal durante o período<br />
de chuvas tem um impacto muito negativo para o solo<br />
e para a floresta nativa. Por isto, estão proibidos o corte<br />
e o arraste de toras. É permitido, porém o transporte e a<br />
comercialização da madeira em estoque na esplanada principal.<br />
Como o período chuvoso é diferente para cada região,<br />
os órgãos ambientais de cada Estado definem os meses de<br />
restrição das atividades na floresta. “Para a maior parte da<br />
Amazônia brasileira os meses críticos para a proibição são<br />
fevereiro e março. Por outro lado, em grande parte do Estado<br />
de Roraima os meses críticos ficam entre maio e julho”,<br />
exemplifica Gustavo Schwartz, pesquisador da Embrapa<br />
Amazônia Oriental.<br />
A maior parte da Amazônia brasileira está no hemisfério<br />
sul, por isto as estações chuvosas tendem a se concentrar<br />
de dezembro a abril. A proibição de corte e operações com<br />
máquinas pesadas tende a ocorrer em fevereiro e março,<br />
quando o solo da floresta recebe maior quantidade de chuva<br />
e já está completamente encharcado devido às chuvas<br />
recebidas em dezembro e janeiro.<br />
“A restrição das operações florestais de corte, arraste<br />
e transporte de madeira dentro da floresta no período<br />
chuvoso visa minimizar os impactos causados por essas<br />
atividades no solo e nas infraestruturas necessárias para<br />
a atividade de manejo florestal, como as estradas, pátios,<br />
pontes e bueiros”, explica José Humberto Chaves, gerente<br />
de Monitoramento e Auditoria <strong>Florestal</strong> do SFB (Serviço<br />
<strong>Florestal</strong> Brasileiro). A operação com máquinas nesta época<br />
pode causar compactação do solo, o que leva dificuldade<br />
de regeneração da floresta. Pode causar também aumento<br />
da erosão, principalmente nas estradas, nas trilhas de arraste<br />
e nos pátios.<br />
A pluviosidade na região amazônica é muito alta, comu-<br />
48 www.referenciaflorestal.com.br
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Março <strong>2019</strong> 51
MERCADO<br />
Retomada da<br />
economia pode<br />
diminuir<br />
CUSTO DA<br />
ATIVIDADE<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
Em 2018, a inflação no setor florestal<br />
foi quase o dobro do índice nacional,<br />
porém o crescimento econômico pode<br />
equilibrar este cenário<br />
52 www.referenciaflorestal.com.br
S<br />
e de um lado os resultados econômicos do setor<br />
florestal em 2018 foram positivos, principalmente<br />
quando observada a exportação, outro<br />
indicador é preocupante. O custo da atividade<br />
superou, e muito, a inflação anual. O Incaf (Índice<br />
Nacional de Custos da Atividade <strong>Florestal</strong>) acumulou alta<br />
de 7,2%, para uma inflação de 3,7%. A alta nos insumos utilizados<br />
no plantio e colheita explicam os números.<br />
O mais recente levantamento da Ibá (Indústria Brasileira<br />
de Árvores) mostra que o valor exportado pelo setor no ano<br />
passado cresceu 25,5%, alcançando US$ 10,7 bilhões. Este foi<br />
o melhor desempenho da balança comercial do segmento.<br />
Houve alta nas exportações de celulose (+31,5%), painéis<br />
de madeira (+7,3%) e papel (+8,3%). O saldo da balança comercial<br />
do setor ficou em US$ 9,7 bilhões, o que representa<br />
um avanço de 28,4% quando comparado ao desempenho de<br />
2017. A representatividade da balança do setor somou 4,5%<br />
do total de exportações brasileiras e 10,6% das exportações<br />
do agronegócio.<br />
Este bom desempenho superou o custo da atividade que<br />
também aumentou. “A variação do Incaf acima da inflação em<br />
2018 é resultado do aumento dos preços do óleo diesel e dos<br />
fertilizantes importados, devido à valorização do preço internacional<br />
do barril de petróleo e do dólar. No quarto trimestre,<br />
a variação aconteceu graças ao aumento do custo do óleo<br />
Março <strong>2019</strong><br />
53
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55
POLÍTICA<br />
GOVERNO DO ACRE<br />
QUER SE APROXIMAR<br />
DA FLORESTA<br />
Fotos: divulgação<br />
Vistas a empresas estão entre<br />
os movimentos da nova gestão<br />
do Estado para sinalizar apoio<br />
ao segmento produtivo<br />
O<br />
governo do Acre vem se esforçando para<br />
mostrar apoio ao setor florestal no Estado.<br />
Uma das ações mais recentes foi a visita de<br />
representantes do Executivo à Agrocortex, no<br />
município de Manoel Urbano. A multinacional<br />
espanhola tem o maior projeto de manejo florestal do país,<br />
com uma área aproximada de 190 mil ha (hectares).<br />
O novo governador do Acre, Gladson Cameli, quer reforçar<br />
o compromisso com o setor privado. A aproximação com<br />
a indústria de base floresta, realizada em fevereiro, é um sinal<br />
do movimento desta gestão e teve dois objetivos. O governo<br />
e a empresa planejam a reedição do termo de cooperação<br />
para o reaproveitamento dos resíduos sólidos, que beneficia<br />
diversas associações de artesãos no Estado. Outra meta é<br />
ampliar a área de manejo sob a responsabilidade do Imac<br />
(Instituto de Meio Ambiente do Acre).<br />
Para o secretário do Meio Ambiente, Israel Milani, a empresa<br />
é um exemplo de madeireira que deu certo. “Nossa<br />
intenção, dentro da proposta do nosso governador é desburocratizar<br />
o setor produtivo e abrir concessões florestais nos<br />
próximos anos, porque afinal de contas a floresta também é<br />
produtiva e prova disso é o setor madeireiro”, afirmou.<br />
A vice-presidente da Fieac (Federação das Indústrias do<br />
Acre), Adelaide de Fátima, que também é presidente do Sindicato<br />
das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>, destacou o novo momento<br />
em que vive o Estado e a nova relação que está sendo<br />
construída pelo governador Cameli e empresários.<br />
“É uma nova gestão, então convidamos para que eles pudessem<br />
conhecer o maior empreendimento de base florestal<br />
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57
EXPORTAÇÃO<br />
Recorde de<br />
VENDASFotos: divulgação<br />
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Pela primeira vez os produtos<br />
florestais estão no topo das<br />
exportações no setor de agronegócio,<br />
com direito a recorde em janeiro<br />
Março <strong>2019</strong><br />
59
EXPORTAÇÃO<br />
EXPORTAÇÕES DE PRODUTOS<br />
FLORESTAIS BATEM RECORDE<br />
NO PRIMEIRO MÊS DO ANO,<br />
PUXADOS PELA CELULOSE<br />
As exportações brasileiras do agronegócio<br />
atingiram US$ 6,63 bilhões no primeiro mês<br />
do ano, 7,4% acima dos US$ 6,17 bilhões de<br />
janeiro do ano passado. O grande destaque<br />
foram os produtos florestais, que assumiram<br />
a ponta das vendas externas do agro nacional com participação<br />
de 21,9%, totalizando US$ 1,45 bilhão, superando<br />
até o complexo soja. Dentro do segmento de florestas, a<br />
celulose foi a principal protagonista com a soma de US$<br />
1,02 bilhão em janeiro de <strong>2019</strong>.<br />
O agronegócio brasileiro, no geral, vem nadando de<br />
braçada. No acumulado de 12 meses, entre fevereiro de<br />
2018 e janeiro último, as exportações chegaram a US$<br />
102,14 bilhões, alta de 6% em comparação com os US$<br />
96,32 bilhões dos 12 meses imediatamente anteriores. As<br />
importações de produtos do agro totalizaram US$ 14,04<br />
bilhões, com retração de 0,5% em relação ao período anterior.<br />
Com isso, o saldo no período foi de US$ 88,10 bilhões<br />
(+7,2%). No acumulado do ano, os principais desempenhos<br />
por segmentos do agro foram complexo soja, com 40,3%<br />
de participação; carnes, com 14,2%; produtos florestais,<br />
com 14,1%; complexo sucroalcooleiro, com 7%; e cereais,<br />
farinhas e preparações, com 5%. Neste período, a celulose<br />
obteve valor recorde de US$ 8,35 bilhões (+31,5%),<br />
também, em quantidade, chegando a 15,3 milhões de<br />
toneladas (+10,6%). A demanda chinesa explica em grande<br />
parte esse incremento. O país asiático aumentou as aquisições<br />
para 6,5 milhões de toneladas de celulose em 2018<br />
(+20%).<br />
Já em <strong>2019</strong>, os produtos florestais saíram na frente,<br />
que além de atingir valor recorde para janeiro, pela primeira<br />
vez assume a liderança nas exportações do agronegócio.<br />
O faturamento das vendas externas de celulose subiu de<br />
US$ 714,56 milhões em janeiro de 2018 para US$ 1,02<br />
bilhão em janeiro de <strong>2019</strong> (+42,5%). O volume exportado<br />
aumentou 25,4% e atingiu volume também recorde, de<br />
1,73 milhão de toneladas.<br />
De acordo com a Secretaria do Comércio e de Relações<br />
Internacionais do Mapa, esses produtos que representaram<br />
79,1% do total exportado pelo setor do agro entre<br />
fevereiro de 2017 e janeiro de 2018, agora passaram a<br />
representar 80,8%. O aumento da concentração se deve à<br />
expansão das vendas do complexo soja e de produtos florestais,<br />
especialmente farelo de soja e em grão e celulose.<br />
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C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K
LEGISLAÇÃO<br />
Sistema<br />
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Fotos: divulgação<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
Falhas constantes no processo<br />
para emissão de documentos<br />
e descaso do Ibama causam<br />
prejuízo a empresas que<br />
realizam manejo florestal<br />
sustentável<br />
O<br />
ano novo começou, mas alguns problemas<br />
continuam se repetindo. Empresários que<br />
trabalham com madeira nativa ficaram até<br />
40 dias sem poder operar, e neste período<br />
acumularam prejuízos, por falhas no<br />
sistema responsável pela emissão do DOF (Documento de<br />
Origem <strong>Florestal</strong>). A principal reclamação está na inconsistência<br />
do sistema que deixa de operar sem avisos. O Estado<br />
mais afetado é o Mato Grosso, que a cada cinco dias de<br />
paralisação das operações os produtores amargam perdas<br />
de R$ 30 milhões.<br />
“O sistema DOF apresenta inconsistências desde o<br />
início da sua criação, mas tem sido recorrente nos últimos<br />
dois anos, com períodos de paralisação de até 40 dias<br />
consecutivos, sem emissão de nenhuma guia”, aponta<br />
superintendente executivo do Fnbf (Fórum Nacional das<br />
Atividades de Base Floresta), Valdinei Bento dos Santos. A<br />
situação se agravou seriamente desde dezembro de 2018.<br />
Período em que não houve uma semana de trabalho sem<br />
que o sistema apresentasse algum tipo de problema.<br />
MATO GROSSO FOI O ESTADO MAIS<br />
PREJUDICADO PELAS FALHAS NA EMISSÃO DO DOF<br />
Março <strong>2019</strong><br />
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Março <strong>2019</strong> 65
ARTIGO<br />
ESTÍMULOS<br />
químico e mecânico na<br />
rustificação de mudas de<br />
eucalipto<br />
Fotos: divulgação<br />
PAULO RICARDO LIMA<br />
UNIOESTE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ)<br />
UBIRAJARA CONTRO MALAVASI<br />
UNIOESTE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ)<br />
JOÃO ALEXANDRE LOPES DRANSKI<br />
CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS, FACULDADE<br />
EDUCACIONAL DE MEDIANEIRA<br />
MARLENE DE MATOS MALAVASI<br />
UNIOESTE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ)<br />
AUGUSTINHO BORSOI<br />
CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ<br />
MARTIOS ECCO<br />
PUC-PR (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ)<br />
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PRESUMO<br />
ara o sucesso do plantio a campo e o êxito de um<br />
povoamento florestal, faz-se necessário o uso de<br />
mudas florestais que apresentem bom desempenho<br />
após o plantio. Este estudo objetivou avaliar<br />
a qualidade de mudas de eucalipto, após rustificação<br />
com aplicação de ácido jasmônico (JA) e flexões caulinares.<br />
O experimento foi realizado em duas etapas, sendo a primeira<br />
desenvolvida em ambiente protegido e a segunda realizada a<br />
campo. O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso,<br />
com sete tratamentos (testemunha; 2,0; 4,0; 6,0 e 8,0 μmol<br />
L-1 de JA, aplicados semanalmente, por quatro semanas; 20 e<br />
40 flexões caulinares diárias, por quatro semanas), com cinco<br />
repetições. Após as quatro semanas de aplicação dos tratamentos,<br />
foram determinados os incrementos de altura, de diâmetro<br />
do coleto e de número de folhas, de massas de matérias secas<br />
das raízes e da parte aérea, de potencial de regeneração de<br />
raízes e de índice Spad. Aos 90 dias após o plantio, foram avaliados<br />
os incrementos de altura e de diâmetro do coleto e a<br />
relação altura/diâmetro das mudas. A análise de agrupamento<br />
por Upgma evidenciou a formação de três grupos: grupo 1 (testemunha,<br />
2,0; 4,0 e 6,0 μmol L-1 de JA); grupo 2 (8,0 μmol L-1<br />
de JA) e grupo 3 (flexões caulinares). Mudas que apresentaram<br />
maior incremento de altura e de número de folhas (grupos I e<br />
II), durante a fase de rustificação, apresentaram maiores incrementos<br />
de altura e de diâmetro do coleto a campo, aos 90 dias<br />
após o plantio. Parâmetros como incrementos de diâmetro do<br />
coleto, de potencial de regeneração de raízes e de Spad, quantificados<br />
durante a rustificação de mudas no viveiro, não são<br />
preditivos de maior desempenho a campo.<br />
MATERIAL E MÉTODOS<br />
O experimento foi conduzido no município de Marechal<br />
Cândido Rondon, PR, entre maio e outubro de 2016, sendo<br />
realizado em duas etapas. A primeira etapa foi conduzida em<br />
ambiente protegido, não climatizado. As laterais foram fechadas<br />
com tela de 30% de sombreamento, de coloração branca. A<br />
segunda etapa foi realizada a campo, nas coordenadas 24°31’S<br />
e 54° 01’O, em altitude de 363 m.<br />
O clima da região, segundo Köppen, é caracterizado como<br />
tipo Cfa, subtropical, com temperatura média , no mês mais<br />
frio, inferior a 18 °C, e temperatura média, no mês mais quente,<br />
acima de 22 °C, com geadas pouco frequentes e tendência<br />
de concentração das chuvas nos meses de verão, sem estação<br />
seca definida. A precipitação pluviométrica anual fica em torno<br />
de 1.600 a 1.800 mm (Caviglione et al., 2000).<br />
Mudas do híbrido Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis<br />
(Cl 1528) foram propagadas por via vegetativa, por miniestacas,<br />
em tubetes de 50 cm3, preenchidos com substrato comercial<br />
a base de casca de pinus, e adubadas com 300 g de fertilizante<br />
de liberação controlada da formulação N2-P2O5-K2O (16-8-12).<br />
As mudas foram adquiridas do viveiro florestal com idade de 60<br />
dias, altura média de 23,58 ± 1,16 cm, diâmetro do coleto mé-<br />
Março <strong>2019</strong><br />
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Março <strong>2019</strong><br />
71
AGENDA<br />
AGENDA<strong>2019</strong><br />
MARÇO<br />
<strong>2019</strong><br />
Imagem: reprodução<br />
Workshop Empresa Florestas/Apre<br />
19 a 20<br />
Colombo (PR)<br />
www.apreflorestas.com.br/evento/6oworkshop-embrapa-florestas-apre<br />
MARÇO<br />
<strong>2019</strong><br />
MAR<br />
<strong>2019</strong><br />
FIMMA BRASIL <strong>2019</strong><br />
A Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e<br />
Acessórios para a Indústria Moveleira acontece entre os<br />
dias 26 e 29 de março, em Bento Gonçalves (RS). Para<br />
esta edição a novidade é um espaço exclusivo para o setor<br />
florestal. O evento se concentra em 58 mil m2 (metros<br />
quadrados) de área, com as mais esperadas soluções para<br />
o fortalecimento do setor moveleiro e de toda a cadeia<br />
produtiva, por meio de produtos e serviços que transformam<br />
a indústria mundial.<br />
Fimma Brasil <strong>2019</strong><br />
26 a 29<br />
Bento Gonçalves (RS)<br />
www.fimma.com.br<br />
MAIO<br />
<strong>2019</strong><br />
MAI<br />
<strong>2019</strong><br />
LIGNA HANNOVER<br />
Imagem: reprodução<br />
Ligna Hannover<br />
27 a 31<br />
Hannover (Alemanha)<br />
www.ligna.de<br />
Feira mundial da indústria florestal e de madeira<br />
ocorrerá no próximo ano, entre os dias 27 a 31<br />
de maio, na Alemanha. O foco desta edição será<br />
Carpintaria Integrada – Soluções Personalizadas,<br />
Tecnologias de Superfície Inteligente e Aceso a<br />
Recursos e Tecnologia. A feira estará repleta de<br />
destaques e inovações.<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br
AGENDA<strong>2019</strong><br />
JUNHO<br />
<strong>2019</strong><br />
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atender o mercado de suprimentos industriais na linha de automação<br />
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JUNHO<br />
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Curitiba (PR)<br />
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SETEMBRO<br />
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73
ESPAÇO ABERTO<br />
Foto: divulgação<br />
Novos tempos para<br />
O COMPLIANCE<br />
Por Jefferson Kiyohara ,<br />
Sócio líder de Compliance da Protiviti<br />
Escândalos de corrupção<br />
envolvendo agentes públicos<br />
e empresas mudaram a<br />
maneira de enxergar os<br />
negócios<br />
ALei Anticorrupção (12.846/13) e a Operação Lava Jato<br />
contribuíram para trazer o tema corrupção para as<br />
manchetes. E nesta onda de compliance, diante de<br />
uma nova realidade e exigências, diversas organizações<br />
privadas, que ainda não tinham um Programa de<br />
Compliance, realizaram esforços e investimentos nos últimos anos<br />
com este objetivo, adotando medidas como código de ética, canal<br />
de denúncias, treinamento, mapeamento de riscos, investigações<br />
internas, entre outras.<br />
As empresas que já tinham, aprimoraram o programa. Testemunhamos<br />
em 2018 ações coletivas, como o pacto de integridade no<br />
setor de óleo e gás e o documento anticorrupção das construtoras.<br />
Vimos a partir de 2017, estados como o Rio de Janeiro e Distrito<br />
Federal com leis exigindo das companhias tais programas de integridade<br />
para contratarem com a administração pública.<br />
Foram aprimoradas iniciativas como o Empresa Pró-Ética da<br />
CGU (Controladoria Geral da União), que incentiva adoção de programas<br />
de integridade nas organizações. Na mesma linha, veio a<br />
iniciativa Selo Agro+, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.<br />
Já em São Paulo está em andamento o projeto de lei<br />
722/2017 da câmara de vereadores no qual propõe a criação de um<br />
selo anticorrupção a ser concedido pela prefeitura para as empresas<br />
que adotarem medidas de integridade.<br />
O foco maior sempre esteve no âmbito privado. Havia ações<br />
para o setor público, como as originadas com a Lei 13.303/16,<br />
também conhecida como Lei das Estatais, a portaria 1.089/18 da<br />
CGU, bem como iniciativas por parte das autoridades de controle e<br />
combate aos crimes financeiros, como a própria CGU, o Coaf (Conselho<br />
de Controle de Atividades Financeiras), Ministério Público<br />
Federal, Polícia Federal e outros. Contudo, nos últimos dias alguns<br />
acontecimentos tomaram forma e merecem ser destacados e acompanhados.<br />
O primeiro fato, noticiado no dia 03 de janeiro, é a adoção do<br />
novo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de um termo de<br />
compromisso ético, denominado Declaração de Transparência, Governança<br />
e Anticorrupção a ser assinado por servidores do estado.<br />
O segundo fato, publicado no dia 07 de janeiro, na portaria 57/<strong>2019</strong><br />
da CGU, reforça a importância dos órgãos federais estruturarem os<br />
seus programas de integridade.<br />
O combate à corrupção passa pela criação de uma cultura de<br />
ética e integridade no âmbito público e privado, motivo pelo qual<br />
medidas de compliance são tão importantes e devem ser incentivadas<br />
em ambos os lados. Algumas ações, já em andamento, devem<br />
ser acompanhadas, bem como novas deverão ser adotadas e ampliadas<br />
para permitir que os diversos órgãos públicos, em todas as<br />
esferas e níveis, tenham um Programa de Compliance Efetivo.<br />
Estes programas trazem diretrizes éticas e regras claras de<br />
modo a evitar situações de conflito de interesse, por exemplo, além<br />
de mecanismos para detecção e tratamento de não conformidades,<br />
como um canal de denúncias e um processo estruturado de apuração<br />
independente. Público e privado devem trabalhar juntos para<br />
combater a corrupção. Vamos então dar os tão necessários próximos<br />
passos. Afinal, caminhamos rumo a novos tempos.<br />
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