Hospitais Portugueses n.º1 julho-setembro 1948
PRINCÍPIOS E FINS DESTA REVISTA MODERNAS PERSPECTlVAS DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR DEVERES MORAIS DO ENFERMEIRO FORMULÁRIOS HOSPITALARES BASES E PLANOS PARA UM HOSPITAL PERGUNTAS AO DIRECTOR NOTiCIAS DO ESTRANGEIRO INSTITUTO PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA O HOSPITAL E A LEI NOTiCIAS DOS HOSPITAIS GENTE DOS HOSPITAIS MIN!STÉRIO DA ASSISTÊNCIA?
PRINCÍPIOS E FINS DESTA REVISTA
MODERNAS PERSPECTlVAS DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
DEVERES MORAIS DO ENFERMEIRO
FORMULÁRIOS HOSPITALARES
BASES E PLANOS PARA UM HOSPITAL
PERGUNTAS AO DIRECTOR
NOTiCIAS DO ESTRANGEIRO
INSTITUTO PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA
O HOSPITAL E A LEI
NOTiCIAS DOS HOSPITAIS
GENTE DOS HOSPITAIS
MIN!STÉRIO DA ASSISTÊNCIA?
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de\'em regular-se por princq:;-ios uniformes parJ que haja possibilidade de execuç:lo<br />
con trolá\'el.<br />
De facto, os grandes princlpios de administraç:\o hospitalar, se se encontram<br />
seccionados, aplicando-se sem a necessária rigidez e uniformidade em todos<br />
os institutos de assistência, da.o· origem a perturbações incompreensíveis que ·<br />
na.o só se não entendem nos próprios órgãos de coordenação como mais gravemente<br />
vêm dar a conhecer ·ao público que aos serviços recorre a existência de<br />
normas discordantes que ele certamente não pode compreender e realmente não<br />
tem justificação.<br />
São os próprios serventuários dos estabelecimentos que encontram também<br />
situação jurídica diferente consoante aqueles em que prestam serviço e não raras<br />
vezes sucede serem precisamente iguais os planos em que se desenvolve a sua<br />
actividade. Esta anomalia tem a sua explicação precisamente na inexistência de<br />
regras uniformes de direcção e provocam como é óbvio dificuldades e contrariedades<br />
necessàriamente dispensáveis.<br />
Se repararmos na execução financeira logo se nos depara também uma<br />
técnica para cada caso e de tal circunstância deriva imediatamente a impossibilidade<br />
de conhecer as condições básicas para o estudo das actividades; bem<br />
assim se torna pràticamente impossível coordenar os elementos de investigação<br />
de maior aptidão para a apreciação e julgamento das necessidades e das solicitações.<br />
Estas deficiências dão lugar a que dificilmente se possam imputar responsabilidades<br />
e avaliar das competências já que forçosamente se perde o sentido<br />
da orientação que constitui a condição ~sine qua non~ da administração racional.<br />
Precisamente o contrário é o que deve obstinadamente procurar-se; isto é,<br />
a gerência dos estabelecimentos deverá ser de cada vez mais especializada, responsável<br />
e competente para que, sob direcção única, seja efectiva e cônscia dos<br />
seus· deveres e direitos.<br />
Quanto mais amplo é o panorama da assistência mais largas necessidades<br />
há a satisfazer, e quanto maiores necessidades maiores somas de dinheiro terão de<br />
se aplicar. Para a administração desses capitais tem evidentemente o Governo de<br />
exigir boa e económica aplicação, o que só é possível desde encontre a presença<br />
de uma ordenação de regras administrativas e agentes capazes de as executarem·<br />
Não se trata só de uma elite, que necessàriamente deve formar-se, mas.<br />
sim de executores em toda a escala da indispensável burocracia, devidamente<br />
habilitada com os elementares conhecimentos das técnicas que constituem a sua<br />
ferramenta de trabalho.<br />
Para este fim parece-nos urgente que à semelhança de tantos outros paises<br />
se preparem em escola adequada os futuros serventuários das instituições, de<br />
assistência, que na sua grande especialidade impõem uma aprendizagem teórica<br />
e prática eficiente considerada absolutamente indispensável para a exploração<br />
deste tão importante serviço público.<br />
Não é só a necessidade da administração superior como a de cada estabelecimento<br />
que exige certa preparação, mas ainda a vida de relação entre a<br />
1108PJT,\.18<br />
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