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Hospitais Portugueses n.º1 julho-setembro 1948

PRINCÍPIOS E FINS DESTA REVISTA MODERNAS PERSPECTlVAS DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR DEVERES MORAIS DO ENFERMEIRO FORMULÁRIOS HOSPITALARES BASES E PLANOS PARA UM HOSPITAL PERGUNTAS AO DIRECTOR NOTiCIAS DO ESTRANGEIRO INSTITUTO PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA O HOSPITAL E A LEI NOTiCIAS DOS HOSPITAIS GENTE DOS HOSPITAIS MIN!STÉRIO DA ASSISTÊNCIA?

PRINCÍPIOS E FINS DESTA REVISTA
MODERNAS PERSPECTlVAS DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
DEVERES MORAIS DO ENFERMEIRO
FORMULÁRIOS HOSPITALARES
BASES E PLANOS PARA UM HOSPITAL
PERGUNTAS AO DIRECTOR
NOTiCIAS DO ESTRANGEIRO
INSTITUTO PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA
O HOSPITAL E A LEI
NOTiCIAS DOS HOSPITAIS
GENTE DOS HOSPITAIS
MIN!STÉRIO DA ASSISTÊNCIA?

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HOSPITAIS lJO 1~ TU(; U ES l~S<br />

REVISTA DE ORGANIZJ\ÇÃO E ADMINISTRAÇ.\0 HOSPITALAR<br />

DIRECTOR, PROPRIETÁRIO E EDITOR: c o R 10 L A NO FERRE I R A<br />

ADMINISTRADOR: EVARISTO DE MENEZES PASCOAL<br />

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:<br />

RUA VISCONDE DA Luz, 100-2. 0<br />

Telefone 2276<br />

COIMBRA<br />

Composto e impresso na Tip. da cAtlàntidu<br />

Rua Ferreira Borges, 103-III- COIMBRA<br />

. SUMÁRIO:<br />

PRINCÍPIOS E FINS DESTA REVISTA<br />

:MODERNAS PERSPí::CTlVAS DA ASSISTf.:'\CIA HOSPITALAR<br />

DR. JOSÉ JOAQUIM DE PAIVA CORRF.A<br />

DEVERES 1\IORAIS DlJ ENFERMEIRO<br />

PROF. AUGUSTO VAZ SERRA<br />

FORMULÁRIOS HOSPITALARES<br />

JAIME VALONGO<br />

BASES E PLANOS PARA UM HOSPITAL<br />

DR. VIIN!: M. HOGE<br />

PERGUNTAS AO DIRECTOR<br />

NOTiCIAS DO ESTRANGEIRO<br />

INSTITUTO PORTUGUtS DE ONCO~OGIA<br />

O HOSPITAL E A LEI<br />

NOTiCIAS DOS HOSPITAIS<br />

GENTE DOS HOSPITAIS<br />

MIN!STÉHIO DA ASSISTf:NCL\?<br />

VARIA:<br />

As Câmaras Municipais e a assist~ncia hospitalar; OrganiZlção hospitalar;<br />

cAssistência Social•; A capa da nossa revista.<br />

ESTE NÚMERO FOI VISADO PELA COMISSÃO DE CENSURA<br />

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IRA<br />


Só o elemento humano os movime nta e lhes dá utilidade.<br />

Isto quer dizer que necessitamos não só dos edifícios e do seu<br />

recheio mas sobretudo de bons médicos, bons enfermeiros e bom pessoal<br />

administrativo -tornado este no sentido estrito -.<br />

(Para extremar e definir princípios, afirmamos aqui que entendemos<br />

a administração como sendo aquele conjunto de regras que se destinam<br />

a extrair de uma unidade de produção a maior uiilidade pelo menor<br />

custo possível. ·<br />

Considerando o hospital como unidade produtiva, e dado este sentido<br />

lato de administração, é obvio que todas as actividades, desde as de<br />

construção às curativas, desde as burocráticas às económicas, desde as<br />

·industriais às de natureza social, enquanto se subordinam à finalidade<br />

de «utilidade máxima pelo menor custo possível» tem a sua projecção<br />

no plano administrativo).<br />

3 - A formação técnica dos médicos e a dos enfermeiros está<br />

entregue a escolas próprias.<br />

Mas o pessoal administrativo esse é que, até hoje, não tem onde<br />

aprenda nem quem o ensine.<br />

Noutros países existem cursos, escolas, revistas e jornais, dedicados<br />

todos e exclusivamente aos problemas de administração hospitalar.<br />

Na América do Norte e no Canadá há mesmo Faculdades e cursos<br />

universitários para tal fim.<br />

Entre nós, tirando duas ou três excepções, vivemos em pleno<br />

domínio do amadorismo e das improvisações que, embora bem intencionadas,<br />

estragam muito dinheiro que é sangue da nação.<br />

Não se quer, evidentemente ser injusto, para as tradições da assistenda<br />

portuguesa nem para os homens que tem dirigido e administrado<br />

os nossos hospitais. Aplicando ao caso os dizeres de Fayol, podemos<br />

afirmar com segurança que também entre nós estão espalhados e em<br />

estado latente ricos princípios e muita energia administrativa de primeira<br />

classe. Basta só trazer tudo isto à superfície, ordenar, unificar<br />

e extrair daí todo o rendimento que a colectividade tem o direito<br />

de exigir. Para tal teremos de começar pelo princípio, teremos de<br />

aprender com os que caminham à nossa frente e aproveitar-lhes as<br />

experiencias dignas disso. Quando tivermos bagagem para criar sistemas<br />

próprios, fá -lo-emos porque imaginação não falta em Portugal,<br />

graças a Deus.<br />

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Portugal,<br />

A administração é unia ciência, com as suas leis, os seus métodos e<br />

as suas técnicas. Ora, essas leis, esses métodos e essas técnicas têm de<br />

ser objecto de estudo ordenado e sério por parte dos que hão dirigir ou<br />

trabalhar, obedecendo, em hospitais. A intuição e a boa vontade são<br />

necessárias mas· insuficientes. .<br />

Expor os problemas, apontar os princípios e os métodos, relatar<br />

as técnicas já conquistadas por experiências próprias ou alheias, tudo<br />

como subsídio à verdadeira formação científica do pessoal administrativo<br />

dos hospitais de Portugal, é o que esta revista deseja fazer.<br />

Daqui se tira já um dos seus princípios orientadores: sendo entre<br />

nós a única a dedicar-se fundamentalmente aos problemas da administração<br />

e assistência hospitalar, não assume por esse facto, o ar de vir<br />

ensinar o Evangelho aos gentios. Pelo contrário, afirma desde já a sua<br />

humilde posição perante todos os problemas que surjam na sua área de<br />

estudo. É campo aberto a quantos queiram colaborar com ela. Será<br />

curiosa, daquela curiosidade que é desejo sério de conhecimento.<br />

Ouvirá os mestres de competência reconhecida e os que, sem nome<br />

feito, tenham alguma coisa útil a depor.<br />

Afirmará que é indispensável criar, primeiro dentro de cada hospital,<br />

e depois em toda a organização, o espírito de «corpo~~>, sem o qual<br />

não há esforço que produza.<br />

Procurará estabelecer o ambiente indispensável à cooperação e<br />

coordenação administrativas de todos os hospitais,. em moldes de voluntariedade,<br />

como meio único de tornar mais eficiente e mais útil a assistência;<br />

Também advogará a necessidade urgente de rever os métodos da<br />

administração, com vista aos resultados económicos do seu exercício.<br />

Insistirá numa verdade que, de tão comesinha que é, anda muito<br />

desprezada, a saber:· o «senhor» do hospital é o doente - «notre hôte'~> lhe<br />

chamou um grande dirigente francês--.<br />

Estudará todas as formas de assistência que directa e indirectamente<br />

se liguem à actividade hospitalar.<br />

Finalmente, esta revista desejará ser o órgão de todos os hospitais<br />

de Portugal. Ajudá-los-á, até onde puder, nas suas pequenas e grandes<br />

dificuldades; ouvirá as suas queixas e advogará as suas pretensões legítimas.<br />

Procurará servi-los honesta e dedicadamente.<br />

E assim servirá a Nação.<br />

O~PITAIM<br />

PORTUGUE~EN 3


Moflet•Jaas pet•SJteetil':tS da asslst(•taela<br />

laospitalat·<br />

Pelo DR. JosÉ jOAQt.:m DE PAIVA CoRRÉA<br />

Adjunto do Hospital Pslquiitrico J~lio de Matoa<br />

O notável incremento que o Governo da Nação vem dando aos serviços de<br />

assistência hospitalar, promovendo com larga intensidade a construçlio de novos<br />

hospitais, a modernizaçlio dos mais antigos, quer nas instalações como no seu<br />

reequipamento, vem dar inteira satisfação aos mais instantes desejos da população<br />

que deste modo encontrará em breve tempo a solução de um problema considerado<br />

dos mais delicados no quadro das preocupações da governação pública.<br />

Estudada e iniciada a execução do plano geral de assistência hospitalar, estão<br />

sem dúvida removidos os obstáculos principais que se opunham à resolução de<br />

mais um problema nacional por isso que, como de outras vezes tem sucedido,<br />

não faltará a corrente de capital posta à disposição dos executores para que em<br />

espaço de tempo conveniente comecem surgindo por todo o País os frutos de um<br />

labor em boa hora encetado.<br />

Evidente é que sem estabelecimentos hospitalares todas as questões conexas<br />

com a sua existência seriam do mesmo modo inexistentes, sendo naturalmente<br />

estéril todo o estudo ou mera sugestão quanto a matéria na realidade de importantíssima<br />

relevância mas que perdiam a maior parte da sua acuidade quando o<br />

meio em que respiram começa por não existir. Ora precisamente neste momento<br />

vai nascendo pouco a pouco o ambiente propício à proposição de certas causas<br />

que devem mesmo na lógica dos acontecimentos acompanhá-los a par e passo,<br />

dada a sua íntima interdependência e ainda porque do só facto de se esquecerem<br />

poderão resultar graves consequências directamente prejudiciais para a assistência<br />

e a curto prazo cognoscíveis para a Nação e seu Governo.<br />

Com efeito, ao elaborar-se o plano de construções hospitalares houve que<br />

considerar as necessidades das populações, a categoria administrativa das localidades<br />

e de acordo com essas permissas estudou-se uma distribuição equitativa<br />

da assistência no País que exige para completa eficácia o dispêndio de verba<br />

importantíssima que, constituindo pesado encargo, o Governo entretanto nlio discutiu.<br />

Louva-se com entusiasmo esta atitude que bem revela o espirita que<br />

anima a vontade inabalável dos homens que nos governam que corajosamente<br />

lançam ombros à resolução de mais um de tantos problemas que lhes foram<br />

legados. ·<br />

Esse capital iriicial que a Nação está já investindo deve certamente ser<br />

aplicado para obtenção de certo rendimento; mas porque a sustentação desse<br />

novo património vai onerar-se com despesas inerentes ao funcionamento específico<br />

tem de se pensar em tempo na exploração futura para que não venha a<br />

tornar-se necessário o recurso a sacrifícios fiscais em que fatalmente se traduz<br />

a insuficiência dos créditos orçamentais se não quiser ou tiver de aceitar-se a<br />

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alternativa do não funcionamento dos serviços. É que, se no momento próprio<br />

estudarmos e equacionarmos os princípios fundamentais de ordem administrativa<br />

em que deve alicerçar-se todo o futuro da assistência hospitalar, agora em perfeita<br />

gestação, nós teremos construído integralmente e não . deferindo soluções<br />

agora fáceis e amanhã impossíveis ou extraordinàriamente mais custosas.<br />

Noutros países em que o avanço no campo da assistência foi mais rápido<br />

do que no nosso os motivos mais notáveis da administração hospitalar mereceram<br />

cuidadosa observação e por isso a simultaneidade nas soluções política, social,<br />

económica, financeira e administrativa deu lugar a que se não criassem perturbações<br />

futuras quer no funcionamento como na forma de fazer face às exigências materiais,<br />

traduzidas em mais amplos sacrifícios em dinheiro por parte dos cidadãos.<br />

Parece-nos que deve ser este também entre nós o objectivo mas porque<br />

não tivemos a felicidade de o encontrar claramente exposto nós sentimos em<br />

consciência a necessidade absoluta de dizer alguma coisa sobre este assunto já<br />

que nos encontramos particularmente obrigados a reflectir acerca destas questões<br />

económicas, financeiras e administrativas a que temos dedicado aturado estudo<br />

e porfiada experiência.<br />

A condição primária do êxito na administração é a direcção única. Com<br />

efeito, entre nós não existe ainda coordenação de directorias de ordem administrativa<br />

e em razão desse facto resulta a impossibilidade de apreciação da actividade<br />

de cada estabelecimento que, para ser rigorosa, somente pode fazer-se<br />

desde que possa usar-se do método comparativo. Mas este método, dir-se-á, pode<br />

aplicar-se «grosso modo:t através certos índices que hoje são já apreciáveis e<br />

que permitem construir uma ideia geral acerca da valoração das actividades.<br />

É intuitivo que esses índices são de relevância meramente aparente por isso que<br />

não se constituindo em sistema só mui to grosseiramente podem servir de base<br />

a trabalho fecundo. Torna-se imperioso que a organização se faça no sentido da<br />

direcção única para que a colheita dos elementos de informação possam ser<br />

apreciados com critério uniforme que naturalmente permitirá apurar com o indispensável<br />

rigor os resultados da administração. Por outro lado surgem mesmo<br />

casos particulares nos diferentes estabelecimentos que respeitam a uma possível<br />

exploração mais económica e parece-nos não haver dúvida de que o estudo<br />

dessas hipóteses deve ser feito à luz das regras essenciais da ciência económica<br />

na sua aplicação prática às realidades da região ou do território onde devem<br />

ter realizaçilo.<br />

Tais problemas de larguíssima importância não podem no interesse do<br />

Pais ser entregues a iniciativas isoladas, não porque não sejam até louváveis<br />

frequentes vezes mas porque as soluções podem contrariar certos interesses se<br />

tivermos em consideração a natureza diversa que as questões apresentam em<br />

espaços diferentes.<br />

A par da técnica de exploração outras circunstâncias merecem especial<br />

cuidado como sejam as que se referem à ordem administrativa e disciplinar que<br />

» SPIT~I!i<br />

PORTUGI.íE~t;~


de\'em regular-se por princq:;-ios uniformes parJ que haja possibilidade de execuç:lo<br />

con trolá\'el.<br />

De facto, os grandes princlpios de administraç:\o hospitalar, se se encontram<br />

seccionados, aplicando-se sem a necessária rigidez e uniformidade em todos<br />

os institutos de assistência, da.o· origem a perturbações incompreensíveis que ·<br />

na.o só se não entendem nos próprios órgãos de coordenação como mais gravemente<br />

vêm dar a conhecer ·ao público que aos serviços recorre a existência de<br />

normas discordantes que ele certamente não pode compreender e realmente não<br />

tem justificação.<br />

São os próprios serventuários dos estabelecimentos que encontram também<br />

situação jurídica diferente consoante aqueles em que prestam serviço e não raras<br />

vezes sucede serem precisamente iguais os planos em que se desenvolve a sua<br />

actividade. Esta anomalia tem a sua explicação precisamente na inexistência de<br />

regras uniformes de direcção e provocam como é óbvio dificuldades e contrariedades<br />

necessàriamente dispensáveis.<br />

Se repararmos na execução financeira logo se nos depara também uma<br />

técnica para cada caso e de tal circunstância deriva imediatamente a impossibilidade<br />

de conhecer as condições básicas para o estudo das actividades; bem<br />

assim se torna pràticamente impossível coordenar os elementos de investigação<br />

de maior aptidão para a apreciação e julgamento das necessidades e das solicitações.<br />

Estas deficiências dão lugar a que dificilmente se possam imputar responsabilidades<br />

e avaliar das competências já que forçosamente se perde o sentido<br />

da orientação que constitui a condição ~sine qua non~ da administração racional.<br />

Precisamente o contrário é o que deve obstinadamente procurar-se; isto é,<br />

a gerência dos estabelecimentos deverá ser de cada vez mais especializada, responsável<br />

e competente para que, sob direcção única, seja efectiva e cônscia dos<br />

seus· deveres e direitos.<br />

Quanto mais amplo é o panorama da assistência mais largas necessidades<br />

há a satisfazer, e quanto maiores necessidades maiores somas de dinheiro terão de<br />

se aplicar. Para a administração desses capitais tem evidentemente o Governo de<br />

exigir boa e económica aplicação, o que só é possível desde encontre a presença<br />

de uma ordenação de regras administrativas e agentes capazes de as executarem·<br />

Não se trata só de uma elite, que necessàriamente deve formar-se, mas.<br />

sim de executores em toda a escala da indispensável burocracia, devidamente<br />

habilitada com os elementares conhecimentos das técnicas que constituem a sua<br />

ferramenta de trabalho.<br />

Para este fim parece-nos urgente que à semelhança de tantos outros paises<br />

se preparem em escola adequada os futuros serventuários das instituições, de<br />

assistência, que na sua grande especialidade impõem uma aprendizagem teórica<br />

e prática eficiente considerada absolutamente indispensável para a exploração<br />

deste tão importante serviço público.<br />

Não é só a necessidade da administração superior como a de cada estabelecimento<br />

que exige certa preparação, mas ainda a vida de relação entre a<br />

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primeira e os segundos e mesmo entre estes últimos que dia a dia será mais<br />

intensa. Na verdade uma das questões de mais larga projecção na assistência<br />

em Portugal será em breve prazo a centralização dos serviços essenciais de<br />

abastecimento, cuja necessidade e vantagens são de tal modo vitais que não pode<br />

esquecer-se neste momento de renovação o seu estudo cuidadoso.<br />

A vida de relação será, uma vez posta em execução tal centralização, da<br />

maior latitude, o que exige uniformidade de métodos e consequentemente competentes<br />

conhecimentos. gerais de administração por parte dos intervenientes<br />

nessa exploração .<br />

Ternos necessàriamente de deitar as nossas vistas para as modernas perspectivas<br />

da assistência hospitalar, tratando com urgência de rever as questões<br />

fundamentais que se consubstanciam na direcção única, no estabelecimento de<br />

regras uniformes de administração, na fixação da responsabilidade e competência,·<br />

na preparação dos agentes e na centralização dos serviços abastecedores.<br />

Este trabalho de manifesta urgência traduzir-se-ia na aprovação de um<br />

determinado sistema que se estabeleceria em cada um dos estabelecimentos já<br />

em funcionamento e em cada um daqueles que venha a inaugurar-se, acompanhando-se<br />

a sua montagem com técnicos especializados encarregados de orientar<br />

a sua implantação.<br />

Pode assegurar-se que a aplicação em tempo oportuno dos princípios fundamentais<br />

que acabamos de enunciar não só nos dará maior amplitude na eficácia<br />

dos serviços, corno permitirá ·uma solução financeira mais consentânea com<br />

as nossas possibilidades, evitando agravamento de encargos tributários de outra<br />

maneira fatais para a manutenção dos serviços existentes e sobretudo quando<br />

vier a verificar-se o funcionamento dos novos.<br />

É o qu~ a experiência nos ensina e o estudo denunciou.<br />

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Pelo DOt;TOR AuGUSTO VAZ SERRA<br />

Professor da Faculdade de Medicina de Coimbra<br />

e da Escola de Enfermagem do Doutor Ângelo da Fonseca<br />

a) Jlonradez<br />

Entre os deveres morais do enfermeiro temos de colocar, em primeiro lugar,<br />

a honradez.<br />

O enfermeiro tem de ser um homem honrado, isto é, cumprindo e vivendo<br />

com toda a largueza e rectidão todos os atributos morais e sociais que o tornam<br />

respeitado pelos seus vizinhos. Vivendo mais que o médico na intimidade do<br />

doente e dos familiares, tem de ser particularmente cauteloso para não cair em<br />

ciladas que a ocasião por vezes lhe arma.<br />

Como homem digno que entra, à vontade, numa casa, ou se abeira de um<br />

doente confiante, tem de pensar que tudo o pertencente a esse doente, bens,<br />

mulher, reputação, é sagrado. Podem estar-lhe à mão, poderia colhê-los sem o<br />

menor esforço ou risco, mas ele saberá fugir da tentação. No que não é seu<br />

nunca tocará.<br />

Estas faltas são, a meu ver, quase sempre fruto da excessiva familiaridade<br />

e confiança. Vivendo o doente e enfermeiro, por vezes sob o mesmo tecto, em<br />

contacto íntimo e contínuo, estabelecem-se relações, primeiro de tolerância, depois<br />

de simpatia, afinidade e, por fim, reconhecimento ou amizade. Está aberto o<br />

caminho para a familiaridade pela qual se perde tantas vezes o respeito por si<br />

e pelos outros.<br />

O enfermeiro pode e tem de entrar, quase sempre, no mais oculto da<br />

intimidade do seu doente, mas deve considerá-lo sempre que o assiste, seja<br />

ele quem for- rico ou pobre- como um necessitado de amparo, protecção e<br />

respeito.<br />

Tratará cortês mente o seu doente; poderá ser gentil, amável e delicado,<br />

· mas não permitirá o estabelecimento entre os dois do regímen de «tu cá tu lá,.,<br />

a comezaina em comum, do jôgo de cartas a dinheiro, e, sobretudo, dos copos<br />

saboreados na adega a· pretexto de qualquer petisco. Quem assim fizer degrada-se<br />

e, dentro em pouco, com vento propício, descerá a toda a incorrecção.<br />

A honra do enfermeiro levá-lo-á não só a não se apropriar indevidamente<br />

do que ao seu doente pertence mas, mais ainda, a nao cobiçar estes bens. Tem<br />

de ser extremamente cauteloso em qualquer reparo ou considerações a propósito<br />

desta ou daquela coisa que veja junto do seu doente. O pagamento dos seus<br />

serviços ele o exigirá quando e como for seu direito. Fora disso abeirar-se-á<br />

do infortunado com as mãos e a consciência limpas e afastar-se-á do mesmo<br />

modo.<br />

8 DO~PIT~I8<br />

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A seriedade tem de ser prezada, cuidadosamente, pelo enfermeiro e, em<br />

especial, pela enfermeira.<br />

É inadmissível uma enfermeira frívola, descomposta, ligeira no falar e no<br />

vestir. Tendo-se destinado a uma profissão das mais sérias e graves o seu porte<br />

deve ser inatacável. Tem de tomar a sério o que é . sério e tem de evidenciar,<br />

nos cuidados e asseio da sua pessoa e trajar, tal preocupação. Não quer isto<br />

dizer que uma enfermeira nova ·tome uma cara carrancuda e severa, use vestuário<br />

despropositado para a sua idade, época, ou meio, não sorria nem compreenda<br />

uma graça inofensiva. Andar no seu serviço com um ar duro, como que a afirmar<br />

a toda a gente «eu sou séria,., com um aspecto que se poderia dizer de tia<br />

ou sogra de si mesma, é tão copdenável como o extremo oposto de catavento,<br />

superficialidade, desatenção. Aqui, como em tudo, a virtude está no meio.<br />

A seriedade não exclui o bom modo, o bom trato, a educação. É a consequência<br />

natural do respeito devido a si mesmo e à sua profissão. Não pode ser<br />

forçada. Tem de ser considerada como sinónimo de correcção. Não permitirá<br />

qualquer falta de respeito, mas igualmente atenderá tudo e todos atenciosamente<br />

e no devido modo.<br />

c) Detllcação<br />

Não pode pensar em desempenhar a árdua missão do enfermeiro quem não<br />

sentir dedicação pelas misérias do seu próximo. A profissão de enfermeiro, como<br />

aliás muitas outras, tem de ter muito de vocação, para ser frutuosa.<br />

Um enfermeiro cumpridor do regulamento, com horas rigorosas de entrada<br />

e saída, não fal~ando aos deveres registados, mas não suprindo generosamente<br />

as omissões desse mesmo regulamento, que não pode prever todos os acidentes,<br />

surprezas e complicações da doença, será um bom funcionário, mas é um mau<br />

enfermeiro.<br />

Um exemplo: Um enfermeiro legalista, cuja hora de saída é às 8, vai<br />

abandonar o serviço a essa hora, quando o seu substituto está a socorrer outro<br />

doente a certa distância. Prestes a sair, alguém lhe diz que um doente precisa<br />

dele. Como bom funcionário poderá escusar-se dizendo que a essa hora já devia<br />

estar fora; como bom enfermeiro tem de acudir aonde o chamam.<br />

Ser enfermeiro é renunciar, frequentemente, a comodidade, repouso, tranquilidade,<br />

método, vida de família. O enfermeiro é escravo de uma profissão<br />

que não tem hora, nem lugar nem, muitas vezes, compensação certa. Mas já<br />

que se deu a ela, dê-se plenam.ente.<br />

A dedicação no enfermeiro exiE"e que os serviços prestados sejam bons e<br />

bem. Tanto quanto possível dar uma e não duas picadas, evitar as queimaduras•<br />

vigiar se a cama está molhada, escolher a boa posição, dispor bem a roupa, dar<br />

um aspecto agradável à mesa de cabeceira, olhar pela escarradeira e urinol.<br />

E tudo isto tem de ser feito não com modos irascíveis e ferozes, direi mesmo<br />

brutalidade, mas, pelo contrário, com gentileza, suavidade e educação.<br />

9


Bem basta que o doente por vezes, seja infeliz até pela educaçllo que nllo<br />

recebeu. O enfermeiro tem, neste ponto, de lhe mostrar superioridade.<br />

d) Caridade<br />

A caridade é um grau mais alto·da dedicação, a que o enfermeiro não pode<br />

furtar-se.<br />

Quem a exercer faz dom de si mesmo ao próximo mais necessitado, não<br />

esperando compensação neste mundo. Para o cristão é o amor do próximo por<br />

amor de Deus.<br />

A caridade não é um simples estado de alma. É certo que quem pratica<br />

esta virtude sublime tem de ter o espírito impregnado de pensamentos generosos;<br />

mas só isto não basta.<br />

A caridade é uma força activa, militante. Tem por fim aliviar, tanto q~anto<br />

possível, o sofrimento dos outros e de modo algum contribuir para que esse sofrimento<br />

se agrave.<br />

Leva o enfermeiro a abeirar-se do doente, a inquirir das suas necessidades,<br />

a esclarecê-lo, a ajudá-lo, e, tantas vezes, a suportar as suas impaciências e<br />

grosserias.<br />

O enfermeiro, mais que o médico ainda, tem de ser particularmente cauteloso<br />

com a sua susceptibilidade. Se o doente é desabric;o, grosseiro ou violento,<br />

se se opõe a certos tratamentos, ao enfermeiro compete, sem quebra de disciplina,<br />

humilha'r a sua personalidade, aparentemente ofendida, e portar-se sempre com<br />

bom modo, afàvelmente, mostrando que quer valer-lhe. Assim se conseguirá o<br />

que de outro modo será impossível.<br />

É mui to difícil, temos de reconhecê-lo, ficar sereno perante injúrias, asperezas<br />

e gra vames.<br />

A uma palavra maldosa, a uma apreciação injusta, a um ataque inesperado,<br />

é próprio da baixa natureza humana querer retorquir com idêntica violência,<br />

agressividade e humilhação.<br />

E quão longe estão da boa doutrina os que assim procedem.<br />

Já na nossa era, um imperador romano, Marco Aurélio, poderoso e sobretudo<br />

sábio, porque apesar de grande soubera ler a magnífica lição da vida, nos<br />

deixou esta máxima que devia estar fixada a letras de fogo na nossa consciência:<br />

«Chegarás a amar os teus ofensores se tiveres em mente: que são teus parentes;<br />

que caem em falta por ignorância e não por vontade; que dentro de pouco estareis<br />

todos mortos, tu e eles; e, acima de tudo, que te não fizeram realmente mal,<br />

pois que não tornaram a tua ·alma pior do que era anteriormente».<br />

Se pensarmos, de facto, que a vida é de pouca duração, que quem nos<br />

ofende o faz por mal informado e que o mal só é verdadeiramente mal para nós<br />

se a nossa alma fica transtornada por maus pensamentos de ira, ódio, inveja e<br />

.soberba, saberemos suportar serenamente estas palavras mal-sonantes que aparecem<br />

frequentemente na vida de todos, mas às quais o enfermeiro está, talvez,<br />

mais sujeito.<br />

lO<br />

IIO~PIT .UIII


não<br />

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A caridade proíbe-lhe proceder doutro modo.<br />

A bondade, a paciência, a solicitude, a humildade, um aceno, um sorrisor<br />

a prontidão, a oportunidade, a perfeiça.o, uma simples palavra são tudo maneiras.<br />

de exercer a caridade e tão simples que estão ao alcance de todos.<br />

Bem sei que, ao principio, poderá custar; mas, pensando no prazer espiritual<br />

colhido com a sua prática, quem terá coragem para se esquivar a ela?<br />

Ter a impressão de se ser útil, de se valer alguma coisa, de se fazer bem<br />

o alguém só pelo Bem, dá um contentamento interior, que nada supera.<br />

.«Caminho da virtude alto e fragoso<br />

Mas no fim doce, alegre e deleitoso»<br />

disse . o nosso imortal Camões .<br />

Todo o enfermeiro tem de trilhar este caminho . É uma subida difícil e-<br />

espinhosa, mas quem vencer os obstáculos, ao chegar a cima, terá, em alegria e<br />

felicidade, o prémio reservado pelo destino aos homens de boa fé e forte querer.<br />

\NO próximo número: Deveres Projis:;ionais do Enfermeiro)<br />

Avenida Navarro, 36- COIMBRA<br />

Excerto de uma conferência proferida a convite do Salão<br />

de Estudo Jocista do·s <strong>Hospitais</strong> da Universidade de<br />

Coimbra e publicada no semanário Correio de Coimbra,<br />

de onde o transcrevemos.<br />

Auto Industrial, L.da<br />

Oe c:olc:hões ueadoa c:om oa melhore& reaultadoa noa princ:ipaie Hoapitaia, Caeaa de Saude, e Maternidade&<br />

de lnelaterra, França, Bélgic:a e Suiça e também naa melhore• Clinic:ae do no .. o Pai•-<br />

...<br />

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- · . . :·~t<br />

Por JAIME VALONGO<br />

Chefe dos Serviços Farmac~uticos do Ho•pital Joaquim Urbano<br />

Há muitos anos já que a existência de formulários de medicamentos para<br />

uso dos hospitais se mostrou de incalculável vantagem, não só pela comodidade que<br />

proporciona aos médicos que diàriamente têm de prescrever receitas para tratamento<br />

dos doentes, como também por permitir aos outros serviços do hospital,<br />

como sejam os de farmácia e de abastecimentos, orientar as suas a_ctividades, de<br />

modo a que tudo seja fornecido da melhor qualidade e com a necessária prontidão.<br />

Em regra, estes formulários são elaborados para os hospitais das cidades<br />

onde se ministra o ensino médico, e é por intermédio deles que os alunos de<br />

medicina se iniciam na arte de formular, adoptando-os depois nos hospitais da<br />

província para onde vão exercer clínica.<br />

Por aqui se vê a importância que isto poderia ter na difusão de conhecimentos<br />

sobre a composição dos remédios e que infelizmente não tem porque o<br />

interesse por esses formulários é cada vez menor e tende mesmo a desaparecer,<br />

em vista de não serem revistos periàdicamente para assim acompanharem os<br />

progressos da quimioterápia e de outros meios terapêuticos modernos.<br />

Se compulsarmos os formulários actualmente em uso nos hospitais principais<br />

de Lisboa, Porto e Coimbra, verificamos que o primeiro tem a data de 1927<br />

com uma pequena adenda ou suplemento de 1934 1 o segundo data de 1933 e o<br />

treceiro de 1932.<br />

Há portanto três lustros decorridos sem que tenham sofrido uma remodelação<br />

capaz. Acentui-se porém que o facto não se deve a negligência das entidades<br />

que poderiam promover a sua actualização, mas sim ao sistema seguido até agora<br />

que não permite ir introduzindo novas fórmulas, à medida que elas vão firmando<br />

o seu valor, sem grave desiquilíbrio de todo o conjunto.<br />

Um formulário de folhas presas tem necessàriamente este inconveniente.<br />

Depois de um exaustivo trabalho para os médicos encarregados de o organizar<br />

_:_o que muitas vezes leva um ano ou mais- quando dão por concluído o seu<br />

trabalho já se encontram lacunas que é pena não poderem ser preenchidas.<br />

Não há remédio senãomudar de sistema: o formulário pode ser constituído<br />

por um bloco de folhas soltas ou fichas, em cada uma das quais se inscreva a<br />

respectiva fórmula, o número que lhe couber e um nome, pouco extenso, que dê a<br />

ideia dos seus principios activos. Deve também indicar-se nessa ficha se o medicamento<br />

se destina a uso interno ou externo, havendo já formulários que reservam<br />

os números ímpares para os primeiros e os números pares para os segundos.<br />

Este bloco ou ficheiro estará sempre patente na enfermaria ou serviço para<br />

ser consultado, mas como as fichas são ali colocadas apenas por ordem numérica,<br />

I~ IIO!fiPIT&IS


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sem. q uaJcj'uer outra diferenciação,- como não pode deixar de ser- dificil s'er"ã<br />

encontrar ràpidamente qualquer fórmula que se pretenda; mas um bom índice,<br />

separado do bloco, impresso e bem elucidativo, com algumas folhas em branco<br />

no fim de cada letra para se acrescentar o que vier a ser preciso, e de formato<br />

portátil para ser distribuído pelos médicos,· resolverá a dificuldade.<br />

Neste sistema, as especialidades farmacêuticas não são incluídas no formulário.<br />

São requisitadas para os serviços pelo nome que tiverem no mercado,<br />

assim como os soros naturais e as vacinas, os artigos de penso, as águas minero­<br />

-medicinais e os acessórios de farmácia. Todos estes produtos que se julgarem<br />

indispensáveis, constarão de uma lista organizada pelo corpo clínico e aprovada<br />

pela Administração do hospital.<br />

Ainda, quanto às especialidades, convem explicar que não se consideram<br />

como tais, e por isso devem fazer parte do formulário, os medicamentos fabricados<br />

em série, com fórmula e métodos de preparação conhecidos e que costumam<br />

ser fornecidos aos serviços de farmácia, a granel, para ali serem acabados ou<br />

devidamente acondicionados.<br />

Parece-nos também que não se deveria pensar em organizar um formulário<br />

único para todos os hospitais do país, ou mesmo para um grupo de hospitais<br />

de finalidade idêntica. Isso seria condenar a ideia ao mais estrondoso fracasso.<br />

Deixe-se aos médicos que neles trabalham a selecção das fórmulas a inscrever<br />

e só os princípios ou bases em que o sistema assenta é que devem ser uniformes<br />

e observados a rigor em todos os hospitais.<br />

Desta maneira um hospital, por mais pequeno que seja, pode e deve. ter<br />

um formulário privativo que os seus clínicos utilizarão sem contrariedade e que<br />

lhes facilitará muito a sua missão. ·<br />

No hospital onde trabalhamos organizou-se em 1938, a título de experiência,<br />

um formulário privativo pelo sistema que atrás deixamos esboçado e tão vantajoso<br />

ele se mostrou que uma comissão nomeada em 1941 pelo Sr. Director Geral<br />

de Saude, com o fim de lhe serem introduzidas novas fórmulas, foi de opinião que<br />

o sistema se mantivesse como efectivamente se tem mantido até agora.<br />

Mas não é só no nosso país que o problema da revisão dos formulários se<br />

agita. O jornal americano E/ farmaceutico de Outubro de ·1941 publicou um<br />

artigo da autoria de Donald A. Clarke, director da secção de farmácia do hospital<br />

de Nova-Iorque, artigo que foi· transcrito no Eco farmacêutico de Agosto<br />

de 1945 no qual, fazendo a história da instituição dos formulários hospitalares<br />

nos Estados Unidos, se lê esta passagem: ~ a revisão de um formulário que seja<br />

possível fazer e publicar com tanta frequência como o exigem os acontecimentos<br />

da actualidade, torna-se virtualmente proibitiva para qualquer hospital, seja qual<br />

for o seu estado financeiro ...<br />

Termina preconizando também o método de .folhas soltas e, embora nisso<br />

nós tivessemos tido prioridade, como parece, o que é certo é que o problema<br />

surgiu quase simultâneamente nos dois países o que prova ser urgente a sua<br />

solução.<br />

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Pelo DR. V ANE M. HOGE M. D<br />

Chefe da Repartiçllo de Serviços Hospitalares<br />

nos Estados Unidos da América do Norte<br />

<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong> inserem, a partir deste seu primeiro número, um<br />

magnifico trabalho do Dr. Vane M. Hoge, M. D., inicialmente publicado numa<br />

das melhores revistas de administração hospitalar da América do Norte: The<br />

Modern Hospital (Números de Março de r947 e seguintes) .<br />

Aproveitamos a .oportunidade que se nos oferece para dar aos nossos leitores<br />

uma pequena nota biográfica do Dr. Hoge.<br />

Formou-se na Universidade Médica de Filadélfia<br />

e foi, em seguida, colocado como interuo<br />

num hospital da marinha.<br />

Mais tarde, entrou para o Serviço de Saude<br />

Pública e, durante alguns anos, dedicou-se também<br />

â carreira consular.<br />

Convidado a frequentar a Escola Superior<br />

de Administração Hospitalar da U11iversidade de<br />

Chicago, ali acabou o curso em T9J6.<br />

Os cillco anos seguintes passou-os no Instituto<br />

N act'onal de Saude como «CONsultor» para os<br />

hospitais 1'urais.<br />

.Em r945• as preocupações da guerra começaram<br />

a ser substituídas na América pelas da paz.<br />

O Governo reservou grandes dotações para construção<br />

e equipamento de hospitais e do «Hospital<br />

Survey and Constructio~t Act• veio a sair a R epar- VANE M. HOGE, M. D.<br />

tição de Serviços Hospitalares, encarregada de estabelecer<br />

as regras e os planos a que tem de obedecer os projectos de todos os hospitais.<br />

Essa Repartição vigia a construção e presta assistencia consultiva aos hospitais,<br />

quer na construção, quer na própria fase de pleno funcionamento.<br />

Pois o Dr. Hoge foi precisamente a pessoa escolhida para chefiar aquela<br />

Repartição e, desta maneira, admi1zistrar todo o vasto programa hospitalar do<br />

Governo Federal.<br />

E é curioso notar que, sendo prove;.bial a fidelidade do Dr. Hoge ao plano<br />

e directrizes do Governo, todavia não se deixa dominar por elas, antes procura<br />

adaptá-las às necessidades de cada caso.<br />

Para isso, convoca reuniões frequentes de todos os seus colaboradores directos,<br />

escolhidos, precisamente entre jovens dinâmicos. São também frequentes as<br />

suas reuniões com os corpos directivos dos hospitais interessados que ele nunca se<br />

esquece de ouvir em todas as. questões de importância averiguada.<br />

-<br />

IG


Apesar da sua reco11hecida competencia, prtfere, em frnzte dos problemas, a<br />

atitude do estudioso que gosta de ouvir e de aprmder à do mestre qtte decide<br />

«ex cathedra•.<br />

Ao Dr. Roge e à revista The Modero Hospital apresentamos sentidos agradecimentos<br />

pela gentil prontidão com que nos autorizaram a traduzir e publicar este<br />

trabalho que, estamos certos, vai interessar quantos em Portugal se dedicam aos<br />

problemas da admi1tistração hospitalar.<br />

E aos leitores apenas fazemos notar que o trabalho presente foi escrito para<br />

o público americano. Não estranhem, por isso, a referencia a organizações e departamentos<br />

oficiais do governo federal, muitas vezes sem similares entre nós.<br />

A HISTORIA de um hospital começa muito tempo antes de as suas portas<br />

se abrirem aos doentes da comunidade.<br />

Essa história começa com a primeira ideia no espírito de um indivíduo;<br />

vem depois a coordenação e sistematização de pensamentos; a seguir, a elaboração<br />

da planta; finalmente a execução. De tudo isto resultará aquele hospital desejado,<br />

capaz de desempenhar eficientemente as já conhecidas funções primária e<br />

secundária.<br />

(Sabe-se que a função primária abrange apenas os cuidados imediatos, prestados<br />

aos doentes internados. As actividades secundárias vão desde os serviços<br />

anexos, aos serviços e orgãos administrativos, ao ensino, investigação, consultas<br />

externas, etc.).<br />

Ora, o fim do presente trabalho é, precisamente, acompanhar o desenvolvimento<br />

das principais fases por que passa um estabelecimento hospitalar.<br />

Tanto para planear um hospital novo como para ampliar instalações Ja<br />

existentes,. o corpo directivo principia por enfrentar o problema de conseguir uma<br />

orientação técnica à altura, quer no estudo da planta quer na própria construção.<br />

Sem tal orientação, pode um edifício novo falhar no que respeita aos princípios<br />

modernos da construção e equipamento e pode, do alargamento de antigas instalações<br />

resultar um edificio ampliado mas tão inadequado que nuncà será capaz de<br />

desempenhar as suas funções com eficiência e economia. .<br />

Neste campo, são indispensáveis dois serviços técnicos completamente distintos,<br />

a fim de se conseguir um plano perfeito: o do arquitecto e o do consultor<br />

hospitalar.<br />

O arquitecto planeia o edifício e supervisiona a construção.<br />

16<br />

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O consultor age como representante executivo da direcção do hospital; conferencia<br />

com o arquitecto e aconselha-o naqueles pormenores fundamentais da<br />

planta que bem podem afectar a própria utilidade do edifício em relação aos seus<br />

objectivos mais altos e mais especializados. Ao consultor competem também o<br />

mobiliário e o equipamento do hospital. Finalmente dará ainda assistência aos<br />

orgãos directivos, sempre que estes lha peçam, na organização dos regulamentos e<br />

fixação dos processos administrativos.<br />

O arquitecto deve ser escolhido com cuidado e rigor entre os que têm já<br />

longa experiência de planear e construir hospitais ou entre aqueles que se tenham<br />

associado com alguma empresa portadora de tal experiência.<br />

É recomendável que o consultor seja indicado por alguma das organisações<br />

nacionais acreditadas: cAmerican Hospital Association~ ou t~.American College of<br />

Surgeons».<br />

Cada hospital é em si um problema. Haverá factores locais de influência<br />

decisiva na espécie de doentes a tratar, na distribuição dos serviços, na densidade<br />

dos leitos e em muitos outros pormenores de concepção e de execução. Por isso<br />

é conveniente ter, quanto possível, apontados de antemão todos os pormenores do<br />

programa, quer quanto à construção quer quanto à engrenagem interna do hospital.<br />

Aconselham-se os serviços de consultas da «Hospital Facilities Division of<br />

the U. S. Public Health Serviu• para procederem ao exame dos planos preliminares<br />

e dos métodos administrativos que lhes sejam propostos, a fim de verificarem<br />

se eles estão ou não de acordo com as regras já estabelecidas e para sugerirem<br />

alterações, quando necessárias.<br />

Em hora a Hospital F acilities Division, seja recomendável para consultas<br />

sobre questões concernentes aos serviços administrativos e arquitectura de hospitais,<br />

não está, todavia, preparada para desenhar, construir, equipar ou preparar<br />

o plano de um hospital. Pode dar conselhos sobre problemas individualmente<br />

considerados, mas os verdadeiros pormenores dos trabalhos- que não sejam simples<br />

sugestões- e a sua adaptação às condições locais devem pertencer unica·<br />

mente aos arquitectos e aos consultores que melhor conhecem as necessidades<br />

do local.<br />

Situação do llospital<br />

u~u VEz que a situação do hospital e os seus arredores podem ter uma<br />

influência importante no planogeral do estabelecimento, é óbvio que a sua escolha<br />

deve preceder o início dos planos preliminares. É de vital importância que o<br />

sitio seja escolhido com inteira liberdade, obedecendo unicamente aos requisitos<br />

gerais estabelecidos para um hospital. Podem corrigir-se pequenos erros de<br />

planta, mas para corrigir o erro de se ter construido um edifício em local<br />

impróprio, não há outro processo se não o de abandonar essa infeliz construção.<br />

Porque estão já formulados certos princípios acerca da localização de hospitais,<br />

vamos tentar enumerá-los para orientação dos corpos dirigentes interessados.<br />

~!liPITAI8<br />

PORTUGUESES<br />

"<br />

lt


A tarefa de escolher uma situação conveniente só deve ser entregue a<br />

alguém que esteja familiarizado com a função dos hospitais, com a natureza<br />

particular dos serviços a que se destinam e com as condições médicas gerais<br />

da região.<br />

É também indispensável conhecer os sentimentos da vizinhança e as ten­<br />

. dências dos vários sectores da população.<br />

O método ideal consiste em conseguir a colaboração tanto do arquitecto<br />

como do consultor antes da escolha do local e utilizar desde logo os conhecimentos<br />

de ambos.<br />

Dão-se a seguir os pontos a considerar para a escolha do sítio de um hospital:<br />

t. -Acesso<br />

O acesso do local aos doentes em tratamento ambulatório e aos não ambutórios,<br />

aos visitantes, aos funcionários superiores, ·pessoal subordinado e distribuição<br />

dos abastecimentos tem de ser devidamente considerado.<br />

Um hospital moderno, destinado a tratar casos agudos, deve, por um lado,<br />

ter fácil acesso ao centro activo da comunidade, mas, por outro, deverá ser construído<br />

num local descongestionado para que se possa evitar o problema dos ruídos<br />

incómodos, do estacionamento e do tráfego.<br />

No entanto, embora seja preferível situar o hospital em local de fácil acesso<br />

às áreas industriais não o devemos aproximar muito delas.<br />

Devem ser utilizados serviços de transporte económicos para doentes ambulatórios<br />

até certa distância, sobretudo se se tenciona manter consultas externas.<br />

Contudo, estes serviços não devem estar tão próximos do hospital que o seu barulho<br />

incomode os doentes que estão de cama.<br />

É preciso ter também em consideraç1lo as visitas e outras pessoas que vêm<br />

ao hospital de automóvel. Estradas de primeira classe deverão ligar directamente<br />

o estabelecimento com as artérias do tráfego local.<br />

Uma estrada directa facilita grandemente o transporte dos abastecimentos.<br />

2- Sea·vlços t•ilbllcos<br />

O hospital deverá estar situado a pequena distância dos serviços de esgoto,<br />

distribuição de água, electricidade, telefone e gaz, porque, se estes serviços ficam<br />

afastados, a despesa de instalação de ramais de ligação será demasiadamente<br />

onerosa.<br />

Sempre que seja possível, o hospital deve ser servido por um sistema de<br />

abastecimento público de água, devidamente aprovado e de calibre adequado, por<br />

forma a fornecer a quantidade de água indispensável. É preferível conseguir água<br />

com pressão correspondente ao máximo das necessidades de abastecimento dos<br />

andares superiores, sem ter de recorrer a bombas de elevação, pois, de outra<br />

forma, terá de alimentar-se constantemente um depósito que dê a quantidade e a<br />

pressão desejadas. ·<br />

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·uir água<br />

':!nto dos<br />

ie outra<br />

dade e a<br />

; .<br />

Se se usarem bombas de elevação, terá de haver o maior cuidado para que a<br />

capacidade da bomba não seja superior à do tubo que a alimenta e evitar assim<br />

os efeitos de uma baixa de pressão atmosférica no interior do tubo. Embora a<br />

quantidade de água gasta num hospital possa variar dentro de amplos limites,<br />

podemos estabelecer a média de 200 galões (900 litros aproximadamente) por cama<br />

e por dia. Mas o sistema de abastecimento terá de estar preparado para fornecer<br />

o dobro daquela quantidade em dias de consumo máximo.<br />

Se a localização for tal que permita o auto-abastecimento de água, deverá<br />

estudar-se com o maior cuidado a captação no subsolo ou qualquer outra fonte<br />

abastecedora, considerando-se devidamente não só a quantidade utilizável mas<br />

também as qualidades químicas e bacteriológicas. E melhor seria ainda que<br />

neste tipo de instalações a água fornecida dispensasse qualquer espécie de tratamento.<br />

A instalação obedecerá à orientação de um engenheiro sanitário de<br />

competência reconhecida e os planos deverão ser aprovados pela repartição oficial<br />

de saude.<br />

A canalização dos esgotos deve descer até uma profundidade suficiente<br />

para escoar com facilidade, mesmo os andares mais baixos e assim se evitará a<br />

despesa de constantes desobstruções.<br />

Se tiverem de ser usados expulsores, será necessário empregar um dos<br />

vários tipos à prova de insectos e vermes. Se não for possível a ligação com o<br />

sistema geral de saneamento, deverão instalar-se dispositivos para tratamento dos<br />

esgotos. Ainda aqui um engenheiro sanitário competente terá de aconselhar o<br />

tipo de tratamento a usar e a respectiva instalação.<br />

Os planos para instalação de sistemas novos ou para modificar os já existentes<br />

deverão ser examinados e aprovados pela repartição oficial de saúde.<br />

Como complemento à instalação de água com pressão adequada, deverão<br />

montar-se nas proximidades os serviços de incêndio. É também recomendável<br />

que o hospital se localise em área que gose da protecção policial.<br />

A ruas de acesso devem ter passeios e iluminação adequados. Finalmente,<br />

boas estradas devem conduzir ao edificio, pelo menos por um lado, mas de preferência<br />

por dois.<br />

3-, .lzluhanças Incomodas<br />

O sítio escolhido para o hospital, deverá ser livre de barulhos incómodos,<br />

tais como os produzidos pelos caminhos de ferro, praças de carros de aluguer,<br />

escolas e campos de jogos para crianças. Deverá afastar-se também daqueles<br />

locais que, mercê de condições de natureza industrial ou topográfica, estejam<br />

sujeitos ao aparecimento de moscas, mosquitos e outros insectos.<br />

O local não deve ser exposto a fumos, cheiros nauseabundos ou poeiras,<br />

nem ter uma situação tal que os ventos predominantes possam arrastar fumos ou<br />

cheiros incómodos de fábricas próximas.<br />

A proximidade de um cemitério é totalmente inconveniente.<br />

Deve ter-se também em atenção a exposição do edifício aos perigos<br />

de incêndio da vizinhança. Estes elementos incómodos não devem ser evi-<br />

tPIT .. US<br />

PORTUGUE!iiES 19


tados apenas no momento de construção do edifício mas é indispensável que<br />

se preveja desde logo o futuro e o possível desenvolvimento das áreas próximas •<br />

.t,-Ot·lentação e ext•oslção<br />

Deverá escolher-se o sítio, tomando em conta a orientação conveniente<br />

do edifício, de modo a que as enfermarias recebam a luz do sol, pelo menos<br />

durante parte do dia, e se aproveitem os ventos dominantes para a ventilação<br />

natural.<br />

A orientação mais vantajosa varia de latitude para latitude e· mesmo de<br />

região para região mas, na zona temperada do norte, optou-se pela sul, sueste<br />

ou sudoeste.<br />

A situação ideal nas latitudes nórdicas é a que permite colocar as repartições<br />

administrativas e as consultas externas para o lado do norte e das ruas; as<br />

enfermarias do lado ·do sul e para as bandas mais sossegadas, sem o perigo de<br />

virem a ser devassadas para o futuro.<br />

&-custo<br />

É certo que o custo inicial do terreno é elemento importante, mas devem<br />

também ser devidamente consideradas as despesas necessárias para o tornar próprio<br />

à construção.<br />

Um pedaço de terra oferecido em doação pode, em última análise, ficar<br />

mais dispendioso do que um outro aparentemente mais caro. ·<br />

Os alicerces, condições do subsolo, nivelamento, drenagem, a beleza natural,<br />

os direitos de transmissão, proximidade dos serviços e futura manutenção~<br />

tudo tem repercursão no custo final do terreno.<br />

Numa cidade pequena o custo do terreno nos arredores pode não ser elevado<br />

e ter ainda outras vantagens além do fácil acesso. Mas num aglomerado<br />

maior os terrenos afastados podem ser tão inacessíveis que o hospital tenha de<br />

ser trazido mais para o centro e daí o ter de encarar-se a aquisição de terreno<br />

mais caro.<br />

G- Dlme11sóes<br />

O tamanho mínimo do terreno para um hospital com vários andares de<br />

50 camas nunca pode ser inferior a 300X300 pés (99 X 99 metros aproximadamente)<br />

se ficarem desde logo tomadas as medidas para uma futura expansão.<br />

De qualquer modo, o terreno escolhido deverá dispor pelo menos de 10o0jo 'para<br />

alargamentos futuros na área de construção; e ainda reservará parques de recreio<br />

e evitará o desagradável aspecto de construções amontoadas.<br />

Deverá pensar-se desde logo em futuras instalações de doenças contagiosasr<br />

psiquiatria e outros serviços especiais.<br />

Mas, por outro lado, um terreno demasiadamente grande acarreta pesadas<br />

d6'spesas de manutenção.<br />

20 008PIT~IS<br />

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1sável que<br />

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SERVl~OS<br />

ANEXO DE<br />

DIAGNO TICO<br />

.---L---LI-~<br />

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L- -1 I<br />

~~ o o_ ~<br />

~<br />

~ OISPEN-<br />

SARIO CONS. EXTERNA BANCO ADMINISTRAÇÃO<br />

ii ' : tit<br />

ooelrres Jl<br />

1<br />

~ I PEs~oALI<br />

SERVIÇOS:<br />

LAVANI>AR IA<br />

COZINt1A<br />

REFEITÓ~IO$<br />

VESTIÁRIO. DO<br />

PESSOAL<br />

AUXILIAR.<br />

VE5TIÁRIO OAS<br />

êNFERMEIRAS<br />

==~ DISPENSA<br />

M~Q.UJNAS<br />

DOENTeS<br />

li<br />

•'<br />

PESSOAL ~BOlATÓR.IOS " SUPERIOR PESSOAL ESPE­<br />

SllPERIOR AMSULANCIA DOENTE~ YfSITAS<br />

DO DI SPENSARIO<br />

CIALIZ.ADO E<br />

NÃO ·ESPECIALIlAPO<br />

Linhas de tráfego para entrada no hospital e de circulação entre os vários serviços<br />

_....<br />

li<br />

'I<br />

o<br />

'•'


Num hospital geral não serão nece~sários terrenos de recreio para os doen·<br />

tes, mas tem de contar-se com os campos de tenis e outras instalações recreativas,<br />

se houver enfermeiros ou médicos em internato. .<br />

Deverá calcular-se o espaço suficiente para as várias linhas de tráfego que ·· ,.<br />

se dirigem ao estabelecimento, o qual será dotado de amplas áreas de estacionamento.<br />

·Em algumas cidades, como Los Ângeles, é indispensável um espaço de estacionamento<br />

capaz de comportar um automóvel para cada dois doentes internados.<br />

Os hospitais modernos, desde que seja possível, deverão ser construídos um pouco<br />

à rectaguarda da linha dos passeios.<br />

,. lo;<br />

A situação ideal do edifício será numa elevação de terreno para aproveitar<br />

o escoamento natural. Porém a elevação não deve ser tão grande que constitua<br />

desvantagem para os doentes que venham a pé. O terreno deve ser de tal modo<br />

que permita que as portas de entrada para os doentes sejam à flor do solo. Será<br />

de vantagem considerável que haja um declive para a retaguarda de modo que a<br />

inclinação natural permita uma entrada cómoda até às caves. Deverão investigar-se<br />

as condições do subsolo, para determinar as facilidades de drenagem e<br />

resistência dus alicerces, e ainda as dificuldades que possam surgir nas escavações.<br />

O local deverá ter horizontes amplos e tão atraentes quanto possível.<br />

A edificação em frente a um parque público, sendo este sossegado, será vantajosa,<br />

pois não correrá o risco de ter futuras construções na sua frente.<br />

8 -Paisagem<br />

Não é demasiado frisar o efeito psicológico dos parques de recreio sobre o<br />

bem estar dos doentes, a simpatia do público e do pessoal em geral. A extensão<br />

do terreno, sua topografia, orientação e outros factores relacionados com a paisagem<br />

tornam quase indispensável que o assunto seja entregue a um arquitecto<br />

especializado que conheça bem o terreno o clima e a flora da região. Os seus<br />

serviços devem ser logo de início de colaboração com o arquitecto ge ~ al para que<br />

daí resultem os efeitos mais atraentes. As despesas de em belezarnento e de manutenção<br />

devem figurar no projecto inicial. Os erros mais vulgares, no embelezamento<br />

surgem muitas vezes de planos complicados, de plantações amontoadas, do<br />

desconhecimento das condições do solo e da falta de aproveitamento das belezas<br />

naturais da região.<br />

A.. eonstruçã.o do bospltal<br />

É DE MÁXIMA I~IP ORÜNCIA lembrar que um hospital é mais do que um edifício<br />

com camas. É uma construção complicada com certas funções e altamente especializada,<br />

pelo que a planta deve ser feita sob a indicação dos vários serviços, afiin<br />

D08PITAI8<br />

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PITA IS<br />

de que estes não fiquem instalados em áreas acanha:das só para que o edificio tenha<br />

um aspecto arquitectónico original. Tais erros trazem como prémio a censura ao<br />

arquitecto e ao engenheiro que o construíram, o descontentamento dos doentes,<br />

dos superiores, do pessoal e grandes despesas de manutenção ou remodelação.<br />

Torna-se indispensável portanto que o arquitecto esteja familiarizado com as<br />

funções do hospital e que a direcção não especifique arbitrária e previamente o<br />

tipo exacto do edifício ou o seu desenho, de modo a embaraçar o arquitecto.<br />

Logo que o tipo e o tamanho do hospital estejam determinados e o local escolhido,<br />

o arquitecto e o consultor podem então começar a preparar a planta e os<br />

pormenores para a construção. O conselho administrativo e o consultor do hospital,<br />

orientados pelo conselho médico, decidirão quais os serviços com que o hospital<br />

será dotado. É de toda a vantagem que haja uma comissão de const.rução,<br />

criada pelo conselho administrativo e incluindo o administrador se já estiver<br />

nomeado. Esta comissão deve ser revestida de autoridade para emitir a sua opinião<br />

sobre pormenores da construção e informar o conselho administrativo com<br />

toda a regularidade. Há conveniência em nomear cedo o administrador para que<br />

ele possa familiarizar-se totalmente com a planta e razões dos seus vários aspectos.<br />

Quando o conselho e os conselheiros técnicos tiverem determinado os serviços<br />

necessários e as normas a seguir, é a altura de transformar esses princípios numa<br />

planta de edifício. A tendência actual é para construir um bloco de muitos andares,<br />

visto que a sua edificação, manutenção e funcionamento ficam menos dispendiosas.<br />

Há numerosas vantagens num edifício de um só pavimento para hospital<br />

pequeno com menos de Ioo camas, porém os factores locais poderão torná-lo<br />

impossível.<br />

Seja qual for o género da planta, deve pensar-se bem nas possibilidades de<br />

futura expansão. O edifício deve ser tanto quanto possível construído à prova<br />

de fogo.<br />

Como auxiliar para a distribuição das áreas das várias funções e serviços<br />

do hospital, a Hospital Facilities Division organizou uns quadros que oportunameu<br />

te serão publicados.<br />

Em todos os hospitais gerais se requer espaço para certas instalações,<br />

nomeadamente de administração, de pessoal, de doentes, centro operatório, centro<br />

obstéctrico, laboratórios, radiologia e banco. Também é necessária uma farmácia,<br />

que pode ser extremamente modesta quanto a espaço e recheio ou poderá manipular<br />

e fabricar. Há uma necessidade crescente de instalações para tratamentos<br />

por agentes físicos nos hospitais de todos os tamanhos. O espaço e equipamento<br />

destinado a essa instalação deve ser determinada pelas necessidades locais e<br />

pelas práticas clinicas. Poderá ou não ser aconselhado um departamento de<br />

consulta externa, mas a maior parte dos hospitais reconhece que mais cedo ou<br />

mais tarde têm necessidade de tais serviços para cumprirem a sua missão completa.<br />

Pode haver ou não instalações para o tratamento de doenças contagiosas ou<br />

psiquiatria. Pode também incluir-se ou não um dispensário com clínicas, repartições,<br />

inspectores sanitários e enfermeiros e até diversos consultórios para<br />

médicos e dentistas.<br />

PORTUGl. 1 E8E8


É de grande conveniência que haja coordenação nos serviços sanitários.<br />

A tendência actual é fazer do hospital o verdadeiro centro sanitário da comuni- JI<br />

dade. É difícil designar com exactidão quais os serviços requeridos por um hos- ~<br />

pital especializado porque as condições locais e até a existência de pessoal · ~~<br />

1f.,,<br />

especializado modificam as possibilidades de os instalar e pôr em funcionamento; , ... ,<br />

Contudo as necessidades gerais de um hospital pequeno podem ser delineadas com<br />

certa precisão e discutidas pormenorisadamente.<br />

Através deste trabalho tem-se chamado a atenção para os aspectos sanitários<br />

inerentes à construção e montagem de um hospital. Estes factores são de<br />

suma importância ao traçar a planta e ao especificar o equipamento. É claro que<br />

as pessoas internadas num hospital acham-se sempre em estado de abatimento<br />

físico e por isso em condições rle mais fàcilrnente serem contagiadas, pelo que<br />

deve haver o maior cuidado ·ao desenhar a planta para que se reduzam, quanto<br />

possível, as possibilidades de contrair infecções.<br />

Ao PENSAR-sE em construir um hospital deve atentar-se cuidadosamente no<br />

problema do tráfego. Àlem das várias e complicadas linhas de tráfego interno,<br />

temos que considerar as que convergem para o hospital e as que partem de lá.<br />

O tráfego exterior engloba: 1) doentes que chegam ou partem de automóvel<br />

ou na ambultlncia; 2) os doentes que chegam ou partem a pé; 3) as visitas<br />

que devem ter parques de estacionamento próprias; 4) os membros da direcção,<br />

que, se for possível, devem ter um parque de estacionamento exclusivo; S) entrada<br />

e saída controlada dos empregados, com áreas de estacionamento próprias; 6) distribuição<br />

das remessas de víveres; 7) remoção discreta dos cadáveres; 8) distribuição<br />

de combustível e remoção de lixo e cinzas, se se usar carvão; 9) tráfego<br />

de doentes de consulta externa, se houver clínica ou dispensário.<br />

Deve evitar-se que as linhas do tráfego de entrada e saída no hospital se<br />

encontrem, para o que deve haver várias entradas. A portaria principal, na maior<br />

parte' dos hospita_is, destina-se aos doentes que vêm de ambulância, de carro ou a<br />

pé, às visitas ou aos médicos, se a situação do seu gabinete e a área do estacionamento<br />

privativo o permitir. Será necessário que haja uma segunda entrada que<br />

conduza directamente ao banco, para receber os doentes que vêm de carro, a pé<br />

ou na ambulância.<br />

Deverá haver uma terceira entrada, próximo da dispensa, dos ascensores,<br />

da cozinha e dos frigoríficos para descarregar os víveres e que pode servir<br />

igualmente para a remoção do lixo. Nos hospitais pequenos o pessoal não especializado<br />

pode servir-se desta entrada, se o serviço de vigilância for bem feito,<br />

mas nos hospitais maiores há geralmente uma entrada separada para tais funcionários.<br />

·Deverá existir uma quarta entrada para a remoção dos cadáveres, fechada<br />

à chave a não ser que o pessoal especializado entre por lá. Seria de toqa a con-<br />

UOSPITAII!il<br />

;·.:;':',; .'cff'.\i,:~.·.:T~~. . .<br />

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veniência ·que essa entrada desse acesso aos vestiários, ao quadro do horário de<br />

serviço e ao «registo:. do ponto.<br />

É necessária uma instalação especial para armazenagem de carvão e tiragem<br />

das cinzas. Finalmente, se houver consulta externa, tem de haver uma<br />

entrada separada. Nos hospitais pequenos não é preciso mais que uma entrada<br />

para os doentes externos, visto que a separação das várias categorias de doentes<br />

pode ser feita com base em cartões de admissão, em dias diferentes e horas pre­<br />

-fixadas para cada grupo. Em resumo: o número de saídas e entradas de um<br />

hospital deve ser reduzido ao mínimo, especialmente se cada uma delas tiver um<br />

porteiro.<br />

DENTRO DE UM HOSPITAL há outras linhas de tráfego a considerar e o cruzamento<br />

de algumas torna-se inevitável. A boa ordem do tráfego interno é facili­<br />

. tada pela articulação exacta dos serviços.<br />

As principais correntes de tráfego são: r) os doentes que entram para as<br />

enfermarias, vindos da aceitação ou da secção de serviço social, do banco, da<br />

secção de Raios X ou outros serviços; 2) os doentes que saiem, geralmente por<br />

intermédio da secretaria ou secção do serviço social; 3) o tráfego dos doentes<br />

transferidos de uma enfermaria para a outra; 4) os cadáveres, que devem ser<br />

levados directamente para a morgue o mais discretamente possível; 5) as visitas,<br />

que devem ser vigiadas quando entram e saiem e durante o tempo que estão no ·<br />

hospital; 6) o pessoal superior que é obrigado a passar pelo arquivo médico, quadro<br />

de distribuição de serviço e registo de ponto; 7) os doentes da consulta externa,<br />

se a houver, que tenham de fazer caminho para o laboratório, farmácia, Raios X,<br />

tratamentos e outros serviços dentro do hospital; 8) os empregados que têm de<br />

passar pelo registo do ponto e pelos vestiários antes de entrarem no hospital<br />

pràpriamente dito; 9) os víveres, as refeições e os despejos, que devem circular<br />

completamente separados do caminho dos doentes e do tráfego das visitas. Não<br />

se pode dar uma sugestão rígida para o isolamento das várias correntes de tráfego<br />

interno, mas há toda a conveniência em saber, logo de início, qual a sua<br />

orientação. Uma das funções do consultor do hospital será sugerir a localização<br />

dos vários serviços e respectivas áreas, reduzindo desse modo a confusão, originada<br />

pelo cruzamento do tráfego. Como neste trabalho trataremos pormenorizadamente<br />

dos vários serviços e suas áreas, apresentaremos oportunamente sugestões<br />

para a sua melhor localização.<br />

A. área de elreulação<br />

A ÁREA de circulação varia muitíssimo com o tipo do edifício e com o<br />

número de andares. As dimensões indicadas nos quadros de distribuição de<br />

áreas, para os corredores, escadas e ascensores são baseadas em edifícios de dois<br />

1, fechada<br />

qa a contSPITAUil<br />

PORTUGUESES


andares e rés-do-chão para hospitais de so camas, de três andares e rés-do-chão<br />

para hospitais de 100 a 150 camas; e de quatro andares e rés-do-chão para hos- .~<br />

pitais de 200 camas. · :l~; .<br />

Os coRREDOREs devem ter todos a largura m1mma de 2m,5o, mas de preferência<br />

3 metros e precisam de ter boas condições acústicas. As paredes devem ser<br />

lisas, laváveis e pintadas a cores claras. A altura do tecto deverá ser a mesma<br />

das outras divisões, 3m,15, embora se possa obter um bom processo de ventilaÇão<br />

por meio de tectos suspensos, com frestas para as enfermarias, porque assim o ar<br />

condicionado pode ser fornecido ou extraído por um ventilador simples. Os tectos<br />

da cozinha principal e da lavandaria devem ter pelo menos 4 metros de altura.<br />

Recomenda-se que haja lavatórios de manobrar com o joelho ou com o cotovelo<br />

nos corredores de todas as enfermarias para facilitar a assepsia. Não se aconselham<br />

os bebedoiros por causa das possibilidades de infecção. É mais aconselhável<br />

o emprego de distribuidores de copos de papel junto dos frigoríficos ou nos<br />

lavatórios colocados em qualquer lugar, excepto nos corredores. Nas paredes<br />

dos corredores devem fixar-se alguns extintores de incêndio. A iluminação deve<br />

provir do tecto. A luz indirecta, fluorescente ou «Cold-quartz~ merece um estudo<br />

cuidado. As lâmpadas que ficarem acesas de noite e as tomadas eléctricas para<br />

aparelhos móveis de Raios X e aspiradores devem ser colocadas em lugares convenientes.<br />

Os relógios eléctricos devem estar onde se vejam bem. É também<br />

indispensável instalar-se um bom sistema de campainhas.<br />

Uma vez que sejam necessárias instalações que funcionem pelo vácuo na<br />

sala de operações e laboratórios, há que prestar especial atenção à instalação das<br />

bombas do ar. Onde há necessidade de rampas- como por exemplo, para ligar<br />

a parte antiga do edifício com a moderna ou para entrada de ambulância-, a<br />

inclinação não deverá ultrapassar 5%- As saídas devem ser indicadas com sinais<br />

eléctricos.<br />

As ese:uhu•ins<br />

. ,<br />

0 NÚMERO de escadas e SUa localização é igualmente determinado pelas autoridades<br />

locais, de acordo com as exigências do tráfego. Mui tos estados impõem<br />

que os hospitais de mais de 100 doentes numa superhcie de 2.500 pés (825 metros<br />

quadrados) sejam protegidos pelo menos com duas escadarias que devem ser absolutamente<br />

à prova de fogo, quer as autoridades locais o exijam ou não.<br />

Não se devem usar passadeiras. Chegou-se à conclusão de que é melhor usar<br />

os degraus de terrazo com aplicações de abrasivos, oleado ou então degraus de<br />

borracha com rebordos de metal e aglomerado de abrasivos.<br />

Deve haver corrimão de ambos os lados, de cima até ao fundo para que nllo<br />

seja preciso agarrarmo-nos a um pilar quando houver necessidade de ajudar o<br />

doente. Para maior segurança, o corrimão deve ter pelo menos 34 polegadas (86 cm)<br />

2G<br />

UOSPIT...tUJ<br />

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. . .~<br />

:; _·,~.~ '5'~~~~~i~:~:i~~\Y,~~~~~~~:1.<br />

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. :· (,


de altura. As portas que dão para as escadas devem fechar-se automàticamente e<br />

é necessário que tenham por cima e iluminada palavra: Saída.<br />

O!ii; ascensores<br />

s-do-chão<br />

para hosde<br />

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1cia -, a<br />

>m sinais<br />

Ao MONTAR os ascensores é preferível deixá-los uns juntos dos outros d<br />

que muito separados. Se há mais de 2 elevadores, é aconselhável a separaçã<br />

dos tipos de serviço e de passageiros. Os ascensores devem ter o tamanh<br />

mínimo de 5 i h pés (1m,8o) por 8 pés (2m,6o) para que possam levar uma cama ou<br />

uma maca e os maqueiros e devem ter dois botões decoma ndo automático, além<br />

de todas as seguranças possíveis. É aconselhável a instalação de um telefone n<br />

ascensor para casos de emergência. Os ascensores, precisam de boas condições<br />

acústicas e o soalho deve ser de matéria elástica. As portas não devem ter uma<br />

abertura inferior a 3m,8. As portas com as dimensões das das nossas casas ou com<br />

das dos escritórios não são convenientes para um hospital. É de toda a vantagem<br />

que os ascensores não dêm para os carredores das enfermarias. Nos hospitais maiores<br />

o ascensor deve ter portas de ambos os lados para que possa ser utilizado n<br />

serviço do corredor durante certas horas e para passageiros nas restantes. Ao montar<br />

o ascensor deve também atender-se às correntes de tráfego.<br />

Os hospitais de vários andares, até 125 camas cada, requererem pelo menos<br />

dois elevadores e os de 200 camas três. O tunel dos ascensores deve ser aquecido<br />

e ventilado porque as variações extremas de temperatura tem influência no<br />

funcionamento dos botões.<br />

ASSEGURA O FUllJRO DOS ALHOS ...... "" .......<br />

O SEGURO DE VIDA<br />

(Continua no próximo número)<br />

A<br />

NAIMPÉRIO<br />

:las autoimpõem<br />

5 metros<br />

ser absolhor<br />

usar<br />

graus de<br />

. que não<br />

ajudar o<br />

s (86 cm )


t - J~í.<br />

verificou se a instalação eléctrica do seu hospital está em<br />

ordem?<br />

O dirigente de um hospital é responsável pela segurança dos<br />

doentes que confiadamente ali vão buscar o alivio dos seus padecimentos.<br />

~-Já tentou eliminar o barulho das máquinas da lavandaria?<br />

E os ruídos das experiências dos motores na garagem? Obriga os enfermeiros<br />

e criados a usar sapa"tos com rasto de borracha?<br />

Lembre-se de que, muitas vezes, o sossego é meia cura.<br />

!I- Como cheira o seu hospital?<br />

A pedra de toque em matéria cie higiene e sanidade hospitalares<br />

é o odor.<br />

EYite que, ao entrar alguém no seu hospital seja recebido pelo<br />

«cheiro a doente» das enfermarias, ou pelo cheiro enjoati\·o da cozinha<br />

ou então pelas emanaçc1es perigosas das retretes e instal


c~Lt<br />

cm<br />

(,': l<br />

d 1 l S<br />

padec i-<br />

nda ri;-t ?<br />

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i talares<br />

a cozitalaçües<br />

TERMAS DE<br />

CENTRO DE TURISMO<br />

LUSO<br />

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ÁGUA TERMAL FORTEMENTE RADIOACTIVA,<br />

DIURETICA E<br />

.<br />

DESINTOXICANTE<br />

PRINCIPAIS INDICAÇÕES:<br />

INSUFICIÊNCIA E LITÍASE RENAL<br />

HIPERTENSÃO ARTERIAL E NAS<br />

DIVERSAS MANIFESTAÇÕES DO<br />

ARTRITISMO {REUMATISMO, GOTA, ETC.)<br />

INFORMAÇÕES: JUNTA DE TURISMO DE LUSO E BUÇACO<br />

TELEFONE 33 - L U 5 0<br />

PORTUc;t(jE8ES


América<br />

I- Em Outubro de I944 criou-se<br />

uma comissão de Assistência Hospitalar,<br />

de natureza particular e sem qualquer<br />

intervenção ou fiscalização do<br />

Estado. É presidida pelo Dr. Thomas<br />

S. Gates, da Universidade de Filadélfia<br />

e propôs-se estudar, no prazo de<br />

dois anos, as necessidades dos hospitais<br />

norte-americanos e o seu papel na<br />

vida do povo. Assumiu ainda a obrigação<br />

de formular recomendações sobre<br />

.a reforma desses hospitais.<br />

O relatório agora publicado aponta,<br />

entre outras, as seguintes recomendações:<br />

a) I-Os hospitais estão ao serviço<br />

dos doentes e devem-lhes uma assistência<br />

tão ampla e completa quanto possível.<br />

Por isso, os hospitais gerais devem<br />

ser apetrechados de forma a atender e<br />

tratar todas as espécies de doenças.<br />

. b) Devem criar-se associações para<br />

unir as escolas de medicina, a fim de<br />

promover o intercâmbio de conhecimentos<br />

clínicos. Facilitar-se-á o treino<br />

dos médicos em hospitais de todas as<br />

espécies e tamanhos.<br />

c) As escolas de enfermeiras devem<br />

ser em número restrito, mas de maiores<br />

dimensões e com melhor apetrecha- ·<br />

mento do que as actuais.<br />

d) Recomenda que nos hospitais se<br />

façam mais estudos de investigação,<br />

aproveitando os exemplares e arquivos<br />

em número que não é igualável nas<br />

clínicas.<br />

e) Os hospitais devem ser centros<br />

de educação sanitária e prevenção contra<br />

as doenças, para o que deverão<br />

actuar diligentemente junto do público.<br />

j) Os hospitais devem agrupar-se<br />

em associações e estabelecer ligações<br />

de ordem técnica e administrativa.<br />

g) Finalmente, o relatório indica<br />

que se necessitam nos Estados Unidos<br />

mais I95.ooo camas, além de ser indispensável<br />

substituir 25 °/ 0 das actuais,<br />

por antiquadas.<br />

Permitam-nos os senhores responsáveis<br />

da assistência hospitalar em Portugal<br />

- governantes, administradores,<br />

médicos, enfermeiros, etc.- que lhes<br />

chamemos a atenção para as recomendações<br />

acima sumariadas.<br />

2- Fundou-se uma associação regional<br />

dos hospitais de três estados de<br />

Nova Iorque, Pensilvânia, e Nova Jersey<br />

que terá o nome de Midle Atlantic<br />

Hospital Conference e terá uma reunião<br />

magna anual, no mês de Maio, em<br />

Atlantic City.<br />

3 - O serviço social hospitalar não<br />

dispensa, na América uma boa biblio-<br />

30<br />

UOSPIT.t.l8<br />

·' .. ·.


condeverão<br />

público.<br />

rupar-se<br />

ligações<br />

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Atlantic<br />

-~<br />

teca para uso dos doentes e na qual<br />

eles poderão escolher, desde os livros<br />

de formação técnica e seu aperfeiçoamento,<br />

até à revista desportiva ou ao<br />

livro de aventuras.<br />

Acontece, porém, que alguns doentes<br />

não se podem deslocar à sala de<br />

leitura e ·muitas vez'es, quando deitados,<br />

nem sequer podem segurar um<br />

livro ou virar-lhe as folhas.<br />

Mas o hospital universitário Ann<br />

Arbor Mich. resolveu a questão, utilizando<br />

os tectos dos quartos, nos quais<br />

faz passar, por meio de uma máquina<br />

de projecção, filmes movimentados ou<br />

o texto de obras literárias. E assim, o<br />

doente, instalado na sua cama, só tem<br />

·~ ue abrir os olhos e ler o seu livro<br />

predilecto no tecto alvo do aposento.<br />

4- Os membros da colónia portuguesa<br />

na America do Norte compraram,<br />

por subscrição, uma aparelhagem<br />

de Raios X para oferecerem ao Hospital<br />

da Misericórdia do Funchal.<br />

A entrega foi feita pelo Dr. Carlos<br />

Morais, presidente da associação «Dia<br />

Madeirense», com sede em New Bedford,<br />

Massachusetts.<br />

Bt•asll<br />

Na progressiva cidade mineira de<br />

Uberaba inaugurou-se no final de 1947<br />

o novo Hospital de Beneficência Portuguesa<br />

«1. 0<br />

de Dezembro~, que data<br />

de 1907.<br />

A colónia lusitana teve então um<br />

dia de festa e de justificado orgulho<br />

porque o novo hospital pode considerar-se<br />

modelar, dentro das suas características.<br />

Tem 27 quartos para enfermos e<br />

uma lotação de 50 doentes. Os serviços<br />

anexos fazem do hospital uma<br />

unidade de assistência completa.<br />

À inauguração assistiram as autoridades<br />

locais, a colónia portuguesa da<br />

região e muitos convidados.<br />

O Dr. David de Carvalho, presidente<br />

de Beneficência, foi homenageado pelo<br />

esforço e dedicação que tem dado à<br />

associação que com tanto entusiasmo<br />

dirige.<br />

Est,anha<br />

1-Realizou-se em Madrid o I Congresso<br />

luso-espanhol de ciências far- ·<br />

macêuticas.<br />

A iniciativa teve o melhor acolhimento<br />

entre os técnicos de ambos os<br />

países.<br />

Todos os problemas da técnica farmacêutica<br />

foram estudados com cuidado<br />

e brilho, pelo que, estamos certos, deste<br />

Congresso se tiraram ensinamentos notáveis.<br />

2 - Ainda a respeito de ciências<br />

farmacêuticas, queremos dar a notícia<br />

da criação de um curso de Farmácia<br />

Galénica, iniciativa do Conselho Superior<br />

de Investigações Científicas de<br />

Madrid.<br />

3-Na Beneficência Provincial de<br />

Cidade Real está a terminar a construção<br />

de um pavilhão central, onde<br />

se instalarão os serviços de direcção,<br />

administração, Biblioteca, Raios X, Laboratório,<br />

Farmácia, Consultas Públicas,<br />

Irmãs de Caridade, Central Técnica,<br />

Garage, Capela, etc.<br />

A lotação do hospital ficará aumentada<br />

de 6o camas e terá um novo serviço<br />

de Pediatria.<br />

PIT..t.UI<br />

PORTUG{jE~ES<br />

31


Iuglatet•ra<br />

Chega-nos a notícia de que foi' expedida<br />

uma completa comissão, constituída<br />

por técnicos de medicina, cirurgia,<br />

administração, acção social, etc.,<br />

com o fim de percorrer o mundo inteiro<br />

e procurar, em todas as latitudes, o<br />

4


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I'ALHAVo\<br />

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IJISt.itiitO<br />

Po•·•··~uês<br />

tle 0Jteolo~ia<br />

Em Lisboa, Palhavã, à margem da estrada de Bemfica, ergue- ·s~ o conjunto<br />

de edifícios pertencentes ao Instituto Português de Oncologia.<br />

Obra admirável de assistência e investigação, deve-se ao devotado entusiasmo<br />

de alguns ilustres cientistas portugueses, à frente dos quais é indispensável<br />

citar o Professor Francisco Gentil que, há dezenas de anos, trava uma luta<br />

sem tréguas contra a natural lentidão das obras deste género, tendo conseguido,<br />

afinal, realizar aquilo que aos mais ousados não pareceria mais que um sonho 1<br />

bom para sonhar, mas impossível de viver.<br />

A história do Instituto, toda ela vivida pelo Professor Gentil, embora acidentada,<br />

pode, reduzindo-se aos seus factos principais, escrever-se em poucas<br />

linhas.<br />

O Instituto do Cancro foi criado pelo Decreto n.o 9:333, de 29 de Dezembro<br />

, de 1923.<br />

Apesar da existência legal, teve de arrastar os seus serviços por enfermarias<br />

e laboratórios emprestados até que, em 29 de Dezembro de 1927, apareceu o primeiro<br />

pavilhão do actual Instituto Português de Oncologia. O terreno tinha sido<br />

adquirido em Agosto daquele ano e a construção desse primeiro pavilhão terminara<br />

em 9 de Novembro.<br />

No primeiro pavilhão construído instalaram-se, a título provisório, 4 cabines<br />

de Roentgenterápia, uma cabina de radiodiagnóstico, laboratórios e consultas.<br />

Ali ficaram existindo 1.500 miligramas de Rádio Elemento, dos quais foram pagos<br />

pelo Governo da Nação 1.200, além dos 300 miligramas graciosamerlte oferecidos<br />

pelo «Radium Belge,., por intermédio do Dr. João Ulrich.<br />

O primeiro estudo do conjunto de edificações, do qual ainda se construíram<br />

os dois primeiros pavilhões, foi elaborado pelo arquitecto Luís Cristina da<br />

Silva.<br />

O arquitecto Carlos Ramos desenhou depois um outro projecto de proporções<br />

grandiosas mas irrealizável.<br />

Houve ainda várias tentativas posteriores até que se chegou ao plano<br />

definitivo do arquitecto Walter Diste! e Engenheiro Tavares Cardoso, que inclui<br />

os seguintes edifícios: Hospital, Pavilhão do Rádio, Escola de enfermeiras, Capela,<br />

Assistência Social, Patologia Experimental, Asilo e Campo de jogos.<br />

Nas páginas que se seguem damos a descrição de alguns desses edifícios.<br />

I<br />

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J<br />

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TA Ui<br />

PORTU GUJo:SES 33<br />

3<br />

i.


Dloeo hospitalar<br />

Trata-se, sem dúvida, de um dos mais modernos e perfeitos edifícios de ';,<br />

assistência hospitalar.<br />

É construído em 9 andares, com urna superfície total de implantação de<br />

3.300 metros quadrados e com a superfície total de construção de 26.500 metros<br />

quadrados.<br />

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••<br />

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n ••<br />

Hospital<br />

Nos andares inferiores tem a cozinha, a lavandaria e os serviços administrativos,<br />

o cu panda a cave, parte do andar térreo e do primeiro andar.<br />

Tem ainda as salas de consulta, observação, diagnóstico, operações, biblioteca<br />

e um magnífico anfiteatro,<br />

O pavilhão hospitalar é ligado ao do rádio por duas galerias subterrâneas<br />

-de sujos e limpos-.<br />

A entrada dos doentes a hospitalizar e dos médicos é feita pelos lados<br />

norte-nascente, através de urna galeria fechada, acessível a automóveis e que<br />

separa a parte hospitalar e de assistência da secção administrativa e científica.<br />

É apreciável a calma que tal disposição dá ao hospital. Os dois corpos do edifício<br />

estão, em cada andar, ligados pelos quartos dos médicos internos.<br />

3-1 UOSPIT,UN<br />

I<br />


difícios de<br />

A parte de investigação cientifica compreende salas de aula e conferências,<br />

biblioteca, museu e ligação com os laboratórios.<br />

As salas destinadas aos 'doentes comportam de duas a oito camas, no<br />

máximo.<br />

·Por meio de um jogo de unidades clínicas e de elevadores, conseguiu-se<br />

perfeito isolamento entre as visitas de certos doentes e aqueles outros enfermos<br />

que não podem ser visitados. Há também um isolamento perfeito para os agonizantes,<br />

de tal modo que a família pode assistir-lhes aos últimos momentos,<br />

sem perturbar a vida hospitalar.<br />

Pavllltão do Rádio<br />

s adminis-<br />

'íes, bibliobterrâneas<br />

>elos lados<br />

reis e que<br />

científica.<br />

•s do edifí-<br />

IO,.;PlT.US<br />

Este pavilhão foi construído em rigorosa obediência às conclusões do<br />

2.° Congresso Internacional de Radiologia de Estocolmo (1 928), no que respeita<br />

à segurança do pessoal que tem de traba lhar com rádio.<br />

Estas normas de protecçJo<br />

exigira m um estudo<br />

cuidadoso do pavilhão, na<br />

secção especial destinada aos<br />

cofres, à preparação da emanaç:io,<br />

ao laboratório ele física<br />

e de medidas, ~L preparação<br />

dos aparelh os de aplicaç;1o e<br />

ao montacargas de transpor te<br />

dos aparelhos com radio ou<br />

emanaç;1o.<br />

Todas as restantes secçües<br />

foram tam bem devidamente<br />

isoladas.<br />

No res-do-chão, isolado<br />

das consultas externas<br />

por fortes filtros, estão as<br />

Pavilhão do Rádio<br />

instalações que acabamos de<br />

enumerar.<br />

O primeiro andar tem a entrada principal do pavilhão e as cons ultas<br />

externas.<br />

O segundo andar tem as salas para os doentes, a sala de operações e serviços<br />

anexos.<br />

Os terraços que se destinam a combater pelo sol as anemias dos irradiados<br />

são providos de filtrações do tipo das anteriores.<br />

Nestes isolamentos empregou-se a barita porque se averiguou qúe, na proporç~o<br />

de 9 partes de barita e r parte de cimento, dá a espessura de 4,5 cm. com<br />

a mesma filtragem de I cm. de chumbo. E o preço reduziu-se de r.oso contos<br />

3&


para 16o. O peso da parede é igual nos 4,5 cm. da barita e em 1 cm. de chumbo<br />

(soo quilos por metro quadrado).<br />

O pavilhão do rádio tem uma superfície de implataçâo de 730 metros quadrados<br />

e uma superfície total de construção de 2.890 metros quadrados.<br />

Este pavilhão é considerado exemplar dentro das características e fins a<br />

que se destina.<br />

Escola de enfermeiras<br />

..<br />

Junto do Instituto Português de Oncologia funciona uma escola de enfermagem,<br />

instalada em edifício próprio.<br />

Essa construção tem 5 andares, 760 metros quadrados de superfície e<br />

3-410 metros quadrados de construção.<br />

.... 1<br />

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-~<br />

·~<br />

'• ,.<br />

Escola de Enfermeiras<br />

A Escola funciona em regime de internato e para isso dispõe de magníficas<br />

instalações, tais como: quartos individuais, dotados de todo o conforto para as<br />

alunas; sala de descanço e música; refeitório amplo e alegre; enfermarias de<br />

demonstração; salas de aula; laboratórios, etc.<br />

No rés-do-chão estão a secretaria, as salas de estar, refeitório e laboratório<br />

de dietética.<br />

36 HOSPITAIS<br />

>,..i ... : . (. ·i,·:~ ::•<br />

. .,, .<br />

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•. ; ..:.:};:'·,' ?(J?.i;.;;~ ..<br />

.. .


de chumbo<br />

tros quae<br />

fins a<br />

No primeiro andar, estão os quartos da directora, monitoras e algumas<br />

alunas, as salas de aula, enfermarias de demonstração, laboratórios de química<br />

e biologia e a biblioteca.<br />

Os andares superiores são ocupados por quartos das alunas e dormitórios<br />

do pessoal auxiliar.<br />

Esta Escola tem sido orientada pelos princípios da Fundação Rockefeller,<br />

onde se educaram algumas das suas dirigentes.<br />

Asilo<br />

'<br />

..<br />

É o primeiro edifício de uma vasta rede de asilos que se projecta. Este é<br />

de construção ligeira e económica. Tem um só piso, alegre, arejado e com óptima<br />

disposição. ~ sua lotação não excede 36 internados.<br />

*<br />

* *<br />

Os restantes edifícios previstos no plano geral estão ainda em projecto ou<br />

em princípio de execução.<br />

O que já está construído desta unidade assistencial e científica é qualquer<br />

coisa de que nos podemos .orgulhar. .<br />

Quando, porém, todos os edifícios previstos estiverem levantados e em<br />

perfeito funcionamento, poderemos afirmar que possuímos em Portugal um dos<br />

mais modernos e perfeitos blocos anticancerosos de todo o mundo .<br />

magníficas<br />

rto para as<br />

rmarias de<br />

laboratório<br />

.. •<br />

Organização hospitalar<br />

Por Portaria de 9 de Julho, publicada no Diário do Governo, de 17 do<br />

mesmo mês, o concelho de Ferreira do Zêzere foi transferido, para efeitos de organização<br />

hospitalar, da região de Abrantes para a de Santarém.<br />

Esta transferência é feita nos termos do art. 3. 0 1<br />

§único do Decreto n. 0 36.6oo.<br />

PORTUGUE~ES 37


n '-.J<br />

q ~<br />

,.<br />

~ ~<br />

O segredo t•roflsslonnl tlo 1•esso:tl hos1•Hnlnr<br />

No Boletim de Assistência Social, n.os 59 a 6t, o ilustre Professor da Faculdade<br />

de Direito de Lisboa e Chefe do Contencioso da Direcção Geral de Assistência,<br />

Doutor Raul Ventura, publica um magnífico parecer sobre a extensão do<br />

segredo profissional a que são obrigados os empregados hospitalares, tanto clínicos<br />

como administrativos.<br />

Na impossibilidade de transcrever para aqui integralmente esse douto parecer,<br />

permitimo-nos extrair, para conhecimento dos nossos leitores, as várias conclusões<br />

ali fixadas e que, em resumo, são:<br />

1. 0 Devem considerar-se secretos todos os factos de que só possa ter-se<br />

conhecimento através do exercício duma profissão GUe requeira titulo;<br />

2. 0 São também secretos os factos que, conforme as convicções sociais da<br />

época, não sejam usualmente dados à publicidade e dos quais o profissional tome<br />

conhecimento por motivo ou ocasião do seu ministério. Assim: o médico que, ao<br />

entrar em casa do doente, surpreende a mulher deste em adultério é obrigado a<br />

sigilo, mas não o é se teve conbecimento desse adultério através dum amigo ou<br />

duma carta desencaminhada;<br />

3· 0 São, finalmente, secretos os factos não abrangidos nos números anteriores<br />

de que o profissional tome conhecimento por motivo ou ocasião do seu ministério<br />

e em relação aos quais tenha voluntàriamente prometido guardar segredo;<br />

4· 0 As regras acima enunciadas são válidas, independentemente de saber se<br />

a revelação dos factos causa ou não prejuízo à pessoa a que respeitam;<br />

S·o O segredo profissional pode ser quebrado nas hipóteses seguintes:<br />

a) Quando o interesse· da justiça penal-e não da cível-assim o<br />

exija. Nesta hipótese, a quebra do segredo deve ser requerida e não<br />

espontânea;<br />

b) Como só a lei pode permitir a quebra do segredo, são ilegítimas<br />

todas as ordens dos superiores hierárquicos a tal respeito, salva a transferência<br />

da responsabilidade para estes;<br />

c) Pode ser espontânea a quebra do segredo, por motivos sanitários,<br />

nos termos do Decreto n.o 32:17r ou nos casos de acidente de trabalho.<br />

(Lei n. 0 r:946 e Decreto n.o 27:649); ·<br />

38<br />

D08PIT,ll8<br />

., . ..<br />

'.


d) É autorizada a quebra do segredo voluntário, quando hã.ja"' aú.torização<br />

do interessado ou o segredo resulte de mandato profissional;<br />

e) O segredo deixa de ser obrigatório quando os factos se tornaram<br />

notoriamente conhecidos.<br />

6. 0 Em hipóteses diferentes, o consentimento do interessado não legitima<br />

a quebra do segredo profissional;<br />

da Faculde<br />

Assistensão<br />

do<br />

mto clíni-<br />

Juto pareárias<br />

conssa<br />

ter-se<br />

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e saber se<br />

ntes:<br />

-assim o<br />

ia e não<br />

ilegítimas<br />

a transfe-<br />

Em seguida, o parecer resolve dúvidas concretas, levantadas pelos <strong>Hospitais</strong><br />

Civis de Lisboa. Como essas dúvidas surgem em todos os hospitais e porque as<br />

soluções achadas podem talvez aceitar-se para aqueles estabelecimentos onde não<br />

vigore disposição legal em contrário, resumimos a seguir as normas prescritas:<br />

a) Podem ser passadas certidões de entrada e saída ·dos doentes a<br />

quem quer que as requeira;<br />

b) Não podem passar-se certidões relativas a grávidas e alienados,<br />

seja quem for que as requeira, a não ser mediante despacho da administração<br />

superior;<br />

c) Podem passar-se outras certidões, se forem requeridas pelo próprio<br />

doente, seus pais, cõnjuges, filhos e herdeiros ou ainda pela autoridade<br />

pública competente, considerando-se competentes as autoridades judiciais<br />

e sanitárias, nos termos acima mencionados;<br />

c) Finalmente, os hospitais não devem entregar papeis e radiografias<br />

que tenham nos seus arquivos, a não ser às entidades oficiais<br />

competentes.<br />

~bertura e funclooameuto de hoSflltals<br />

Do Decreto-lei n.o 32:171 de 29 de Julho de 1942, transcreve-se, por ser de<br />

útil conhecimento, o artigo 19. 0 :<br />

«Üs estabeleciment.os destinados ao tratamento ou recepção de doentes e<br />

de grávidas ou puérperas, quaisquer que sejam os processos empregados, não<br />

podem funcionar senão sob. a direcção e responsabilidade de profissionais em<br />

condições legais de exercer a medicina em Portugal. Os directores são obrigados<br />

a participar a existência dos aludidos estabelecimentos à Direcção Geral de<br />

Saúde e à Ordem dos Médicos no prazo de sessenta dias. Os estabelecimentos<br />

que não estiverem nas condições indicadas neste artigo serão encerrados, mediante<br />

requerimento da Ordem dos Médicos, pela polícia de segurança pública.:.<br />

)S sanitátrabalho.<br />

tSPIT,\1!11<br />

PORTUGUESES 39


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llospltals Chls de J .. lshmt<br />

-Os <strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa têm, desde o princípio do ano, um novo<br />

Enfermeiro-mar, o capitão de mar e guerra médico, Dr. Emílio de Menezes Ferreira<br />

de Tovar Faro, nomeado por portaria de 27 de Janeiro.<br />

A posse foi-lhe conferida pelo Ministro do Interior que, no discurso<br />

então pronunciado, fez um ligeiro sumário da acção do Governo em matéria<br />

de assistência hospitalar, anunciou o reforço da dotação para os hospitais<br />

escolares e garantiu que iam ser revistas as condições de trabalho dos<br />

enfermeiros.<br />

Ao Sr. Dr. Emílio Faro, apresentamos respeitosos cumprimentos.<br />

')<br />

As,<br />

-Continuam em adiantada actividade obras de ampliação em vários hospitais.<br />

O edifício para os serviços de transfusão de sangue foi inaugurado pelo<br />

senhor Ministro do Interior e é um dos melhores do país.<br />

Durante a inauguração fez este membro do governo interessantes considerações<br />

sobre a função do «banco de sangue» e referiu-se aos vários processos<br />

em pregados para conseguir o sangue destinado às transfusões.<br />

s AS·<br />

I<br />

'· ..<br />

.COS<br />

i a<br />

8o<br />

ESA<br />

-Foi nomeado consultor técnico de estatística clínica e director do Boletim<br />

o Dr. Manuel João Xavier Morato, médico dos <strong>Hospitais</strong> Civis.<br />

-Foi nomeado definitivamente para o difícil lugar de fiscal geral dos<br />

<strong>Hospitais</strong> Civis, o sr. Mário Gomes Saraiva. Para seu adjunto foi contratado o<br />

sr. Francisco Maria Queiroz. Para fiscal privativo de um dos hospitais foi contratado<br />

o sr. Victor Vaquinhas Cabral.<br />

-O inspector superior dos <strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa, sr. capitão-tenente<br />

Ilídio de Oliveira Barbosa foi encarregado de estudar na Espanha, França, Bélgica<br />

e Suíça a organização hospitalar daqueles países. Depois de demorado<br />

estudo, regressou a Portugal em fins de Agosto e supõe-se que, com os elementos<br />

informativos colhidos na sua viagem, vai finalmente proceder-se à reorganização,<br />

dos principais estabelecimentos hospitalares de todo o país.<br />

•"tPIT.4.1S<br />

PORTUGUESE!!i 41


llospltal Jidlo tle natos -<br />

1.-lsboa<br />

• _.;.No ano corrente, mercê dos esforços dos seus directores clinico e administrativo,<br />

têm sido introduzidas profundas e benéficas modificações nas instalações<br />

do Hospital.<br />

Assim, logo em Janeiro, foram inaugurados: um novo pavilhão para pensionistas<br />

de I.a classe do sexo masculino; pavilhão de tranquilos; farmácia; Casa do<br />

Pessoal; central térmica, etc.<br />

Em Maio foi inaugurado o serviço de Assistência Pedagógica Infantil.<br />

,,<br />

-Foi convertida em definitiva a nomeação do Dr. Joaquim José de Paiva<br />

Correa para o lugar de Adjunto deste Hospital.<br />

O Dr. Paiva Correa tem desenvolvdo neste estabelecimento de assistência<br />

uma acção reformadora verdadeiramente notável. Por isso nos congratulamos com<br />

a confiança que Governo lhe testemunhou e lhe enviamos sinceras feli citações.<br />

-Por portaria de 30 de Julho último, foi convertida em definitiva a nomeação<br />

do Dr. Emídio Roque da Silveira Freitas Ribeiro para o lugar de chefe da<br />

Secretaria do Hospital Júlio de Matos. É o justo reconhecimento dos serviços<br />

prestados naquele estabelecimento de assistência.<br />

Na mesma data foram taro bém lavradas portarias que convertem em definitivas<br />

as nomeações dos srs. Jaime Martins Coelho, tesoureiro; José Cabral Soares<br />

da Fonseca, chefe dos serviços industriais e Mário Alberto Fernandes de Almeida,<br />

chefe dos serviços de armazéns do mesmo Hospital.<br />

-Realizou-se um jantar de homenagem aos directores clínico e administrativo,<br />

deste Hospital, Prof. António Flores e Dr. Joaquim Paiva Correa, iniciativa<br />

do pessoal clinico, de enfermagem e administrativo.<br />

HOS(tltals da Unlversltlatle de Coimbra<br />

-Foi adquirida uma aparelhagem completa da Radiodiagnóstico para substituir<br />

a anterior que se achava já antiquada.<br />

Vai -também ser adquirido um equipamento de Radioterápia.<br />

-Os <strong>Hospitais</strong> receberam a visita do Ministro dos Obras Públicas que<br />

acompanhado do Reitor da Universidade e outras individualidades estudou a<br />

remodelação e ampliação dos actuais edifícios, dentro do plano geral da nova<br />

Cidade Universitária. O projecto está entregue ao técnico de construções hospitalares,<br />

arquitecto sr. Walter Distei.<br />

-Por motivo das Obras da Cidade Universitária, vai ser demolido o chamado<br />

«Hospital do Castelo:. onde funcionam os serviços de moléstias infecciosas ..<br />

e de dermatologia. Provisõriamente, ficarão estes serviços instalados em pavilhões<br />

do Manicómio Sena, que, para o efeito, vão ser adaptados uns e concluídos outros.<br />

DOSPIT~I8<br />

~ ·-·.. . . ('<br />

~·.


e admi-<br />

instala-<br />

. pensio-<br />

Casa do<br />

il.<br />

le Paiva<br />

. istêncir.<br />

nos com<br />

:itações.<br />

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~erviços<br />

1 defini-<br />

. Soares<br />

Jmeida,<br />

':"<br />

Jlospltal .Joaquim 'IJrbano- Porto<br />

O quadro clínico deste Hospital acaba de ser ampliado com mais 2 médicos<br />

que se .destinam aos serviços de urgência da difteria e da consulta externa.<br />

A Administração do Hospital foi instalada em edifício próprio, ultimamente<br />

construído, destinando-se o primeiro pavimento para postos de consulta .<br />

Graças aos dedicados esforços do Ex.mo Director Geral de Saúde, foram<br />

recebidos 2 frigoríficos e um aparelho para a fabricação de gelo, velha aspiração<br />

deste Hospital.<br />

Vai proceder-se também à instalação dum aparelho de raios X que pela<br />

mesma entidade acaba de ser enviado e que muito beneficiará os serviços .<br />

·Leprosarla de Rovls~o Pais - Tocha<br />

Na Leprosaria Nacional de Rovisco Pais, vai construir-se um grupo residencial,<br />

tendo sido a respectiva empreitada atribuída ao construtor José Pereira<br />

Duarte.<br />

Esta obra terá de ser construída no prazo máximo de 270 dias e foi contratada<br />

pela importância global de 86s.ooo$oo, dos quais 40o.oooSoo serão gastos<br />

ainda no corrente ano .<br />

dminis-<br />

, inicia-<br />

·a subs-<br />

~as que<br />

udou a<br />

la nova<br />

: hospi-<br />

· o cha­<br />

:cciosas<br />

vilhões<br />

oqtros.<br />

"Asslstêu~la<br />

So~lal" '<br />

Acaba de sair o primeiro volume de<br />

textos legais sobre assistência, coordenados<br />

e anotados pelo chefe de Secção<br />

da Direcção Geral de Assistência,<br />

Dr. Diogo de Paiva Brandão.<br />

Este volume contém todos os diplomas<br />

de interesse geral e é um útil e<br />

indispensável elemento de trabalho<br />

para os organismos e pessoas em<br />

contacto com as questões da assistência.<br />

É edição da Gráfica Boa Nova, L.da<br />

de Lisboa.<br />

A ~apa<br />

da nossa revista<br />

O pintor António-Lino, artista entre<br />

os primeiros da nova geração, quis ter<br />

a gentileza de desenhar a capa da nos~a<br />

revista.<br />

A Senhora da Misericórdia que tomou<br />

para motivo- homenagem à instituição<br />

portuguesíssima das Santas<br />

Casas - será repetida em todos os números<br />

como sinal da nossa presença e<br />

do nosso espírito.<br />

Para António-Lino vão os mais<br />

sinceros agradecimentos de <strong>Hospitais</strong><br />

<strong>Portugueses</strong>.<br />

l"ITAI8<br />

PORTUGUESES<br />

4 3


EMÚLSEO-_SOLVENTE -0 L I c I LI NA<br />

VEJCULO DA PENICILiNA PARA IN]ECÇ6ES INTRAMUSCULARES<br />

.......<br />

PERMITE O USO DE UMA ÚNICA DOSE DIÁRIA DE PENICILINA,<br />

TOTALIZANDO AS UNIDADES REQUERIDAS PELO DOENTE<br />

.\<br />

ABSORÇÃO LENTA, BOA TOLERÂNCIA, NÃO<br />

DIMINUI A<br />

ACTIVIDADE DA PENICILINA<br />

CAIXAS CONTENDO<br />

I AMPOLA DE 5 C. C. DE OLICILINA<br />

I AMPOLA DE 3 C. C. DE SORO FISIOLÚGICO<br />

li<br />

li<br />

Laboratórios da Farmácia Barrai<br />

GESSELONA<br />

li<br />

É a marca da LIGADUR,\ GESSADA NACIONAL que, por mérito de qualidade e maior<br />

economia, concorre com as melhores congéneres estranjeiras e já é usada<br />

DOS HOSPITAIS CIVIS DE LISBOA 1 no HOSPITAL ESCOLAR DE LISBOA (SANTA i\IARTA) nos<br />

1<br />

HOSPITAIS DA UNIVERSIDADE DE COIMBUA 1<br />

etc., etc.<br />

É um produto da «SIEPA»<br />

SOCIEDADE INDUSTRIAL EXPLORADORA DE PATENTES, L.DA<br />

QUINTA DA CAND!EIRA- OLIVAIS<br />

L<br />

Pedidos aos Agentes Gerais e Depositários Exclusivos:<br />

RU~D:~C:.!ROS~2;2r0 s L~::A<br />

L__============================= =============~<br />

1108PIT.&I•<br />

·', . :<br />

: .. , '


• 'l<br />

UNA,<br />

ENTE<br />

~ÃO<br />

I NA<br />

Dr. I


Patlre Saul da Crnz<br />

Ao fim da tarde do dia 17 de Julho último, faleceu num dos quartos do<br />

Hospital do Arcebispo, de Cantanhede, o Reverendo Padre Saul da Cruz, Prove­<br />

_dor da Santa Casa da Misericórdia a que o hospital pertence.<br />

· Nasceu a 12 de Agosto de 1876. Ordenou-se<br />

e dirigiu em Coimbra o Colégio dos Órfãos.<br />

Foi Capelão Militar até 1910. Jornalista vigoroso,<br />

fundou em 1932 a Comarca de Cantanhede e dirigiu<br />

mais tarde, a Boa Nova.<br />

A sua obra como dirigente hospitalar é<br />

das mais notáveis.<br />

Tomou conta do Hospital de Cantanhede<br />

numa época em que o estabelecimento decaíra<br />

até quase ao limite da existência. Os próprios<br />

doentes recusavam-se a receber ali os tratamentos,<br />

tal era a penúria de meios assistenciais e ·o<br />

desprestígio que o esmagava. Pois, o .Reverendo<br />

Padre Saul, em anos seguidos de devotada administração,<br />

conseguiu fazer desse Hospital, repudiado<br />

por todos, um dos melhores da sua categoria.<br />

PADRE SAUL DA CRUZ<br />

Reformou os serviços internos; conseguiu<br />

interessar na assistência hospitalar todos os médicos do concelho; aumentou o<br />

número de quartos particulares; melhorou as enfermarias; adquiriu equipamento<br />

de Raios X, Dia termia e Ultravioletas; pôs a funcionar uma sala de operações;<br />

abriu uma enfermaria-maternidade; montou lavanderias, abegoarias, padaria, cozinha;<br />

armazéns, máquinas de fabricar gelo, moagem de milho, etc.<br />

Foram, na verdade, 12 anos de administração memorável. O seu hospital<br />

era já um hospital-modelo. À Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Cantanhede<br />

e à Ex.ma Família do Reverendo Padre Saul da Cruz, <strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong> apresentam<br />

a expressão do mais sentido pesar.<br />

Adlllhalstratlot• do lustltnto Pot•tug;nês tle Oncologl:t<br />

Acaba de ser nomeado administrador do Instituto Português de Oncologia,<br />

o Senhor Joaquim Torcato Moreira Garcia da Sil \'eira Botelho que até agora tem<br />

desempenhado as funções de ecónomo do mesmo estabelecimento.<br />

Apresentamos sinceras felicitações, certos de que, no novo lugar, revelará a<br />

mesma dedicação e inteligência com que trabalhou no anterior.<br />

48


Jartos do<br />

.z, Prove-<br />

). Orde­<br />

>s Órfãos.<br />

vigoroso,<br />

de e diri-<br />

.Pitalar é<br />

ntanhede<br />

) decaíra<br />

próprios<br />

ratamenlciais<br />

e o<br />

everendo<br />

.da admi­<br />

:al, repu­<br />

:ategoria.<br />

onseguiu<br />

nentou o<br />

ipamento<br />

)e rações;<br />

~ ria, cozihospital<br />

1tanhede<br />

ses apreneologia,<br />

~ora<br />

tem<br />

:vc:-lar;í a<br />

li i ttistét•lo da Asststêtteia ?<br />

~a .. ~ssemblela ~acloual<br />

O parecer sobre as contas públicas<br />

de 1946 dedica, como é já tradição, um<br />

capítulo aos serviços de saude e as3istência<br />

pública.<br />

Começa por reconhecer que o Estado<br />

resolveu enfim dotar corajosamente as<br />

verbas destinadas à saude e à assistência,<br />

mas afirma que muito há ainda que<br />

caminhar para se atingir a perfeição<br />

desejada. .<br />

Condena a dispersão de algumas<br />

actividades, a manutenção de pessoal<br />

pouco devotado ou competente, as deficiências<br />

da orgânica, incapaz de mostrar<br />

a responsabilidade das faltas verificadas,<br />

e o deficiente funcionamento<br />

de certos serviços hospitalares.<br />

Pede a concentração, num ·único departamento,<br />

de todas as actividades<br />

assistenciais, hoje repartidas pelos su h­<br />

secretariados da Assistência e das Corporações<br />

e até por outros ministérios<br />

e serviços. Finalmente, declara que<br />

«esse órgão superior terá de ser um<br />

ministério - o Ministério da Saude,<br />

como jd foi anteriormente sugerido ~ .<br />

itllnlstét•lf, tle Samle?<br />

Concordamos, em princípio, com o<br />

pedido de criação de um ministério,<br />

responsável exclusivo pela política da<br />

assistência em Portugal.<br />

De facto, a partir de 1944, vive-se<br />

no nosso país a hora grande da assistência.<br />

Publicou-se em IS de Maio a<br />

Lei n.o 1.998 que fixou as bases fundamentais<br />

sobre que se organizaria todo<br />

o sistema.<br />

Depois, foi a série enorme de problemas<br />

estudados e resolvidos, daqueles<br />

problemas que durante gerações foram<br />

a nossa vergonha de povo civilizado<br />

mas cujas soluções constituem hoje legítimo<br />

orgulho para o Governo que as<br />

concebe u e para a Nação que as a poia.<br />

Foi a assistência psiquiátrica, (Lei<br />

n. 0 2.oo6 de II de Abril de 1945), seguida<br />

dos respectivos regulamentos com uma<br />

rapidez nunca igualada na nossa vida<br />

legislativa; foi o Socorro Social; foi a<br />

grande e profunda reforma dos serviços,<br />

expressa no notável Decreto­<br />

-lei n. 0 35.108; foi o plano geral das<br />

construções hospitalares (Lei n. 0 2.on<br />

de 2 de Abril de 1946); foi a repressão<br />

da mendicidade (Decreto-lei n.o 36.448<br />

de 15 de Janeiro de 1947); e foi finalmente<br />

a obra ímpar do combate à lepra<br />

(Decreto-lei n.o 36.450 de 2 de Agosto<br />

de 1947) que, só por si, faria o orgulho<br />

do Subsecretariado da Assistência e<br />

de ~ma época.<br />

E evidente que tal extensão de serviços<br />

e de organismos, interesses de<br />

tamanha envergadura, tão melindrosa<br />

matéria governativa e problemas tão<br />

necessitados de livre estudo e resolução<br />

pronta exigem um ministério privath·o,<br />

solução, aliás, unânimemente<br />

adoptada em todos os países.<br />

Jlhtlstét•b tl:l Assistência ?<br />

Concordamos, pnrtanto, com a sugestão<br />

do ilustre Relator das Contas<br />

Públicas. Mas discordamos do nome<br />

sug~rido para o desejado ministério.<br />

E que a saude não é toda a assistência.<br />

(Veja-se a definição contida na<br />

base I da Lei n. 0 1.998). A assistência<br />

social não se propõe apenas valer aos<br />

males dos indivíduos, mas também às<br />

suas deficiências, e estas podem ser de<br />

natureza moral, económica e sanitária.<br />

Não. O ministério, quando for<br />

criado, terá de chamar-se da assistrfncia<br />

ou da assistencia e previdêtJcia<br />

social se, como propõe o Relator das<br />

contas públicas, resultar da concentração<br />

do S ubsecretariado da Assistência<br />

com o das Corporações, na parte da<br />

previdência, onde há já hoje também<br />

uma obra notabilíssima. E esta solução<br />

não será nova entre nós. (Vide Decreto<br />

n. 0 n.:B 6 de 4 de Dezembro de· 1925).


. ·,<br />

1~1 DI.., 11 liiW li<br />

RECONSTITUINTE<br />

POLIVITAMINADO<br />

HIPO E AVITAMINOSES<br />

ESTADOS DE DESNUTRIÇÃO<br />

DESMINERALIZAÇÃO<br />

R AQUI TIS MO- L I N FAT IS MO<br />

PERTURBAÇ0ES DIGESTIVAS E<br />

DE ASSIMILAÇÃO-ANOREXIA<br />

DENTIÇÃO DEFEITUOSA- CARIE<br />

ANOMALIAS DO CRESCIMENTO<br />

GRAVIDEZ- LACTAÇÃO<br />

CONVALESCENÇA<br />

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J<br />

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. ' ..


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Companhia de Seguros Império<br />

Alimentação c dietetica<br />

Lacticínios de Aveiro, Limitada<br />

Sociedade de Produtos Lácteos<br />

Materiais e actividades di' constmção<br />

Fábrica de Mosaicos Santa Isabel, Limitada<br />

Stermac .<br />

M attt·ial médico-cirtír gico<br />

A. G. Alvan<br />

Coll Taylor, Limitada<br />

Davita, Limitada •<br />

Gilberto Teles.<br />

ViuvaReis, Limitada<br />

M obilidt·io, adornos e eq~tipamcntos<br />

Auto Industrial, Limitada •<br />

Empresa Fabril da Longra.<br />

Produtos farmacêuticos<br />

Coll Taylor, Limitada .<br />

Davita, Limitada .<br />

Farmácia Rodrigues da S ilva, Limitada<br />

Farmácia Barra!<br />

Instituto Pasteur .<br />

Sociedade de Produtos Lácteos<br />

Termas 1 Aguas Minerais<br />

Termas de Luso<br />

Assinatura anual • { melrópolcJ, colónias, Espanha e Brasil<br />

(pagamento a d iantad o ) outros países. . . . • . • . . •<br />

Número avulso • • • • •<br />

Cobrança pelo correio mais<br />

60$00<br />

80$00<br />

20$00<br />

3$50<br />

PUBLIC A -SE TRIMES T R A LM E NTE


'.!~·.<br />

''<br />

I O D O T E r~ .\ P í \<br />

INDICAÇÕES<br />

ARTERIOSCLEROSE, HIPER-TENSÃO ESSENCIAL,<br />

REUMATISMO CRONICO, LINFATISMO, ESCRO­<br />

FULOSE, SlFILIS TERCIÁRIA, ENFISEMA POLMUNAR,<br />

ASMA, BRONQUITE CRONICA, GOTA, ETC.<br />

LABORATÓRIOS<br />

'<br />

BIBLIOTE CA

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