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Norte<br />

Artigos que tinham somente o rastreamento do câncer do colo do útero.<br />

Após essa etapa realizou-se uma leitura cuidadosa dos artigos encontrados, onde os<br />

mesmos que se enquadravam nos critérios de inclusão foram separados e salvos, e os artigos<br />

que não se encaixavam nesses critérios foram excluídos. Os artigos selecionados na etapa<br />

anterior foram incluídos na constituição deste trabalho. Os resultados foram organizados por<br />

autores e seus achados conforme o ano de publicação em ordem temporal.<br />

Imagem Ilustrativa<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

CÂNCER<br />

Diversos estudos mostram a prevalência de lesões precursoras para o câncer DE de COLO colo DE<br />

ÚTERO<br />

do útero no Brasil. Porém no período estabelecido no presente estudo, foram selecionados<br />

nove artigos que se enquadram nos critérios estabelecidos sobre o assunto (QUADRO 1).<br />

AUTORES:<br />

ANNA MARIA RIBEIRO DAL VESCO1,<br />

BRUNA COCCO PILAR2,<br />

VINÍCIUS TEJADA NUNES2,<br />

VANUSA MANFREDINI2*<br />

Autores<br />

Achados<br />

Rodrigues e Marques, 2005 [15]<br />

Porto Velho, Rondônia<br />

Total de 55 mulheres indígenas: 1 com<br />

artigo 3<br />

Nobre e Neto, 2009 [12]<br />

Fonseca et al., 2010 [6]<br />

Costa et al., 2011 [1]<br />

Sousa et al., 2011 [17]<br />

Prado et al., 2012 [14]<br />

Fonseca et al., 2014 [4]<br />

Fonseca et al., 2014 [3]<br />

Fonseca, 2015[5]<br />

carcinoma invasor; 1 de alterações celulares de<br />

significado incerto em células escamosas e<br />

glandulares (Ascus e Agus); 5 com NIC I; 1<br />

com NIC II; 1 com NIC III; 44 casos de<br />

doença inflamatória do colo do útero; e 2<br />

Normais.<br />

Amazonas<br />

Resultados normais foram de 1,86% em 2001<br />

e 2,23% em 2005; as atipias variaram entre<br />

5,13% e 1,00%. A razão entre as lesões<br />

precursoras de baixo grau (LBGs) e as lesões<br />

precursoras de alto grau (LAGs) foi de 8,17 e<br />

6,83.<br />

Roraima<br />

Total de 90 casos: 54 com carcinoma<br />

invasor; 6 carcinoma in situ; 20 com neoplasi<br />

intra epitelial de alto grau ( NIC III); e 10<br />

normais.<br />

Estado do Pará, comunidades ribeirinhas<br />

Total de 104 mulheres: 23 normais; 65<br />

inflamatórios; 10 com células escamosas<br />

atípicas (ASC); e 6 com lesão escamosa<br />

intraepitelial (SIL).<br />

Estado do Pará, LACEN<br />

Total de 26.203 exames: 25.143 dentro dos<br />

limites da normalidade; 1060 apresentaram<br />

algum tipo de alteração citológica, sendo 236<br />

lesões intraepiteliais de alto grau e<br />

microinvasivas e 25 de câncer invasor; 381<br />

com presença de células atípicas de<br />

significado indeterminado.<br />

Rio Branco, Acre<br />

Total de 48.729 exames: 846 apresentaram<br />

resultados como ASCUS/AGC, LSIL e<br />

HSIL, onde 154 apresentaram lesão<br />

intraepitelial de baixo grau (LSIL), 112 lesão<br />

intraepitelial de alto grau (HSIL), 563 atipias<br />

de significado indeterminado (ASCUS/AGC)<br />

e 17 tinham câncer.<br />

Estado de Roraima<br />

Total de 100 mulheres: 78 considerados<br />

normais; 10 com ASC-US; 6 com LSIL; 5<br />

com HSIL; e 1 com carcinoma invasor,<br />

segundo o LAPER.<br />

Extremo Norte da Região Amazônica<br />

Brasileira (Roraima)<br />

2.701 mulheres indígenas: 83 mulheres<br />

apresentaram LSIL (3,0%) e 125 mulheres<br />

HSIL (4,6%). 31 mulheres foram rastreadas<br />

com citologia sugestiva de câncer invasivo<br />

(1,1%). A prevalência de ASC-US na<br />

população total foi de 40 mulheres (1,4%).<br />

Extremo Norte da Amazônia Brasileira<br />

661 mulheres indígenas: 607 amostras<br />

satisfatórias, onde 10 casos de ASC-US<br />

(1,6%), 7 casos de LSIL (1,15%), 2 casos de<br />

HSIL (0,33%) e 1 caso de carcinoma<br />

invasivo (0,17%).<br />

(AGUS), as atipias celulares escamosas de significado<br />

indeterminado (ASCUS), as alterações<br />

citológicas compatíveis com HPV e as neoplasias<br />

intraepiteliais grau I (NIC I) e as LAGs que<br />

são as neoplasias intraepiteliais grau II (NIC<br />

II) e as neoplasias intraepiteliais grau III (NIC<br />

III) são crescentes por causa dos programas<br />

de rastreamento que acabam funcionando<br />

de forma eficaz indicando que as lesões precursoras<br />

são localizadas precocemente, o que<br />

possibilita também levantar a prevalência das<br />

mesmas.<br />

De acordo com Fonseca et al. (2010) [6],<br />

há uma grande morbidade por câncer do<br />

colo do útero no Estado de Roraima, devido<br />

a ineficácia de programas preventivos<br />

em atingir e informar as mulheres para essa<br />

doença. A população indígena e as pessoas<br />

que apresentam pouca escolaridade e um<br />

perfil de exclusão social são as mais afetadas.<br />

Para Fonseca et al. (2014) [4] a maioria<br />

dos casos de câncer do colo do útero é diagnosticado<br />

em estágio já avançado no Estado<br />

de Roraima, por causa das mulheres que<br />

são portadoras de lesão intraepitelial cervical<br />

receberem resultados citológicos falsos<br />

negativos que acabam impossibilitando-as<br />

de acompanhamento especializado quando<br />

ainda são assintomáticas e/ou com doença<br />

inicial. E complementando Rodrigues e Marques<br />

(2005) [15], demonstram que em fase<br />

inicial as lesões precursoras, assim como o<br />

câncer do colo do útero são regularmente assintomáticos.<br />

E para Prado et al. (2012) [14],<br />

a mesma situação ocorre no Estado do Acre,<br />

onde o tratamento das mulheres acreanas<br />

com lesões cervicais estão sendo adiados por<br />

causa dos resultados citológicos que estão<br />

sendo diagnosticados de modo errado.<br />

Fonseca (2015) [5] afirma que as comunidades<br />

indígenas sofrem consequências com<br />

mudanças ambientais e socioculturais sobre<br />

a saúde da mulher, elevando a incidência de<br />

doenças crônicas e degenerativas por causa<br />

do relacionamento com a vida ocidental. Já<br />

038<br />

Estudos a respeito do estado do Amapá e Tocantins sobre a prevalência do câncer de<br />

colo do útero não foram localizados. Dos nove artigos encontrados: quatro são do Estado de<br />

Roraima, dois do estado do Pará, um do estado do Acre, um do estado do Amazonas e um do<br />

estado de Rondônia.<br />

Revista NewsLab | Dez/Jan 2019

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