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12 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
Arquivo pessoal<br />
imprimem milhões de fotos ao mês. Só que antes<br />
(15 anos atrás) era tudo papel fotográfico, agora é<br />
fotográfico. O maior serviço de assinatura de impressão<br />
do Brasil (Phosfato) comprou minilabs e<br />
acaba de lançar um app. As pessoas querem imprimir.<br />
Dá para profetizar o fim do papel em tudo<br />
o que é tipo de aplicação para as próximas décadas?<br />
Claro que dá. Mas o livro está firme e forte há<br />
500 anos e crescendo de novo em várias partes<br />
do mundo. Aliás, caiu a venda de tablets, e-books<br />
e até de smartphones. Agora, se a gente que trabalha<br />
não acreditar mais, aí acabou mesmo.<br />
Alexandre Urch, fotógrafo<br />
A fotografia como nasceu não existe mais,<br />
trocamos a beleza do papel pela frieza<br />
das telas. Então, qual o real destino da<br />
fotografia e de tudo que gira em torno dela?<br />
Arquivo pessoal<br />
<strong>FHOX</strong> - Hoje, já são quase 6 bilhões de smartphones<br />
no mundo. São mais aparelhos do que escovas<br />
de dente, com espaço para mais câmeras e<br />
telas. Em um futuro (2020) que o 5G oferece internet<br />
super-rápida e presente em quase tudo a<br />
nossa volta, dizer que nunca se fotografou tanto e<br />
que nunca tivemos tanta gente interessada em fotografia<br />
é jargão. Na verdade, proporcionalmente<br />
se imprime mais no mundo todo. O que ocorreu é<br />
que a base instalada de pessoas clicando cresceu<br />
em uma velocidade alucinante. A estimativa é de<br />
que 10% das pessoas com smartphone querem e<br />
vão imprimir fotos. Estamos falando de 600 milhões<br />
de pessoas no mundo todo. No Brasil, esse<br />
dado é de 20 milhões de brasileiros. Em nosso entendimento,<br />
a fotografia impressa não vai sumir.<br />
Ela vai seguir se transformando. Se comparado<br />
com 10 ou 20 anos, hoje as variações de aplicações<br />
mudaram de forma completa. As ofertas de<br />
impressão se sofisticaram e surgiram serviços voltados<br />
para usuários de smartphone e das redes<br />
sociais. Uma empresa da Alemanha cresce anualmente<br />
imprimindo só photobooks via WhatsApp.<br />
No ano passado imprimiram 50 mil álbuns. Por<br />
aqui, alguns dos maiores laboratórios (on-line)<br />
Thales Trigo, professor e dono da<br />
Escola Contraste<br />
A fotografia e outras artes estão sendo<br />
ensinadas através das mídias sociais como<br />
o YouTube e Facebook. Vocês acham que<br />
esses métodos de ensino podem suprir as<br />
demandas do mercado, no que diz respeito<br />
à qualidade do trabalho?<br />
<strong>FHOX</strong> - A verdade é que existe muito conteúdo de<br />
tutoriais, testes e guias de como fotografar e criar<br />
na internet. De gambiarras à técnicas, tudo vai depender<br />
da vontade de quem assiste e de testar na<br />
realidade. A geração Z que está aí é PHD em Google<br />
e isso impacta o ensino e a formação da fotografia.<br />
Ficou mais rápido e fácil aprender. Ficou<br />
mais difícil e delicado ter uma assinatura própria e