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8 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
Foto: Arlindo Namour Filho<br />
Autorretrato<br />
Cristian de Lima, sócio da Go image<br />
Qual a ideia ou produto disruptivo na área<br />
da impressão?<br />
<strong>FHOX</strong> - É difícil prever algo disruptivo na área<br />
de impressão. Mas parece claro um avanço na<br />
personalização. Sobretudo nas possibilidades de<br />
aplicações direto na foto, com um avanço maior<br />
na área gráfica. Contudo, a Fujifilm mostra que<br />
os investimentos em papel fotográfico seguem<br />
firmes e fortes e com resultados surpreendentes.<br />
A grande questão é se a adesão do mercado<br />
para um papel fotográfico mais em conta, com<br />
qualidade e que pode competir com o gráfico<br />
fará sucesso entre os laboratórios e lojas de foto<br />
mundo afora.<br />
Na parte de labs pro e encadernadoras, a personalização<br />
vai depender da criatividade e de tentar<br />
criar produtos ainda mais diferenciados seja<br />
na embalagem, ou nos formatos de produtos impressos.<br />
Isso é importante para os fotógrafos e<br />
estúdios, pois assim eles conseguem se diferenciar<br />
e cobrar mais. No fim, são esses profissionais<br />
que vão puxar essa revolução, os fornecedores,<br />
indústria, labs e todos nós teremos que nos adequar<br />
a essa realidade. O mais do mesmo na impressão<br />
só leva à guerra de preços. Resumindo:<br />
é uma combinação de esforços de quem fabrica,<br />
de quem imprime e de quem vende para o consumidor<br />
final.<br />
Douglas Cho, CEO da BM Works<br />
Como conscientizar os mercados<br />
fotográfico e gráfico da importância e<br />
necessidade da impressão no papel nos<br />
próximos anos?<br />
<strong>FHOX</strong> - Terá que ser frequente e de consistência,<br />
devendo ter o envolvimento de todos nós:<br />
indústria, lojas, estúdios, empresas de foto de<br />
formatura, fotógrafos e eventos. Fazemos isso ou<br />
a foto no papel perderá força.<br />
Recentemente até a novela da Globo questionou<br />
o álbum impresso. E o mais surpreendente<br />
é que foi na abordagem do fotógrafo,<br />
onde ele afirmava que o álbum não faz mais<br />
sentido, que não é popular. Uma defesa meio<br />
estranha. Entretanto, a personagem de Juliana<br />
Paes disse que era das antigas e fazia questão<br />
de folhear. Causou comoção e uma grande polêmica<br />
nos inumeros grupos de WhatsApp de<br />
fotógrafos brasileiros.<br />
O que nós fazemos sempre é mostrar esse valor.<br />
Seja no Movimento Imprimir, nos eventos e em<br />
matérias. É trabalho de formiguinha. Sem papel<br />
o mercado, como conhecemos, pode sumir. Isso<br />
acarreta em perda de valor em todas as etapas<br />
do ramo fotográfico. O álbum e a foto impressa<br />
justificam e completam o valor. Ajudam a valorizar<br />
a experiência.