UnicaPhoto-Edicao13
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A Mulher no Mundo Hípico<br />
Homens e mulheres, infelizmente, não desfrutam das mesmas oportunidades, direitos e obrigações<br />
em todos os campos da vida, como educação, trabalho, saúde, poder e influência. Mas, por<br />
isso, existe a luta por igualdade de gênero, para que seja alcançada essa compatibilidade das pessoas,<br />
independente do sexo. O hipismo é uma modalidade esportista em que homens, mulheres,<br />
jovens e atletas mais experientes disputem provas individuais e por equipe sob as mesmas condições.<br />
O hipismo é dividido em três modalidades: Adestramento, Concurso Completo de Equitação<br />
(CCE) e Saltos. É o único esporte dos Jogos Olímpicos em que homens e mulheres competem em<br />
igualdade.<br />
Nas quatro profissões principais deste esporte envolvendo o cavalo atleta (o médico veterinário,<br />
o tratador, o ferrador, e o instrutor), o lugar da mulher ainda é uma luta e um desfio. A ferradora<br />
é mais difícil encontar por ser um trabalho muito braçal e necessitar de muita força para forjar<br />
as ferraduras. As mulheres tratadoras são bem vistas na Europa pelas habilidades femininas nos<br />
cuidados no manejo e no bem-estar em geral do animal e, devido ao instinto materno, são ditas<br />
como mais zelosas. Assim acontece nas profissões da médica veterinária e da monitora. No entanto,<br />
mesmo ainda sendo o hipismo um esporte de igualdade de gênero, a mulher ainda luta<br />
com o machismo e a falta de credibilidade perante o mundo hípico em relação aos profissionais<br />
que rodeiam este esporte. Muita coisa ainda deve ser feita. A médica veterinária nem sempre é<br />
respeitada pelo tratador, ou o proprietário. A tratadora é mais vista como ‘baáa’ do animal. A monitora,<br />
se não for bem rígida, não é considerada eficaz por seu aluno. Ainda há muito a mudar na<br />
mentalidade que abrange este esporte. Mas o hipismo continua um pioneiro sobre a igualdade de<br />
gênero no esporte, o que já é um grande avanço no mundo olímpico.<br />
Para este trabalho, realizado no curso de Fotografia da Unicap, procurei dedicar as imagens ao<br />
cavalo atleta e aos profissionais que o rodeiam. Desenvolvi ensaios fotográficos: Eu e Ele -volume I<br />
e O Guia Silencioso -volume II (na graduação e na pós-graduação) e por último um documentário:<br />
Por Trás Das Rédeas (em pós-graduação). Os ensaios revelaram a relação individual e única do<br />
atleta hípico com o seu parceiro, o cavalo, por trás dos treinos. Esta parceria é chamada na linguagem<br />
hípica de Conjunto. A medida em que o meu amadurecimento fotográfico e o meu lado<br />
poético visual foram se revelando, outros temas e problemáticas surgiram ao ponto de concluírem<br />
em um documentário sobre os profissionais que mantêm o bem-estar do conjunto e o lugar da<br />
mulher entre estas profissões. Todos estes trabalhos foram reveladores não só na técnica, e na<br />
ousadia do uso do equipamento celular, mas também o prazer de ver esta relação entre Homem<br />
e Animal em um conjunto formando uma “Poesia da Vida”.<br />
Ao longo destes trabalhos, a escolha do registro foi inteiramente no celular por muitas razões<br />
entre elas, a praticidade. Encontrei muitas dificuldades como por exemplo, filmar com o celular<br />
pertíssimo de um forno de 1.500Cº, ou arriscar um coice em pleno rosto ou mesmo a perda do<br />
material. Muitas vezes senti que, como o hipismo, o que fazemos nada mais é, que um esporte radical,<br />
literalmente. A trajetória dos projetos dentro deste percurso acadêmico foi lapidada graças<br />
a incrível grande equipe de graduação e pós-graduação em fotografia e audiovisual da UNICAP<br />
liderada pela coordenadora e professora Renata Victor e seus colegas.<br />
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