ESPAÇO ABERTO A FORÇA E A IMPORTÂNCIA DA INDÚSTRIA Aindústria é responsável pela geração de mais de 9,3 milhões de postos de trabalho no Brasil, ou 20,3% de todos os empregos formais do país. No Paraná, essa proporção é ainda maior: o setor industrial emprega 25,3% da força de trabalho, com 765 mil empregos diretos. É relevante ainda sua capacidade de geração de renda. O salário médio pago pela indústria paranaense é de mais de R$ 2,4 mil, superior aos R$ 1,9 mil do comércio e R$ 1,8 mil da agropecuária. Todos esses números mostram a relevância do empreendedor e dos trabalhadores industriais. Mas a importância de seu trabalho se mede, especialmente, pelos efeitos que causa em todos os outros segmentos da economia. É possível dizer que eles estão no topo de uma cadeia, fornecendo produtos e tecnologias que viabilizam ou alavancam as atividades no comércio, nos serviços, nos transportes ou na agricultura. É preciso destacar, que todo o desenvolvimento e produção desse conteúdo nacional pela indústria acontece em um ambiente inóspito para o empreendedor. Inúmeros obstáculos tiram a competitividade das empresas, impedem que produzam mais e gerem ainda mais empregos. Felizmente, já tivemos alguns avanços que começaram a amenizar essa situação, como a regulamentação do serviço terceirizado e a modernização das leis trabalhistas. Mas, para que a indústria possa contribuir ainda mais para a geração de riquezas para o país, é necessária É PRECISO DESTACAR QUE TODO O DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DESSE CONTEÚDO NACIONAL PELA INDÚSTRIA ACONTECE EM UM AMBIENTE INÓSPITO PARA O EMPREENDEDOR POR EDSON CAMPAGNOLO EMPRESÁRIO E EX-PRESIDENTE DA FIEP (FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARANÁ) uma verdadeira política industrial, com medidas que ajudem a tornar o setor mais competitivo tanto no mercado interno quanto no externo. Em passado recente, tentou-se um incentivo por meio da desoneração da folha de pagamentos, mas foi apenas um paliativo para amenizar a dificuldade que as empresas brasileiras enfrentavam naquele momento. A indústria não precisa da concessão de benesses para determinados setores, mas de um conjunto de medidas que diminua os custos de produção, facilite o acesso ao crédito, aumente a produtividade e incentive, de fato, a inovação. Um movimento similar ao que o país já promoveu para aprimorar seu agronegócio, hoje referência internacional. A implantação de uma política industrial consistente ganha mais relevância devido às transformações pelas quais o setor vem passando. O advento da Indústria 4.0 exige das empresas brasileiras, para que sigam competitivas no cenário global, a adoção de novas tecnologias e a preparação de pessoal para utilizá-las. O Sistema Indústria, por meio do Senai e do Sesi, já vem atuando nessas áreas, com apoio técnico e tecnológico às indústrias, além da qualificação profissional com foco nessa nova realidade. Mas é fundamental que o país avance mais rapidamente nesse processo. Não restam dúvidas de que a indústria é estratégica. Ela tem a capacidade de ser a base para que possamos ter crescimento em longo prazo, gerando mais empregos de qualidade e renda. O empreendedor industrial, que tantas mostras já deu de sua enorme capacidade, está pronto para contribuir cada vez mais com o desenvolvimento do Paraná e do Brasil, esperando que, daqui para frente, encontre um ambiente mais favorável para que isso possa efetivamente se concretizar. Foto: divulgação 82 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2019</strong>
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