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REVISTA GENTE MÁRCIA TRAVESSONI

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com isso?’. Por isso eu tenho uma estrutura pra ir colocar<br />

o quadro na casa dele, informar aos museus sobre aquela<br />

peça, e com isso você vai criando vínculos”, atesta.<br />

A inserção no mercado da arte e da cultura, que coloca<br />

Max em uma posição eminente no contexto nacional,<br />

iniciou há 53 anos, quando ele conquistou um emprego na<br />

galeria Petite, no Rio de Janeiro, em paralelo às aulas da<br />

faculdade de Engenharia. “A arte ganhou, ou a Engenharia<br />

perdeu”, brinca ele, que concluiu duas graduações na área,<br />

mas acabou enveredando pelo ramo cultural ao ser “contaminado<br />

com o vírus da arte”. Hoje, além das três galerias de<br />

arte, Max e a família gerem uma editora, oferecem serviços<br />

de restauração e conservação de obras de arte, qualificação<br />

de equipes para trabalharem em exposições e administram<br />

nada menos que 30 mil obras de arte, distribuídas em 20<br />

coleções privadas, quatro delas no Ceará, entre as quais está<br />

a da família Queiroz, uma das mais importantes do país.<br />

COLEÇÕES ABERTAS<br />

Em Fortaleza, onde veio pela primeira vez nos anos<br />

1970, Max encontrou não apenas solo fértil para a abertura<br />

de uma filial da empresa, como desenvolveu uma relação<br />

ímpar com a cidade e os colecionadores e teve um papel<br />

essencial na projeção da capital como um importante<br />

acervo cultural. “Hoje, Fortaleza é um foco gigante<br />

de solicitação de obras, e intermediamos isso com as<br />

coleções que administramos. Qualquer exposição que<br />

tenha sido aberta no Brasil, nos últimos dez anos, teve<br />

quadro de Fortaleza. Todas, sem exceção, têm obras de<br />

coleções do Ceará”, enfatiza.<br />

O processo de tornar cada vez mais acessíveis ao<br />

público obras que fazem parte de coleções privadas é<br />

uma das facetas do trabalho de Max, que inicia todos<br />

os dias de sua rotina em contato com as três sedes da<br />

empresa, atualizando informações sobre exposições<br />

em produção, peças disponíveis em coleções e novas<br />

obras encontradas. Algumas dessas intermediações<br />

resultam em feitos históricos, a exemplo do contato<br />

com o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA).<br />

“A primeira obra da Tarsila do Amaral do MoMA foi<br />

doação minha, pedi licença à minha família e doei.<br />

O museu não tinha, eles pediram e eu dei, e eles<br />

quase morreram”, lembra.<br />

Essa articulação envolve ainda ações beneficentes,<br />

50 <strong>GENTE</strong> MT capa 51

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