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ESPELHO<br />
Cor e<br />
Som<br />
Fortemente<br />
influenciada pela<br />
arte desde pequena,<br />
a DJ cearense<br />
Isadora Capelo<br />
defende as causas<br />
em que acredita por<br />
meio da música<br />
FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
Música brasileira ao fundo, simpatia, beleza,<br />
muita luz, uma recepção calorosa do<br />
cachorrinho Niño, pontos de cor, arte.<br />
Nesta ordem. São essas as percepções<br />
que se tem ao chegar no apartamento<br />
de Isadora Capelo — algumas sobre<br />
o lugar, algumas sobre a atmosfera, e tantas outras<br />
sobre o que compõe o universo da DJ cearense de<br />
35 anos. Em uma conversa de menos de uma hora,<br />
aflorou a mulher de personalidade, movida pelo som<br />
e pelas causas sociais.<br />
O contato com a música veio desde cedo, principalmente<br />
por intermédio da mãe, a socióloga e<br />
professora universitária aposentada Peregrina Capelo.<br />
“Lá em casa, sempre recebíamos muitos artistas,<br />
cineastas, filósofos, todos amigos dela. Minha mãe<br />
sempre foi muito plural e isso foi passado para mim e<br />
minhas irmãs”, lembra. O jazz, a ópera e, em especial,<br />
a MPB que Dona Peregrina tanto escutava, ajudaram<br />
a moldar a rica bagagem musical de Isa e abriram<br />
caminho para uma carreira inclinada à arte.<br />
MUSICAL<br />
A conexão com o som sempre foi tão intrínseca<br />
aos dias da cearense que é função difícil pontuar<br />
exatamente quando essa relação passou a ser, também,<br />
profissional. Publicitária por formação e com pós-graduações<br />
feitas em Barcelona, Isa recorda que ainda<br />
atuava na área da comunicação quando começou a ser<br />
chamada para tocar nos primeiros eventos, inclusive<br />
da própria agência onde trabalhava. “Também na<br />
casa de amigos, a galera sempre virava para mim<br />
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