REVISTA GENTE MÁRCIA TRAVESSONI

TOQUE
MT
Apaixonada pela
abordagem da Psicanálise
e adepta da vertente,
Maria Eugênia nem
pensou duas vezes ao
apontar sua coleção de
publicações de Sigmund
Freud como itens
especiais que têm tudo
a ver com ela. Também
selecionou dois objetos
de profundo significado
para a família: a coroa
e a mantilha utilizadas
pela avó, pela mãe
e por ela mesma
em seus respectivos
casamentos. As luvas
de muay thai também
não poderiam ficar de
fora, e representam o
estilo de vida equilibrado
que ela escolheu levar.
O mesmo pode ser dito
das cadeiras coloridas,
símbolo máximo da Cora
Mobiarte. Por último
e principalmente,
ela aponta para a própria
Cora, a cadelinha de
estimação. À empresa de
Maria Eugênia, Cora deu
nome. E aos seus dias,
ela garante: dá cor.
Quando a história é bem construída,
o sucesso é consolidado.
Há 39 anos a Colmeia ajuda você
a construir o seu próprio mundo.
pagar um tratamento. Nós conseguimos, mas, infelizmente,
ela veio a óbito”, complementa.
Foi após esse caso que as amigas resolveram transformar
a preocupação com os bichinhos em uma iniciativa maior.
Hoje, o Patas Juntas consiste em um grupo fixo de amigos
que compartilham a missão de resgatar, cuidar e preparar
animais de rua para o processo de adoção. “A gente vem
fazendo esse trabalho de formiguinha, mas não é fácil. Todo
mundo se ajuda, contribui, temos veterinários parceiros,
recebemos doações, fazemos feirinhas de adoção. Mas é
preciso que mais pessoas se conscientizem”, explica.
Essa conscientização, de acordo com Maria Eugênia,
deve ir dos cuidados básicos com os bichinhos à responsabilidade
de buscar conhecer bem seu pet. Ela pontua que
é cada vez mais comum o abandono de cachorros de raça,
por puro descaso dos donos que os adotam ou até mesmo
compram sem saber as características e necessidades deles.
Mesmo à frente de um projeto tão importante e necessário,
Maria já se deparou com críticas ao trabalho feito
em prol dos animais — comparações descabidas entre a
preocupação com bichos abandonados e pessoas em situação
de rua, por exemplo. A resposta da cearense, como não
poderia ser diferente, é de muita sensatez. “A gente não está
aqui por acaso, nem só de passagem. Várias causas existem,
todas elas são válidas. O importante é que você tenha a sua
e seja fiel a ela”, dispara. ¤
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