REVISTA GENTE MÁRCIA TRAVESSONI

e dizia ‘Isa, você gosta tanto de música, coloca aí uma
legal!’”, exemplifica.
Em uma época sem os populares serviços de streaming
musical, ela já era lembrada pelos amigos e colegas como
a figura das melhores playlists — até então, produzidas
à “moda antiga”, gravando e colecionando, por conta
própria, CDs com faixas para todas as situações e dos
mais diversos gêneros. Referência de bom gosto para os
mais íntimos, não demorou até que ela se tornasse conhecida
na cena cearense.
IDENTIDADE
Os convites cada vez mais frequentes para trabalhar
como DJ culminaram no projeto “Tome Batom Vermelho”,
fruto de uma parceria entre ela e os amigos Gabriel Baquit,
também publicitário, e Ney Barroso, arquiteto. A iniciativa
surgiu da fusão da festa “TOME!”, de Gabriel e Ney,
com o #MovimentoBatomVermelho, hashtag criada e
utilizada por Isa no Instagram. A princípio, a tag fazia
referência ao batom, marca registrada do estilo de Isadora,
mas acabou virando uma forma de expressão maior de
empoderamento feminino.
Com quatro anos de existência no formato atual, a festa,
que acontecia somente no Mambembe, na Praia de Iracema,
hoje tem lugar em diferentes locais da cidade, bem como
em eventos corporativos e casamentos. “A ideia é fazer
uma festa eclética, musicalmente falando, que vai do forró
à MPB, com doses de funk e pop”, pontua.
A pluralidade da “Tome Batom Vermelho” vai além dos
gêneros musicais e se mostra, também, no público diverso e
no posicionamento político firme, a exemplo da defesa de
pautas LGBT — especialmente considerando que os idealizadores
fazem parte dessa comunidade. Em suma, o projeto
é cor, força e som. E é assim, também, que o mundo particular
de Isa aparenta. Não poderia ser diferente. ¤
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